Direito Das Coisas
Direito Das Coisas
Direito Das Coisas
1)Conceito
O direito das coisas é um conjunto de normas que regulamentam as relações
jurídicas entre pessoas em face de bens/coisas.
D. COISAS X D. REAIS
O Direito das coisas não se confunde com direitos reais, ele
tem uma configuração mais ampla que os direitos reais.
O Direito das coisas se destina a regulamentar posse,
direitos de vizinhança e direitos reais.
Os direitos reais são direitos que dependem de expressa
previsão legal.
A lista dos direitos reais está no art. 1.225 C.C
COISA X BEM
Bem abarca elementos materiais e imateriais, o termo poderia ser utilizado
quanto para identificação de elementos corpóreos quanto incorpóreos
O termo Coisa abarcaria somente realidades materiais.
A professora irá utilizar como sinônimos.
2.1 Eficácia
2.2 Objeto
Objeto: a coisa/bem.
2.3 Exercício
DIREITOS REAIS
D. PESSOAL
Teoria Unitária
Defendem a unificação entre os direitos reais e os direitos obrigacionais
- que direitos obrigacionais e reais ambos fazem parte de uma realidade mais
ampla, defendem que ambos integram o campo dos direitos patrimoniais e por
isso não haveria motivo para separar.
- o dever geral de abstenção existe tão bem nas relações de direito
obrigacional, todos aqueles que tenham conhecimento da existência de uma
relação jurídica de direito obrigacional, todos estes se abdiquem de fazer algo
prejudicial para o adimplemento da divida pelo devedor.
3) CARACTERISTICAS (PRINCIPIOS) DOS DIREITOS REAIS
3.1 – ADERÊNCIA
3.2- ABSOLUTISMO
Obs: o absolutismo dos direitos reais não se refere ao exercício, ele se refere a
eficácia.
Os direitos reais como qualquer direito não são de exercício absoluto, nenhum
direito é de exercício absoluto. Ele encontra limites.(não posso treinar minha
banda na minha casa de madrugada- o direito de vizinhança neste caso é o
limite do direito de propriedade) Não é porque sou proprietária de uma fazenda
que posso desmatar.
Art. 1227 Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos
entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis
dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste
Código.
Nos direitos que recaem sobre bens moveis- a publicidade é conferida pela
tradição. Existem autores que defendem que o principio so se aplica para os
direitos reais imobiliários. Porque nem toda tradição constitui a transmissão de
direito real.
Pela sequela o titular do direito real pode seguir a coisa nas mãos de quem ela
tiver
3.5 TAXATIVIDADE
Apesar dos direitos reais serem taxativos, eles não são típicos
Os direitos reais dentro dos limites impostos pelo legislador, eles podem ter seu
conteúdo modulado pelas partes.
Só se considera Direito Real aquele que assim estiver previsto em lei.
Não podem ser criados pela autonomia privada das partes (ao
contrario dos direitos pessoais), porque os DIREITOS REAIS SÃO DIREITOS
ABSOLUTOS (oponibilidade contra todos). Em decorrência do princípio do
absolutismo os direitos reais são direito taxativos (depende da previsão legal).
Ex: Usufruto é taxativo (previsto em lei), mas não é típico (pode-se ter usufruto
com ou sem caução, a depender da vontade das partes).
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017)
- Propriedade
Propriedade: único direito real originário, se não existir propriedade não
é possível constituir outros direitos reais. Da propriedade outros Direitos
reais vão surgir.
3 modalidades:
Penhor: direito real que incide sobre bens móveis, o bem objeto de
penhor, não é bem penhorado (constrição judicial) e sim empenhado. O
bem, como regra, o bem ficará com o credor, nas modalidades especiais
de penhor, o bem ficará nas mãos do próprio devedor. Ex\(mod
especial): o penhor de maquina, o devedor utiliza a maquina para pagar
o próprio empréstimo.
Propriedade: ela se caracteriza por ser uma relação jurídica entre pessoas em
face de uma coisa. Dessa relação surge o dever geral de abstenção.
Ex: taxa de condomínio ( não estamos diante de uma taxa, não existe natureza
de taxa, de tributo, é um rateio de despesas do condomínio) – me torno
devedora desta taxa só por ser proprietário, nada impede que o proprietário
tenha um contrato com o inquilino para que ele pague, o sindico continua
cobrando os valores do proprietário.
3. Não há que se falar em violação do art. 535 do CPC/73 quando o Tribunal de origem,
aplicando o direito que entende cabível à hipótese, soluciona integralmente a controvérsia
submetida à sua apreciação, ainda que de forma diversa daquela pretendida pela parte.
5. Na hipótese sob julgamento, a primeira recorrida, não obstante não seja a proprietária do
ponto comercial, é arrendatária do mesmo, exercendo a posse direta sobre o imóvel. Inclusive,
é quem usufrui dos serviços prestados pelo Condomínio, não sendo razoável que não possa ser
demandada para o pagamento de despesas condominiais inadimplidas.
Ela esta se referindo aos poderes do domínio, o mais intrigante é que o stj
reconhece que a obrigação é propter rem mas atribui a obrigação a um
individuo que não é proprietário. Não é um posicionamento majoritário.
POSSE
1.Conceito
Posse não é um direito real, mesmo estando inserida nos direitos das coisas.
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício,
pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Situação Jurídica : a pessoa que exerce um poder sobre o bem porque sou
titular de um direito real, estou exercendo o poder em decorrência de uma
situação jurídica
O poder exercido que decorre de uma situação fática, pode ou não gerar
consequências no mundo jurídico, pode ou não gerar repercussões no mundo
jurídico, se esse poder gera efeitos jurídicos, estou diante da posse, se o poder
não gera nenhum efeito no mundo jurídico, eu estou diante de detenção.
Posse é o exercício de fato dos poderes de domínio, com estes exercícios
gerando repercussões jurídicas.
2. TEORIAS
Detenção = Corpus – D= C
Ela foi desenvolvida pelo Savigny em 1803, ele defendia que a posse so se
caracterizaria se estivessem presente 2 elementos: o corpus e o animus. O
corpus era o exercício de poder sobre o bem, o poder deveria exercer o poder
com a vontade de dono, com a vontade de dono, o animus seria esse como se
dono fosse.
Para o savigny um locatário não seria possuidor, porque ele não exerce como
se dono fosse, porque ele paga aluguel e exerce poder de acordo com o
contrato de locação. Do mesmo modo o usufrutuário, porque ele só exerce
poder nos termos de usufruto. Um comodatário também não seria, pois ele
exerce os poderes limitado as disposições contratuais.
Posse= corpus/ P= C
Pela leitura do art. 1.996 – fica claro que não nos submetemos a posse a um
elemento subjetivo, mas tem contribuições das duas teorias.
3) DESDOBRAMENTO DA POSSE
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder,
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a
indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto
defender a sua posse contra o indireto.
Ainda que o direito real seja vitalício a posse direta é temporária. Vitaliciedade
não se confunde com extensão no tempo ad eternum, uma vez, operado o
evento morte extinta também estará a posse direta – caso do usufruto vitalício.
3.3DEFESA DA POSSE
Sofre agressões quando outro terceiro ou outro possuidor do bem pratica algo
prejudicial ao bem.
4) COMPOSSE
a. Conceito
Quando duas ou mais pessoas exercem simultaneamente poderes
possessórios sobre coisa indivisa.
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada
uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos
outros compossuidores.
a. Pluralidade de sujeitos
c. Coisa indivisa
Coisa em estado de indivisão
Pode ser coisa divisível como pode ser uma coisa indivisível
o Coisa indivisa é coisa indivisível?
COMPOSSE E CONDOMINIO
Ex: 2 amigos que alugam um imóvel, eles são compossuidores do imóvel, mas
não existe condomínio porque não são proprietários.
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada
uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos
outros compossuidores.
5)DETENÇÃO
Porque exerce poder sobre o bem, mas em nome do legitimo possuidor, está
exercendo direitos possessórios alheios, não são próprios.
Defesa da posse?
Ex: vizinho mudou a cerca de lugar, neste caso o caseiro não tem legitimidade
para propor ação, mas poderia praticar ato de autodefesa ou autotutela, como
por exemplo voltar a cerca para o lugar.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim
como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão
depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim
como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão
depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
Essa posse é uma posse viciada, é classificada como uma posse injusta, mas
é posse.
Ex: individuo pula o muro e se abriga em uma casa quando não tem ninguém e
sempre vai embora sem ninguém ver, ele exerce o poder as escondidas, não
dar publicidade, enquanto esta as escondidas ele é mero detentor. A partir do
momento que ele exerce esse poder publicamente, entra e sai pelo portão da
frente, com todos vendo, ele se torna possuidor.
Bens de uso comum do povo: aquele que pode ser utilizado por qualquer
membro da coletividade. Ex: rios, mares, estradas, ruas, praças...
Em relação aos bens dominicais, eles podem ser objeto de posse, mas não
poderão ser objeto de usucapião.
6.CLASSIFICAÇÃO
Posse justa é a posse que não é violenta, não é clandestina e não é precária,
posse não viciada, posse adquirida sem vicio externo, sem vicio objetivo.
Art1200
art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. (rol
taxativo- se não for violenta, clandestina ou precária, ela é uma posse justa)
§ único traz uma presunção legal, aquele que tem justo titulo em mãos, atrai
para si a presunção que é um possuidor de boa-fé.
É possível uma posse de boa-fé sem justo título, porque posse de boa-fé é
daquele que ignora a existência do vício, o justo título é um facilitador da prova,
porque já atrai a presunção de que é possuidor de boa fé e vai transmitir o
ônus de provar o contrario para o outro interessado. Ex: um indivíduo que
tenha adquirido um bem móvel de um terceiro, pode ser que o negocio tenha
sido pela forma oral, não tem um justo título em mãos, não tem elementos que
demonstrem que comprei um notebook de um terceiro, eu desconheço que
este notebook era produto de roubo, agora que se compro junto cm nota fiscal,
mesmo esta sendo falsa, mesmo sendo falso este justo título, atrai para si a
presunção de ser de boa-fé.
Para o sistema do direito romano uma posse que foi adquirida de boa-fé assim
permanecera, mesmo que o possuidor tenha posteriormente tomado
conhecimento do vício, neste caso não é possível a convolação da posse de
boa fé em posse de má fé
Para o sistema canônico; (art 1202- adotado pelo cc): se a posse foi de boa-fé,
quando toma conhecimento do vício, ela se torna de má-fé, deste modo é
possível a convolação da posse de boa-fé em posse de má-fé. E analisado no
caso concreto, que indica ou não que o possuidor tomou conhecimento do
vício.
Frutos e produtos:
Perda ou deterioração
Benfeitorias
1º Posicionamento 2º ´Posicionamento
Ação de força nova pode ser Posse nova poderá ser perdida
proposta para defender posse nova provisoriamente. Posse velha não
ou posse velha. Ação de força velha será perdida provisoriamente.
pode ser proposta para defender
posse nova ou posse velha A posse do invasor, se ela foi
invadida em out de 2019 a posse do
invasor é nova, se a ação
possessória é nova, poderá ser
pedida liminarmente a posse.
Posse nova e posse velha é diferente de ação de força nova e ação de força
velha.
Ação de força velha: é ação ajuizada fora do prazo de ano e dia, contado o
prazo da data da agressão sofrida;
A doutrina diverge sobre o tempo de poder sobre o bem, na ação de força nova
e velha.
Procedimento especial:
Posse natural se caracteriza pelo exercício de poder material sobre o bem. Ela
é a posse de mais fácil identificação. ( ex: posso que exerço sobre o telefone,
computador, estou materialmente exercendo poder sobre eles).
ad interdicta: aquela posse que pode ser protegida por meio das ações
possessoais, mas não conduzirá a usucapião. Ex: posse do locatário.
AQUISIÇÃO DA POSSE
Art. 1.204 – Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o
exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
Posse seria um exercício de fato dos poderes do dominio
1) Modo originário
Quando não existe relação de causalidade da posse atual e a posse
anterior.
Quando adquirido por modo originário, os vícios da posse anterior não seguirão
com a posse atual. Isso não quer dizer que a posse atual também não possa
ser viciada.
O vicio da posse atual não é um vicio da posse anterior. Mesmo que seja um
vicio de mesma natureza.
o possuidor dá inicio a uma nova posse, um novo período possessório.
Apreensão
2 formas:
Apropriação unilateral de coisa sem dono ( coisa abandonada ou coisa de
ninguém)
Ela se da também quando a coisa é retirada daquele que até então era
legitimo possuidor, sem a sua permissão. Ex: invasor
2) Modo derivado
Há uma relação de causalidade entre a posse atual e a posse anterior, há uma
relação atual entre o possuidor atual e o possuidor anterior.
Os vícios da posse anterior, seguem a posse atual.
Ex: continua uma posse violenta, clandestina...
2.1) Tradição
É a entrega da coisa
Não é toda tradição que transmitirá a posse. Ex: exemplos de detenção.
Como modo de transmissão de posse se submete a 2 requisitos:
Objetivo: entrega da coisa
Subjetivo: vontade/ intenção do tradente em transferir a posse para o
adquirente.
a) Real
é aquela entrega efetiva e material da coisa.
Mas pode ocorrer que em decorrência do volume do bem ou da sua fixação ao
solo, não é possível entregar a coisa.
b) Simbólica
se dá por um ato que traduz/representa a entrega efetiva/real do bem.
ex:entrega da chave.
c) Ficta
prevista por lei, o legislador entende que a transmissão terá ocorrido por causa
da lei
não há a entrega efetiva do bem e nem um atoo que represente
por uma ficção jurídica considero que ocorreu a entrega do bem
o objetivo é evitar sucessivas tradições reais ou simbólicas.
Comporta 3 especies:
Constituto possessório -a partir do negócio jurídico, o possuidor pleno torna-
se mero detentor do bem. Ex: autorizar o antigo possuidor permaneça na casa
após o contrato de compra e venda apenas enquanto se muda, mas agora ele
é detentor.
A posse jurídica/civil é aquela que foi adquirida por meio de uma tradição ficta.
Efeito: transmissão de posse.
e/ou
Clausula constituti
O possuidor pleno após a celebração negócio jurídico permanece na posse do
bem como possuidor direto.
Efeito: transmissão de posse e o desdobramento da posse transmitida.
Posse e propriedade são autônomas posso ter situações que o indivíduo torna-
se proprietário e não se torna possuidor. Situações que não se opera a
tradição real, simbólica ou ficta.
1º entendimento: caso o sucessor singular opte por não unir a sua posse a
posse do possuidor anterior, os vícios da posse anterior serão afastados. Ex: a
posse anterior era violenta, se o sucessor escolhe não continuar a posse,
aquele vicio será afastado. Defendem que a segunda parte é uma exceção de
que o vicio da posse anterior segue a atual na regra de modo derivado.
PROTEÇÃO DA POSSE
I- Autodefesa
Requisitos:
a) Força própria
b) Reação imediata
c) Reação limitada -reação proporcional
Interdito proibitório
Hipóteses que tenho ameaça de agressão, ameaça de turbação e ameaça de
esbulho.
1. Legitimidade
Ativa: somente aquele que é possuidor ou aquele que já foi possuidor e perdeu
a sua posse em razão da agressão que sofreu.
Aquele que não é possuidor ou nunca teve a posse do bem, nunca poderá
propor uma ação possessória, mesmo que seja proprietário do bem.
Possuidor direto e indireto possui legitimidade ativa, porque o fato da posse ter
sofrido um desdobramento não desqualifica sua natureza jurídica de posse.
A posse exercida em regime de comunhão (composse) também não afasta a
legitimidade ativa.
Possuidores naturais e jurídicos possuem legitimidade ativa, não se exige uma
posse natural, ainda que nunca tenha tido a apreensão física do bem.
Passiva: o turbador, o esbulhador ou o autor da ameaça de turbação ou de
esbulho.
Também é legitimado o terceiro possuidor de má-fé. Recebe o bem, mesmo
sabendo que se tratava de uma coisa objeto de esbulho
Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização,
contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era.
Não basta alegar que não sabia que era bem esbulhado, tem que demonstrar
que diante das circunstancias do caso concreto, nenhuma apontava se tratar
de coisa esbulhada.
Se o terceiro possuidor for de boa fé, contra ele não posso ajuizar uma ação
possessória. Ele não tem legitimidade para figurar como réu da ação
possessória, mas é possível o ajuizamento de uma ação do juizo petitório
No juizo possessória a discussão central é posse,
Juizo petitório a discussão central é a propriedade, pode ate ter a proteção da
posse, mas ela é secundária, pois discute direito real. Quero o bem de volta
porque sou titular de um direito real.
2. Fungibilidade
Pela fungibilidade caso uma ação possessória seja ajuizada ao invés de
outra o juiz não estará impedido de conhecer do pedido de proteção da
posse e outorgar a medida de proteção que for mais adequada.
3. Caráter dúplice
I - a sua posse;
5. Interdito Proibitório
5.1 Requisitos
a) Posse
O autor tem que fazer prova de posse atual, porque caso ele já tenha
perdido a posse, a ação adequada seria a ação de reintegração de
posse.
b) Ameaça
Provar que o reu ameaça De turbação ou esbulho
c) Justo receio
Não é qualquer ameaça que enseja a propositura desta ação, somente
a ameaça que cause um justo receio de concretização da agressão ao
possuidor. Ela tem que causar no autor um justo receio de que a
agressão se concretizará.
Se caracteriza da pratica de atos que indica/demonstra a iminência e a
inevitabilidade da agressão. Devem apontar para uma agressão que
esta preste a ocorrer e uma agressão que é certa.
Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser
molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação
ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine
ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito.
Todo possuído que tenho justo receio poderá requerer o juiz que o
assegure da agressão mediante mandado proibitório e comine pena
pecuniária caso transgrida o preceito.
Natureza da Ação
Não se trata de uma ação possessória
É uma ação de natureza petitória
Polo ativo: Individuo é proprietário mas não é possuidor do bem e nunca foi.
Existe a participação dos cônjuges do autor e do reu
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges
pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens;
PROPRIEDADE
1)Conceito
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa,
e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua
ou detenha.
É um direito real
É um direito fundamental, previsto no art 5º da CF, que confere aos seus
titulares os poderes de uso, gozo, disposição e de reinvindicação.
Impõe aos membros da coletividade um dever geral de abstenção.
-Domínio
Propriedade e domínio são conceitos complementares, institutos que se
comunicam, mas não se confundem.
Mas o que nos temos é uma divergência na doutrina quanto a diferenciação
entre propriedade e domínio.
Temos 2 posições distintas:
1ª corrente: o direito de propriedade recai tanto sobre coisas corpóreas
quanto sobre coisas incorporeas. Quando recai sobre corpóreas, recebe a
denominação de domínio, então, entendem que a noção de propriedade é
mais ampla que o domínio, ela seria o gênero e domínio a espécie
2ª corrente ( majoritária): a propriedade é a relação jurídica entre o titular
do direito e a coletividade, esta coletividade tem o dever geral de
abstenção, dever de não praticar ato contra o direito alheio. O domínio seria
a relação de submissão imediata da coisa ao poder de seu titular. Essa
relação de submissão se instrumentaliza por meio das faculdades de uso,
gozo, disposição e reinvindicação.
2) Elementos
São justamente os poderes do dominio
2.1. Usar
Poder que atribui/concede ao titular o poder de se servir da coisa, se servir
da forma que for mais conveniente.
O poder de uso também confere ao seu titular a percepção limitada de
frutos, limitada aos frutos naturais
-Frutos naturais: são aqueles que decorrem da própria natureza da coisa.
( ex: leite da vaca).
- Não uso
a faculdade de usar, abarca também o não uso.
A pessoa pode deixar de utilizar o bem, deste que este não uso seja um
não uso atual, desde que o titular do uso mantenha o bem em condições de
lhe servir no momento que for mais oportuno, ele conserva o bem para usar
no momento adequado. Ex: Thiago tem poder de uso e utiliza-se a casa de
praia somente para comemorações das festas de fim de ano, no momento
atual não tem um uso do bem, mas ele mantem o bem para que consiga lhe
servir a qualquer tempo.
O não uso em si, não importa na perda da propriedade, salvo em 2
situações:
a) Posse de outrem
O não uso poderá acarretar a perda da propriedade,se estiver associado
a posse ad usucapione por terceiro, aquela que poderá importar,
conduzir a uso capião.
Apesar de não ter sua inconstitucionalidade declara por via própria, mas
a doutrina é praticamente unanime em se afirmar que se trata de um
dispositivo inconstitucional, por 3 razões
1- Alega-se que o §2º viola o devido processo legal, ele violaria
porque ao estabelecer uma presunção absoluta, não se
concede ao proprietário a ampla defesa e o contraditório. Por
isso o enunciado 242 da Jornada de direito civil foi criado.
Enunciado 242
A aplicação do art. 1.276 depende do devido processo legal, em que seja
assegurado ao interessado demonstrar a não cessação da posse.
2.3 Dispor
É um poder de transferir, gravar e alienar o bem a um terceiro a qualquer
título.
Disposição total- se caracteriza quando há uma alteração subjetiva do
direito real de propriedade, altera a titularidade do direito real de
propriedade. (pode ocorrer de uma alienação onerosa ou de um negócio
gratuito)
Disposição parcial- decorre da instituição de um ônus real sobre o bem, de
um gravame sobre o bem, sem que a instituição acarrete a alteração da
titularidade. Ex: hipoteca.
2.4 Reaver
É o poder que o proprietário tem de reivindicar o bem das mãos de quem o
possua ou o detenha indevidamente.
É um corolário da sequela, pela sequela o titular do direito pode perseguir a
coisa nas mãos de quem ela esteja.
Não confundir ação reivindicatória com ação de reintegração da posse-
reintegração é de posse, juízo possessório, reivindicatória é ação do juízo
petitório.
3. Ação reivindicatória
O autor deve se ater aos pressupostos exigidos
3.1. Pressupostos
a titularidade do direito de propriedade
o autor da ação tem que fazer prova que é o proprietário do bem, objeto
da ação reivindicatória.
Se dá por meio de uma certidão emitida pelo cartório de registro de
imóveis competente.
Obs; tem se admitido que o promissário comprador que adimpliu todas
as prestações a que se obrigou, também pode entrar com ação
reivindicatória .
Promissário comprador é aquele que celebrou um contrato preliminar, tanto
faz se a promessa está registrada ou não. Ele não é proprietário do bem
b individualização da coisa
exigência de um
lançar as informações/elementos necessários para a completa
individualização do bem, de tal forma que ele não se confunda com nenhum
outro bem
para garantir que seja possível a execução da sentença reivindicatória, sob
pena de não conseguir depois executar
c posse injusta
posse injusta do réu
art 1201 cc- posse injusta é aquela adquirida viciosamente, maculada por
vícios objetivos externo, posse violenta, clandestina ou precária.
Para fins específicos de ação reivindicatória, a posse injusta ela tem uma
abrangência maior, não se limita a posse violenta, clandestina ou precária.
Para fins de ação reivindicatória, a posse injusta é aquela sem causa, sem
fundamento jurídico que seja capaz de respaldar o exercício do poder sobre
o bem.
3.2 Prescrição
Pode ser proposta a qualquer tempo, ela pode esbarrar na usucapião
como defesa
Sumula 237- o usucapião pode ser arguido em defesa
3.3 Legitimidade
a) Ativa: o proprietário e o compromissário
b) Passiva: possuidor injusto, o detentor e o terceiro possuidor de boa
fé
Extensão vertical
Pq a horizontal ela é fixada na própria matricula do bem
Art. 1.229
Espaço aéreo e o subsolo do qual sou proprietário
§2º
Requisição
Imposição de uma restrição temporária
Pagamento de indenização posterior caso o ato tenha causado algum dano ou
prejuízo
Art 5º inciso XXV da CF
b)Indenização:
§ 5 o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa
indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença
como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.
I – USUCAPIÃO
Modo originário de aquisição de propriedade, em decorrência de uma posse
que se prolonga no tempo e do preenchimento de outros requisitos legais.
Alguns doutrinadores a denominam de prescrição aquisitiva, em contraposição
a prescrição extintiva da parte geral do código civil, porque em ambas tenho o
elemento tempo, na usucapião tenho tempo como fator para aquisição de um
direito real de propriedade, na prescrição extintiva também tenho o elemento
tempo, mas como fator para extinção de um direito.
Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das
causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais
também se aplicam à usucapião.
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela
ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3 o ;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou
dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de
guerra.
REQUISITOS
SOMA DE POSSES
Admite-se que o possuidor atual, some ao tempo de posse do possuidor
anterior.
Será preciso que ambas as posses sejam exercida com animus domini, de
forma mansa, pacífica e continua.
REQUISITOS
SOMA DE POSSE:
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e
incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
REQUISITOS:
1. Posse exercida com animus domini, de forma mansa, pacífica e
continua
Ad usucapionem - Requisito genérico
3) USUCAPIÃO ESPECIAL
REQUISITOS:
6. Possuidor tem que ter tornado o bem produtivo pelo seu próprio
trabalho ou de sua família (pró-labore).
Não basta a produtividade, o elemento E TAMBÉM FIXADO SUA MORADIA
NO BEM
Requisito de forma cumulativa
SOMA DE POSSE:
DIVERGÊNCIAS
Art 183 CF
Art. 1240 CC
Art 9º da lei 10.257/2001
a) Requisitos:
Posse exercida com animus de dono, de forma pacifica, posse ad
capione
Temporal: posse exercida pelo prazo de 5 anos
Proprietário usucapiente não pode ser proprietário de outro bem imóvel,
seja ele urbano ou rural.
Bastaria uma mera declaração do usucapiente de que ele não é
proprietário de outro bem imóvel.
Nada impede que o usucapiente já tenha sido proprietário de um bem
imóvel, e que depois de conseguir a usucapião deste imóvel, ele pode
ter outro imóvel
Bem deve estar localizado na zona urbana do município.
Bem não pode ter área superior a 250 m²
Possuidor deve ter estabelecido sua moradia no bem.
d) Soma de posses
Art. 9º §3º- se o herdeiro já mora no bem, quando o individuo falecer, ele
continuará a posse desse indivíduo. No dia da morte está aberta a
sucessão do individuo.
Vilas,aglomerados
4.1 Requisitos
Hoje não basta que o bem tenha uma área superior a 250m2, hoje preciso
dividir pelo numero de possuidores e ser menor que 250.
A redação originaria exigia que os possuidores se caracterizassem como
pessoa de baixa renda, hoje não precisa ser considerado como integrante do
grupo de população de baixa renda.
Requisitos:
Animus de dono, forma mansa, pacifica e continua
o Alguns doutrinadores dizem não ser necessário o animus de
dono, o que a professora não concorda.
Temporal: 2 anos de posse (menor lapso temporal exigido pelo
nosso ordenamento) -O legislador utiliza o termo posse direta de
forma equivocada no art. 1240.
O usucapiente também não pode ser proprietário de outro bem
imóvel.
Bem deve estar localizado na zona urbana do município
o A doutrina acredita que seja uma modalidade que se aplicaria
a imóveis rurais, mas o legislador não contempla estes
imóveis.
O bem deve ter até 250 m²- o imóvel pode ser uma unidade
autônoma em condomínio edilício (ex: apartamento).
Propriedade dividida com o ex cônjuge ou o ex companheiro.
o Aqui a propriedade é dividida entre os dois, sou proprietária de
uma parte e quero usucapir da parte do meu ex cônjuge, não
interessa a causa, origem da propriedade em conjunta, pode
decorrer do regime de casamento, do fato de ambos terem
adquirido em conjunto aquele bem imóvel, não faz diferença
as razoes pelas quais adquiriram o imóvel.
O abandono do lar –
o Requisito que E.C 66/10 pois fim a discussão de culpa das
relações conjugais, não interessa quem deu causa ao fim da
relação conjugal. Quando o 1240 A, foi inserido, alguns
disseram que ele trouxe a tona as discussões sobre a culpa
nas relações conjugais, o que não é verdade
6.1. Procedimento
Sentença declaratória.
Não tem natureza constitutiva, o direito real de propriedade é adquirido a partir do
momento que preenche todos os requisitos da modalidade de usucapião, logo, ele o
usucapiente propõe a ação não com o objetivo de constituir seu direito, mas sim com a
intenção de ter seu direito de propriedade reconhecido – entendimento pacificado,
o que ainda se discute são os efeitos retroativos
6.3 Citação
Não somente o proprietário (réu) será citado, também deverá citar pessoalmente
todos os confinantes do bem (proprietários de bens imóveis limítrofes), salvo se
o bem objeto da ação de usucapião for uma unidade autônoma em condomínio
edilício (ex: apartamento) - art. 246, §3º, CPC.
Art. 246. A citação será feita:
Apesar do NCPC não manter a regra, os terceiros interessados devem ser citados por
meio de edital. Argumento 1: o procedimento extrajudicial de reconhecimento de
usucapião impõe que os terceiros interessados sejam cientificados (tomaram ciência)
para manifestar interesse no pedido formulado por meio de edital publicado de grande
circulação, logo, se extrajudicial é necessária tal cientificação por edital, também
deveria ocorrer quanto ao reconhecimento judicial. Argumento 2, fulcro no art. 259,
CPC que prevê o edital, sendo assim se trata do edital publicado para cientificação
para os terceiros interessados.
6.4 Intimação
7) RECONHECIMENTO EXTRAJUDICIAL
Art. 216 – A da LRP - Lei 6.015: Lei dos registros públicos, regulamenta serventias
extrajudiciais de natureza registraria (cartório), podem ter 2 naturezas distintas:
1. Natureza de tabelionato
Não estão submetidos a LRP
7.1 DOCUMENTOS
Provimento 65 do CNJ, art.4, IV: esclarece quais são as certidões negativas do usucapiente:
Distribuidores da justiça estadual e federal do local da situação do imóvel usucapiendo.
Art. 4º O requerimento será assinado por advogado ou por defensor público constituído pelo
requerente e instruído com os seguintes documentos:
o “OU”, legislador quer dizer que pode ter reconhecida extrajudicialmente em qualquer
modalidades e não somente na modalidade ordinária que exige o justo título.
o Pagamentos de taxas e impostos que incidem sobre o imóvel, não são requisitos de
nenhuma modalidade de usucapião. Ocorre que tais taxas e impostos, como regra,
decorrem da titulariedade da propriedade. Logo, quando o usucapiente começa a arcar
com isso demonstra que esta exercendo posse como se dono fosse (atos compatíveis
com de proprietários).
Requisitos:
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá
usucapião, independentemente de título ou boa-fé.
Requisitos:
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e
incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a
propriedade.
II. REGISTRO IMOBILIÁRIO
1. PRINCIPIO DA PUBLICIDADE
Registro confere publicidade as transações imobiliárias.
Todos os dados lançados no cartório de registro de imóveis são públicos,
qualquer um pode ter acesso, porém esses acessos são conferidos por
meio do requerimento de certidões e independente de qualquer motivação.
Ou seja, o requerer a certidão o registrador não poderá exigir que a parte
solicitante apresente o motivou ou interesse na expedição daquela certidão
(pode ser por mera curiosidade).
Registro Torrens
Modalidade especifica de registro imobiliário, é extremamente
raro.
Só se aplica a imóveis rurais, ele assume um certo caráter
contencioso, haverá a citação de todos os interessados para se
manifestarem, ele é julgado por sentença.
Ele gera uma presunção absoluta, o interessado tem que fazer
um requerimento formal ao registrador e vai instruir o requerimento com
diversos documentos referentes ao próprio imóvel rural, que estão elencados
no art. 268 da lei 6015.
3. PRINCIPIO da territorialiade
O registro deve ser realizado na circunscrição imobiliária da situação do imóvel.
Deve ser realizado no cartório de registro de imóveis de onde o bem se
encontra.
Quando tiver mais de 1 cartório, ainda sim terá competência territorial, em
imóveis localizados em determinada área da comarca.
Não confundir com o cartório de notas, os de notas, como regra, não se
submetem ao princípio da territorialidade.
4. PRINCIPIO DA LEGALIDADE
O registrador recebe o titulo da parte para registro e ele irá realizar o seu
protocolo, ele se faz por meio da prenotação.
A prenotação é o ato de ingresso formal do título na serventia registraria.
Se tudo estiver em ordem, ele vai realizar um analise do titulo e ele será
registrado.
Ao realizar a analise o registrador, pode encontrar algo que impeça o
registro e ele vai emitir a nota de devolução
4.1 Nota de devolução/ nota devolutiva
É uma pendencia, é a situação que o registrador verificou que não
está em ordem.
A nota é um instrumento formal e por escrito em que o registrador
vai indicar para a parte os motivos que o impedem de registrar
aquele título.
O registrador indica quais são as exigências a serem satisfeitas para
que o titulo possa ser registrado.
Precisa ser fundamentada, indicando os fundamentos jurídicos que o
impede de registrar aquele titulo.
4.2 Dúvida
Quem elabora a petição é o registrador à pedido da parte.
É um procedimento de jurisdição voluntária.
Após suscitar a dúvida, o juízo competente é o juízo da vara de
registros públicos. O próprio registrador irá cientificar as partes os
termos da dúvida que suscitou, para que a parte possa impugná-la,
já perante o juiz.
A duvida é sempre julgada por sentença em jurisdição voluntária.
Recurso
Contra a sentença proferida em procedimento de dúvida, cabe
recurso de apelação endereçado ao conselho superior da
magistratura.
Recurso
Quem poderá interpor recurso de apelação?
Sentença de procedência, poderá interpor: a parte interessada, o MP
e, eventual, terceiro prejudicado.
A parte tem que fazer prova que requereu ao registrador que suscite duvida ao
juízo competente. Pode ocorrer que a parte tenha requerido formalmente, mas
o registrador ficou inerte. Se decorrer 15 dias, diante da omissão do
registrador, a própria parte poderá suscitar a dúvida (no juízo da vara de
registro publico. Se não houver na comarca uma vara especializada, deverá
ocorrer na vara cível.)
5. PRINCIPIO DA CONTINUIDADE
Somente se admite o registro de um titulo, se aquele que constar no titulo como
outorgante/alienante, for o mesmo que constar na matricula como proprietário.
Ex: quando adquiri o terreno eu era casada, logo, no Livro consta que sou
casada, antes terá que averbar o divorcio, para depois registrar compra e
venda. “Só registro seu contrato de compra e venda se houver lançamento
do divorcio da vendedora, pois cronologicamente, o divorcio ocorreu ante de
tal venda.”
6. PRINCIPIO DA PRIORIDADE
Protege quem primeiro registra seu título – confere prioridade para efetivar o
registro ao título que tiver o menor número de prenotação.
7) Princípio da especialidade
Matrícula:
Antes o brasil adotava o sistema de transcrição, a cada negócio jurídico que o
bem imóvel fosse objeto, ele recebia um número distinto no cartório de imóveis,
a cada transação ele iria receber um numero diferente. Com o advento da lei
6015/73, ela institui o sistema matricial, sistema das matrículas, elas são o
elemento identificador, elemento que individualiza o bem imóvel naquele
determinado cartório de imóvel.
Com o sistema matricial temos que a matricula não se altera com os negócios
jurídicos que tenha aquele determinado bem imóvel. O número de matricula
não se altera com os negócios jurídicos.
Lei 6766
Art. 2o. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou
desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e
municipais pertinentes.
III- ACESSÃO
1. Requisitos
Principal- acedida
Acessória- acedente
2. Espécies
Modalidades:
Formação de ilhas
Aluvião
Avulsão
E álveo abandonado
Modalidades:
Plantações
Construções
a) Ilha que se forma no meio do leito do rio. – Ela será atribuída aos
proprietários ribeirinhos (aqueles que são proprietários de bens
imóveis na margem do rio, independente de caracterizar como
população de baixa renda ou não) na proporção de suas
testadas(áreas de contato do bem imóvel com o rio) até a linha que
divide o álveo ao meio.
b) Ilha que se forma entre a linha que divide o álveo ao meio e uma das
margens.
3.2 Aluvião
3.3 Avulsão
Força natural e violenta destaca porção de um prédio(é sinônimo de bem
imóvel) e o aloja em outro.
O acréscimo se da por uma foça violenta
Há previsão de indenização, o proprietário que recebeu a porção de terra
se torna proprietário dela se pagar a indenização
Se dentro de 1 ano ninguém reclamar, ele ira adquiri la sem pgamento de
indenização.
Se tiver de boa fé, vai adquirir a poção do solo invadido mas terá que
indenizar o vizinho.
O quanto o terreno do vizinho desvalorizou com minha construção.
CONDOMÍNIO GERAL
1. Conceito
2. Espécies
Quanto a origem:
a)Convencional ou Voluntário
b) eventual
c)legal ou necessário: imposto por lei, decorre de lei, como consequência
do estado de indivisão da coisa.ex: condomio de cerca, muro, valas...
Quanto a duração
a) Transitório: aquele que pode ser extinto a qualquer momento pela
vontade de qualquer um dos condôminos. É o condomínio convencional
e o condomínio eventual.
b) Permanente: é aquele que perdura/subsiste enquanto persistir a
razão/motivo da sua instituição. É o condomínio legal
3) Condomínio Voluntário
Como regra, aplica-se ao condomínio eventual as regras do condomínio
voluntario.
a) Usar da coisa
destinação/posse, uso e gozo de terceiro
direito pessoal de usar, uso dos condôminos
não é possível transmitir posse ou detenção para terceiro, sem o
consentimento dos outros condôminos.
b) Reivindicar de terceiro
Decorre do poder de reaver, que é atribuído a quem é proprietário.
Ele é instrumentalizado através da ação reivindicatória.
Qualquer condômino, independentemente de sua quota parte e de
autorização dos demais condôminos poderá propor ação
reivindicatória contra um terceiro.
Contra outro condômino não é possível propor ação reivindicatória.
(poderá ser resolvida no juízo possessório)
A ação terá como objeto o bem em sua integralidade, não somente a
quota parte do condômino autor da ação.
c) Defender a posse
Independente da autorização dos demais, poderá propor ação
possessória- reintegração da posse, intertido proibitório e
manutenção da posse.
Doutrina/jurisp- so é possível a propositura de uma ação possessória
contra outro condômino se estiver diante de posse pró- diviso.
Posse pro diviso: é aquele em que são fixadas áreas sobre as quais
cada um exercera posse.
Posse pro indiviso é aquela que caracteriza composse.
1.316