Manual de Procedimentos para Laboratórios
Manual de Procedimentos para Laboratórios
Manual de Procedimentos para Laboratórios
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
PARA LABORATÓRIOS
Área de físico-química e microbiologia de bebidas e vinagres
Brasília/DF
2017
ÍNDICE
1. Siglas e Definições 3
2. Aplicação 4
3. Coleta e envio de amostras 4
4. Recebimento de amostras pelo laboratório 5
5. Critérios de Recebimento 5
5.1 - Introdução 5
5.2 - Avaliação da embalagem 6
5.3 - Inviolabilidade do lacre 6
5.4 - Estado de conservação 6
5.5 - Prazo de validade 7
5.6 - Quantidade mínima 7
5.7 - Conferência do TCA 7
6. Cadastro da amostra 7
7. Prazo de análise 8
8. Emissão e envio de COA 8
9. Emissão de suplemento de COA 8
10. Emissão e envio de TRA 9
11. Emissão de suplemento de TRA 9
12. Análises periciais 9
13. Demonstrativo mensal de análises 10
14. Guarda de amostras analisadas 10
15. Redistribuição de amostras e subcontratação de ensaios 10
Anexo I: Tabela 1 – Quantidade de amostra requerida para análise 11
Anexo II: Utilização do Saco Lacre 12
Anexo III: Modelo sugerido de TRA 14
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1. Siglas e Definições
Siglas
CGAL Coordenação-Geral de Laboratórios Agropecuários
COA Certificado Oficial de Análise
DIPOV Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal
SISV Serviço de Inspeção e Saúde Vegetal
SIFISV Serviço de Saúde, Inspeção e Fiscalização Vegetal
SIPOV Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal
SDA Secretaria de Defesa Agropecuária
SVA Serviço de Vigilância Agropecuária
UVAGRO Unidade de Vigilância Agropecuária Internacional
UTRA Unidade Técnica Regional de Agricultura
TCA Termo de Colheita de Amostra
TRA Termo de Rejeição de Amostra
Definições
Amostra oficial Amostra coletada por serviço oficial do MAPA, em operação executada por
servidor público competente que esteja em exercício em um Serviço de
Inspeção ou Unidade Técnica da estrutura do MAPA. Deve ser sempre
acompanhada de Termo de Colheita de Amostra e tem os resultados de sua
análise expressos em Certificado Oficial de Análise.
Análise de Procedimento laboratorial realizado em amostra oficial de bebida, com a
controle finalidade de controlar a industrialização, a exportação e a importação.
Análise de Procedimento laboratorial realizado em amostra oficial de bebida, para verificar
fiscalização a conformidade do produto com os requisitos de identidade e qualidade, assim
como ocorrências de alterações, adulterações, falsificações e fraudes, desde
a produção até a comercialização.
Análise pericial Determinação analítica realizada por peritos em amostra oficial de bebida
ou análise de coletada para este fim, quando da contestação do resultado da análise de
contraprova fiscalização que considerou a bebida amostrada fora dos padrões de
identidade e qualidade.
Análise de Determinação analítica realizada por peritos, com a finalidade de dirimir
desempate ou divergências apuradas entre a análise de fiscalização e a análise pericial ou
perícia de perícia de contraprova.
desempate
Bebida O produto de origem vegetal industrializado, destinado à ingestão humana em
estado líquido, sem finalidade medicamentosa ou terapêutica. Compreende
também a polpa de fruta, o xarope sem finalidade medicamentosa ou
terapêutica, os preparados sólidos e líquidos para bebida, a soda e os
fermentados alcoólicos de origem animal, os destilados alcoólicos de origem
animal e as bebidas elaboradas com a mistura de substâncias de origem
vegetal e animal.
LANAGRO Laboratório Nacional Agropecuário. São os laboratórios oficiais do MAPA
Laboratório Laboratório público ou privado, legalmente constituído como laboratório,
credenciado homologado pelo MAPA para realizar ensaios e emitir resultados em
atendimento aos programas e controles oficiais do MAPA.
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2. Aplicação
2.1 Os critérios e procedimentos deste Manual aplicam-se às amostras oficiais de
bebidas, fermentados acéticos, vinhos e derivados da uva e do vinho destinadas às
análises físico-químicas e microbiológicas conforme definições estabelecidas no Item 1.
2.3 Este Manual se aplica às amostras oficiais, isto é, amostras ou itens de ensaio
encaminhados para análise pela autoridade fiscalizadora competente ou por ente
credenciado para tal. Para efeitos de delimitação de escopo de trabalho, define-se por
controle oficial o controle realizado por autoridades competentes das três
instâncias, o qual é considerado ato direto do Poder Público, e que vai desde a
colheita das amostras, encaminhamento ao laboratório, interpretação dos
resultados até a eventual aplicação das penalidades.
3.4 Providências deverão ser tomadas para que o tempo decorrido entre a colheita da
amostra e sua chegada ao laboratório seja o mais curto possível, recomendando-se que
seja evitada a utilização de mecanismos que impliquem estocagem intermediária entre
o ponto de colheita e o laboratório.
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3.5 O encaminhamento da amostra para o laboratório será realizado mediante Termo
de Colheita de Amostra (TCA). Nos casos de colheita de amostras para realização de
análises físico-químicas e microbiológicas devem ser emitidos TCAs separados
conforme a natureza da análise.
4.1 Dentro do conceito de que a análise começa com a colheita da amostra, as ações
de inspeção, fiscalização e investigação devem estar bem integradas com os
laboratórios, devendo haver sincronismo entre a remessa e a capacidade do laboratório
em executar as análises, mediante desenvolvimento e execução de cronogramas de
remessas de amostras.
5. Critérios de Recebimento
5.1 - Introdução
5.1.2 Todas as amostras recebidas devem ter sua identificação unívoca e sequencial
registrada em formulário específico ou sistema informatizado apropriado, com data do
recebimento.
NOTA: Sempre que possível, os laboratórios devem manter registros fotográficos das
amostras que não satisfaçam os critérios de recebimento, seja em termos de estado de
conservação aceitável, problemas na embalagem ou indícios de violação ou
contaminação.
5.1.5 Todas as amostras recebidas devem ser avaliadas na recepção de acordo com os
critérios de aceitação estabelecidos. Somente poderão ser aceitas as amostras que
chegarem ao laboratório:
Em embalagens e vasilhames adequados, conforme item 5.2;
Adequadamente lacradas e sem sinais de violação, conforme item 5.3;
Em estado de conservação aceitável, conforme item 5.4;
Dentro do prazo de validade do produto, conforme item 5.5;
Em quantidade suficiente, conforme item 5.6;
Com documentação adequada (TCA), conforme item 5.7.
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5.2 - Avaliação da embalagem
5.3.3 Amostras sem lacre, ou com lacre não autenticado pelo agente fiscal e pelo
representante do estabelecimento detentor do produto devem ser descartadas e ter
emitido o respectivo TRA.
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5.4.2 Caso a amostra chegue ao laboratório apresentando alteração em seu estado de
conservação (indício de fermentação ou estufamento) deve ser descartada e emitido o
respectivo TRA.
5.5.1 Cabe ao laboratório decidir sobre a rejeição de amostras oficiais cujo prazo de
validade esteja expirado.
NOTA 2: No caso de análise pericial em qualquer amostra, esta só poderá ser realizada
em produto vencido se ficar comprovado após avaliação técnica que o parâmetro a ser
analisado não está sujeito a alteração por ação do tempo.
5.6.2 Quando o peso ou volume unitário não atingir o mínimo estabelecido (Tabela 1 do
Anexo I), deverão ser colhidas tantas unidades quantas necessárias para se obter
aquele quantitativo. Neste caso, o responsável pela coleta deve assegurar que todas as
unidades pertençam ao mesmo lote e partida, a fim de serem mantidas as
características de homogeneidade da amostra.
5.7.3 Caso não haja atendimento ou remessa das informações pelo cliente, num prazo
de até 15 dias, será emitido TRA.
6. Cadastro de amostra
6.1 A recepção deverá dispor de um sistema de registro, físico ou eletrônico, de acordo
com procedimentos estabelecidos em seu Sistema de Gestão da Qualidade.
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7. Prazos de análise
7.1 O laboratório tem prazo previsto de 15 dias úteis a contar da data de cadastro da
amostra pela recepção do laboratório para expedir o COA, desde que a capacidade
operacional do laboratório não seja ultrapassada.
NOTA 3: Para produtos com alto grau de perecibilidade o prazo previsto no item 7.1
será reduzido em razão de seu prazo de validade.
8.1 Após o término da análise o laboratório emite o Certificado Oficial de Análise (COA).
9.2 O suplemento deve receber a letra ‘S’ e um dígito sequencial após o código da
amostra (P. ex. COA: 1234, Suplemento: 1234S1)
9.4 Deve ser acrescentado no campo de observações do COA um texto que esclareça
a suplementação, como por exemplo: “Este certificado substitui o certificado de mesmo
número ______ de ___/__/____”
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10.3 A recepção de amostras ou o laboratório deve expedir o TRA aos destinatários,
definidos no TCA ou outro documento de encaminhamento, imediatamente após a
finalização do documento.
11.2 O suplemento deve receber a letra ‘S’ e um dígito sequencial após o código da
amostra (P. ex. TRA: 1234, Suplemento: 1234S1)
11.4 Deve ser acrescentado no campo de observações do TRA um texto que esclareça
a suplementação, como por exemplo: “Este TRA substitui o TRA de mesmo número
______ de ___/__/____”
12.5 A ata da perícia de contraprova deve ser lavrada e assinada por todos os presentes.
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14.1 Os laboratórios devem possuir procedimentos para manter unidades
remanescentes de amostras já analisadas, devidamente armazenadas, conforme as
situações a seguir discriminadas.
14.2 O conteúdo dos vasilhames de amostras abertas deverá ser descartado após a
finalização dos ensaios.
15.1 Quando o laboratório receber uma amostra e ocorrer algum imprevisto que o
impeça de analisá-la deverá informar imediatamente à CGAL.
15.2 A CGAL deverá buscar outro laboratório que possa realizar a análise solicitada, e
orientará o primeiro laboratório a enviá-la ao laboratório designado, de maneira que seja
preservada a integridade da amostra.
15.3 O laboratório oficial poderá subcontratar ensaios de outro laboratório oficial, desde
que previsto no seu sistema de gestão da qualidade.
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Anexo I
Bebida alcoólica
fermentada
Fermentados acéticos
1.000 mL para análise fiscal,
Bebida alcoólica As amostras para análise
importação ou exportação;
destilada/ destilada fiscal, de importação ou de
500 mL para análise pericial
retificada/ alcoólica por exportação deverão ser
de contraprova e 500 mL para
mistura compostas de, no mínimo,
análise pericial de desempate.
duas unidades.
Bebida não alcoólica:
Líquidas e pronta para
consumo
Deverão ser coletados
tantos recipientes quantos
Bebida não alcoólica: Quantidade suficiente para
forem necessários para se
obter os volumes de 1.000 mL
Preparado(s) obter o volume total não
para análise fiscal, importação
líquido(s) inferior a 1.000 mL. As
ou exportação; 500 mL para
xarope amostras para análise
análise pericial de contraprova
preparado(s) fiscal, de importação ou de
e 500 mL para desempate,
sólido(s) exportação deverão ser
após diluição recomendada.
compostas de, no mínimo,
duas unidades.
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Anexo II – Utilização do Saco lacre
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Fig. 4 – O envoltório interno é colocado no Fig. 5 – O envoltório externo é lacrado. A
envoltório externo tarja adesiva deixa sinais evidentes em caso
de tentativa de violação.
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Anexo III - Modelo sugerido de TRA
LABORATÓRIO:
ENDEREÇO:
TELEFONE/FAX:
_____/_____
E-MAIL:
TERMO Nº:
DATA: PRODUTO / MATRIZ:
DOCUMENTO DE ENCAMINHAMENTO DA AMOSTRA / N°:
SERVIÇO RESPONSÁVEL PELA COLETA:
MOTIVO DA REJEIÇÃO PARA DESCARTE
Observações:
Informação Complementar:
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Responsável pela Rejeição da Amostra Verificado por (Responsável pela unidade):
Assinatura e Carimbo Assinatura e Carimbo
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