Ventilaç Ão
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m
1- edição - 2005
ISBN 8 5 -2 1 2-0 3 53 -5
FICHA CATALOGRÁFICA
Bibliografia
ISBN 85-212-0353-5
1. Calor - Transmissão 2. Construção 3. Mecânica dos
fluidos 4. Termodinâmica 5. Ventilação I. Título.
04-7835 CDD-697.92
índices para catálogo sistem ático:
1. Construções: Ventilação: Tecnologia 697.92
2. Ventilação: Construções: Tecnologia 697.92
0 atual conhecimento sobre ventilação permitiu o desenvolvimento de processos da
engenharia que se tornaram indispensáveis na moderna técnica das construções, visando
sempre o necessário conforto ambiental, especialmente nas construções de caráter indus
trial, onde é comum o surgimento de desconfortos adicionais, provocados pela produção de
calor e de contaminantes.
O estudo mais completo da ventilação se baseia nos princípios da Termodinâmica e nos
conhecimentos dos fenômenos de transporte, de calor, de massa e de quantidades de movi
mento (Mecânica dos Fluidos). Levando em conta tal dependência - embora o objetivo deste
trabalho seja eminentemente prático, buscando a solução direta de problemas e projetos
que ocorrem na área - e tendo em vista o aspecto didático, é dado um embasamento teórico
em Termodinâmica, transmissão de calor e Mecânica dos Fluidos a todos os elementos de
cálculo que serviram de ponto partida ao desenvolvimento do texto.
São analisadas com detalhes as técnicas para a ventilação natural por termossifão - tão
negligenciada por nossos engenheiros -, a ventilação mecânica geral e a ventilação local
exaustora, muito solicitada pela nossa legislação ambiental. E, enquanto técnica relaciona
da com a ventilação, há também um capítulo especialmente elaborado sobre o transporte
pneumático, matéria atual de grande interesse técnico. Face ao tratamento bastante objeti
vo dessa matéria - que inclui 56 tabelas e 27 exemplos - estamos certos de que a presente
publicação será de grande valia para os engenheiros que se dedicam à higiene ambiental e
áreas técnicas afins.
biblioteca
N i f) c
Sis t e m a de u n id a d e s ......................................................................................................... xi
Sím b o lo s a d o t a d o s ........................................................................................................xm
1 G e n e r a l id a d e s ............................................................................................. l
1.1 Definições............................................................................................................... 1
1.2 Modificações físicas e químicas do ar ambiente........................................ 2
1.2.1 Pressão....................................................................................................... 2
1.2.2 Temperatura, umidade e deslocamento................................................... 6
Energia e vida..............................................................................................6
Metabolismo humano................................................................................. 6
Regulação térm ica..................................................................................... 8
Temperatura efetiva.................................................................................11
1.2.3 Oxigênio....................................................................................................14
1.2.4 Contaminantes e suas fontes...................................................................14
Partículas sólidas......................................................................................14
Partículas líquidas - ?nist e fo g ...............................................................14
Gases e vapores.........................................................................................14
Organismos vivos......................................................................................15
Fontes de contaminação..........................................................................15
1.3 Quantidade de ar necessária à ventilação........................................................... 23
1.3.1 índice de C02 ........................................................................................... 24
1.3.2 Conceito de ração de a r........................................................................... 31
1.3.3 Temperatura do ambiente....................................................................... 32
1.3.4 índice de renovação do a r ....................................................................... 33
1.4 Classificação dos sistemas de ventilação............................................................. 34
2 VENTILAÇÃO NATURAL.............................................................................................35
2.1 Ventilação por ação dos ventos............................................................................ 35
2.2 Ventilação por diferenças de temperatura.......................................................... 38
2.2.1 Cálculo da ventilação por termossifão................................................... 43
2.2.2 Termossifão para diluição do calor ambiente........................................ 44
2.2.3 Termossifão para arrasto do calor das coberturas............................... 49
Transmissão de calor............................................................................... 49
Insolação................................................................................................... 54
Proteção contra insolação....................................................................... 57
Cálculo de aberturas para ventilação de forros......................................61
2.2.4 Termossifão para diluir o calor ambiente e arrastar o calor de insola
ção da cobertura...................................................................................... 65
wm
3 VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA................................................................... 75
3.1. Generalidades....................................................................................................... 75
3.1.1 Distribuição para baixo........................................................................... 77
3.1.2 Distribuição do ar para baixo e para cima..............................................78
3.1.3 Distribuição para cim a............................................................................ 79
3.1.4 Distribuição cruzada............................................................................... 79
3.1.5 Distribuição mista.................................................................................... 80
3.1.6 Distribuição em minas............................................................................. 80
Exaustão........................... 80
Insuflamento............................................................................................ 80
Modo misto............................................................................................... 80
Insuflamento pela entrada...................................................................... 80
3.2 Cálculo de instalações de ventilação mecânica....................................................81
3.2.1 Bocas de insuflamento............................................................................ 83
3.2.2 Canalizações.........................•..................................................................90
3.2.3 Bocas de saída e tomadas de ar exterior.......................................:.... 115
3.2.4 Filtros......................................................................................................116
3.2.5 Ventiladores............................................................................................. 117
5 TRANSPORTE PNEUMÁTICO....................................................................................213
5.1 Generalidades.................................................................................................... 213
5.2 Elementos de cálculo............................................................................. 216
5.2.1 Relação em p eso .....................................................................................216
5.2.2 Velocidades..............................................................................................217
5.2.3 Vazão de a r ................................................................. 21S
5.2.4 Perdas de carga...................................................................................... 219
Entrada do ar no sistema........................................................................ 219
Inércia do material................................................................................. 220
Desnível.................................................................................................. 220
Condutos de transporte......................................................................... 220
Canalizações de ar puro........................................................................ 221
Separador ............................................................................................. .222
Ventúri.................................................................................................... 223
5.2.5 Potência da instalação........................................................................... 223
5.3 Ventiladores e compressores............................................................................. 224
5.3.1 Ventiladores com pás voltadas para trás.............................................. 224
5.3.2 Ventiladores com pás radiais ................................................................. 224
5.3.3 Compressor de engrenagens................................................................. 225
5.4 Ventúri............................................................................................................... 226
5.5 P rojeto de instalações de transporte pneumático............................................ 229
Biblioteca 0
m
A unidade de massa do sistema MKfS é a unidade técnica de massa (utm = 0,102 kg),
muito pouco usada. Assim, nas aplicações desse sistema em que aparece a unidade massa, é
preferível substituí-la pela relação entre o peso ou a força e a aceleração da gravidade. Desse
modo, substituiremos:
• a massa por m = G/g\ e
• a massa específica por p = m /V = y/g.
Nas operações com ar úmido e psicrometria de uma maneira geral, é usual ainda a
unidade de pressão em coluna de m ercúrio (mm Hg), que, por coerência com a tecnologia
vigente nessa área, ainda aparece no presente trabalho:
• mm Hg = 13,595 mm H20 = 13,595 kgf/m2 = 133,3 N/m2,
de modo que a pressão atmosférica normal seria:
• p 0 = 760 mm Hg = 10.332,3 mm H20 = 10.332,3 kgf/m2 = 101.324,3 N/m2.
j
A Equivalente calorífico do trabalho mecânico
A xB Dimensões da seção retangular de um ventúri íbUoiecã Cpnfrii
Cv Calor específico a volume constante
CP Calor específico a pressão constante
D Diâmetro
De Diâmetro equivalente
Dh Diâmetro hidráulico
E Empuxo
F Força
G Peso, descarga em peso
H Altura
J Perda de carga no escoamento do ar
K Coeficiente geral da transmissão de calor, constante
Kv Coeficiente de vazão de um ventilador
D-m. Coeficiente de potência de um ventilador
KP Coeficiente de pressão de um ventilador
L Lado, largura de um ventilador centrífugo, comprimento
LxH Dimensões da seção retangular de uma canalização
N Número, número de rotações por minuto
p1 m Potência mecânica
Q Quantidade de calor, calor liberado por hora, carga térmica
Q, Calor latente
Qs Calor sensível
R Constante dos gases, raio
Re Número de Reynolds
Re Raio externo
Ri Raio interno
Rt Resistência térmica
s Superfície
T Temperatura absoluta, em kelvins çK)
T0 Temperatura absoluta correspondente a 0°C
1/ Volume, vazão
Vazão em m3/s
Volume de um ambiente em m3
a Coeficiente de absorção do calor
ai Coeficiente de área livre de uma abertura
ae Coeficiente de área efetiva de uma abertura
Velocidade, velocidade equivalente a uma diferença de pressão total (ventila
dores)
c' Velocidade de captura
car Velocidade do ar
Cj Velocidade de flutuação
cm Velocidade do material no transporte pneumático
c2m Velocidade meridiana de saída de um ventilador centrífugo
d Dimensão de uma partícula
dm Dimensão das partículas do material no transporte pneumático
Dimensão das partículas em micrometros.
e Base dos logaritmos neperianos
g Aceleração da gravidade (9,80665 m/s2)
g Componente gravimétrica do ar
h Dimensão, altura
i Perda de carga por unidade de comprimento de uma canalização
k Coeficiente de transmissão de calor por condutividade interna, índice de C02
k Coeficiente de Poisson dos gases
1 Comprimento, espessura
le Comprimento equivalente de um acessório de canalização
l2 Largura na periferia do rotor de um ventilador centrifugo
m Massa, massa molecular
n índice de renovação do ar, índice politrópico da transformação de um gás
p Pressão
pc Pressão dinâmica devido à velocidade, pressão dos ventos
pr Pressão parcial do vapor de água no ar
ps Pressão de saturação do vapor de água
r Calor latente de vaporização da água, coeficiente de reflexão do calor
rp Relação em peso
í Temperatura em °C, coeficiente de transparência ao calor
f0 Temperatura a 0°C
te Temperatura externa
tr Temperatura interna, temperatura do recinto
ts Temperatura do bulbo seco
tu Temperatura do bulbo úmido
tun Temperatura de bulbo úmido natural
tg Temperatura de globo
tp Temperatura da parede
tm Temperatura média
u2 Velocidade periférica do rotor de um ventilador centrífugo
v Volume específico
Aí Diferença de temperatura
Ap Diferença de pressão
Ap t Diferença de pressão total
fl Seção
O' Seção da área de captura
O0 Seção da boca do captor
2 Somatório
E\ Somatório dos coeficientes de atrito de vários acessórios
a Coeficiente de transmissão de calor por condutividade externa
ac Coeficiente de transmissão de calor por convecção
iW
ctj Coeficiente de transmissão de calor por irradiação
jS2 Ângulo de saída das pás de um ventilador centrífugo
y Peso específico
8 Densidade
r; Rendimento
rja Rendimento adiabático
rfr, Rendimento hidráulico
r\m Rendimento mecânico
171 Rendimento total
T)e Rendimento estático
À Coeficiente de atrito
Coeficiente de atrito de um acessório
Àc Coeficiente de atrito do conduto
Coeficiente de atrito do ar com o material em suspensão
Tí Pi (3,1416)
6 Componente volumétrica do ar
p Massa específica
an Constante de irradiação do corpo negro
£ Coeficiente de evaporação
1.1 D efinições
Dá-se o nome de ventilação ao processo de renovação do ar de um re
cinto. O objetivo fundamental da ventilação é controlar a pureza e o
deslocamento do ar em um ambiente fechado, embora, dentro de certos
limites, a substituição do ar também possa controlar a temperatura e a
umidade do ambiente.
O ar constitui a atmosfera, massa gasosa que envolve nosso planeta,
que tem uma espessura superior a 500 km.
Recebe o nome de ar respirável aquele próximo ao nível do mar,
numa camada correspondente a 1 ou 2% da espessura total da atmos
fera.
Biblioteca
a Generalidades •
O peso da camada de ar, que circunda o globo terrestre, exerce pressão sobre as ca
madas inferiores da atmosfera, e toma o nome de pressão atmosférica. Ao nível do mar, a
pressão atmosférica em média normalmente vale 101.322 N/m2 (10.332 kgf/m2).
É para a pressão atmosférica ao nível do mar que são definidas as características do ar
atmosférico, ditas “normais”, as quais, para a temperatura de referência de 0°C, valem:
• constante, R = 287,02 Nm/kg*K (29,27 m/K);
• massa molecular, m = 28,96 kg/mol;
• massa específica, p = 1,2928 kg/m3 (0,1318 utm/m3);
• peso específico, y = 12,6780 N/m3 (1,2928 kgf/m3);
• calor específico a pressão constante, Cp = 1,00902 kJ/kg»°C (0,241 kcal/kgf °C);
• calor específico a volume constante, Cv = 0,72013 kJ/kg°C (0,172 kcal/kgf °C);
• coeficiente de Poisson, k = Cp/Cv = 1,4.
1.2.1 Pressão
Modificações sensíveis da pressão atmosférica normal ocorrem quando nos afastamos verti
calmente do nível tomado como referência, que é o nível do mar.
ições físicas e químicas do ar ambiente §
H km
log p mm c.a. = log p 0
18,4 + 0,067ím ’
[1.1]
sendo:
a temperatura média do ar na zona compreendida entre o nível do mar e o ponto consi
derado; e
H a altura, em quilômetros, do ponto considerado em relação ao nível do mar.
Por outro lado, com a variação da pressão atmosférica segundo a altitude, a temperatu
ra do ar também sofre uma variação de mesmo sentido. Dá-se o nome de grau aerotérmico
a variação de altitude, em metros, que ocasiona a variação de um grau centígrado (1°C) na
temperatura do ar atmosférico ÇdH/áT m/°C).
Lembremos que, na atmosfera, a energia envolvida na variação da pressão do ar em
relação à altitude deve ser igual ao trabalho da gravidade. Isto é:
• no sistema MKfS, por quilograma-força de peso,
dp
- d H,
7 [ 1. 2 ]
sendo y o peso específico;
• ou, no Sistema Internacional (SI), por quilograma de massa,
v dp = — = - g dH,
P [1.31
sendo p a massa específica e v (=l/p) o volume específico.
Assim, podemos calcular tanto a variação da pressão como da temperatura, conforme
a altitude, considerando que essas variações se dêem de acordo com uma transformação
politrópica de índice n, tal que [para maiores detalhes, ver Costa (9), Termodinâmica I]:
« P
pv - — = constante,
[1.4]
de modo que podemos escrever:
dp , rr n R d T
— = - p d t f = ------ - ;
p n -1
;>niversídadc federal do Pan
Ribiioteca Cent^
$ Generalidades
P
.n
P
podemos calcular:
p = p 0 1-0,191 g - ( H - H Q
[ 1.6 ]
que, para as condições t = 15°C,po = 101.322 N/m2, pn = 1,226 kg/m3 e nível do mar (H0 = 0 m),
reproduz com boa aproximação os valores que constam da atmosfera padrão da Agência
Espacial Norte-Americana, Nasa (Tab. 1.1).
Quando a pressão atmosférica atinge valores muito inferiores à normal (101.322 N/m2
= 10.332 kgf/m2), a pressão parcial do oxigênio do ar (que é diretamente proporcional à
pressão total da mistura e à componente volumétrica do oxigênio, isto é, po2= ®o2P) torna-
se insuficiente para oxigenar a hemoglobina sangüínea nos pulmões. A respiração torna-se
difícil e começam a se manifestar os transtornos conhecidos como “mal-das-montanhas”.
Assim, a cerca de 3.300 m de altitude, a pressão atmosférica cai para dois terços de seu
valor ao nível do mar, e pessoas não-habituadas a essas alturas podem se sentir mal.
codificações físicas e químicas do ar ambiente §
T abela 1.1
Atmosfera padrão segundo a Nasa
H T P P P P c'-'som
(m) (°C) (N/m2) (kgf/m2) (mm Hg) (kg/m3) (m/s)
Casos especiais de variação da pressão do ar que respiramos são aqueles em que a ati
vidade humana transcorre com auxílio de ar comprimido (atividades hiperbáricas), como
as realizadas em câmaras pressurizadas ou com equipamentos de mergulho. Em tais situ
ações, embora cuidados especiais devam ser tomados com relação à qualidade do ar, que
deve ser puro e conter um mínimo de 20% de oxigênio em volume, o aspecto mais impor
tante diz respeito à variação da pressão.
Desse modo, o limite máximo de 333.426 N/m2 (3,4 kgf/cm2, ou seja, 34 m de coluna de
água) para a pressão deve ser respeitado. A compressão deve ser progressiva e não exceder
68.647 N/m2 (0,7 kgf/cm2, ou seja, 7 m de coluna de água) por minuto, e não se realizará
mais do que uma compressão a cada 24 horas. Maiores cuidados são exigidos pela descom-
zressão, que deve ser lenta, sem jamais exceder 39.227 N/m2 (0,4 kgf/cm2, ou seja, 4 m de
coluna de água) por minuto.
ê Generalidades
E n e r g ia e v id a
M e t a b o lis m o h u m a n o
A energia mínima consumida pelo organismo humano por metro quadrado de super
fície do corpo - obtida com o indivíduo em jejum a 12 h, deitado, em repouso absoluto, nor
malmente vestido, sem agasalhos, num ambiente a uma temperatura tal que não sinta frio
nem calor - recebe o nome de metabolismo básico.
O metabolismo básico corresponde às despesas do serviço fisiológico puro ou despesas
de fundo, e vale em média, para um indivíduo adulto, de 150 a 167,5 kJ/m2*h (36 a 40 kcal
m2«h). Nessas condições, calculando a superfície do corpo humano por meio da fórmula
prática de D u b o is :
0,4255 _j_^0,7246
5 „ = 0,203G,kg
[1.7;
Modificações físicas e químicas do ar ambiente ¥
podemos considerar, para um indivíduo normal, de 1,80 m de altura e 75 kg de massa, com
uma superfície corporal de 1,98 m2, um consumo de energia mínimo entre 300 e 330 kJ/h
(de 70 a 80 kcal/h), ou seja, cerca de 4,2 kJ/h (1 kcal/h) para cada quilograma de massa.
Além disso, o metabolismo humano, em kcal/h-kg, varia:
• Com a idade: é o dobro para uma criança de 5 anos, mantendo-se praticamente
constante dos 20 aos 40 anos.
• Durante a digestão: sofre um acréscimo apreciável, dependendo da substância in
gerida (é pequeno para os açúcares e gorduras, e elevado para as proteínas).
• Nos estados de desnutrição: diminui.
• Nos estados patológicos: de uma maneira geral aumenta, o que constitui indicação
clínica valiosa para a medicina.
• Em condições ambientes adversas, tanto de frio como de calor: aumenta em virtu
de da entrada em operação do mecanismo de regulação térmica do organismo.
• Com a atividade: aumenta com qualquer esforço físico (trabalho mecânico), já que
os üsiologistas são acordes em que o trabalho intelectual não influi praticamente
sobre o consumo da energia.
Assim, no Brasil, a Consolidação das leis do trabalho (Título II, Capítulo V, Normas
Regulamentadoras NR-15, aprovadas em 08/06/78) estabelece (Anexo 3, Quadro 3) as taxas
de metabolismo a serem consideradas por tipo de atividade e por pessoa, que são as repro
duzidas na Tab. 1.2.
T abela 1.2
Taxas de metabolismo humano, segundo a ABNT
Tipo de atividade kcal/h
• =m repouso
I enfado 100
* "-abalho leve
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (datilografia) 125
Tentado, movimentos moderados com braços e pernas (dirigir) 150
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com os braços 150
• Aabalho moderado
Tentado, movimentos vigorosos com braços e pernas 180
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com movimentação 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com movimentação 220
Em movimento, trabalho moderado de empurrar ou levantar 300
• “'abalho pesado
“'abalho intermitente de levantar; ou arrastar pesos (remoção com pá) 440
"'abalho fatigante 550
Generalidades
O organismo humano pertence à segunda categoria, visto que sua temperatura corpó-
rea — praticamente independente de raça, idade, clima e da própria atividade —é da ordem
de 37°C.
Nessas condições, as trocas de calor efetuadas pelo corpo humano com o exterior não
podem ser feitas exclusivamente na forma de calor sensível; transferido ao meio por condu-
tividade externa (condutividade, convecção e radiação) e pelo aquecimento dos alimentos,
bebidas e ar inspirado, o que depende unicamente da diferença de temperatura entre o
corpo e o exterior:
Qs - A S ( t c £ j,
A = /c(l + 0,13cni/s) ^ gj
onde k, para pessoas de pele branca, vestidas normalmente, vale de 8,4 a 12,6 kJ/h*m2*°c
(de 2 a 3 kcal/h«m2«°C). Para pessoas agasalhadas, o coeficiente A independe praticamente
da velocidade do ar, podendo seu valor ser inferior a 4,2 kJ/h-m2»°C (1 kcal/h»m2*°C).
Afortunadamente, além do calor sensível equacionado em [1.8], o organismo humano é
capaz de liberar quantidades apreciáveis de calor na forma latente, pelas funções de exala
ção (vapor de água expirado pelos pulmões) e exsudação (evaporação do suor na superfície
do corpo).
Essa parcela de calor, entretanto, depende essencialmente da disponibilidade de água
a evaporar (que é controlada pelo mecanismo de regulação térmica do organismo) e da
possibilidade de evaporação, a qual depende da diferença entre as pressões de saturação
'■todificações físicas e químicas do ar ambiente
ia água que está à temperatura do corpo e a pressão parcial do vapor de águá contido no ar
j>ara maiores detalhes sobre o ar úmido, ver Costa (4)]:
Ql = B rÇ S(p s - p v) kcal/h, ^
vendo:
3 um coeficiente de limitação da possibilidade de evaporação que varia, teoricamente, de
0 a 1, definido pelo vestuário e pelo mecanismo de regulação térmica do organismo;
o calor latente de vaporização da água (cerca de 600 kcal/kg);
•ON
Dispondo assim de dois meios para transmitir seu calor para o exterior, o organismo
humano pode conseguir seu equilíbrio homeotérmico, mesmo sob condições excepcionais
tanto de seu metabolismo como do meio ambiente, como está esclarecido nos exemplos a
seguir, onde foram usadas as unidades usuais, na técnica, quilocaloria (kcal) e mm Hg.
Solução
A quantidade de calor sensível trocado será dada pela Eq. [1.9]:
Qs = AS(tc - Q = 3.1,8(37 - 26,5) = 56,5 kcal/h.
E o calor latente máximo compatível com as condições do meio será dado pela Eq.
[ 1. 10] :
f ............................ ... .
EXEM PLO 1 .2
Solução
1. As trocas de calor que o organismo humano pode efetuar com o ambiente a 37°C e
çp = 100% são nulas, o que nos permite afirmar que tais condições são impróprias
para a vida humana.
2. Já as trocas máximas de calor que o organismo humano podería efetuar com o ar
em repouso, a 70°C e <p= 10%, seriam:
Qs = 3 X 1,8 X (37 - 70) = -149 kcal/h;
Ql = I X 0,0229 X 600 X 1,8 X (47 - 30) = 422 kcal/h;
Qtotal = 422 - 149 = 273 kcal/h.
Com base nas considerações e nos exemplos anteriores, podemos facilmente compre
ender o mecanismo pelo qual, com as modificações naturais das condições ambientes e do
metabolismo que influem sobre as suas trocas de calor, consegue o organismo humano au
tomaticamente por meio do sistema nervoso muito sensível às influências do meio ambiente,
efetuar sua regulação térmica. Na luta contra o frio, essa auto-regulação é obtida por dois
processos, a regulação termoquímica e a regulação termofísica.
A regulação term oquím ica comanda a produção interna de calor, fenômeno no qual
provavelmente o fígado desempenhe um papel importante. Assim, o organismo humano é
capaz de acomodar automaticamente a produção interna de calor, mantendo sua tempera
tura constante, independentemente da temperatura do ambiente, entre os limites corres
pondentes a um metabolismo básico e um metabolismo máximo, dito de ápice, e que é cerca
de cinco vezes superior ao básico.
Essa regulação, que naturalmente exige grande consumo de alimentos, por si só, já da
ria ao organismo uma extraordinária capacidade de luta contra o frio, a qual com treinamen
to adequado, permite sua adaptação a ambientes com temperaturas inferiores a -40°C.
A regulação termofísica consiste na redução das perdas de calor, a qual é conseguida
por constrição vascular cutânea. Esta reduz a umidade do tecido epitelial, diminuindo sua
condutibilidade, que cai para metade quando a temperatura exterior desce de 30 para 5°C.
Na luta contra o calor, a regulação térmica é apenas de natureza física, já que, ao elevar-
se a temperatura, a produção interna de calor, em vez de diminuir, aumenta, o que se expli
ca pela entrada em ação do sistema de regulação térmica, que também consome energia.
Codificações físicas e químicas do ar ambiente JJUs
Assim, para temperaturas ambientes elevadas, a transmissão de calor, que tende a di
minuir, é compensada, em pequena parte pela redução da resistência térmica da pele, cuja
circulação sangüínea se ativa; e em grande parte pelo aparecimento do suor, que ao evapo
rar arrasta grandes quantidades de calor.
T e m p e r a tu r a e f e t i v a
Embora o equilíbrio homeotérmico possa ser obtido para varias condições de receptividade
térmica do ambiente, nem sempre estas oferecem a mesma sensação de bem-estar ao orga
nismo humano. Para caracterizar a sensação de maior ou menor bem-estar ocasionada por
■jm ambiente, em função de sua temperatura, umidade e deslocamento do ar, adota-se o
conceito de temperatura efetiva.
A temperatura efetiva de um ambiente qualquer pode ser definida como aquela que,
em um recinto contendo ar praticamente em repouso (velocidades entre 0,1 e 0,15 m/s) e
completamente saturado de umidade, proporciona a mesma sensação de frio ou calor que o
ambiente em consideração.
O gráfico da Fig. 1.1, determinado experimentalmente com o auxílio de um grande
número de pessoas, fornece as temperaturas efetivas correspondentes a diversas condições
ambientais, caracterizadas pelas temperaturas ts e t.u e o deslocamento do ar, para pessoas
normalmente vestidas e em repouso (ASHRAE).
Experiências mais recentes sobre conforto térmico [Gagge(6) e Fanger (5)] permitiram
mcluir na avaliação da temperatura efetiva a influência das trocas de calor por radiação, das
vestimentas e também da atividade.
a í +a t
TEMS = -----—
a, + a„ [ 1. 12]
onde:
tg é a temperatura radiante média medida por um termômetro de globo (termômetro
seco, no interior de uma esfera oca com diâmetro de ~10 cm, pintada de preto);
ts a temperatura de bulbo seco do ambiente;
a, o coeficiente de transmissão de calor por radiação;
ac o coeficiente de transmissão de calor por convecção;•
• Influência da vestimenta
Definida por sua resistência térmica, cuja unidade é o CLO:
1 CLO = 0,18 m2h.°C/kcal = 0,043 m2h.°C/kJ = 0,15^« ^ u r ./w r
Generalidades
• Influência da atividade
Definida em função do metabolismo, cuja unidade é fixada no MET:
1 MET = 50 kcal/m2h = 58,2 W/m2.
Nessas condições, foi possível definir uma nova temperatura efetiva, que por comodida
de foi vinculada à umidade relativa de 50% (próxima à de conforto): a temperatura efetiva
de um ambiente qualquer, onde são definidas a temperatura equivalente em meio seco
TEMS, a umidade, a velocidade de deslocamento do ar, o tipo de atividade e a vestimenta
das pessoas. Trata-se da temperatura uniforme de um ambiente (umidade relativa de 50%
e ar em repouso), em que uma pessoa, nas mesmas condições de vestiário e atividade, teria
a mesma sensação de conforto térmico que o ambiente em consideração.
Tal conceituação possibilitou a publicação, em 1981, pela ASHRAE (normas 55-74), de
cartas de conforto para as mais diversas condições de vestuário e de atividade, importantes
para o projeto de instalações de ar condicionado, onde as condições de conforto são primor
diais.
edificações físicas e químicas do ar ambiente
Por outro lado a legislação brasileira sobre segurança e medicina do trabalho, nas suas
normas regulamentadoras NR-15, Anexo-3, estabelece os limites de tolerância para expo
sição ao calor, através do índice de bulbo vm ido, termômetro de globo, IBUTG, definido
pelas equações que seguem:
T abela 1.3
Limites de tolerância para exposição ao calor
: egime de trabalho Intermitente, com Atividade Atividade Atividade
descanso por hora no próprio local Leve Moderada Pesada
''abalho contínuo 30,0 26,7 25,0
-5 min de trabalho
30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
5 min de descanso
30 min de trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 min de descanso
5 min de trabalho
> 32,2 >31,1 > 30,0
45 min de descanso
Por outro lado, os limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho
intermitente com períodos de descanso em local mais ameno, são dados pela Tab. 1.4, em
função do metabolismo (M).
Tabela 1.4
Limites de tolerância para exposição ao calor sob
trabalho intermitente
M (kcal/h) Máximo IBUTG M (kcal/h) Máximo IBUTG
175 30,5 350 26,5
200 30,0 400 26,0
250 28,5 450 25,5
300 27,5 500 25,0
Generalidades
1.2.3 Oxigênio
Nem todo o oxigênio que inspiramos é aproveitado para a respiração, pois o ar expirado
contém ainda cerca de 15,4% de oxigênio em volume (p 0.. = 0,154p). Podemos então tomar
14% (cerca de 2/3 da porcentagem normal) como o índice mínimo de oxigênio aconselhável
para o ar destinado à respiração.
Experiências têm demonstrado que, ao nível do mar, para uma porcentagem de oxigê
nio de 10% ocorre a asfixia e, para 7%, a morte.
P a r t íc u la s s ó l i d a s
P a r t íc u la s líq u id a s - m is t e f o g
O m ist são partículas líquidas produzidas por borrifadores, atomizadores, etc. O espirro de
uma pessoa é acompanhado da emissão de partículas líquidas que podem ser classificadas
como mist.
Já ofog é formado por partículas líquidas de menor tamanho, resultantes da condensa
ção de vapores como, por exemplo, a cerração, o orvalho, etc.
G ases e v ap ores
Quando estranhos à composição normal do ar, os gases e vapores são considerados conta
minantes. Nessa condição estão incluídos, o dióxido de carbono (C02), quando em excesso,
gases como o monóxido de carbono (CO), o dióxido de enxofre (S02), o metano (CH4), gases
industriais diversos, miasmas, odores de uma maneira geral, grisu, etc.
Modificações físicas e químicas do ac ambiente
O r g a n is m o s v iv o s
Nessa categoria de contaminante estão o pólen dos vegetais (5 a 150 pm), os esporos dos
fungos (1 a 10 pm) e as bactérias mais diversas (0,2 a 5 pm).
F o n t e s d e c o n t a m in a ç ã o
Quanto ao C02i embora não seja um gás tóxico, além de ser talvez o maior responsá
vel pelo efeito estufa em nosso planeta, a sua presença no ar indica redução do oxigênio e
mesmo a presença de miasma. Assim, admitindo-se que a porcentagem de C02 no ar cresça
proporcionalmente à porcentagem de miasma, aceita-se universalmente 0,1% como índice
máximo aconselhável para o anidrido carbônico ou dióxido de carbono contido no ar de
ambientes destinados unicamente à habitação.
Na realidade o organismo humano suporta quantidades elevadas de C02, sucumbindc
mais pela falta de oxigênio que ocasiona (anorexia). Em ambientes destinados unicamente
à habitação, para uma porcentagem de C02 igual a 10%, verifica-se a asfixia e, para cerca
de 15%, a morte.
A legislação brasileira relativa à segurança e medicina do trabalho (Consolidação daí
leis do trabalho I, Título II, Capítulo V - normas regulamentadoras NR-15, Anexo 11, de
08/06/78) estabelece, para uma atividade de 48 h semanais, os limites de tolerância de
agentes químicos industriais em ppm e mg/m3 (Tab. 1.5).
Por outro lado, registramos, da American Conference of Governamental Industrial Hy-
gienists (1966), os valores provisórios dos limites de tolerância dos contaminantes que nãc
constavam da legislação brasileira até 1994 (Tab. 1.5a), assim como os limites de contami
nação das poeiras minerais, em milhões de partículas por metro cúbico de ar (mppmc), a
25°C e 760 mm Hg, que constam da Tab. 1.6.
T abela 1.5
Lim ite s de to le râ n c ia a c o n ta m in a n te s
Limites de tolerância
Agente químico
(ppm) (mg/m3)
Acetaldeído 78 140
Acetato de éter monoetílico de etileno-glicol (pele) 78 420
Acetato de etila 310 1.090
Acetato de 2-etoxi-etila 78 420
Acetileno Asfixiante
Aceta 780 1.870
Acetitrila 30 55
Ácido acético - 8 20
Ácido cianídrico 8 9
Ácido clorídrico 4 5,5
Ácido crômico (névoa) - 0,04
Ácido fluorídrico 2,5 1,5
Ácido térmico 4 7
Acrilato de metila (pele) 8 27
Acrilonitrila (pele) 16 36
Álcool isoamílico 78 280
Modificações físicas e químicas do ar ambiente
T abela 1.5
Limites de tolerância a contaminantes (continuação)
Limites de tolerância
Agente químico
(ppm) (mg/m3)
Álcool n-butílico-(pele) 40 115
Álcool isobutílico 40 115
Álcool sec-butílico (2-butanolj 115 350
Álcool terc-butílico 78 235
Álcool etílico 780 1.480
Álcool furfurílico (pele) 4 15,5
Álcool metílico (pele) 156 200
Álcool n-propílico (pele) 156 390
Álcool isopropílico (pele) 310 365
Amônia 20 14
Anilina-(pele) 4 15
Argônio Asfixia nte
Arsenamina 0,04 0,16
Brometo de etila 156 695
Brometo de metila (pele) 12 47
Bromofórmio-(pele) 0,4 4
1,3-Butadieno 780 1.720
n-Butano 470 1090
n-Butilamina (pele) 4 12
Butil-cellosolve (pele) 39 190
n-Butil-mercaptana 0,4 1,2
Chumbo - 0,1
Cianogênio 8 16
Cíclo-hexano 235 820
Ciclo-hexanol 40 160
Ciclo-hexilamina-(pele) 8 32
Cloreto de etila 780 2.030
Cloreto de metila 78 165
Cloreto de metileno 156 560
Cloreto de vinila (pele) 156 398
Cloreto de vinidileno 8 31
Cloro 0,8 2,3
Cloro-benzeno 59 275
Generalidades
T a b e l a 1.5
Lim ite s de to le râ n c ia a c o n ta m in a n te s (c o n tin u a ç ã o )
Limites de tolerância
Agente químico
(ppm) (mg/nm)
Cloro-bromometano 156 820
Clorodifluormetano (Freon 22) 760 2.730
Clorofórmio 20 94
1-Cloro-l-nitropropano 16 78
Cloroprene-(pele) 20 70
Cumeno (pele) 39 190
Decaborano (pele) 0,04 0,25
Demet (pele) 0,008 0,08
Diborano 0,08 0,08
1,2-Dibromoetano (pele) 16 110
O-Diclorobenzeno 39 235
Diclorodifluormetano (Freon 12) 780 3.860
1,1-Dicloroetano 156 640
1,2-Dicloroetano 39 156
1,2-Dicloroetileno 155 615
1,1-Dicloro-l-nitroetano 8 47
1,2-Dicloropropano 59 275
Diclorotetrafluoretano (Freon 114) 780 5.460
Dietilamina 20 59
2,4-Diisocianato de tolueno (TDI) 0,016 0,11
Diisopropilamina-(pele) 4 16
Dimetilacetamida 8 28
Dimetilamina-(pele) 8 14
Dimetilformamida 8 24
1,1-Dimetil-hidrazina (pele) 0,4 0,8
Dióxido de carbono 3.900 7.020
Dióxido de cloro 0,08 0,25
Dióxido de enxofre 4 10
Dióxido de nitrogênio 4 7
Dissulfeto de carbono-(pele) 16 47
Estibina 0,08 0,4
Estireno 78 328
Etano Asfixiante
Modificações físicas e químicas do ar ambiente
T abela 1.5
Limites de tolerância a contaminantes (continuação)
Limites de tolerância
Agente químico
(ppm) (mg/m3)
Éter dicloroetílico (pele) 4 24
Éter etílico 310 940
Etilamina 8 14
Etilbenzeno 78 340
Etileno Asfixiante
Etilenoimina (pele) 0,4 0,8
Etil-mercaptana 0,4 0,8
n-Etil-morfolina (pele) 16 74
2-Etoxietano! (pele) 78 290
Fenol (pele) 4 15
Fluortriclorometano (Freon 11) 780 4.370
Formaldeído (formol) 1,6 2,3
Fosfamina 0,23 0,3
Fosgênio 0,08 0,3
Gás sulfídrico 8 12
Hélio Asfixiante
Hidrazina (pele) 0,08 0,08
Hidrogênio Asfixiante
Isopropilamina 4 9,5
Mercúrio - 0,04
Metacrilato de metila 78 320
Metano Asfixiante
Metilamina 8 9,5
Metil-cellosolve (pele) 20 60
Metil-ciclo-hexanol 39 180
Metil-clorofórmio 275 1.480
Metil-demet (pele) - 0,4
Metil-etil-ceta 155 460
Metil-isobutilcarbinol-(pele) 20 78
Metil-mercaptana (metanotiol) 0,4 0,8
Monometil-hidrazina-(pele) 0,16 0,27
Monóxido de carbono 39 43
Negro-de-fumo
----------------------- .......................... Y
Generalidades
T abela 1.5
Limites de tolerância a contaminantes (continuação)
Limites de tolerância
Agente químico
(ppm) (mg/m3)
Nitrato de n-propila 20 85
Nitroetano 78 245
Nitrometano 78 195
1-Nitropropano 20 70
2-Nitropropano 20 70
Óxido de etileno 39 70
Óxido nítrico 20 23
Triclorometano 78 420
1,1,3-Tricloropropano 40 235
l,l,2-TrÍGloro-1,2,2-trifluoretano (Freon 113) 780 5.930
Trietilamina 20 78
Trifluormonobromometano 780 4.760
Xileno (xilol) (pele) 78 340
Modificações físicas e químicas tio ar ambiente
T abela 1.5a
Limites de tolerância a Contaminantes (Valores provisórios)
Limites de tolerância
Contaminantes
(ppm) (mg/m3)
Acetato de amila 125 650
Acetato de n-butila 150 710
Acetato de butila sec. 200 950
Acetato de hexila séc. 50 300
Acetato de isoamila 100 525
Acetato de isobutila 150 700
Acetato de isopropila 250 950
Ácido nítrico 2 5
Ácido oxáiico 1
Alcatrão, produtos voláteis - 0,2
Algodão, pó de - 1
Amino-piridina 0,5 2
Anidrido ftálico 2 12
Anidrido maléico - 8
Anisidina (pele) - 0,5
Azinfos, metil (pele) - 0,2
3enzoíia, peróxido de - 5
Cádmio - 0,2
Carboril (sevin) - 5
Chumbo tetraetila (pele) - 0,075
Ciclopentadieno 75 200
Compostos de selênio - 0,2
Crotaldeído 2 ó
Diazometano 0,2 0,4
Dibutil-fosfato 2 10
Dibutilftalato - 10
l,3-DicIoro-5,5-dim etil-hidantoin - 0,2
Dimetilamino-etanol 10 50
C'metil-l,2-dibromo-2,2-dicloroetilfosfato - 3
T-sec-octilftalato - 5
E-er fenílico 1 7
E":hséc-amil-ceta 25 130
T abela 1.5a
Lim ite s de to le râ n c ia a c o n ta m in a n te s (Valores p ro v isó rio s) (continua ção)
Limites de tolerância
Contaminantes
(ppm) (mg/m3)
Etil-butil-ceta 50 230
p-Fenileno-diamina (pele) - 0,1
Ferro, óxido de - fumos - 10
Fibras de vidro - ‘ 5
T abela 1.6
Limites de tolerância a poeiras minerais
Limites de tolerância
Poeiras minerais
(mppmc)
Asbesto 177
Talco 700
C o m o a r e s p i r a ç ã o é o p r o c e s s o q u e f o r n e c e o o x ig ê n io n e c e s s á r i o à c o m b u s tã o d o s
h i d r a t o s d e c a r b o n o , f o n te d e e n e r g i a d e n o s s o o r g a n is m o , p o d e m o s d i z e r q u e u m a p e s s o a
n o r m a l, e m r e p o u s o , p a r a d e m a n t e r s u a s f u n ç õ e s fis io ló g ic a s in v o l u n t á r i a s (m e ta b o lis m o
b á s ic o = 75 k c a l/h ) , c o n s o m e e m m é d ia :
75 kcal/h
----------------- = 0,023 kg/h = 0,017 m 3/h de CL a 20° C e 760 mm Hg.
3,160 kcal/kg
M as n e m to d o o o x ig ê n io d o a r é a p r o v e ita d o n o p r o c e s s o d a r e s p i r a ç ã o , p o is , c o n f o r m e
v im o s , o a r i n s p i r a d o c o n té m 2 0 ,9 9 % d e o x ig ê n io , e n q u a n t o q u e a q u e le e x p i r a d o a p r e s e n t a
a in d a u m a p a r c e l a m é d i a d e 15,4% e m v o lu m e d e s s e e le m e n to . N e s s a s c o n d iç õ e s , a p e n a s
5,5% d o v o lu m e d o a r é r e a l m e n t e a p r o v e ita d o p a r a o m e ta b o lis m o h u m a n o . D e s s e m o d o ,
p o d e m o s d i z e r q u e o a r r e a l m e n t e n e c e s s á r i o p a r a a .r e s p i r a ç ã o , n a s c o n d iç õ e s i n d i c a d a s ,
é:
0,017 m3/h de 0 2
= 0,31m 3/h d e a r.
0,055
Generalidades
1.3.1 índice de C 02
Para a ventilação permanente de um ambiente destinado unicamente à habitação, onde se
pretende manter uma porcentagem máxima de C02 igual a kj, adotando-se ar exterior com
um índice de C02 igual a /q, o volume de ar a utilizar será dado por:
100Nc 3 „
V = --------- m r/h,
kf - k i
[1.13]
em que N é o número de pessoas ou elementos produtores de C02 e c a respectiva produção,
em m3/h.
Assim, considerando que uma pessoa em repouso, sentada, cujo metabolismo é 100
kcal/h e cuja produção de C02 é cerca de 20 L/h, para os índices de C02 de /q = 0,03 e /q =
0,1 indicados, podemos calcular:
100 x 1 x 0,020
0,1-0,03
Vki dr
Nc d r +
100 ’
enquanto que o C02 retirado será:
Vk dr
100 ’
Quantidade de ar necessária à ventilação
o que acarretará uma variação dk no índice de C02 do ambiente, cujo volume Va, sofrerá um
aumento na sua quantidade de C02 igual a:
100
d r_ d (fc-fc^)
T; “ 100N c - V Ç k - k i) '
ln [lOOAfc - V { k - k i f*
va
l0 N c - V ( kIf -fc .)
e~ni _________^
lOOAfc
ou, ainda,
lONc
V= ( l- e ~ nT) md/h,
kf ~ ki
[1.14]
A Eq. [1.14] nos mostra que o volume de ar necessário à ventilação intermitente pode
ser reduzido, em relação àquele correspondente à ventilação permanente, por meio do mul
tiplicador (1 - e~nT), o qual depende do tempo de ocupação do recinto ( t) e do índice de
renovação de ar adotado.
Assim, para tempos de permanência superiores a 1 h, mesmo com baixos índices de
renovação de ar (n < 4), a citada redução é inferior a 2% e pode ser desprezada.
Para o caso de outros contaminantes que não o C02, o cálculo da quantidade de ar ne
cessária à ventilação é o mesmo, bastando conhecer deles a produção (ver a Tab. 1.7) e os
iimites de tolerância a serem adotados de acordo com a legislação (ver as Tabs. 1.5, 1.5a e
1.6), como nos mostra o Exemplo 1.3.
/íuveísidade Federal
Generalidades
T abela 1.7
Produção de contaminantes segundo a operação
Operação Contaminante Purificador Produção
Trituração
Moinho, polpa de papel Fumo de barrilha Eletrostático (90% a 95%) 1 a 4,5 g/m3
Purificador de arde
Palha cortada Ciclone (85%) 0,65 kg/
alimentador de trigo
Destilação
Secagem, cozimento
Secador rotativo de
Pó de carvão Lavador ventúri (98%) 4,3 g/m3
carvão ativado
Ciclone + eletrostático
Regenerador de Pó de 0,2 g/t
(95%)
catalisador (petróleo) catalisador 0,25-57 g/m3
Eletrostático (90% a 99%)
Secador de pó
Pó de detergente Ciclone (85%) 30 kg/t
detergente
uarrtidade de ar necessária à ventilação
T abela 1.7
Produção de contam inantes segundo a operação (continuação)
. fcador de polpa
Pó de polpa Ciclone (85%) 38 kg/t
i : 'anja
-:m o de secagem de
Pó de sílica Ciclone (78%) 43 g/m3
areia
íecagem de areia e
Pó de sílica Coletor inercial (50%) 50 g/m3
saibro
Misturas
Mistura de asfalto Pó de areia e saibro Ciclone (50% a 86%) 13-87 g/m3
"ornalha de reverbero de
Fumo 1,5 kg/t
vidro
/íiiy ê ísid a o e fs è ía lá ü F a íí
Biblioteca C p n M
Generalidades
T abela 1.7
Produção de contaminantes segundo a operação (continuação)
Fumo de óxido de
Forno de ferro cinzento 9,6 kg/t
ferro
Pó de minério e
Alto-forno de ferro Lavador ciclônico (99%) 7-55 g/m3
coque
Fumo de óxido de
Alto-forno de chumbo Lavador ventúri (95%) 4,5-13,5 g/m3
chumbo
Fumo de óxido de
Fundição de chumbo 18 kg/t
chumbo
Fumo de óxido de
Fundição de magnésio 50 kg/t
magnésio
Fumo de óxido de
Forno elétrico de aço Lavador de deflexão (60%) 4,5 kg/t
ferro
Escama de ferro e
Esmerilhamento (Fe) Ciclone (56%) 3,3 g/m3
areia
Reações químicas
Reator e misturador de
Pó de fertilizantes Lavador (80%) 17,5 kg/t
fertilizantes
Amoniador de
Gás de amônia 2 kg/t
fertilizantes (tipo TVA)
aantidade de ar necessária à ventilação
Tabela 1.7
Produção de contam inantes segundo a operação (con tin u ação )
60% do
: evestimento por
Solventes orgânicos material
frsão e por pincel
consumido
Carbeto de silício e
: rbarbação e
pó de óxido de Ciclone (51%) 4 g/m3
'■ sdelagem abrasiva
alumínio
Pó de óxido de
alumínio e sílica
Filtro de pano (99%) 0,23-8,3 g/m3
; eíificação e Pó de carbeto de
Filtro de pano (97%) 0,17 g/m3
-odelagem de produtos boro
Ciclone (58%) 0,82 g/m3
abrasivos Pó de carbeto
Filtro de pano (99%) 0,3-5,2 g/m3
Pó de silício e óxido
de alumínio
Solda
Fumo de óxido de
: : da a arco elétrico 10-20 g/kg
ferro
Fumo de óxido de
5olda fraca 5 g/kg
chumbo
Carpintaria
Pó e cavaco de
-plainamento em fresa Ciclone (97%)
madeira
abela extraída do “Inventory of air contaminant emissions”, do New York States Air Pollution Con-
Board e publicada na revista A ir E n g in e e r in g de dezembro de 1966.
to I
Generalidades
EXEM PLO 1 .3
r ^
EXEM PLO 1 .4
Calcular a ventilação geral diluidora (por exaustão) a ser adotada numa fundição
cuja capacidade é de 1 1. de ferro cinzento a cada 8 h.
De acordo com a Tab. 1.7, a produção de contaminantes no caso é de 9,6 kg de fumo
de oxido de ferro para cada tonelada de ferro cinzento. Ora, como a máxima con
centração recomendada para os fumos de óxido de ferro é de 10 mg/m3 (Tab. 1.5a),
podemos calcular:
V _ 0,125 t/h x 9,6 kg/t _ 12 0q0 m3/h
0,000010 kg/nr
Tabela 1.8
Ração de ar segundo a ABNT
m3/h por pessoa Concentração
Local
Recomendável Mínimo de fumantes
5 ancos 17 13 Ocasional
: arbearias 25 17 Considerável
5 ares 68 42 -
Eassinos, g r i l l - r o o m 45 35 -
Estúdios 35 25 Nenhum
_ojas 17 13 Ocasional
: esidências 35 17 Alguns
: estaurantes 25 20 Considerável
Aplicações gerais
f ............................ ............. A
EXEM PLO 1 .5
V 75.000 m3/h „ „
n = — = ------------ — = 6,25 renovações por hora.
Va 12.000 m3
V______________________________________
1.3.3 Temperatura do ambiente
Quando se trata da ventilação permanente de ambientes onde são produzidas grandes quan
tidades de calor, mas sem grande poluição, como salas de máquinas, de caldeiras, de fornos,
cozinhas, churrascarias, etc., ou mesmo ambientes sujeitos a grandes cargas de insolação,
nos quais se deseja manter uma temperatura interna (ír) pouco superior à do exterior (fe),
a quantidade de ar necessária nos será dada por:
Q
V= m3/h,
P C p G r-V [1.15]
onde:
p é a massa específica do ar, que em condições ambientes médias vale 1,2 kg/m3;
Cp o calor específico à pressão constante do ar, que igualmente vale 1,009 kJ/kg*°C (0,241
kcal/kg*°C);
Q o calor a ser arrastado do ambiente, por meio da renovação do ar (em kJ/h ou kcal/h).
.antidade de ar necessária à ventilação
0 c a lo r Q é ig u a l à d i f e r e n ç a e n t r e a q u a n t i d a d e d e c a lo r p r o d u z i d a n o r e c i n t o p o r
todos o s e le m e n to s q u e r e p r e s e n t a m f o n te s d e c a lo r (c o m o o c u p a n t e s , m á q u i n a s , fo rn o s ,
a p a r e lh o s d e ilu m in a ç ã o , in s o la ç ã o , e tc .) e a q u a n t i d a d e d e c a lo r t r o c a d a c o m o e x t e r i o r
p o r t r a n s m i s s ã o , e m v i s t a d a d i f e r e n ç a d e t e m p e r a t u r a r e c i n t o / e x t e r i o r (v e r m a is d e t a l h e s
G ap. 2 ).
N o r m a lm e n te a v e n tila ç ã o n a t u r a l t e m u m ín d ic e d e r e n o v a ç ã o d o a r d a o r d e m d e 1 a
_ e m b o ra , c o m o v e r e m o s , d is p o s iç õ e s a d e q u a d a s d a s a b e r t u r a s d e v e n tila ç ã o p o s s a m a u -
x e n t a r m u ito e s s e v a lo r. N a v e n t i l a ç ã o a r tif ic ia l, o ín d ic e d e r e n o v a ç ã o d o a r a t i n g e v a lo r e s
: e 6 a 20.
P a r a v a lo r e s d e n s u p e r i o r e s a 2 0 , q u e p o d e m s e r c o n s i d e r a d o s e x c e p c io n a is , d e v e m
ser to m a d o s c u id a d o s e s p e c ia is , a fim d e s e e v i t a r e m d e s lo c a m e n to s d e a r c o m v e lo c id a d e s
e x c e s s iv a s . D e a c o r d o c o m a A B N T (N B -1 0 ), a v e lo c id a d e d o a r n a z o n a d e o c u p a ç ã o , is to
é.no e s p a ç o c o m p r e e n d id o e n t r e o p is o e o n ív e l d e 1,5 m , d e v e f ic a r e n t r e 0 ,0 2 5 e 0 ,2 5 m /s .
E x c e p c io n a lm e n te s e r á p e r m i t i d o u l t r a p a s s a r o s li m i t e s a p o n ta d o s , n a v i z i n h a n ç a d e g r a
f e s d e in s u f l a m e n t o o u d e r e t o r n o q u e , p o r n e c e s s i d a d e d e c o n s t r u ç ã o , f o r e m lo c a liz a d a s
jc -a ix o d o n ív e l d e 1,5 m e n o e s p a ç o n o r m a l m e n t e o c u p a d o p o r p e s s o a s .
P a r a f a c i l i t a r a s e le ç ã o d o s í n d i c e s d e r e n o v a ç ã o d o a r a a d o t a r e m c a d a c a s o , a f á b r ic a
d e v e n t i l a d o r e s C la r a g e (E U A ) r e c o m e n d a o s v a lo r e s d a T a b . 1.9, e m q u e n é d a d o e m f u n
ç ã o d o tip o d e a m b ie n te a v e n tila r .
Tabela 1.9
ín d ic e s de re no va ç ã o de a r
Ambiente n
Figura 2.1 A ação dos ventos provoca diferenças de pressão, que podem ser utilizadas
na ventilação natural.
c2 c2
PC= Y P ou Pc" 2 ^ r ' [2'1]
Com efeito, considerando que uma massa m de ar passe do repouso para uma velocida
de c , num tempo t podemos dizer que a energia cinética adquirida é dada por:
, C C T C2
mal = m ----- = m — .
t 2 2
mc 2 c2
Pc ----- = — P-
27 2K
Tabela 2 .1
Pressão d in âm ica d a veioG idade dos ventos
Z cservação: velocidades superiores a 140 km/h podem erguer uma pessoa do solo.
A ventilação provocada pela ação dos ventos pode ser intensificada por meio de aber-
rras dispostas convenientemente. Assim, portas e janelas colocadas em paredes opostas
na direção dos ventos dominantes têm um importante papel na ventilação de certos am-
tentes.
Infelizmente, em certas regiões de clima tropical, os ventos não são permanentes e é na
aa ausência que a ventilação se torna mais necessária, devido à intensificação das cargas
e insolação. Nesses casos, não podemos contar com a ação dos ventos como recurso único
ara uma ventilação contínua e eficiente.
Ventilação naturai
(M
Figura 2.2 Escalonam ento das diferenças de pressões no inte rio r de um a m biente por
aquecim ento do ar.
/N E
Ar
N/
Ar
_NA____
Figura 2.3 A d iferença de pressão criada por uma coluna de a r quente em um
am biente gera o efeito tem ossifão.
ilação por diferenças de temperatura
E lembrando que, de acordo com a lei de Gay Lussac [para maiores detalhes, ver Costa
. Termodinâmica I], os pesos específicos ou as massas específicas dos gases são inversa-
nte proporcionais às suas temperaturas absolutas, temos:
I l = ZL R =
r 0 Ti ’ Y<) T2 '
E podemos fazer:
T,\ 273 273
Ap = Hgp0 N/m2 = Hy0 kgfim2 [2.3]
VT
1i '2 7 Vu 12 7
«-.•ie. p0 = 1,2928 kg/m3 e y0 = 1,2928 kgf/m3.
Assim, para as variações de temperaturas e desníveis usuais, na prática, a partir de
rr_a temperatura exterior G = 32°C, que consideraremos como a mais desfavorável do verão,
rolemos calcular os valores que constam da Tab. 2.2.
Ta b ela 2 .2
D iferenças d e pressão o b tidas por term ossifão
Diferença de H Ap Ap
temperatura (m) (N/m2) (kgf/m2)
3 2 0,2211 0,02255
4 0,4422 0,04509
10 1,1055 0,11273
20 2,2109 0,22545
30 3,3164 0,33818
6 2 0,4380 0,04466
4 0,8759 0,08932
u 10 2,1896 0,22328
20 4,3793 0,44656
30 6,5689 0,66984
10 2 0,7206 0,07348
4 1,4412 0,14696
VAA .:U . :U PA
10 3,6031 0,36741
| 20 7,2061 0,73482
30 10,8092 1,10223
Biblioteca
m Ventilação natural
Os valores da Tab. 2.2 mostram que as diferenças de pressão conseguidas com as varia
ções de temperatura dos ambientes, em relação à temperatura exterior, são bem menores
do que aquelas causadas pelos ventos. Mesmo assim, a característica de permanência dos
fenômenos de aquecimento, que ocorre no primeiro caso, faz da solução do termossifão.
enquanto sistema de ventilação natural, uma técnica muito mais segura do que aquela que
aproveita os ventos.
Além disso, a ventilação natural provocada pelo efeito de tiragem pode-*.ser intensifi
cada jogando-se com os elementos que ocasionam a diferença de pressão estudada. Assim,
aberturas dispostas como em A e B da Fig. 2.2, com o maior desnível possível, podem tornar
adequada a ventilação do ambiente em consideração por simples diferença de temperatura
(ver o Exemplo 2.2).
Como a diferença de nível entre as aberturas de entrada e saída do ar é importante, ela
pode ser aumentada por meio de canais adicionais (chaminés de ventilação), técnica usual
na ventilação de minas, túneis e mesmo ambientes industriais (Fig. 2.4).
Figura 2.6 (continuação) Em grandes ambientes industriais, que geram elevada carga
térmica, coberturas tipo shed ou com lanternins solucionam a ventilação.
J = lLA.^p9 = Z Ã - ^ y 0, [2.4]
2 H2 2a'1
biblioteca
Ventilação natura
em que:.
J é a perda global de pressão na passagem do ar pelas referidas aberturas; e
£A o somatório dos coeficientes de atrito À das diversas aberturas dispostas em série m l
passagem do ar.
Quando, por comodidade de projeto, as seções das passagens do ar em série não sãJ
pré-estabelecidas no mesmo tamanho (íl, ílj, fl2) criando nelas diferentes velocidades de]
escoamento (c, c2), podemos tomar a velocidade maior (c) como referência, e fazer sim-l
plesmente:
cf „ Q2 C2 D2
Qt
de modo que,
Q2 Q2
E/i = A + A, + Aq = A + A——+ A——.
£22 Q2
T o -T _ . c2 Tr
h 9PoTo' = EA — pn — ,
To7; 1 2 Fo T2
donde
12gH(T2 —Ty)
c= [2.5;
EAT
Observação: no caso de seções de passagem diferentes, de acordo com o que foi exposto, a
velocidade c encontrada será a de referência (menor seção), sendo as demais uma decorrên
cia das proporções 0 / ^ e Íl/ÍL, pré-estabelecidas para as demais seções.
Q
V = 3.600cQ = [ 2 .6 ]
pCp(T2 - 7] y
Mr :nde decorre uma nova expressão para a velocidade de deslocamento do ar pelas aber-
■nras de ventilação, causa das perdas de cargas citadas inicialmente:
V m3/h Q
c = --------- = —--------- —----------- m/s. [2 7]
3.600Q 3.600QpCpÇT2 - 7j) 11
AT = T2 - T í =t2 [2.9]
| HQ.22g3.600z p2Cp2
Na prática é preferível calcular a área livre da seção de passagem Í1 a ser adotada e cor-
■gbla no final, de acordo com 0 coeficiente de área livre ou as características construtivas
forem adotadas na sua elaboração.
Na realidade, nos problemas que mais ocorrem, a carga térmica de aquecimento do
ir ciente ( 0 pode ser calculada facilmente, e os valores de H, XÀ e ATpodem ser estipula-
ács em projeto, de modo que a orientação de cálculo mais simples seria (ver também o item
1 -4 ):
EXEM PLO 2 .1
Solução
Arbitraremos a temperatura externa mais desfavorável como t\ = 32°G e, em vista da
magnitude da carga térmica do ambiente, consideraremos para uma solução racional,
em termos de dimensões, uma elevação da temperatura do ambiente em relação à do
exterior como 8°G, de modo que fy, será igual a 40°C.
Nessas condições, de uma maneira direta, podemos calcular:
'J' rp Q
Ap = HgOr.Tr, -2--- i- = 28,6 x 9,80665 x 1,2928 x 273----- ------= 8,2954 N/m2.
1 JH° 0 r 2Tj 313x305
Ou, igualmente:
V q 2y.x t
Q= = 672.9 m2.
3.600c ]l H(T2 - T1f3.60022gp2Cp2
at = J ■■ 1 8 oC.
I HCí2 •3.6002 ■2gp2Cp2
j bservações
a Como a área calculada define a área livre das aberturas, para 70% de área livre, o
valor achado anteriormente deverá ser dividido por 0,7. Assim, tanto as venezia
nas de entrada do ar como os lanternins de saída deverão ter uma área global de
961,3 m2 cada um.
: Na saída, o ar assume uma temperatura 8°C maior e, portanto, um volume leve
mente superior, de modo que exigiria uma abertura também maior; mas, como a
perda de carga nesse caso também sofre uma redução, tal correção foi negligen
ciada.
Como o ambiente mantém uma temperatura superior à do exterior, sua carga tér
mica sofre uma redução em virtude das perdas de calor através das superfícies
que o delimitam, perdas essas que não foram levadas em conta, em favor da segu
rança do projeto.
: i A solução correspondente a esse projeto é a da Fig. 2.6(a).
V s
f ............................. 1
EXEM PLO 2 .2
Solução
domo índice de renovação de ar do sanitário adotaremos o valor recomendado pela
Cab. 1.9, isto é, n = 20 e, portanto, V= 20 X 5 m3 = 100 m3/h. Consideraremos, ainda,
::ue uma pessoa em atividade moderada libera pelo seu metabolismo cerca de 210
k.J/h (50 kcal/h) de calor sensível.
Xessas condições, para a temperatura tx = 32°C, podemos calcular:
V
íniveíSKiade Federal do Para
biblioteca O n M
Ventilação natura
Adotando aberturas venezianadas de alumínio com 60% de área livre, a área global
para a passagem do ar desse sistema de ventilação, tanto na entrada como na saída,
deverá ser de 0,168 m2.
A abertura de entrada pode ser localizada na parte de baixo da porta do sanitário,
enquanto que a de saída deve ser em parede de divisa com uma área externa ou poço
de ventilação, mantendo-se obrigatoriamente entre as duas uma distância centro a
centro de, no mínimo, H = 2 m, que serviu de base para os cálculos anteriores.
EXEM PLO 2 .3 *•
2.2.3 T e r m o s s if ã o p a r a a r r a s t o d o c a lo r d a s c o b e r t u r a s
- m s m i s s ã o d e c a lo r
A passagem de calor de um corpo para outro pode acontecer por condução, por convec
ção ou por irradiação.
idução
condução é a passagem do calor no interior dos corpos em geral sólidos, devendo-se a
msmissão unicamente ao movimento microscópico de suas moléculas, sem deslocamento,
ã matéria.
Nesse caso, a transmissão de calor é inversamente proporcional à espessura dos cor-
pos. de modo que a equação geral [2.10], toma a forma:
:nde:
é a espessura citada; e
o coeficiente de condutividade interna, cuja unidade é kJ*m/m2»h*°C (kcal*m/m2 h«°C).
T abela 2 .3
V a lo re s m é d io s de k para d iv e rso s m a te ria is
k
Material
(kJm/m2 h°C) (kcalm/m2h°C)
Concreto 5,02 1,20
Convecção
A transmissão de calor por convecção está diretamente relacionada ao movimento dos flui
dos, que são os corpos nos quais se verifica esse tipo de transmissão.
Entretanto como, junto às superfícies (subcamada laminar) com as quais os fluidos
estão em contato, a transmissão de calor vai depender também de sua condutividade, nor
malmente esse tipo de transmissão de calor é caracterizado por um coeficiente de propor
cionalidade, dito de película ac que nos permite escrever:
Q = a cSAt kJ/h (kcal/h), [2.13]
Irradiação
Na irradiação, por sua vez, o calor é transmitido por meio de ondas eletromagnéticas seme
lhantes às da luz, mas com comprimentos compreendidos entre 0,1 e 100 p . Quando uma
radiação calorífica atinge uma superfície, uma parcela (a) desse calor pode ser absorvida,
outra (r) pode ser refletida, e a parcela restante (Y), que depende da transparência da super
fície, pode se transmitir através desta.
Ventilação por ãiferenças ãe temperatura
A avaliação do calor transmitido por radiação pode se feita pelo chamado coeficiente de
p-ansmissão de calor por radiação (a,), o qual depende dos seguintes fatores:
Fa fator de forma ou configuração, que caracteriza a disposição da superfície envol
vente em relação à superfície envolvida, e que usualmente vale 1;
Fe fator de emissividade, caracterizado pelas emissividades das superfícies (£ = ~d) e
suas respectivas dimensões;
(Tn constante de irradiação de um corpo negro;
d fator de temperatura, que depende do cubo da diferença das temperaturas absolu
tas das superfícies, podendo ser tanto superior como inferior a 1.
T abela 2 .4
Coeficientes de condutividade externa do calor
a = a.c + a,-
Situação
kJ/m2 h °C kcal/m2 h °C
Rihiioísca CenM
Ventilação natural
Na maior parte dos casos que se verificam na prática, intervém os três processos de
transmissão de calor simultaneamente (Fig. 2.7). Assim, de acordo com o conceito de resis
tência térmica podemos fazer:
R 1 1 ;
a xS («j +OÍJ ~)S’
1 1
R, =
Í2 a 2S (a 2 + a2 ) S ’
R, = — .
*2 kS
E a resistência térmica global - que será a soma das resistências parciais em série - será
dada por:
R. - R, + R. + R. ——-—i-------1----- . [2.15]
*2 *3 a 2S kS
Isto é:
1
Q = KSAt = S(T x- T 2), [2.16]
1 1 l
— +— + -
a1 a2 k
de onde obtemos o coeficiente geral de transmissão:
1
K =- [2.17]
1 1 l
— +— +—
ax a 2 k
Ventilação por diferenças de temperatura
Tratando-se, ainda, de uma parede composta, a mesma equação pode ser usada, subs
tituindo-se apenas o valor I/k pelo somatório £ l/k. Os valores de K que nos interessam para
resolver os problemas de arrasto do calor de insolação sobre as coberturas estão resumidos
na Tab. 2.5.
T abela 2.5
C o e fic ie n te g e ra l de tra n sm issã o de c a lo r
K
Coberturas e forros
kJ/m2h °C kcal/m2h °C
I n s o la ç ã o
Q = a E - aeÇtp - Q. [2.18]
Esse calor, de acordo com a hipótese acima de temperatura adicional devida à radiação,
para uma superfície opaca, também deve ser igual a:
Q ~ Oí-e(j e ~ tp),
de onde podemos concluir que:
-jf- n i9 i
t máxima = — + í [2.20]
p n e
Assim, para um terraço de cor média (a = 0,75), a temperatura máxima que pode ser
atingida, num ambiente a 32°C, é 64°C. Para o caso de painéis pretos Ça = 0,95) de captação
de energia solar, protegidos por uma camada de vidro (t = 0,85), o valor de aqda Eq. [2.20]
assume a grandeza de um coeficiente geral de transmissão de calor K.
Embora teoricamente o valor de K para a proteção de um vidro de 4 mm seja 9,2 kJ/
m2*h*°C (2,2 kcal/m2*h»°C) e para dois vidros de 4 mm seja 5,0 kJ/m2-h-°C (1,2 kcal/
m2*h-°C), na realidade, devido à grande elevação de temperatura que intensifica a radiação
para o exterior do calor recebido pela superfície preta, a expectativa é de que esses valores
sejam da ordem de 25 a 37 kJ/m2«h*°C (6 a 9 kcal/m2.h.°C), para o caso de vidro simples, e
da ordem de 17 a 25 kJ/m2-h.°C (4 a 6 kcal/m2.h.°C) para o caso de vidros duplos. Nessas
condições, podemos calcular, para uma proteção de uma placa de vidro, uma temperatura
máxima de:
0,95x864x0,85
t máxima = + 32 = 110 a 165° C.
6a9
O mesmo painel, protegido com duas placas de vidro, separadas por um espaço de ar,
permitiría atingir uma temperatura de 131 a 196°C.
No caso de superfícies transparentes (clarabóias), além do calor transmitido para o
interior à temperatura th que obedece a expressão geral da transmissão de calor:
aE
Q = KSAt = KS(te - t i ) = KS - + h —t-
a„
ríüversioaüô reoeidi 0\
siMioteca OnM
Ventilação natural
Devemos levar em conta o calor que passa em função da transparência. Assim, consi
derando para uma clarabóia os coeficientes:
de transparência, t = -0,85;
de absorção, a = -0,07
de reflexão, r =~0,08,
podemos escrever (Fig. 2.9):
Q" = E„
de modo que, no total, teremos, por metro quadrado de superfície:
aE Ka
Q = Q'+Q« = K + te~ h + E t - K (t - f - ) + -+ t E, [ 2 .2 1 ]
\
\
\
Figura 2.9 Parte do calor que incide sobre uma superfície transparente penetra no
ambiente.
Realmente, observando a Eq. [2.21], notamos que o fator solar representa um acrés
cimo na penetração de calor (devida unicamente à insolação), além daquela que ocorre
normalmente sem a radiação solar. Como esse acréscimo na transmissão de calor devido à
insolação pode ser calculado pela diferença de temperatura de insolação Aí, definida ante
riormente, podemos fazer:
Ventilação por diferenças de temperatura
de onde:
( a t
Mi = E, [ 2 . 22]
/ 0,07 0,85^
Aí, = + 864 = 207° C.
20 3,6 ,
Tabela 2.6
D ife re n ç a s de te m p e ra tu ra p o r ra d ia ç ã o so la r
Cobertura a At.
P r o te ç ã o c o n tr a in s o la ç ã o
Biblioteca O n M
Ventilação natural
F ig ura 2.11 Cálculo do calor que penetra em uma residência com forro sem ventilação.
y x +y 2
Ventilação por ãiferenças de temperatura
E, igualmente, com os dados das Tabs. 2.5 e 2.6, podemos calcular os valores que estão
registrados na Tab. 2.7.
Por outro lado, se o ar contido entre o forro e a cobertura for deslocado numa proporção
de V m3/h por metro quadrado de habitação, poderemos estabelecer o seguinte equaciona-
mento (Fig. 2.12):
©1 — ©2 ©3 ’
onde:
[2.25]
Q z ^ p C p th -V ’ [2.26]
t - ^ +\ [2.29]
[2.30]
's K,+K„
1 3 + VpC
2 p
E podemos igualmente calcular tm, Qj, Q2 e Q3
Ventilação natural
Na Tab. 2.7 aparecem os valores das penetrações de calor devidas unicamente à insola
ção para diversos tipos de coberturas sem forro, com forros não-ventilados e ventilados com
quantidades de ar variáveis entre zero (forro sem ventilação) e 40 n r/h-m 2.
A observação da Tab. 2.7 mostra quão econômica é a solução do arrasto do calor de
insolação das coberturas por meio de uma camada de ar móvel, a qual pode ser facilmente
obtida pelo efeito do termossifâo.
Tabela 2.7
c a lo r de in so la ç ã o
Calor de insolação
Cobertura
kJ/hm 2 kcal/hm2
Sol direto (12 h, solstício de verão.. POA - 30°S) 3.617,40 864
C á lc u lo d e a b e r t u r a s p a r a v e n t i l a ç ã o d e f o r r o s
A ventilação dos forros citada no item anterior é obtida por meio do efeito de termossifão.
Este se caracteriza pela velocidade de deslocamento do ar, que, conforme vimos, depende
do caminho percorrido pelo ar (XÁ), do desnível entre as aberturas de entrada e saída do
ar (H) , da diferença de temperatura entre o ar em movimento e o exterior. A velocidade de
deslocamento do ar é dada pela Eq. [2.5]:
2gH(T0- T .)
c=
EA71
2gH(tm - t )
c m/s.
[2.5a]
Desse modo, conhecendo a quantidade de ar de ventilação Vm3/h-m2, obtemos as aber
turas de ventilação:
^ V m3/h ■m2 o / 2 i i , •
il = ---------------m / m" de habitaçao.
3.600c m/s
r \
T abela 2.8
A b e rtu ra s para ve n tila ç ã o p o r te rm o ssifã o
Por outro lado, o desnível entre as aberturas de entrada e saída do ar deve ser medido
centro a centro. Assim, para um pavilhão de 10 m por 6 m com cobertura e com forro
como especificado acima, em água única com uma inclinação de telhado mínima de
15%, poderia dispor, para colocação das aberturas de saída, de uma parede vertical
acima do forro de 0,9 m.
Então, usando aberturas com 50% de área livre ao longo de todo o comprimento do
pavilhão, poderiamos dispor, como desnível entre essas aberturas, um H superior a
70 cm. Isto é, a abertura de saída, de acordo com a Tab. 2.8, teria uma área total de
0,0282 X 6 X 10 = 0,34 m X 10 m, e o desnível até o centro da abertura seria de até
90 cm - 34 cm2=73 cm.
Situação diversa da anterior é a dos telhados planos (telhas tipo canal ). Nesse caso,
por segurança, imaginaremos um termossifão transversal (Fig. 2.13), de modo que, por me
tro de comprimento (dimensão maior) do ambiente, a área total das aberturas será:
F ig ura 2.13 Cálculo da área áas aberturas em telhados planos, com termossifão
transversal.
^ to ta l -Q L-h-H.
T abeia 2.9
Esp a ç o s para ve n tila ç ã o de c o b e rtu ra s p la n a s p o r te rm o ssifã o
2 0,4353
4 0,6156
6 0,7540
8 0,8706
10 0,97334
15 1,1921
20 1,3765
Ventilação por diferenças ãe temperatura
.« r a a a d e Federai do Para
biblioteca Onfr'»*
Ventilação na tura l
f .................... ------------------------- \
D im ensões
0 comprimento A e a largura B do ambiente em estudo, dados em metros.
Superfície
A área S do ambiente, em metros quadrados, que servirá para apropriar a penetração
do calor de insolação e a carga térmica devida à iluminação.
Pé-direito
A altura C, média, do forro que limita o ambiente na vertical, em metros.
Volume
O volume V do ambiente em estudo, em metros cúbicos, que servirá para caracterizar
o coeficiente de renovação de ar da ventilação adotada.
Periferia externa
Dada em metros, que mostra o comprimento em planta das paredes limítrofes do am
biente passível de uso para locação de aberturas de entrada do ar de ventilação.
Periferia bloqueada
Dada em metros, que mostra o comprimento em planta das paredes limítrofes do
ambiente que não permitem aberturas para o exterior ou mesmo tomadas de ar do
exterior.
Lanternins ou sheds
Caracterizados pelo comprimento total em metros de sua possível instalação, longitu
dinal ou transversalmente, em uma ou mais linhas na cobertura.
V
Ventilação por ãiferenças de temperatura
Coeficientes de a trito
Correspondem às passagens do ar de ventilação pelas aberturas de entrada, rasgos
no forro e aberturas de saída.
A orientação mais prática nesse caso, como já ficou esclarecido no item 2.2.2, con
siste em tomar um valor À = 1,5 para cada uma das aberturas citadas, as quais
devem ser corrigidas no final de acordo com seus respectivos coeficientes de área
livre (a,).
No caso de defiexões de 90° na circulação do ar, pode-se adotar um coeficiente de
atrito À = 0,75 (para maiores detalhes, ver o Cap. 3).
Excepcionalmente, para melhorar as condições de ventilação por vezes dificultadas
pela exigüidade das aberturas de entrada ou de saída do ar, os rasgos no forro podem
ser aumentados, de modo que, nesse caso, o coeficiente de atrito destes deverá ser
corrigido como ficou esclarecido no item 2.2.1:
Assim, fazendo-se os rasgos no forro com uma área duas vezes maior que a das de
mais aberturas, o valor À a adotar para eles será 1,5/4 = 0,375.
V 7777
níM-:
híOÍGCa
Ventilação natural
......................................
D esnível entre a s abertu ras de en trada e sa íd a (Hni)
É a diferença de nível, medida centro a centro, das aberturas de entrada e saída do ar
de ventilação, as quais devem, preferentemente, apresentar um desnível único e, ao
mesmo tempo, o maior possível, já que a diferença de pressão criada pelo termossifão
é diretamente proporcional a esse valor.
• Equipamento
A carga térmica dos equipamentos situados no interior do recinto sob análise é ava
liada quanto a sua produção contínua de calor ou média horária ou, ainda, adotando-
se um coeficiente de utilização ao longo do dia no caso de funcionamentos intermi
tentes.
No caso de geradores diretos de calor, como fornos, estufas, motores de combustão,
etc., a avaliação dessa carga térmica é feita diretamente em kJ/h (kcal/h).
Já no caso de motores elétricos, essa carga térmica pode ser avaliada em função da
potência elétrica (P kW) realmente absorvida pelos equipamentos, fazendo-se:
• Ilum inação
A carga térmica da iluminação é calculada em função da potência elétrica das lâmpa
das. Assim, para pavilhões industriais é normal uma iluminação de 20 a 30 W/m2, de
modo que essa carga térmica seria de 72 a 108 kJ/h-m2 (17,2 a 25,8 kcal/h*m2).
• Insolação
A carga de insolação com cobertura protegida por forro vai depender das caracte
rísticas de isolamento deste (AT) e da vazão de ar de ventilação adotada. O cálculo
exato da insolação deve seguir a orientação dada no iten “Proteção contra insola
ção” (pág. 57).
Entretanto, como as vazões adotadas para a ventilação geral do ambiente é muito
superior àquela normalmente adotada para arrasto do calor de insolação (~30 m3/
h«m2), a temperatura média atingida acima do forro (tm) será apenas 2 ou 3°C supe
rior à temperatura do recinto (tr), de modo que, na pior das hipóteses, o calor residual
de insolação da cobertura protegida por forro será ainda inferior a 42 kJ/h»m2 (10
kcal/h»m2), valor que podemos adotar com segurança.
V______________________ ___ ______________________ J
Ventilação por diferenças de temperatura
( ---------------------- --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------\
Vazão
Calculada a carga térmica total do ambiente, podemos calcular a vazão de ar necessá
ria para a diluição desse calor, a fim de que a temperatura do recinto sofra no máximo
uma elevação definida em projeto.
Assim, para as condições do ambiente externo de 32°C, de acordo com a Eq. [2.6],
podemos fazer:
Q _ Q kJ/h _ Q kcal/h
pCpAt 1,17Aí 0,28 Aí
ín dice de renovação de a r
Será dado por:
V m3/h
n = ------- T-.
Er m3
2gH(tr - t e) _ 12x9,806g(ír - ^ ) _ Q
ix r 9 y 4 ,5 x 305
_ V m3/h 2
total ~ 3.600 ca, m '
federai do Para
Rihiintocs fcnfr-n)
Ventilação natural
f
D im ensões d a s abertu ras de sa íd a
Tal como nas aberturas de entrada, conhecido fttotal, podemos definir a altura das
aberturas dos lanternins ou aberturas nos sheds para atender a área total necessá
ria.
r “\
EX EM PLO 2 .5
Projetar um sistema de ventilação natural por termossifão para uma fábrica de calça
dos, cujas características são:
• pavilhão industrial de 70 X 30 m, pé-direito de 6 m até o forro, cobertura de te
lhas metálicas em duas águas com 15° de inclinação, lanternim central duplo com
proteção contra chuva de vento;
• os comprimentos 70 m das laterais podem ser utilizados na proporção de 80%
para a colocação de janelas tipo basculante com 50% de área livre para a entrada
do ar de ventilação;
• como proteção contra a insolação da cobertura será usado forro simples, a fim de
garantir perfeito sombreamento da área de trabalho;
• rasgos no forro permitirão a circulação adequada do ar de ventilação junto às
telhas, para garantir o arrasto de grande parte do calor de insolação que incide
sobre a cobertura (> 90%);
® carga térmica do ambiente constituída, além da carga térmica residual de insola
ção da cobertura, que arbitraremos com segurança em 42 kJ/h**m2 (10 kcal/h-m2),
pelas seguintes fontes de calor:
equipam entos
- estufas de 80 kW com 10% de utilização = 28.800 kj/h (6.880 kcal/h);
- estufas de 60 kW com 100% de utilização = 216.000 kJ/h (51.600 kcal/h);
- motores, total de 250 kW com 80% de utilização = 720.000 kJ/h (172.000 kcal/h);
- total, 964.800 kJ/h (230.480 kcal/h);
ilum inação
20 W/m2 - 72 X 2.100 - 151.200 kJ/h (36.120 kcal/h);
v J
Ventilação por diferenças de temperatura
/ --------------------------------------------------------------------
p esso a s em a tivid a d e m édia
(400) - 400 X 420 = 168.000 kJ/h (40.000 kcal/h).
Solução
Adotaremos como diferença de temperatura máxima entre a ambiente da fábrica e
a exterior 5°C, valor praticamente igual à diferença de temperatura de globo do am
biente da fábrica e o exterior, já que a carga de radiação da cobertura será pratica
mente eliminada com a proteção do forro ventilado.
Como diferença de nível H entre as aberturas de entrada e saída do ar de ventilação,
podemos tomar com segurança 6m + 4 m - 2 m = 8m.
2gHAt 2x9,806 x 8 x 5
c= = 0,68 m/s.
iat ; 5,625x305
E, igualmente:
„ —---------
Q V m3/h = _____________
234.000 m3/h —G0 A
„ a
3.600c 3.600x0,68 m/s
• Entrada
Janelas do tipo báscula com 50% de área livre, num total de 191,2 m3 assim dis
tribuídas: largura total de cada lado 56m com uma altura de 1,7 m localizadas de
modo a não dificultar a colocação do maquinário a uma altura de 2 m do piso.
No inverno, a fim de controlar a temperatura interna, essas janelas poderão ser
parcialmente fechadas.
• Rasgos no forro
Poderão ser protegidos por telas, com 50% de área livre e em número de três ao
longo de todo comprimento da fábrica; deverão ter, para atender a área total de
191,2 m2, uma largura mínima de 0,91 m (adotaremos 1 m).
A localização desses rasgos deve ser preferentemente como registrado na Fig.
2.15, sendo os rasgos das bordas afastados das partes baixas do telhado por no
mínimo 2 m, a fim de permitir uma fácil circulação do ar contra a cobertura.
Como esses rasgos representam cerca de 10% da área do forro, eles devem ser
protegidos por forro local adicional para se evitar insolação direta da cobertura
através deles.
• Lanternins
As duas venezianas longitudinais do lanternim do tipo convencional, com 50% de
área livre deverão ter, como as janelas de entrada, uma largura total de 56 m com
uma altura de 1,7 m.
Entre essas venezianas deverá ser previsto espaço horizontal por onde o ar circu
lará com metade da velocidade de referência (0,68 m/s), ou seja, 70 m X 2,72 m.
Como medida de segurança, adotaremos as dimensões 70 m X 4 m, que sem one
rar o projeto vão melhorar o desempenho.
Como afastamento do protetor contra chuva de vento, igualmente, embora se re
comende a dimensão 1,36 m (ver a seleção do À correspondente), adotaremos o
valor de 2 m.
1,7 m
2m
30 m
------------------------------------------------------------------------------------------------------------- \
Todos os valores acima relacionados constam da Fig. 2.15 e da “Planilha de cálculo”
a seguir.
Quantidade
Ambiente Características Valor
número
Dimensões A x 8 (m) 70 x 30
Pé-direito C (m) 6
V J
m
Observações
n
Ventilação natural
v
VENTILAÇÃO
Í MECÂNICA
DILUIDORA
3.1 G eneralidades
Quando a movimentação do ar de ventilação é obtida por diferenças de
pressão criadas mecanicamente, diz-se que a ventilação é artificial, for
çada ou mecânica. Adota-se a ventilação mecânica sempre que os meios
naturais não proporcionam o índice de renovação de ar desejado, ou,
ainda, como elemento de segurança nas condições de funcionamento
precário da circulação natural do ar.
A ventilação mecânica além de ser independente das condições
atmosféricas, apresenta a grande vantagem de possibilitar o tratamen
to do ar, como filtragem, humidificação, secagem, etc., assim como sua
melhor distribuição. Essas operações geralmente acarretam perdas de
carga elevadas na movimentação do ar.
De acordo com o tipo de contaminação do recinto, a ventilação me
cânica pode ser local exaustora ou geral diluidora.
Na ventilação local exaustora, o ar contaminado é capturado antes
de se espalhar pelo recinto, verificando-se, pela sua retirada, a entra
da do ar exterior de ventilação. Trata-se de uma ventilação altamente
especializada, que só é adotada quando as fontes de contaminação são
locais, como ocorre comument.e em ambientes industriais, e que anali
saremos em detalhe no Cap. 4.
« M â d e Federal do Pan
Biblioteca O n * " 1
Ventilação mecânica diluidora
Pelas razões apontadas, que garantem sua aplicabilidade tanto no verão como no in
verno, esse sistema é atualmente o processo de distribuição do ar de ventilação por insufla-
mento mais adotado. O insuflamento nesse caso pode ser feito por meio de bocas, colocadas
tanto lateralmente (grades de insuflamento) como no forro (aerofusos).
Quando as bocas de insuflamento se localizam no teto (aerofusos), elas são duplas, com
insuflamento pela periferia e saída pela parte central (Fig. 3.4).
E x a u stã o
O ar é retirado das frentes de trabalho por meio de ventiladores instalados na boca da mina
e ligados ao interior dela por condutos de aspiração, geralmente executados em lona estru
turada, chapa soldada ou mesmo madeira.
Esse procedimento apresenta o inconveniente de levar para a frente de trabalho um ar
exterior parcialmente viciado, visto que passa pela galeria de acesso.
I n s u f la m e n t o
O ar é levado até as frentes de trabalho por meio de ventiladores colocados na boca da mina
e ligados ao interior por condutos de insuflamento executados com os mesmos materiais
que os de aspiração.
Essa solução, a par da vantagem de insuflar ar puro diretamente na frente de trabalho,
apresenta o inconveniente de efetuar a saída do ar de ventilação pela galeria de acesso, tra
zendo poeiras e fumaças que prejudicam o tráfego por ela.
M o d o m is t o
Processo mais racional, consiste em reunir os dois processos anteriores. Faz-se a exaustão
após as detonações de dinamite e demolições intensas, e insuflamento nas horas de traba
lho normal durante as quais não se verificam formação de poeiras e fumaças em excesso.
I n s u f la m e n t o p e l a e n t r a d a
Essas galerias vão sendo interligadas à medida que o avanço progride, fechando-se as
interligações anteriores, como esclarece a Fig. 3.7. Nas galerias mortas, não-atingidas pela
ventilação geral, seja qual for o processo adotado, é feita uma ventilação secundária com
o auxílio de pequenos ventiladores. Estes tomam o ar da ventilação geral e o colocam na
frente de trabalho por meio de ramais especiais de insuflamento.
V m3/h 2
-------------irr [3.1]
3.600c m/s
Mais detalhes, em alguns aspectos, encontram-se na Tab. 3.2, recomendada pela Car-
rier.
Quanto às bocas de insuflamento, além de seu racional dimensionamento, que estuda
remos a seguir, a fim de se evitarem ruídos indesejáveis, as velocidades máximas recomen
dadas constam na Tab. 3.3.
Ventilação mecânica ãiluiàora
T abela 3.1
V e lo c id a d e s re c o m e n d a d a s para ve n tila ç ã o m e c â n ic a g e ra l c^lluidora (ABNT)
Escolas, Escolas,
Designação Prédios Prédios
Residên teatros, Residên teatros,
indus indus
cias edifícios cias edifícios
triais triais
públicos públicos
Observação: velocidades relacionadas com as áreas de face e não com a área livre.
T abela 3.2
V e lo c id a d e s re c o m e n d a d a s para ve n tila ç ã o m e c â n ic a g e ra l d ilu id o ra (C arrier)
T abela 3.3
V e lo c id a d e s m á xim a s re c o m e n d a d a s para b oc a s de in su fla m e n to
Velocidade máxima
Aplicações
de insuflamento (m/s)
Estúdios 1,50 a 2,50
Cinemas 5,00
Tabela 3.4
Velocidades máximas recomendadas para bocas de saída
^büotecs CphW
m * Ventilação mecânica üiluiüora
A s b o c a s d e in s u f la m e n to de teto, p o r s u a v e z , p o d e m t a m b é m s e r d e d iv e r s o s tip o s :
• d i f u s o r e s d e p la c a s p e r f u r a d a s ;
• g r a d e s q u e jo g a m o a r h o r i z o n t a l m e n t e ;
• d i f u s o r e s c o m a n é is o u p a l h e t a s e m b u tid a s , s e m i n d u ç ã o i n t e r n a , c o m o n a F ig .
3.10 (aerofusos tipo S);
• d i f u s o r e s c o m a n é is o u p a l h e t a s e m d e g r a u , s e m i n d u ç ã o i n t e r n a , c o m o n a F ig .
3.11 ( a e r o f u s o s tip o E S );
• d i f u s o r e s c o m a n é is o u p a l h e t a s e m b u tid a s , c o m i n d u ç ã o i n t e r n a , c o m o n a F ig .
3.12 (anemostato tipo AC);
• d i f u s o r e s c o m a n é is o u p a l h e t a s e m d e g r a u s , c c m i n d u ç ã o i n t e r n a , c o m o n a F ig .
3.13 ( a n e m o s t a t o tip o A R );
• d i f u s o r e s c o m o o s a n t e r i o r e s , m a s c o m s a íd a c e n t r a l o u c o m l u m i n á r i a n o c e n tr o .
Cálculo áe instalações de ventilação mecânica
Figura 3.10 Difusor com anéis ou palhetas embutidas, sem indução interna.
Figura 3.11 Difusor com anéis ou palhetas em degrau, sem indução interna.
Figura 3.12 Difusor com anéis ou palhetas embutidas, com indução interna.
Ventilação mecânica ãiluiãora
Figura 3.13 Difusor com anéis ou palhetas em degraus, com indução interna.
O s d i f u s o r e s d e t e t o p o d e m s e r q u a d r a d o s o u r e t a n g u l a r e s ( m u l t id ir e c io n a is ) , s e m i-
q u a d r a d o s , s e m i - r e t a n g u l a r e s e s e m ic ir c u la r e s .
A s b o c a s d e in s u f l a m e n t o a p r e s e n t a m a s s e g u i n t e s c a r a c t e r í s t i c a s d e f u n c io n a m e n to :
in d u ç ã o , d iv e r g ê n c ia , j a t o o u im p u ls ã o , q u e d a o u a s c e n s ã o , d i f u s ã o o u d i s p e r s ã o e p e r d a d e
c a rg a .
Indução é o f e n ô m e n o p e lo q u a l o a r in s u f la d o ( a r p r i m á r i o ) p e r d e v e lo c id a d e a o se
c h o c a r c o m o a r a m b ie n te , o q u a l e m p a r t e ( a r s e c u n d á r i o ) e n t r a e m m o v im e n to . A in d u ç ã o
p o d e o c o r r e r t a n t o n o i n t e r i o r c o m o n o e x t e r i o r d a b o c a d e i n s u f l a m e n t o (v e ja o s d iv e r s o s
tip o s d e b o c a s d e i n s u f l a m e n t o d e t e t o n a s F ig s . 3.10 a 3 .1 3 ).
Divergência é o â n g u lo f o r m a d o p e lo flu x o d e a r q u e a b a n d o n a a b o c a d e in s u f la m e n to ,
t a n t o n o p la n o h o r i z o n t a l c o m o n o p la n o v e r tic a l, o q u a l, d e v id o a o fe n ô m e n o d a in d u ç ã o ,
a u m e n t a a o a f a s t a r - s e d a fo n te .
P a r a n ã o c r i a r d e s c o n f o r to , a s v e lo c id a d e s t e r m i n a i s d e v e m s e r b e m b a ix a s . A s s im , d e
a c o r d o c o m o tip o d e a tiv id a d e , a s v e lo c id a d e s t e r m i n a i s r e c o m e n d a d a s s ã o a s q u e c o n s t a m
d a T a b . 3.5.
O j a t o d e p e n d e d a v e lo c id a d e r e a l d e in s u f l a m e n t o (o ), d a v e lo c id a d e t e r m i n a l , d o tip o
d e b o c a e d a d iv e r g ê n c ia d e s t a , e d e u m m o d o g e r a l p o d e s e r c a lc u la d o p e la e x p r e s s ã o :
V m 3 /h
J a to (m ) = K [3.2]
Cálculo üe Instalações tie ventilação mecânica
e m q u e í l e, a á r e a e fe tiv a ( á r e a c o n t r a í d a d a v e ia f lu id a ) , é u m p o u c o m e n o r d o q u e a á r e a
liv r e e q u e p o d e s e r c a l c u l a d a e m f u n ç ã o d a á r e a d e f a c e (ftf) p o r m e io d o c o e f ic ie n te
d e á r e a e f e tiv a ae:
cig = —- = / ( f o n n a d a g ra d e , b o rd o s ). [3.3]
Q /
/ J a to \
\ ----------------------------------7
T abela 3.5
V e lo c id a d e s te rm in a is re c o m e n d a d a s
Velocidade
Ambiente
terminai (m/s)
Mínimo 0,25
O v a lo r d e K d e p e n d e d o tip o d e b o c a , d a d iv e r g ê n c ia e d a v e lo c id a d e t e r m i n a l . O s v a
lo r e s m é d io s d e ae e o s v a lo r e s d e K p a r a o s tip o s m a is c o m u n s d e g r a d e e a e r o f u s o e s t ã o
r e g i s t r a d o s n a T a b . 3.6.
iiveíSidaoôFetel doPafi
Ventilação mecânica diluidora
T abela 3.6
Velocidades de K e ae de grades e aerofusos
Divergência Velocidade
Tipo Palhetas ae K
do jato terminal
Grade Paralelas 1 8 °a 20° 0,78 0,25 m/s 10,3a 11,7
Os co
o 0
Grade Divergentes 0,68 0,25 m/s 8,2 a 9,5
o o
Grade Divergentes 0,62 0,25 m/s 5,2 a 6,5
Queda ou ascensão é o deslocamento, para baixo ou para cima, que se verifica ao longo do
jato,devido à divergência ou a diferenças de temperaturas.
Difusão ou dispersão é o fenômeno que ocorre no fim do jato ou em suas bordas, onde ve
locidades inferiores a 1 m/s possibilitam a formação de correntes de convecção.
Perda de carga n a boca é a queda de pressão que se verifica no fluxo do ar ao atravessá-
la.
De um modo geral, as perdas de carga podem ser calculadas pela expressão:
-c [2.4]
J = X— p
2F 2g
onde c é a velocidade real na boca, dada por:
V nV3/h cf
c —------------- = — , [3.4
3.600aen jf a6 ’ 1 J
T abela 3.7
Coeficientes de atrito das bocas de insuflamento
Tipo de boca Divergência A
Grades paralelas tipo A 1 8 °a 20° 1,2
00
O
O
Grades divergentes tipo C 1,0
Na escolha dos pontos de insuflam ento para uma distribuição uniforme do ar, define-
se a área de atendimento de cada boca (quadrada para difusores de forro multidirecionais
e retangular para grades ou difusores de forro unidirecionais).
A escolha do tipo de boca obedece à localização desta, à forma e dimensões da área a
atender (fixando-se a divergência das grades ou o tipo de difusor de forro a usar).
Essa escolha deve levar em conta que grades paralelas (tipo A) apresentam pequena
divergência horizontal e são indicadas para grandes jatos, atendendo áreas retangulares
alongadas. Já as grades com divergências de 30° a 90° (dos tipos C, E e G) são aplicáveis a
áreas com proporções próximas da quadrada, como mostra a Fig. 3.15.
Os aerofusos do tipo S servem para grandes jatos com pequena indução, sendo em
pregados em peças de pequeno pé-direito, pois insufla o ar praticamente na horizontal. Os
aerofusos do tipo ES têm menor impulsão, mas maior indução, de modo que são adequados
para peças de pé-direito elevado, uma vez que jogam o ar para baixo.
Os anemostatos AC e AR com indução interna permitem o insuflamento do ar com
elevadas diferenças de temperatura, sem perigo de chegar às pessoas antes de estar devi
damente misturado com o ar ambiente.
As grades do tipo Barber Colman, além de ter um belo aspecto, são de palhetas verti
cais orientáveis, atendendo a todas as aplicações citadas para as grades A, C, E e G.
O dim ensionam ento do difusor é feito a partir do tipo escolhido, do jato, da velocida
de terminal recomendada e da vazão (Eqs. [3.2] e [3.3] e Tabs. 3.5 e 3.6).
.«reidade F e ta l do Pare
Ventilação mecânica âiluidora
É i m p o r t a n t e v e r if ic a r s e a s v e lo c id a d e s d e i n s u f l a m e n t o s e le c io n a d a s n ã o e x c e d e m a s
m á x i m a s r e c o m e n d a d a s , e m v i s t a d e p o s s ív e is p r o b le m a s d e r u í d o (T a b . 3 .4 ). C a s o c o n t r á
rio , o tip o d e b o c a o u a d i s t r i b u i ç ã o d o s p o n t o s d e in s u f l a m e n t o d e v e s e r o b je to d e r e e s t u -
do.
O d im e n s io n a m e n to d o s d i f u s o r e s p o d e s e r f e ito d e m a n e i r a b a s t a n t e r á p id a , p o r m e io
d e d ia g r a m a s d e c á lc u lo c o m o o s d a s p á g i n a s 91, 92 e 9 3 , e l a b o r a d o s p a r a o s a e r o f u s o s tip o
S e E S , c o m v e lo c id a d e s t e r m i n a i s d e 0 ,5 m /s , 0 ,7 5 m / s e 1,0 m /s , e p a r a a s g r a d e s d o tip o A ,
C, E e G, c o m v e lo c id a d e s t e r m i n a i s d e 0 ,2 5 m /s (v e r E x e m p lo 3 .1 ).
3.2.2 Canalizações
A s c a n a liz a ç õ e s d e u m a in s ta la ç ã o d e v e n tila ç ã o m e c â n ic a , ta n to d e to m a d a d e a r e x te rio r
c o m o d e i n s u f l a m e n t o o u e x a u s t ã o , p o d e m s e r c o n s t i t u í d a s p o r p le n o s e p o r d u to s d e b a i x a
o u d e a lta p re ssã o .
O s plenos s ã o e x e c u t a d o s n a p r ó p r i a e s t r u t u r a d a s c o n s t r u ç õ e s e c o n s t i t u í d o s p o r r e
b a ix o s d e f o r r o s o u v ã o s d e p a r e d e s , n o s q u a is o a r s e d e s lo c a c o m v e lo c id a d e s in f e r i o r e s a
1,7 m /s , d e m o d o q u e a s p e r d a s d e c a r g a a o lo n g o d e le s p o d e m s e r n e g lig e n c ia d a s .
•Já os chutos de baixa pressão, de uso corrente, são condutos geralmente de seção re
tangular, onde as velocidades são inferiores a 10 m/s.
De uma maneira geral, os dutos podem ser executados com os mais diversos mate
riais:
chapas de aço galvanizado;
chapas de aço inoxidável;
chapas de alumínio semiduro;
chapas de cobre;
.•mvorsidade Federa! do Pan
biblioteca O n M
Ventilação mecânica tiiluiãora
18,0 -
16,5 -
18,0 -
15,0 -
13.5 - 16.5- 18,0"
15.0 -
12,0- 16.5-
13.5 -
15,0-
10.5-
12.0 - 13.5-
9.0- 10,5 -
12,0-
9,0
4.8- 6,0- 7,5-
3, 0 - 3, 6- 4, 2-
3 , 6-
3, 0 -
2 ,4 -
Jato (m)
2 , 4-
1, 8 -
Altura
24 30 36
I 24 30 34
h
-_________ ■ c
Figura 3.17 Uniões sem solda ligam as peças das canalizações metáiicas.
T abela 3.8
Bito la s d a s c h a p a s para fa b ric a ç ã o de duto s de ve ntila ç ã o
Um bom projeto das canalizações de uma instalação de ventilação mecânica deve obe
decer à seguinte orientação:
Atendendo a esse objetivo, a rede de distribuição do ar, deve obedecer aos seguintes
traçados (Fig. 3.18):
em linha;
palmada;
mista.
Além disso, devem ser tomadas medidas para reduzir as perdas de carga nos acessórios
como, por exemplo, guias nos joelhos e nas curvas (Fig. 3.19). Para a colocação de guias tipo
(a) nos joelhos, adota-se o processo da linha-base, descrito a seguir.
Ventilação mecânica üiluiãora
• Linha-base
a) Para joelhos sem redução, traçar uma linha diagonal do canto interno ao canto ex
terno [Fig. 3.20(a)].
b) Para joelhos com redução, marcar um ponto O à distância R de ambos os lados do
canto externo do joelho e traçar uma linha diagonal desse ponto ao canto interno
[Fig. 3.20(b)].
(a) (b)
Canto externo Canto externo
< 3- -O -
~-*<r
Dobre no esquadro Dobre no esquadro tj
Dobre total
Dobre
total
CN
-Q~ -e - -e - 3 (-
As cotas representadas por letras nas Figs. 3.20, 3.21 e 3.22 estão registradas na Tab. 3.9
ena função do lado maior W do joelho. As chapas usadas na confecção das veias devem ser
iguais às adotadas para a execução do joelho correspondente, de acordo com a Tab. 3.8.
T abela 3.9
C otas de g a b a rito para e xe c uç ã o de ve ia s em c u rv a s de d u to s de ve ntila ç ã o
Para a colocação das guias nas curvas [Fig. 3.19(b)], adotam-se relações de raios iguais,
isto é:
R4 _ R3 _ R2 __ ^
R3 R2 R1
^4 n+1
R,
donde:
Da mesma forma, nos aumentos de seção, devem ser adotados pequenos ângulos de
divergência (a < 8o) ou mesmo veias para reduzi-los (Fig. 3.23).
í I
Figura 3.24 Colocação de bocas de insuflamento.
O fluxo de ar nas bocas de insuflamento deve ser orientado por meio de captores apro
priados (Fig. 3.25), dispostos perpendicularmente à veia fluida. Normalmente, esses capto
res têm comprimento de 75 mm e são espaçados de 50 em 50 mm.
dh + vdp + d = 0.
2g
h + v p -1---- = constante,
2<7
sendo:
h a energia potencial devido à posição ocupada pela massa fluida no campo gravitacio-
nal;
vp = p /y =p/pg a energia devido à pressão (estática) suportada pelo fluido; e
c2/2g a energia devido à velocidade (energia cinética).
Cálculo de instalações de ventilação mecânica
A equação de Bernoulli pode ser expressa em função das pressões ou energias por uni
dade de volume da massa fluida em J/m3 (kgf*m/m3), multiplicando-se por y = l / v = pg:
c2 c2
hpg + p + — p - h y + p + — y = constante.
Essa equação, para o ar a baixa pressão escoando em nosso meio - caso em que a varia
ção de energia no campo gravitacional é praticamente nula pode ser simplificada para:
c2 c2
p H----p = p H----- y = constante. [3.5]
2 2g '
Assim, numa mudança de seção como a da Fig. 3.26 , como a velocidade cx>c2, resulta
um aumento da pressão estática:
Ap = p 2 - pj
Na realidade, os atritos na variação de seção fazem com que essa recuperação de pres
são não seja integral, podendo-se considerar na prática um aproveitamento de 75%, de
modo que:
Essa recuperação de pressão pode ser aproveitada para vencer a perda de carga do
trecho de canalização que vai até a próxima boca de insuflamento, a qual passará a ter a
mesma pressão estática que a boca de insuflamento anterior. Assim, considerando os du-
tos como circulares e lembrando que a perda de carga nos mesmos pode ser expressa por
(Costa 8):
J: 2 2 ^12C2
D2 P = D2g 7,
Ventilação mecânica ãUuiãora
_ V m3/h _ Vs m3/s
" 3.600Q “ jiJJ2
~T~
obtemos:
r 0,81]Aí12I /2 0,0827 Xl0V 2
[3.7]
D'J p = ------ ^ r ^ r ’
Identificando a recuperação de pressão estática em kgf/m2 dada pela Eq. [3.6], para a
condições ambientes médias Qy = 1,2 kgf/m3), com a perda de carga em kgf/m2 dada pela
última equação registrada em [3.9], obtemos a expressão:
C 2,51
0, 045 9 ( c2 - Cj) = 0 ,001026/12 [3.10]
‘12 _ A.
V 0,61
s
biblioteca Ont™*
Ventilação mecânica üiluiãora
P r im e ir a c o r r e ç ã o
Como as fórmulas adotadas para a elaboração do diagrama estão relacionadas com dutos de
seção circular, quando adotamos dutos de seção retangular de altura H e largura L = aH.
com a mesma velocidade selecionada c2 e, portanto, mesma seção íl, as perdas de carga na
realidade resultam maiores do que as indicadas nos pontos 4', 4 ou 4".
Para obter os valores corretos das perdas de carga nos condutos de seção retangular,
podemos adotar o conceito de diâmetro hidráulico (ver bibliografia). Diâmetro hidráulico
(D/j) de um conduto de seção retangular íl = HL = aH2 é o diâmetro de um conduto circular
que, para a mesma velocidade, sofre a mesma perda de carga que o conduto retangular em
estudo.
De acordo com o estudo do escoamento em canalizações da mecânica dos fluidos, o
diâmetro hidráulico nos é dado por:
Dh = = = H J íL . [3.11]
Perímetro 2 (H + L) 2H(l + a) 1+a
Q = HL = aH2 =
4
de onde vem:
D = J ——— -
V K
1 ,1 2 8 # Vã. [3.12]
A perda de carga, de acordo com a fórmula empírica da ASHRAE, em que J=f(c2, D),
seria dada por:
O c u l a r = 0 , 0 0 1 1 9 9 /1 2 - ^ .
Entretanto, na realidade, como se trata de uma seção retangular, para a mesma veloci
dade c2, a perda de carga será maior:
1,9
^retangular “ 0 , 0 0 1 1 9 9 ^
Dh 1,22 ’
Ta b ela 3.10
C o e fic ie n te de c o rre ç ã o das p e rd a s de carg a em d u to s re ta n g u la re s
f ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- \
EXEM PLO 3 .1 *•
Sabendo que:
• f12=5 m;
• Vs=l m3/s;
• Cj=5 m/s;
calcular c2para um duto retangular de a=L/H~ 2.
No diagrama da página 110, para uma seção circular, podemos ler:
A = 5;
c2 = 4,48 m/s.
Entretanto, ao adotar uma seção retangular, devemos corrigir:
6 = 1,25;
liz corrigido = 5 X 1,25 = 6,25 m;
A - 6,25;
c2 = 4,37 m/s;
J = recuperação = 0,266 kgf/m2.
Como se pode notar, a variação da velocidade c2 para obter a recuperação desejada foi
inferior a 3%. Na prática, embora essa correção chegue a atingir 10%, pode-se, sem
grandes erros, calcular os dutos de seção retangular de proporção LIH no máximo
de dois, como dutos de seção circular, empregando-se diretamente o diagrama da
página 110.
Ventilação mecânica ãHuiãora
S egu n d a correção
Como as canalizações de ventilação são constituídas não apenas por dutos, mas também por
acessórios como joelhos, curvas, transformações, etc., que também contribuem com perdas
de pressão, é importante incluir essas quedas de carga adicionais no equacionamento do
cálculo da seção de seus diversos trechos.
A maneira mais simples de fazer essa inclusão é através do conceito de comprimento
equivalente do acessório correspondente. O comprimento equivalente de um acessório de
canalização de diâmetro D é o comprimento do duto que, colocado no lugar uo acessório em
consideração, acarreta a mesma perda de carga.
Normalmente o comprimento equivalente é expresso por meio de um múltiplo do diâ
metro da canalização. Quando, no processamento dos cálculos de uma canalização, o diâ
metro não for inicialmente conhecido, ele deverá ser arbitrado para o cáiculo preliminar dos
comprimentos equivalentes dos diversos acessórios.
Assim, chamando de Àa o coeficiente de atrito do acessório correspondente e tomando
para o cálculo de sua perda de carga a Eq. [2.4], obtemos:
C
J.acssono. —Xa —
o rp —Xa o—- . 'y.
2~g
E como, de acordo com o estudo da dinâmica dos fluidos viscosos (Costa 1 ou 8), a
perda de carga nos condutos, além de depender da pressão dinâmica, é diretamente propor
ciona] à área de contato do fluido com a parede ( ttDI) e inversamente proporcional à seção
de passagem Í1 = ttD2/4, podemos escrever que:
T/r nDl c
J.conduto
~k TP ~2
4
Ou, ainda, na forma mais conhecida, em que À6,recebe o nome de coeficiente de atrito
dos condutos:
l c l cr
Conduto K D 2 P ^ D 2 g Y’-
[3.14]
de modo que, identificando essas duas grandezas, o comprimento do conduto - que passa a
se chamar comprimento equivalente (/,,,) do acessório em consideração - vale:
( [3.15]
O valor do coeficiente de atrito de um conduto depende do número de Reynolds do
escoamento (Re) e da rugosidade relativa do conduto, podendo ser calculado por fórmulas
empíricas ou pelo diagrama de Stanton. Entretanto, para canalizações de ventilação de
baixa pressão executadas em chapas de aço galvanizado de baixa rugosidade, é aceitável o
valor médio de 0,02.
O diâmetro a considerar no cálculo dos comprimentos equivalentes dos diversos aces
sórios das canalizações é o diâmetro hidráulico, já que a equação de equivalência analisada
foi estabelecida para velocidades iguais. A Tab. 3.11 fornece os valores aproximados de Àa e le
para os acessórios mais comuns das instalações de ventilação mecânica de baixa pressão.
Cálculo áe instalações de ventilação mecânica
T abela 3.11
V a lo re s de Ag e le para a c e ssó rio s de c a n a liza ç õ e s de ve n tila ç ã o m e c â nic a
Acessório Aa
Curvas de seção circular - Ver Fig. 3.28 f 0,50 0,73 36,5D
0,75 0,38 19,0D
R/D 1,00 0,26 13,0D
1,50 0,17 8,5D
2,00 0,15 7,5D
Curvas de seção retangular H/L = 0,5 - Ver Fig. 3.29 [0,50 1,30 65,0D
0,75 0,47 23,5D
R/L 0,28 14,0D
1,00
1,50 0,18 9,0D
Curvas de seção retangular Fi/L = 1 a 3 - Ver [0,50 0,95 47,5D
Fig.3.29 0,75 0,33 16,5D
R/L 10,0D
1,00 0,20
í 1,50 0,13 6,5D
Curvas de seção retangular com um defletor - Ver [0,50 0,70 35,0 D
Figs. 3.30 e 3.19b 0,75 0,16 8,0D
, R/L 6,5D
1,00 0,13
1,50 0,12 6,0D
Curva de seção retangular com dois defletores [0,50 0,45 22,5D
- Ver Figs. 3.30 e 3.19b 0,75 0,12 6,0D
R/L
1,00 0,10 5,0D
1,50 0,15 7,5D
Joelho de seção circular - (ver Fig. 3.31) 0,87 43,5D
Joelho de seção retangular - (ver Fig. 3.32 ) 1,25 62,5D
Com veias simples - (ver Figs. 3.33 e 3.19a ) 0,35 17,5D
Com veias duplas - (ver Fig.3.33) 0,10 5,0D
Lona de adaptação do ventilador 0,1 a 0,2 5,0 a 10,0D
Transformação de seção retangular - (ver Figs. 3.34
e 3.23). Para a < 8 ° (a//< 1/7) 0,15 7,5D
Aumentos de seção a
Coeficientes de atrito referidos à variação da 5o 0,17
2 2 10° 0,28
c f - CÍ
pressão cinetica: —------ - p 20° 0,45
2 30° 0,59
Ver Fig. 3.35 40° 0,73
Redução de seção a
Coeficiente de atrito referido à seção estrangulada 30° 0,02 1D2
45° 0,04 2D2
60° 0,07 3,5D2
Observação: para curvas e joelhos de ângulo inferior a 90°, reduzir os valores tabelados na
proporção:
« . a
---- A ou -----1.
90° 90°
Ventilação mecânica ãiluiãora
M udanças de seção
ÍI2
Vs ^ l 12^ c 2^ C l ^ D h ^ H X L .
Orientação semelhante pode ser adotada, usando-se uma das equações empíricas [3.9],
sugeridas pela ASHRAE, mas tendo-se o cuidado de, no caso de tratar-se de uma seção re
tangular, fazer as devidas correções.
Assim, na equação
c 1>9
J = 0,01199i12 kgf / m2,
no caso de dutos com seção retangular, o diâmetro a ser usado deve ser o hidráulico (D^,
já que o cálculo de j é feito em função de c2.
Já na equação
V 1,9
J = 0,0188/12 kgf / m2,
em que J é calculado em função de Vs, o diâmetro a usar deve ser o equivalente (De).
Diâmetro equivalente de um conduto de seção retangular é o diâmetro de um conduto
de seção circular que, para a mesma vazão, acarreta a mesma perda de carga do conduto
considerado.
Assim, fazendo nesse caso uma análise semelhante à já realizada para o diâmetro hi
dráulico, podemos estabelecer que:
ÍHL) 0,6219
D =1,297
CH + l )'0,243
T a b e l a 3 .1 2
D iâ m e tro e q u iva le n te de um c o n d u to de se ç ã o re ta n g u la r
Mais prática é a solução apresentada pelo diagrama da pág. 114, destinado ao cálculo di
reto dos condutos de ventilação, que, baseado nas equações propostas pela ASHRAE, fornece
a dependência entre a perda de carga unitária dos condutos (i) e as grandezas Vs, c2 e A
Como no uso direto das equações da ASHRAE, para o caso de dutos de seção retan
gular, o valor de D obtido por meio desse diagrama em função de Vs e c2 será o diâmetro
hidráulico do conduto retangular considerado; e, caso a determinação de i for feita a partir
de Vs e D, o diâmetro a ser usado para caracterizar o conduto retangular, deverá ser o diâ
metro equivalente De.
O Exemplo 3.2 mostra o uso das soluções apontadas e, ao mesmo tempo, a exatidão das
equações e seus respectivos diagramas de cálculo.
Solução
1. Adotando a equação de J em função de c2 e D, o diâmetro a ser usado será o diâ
metro hidráulico, dado por:
4Q 4x0,16
A = 0,32 m.
P 2(0,2+ 0,8)
V*
Diagrama para cálculo de condutos de ar condicionado e ventilação
(s/pw) SA
Cálculo áe instalações de ventilação mecânica
Com exceção dos cogumelos, qualquer um desses tipos pode servir como tomada de ar
exterior.
A localização das bocas de saída, por outro lado, pode estar:
• no teto, para extração de fumos e odores, caso em que se devem tomar cuidados
especiais, para evitar curtos circuitos insuflamento-saída do ar (Fig. 3.36);
F ig ura 3.36 Colocação das bocas de saída para extração de fumos e odores.
(a) Correta; (b) errada.
c2 c2
J = X — p = A— y,
2g ‘
c=
a
Os valores de À e a para os diversos tipos de boca de saída estão registrados na Tab.
3.13:
Ta b e l a 3.13
C o e fic ie n te de a trito de b ocas de sa íd a
Boca de saída a À
Cogumelos - 2a4
3.2.4 Filtros
Os filtros de ar normalmente adotados nas instalações de ventilação mecânica são:
de tela galvanizada impregnada de óleo (Fig. 3.38);
de tela de alumínio obtida por estiramento de chapa;
de lã de vidro (descartável);
de pano;
de espuma de plástico (poliuretano).
Cálculo üe instalações de ventilação mecânica
Em casos especiais, também podem ser usados, para a retenção de impurezas, filtros
úmidos, lavadores de ar ou mesmo filtros eletrostáticos (para maiores detalhes, ver Cap. 4).
Nos filtros secos, as velocidades de face a adotar para uma boa filtragem devem ser no
máximo de 2 m/s, sendo que, nos filtros de pano (ver detalhes no Cap. 4), esse valor varia de
0,15 a 2,5 m/min, para que as perdas de carga não excedam os 125 kgf/m2.
Para os modelos mais comuns de plástico ou tela galvanizada, as perdas de carga po
dem ser calculadas a partir dos coeficientes de atrito À relativos às velocidades de face,
que constam da Tab. 3.14. Para os filtros mais sofisticados, é necessário usar os dados que
constam no Cap. 4.
T abela 3.14
C o e fic ie n te de a trito de filtros
Filtro A = f(cf )
3.2.5 Ventiladores
Os ventiladores adotados na ventilação mecânica geral diluidora são geralmente do tipo
centrífugo de pás voltadas para a frente (Siroco), que atingem as pressões necessárias com
menores velocidades periféricas (m2), que constituem a principal causa de ruídos dos ven
tiladores, conforme classificação da Tab. 3.15. Em casos excepcionais, usam-se também
ventiladores axiais, especialmente para extração do ar, em que as diferenças de pressão
necessárias são pequenas.
dê Fídíral do Para
n-'H%>teca C en?™
Ventilação mecânica ãiluidora
T abela 3.15
V e lo c id a d e p e rifé ric a de v e n tila d o re s e c la sse de ruíd o
Edifícios
II 20 m/s a 30 m/s Médio 60 a 80 7 m/s a 10 m/s
públicos
Observação: a v e lo c id a d e p e r i f é r i c a é d a d a p o r:
kD N rp m
u 0 = ----------------------- IT l/ S .
60
O s v e n t i l a d o r e s c e n t r í f u g o s tip o S iro c o p o d e m s e r d e s im p le s a s p i r a ç ã o o u d e d u p la
a s p i r a ç ã o (F ig . 3 .3 9 ), e s u a s d i m e n s õ e s b á s ic a s r e l a c i o n a d a s a o d i â m e t r o e x t e r n o d o r o t o r
CD) e s t ã o n a T a b . 3.16.
T abela 3.16
C a ra c te rístic a s d im e n sio n a is de v e n tila d o re s tip o Siroc o
Ventilador Ventilador
Grandeza
de simples aspiração de dupla aspiração
L 0,8D 1,5D
I2 0,5D D
Cálculo áe instalações de ventilação mecânica
Aí « = <7, j P = % j : r .
\2
Apí = rjn ~ JL M,
\ U2 ) 2g \ U2 )
Isso nos mostra, ao mesmo tempo, que a pressão criada por ventiladores do mesmo
tipo, funcionando em condições equivalentes a suas características, cresce com 0 qua
drado de sua rotação N, com 0 quadrado de sua dimensão D e com o peso específico y
ou massa específica p do fluido aspirado, isto é:
pn2D2N 2 _ yK2D2N
2x 602 p 71,1 2 x 602 p
V = i), naD' u 2
V U2
= % D2u 2K„,
.'nrvçfssdads federa! do PaR
biblioteca
Ventilação mecânica üiluiãom
o que nos mostra, ao mesmo tempo, que a vazão de ventiladores do mesmo tipo, .fun
cionando em condições equivalentes a suas características, cresce com o cubo de sua
dimensão D e com a rotação N, isto é:
Q ^ = % D 2 u 2K v = % K v C 2
o que nos mostra ser a abertura: equi valente (Oe), que caracteriza as condições de fu n cio
namento de um ventilador, diretamente propo rcional ao quadrado de sua dimensão D.
pn D X" y fiL fN 2
~õZT~u 22K pD2u 2Kv K PKV K PKV’
V O3
onde:
rjm é o rendimento mecânico do ventilador;
V/iVaVm = Pt o rendimento total do ventilador; e
KpKv = Km o coeficiente de potência mecânica do ventilador.
Tabela 3.17
C a ra c te rístic a s o p e ra c io n a is de ve n tila d o re s tip o Siro c o
r \
EXEM PLO 3 .3 *•
Solução
Para a velocidade de descarga dada, teríamos:
Cs 10.000 m3/h
0,3472 m2.
cs 3.600 x 8 m/s
Por outro lado, a diferença de pressão total nos permite calcular o salto de velocidade
teórica c:
{2gíspt 12 x 9,806 x 40
c= = 26,95 m/s.
%7 y 0,9x1,2
V /
Ventilação mecânica diluidora
q
Vs —----------z
—--------- 2 ,7 7 8 m3/s
-------------------—0. 04„. m/s,
Zm TinJtDl2 0 ,8 5 X7TX 0 , 5 6 0 x 0 , 2 8 0 ’
Ou, ainda:
r . '.......... .
1111 \
Geralmente as características são determinadas para condições ambientes médias
(p = 1,2 kg/m3) e devem ser corrigidas para condições diversas, de acordo com as leis
de funcionamento dos ventiladores centrífugos, analisadas anteriormente. É normal
incluir nos diagramas, para facilitar a seleção, as velocidades de descarga, o rendi
mento global e a potência mecânica absorvida.
O diagrama mostrado na Fig. 3.40, da fábrica Otam Ventiladores Industriais Ltda.,
de Porto Alegre (RS), é do ventilador tipo Siroco de dupla aspiração RSD 400, e foi
obtido como uma das soluções do Exemplo 3.3.
Nos projetos de ventilação mecânica, a diferença de pressão total dos ventiladores, que
serve para calcular a poi ência mecânica por eles absorvida, é a pressão necessária para ven
cer as perdas de carga cie todo o circuito de ventilação, entre as quais devem estar incluídas
aquelas devido:
à tomada de ar exterior;
à canalização de tomada de ar exterior;
ao filtro de ar;
a um eventual tratamento adicional do ar;
à pressão cinética de descarga do ventilador (descontadas as recuperações de
pressão que por meio dela eventualmente foram obtidas);
ao cluto principal e seus acessórios;
aos ramais e seus acessórios;
às bocas de insuflamento;
à canalização de descarga caso houver;
às bocas de descarga.
Ta b e l a 3 . 1 8
T ipo d e i n s t a l a ç ã o Apt ( k g f / m 2)
Ventilação pura 5 a 15
r 20
-1 8
O
J
Pressão total p> kgf/rrv
- 14
- 10
-9
-8
-7
-6
2 3 4 5 6 7 10 15 20
Velocidade de descarga V m3/h1
1 ' I 1 I ' T1 1 I 1 1 1 I 1 I ' I ' 1 ' ' 1' I
0,2 0,3 0,5 1 2 3 5 15 20 30
Pressão dinâmica V m3/h (mm CA)
4 m ^ .. 4 m 4 m ,|
, 4m
Solução
Como o ambiente é limpo, adotaremos a ventilação mecânica geral diluidora por insu-
flamento de ar filtrado. Embora a ração de ar recomendada no caso seja, no máximo,
42 m3/h (Tab. 3.8), para escritórios privados sem fumantes, para melhor diluição
do calor eventualmente liberado pelas pessoas, vamos adotar o índice de renovação
máximo recomendado na Tab. 3.9, que é d e n = 10.
Nessas condições, a quantidade de ar de ventilação a ser adotada, será:
V = 10 X 360 = 3.600 m3/h (Vs = 1 m3/s),
o que permitirá uma concentração de pessoas da ordem de 85 (a lotação máxima dos
escritórios, prevista pelas normas é de uma pessoa para cada 6,0 m2). Como os es
critórios têm iguais dimensões, essa quantidade de ar se distribuirá uniformemente
pelos cinco ambientes, tocando a cada um 0,2 m3/s.
Aproveitando o rebaixo de 0,4 m (0,3 m úteis) do corredor, foi projetada uma distri
buição de ar cruzada, com insuflamento por meio de grades com 45° de divergência
de jato (tipo E), colocadas como mostra a Fig. 3.41. Nessas condições, atendendo
às velocidades recomendadas nas Tabs. 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4, e aos dados obtidos no
diagrama de cálculo de canalizações de ventilação pelo processo de recuperação de
pressão estática, podemos elaborar a planilha de cálculos deste exemplo, cujos itens
passamos a comentar.
D im e n Recup.
Ite m E le m e n t o
le c a sõ e s
J
d e p re s
( m 3/s ) (m ) (m /s) (m2) ( m m H 20 )
(c m ) sã o
1 T o m a d a d e a r e x te rio r, c f 1 ,0 - 4 ,5 0 ,2 2 0 40x55 4 ,4 -
2 F iltro 1 ,0 - 1 ,8 0 ,5 5 5x100 2 ,9 7 -
3 V e n tila d o r (p re s. d in â m ic a ) 1 ,0 - 1 0 ,8 2 x 0 ,0 4 6 3 0 25 7,1 5 -
4 L o n a d e i i g a ç ã o d o v e n til. 1 ,0 - 1 0 ,8 0 ,0 9 2 5 36x25 1 ,4 3 -
5 T ra n sfo rm a ç ã o 1 ,0 - 1 1 1 - 2 ,9 8
ó D u to p r in c ip a l 1 ,0 7 ,5 0 7 ,2 0 ,1 4 0 47x30 2 ,3 -
7 D u a s c u rv a s , d u to p rin c ip a l 1 ,0 8 ,1 6 7 ,2 0 ,1 4 0 47x30 2 ,3 -
8 R a m a l , t r e c h o 1-2 0 ,8 4 ,0 0 6 ,3 5 0 ,1 2 6 42x30 0 ,5 0 ,5
9 R a m a l, t r e c h o 2 -3 0 ,6 4 ,0 0 5 ,5 0 ,1 0 9 36x30 0 ,4 0 ,4
10 R a m a l, t r e c h o 3 -4 0 ,4 4 ,0 0 4 ,7 0 ,0 8 5 28x30 0 ,3 5 0 ,3 5
11 R a m a l, t r e c h o 4 -5 0 ,2 4 ,0 0 3 ,9 0 ,0 5 1 17x30 0 ,3 5 0 ,3 5
12 B o c a s d e in s u fla m e n to 0 ,2 - 2 ,1 5 0 ,1 5 75x20 0 ,2 8 -
13 S a íd a (ja n e la s ) 1 ,0 - 4 ,7 0 ,2 1 3 - 2 ,0 0 -
V /
Cálculo áe instalações de ventilação mecânica m
r
I t e m 1: A tomada de ar exterior será uma veneziana executada em chapa de aço e
terá uma área de face de:
Cf 4,5 m/s
De acordo com a Tab. 3.13, a perda de carga da tomada de ar exterior é dada por:
com uma perda de carga que, de acordo com a Tab. 3.14, vale:
J = A ^ r = 1 5 ^ 1 , 2 = 4,97 kgtfm2
2g 19,6
Ite m 3: O ventilador escolhido foi um Siroco de dupla aspiração, cuja dimensão para
a velocidade máxima recomendada na Tab. 3.1 (10,8 m/s ) deverá ser no mínimo D =
0,25 m.
A pressão dinâmica do ventilador será, portanto, y c2/2g = 7,15 kgf/m2, a qual em
parte se transformará em pressão estática, para vencer as perdas de carga dos dutos
situados entre as diversas bocas de insuflamento.
Item 4: A perda de carga da lona de ligação do ventilador é dada por (Tab. 3.11):
J = A | - y = 2x7,15 = 1,43kgf/m2.
2g
V
Ventilação mecânica diluiâora
..:...... A
I t e m 5 : A transformação (aumento de seção que reduz a velocidade para 7,2 m/s),
descontadas as perdas, apresenta uma recuperação de pressão de (Tab. 3.11):
resultado que confere com o obtido no diagrama de cálculo de grades anexo, de onde
se obtém as dimensões 8 x 30 polegadas.
Portanto as velocidades nas bocas de insuflamento serão:
Ou seja, a velocidade real de insuflamento é inferior ao valor indicado pela Tab. 3.3.
A perda de carga, igual para todas as bocas de insuflamento dispostas em paralelo,
é dada por:
r2 o 1 q2
J = A— 7 = 0,8-^— -1,2-0,23 kgPm2.
2g r 19,6
I t e m 13 : Foi prevista uma perda de carga de saída do ar, através das frestas das ja
nelas, de 2,0 kgf/m2, a fim de manter o ambiente pressurizado em relação ao exterior,
para evitar a entrada de poeiras.
Cálculo tie instalações tie ventilação mecânica
( ----------------------------------------------- -----------------------------------------------
Consegue-se tal perda de carga pela redução da abertura das janelas ou, de preferên
cia, para um melhor controle, pela adoção de abertura de valor prefixado, indepen
dente das janelas, a qual poderia ser calculada como segue:
2 2
Aj) = J = \S — y = 1,5-^—1,2 = 2,0 kgfirn2,
2 g 19,6
Para a casa de máquinas, previu-se um amplo local, disponível ao lado dos escritórios,
embora na realidade a área necessária seja de apenas 2 m2, com pé-direito da ordem
de 1 m, o que permitiría perfeitamente a colocação do conjunto de ventilação num
rebaixo de forro, aproveitando-se a parte inferior, que ficaria ainda com 2,5 m de pé-
direito para depósito.
V /
EXEM PLO 3 .5
Projetar a instalação de ventilação de um cinema com 12.000 m3, para 1.500 pessoas,
esquematizado na Fig. 3.42.
Solução
A quantidade de ar de ventilação, de acordo com o Código de Obras da prefeitura de
Porto Alegre, será:
V = 1.500 X 50 m3/h*pessoa = 75.000 m3/h (20,8 m3/s),
Ribtiotec 3 Coqfrní
Ventilação mecânica üUuiãora
Cálculo üe instalações de ventilação mecânica
vs le c a Dimensões J Recup. de
Ite m E le m e n to
( m 3/ s ) (m ) (m /s) (m2) (c m ) (mm H20 ) pressão
7 Ramal A, trecho 1-2 4,16 7+15 5,9 0,705 166x42,5 0,78 0,78
9 Ramal B, trecho 1-4 16,64 13+30 6,0 2,78 166x168 0,7 0,7
10 Ramal C, trecho 4-5 8,32 4+8 5,5 1,51 166x91 0,25 0,25
11 Ramal C, trecho 5-6 6,24 11,2 5,0 1.25 166x76 0,28 0,28
12 Ramal C, trecho 6-7 4,16 11,2 0,925 0,925 166x56 0,22 0,22
13 Ramal C, trecho 7-8 2,08 11,2 0,54 0,54 97x56 0,23 0,23
14 Ramal D, trecho 4-9 8,32 16+8 1,6 1,6 166x96 0,4 0,4
15 Ramal D, trecho 9-10 6,24 11,2 1,31 1,31 166x79 0,2 0,2
16 Ramal D, trecho 10-11 4,16 11,2 0,98 0,98 166x59 0,19 0,19
17 Ramal D, trecho 11-12 2,08 11,2 0,56 0,56 95x59 0,2 0,2
V /
Ventilação mecânica ãiluiãora
Vs 2,08 m3/s
: 4,42 m/s.
an 0,8 X 0,59 m2
Cálculo de instalações de ventilação mecânica
f ----------------- A
Ou seja, superior à recomendada como limite para o caso, em virtude de problemas
de ruído (Tab. 3.3). Por essa razão, resolvemos adotar o aerofuso padrão de dimensão
imediatamente superior ( 0 = 38 polegadas = 96,5 cm), que fornece o mesmo jato,
com uma velocidade terminal da ordem de 0,6 m/s (superior ao mínimo indicado pela
Tab. 3.5) e uma velocidade de insuflamento aceitável de:
2,08 m3/s
= 3,64 m/s.
0,8 x 0,715 m2
A perda de carga no aerofuso escolhido, por sua vez, será dada por (Tab. 3.7):
„2 q gaZ
J = A— 7 = 1-^— 1,2 = 0,81 kgPm2 (m m H ,0).
2g 19,6 4
Todos esses valores calculados podem ser obtidos diretamente por meio do diagrama
de seleção dos aerofusos do tipo ES anexo. Para facilitar a ligação dos aerofusos, fo
ram previstas tomadas laterais nos dutos, todas de mesmo comprimento (1,5 m), com
velocidade igual à de insuflamento, cujas dimensões são:
í! = 0,57 m2 (110 cm X 52 cm),
as quais acarretam uma perda de carga adicional nas bocas de insuflamento da or
dem de 0,03 kgf/m2 (ver o diagrama de cálculo de canalizações pelo processo de
recuperação de pressão estática).
r a
2
j = 1,2 = 0,9 kgf/m2 (mm H20),
As pressões assim recuperadas são aproveitadas para vencer parte das perdas de
carga, principalmente aquelas que se verificam entre as bocas de insuflamento, man
tendo-se o desejado equilíbrio das pressões estáticas entre elas.
A pressão dinâmica não-recuperada, que varia de percurso para percurso, se perde
no final da canalização, já que a tomada na mesma para a ligação do aerofuso é feita
perpendicularmente ao fluxo do ar.
É importante ressaltar que tanto as perdas de carga como as recuperações de pres
são dos percursos em paralelo não se somam. Desse modo, a diferença de pressão
total a ser fornecida pelo ventilador:
Ápt = U + y - recuperação
2g
c2
Xi Recuperação AP t
Percurso
(kgf/m2) (kgf/m2) (kgf/m2)
(kgf/m2)
^ .-........... .......................................................................................................... J
Cálculo de instalações de ventilação mecânica
A casa de máquinas, que deve dispor de fonte adequada de energia elétrica, tomada
de água para limpeza e canalização de esgoto, ficou localizada no porão, onde o filtro
e o ventilador ocupam uma área de 12 m2, com pé-direito de 4,0 m, conforme mostra
o esquema geral da instalação da Fig. 3.42.
EXEM PLO 3 .6
O total de área útil soma mais de 14.000 m2. De uma maneira geral, as coberturas
são de concreto protendido, e os forros de proteção contra insolação são de chapas
de alumínio, como medida adicional contra incêndios, montadas 2 m abaixo da co
bertura.
A fim de manter maior proteção contra a entrada de poeiras e insetos, a ventilação
ideal, para a maior parte dos pavilhões, seria a mecânica geral diluidora por insufla-
mento de ar filtrado, que manteria os ambientes a uma pressão superior à exterior.
Entretanto uma analise prévia mostrou que a potência mecânica envolvida numa
solução desse tipo seria da ordem de 650 cv. Diante dos valores envolvidos, optou-se
por uma solução mista, sendo escolhidos os seguintes sistemas de ventilação:
• subestações - ventilação natural por termossifão intensificado por chaminé ao
longo do comprimento de uma das paredes (n = 55).
• expedição - ventilação natural por termossifão, com arrasto do calor de insola
ção (n = 7,5).
• parbolização - ventilação mecânica geral diluidora por exaustão (n = 25).
Ventilação mecânica diluidora
Nessas condições, a demanda de potência mecânica ficou reduzida para cerca de 280
cv. Naturalmente, nos pavilhões onde se adotará a solução de ventilação mecânica
geral diluidora por exaustão, os forros deverão ser completamente vedados e a movi
mentação da camada de ar acima deles, feita por termossifão, independentemente da
ventilação do pavilhão.
Solução
Dos ambientes em que a opção recaiu sobre a solução de ventilação mecânica geral
diluidora por insuflamento de ar filtrado com arrasto do calor de insolação, o caso
mais significativo é o do beneficiamento do branco, cujas características, como exem
plo de instalações de ventilação desse tipo, relacionamos a seguir (em unidades do
sistema técnico MKfS):
• o pavilhão do beneficiamento do branco tem área coberta de 1.256 m2, com dois
pavimento;
• o pavimento superior tem um vazio de metade de sua área coberta, de modo que
sua área de piso é de apenas 628 m2;
• o pé-direito do piso inferior é de 6,75 m, e o do piso superior 9 m, perfazendo um
volume total de 19.782 m3;
• a carga térmica do ambiente se deve a:
- motores de máquinas com captação de ar - 2.810 cv, a cerca de 1 kW de consumo
por cavalo (860 kcal/cvh), com uma utilização de 90% e uma dissipação no am
biente de apenas 60%,
2.810 cv X 860 kcal/cvh X 0,9 X 0,6 = 1.304.964 kcal/h;
- motores de máquinas sem captação de ar - 630 cv, a cerca de 1 kW de consumo
por cavalo (860 kcal/cvh), com utilização de 90% e saída de calor com o material
de 20%,
630 cv X 860 kcal/cv h X 0,9 X 0,8 = 390.096 k cal/h ;
- pessoas,
18p X 100 kcal/p*h = 1.800 kcal/h;
- ilum inação, 30 W/m2,
(1.256 m2 + 628 m2) 25,8 kcal/h-m2= 48.607 kcal/h;
V. /
Cálculo de instalações de ventilação mecânica
Desse modo, para uma elevação máxima da temperatura ambiente de 5°G em relação
ao exterior, a vazão do ar de ventilação deveria ser:
V J
Ventilação mecânica diluidora
VENTILAÇÃO
LOCAL
EXAUSTORA
4.1 G eneralidades
De acordo com a classificação geral inicialmente apresentada, ventila
ção local exaustora é aquela que extrai o contaminante mecanicamente
no próprio local em que ele é produzido, antes mesmo de se espalhar
pelo ambiente. Exceção a essa definição encontramos na ventilação de
capelas de laboratórios, a qual pode eventualmente ser feita por meio de
termossifão, de modo que os elementos mecânicos para a movimentação
do ar podem ser dispensados.
Para efetuar a extração dos contaminantes de um determinado am
biente, a ventilação local exaustora atua capturando os poluentes por
meio de uma corrente de ar com velocidade adequada (velocidade de
captura), criada por meio de dispositivos especiais chamados capto
res. Além disso, a ventilação local exaustora se caracteriza também por
transportar pelo ar detritos como poeiras, fumos e vapores, que atingem
em peso uma parcela mínima da mistura (< 0,15%).
O ar extraído do recinto é substituído naturalmente por igual quan
tidade de ar exterior, contribuindo assim para a ventilação por diluição
do ar viciado do ambiente geral. Na maior parte dos casos, entretan
to, a quantidade de ar movimentada pelos sistemas de ventilação local
exaustora é insuficiente para a ventilação geral diluidora do ambiente,
de forma que uma ventilação adicional - seja por exaustão ou por in-
suflamento - deverá ser providenciada. De uma forma ou de outra, nos
ambientes dotados de ventilação local exaustora, a quantidade de ar
necessária para a ventilação geral diluidora é bem menor, já que grande
parte dos contaminantes não é disseminada no mesmo.
Feãeral do Para
Ventilação local exaustora
4.2 C aptores
4.2.1 Generalidades
O captor de um sistema de ventilação local exaustora é um dispositivo que, colocado junto à
fonte de contaminação, em muitos casos envolvendo-a, tem a finalidade de criar uma velo
cidade de captação (c') para o ar de ventilação aspirado, velocidade essa capaz de arrastar
o contaminante para o seu interior.
Captores m
o
Figura 4.2 Num sistema de ventilação local exaustora, a determinação da velocidade
do ar no captor é fundamental para o correto arrasto do contaminante.
A velocidade c' deve verificar-se até uma distância x da boca do captor, que limita a
chamada zona de captação, dentro da qual as velocidades são superiores ac'. Para que isso
ocorra, é necessário que a velocidade c0, na boca de seção O0 do captor, mantenha com a
seção íl', que limita a zona de captação, a seguinte relação (Fig. 4.2):
[4.2]
As coifas são captores adotados para arrastar gases quentes ou vapores produzidos
por fogões, tanques, fornos, forjas, etc. Para tanto, consistem num anteparo de forma cônica
ou piramidal, colocado na vertical do equipamento gerador do contaminante, mas afastado
deste a fim de não dificultar sua operação.
As coifas podem ser simples ou duplas. As duplas dispõem de anteparo interno adicio
nal, cônico ou piramidal, de acordo com seu exterior, a fim de criar velocidades de captura
mais acentuadas em sua periferia (Fig. 4.4).
Captores
As fendas são captores para gases ou vapores emitidos por tanques nos quais a movi
mentação do material se verifica verticalmente. Para isso, são colocadas lateralmente, perto
da superfície do banho, como se vê na Fig. 4.5.
Os captores de politrizes e esm eris são dispositivos que envolvem os rotores dessas
máquinas, deixando acessível cerca de apenas um quarto de sua circunferência. Um captor
padrão desse tipo obedece à disposição mostrada na Fig. 4.6, em que a movimentação das
partículas do contaminante auxilia na sua captura.
A maior parte dos captores, entretanto, é constituída por recintos ou simples caixas
(cam pânulas) que envolvem o equipamento, mantendo apenas uma abertura para a capta
ção (boca'), por onde entra o ar do ambiente. São usados em instalações de contaminantes
de moinhos, peneiras, fornalhas, fornos, secadores, dosadores de pó, misturadores, ensa-
cadores, limpadores, jatos de areia, solda, cepilhadeiras, aplainadeiras, lixadeiras, correias
transportadoras, etc.
Esses captores são projetados especificamente para cada tipo de máquina, de modo
que, com uma abertura mínima para a operação, todo o equipamento fique protegido contra
a saída de pós ou outros elementos contaminantes, de uma maneira geral.
m Ventilação local exaustora
D_
1 3
maiores
Ym Ym
T ip o d e p ó P ro c e d ê n c ia
( N / m 2) ( k g f / m 2)
/H w io a É federa! do Para
HsN!;r ^ nfr^í
/ exaustara
Pó do ar exterior 0,5
Pedra-sabão 2,4
Pó de alumínio 2,2
Pó de bronze 1,5
As Tabs. 4.4 e 4.5, apresentam as velocidades c ' de captura recomendadas pela ASHRAE,
respectivamente em função das condições de geração e em função da operação específica.
Captores
Metalização
Tóxicos (Pb, Cd, etc.) 1 ,0 Face da cabine
Não-tóxicos (aço, Al, etc.) 0,6 Face da cabine
Não-tóxicos (aço, Al, etc.) 1 ,0 Face da coifa local
Cerâmicas
Misturadores 2,5 No ponto de operação
Quebradores 3,75 No ponto de operação
Gravadores 0,5 a 0,75 Face da cabine
A Tab. 4.6 nos fornece os valores de K e da vazão V dos principais tipos de captores.
Captores
0,1Q0 + x 2 í 0,1Í20 + x 2
Bocas circulares com flange de largura igual a D c'
0,133Qo 0,133
3,7 xL
Fenda de H/L < 0,1 (3,7 x L )c'
Q0
2,8 xL
Fenda de H/L < 0,1 com flange de largura igual a H (2,8 x L)c'
1,45P H
Grandes (2,5 m a 5,0 m) l,45PHc '
Q,0
Polifrizes:
Rotor de 9 x 1,5 pol 0,10 a 0,15
Rotor de 12,5 x 2 pol 0,20 a 0,30
Rotor de 17,5 x 3 pol 0,25 a 0,38
Rotor de 21,5 x 4 pol 0,30 a 0,45
Rotor de 27,0 x 5 pol 0,45 a 0,65
Rotor de 33,0 x 6 pol 0,60 a 0,80
/
o
V .P,„ = r | p = A ^ 7, [4.3]
( c2 "1
J captor =P0~ P +~ P [4.3a]
V “ )
D esse m odo,
2 2 2
Ap = P 0 - p = J captor + C
— p = ( l + Acaptor)■j p = (1 + Acaptor) 7; [4.4]
V
r ni c ioCd 2AP —àr,íd 2 9 ' Ap .
'— [4.6]
(1 + K)p (1 + X)y
D a í fa z e m o s :
[4.7]
s e n d o o c o e f ic ie n te d e flu x o p p r a t i c a m e n t e ig u a l a o c o e f ic ie n te d e v e lo c id a d e tp a d o t a d o n a
M e c â n ic a d o s F lu id o s ( p a r a m a io r e s d e t a l h e s , C o s ta 8 ). A T a b . 4 .7 f o r n e c e o s v a lo r e s d e y e
/x p a r a o s d iv e r s o s tip o s d e c a p to r .
Captores
4.3 C analizações
4.3.1 Generalidades
A s c a n a l i z a ç õ e s d o s s is t e m a s d e v e n tila ç ã o lo c a l e x a u s t o r a d e v e m , s e m p r e q u e p o s s ív e l,
t e r s e ç ã o c ir c u la r , p a r a e v i t a r a r e s t a s o u z o n a s d e v e lo c id a d e r e d u z i d a , q u e p o s s i b i l i t a m a
e s ta g n a ç ã o dos c o n ta m in a n te s .
O m a t e r i a l d o s d u t o s n o r m a l m e n t e é a c h a p a d e a ç o p r e t a , s o ld a d a , o u c h a p a d e a ç o
g a lv a n iz a d a , r e l a t a d a , q u a n d o se t r a t a d e t r a b a l h o s o b t e m p e r a t u r a s in f e r i o r e s a 2 0 0 °C . A s
b ito la s a d o t a d a s p a r a o c a s o d e c o n t a m i n a n t e s n ã o - c o r r o s iv o s s ã o s e le c io n a d a s d e a c o r d o
c o m o d i â m e t r o d a c a n a l i z a ç ã o e a c la s s if ic a ç ã o d o s s e r v iç o s (T a b . 4 .8 ).
O s tip o s d e s e r v iç o s ã o c la s s if ic a d o s d e a c o r d o c o m o m a t e r i a l c o n t a m i n a n t e a t r a n s
p o r t a r . A s s im , te m o s : •
• c la s s e I - m a t e r i a i s n ã o - a b r a s iv o s , c o m o p i n t u r a s , s e r r a g e n s , e tc .;
• c la s s e II - m a t e r i a i s a b r a s iv o s e m p e q u e n a s q u a n t i d a d e s , c o m o p o litr iz e s , e s m e r is ,
e tc .;
• c la s s e III - m a t e r i a i s a b r a s iv o s e m g r a n d e c o n c e n t r a ç ã o , c o m o b r i t a d o r e s d e r o c h a ,
j a t o s d e a r e ia , d e g r a n a l h a , e tc .
Canalizações
20 a 45 22 20 18
45 a 75 20 18 16
>75 18 16 14
C u r v a s , â n g u lo s , r e u n i õ e s e c a p t o r e s d e v e m s e r p r o d u z id o s c o m c h a p a d e b ito la d o is
p o n t o s m a is e s p e s s a q u e a d o d u to c o r r e s p o n d e n t e . A s c u r v a s d e v e m s e r e x e c u t a d a s e m
g o m o s ; n o m ín im o c in c o p a r a a q u e la s c o m d i â m e t r o ig u a l o u i n f e r i o r a 15 c m , e s e t e p a r a o s
d i â m e t r o s s u p e r i o r e s a 15 c m . O r a io m é d io d a s c u r v a s , d e v e t e r n o m ín im o d o is d iâ m e tr o s ,
c u jo c o m p r im e n to e q u i v a l e n t e é n o m á x im o 7,5 D (F ig . 4 .9 e T a b s . 3.11 e 4 .1 0 ).
A s r e u n i õ e s d e v e m s e r p r o j e t a d a s c o m â n g u lo s d e , n o m á x im o , 4 5 °, e m p e ç a s c o m fo r
m a t r o n c ô n i c a (F ig . 4 .1 0 e T a b . 4 .1 1 ). E , n o c a s o d e t r a n s p o r t e d e p a r t í c u l a s , é p r e c is o p r e
v e r a b e r t u r a s p a r a i n s p e ç ã o e lim p e z a , p r e f e r e n c i a l m e n t e n a s c u r v a s e a c a d a 3 m d e d u to
r e to .
O s d u t o s d e v e m s e r a p o ia d o s a c a d a 2 0 -3 0 d i â m e t r o s e a f a s t a d o s d a s p a r e d e s e d o s
f o r r o s p o r n o m ín im o 2 0 c m p a r a s u a m a n u t e n ç ã o . E v i t a r o s r e g i s t r o s tip o b o r b o le ta .
A v e lo c id a d e d e f l u tu a ç ã o d e p e n d e d o p e s o e s p e c íf ic o d o m a t e r i a l (ym~) e d e s u a g r a n u -
l o m e t r i a (<im) . A s s im , o e q u ilíb r io e n t r e o p e s o d o m a t e r i a l e a r e s i s t ê n c i a o p o s t a a o d e s lo
c a m e n to do a r p e la p a r tíc u la n o s p e r m ite e sc re v e r:
Sdmr m = Kds T ^ r ai
I s to é :
29 d mr m
c/ = . = 4. dmy n = 0 ,0 0 4 , —
d uTm
[4.8]
I r* -K d ka Kr,
em que:
dm é o d i â m e t r o m é d io d a s p a r t í c u l a s (m );
d^ o d i â m e t r o m é d io d a s p a r t í c u l a s (/x m );
ym o p e s o e s p e c íf ic o d o m a t e r i a l ( k g f /m 3) ;
Kd o c o e f ic ie n te d e e m p u x o , q u e c a r a c t e r i z a a re s is tê n c ia o p o s ta p e la s p a r tíc u la s ao d e s lo
c a m e n t o d o ar.
Ventilação local exaustora
Para um escoamento turbulento em torno de uma esfera com número de Reynolds (Re
= pcD/fx) compreendido entre 103 e 104, Kd = 0,44. Na realidade. Kd será tanto menor, quan
to maior for o valor de Re (para mais detalhes, veja Costa 8).
A velocidade do material (cTO), por sua vez, depende do peso específico real deste, e
será da ordem de 10 a 25 m/s. Na prática, é preferível selecionar diretamente velocidades
globais, que garantem simultaneamente a flutuação e o transporte adequado das partículas,
como as recomendadas pela ASHRAE e que constam da Tab. 4.9.
Ta b e l a 4 . 9 V e lo c id a d e do a r em c a n a liza ç õ e s se g u n d o a A SH R A E
c
^ptor = A^ r = p0 -Ci4 + R7r)-
2~g
Portanto a pressão nos dutos que cria a depressão necessária para vencer a perda de
carga dos captores é a pressão total
razão pela qual, uma recuperação da pressão estática não serviria, no caso, para eliminar
possíveis desequilíbrios na aspiração das diversas bocas, como acontece nos sistemas de
insuflamento, onde apenas a pressão estática é aproveitada para a saída do ar.
A orientação de cálculo dos sistemas de ventilação local exaustora, portanto, deve ser
diferente daquela apresentada para cálculo dos dutos do sistema de ventilação por insufla
mento (recuperação da pressão estática). Consiste em tornar todas as velocidades dos du
tos iguais àquelas indicadas na Tab. 4.9, de tal forma que, de acordo com a Fig. 4.8, podemos
escrever para cada captor:
Canalizações
Figura 4.8 Numa ventilação local exaustora, as perdas de carga nos dutos
de exaustão dos vários captores são compensadas progressivamente.
Po = Pl + 2 ^ 7 + Jcaptor1’
C22
Po = P2 + ^ Y + J captor2,
^ captor 1 ^captor 2 ~ ~ P 2’
Isto é, o desejado equilíbrio de pressão entre as diversas bocas só pode ser obtido com
pensando-se progressivamente (por meio de registros de gaveta) as perdas de carga nos
dutos de exaustão dos diversos captores, as quais diminuem à proporção que eles se apro
ximam do ventilador. Nessas condições, as perdas de carga de todos os dutos de aspiração,
mesmo dimensionados para uma mesma velocidade e compensados por essa perda de carga
adicional (registro), terão a mesma pressão total de aspiração nas suas bocas. Portanto
captores iguais, instalados nos dutos de aspiração, terão a mesma vazão.
O cálculo da perda de carga dos dutos pode ser realizado pelas Eqs. [3.8] ou [3.9], re
comendadas pela ASHRAE. Para facilitar a apropriação acima, foi elaborado o diagrama de
cálculo da pág. 156, onde a perda de carga por unidade de comprimento do conduto é dada
em função da vazão e da velocidade ou do diâmetro. Na realidade, esse diagrama é igual
ao apresentado para o cálculo de condutos de ventilação de uma maneira geral; apenas se
aumentaram os limites das velocidades para atender às velocidades recomendadas para o
caso específico das instalações locais exaustoras.
Naturalmente o comprimento (l) a considerar no cálculo das perdas de carga deve ser
aquele dos condutos, adicionado dos comprimentos equivalentes dos acessórios da canali-
■h •• f ' anfr-d
Ventilação local exaustora
kgf/m
Este diagrama encontra-se no final do livro em formato grande para maior facilidade na
leitura.
zação. São acessórios normais nas instalações de ventilação local exaustora as reuniões e as
curvas, cujas perdas de carga são dadas pela expressão geral:
T n ’-y
acessório — 2g ^ ’
X
/Lacessório jj
X
^ ^acessório jj
acessono
X.'conduto 0,02
Os valores de À das curvas adotadas nos sistemas de ventilação local exaustora (Fig.
4.9) estão registrados na Tab. 4.10.
Canalizações
Ta b ela 4.11 Coeficiente de atrito nos captores nas reuniões das canalizações
Como se pode ver na Tab. 4.11, com a preponderância da vazão do ramal direto V, o
fluxo do ramal em derivação é arrastado, funcionando o dispositivo como um ventúri. O
mesmo acontecendo com a preponderância da vazão do ramal em derivação V", embora
numa proporção menor.
4.4 C oletores
4.4.1 Generalidades
Coletores ou separadores são equipamentos utilizados nas instalações de ventilação local
exaustora para separar os contaminantes do ar que os arrasta, seja para aproveitamento,
seja para evitar a poluição da atmosfera.
Os coletores se caracterizam fundamentalmente por sua eficiência ou rendimento. O
rendimento de um coletor consiste na relação entre o peso do material coletado e o peso
total do material contaminante arrastado pelo ar que por ele circula:
_
c jmaterial coletado
^coletor —
't o t a l do material contaminante
Desses recursos, o som funciona apenas como um fioculante para as partículas de gra
nulometria inferior a 10 | x m . Adotam-se para isso sons de alta intensidade (superiores a 150
dB) e de altas freqüências (de 2 a 15 kHz).
Embora a instalação de sistemas sonoros não seja muito cara, os custos de operação e
de manutenção mostram-se muito elevados, o que restringe bastante seu emprego. O mes-
Coletores
ndr
G= " /a r)'
íüiversidade Federai« Par*
; í,.
[m
:\-r■’ ''ÚÍVVÍ • »'
m Ventilação local exaustora
p-cr
F = Snpcd = G ■ m y ar')’
6
e a velocidade terminal no caso seria:
- d (r»-rar) [4.9]
18fi
de modo que:
14-nd2 -c2
Par = jndcjpdcpK
^cdpw ! p4-2
Coletores
nd
F =—
a
ndcjudcp
v“ r ar =G = 1
G— (y m - y• a r 7).
n w
Isto é:
nd2, ■c2
F = 0,44
4 ■2g - Y a r'
isto é:
3,03gÇym - y ar)d
c= [4.11]
y ar
• P a r a u m m o v im e n t o l a m in a r (Re<3)
P a r a u m m o v im e n t o c a r a c t e r iz a d o c o m o in t e r m e d iá r io (3<Re<1.000)
P a r a u m m o v im e n t o t u r b u l e n t o ( Re > 1000)
^terminal : 0,00498
, — f3[d
f i n U(y B - y/ ar-'). [4.11a]
A Tab. 4.12 relaciona, para os tipos de pós contaminantes mais comuns na indústria,
caracterizados por seus respectivos pesos específicos, as granulometrias que delimitam o
tipo de escoamento a que estarão sujeitos e que nos permitirá calcular a velocidade terminal
correspondente.
A solução mais simples consiste em fazer a caixa com seção quadrada, de modo que:
o V
Cl = A x B = A" = — ,
V = QL = A 3 Car =
^terminal V Car J “'terminal
Solução
De acordo com a Tab. 4.12, o regime de deslocamento do contaminante em queda
livre no ar é o de um movimento laminar. Sua velocidade terminal será dada pela Eq.
[4.9a]:
de modo que podemos adotar qualquer uma das soluções que constam da tabela des
te exemplo. Naturalmente, do ponto de vista técnico, a melhor solução é a de menor
velocidade, embora do ponto de vista do custo seja a mais cara.
^ ............................ .................................... ^
m Ventilação local exaustora
/ -----------------------------------------------------------------------------------------------\
Ta b e l a Ex. 4.1
Solução C ar íl A 8 L V
( m 3/ s) (m / s ) (m2) (m ) (m ) (m ) (m3)
1 1 0,25 4 2 2 4,45 17,80
II 1 0,50 2 1,414 1,414 6,28 12,58
III 1 0,75 1,333 1,155 1,155 7,70 10,27
IV 1 1,00 1 1 1 8,90 8,90
Para evitar o efeito do jato na entrada e garantir ao longo desta a velocidade projetada,
o conduto de chegada deve ser provido de aumento de seção adequado. Uma mudan
ça de direção com entrada lateral, telas ou mesmo defletores, desde que mantenham
a velocidade programada para o ar, também são soluções aceitáveis (Fig. 4.11).
Coletores
O separador da Fig. 4.15 é constituído de uma série de pratos cônicos (25 a 100), sem
fundo, com 20 mm de altura e com 6 mm de separação entre eles. Esse tipo de separador é
instalado normalmente na descarga do ventilador e tem uma perda de carga da ordem de:
c2
^separador ~ ^ g Y ar •
As velocidades adotadas são as mesmas dos ciclones (15 m/s a 30 m/s), daí as perdas de
carga que variam de 30 a 120 kgf/m2.
Ventilação local exaustora
4.4.4 Ciclones
Normalmente os ciclones apresentam formato cilíndrico na parte superior e troncônico na
parte inferior, onde a separação das partículas sólidas dos contaminantes é obtida por meio
de uma forte aceleração centrífuga do ar. Este, entrando tangencialmente pelo topo do
equipamento, desloca-se num fluxo espiral descendente entre a parede externa e o duto de
saída.
Na parte inferior, troncônica, do ciclone, o fluxo espiral desloca-se para a parte central
do equipamento e torna-se ascendente, deslocando-se pelo tubo de saída para o exterior
(Fig. 4.16). É fácil observar na figura que, no topo dos ciclones mais simples, surgem zonas
de turbulências secundárias e indesejáveis, as quais podem ser em parte contornadas, dan
do origem a ciclones de diversos tipos. Alguns são citados a seguir.
Os ciclones comuns são constituídos apenas por uma parte cilíndrica, por onde o ar
entra tangencialmente, e uma parte troncônica, por onde o contaminante é recolhido (Fig.
4.16).
Ventilação local exaustora
Zona de
interferência
da entrada
Nos ciclones com tampa helicoidal, esta obriga o fluxo espiral a passar por baixo da
entrada, a fim de evitar a zona de interferência citada (Fig. 4.17).
Os ciclones com guias internas têm a finalidade de reduzir a perda de carga do sis
tema. Para tanto, têm a parte superior também troncônica, aumentando de diâmetro para
baixo, onde estão situadas as guias que orientam o ar para o centro, posição em que o fluxo
do ar passa a ser ascendente (Fig. 4.19).
Ventilação local exaustora
Os ciclones m inia tu ra , com diâmetros inferiores a 30 cm, de tipo comum, com entrada
envolvente ou mesmo com saída de ar tangengial, caracterizam-se pela sua alta eficiência
(Fig. 4.22).
Coletores
Depósito
Vista
lateral
do rotor
-ibiiOÍOfm O n írn í
Ventilação local exaustora
Como a força centrífuga aplicada às partículas (mc2/i?) é bastante superior àquela pro
porcionada unicamente pela ação da gravidade (mg), a eficiência dos ciclones é muito su
perior à das câmaras gravitacionais. Assim, dá-se o nome de fa to r de separação da força
centrífuga, em relação àquela devida à gravidade, ao quociente entre a aceleração centri
fuga e a aceleração da gravidade:
Q
Fator de separação = — . [4.1.2]
Rg
Fica portanto evidente que o poder de separação ou mesmo a eficiência dos separado
res centrífugos é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade criada para o ar e
inversamente proporcional ao raio de rotação gerado pelo fluxo do ar.
d g g Ç R ^-R ^ _ 9p g R f
1- K [4.13]
2d2c2( r m - r J R e3 2d2cti (Ym - Y ar') KRe J
__H_
c
Assim considerando, a menor partícula que pode ser removida do fluxo do ar seria dada
com segurança pela expressão:
9ggRp
dm i.rum
. o [4.14]
2c( y m - kr ' j
H = D = 2Re
~7K-
Obtemos então:
9naD
cL
8C7™-7ar)C [4.15]
E podemos calcular facilmente o diâmetro do ciclone para uma determinada separa
ção:
D .8^ m - r ^ c d 2
9fig [4.16]
Assim, fazendo:
ym em kgf/m3;
yar em 1,205 kgf/m3;
d em |xm;
c em m/s;
/xar= 1,-856 X 10“6 kgf s/m2;
g = 9,80665 m/s2; e
D em m,
obtemos a fórmula prática de uso imediato: :;!•IV|(j3(jÇ fgHgrâl do P^ni
m Ventilação local exaustora
Para facilitar mais ainda a seleção dos ciclones, elaboramos a Tab. 4.13 , que nos forne
ce os valores de
106£>
ym - r «
em função de e c m/s.
CQZ 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
fjim fxm jjini fim |xm |xm fjim |xm jjLin jxm
10 m/s - 195 439 781 1.220 1.757 2.391 3.123 3.953 4.880
15 m/s - 293 659 1.171 1.830 2.635 3.587 4.685 5.929 7.320
20 m/s - 390 878 1.562 2.440 3.514 4.782 6.246 7.906 9.760
25 m/s 122 488 1.098 1.952 3.050 4.392 5.978 7.808 9.882 12.200
30 m/s 147 586 1.318 2.342 3.660 5.270 7.174 9.370 11.858 14.640
35 m/s 171 683 1.537 2.733 4.270 6.149 8.369 10.931 13.835 17.080
Mais prático ainda é o diagrama anexo, que nos fornece 106D/(yra - yar) em função de
d m e c m/s
Além de garantir a separação desejada, os ciclones devem permitir a passagem da va
zão de ar (4Q prevista para o sistema de captação, com a velocidade de entrada c seleciona
da. Nessas condições, de acordo com a Fig. 4.24, fazendo:
h = e = 2b.
devemos ter, no mínimo,
D > 2b + e > 46,
de modo que, necessariamente,
expressão que nos permite estabelecer as vazões máximas dos ciclones em função de seu
diâmetro e da velocidade de entrada do ar (Tab. 4.14).
Coletores
C
20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
c m c m c m c m c m c m c m c m c m c m
10 m/s 0,050 0,200 0,450 0,800 1,250 1,800 2,450 3,200 4,050 5,000
15 m/s 0,075 0,300 0,675 1,200 1,875 2,700 3,675 4,800 6,075 7,500
20 m/s 0,100 0,400 0,900 1,600 2,500 3,600 4,900 6,400 8,100 10,00
25 m/s 0,125 0,500 1,125 2,000 3,125 4,500 6,125 8,000 10,12 12,50
30 m/s 0,150 0,600 1,350 2,400 3,750 5,400 7,350 9,600 12,15 15,00
35 m/s 0,175 0,700 1,575 2,800 4,375 6,300 8,575 11,20 14,17 17,50
Assim, selecionado o ciclone (D, c) para atender uma determinada separação (dpm, 7ni),
podemos verificar se ele tem tamanho adequado para atender à vazão de ar (Ys) requerida
ou eventualmente determinar o número de ciclones em paralelo a adotar para poder atender
a essa vazão.
Por outro lado, a perda de carga dos ciclones depende fundamentalmente da pressão
dinâmica de entrada, de suas dimensões (seção de entrada, seção de saída, diâmetro e altu
ras) e do tipo de construção (comum, com entrada helicoidal, com defletor de entrada, etc.).
Ventilação local exaustora
j/ = a3 —
c2 y
ciclone 2g 3x5
EX EM PLO 4 .2
Solução
A orientação a ser obedecida é a que segue:
a) Com o tamanho da menor partícula a ser separada, podemos calcular, com auxílio
da Eq. [4.17] e da Tab. 4.13, ou mesmo do diagrama anexo, os valores de l06D/(ym-
yar) 106D/ym em função de cada uma das velocidades recomendadas, os quais
estão registrados na segunda coluna da tabela deste exemplo.
b) Com os valores acima definidos podemos calcular os diâmetros D corresponden
tes, que estão registrados na terceira coluna da tabela deste exemplo.
c) A partir dos diâmetros calculados e das velocidades correspondentes, podemos
determinar, com auxílio da Eq. [4.18] ou da Tab. 4.14, a vazão máxima admissível
para cada ciclone selecionado, de onde vem o número inteiro N de ciclones neces
sários para atender à vazão de 3 m3/s de ar, constantes da quarta coluna da tabela
deste exemplo.
d) A partir do número de ciclones de cada uma das soluções registradas, podemos
calcular simplesmente a vazão individual correspondente a cada um deles, as
quais constam da quinta coluna da tabela deste exemplo.
Coletores
( ----------------------------------------------------------------------------------------------- \
e) Com a vazão individual de cada ciclone, podemos calcular sua seção de entrada íl,
que consta da sexta coluna da tabela deste exemplo.
f) A partir da seção de entrada, podemos definir as dimensões de entrada (bx/i) e
de saída (é), para as quais faremos h = e = 2b. Na sétima coluna da tabela deste
exemplo estão registrados os valores de b, ponto de partida para o cálculo dos
demais.
g) Finalmente com auxílio da equação de First, onde faremos D = L - H, podemos
calcular a perda de carga ocasionada pelos ciclones, para cada uma das soluções
apresentadas:
bh J d 2 c 2 _ 4K c2
dclone " \ H L 2 Ü Yai ~ toT 2gYar
4
'^ciclone ~ 0,39c
valores que constam na oitava coluna da tabela deste exemplo.
Analisando as soluções apresentadas na tabela, concluímos que a de menor investi
mento é a V, a qual, entretanto, apresenta elevado custo operacional. O contrário se
verifica na solução I, que é a de menor custo operacional, mas de implantação carís
sima.
Como solução mais adequada, optaríamos pela V, de um único ciclone ou, atendendo
a uma melhoria operacional, pela solução IV, de dois ciclones, cujo custo não seria
muito elevado.
Ta b e l a E x . 4.2
........................................................................ - ---..................
Ventilação local exaustora
L avad ores d e ar
m Captores
í■Jc q
Borrifadores _ de gotas
i
m
fm
m
m
ü
------- *7-
Água limpa ■Lama
T o r r e s c o m e n c h im e n t o
Trata-se de equipamentos em forma de torre, sendo a água borrifada a baixa pressão sobre
obstáculos de madeira, de plástico ou mesmo de fibrocimento, onde o ar circula em contra-
corrente a velocidades de 1 1,5 m/s, acarretando perdas de carga da ordem de 40 a 90 kgf/m2
(Fig. 4 26).
Ar
Água Borrifadores
Enchimento
Ar + pó
D =
Lama
Como enchimento mais comum, essas torres adotam os anéis de Rasching, e são mais
usadas em processos de retenção de gases e vapores nos coletores ditos de absorção (ver
item 4.4.8).
Ciclones úmidos
São coletores basicamente iguais aos ciclones, porém providos de borrifadores no interior
com o objetivo de aglomerar as partículas contaminantes e assim facilitar sua separação
(Fig. 4.27).
Uma variante desse tipo de coletor são as torres cilíndricas providas de borrifadores
na periferia, nas quais o ar contaminado é injetado tangencialmente pela parte inferior,
percorrendo, à semelhança dos ciclones, em movimento helicoidal ascendente, toda a altura
da torre até sair pela parte superior.
Como, em virtude da maior granulometria das partículas, a velocidade de deslocamento
do ar pode ser menor em comparação à dos ciclones secos, o consumo de energia e mesmo
a eficiência da separação podem ser muito melhorados.
m Ventilação local exaustora
R o t o c lo n e s ú m id o s
T ip o o r i f í c i o
M istu r a d o r e s tip o v e n tú r i
Esses misturadores servem apenas para adicionar água ao fluxo do ar com contaminantes.
A adição é feita normalmente na seção estrangulada do ventúri, onde a pressão estática efe
tiva é nula ou mesmo negativa (ver Sec. 4.5). A quantidade de água adotada vai de 6 a 30%
do peso do ar com contaminante em circulação.
Coletores
Após a mistura, o ar é injetado tangencialmente num corpo cilíndrico, que separa por
centrifugação os contaminantes aglutinados e a água. A perda de carga desses equipamen
tos é da ordem de 250 a 750 kgf/m2, mas a eficiência é elevadíssima, chegando a 98% para
partículas da ordem de 1 fim.
M i s t u r a d o r e s m e c â n ic o s
Esses misturadores são equipados com aspersores rotativos tipo disco, semelhantes aos
usados nos spray driers, ou do tipo cilíndrico semi-imersos, que diferem dos rotoclones por
ser a separação feita após a mistura, por sedimentação ou mesmo por impacto, que ocorrem
fora do elemento móvel (Fig. 4.29).
Como o nome diz, empregam espuma para aumentar a área de contato superficial do aglo-
merante. Consegue-se com isso um aumento substancial na eficiência desses equipamentos
no processo de separação dos contaminantes. A espuma é geralmente obtida mediante adi
ção, na água, de 0,15% em peso de essência de terebintina.
Ventilação local exaustara
E s s e s f iltr o s s ã o e x e c u t a d o s c o m t e c id o s , o n d e a s p a r t í c u l a s j á d e p o s it a d a s e x e r c e m u m
p a p e l p r e p o n d e r a n t e n a e fic iê n c ia d a filtr a g e m , à p r o p o r ç ã o q u e a p e r d a d e c a r g a a u m e n t a ,
a t i n g i n d o v a lo r e s d a o r d e m d e 5 0 a 1 2 0 k g f /m 2, c o n f o r m e a e x p r e s s ã o :
c a v e l o c id a d e d o a r ( r n /m in ) ;
Ki u m c o e f ic ie n te c o r r e s p o n d e n t e a o f iltr o lim p o , q u e v a r i a d e 3 5 a 6 5 ;
K2 u m c o e f ic ie n te c o r r e s p o n d e n t e a o p ó a d e r e n t e , q u e v a r i a d e 2 5 a 5 0 ; e
W a c a r g a e m p e s o d o p ó a d e r e n t e ( k g f / m 2).
C o m o a á r e a d e f a c e d e s s e s f iltr o s a s s u m e p o r v e z e s d i m e n s õ e s m u ito g r a n d e s , e m
v i r t u d e d a s b a i x a s v e lo c id a d e s a d o t a d a s p a r a o a r, e le s p o d e m s e r d i s p o s t o s n a f o r m a d e
q u a d r o s d e s e n c o n t r a d o s , d e s a c o s , d e m a n g a s o u m e s m o e m z ig u e z a g u e ( F ig . 4 .3 0 ) . P e r i o
d ic a m e n t e (d e 4 a 8 h o r a s ) , o s f iltr o s p r e c i s a m s e r r e c o n d ic io n a d o s , p o r r a s p a g e m o u a g i t a
ç ã o m e c â n i c a . O s m é to d o s m a is u s a d o s p a r a is s o sã o :
• b a t i m e n t o d a s m a n g a s , p o r m e io d e v ib r a ç ã o m e c â n i c a d e s ta s .
• c o la p s o d a s m a n g a s , e m q u e , p o r e x c e s s o d e m a t e r i a l d e p o s ita d o , e le é n a t u r a l
m e n t e d e s a lo ja d o ;
• r e v e r s ã o d o flu x o d o ar.
Figura 4.30 Na ventilação local exaustora, os filtros podem ser arranjados
de várias maneiras.
A fim d e r e d u z i r a s d e p o s iç õ e s e x a g e r a d a s s o b r e o s filtr o s , e le s d e v e m s e r u s a d o s e m
s é r i e c o m o u tr o tip o d e s e p a r a d o r , p a r a q u e r e t e n h a m a s p a r t í c u l a s m a io r e s , c o m o o s f iltr o s
c o m u n s u s a d o s n o r m a l m e n t e n a s i n s t a l a ç õ e s d e v e n tila ç ã o g e r a l d ilu id o r a , a s c â m a r a s g r a -
v ita c io n a is o u m e s m o a s c â m a r a s in e r c ia is , q u e s ã o d e b a i x a p e r d a d e c a r g a .
O s f iltr o s d e te c id o só s ã o u s a d o s n o s c a s o s e m q u e o a r e o s c o n t a m i n a n t e s a p r e s e n
t a m - s e s u f ic ie n te m e n te s e c o s , a fim d e s e e v i t a r s e u e m p a s t a m e n t o .
P o r o u tr o la d o , o m a t e r i a l u s a d o n e s s e s f iltr o s l i m i t a s u a t e m p e r a t u r a d e u tiliz a ç ã o .
P o d e m o s e s t a b e l e c e r a s s e g u i n t e s t e m p e r a t u r a s - l i m i t e p a r a o s d iv e r s o s m a t e r i a i s d e u s o
c o r r e n t e n e s s e tip o d e filtro :
a lg o d ã o , 8 0 °C ;
- lã , 9 0 °C ;
p o lip r o p ile n o , 9 0 nC;
n á ilo n , 9 0°C ;
O rlo n , 135°C ;
D a c r o n , 135°C ;
lã d e v id r o , 2 8 5 °C .
O u tr o s tip o s d e filtr o e m p r e g a d o s n a s i n s t a l a ç õ e s d e v e n t i l a ç ã o lo c a l e x a u s t o r a o u m e s
m o d e v e n tila ç ã o d il u i d o r a q u e e x ig e m u m n ív e l d e p u r e z a m u ito e le v a d o - c o m o o p e r a ç õ e s
i n d u s t r i a i s e s p e c i a i s n a á r e a d e s e m i c o n d u t o r e s o u n a c o le ta d e m a t e r i a i s r a d io a tiv o s - sã o
o s f iltr o s a b s o lu to s , c o n s t i t u í d o s d e m a t e r i a i s p o r o s o s , c o m e s p e s s u r a s d a o r d e m d e 4 0 m m ,
e q u e a p r e s e n t a m a l t í s s i m a e fic iê n c ia . M a s s ã o d e u t i l i z a ç ã o b a s t a n t e e s p e c íf ic a , e m v i r t u d e
d e s e u a lto c u s to , e le v a d a p e r d a d e c a r g a e d e n ã o p o s s i b i l i t a r e m r e c o n d ic io n a m e n to .
p a r t í c u l a s . E s t a s p o d e m e n t ã o s e r a t r a í d a s p o r u m e l e tr o d o c o le to r d e p o l a r i d a d e c o n t r á
r ia .
0 e l e tr o d o c a r r e g a d o r é n o r m a l m e n t e c o n s t i t u í d o p o r fio s o u o b s tá c u lo s c o m p o n t a s
d e c a r g a n e g a tiv a ; e o e l e tr o d o c o le to r é c o n s t i t u í d o p e la s p a r e d e s d o p r ó p r io e q u ip a m e n to ,
l i g a d a s à t e r r a , e c a r r e g a d a s p o s i t i v a m e n t e ( F ig s . 4.31 e 4 .3 2 ). E t e n s ã o e l é t r i c a a p lic a d a é
c la s s if ic a d a c o m o :
b a ix a t e n s ã o , d e 10 a 15 kV;
a l t a t e n s ã o ; 3 0 a 100 kV.
A e n e r g i a c o n s u m i d a é a p e n a s a q u e la c o r r e s p o n d e n t e à c a r g a d a s p a r t í c u l a s , a q u a l é
d a o r d e m d e 0,7 a 8 W h p a r a c a d a m e t r o c ú b ic o d e a r m o v im e n ta d o . A v e lo c id a d e a d o t a d a
p a r a o a r é b a s t a n t e b a i x a ( d e 1 a 3 r o /s ) , d e m o d o q u e a p e r d a d e c a r g a n o e q u ip a m e n to ,
q u e p r a t i c a m e n t e n ã o a p r e s e n t a o b s tá c u lo s à p a s s a g e m d o a r, t a m b é m é m u ito b a i x a (3 a
10 k g f /m 2) . E o r e n d i m e n t o o b tid o , p o r o u tr o la d o , é e le v a d ís s im o , a t i n g i n d o v a lo r e s d e 9 9%
p a r a p a r t í c u l a s c o m d i m e n s õ e s e n t r e 0,1 e 2 0 0 fim .
P a r t í c u l a s d e r e s i s t i v i d a d e m u ito b a i x a p e r d e m f a c ilm e n te s u a c a r g a e lé tr ic a , p o d e n d o ,
a o a t i n g i r o e le tr o d o c a p to r , s e r r e p e lid a s , d e ix a n d o d e s e r c o le ta d a s . P a r a c o n t o r n a r e s s e
in c o n v e n ie n te , o r e c u r s o a d o ta d o - e m b o r a p o u c o p r á tic o - c o n s i s t e n o r e c o b r i m e n t o d a s
p l a c a s c a p t o r a s c o m m a t e r i a l v is c o s o .
P o r o u t r o la d o , p a r t í c u l a s c o m r e s i s t i v i d a d e s m a is a l t a s v ã o f o r m a n d o c a m a d a s n o e le
t r o d o c o le to r, d e 3 a 12 m m , q u e d if ic u lta m a p r e c i p i t a ç ã o d e n o v a s p a r t í c u l a s . P a r a c o n t o r
n a r e s s e p r o b le m a , q u e s e c a r a c t e r i z a p o r d a r o r ig e m a u m c e n t e l h a m e n t o n a s u p e r f íc ie d o
e le tr o d o c o le to r (efeito back c-orona) , a d o t a m - s e a g e n t e s c o n d ic io n a d o r e s : p a r a p a r t í c u l a s
d e r e a ç ã o á c id a , a a m ô n ia e a t r i e t i l a m i n a ; p a r a p a r t í c u l a s d e r e a ç ã o b á s ic a , o á c id o s u lf ú -
r ic o e o SO o).
O s p r e c i p i t a d o r e s e l e t r o s t á t i c o s , a p e s a r d o le v a d o c u s t o e d e s u a s g r a n d e s d i m e n s õ e s ,
p o d e m t r a t a r g a s e s a a l t a s t e m p e r a t u r a s e t ê m sid o l a r g a m e n t e e m p r e g a d o s e m u s i n a s t e r -
m o e lé tr ic a s , f á b r ic a s d e c im e n to , f á b r ic a s d e c e lu lo s e , a c i a r i a s e f u n d iç õ e s .
A r e t e n ç ã o d e g a s e s e v a p o r e s p o r a b s o r ç ã o é f e ita n o r m a l m e n t e n o s c o le to r e s ú m id o s ,
s o b r e t u d o o s d o tip o la v a d o r e s d e a r, t o r r e s d e e n c h im e n to , t o r r e s d e p r a t o s e o s la v a d o r e s
tip o v e n t ú r i . N o s c a s o s e m q u e o g á s o u v a p o r r e a g e c o m o líq u id o o u c o m u m a s u b s t â n c i a
n e le d is s o lv id a , a a b s o r ç ã o p o d e s e r g r a n d e m e n t e a u m e n t a d a . A p ó s a o p e r a ç ã o d e a b s o r ç ã o ,
t a n t o o s o lu to c o m o o s o lv e n te p o d e m s e r s e p a r a d o s e e v e n t u a l m e n t e r e a p r o v e ita d o s .
c a r v ã o a tiv a d o ;
a l u m i n a a tiv a d a (A120 3) ;
s ílic a g el;
v id r o p o r o s o ; e
t e r r a s d ia to m á c e a s .
Aqfrují
cQSS Ventilação local exaustora
a s c a r a c t e r í s t i c a s f ís ic a s e q u ím ic a s d e c a d a u m d o s c o n t a m i n a n t e s , t a i s c o m o :
• e s t a d o fís ic o (g á s , v a p o r, líq u id o o u s ó lid o ),
• d e n s id a d e ,
• c o n c e n tr a ç ã o ,
• s o lu b ilid a d e ,
• a d e s iv id a d e ,
• re s is tiv id a d e ,
• a tiv id a d e q u ím ic a ( c o r r o s iv id a d e , o x id a ç ã o , d e c o m p o s iç ã o , f o r m a ç ã o d e c o m p o s
t o s n o c iv o s , e tc .) ;
e fic iê n c ia d e s e j a d a ( p e r c e n t u a l e m p e s o d o s c o n t a m i n a n t e s a s e r e m r e tid o s ) ;
a n á l i s e g r a n u l o m é t r i c a d o s c o n t a m i n a n t e s s ó lid o s o u g r a n u l o m e t r i a m í n i m a p a r a
o p e r c e n t u a l d e r e t e n ç ã o d e s e ja d o ;
f o r m a d a s p a r t í c u l a s s ó lid a s ;
c o n d iç õ e s d o e f lu e n te ( t e m p e r a t u r a u m i d a d e e p r e s s ã o ) ;
f a c ilid a d e d e r e m o ç ã o e lim p e z a d o m a t e r i a l c o le ta d o ;
p e rd a de c a rg a n a o p e ra ç ã o de se p a ra ç ão ;
c u s t o d o i n v e s t i m e n t o e d a o p e r a ç ã o d o s is te m a .
Q u a n d o se t r a t a d e c o n t a m i n a n t e s s ó lid o s d e g r a n u l o m e t r i a c o n h e c id a , a e s c o lh a d o
tip o d e c o le to r p o d e s e r f e ita s u m a r i a m e n t e p e l a p r á t i c a T a b . 4 .1 5 , q u e n o s f o r n e c e o t a m a
n h o m ín im o d a s p a r t í c u l a s r e t i d a s e c o n o m i c a m e n t e p e lo s d iv e r s o s c o le to r e s e s t u d a d o s .
T a m a n h o m ín im o d a p a r t í c u la c o le t a d a
T ip o d e c o le t o r
(p ,m )
Rotoclones 15 a 30
Coletores úmidos 0,5 a 2
Filtros de tecidos 0,5
Filtros eletrostáticos 0,001 a 1
A o t r a t a r , n o p r i m e i r o c a p ítu lo , d o s d iv e r s o s tip o s d e c o n t a m i n a n t e s , a p r e s e n t a m o s a
T ab . 1.7, q u e c a r a c t e r i z a a p r o d u ç ã o d e s t e s p a r a d iv e r s a s o p e r a ç õ e s e s p e c íf ic a s e, a o m e s m o
t e m p o n o s in d i c a t a m b é m o ti p o d e s e p a r a d o r m a is a d e q u a d o . E n t r e t a n t o u m a e s c o lh a m a is
a c u r a d a é o f e r e c id a p e lo d i a g r a m a d e S y lv a n , a d o t a d o p e l a A m e r i c a n A ir F i l t e r ( p á g i n a
1 8 9 ), o q u a l p o s s ib ilita a e s c o lh a d o c o le to r m a is a p r o p r ia d o e m f u n ç ã o d o t a m a n h o d a s
p a r t í c u l a s , g r a n u l o m e t r i a , c o n c e n t r a ç ã o , e fic iê n c ia e m e s m o o p e r a ç ã o e s p e c íf ic a .
I
Ventiladores e ejetores
Tamanho médio das partículas (pm)
Ventilação local exaustora
Rendimentos
Adiabático -rp 95% 85% a 95%
Hidráulico % 90 % 70% a 90%
Mecânico r\m 85% a 95% 85% a 95%
A d is p o s iç ã o b á s i c a d e u m e j e to r p o d e s e r v i s t a n a F ig . 4 .3 3 N e s s e s e q u ip a m e n to s , e
c r i a d a u m a v e lo c id a d e e le v a d a c j n u m a s e ç ã o e s t r a n g u l a d a í l j , d e d i â m e t r o Dh p o r m e io
d o c h o q u e e n t r e a s m a s s a s d e u m flu id o s e c u n d á r i o ( in s u f la d o p e lo e le m e n to m o tr iz - v e n
tila d o r , c a l d e i r a a v a p o r o u b o m b a d e á g u a ) e d o flu id o p r i m á r i o ( e f lu e n te d o s i s t e m a d e
v e n tila ç ã o lo c a l e x a u s t o r a ) , p a r a a s e g u i r a m i s t u r a s o f r e r u m a r e c u p e r a ç ã o d a p r e s s ã o
e s t á t i c a n u m c o n d u to d iv e r g e n te a d e q u a d o , a t é a t i n g i r u m a v e lo c id a d e c 2, n u m a s e ç ã o íl2,
d e d i â m e t r o Z)2.
N e s s a s c o n d iç õ e s , a e q u a ç ã o d e e q u ilíb r io d a s e n e r g ia s n o c lio q u e d e m a s s a s ( o u p e
s o s ) p e r m i t e c a l c u l a r a v e lo c id a d e a t i n g i d a n a s e ç ã o e s t r a n g u l a d a :
O re s u lta d o d e s s a o p e ra ç ã o é o a p a re c im e n to d e u m a d ife re n ç a d e p re s s ã o q u e , d e s c o n
t a d a s a s p e r d a s n o a u m e n t o d e s e ç ã o , v a le :
( 02] „2
C,,
Ap = (1 —J5T) — y - — y [4.23]
2 g 2g
o n d e K é a p a r c e l a d a p e r d a d e c a r g a , n o a u m e n t o d e s e ç ã o , r e la tiv a à v a r i a ç ã o d e p r e s s ã o
d i n â m i c a d e s t a , a q u a l, p a r a f i 2 < 4 í l l7 v a r i a c o m o â n g u lo a d e a b e r t u r a , d e a c o r d o c o m a
T a b . 4.17.
a tg oi/2 K
4° 0,0350 0,150
5o 0,0437 0,175
6o 0,0524 0,200
7o 0,0612 0,220
8o 0,0700 0,240
9o 0,0788 0,260
0,730
O
0,3640
E s s a d i f e r e n ç a d e p r e s s ã o p o d e s e r a p r o v e ita d a , c o m o a c o n t e c e c o m o s v e n t ila d o r e s ,
t a n t o n a s u c ç ã o d o s e f lu e n te s c o m o n a d e s c a r g a d a m i s t u r a d a m a s s a i n d u t o r a c o m e le s . A
m a s s a i n d u t o r a G ' é d a o r d e m d e 2 5 a 100% d a m a s s a d o s e f lu e n te s , d e m o d o q u e o flu x o
t o t a l n a s a íd a d o s i s t e m a s e r á G = G ' + G " = (2 a 5 ) G '.
Ventiladores e ejetores
A potência mecânica necessária para um sistema de ejeção é muito maior do que aquela
correspondente a um sistema de exaustão direta, devido às perdas por choque das massas,
às perdas no aumento de seção do ejetor e ao aumento da massa fluida em movimento,
como se pode observar no Exemplo 4.3, Ainda assim, o uso dessa solução é particularmente
importante nos sistemas de ventilação local exaustora em que os contaminantes são alta
mente corrosivos e não devem passar através do ventilador; ou quando se deseja misturar
o efluente com a água a fim de facilitar a separação dos contaminantes ou mesmo provocar
a condensação de seus vapores, caso em que a própria água é usada como fluido indutor do
ejetor.
A seguir estão apresentados vários exemplos de cálculo de instalações de ventilação
local exaustoras, os quais para mais fácil identificação com a tecnologia atualmente em uso,
foram elaborados nas unidades de sistema técnico de unidades MKfS.
r EX EM PLO 4 .3
Solução
A orientação dos cálculos obedece à ordem que segue:
1. De acordo com a simbologia adotada no item anterior, que consta na Fig. 4.33, as
condições de saída do efluente do sistema, são:
V" = 1 m3/s;
G" = V" • y = 1 m3/s X 1,2 kgf/m3 = 1,2 kgf/s;
c" = V"lCl = 7,955 m/s = 1 m3/s/0,1257 m2 = 7,955 m/s.
s
Ventilação local exaustora
r ^
3. Arbitra-se a seguir a parcela de fluido a ser injetada G' = A • G", a qual varia nor
malmente de 0,25 a 1,0, tendo-se em mente que uma parcela elevada implica num
acréscimo de fluido em movimento, o que irá onerar muito o consumo de potência,
ao passo que uma parcela pequena implicaria numa velocidade de injeção muito
grande e, portanto, numa pressão de injeção que poderia ultrapassar os 1.000
kgf/m2.
Nessas condições, optaremos por uma parcelaA = 0,5; ou seja, a injeção de ar puro no
montante de 50% em peso (no caso, volume) do efluente:
G' = 0,5G" = 0,5 x 1,2 kgtfs = 0,6 kg£k
a= , 0j0437 m,(A=0i236
Cj 34,3 m /s
V' + V" 1 m3 / s + 0,5 m3 /s A ir 2 r n ni I K ,
- = 0,15 m2 (D2 = 0,437 m),
10 m /s
D2 - D 1 0,437 m /s-0 ,2 3 6 m
H: = 1,436 m.
a 2x0,0700
2 tg
5. A partir do valor de G\ com auxílio da Eq. [4.22], do equilíbrio dinâmico das mas
sas que se chocam, podemos calcular a velocidade c’ do fluido injetado:
, (G' + G")c, - G"c" (0,6 +1,2) kgf/s x 34,3 m/s-1,2 kgffs x 7,955 m/s
c = ---------- vr--------- = 87 m/s.
0,6 kgi/s
= 463 kgtfm2.
-— = 1,3158 vezes.
EXEM PLO 4 .4
Solução
A Tab. 4.15 indica que para granulometrias inferiores a 15 pm, os únicos coletores
plausíveis para uma eficiência razoável, são os de tipo úmido, os filtros de tecido e os
precipitadores eletrostáticos. Entretanto, com o uso do diagrama de Sylvan, podemos
fazer uma seleção mais detalhada.
Assim, a partir de ponto A (15 g/m3, 9 pm) no diagrama da página 189, com a inclina
ção da estrutura granulométrica correspondente às poeiras industriais (que aparece
na parte superior direita), podemos selecionar diversos tipos de coletores em função
de vários rendimentos:
V
Federa! do Parí
Ventilação local exaustora
r ........................... \
f 1. Para um rendimento de 50%, a concentração do efluente se reduziría para 0,5 X
15 = 7,5 g/m3, as partículas não-separadas seriam em média um pouco inferiores
a 7 (jim, e o coletor a ser usado poderia ser um ciclone de alta eficiência (pequenos
diâmetros com altas velocidades).
2. Para um rendimento de 90%, a concentração do efluente se reduziría para 0,1 X
15 = 0,15 g/m3, as partículas não-separadas seriam em média inferiores a 4 |xm, e
o coletor a ser usado poderia ser um coletor úmido.
3. Para um rendimento de 95%, a concentração do efluente se reduziría para 0,05 x
15 = 0,75 g/m3, as partículas não-separadas seriam em média um pouco superiores
a 3 jxm, e o coletor a ser usado poderia ser um filtro de tecido.
4. Para rendimentos de até 97%, a concentração do efluente baixaria para 0,03 X 15
= 0,45 g/m3, as partículas não-separadas seriam em média inferiores a 1,6 |xm e o
coletor a ser usado seria necessariamente um precipitador eletrostático.
V_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
r ........................................................................ \
EXEM PLO 4 .5
V /
Ventiladores e ejetores
r .................. .......................................................\
Dados:
• y m = 1.600 kgf/m3;
• Granulometria:
- 20 |xm, 85%,
- 30 g-m, 80%,
- 40 |xm, 40%.
Solução
Inicialmente selecionamos as velocidades a adotar. Assim, de acordo com a Tab. 4.4,
para o caso de transferências de transporte, adotaremos a velocidade de captura c'
máxima recomendada, que é de 2.5 m/s. Já para as canalizações de ar, de acordo com
a Tab. 4.9, adotaremos a velocidade de 15 m/s para o ar contaminado e a velocidade
mínima de 10 m/s para o ar puro (na saída do ciclone).
Depois, acompanhamos a orientação seguinte:
1. Calcula-se a vazão de cada captor de acordo com as Eqs.[ 4.1] e [4.2]:
V = Kc'Q0 = 1 x 2,5 m/s x 0,1 m2 = 0,25 m3/s.
0,25 m3/s
= 0,017 m2 (D = 0,146 m).
15 m/s
Trecho 2-3:
0,50 m3/s
= 0,033 m2 (D - 0,206 m).
15 m/s
Trecho 3-4:
^ Fs 0,75 m3/s
Q = _ S = _L_-------- --
= 0,050 m2 (D = 0,252 m).
c 15 m/s
0,75 m3/s
= 0,075 m2 (D = 0,309 m).
10 m/s
f \
Assim, de acordo com a Tab. 4.13, que fornece os valores de 106DQym- yar) em função
de dm e c m/s (ou do diagrama correspondente), e com a Tab. 4.14, que estabelece a
vazão máxima dos ciclones em função de Dm e c m/s, podemos calcular os diâmetros
D e as vazões máximas para as diversas opções de velocidade. Os valores assim en
contrados estão relacionados na planilha de cálculo que segue.
T a b e la E x . 4.5
A partir das vazões máximas de cada ciclone selecionado, também está anotado na
planilha o número de ciclones necessários para atender à vazão total do sistema. Por
outro lado, constam ainda da planilha as perdas de carga dos coletores (ciclones), as
quais estão calculadas no item seguinte.
Das soluções relacionadas para seleção dos ciclones, as únicas aceitáveis são a nú
mero 1 e a número 2. A primeira, por ser a solução de menor consumo de energia; e a
segunda, por ser a de menor investimento.
As demais soluções foram apresentadas somente para deixar bem claro que o aumen
to no tamanho do ciclone, acima daquele necessário, exige uma velocidade cada vez
maior para atender à separação desejada, e redunda não só no aumento progressivo
do custo de instalação mas também do consumo de energia.
4. Calculam-se todas as perdas de carga que constam do circuito mais longo da ca
nalização de movimentação dos efluentes e de ar puro do sistema. Assim, pode
mos relacionar:
• De acordo com a Tab. 4.7:
r2 1
J,captor = X — Y = 0,25----=^—— 1,2 = 3,5 kgflnr
2 1 2x9,806
De acordo com a Eq. [3.9] ou pelo diagrama de cálculo da ASHRAE, podemos cal
cular a perda de carga dos condutos de ar de exaustão:
.2,51
J .condutos : 0,00188 - 0,001026/- 0,61
D 5,02 V '
Ventiladores e ejetores
.................................... ..........
'^acessórios 9g Y■
’
onde os coeficientes de atrito À são os registrados nas Tabs. 4.10 e 4.11, conforme
relacionado a seguir.
T a bela E x . 4.5
Acessório N X XX
Reunião 45°
50% + 50% 1 0,115 0,115
66% + 33% 1 0,050 0,050
Total 0,315
Por sua vez, a perda de carga da canalização do ar puro que é constituída de uma
adaptação ao ciclone (À desprezável), uma curva de 90° (À = 0,15), descarga para
a atmosfera (À = 1) e 10 m de condutos, nos é dada por:
«2,51 2
J saida = 0,0010261—— + E— r = 3,96 + (1,15 x 6,1) = 10,98 kgfim2.
Fs -9
r = K JÊ L .JiÍ?.í-y
ciclone kne2 VHL 2g
bh 26
; 0,637,
ne2 nb2
obtemos:
5x0,637 •c2
J.ciclones y = 0,3897c2
0,5-2 g
ar*
■^Mioteca
Ventilação local exaustora
r ................................ .....................................................................\
Nessas condições, adotando para a separação a solução 2 (ciclone único com menor
perda de carga), podemos calcular as dimensões do ciclone:
D = L = H = 62,7cm;
Todas as perdas de cargas que fazem parte do circuito do sistema de ventilação local
exaustora em estudo constam da planilha deste exemplo, onde aparece a perda de
carga total, a qual deve ser suprida pela diferença de pressão total do ventilador.
T a b ela E x . 4.5
Acessórios - - 15 - 13,77
Canalização
0,75 10+ 17,6 15 30,9 10,98
de saída
2J 212,25
Nessas condições, o ventilador a ser adotado seria centrífugo do tipo lim it load, de
simples aspiração, o qual, de acordo com a Tab. 4.16, para um rendimento elevado,
teria as seguintes características:
c = 10 m/s (duto de ar puro);
0,8D X D X c = 0,75 m3/s D_= 0,31 m;
c/u2- 1,0 c = 4,04 jApt/ria =62 m/s u 2 = 1 X c = 62 m/s N = 3.820 rpm;
c2m = Vs/rjh ttD12 = 5,52 m/s c2m/u 2 = 0,089 (menor que o normal devido à
baixa velocidade de saída);
V.
Ventiladores e ejetores
r A
potência mecânica de acionamento:
EXEM PLO 4 .6
S o lu ç ã o
2. As dimensões da canalização:
Trecho 1-2:
„ = _A
Q K = _2_-------
1,05 má/s= 0,105
n i n _n r 2 (D
/ n = 0,37m).
n Of7 %
c 10 m/s
Trecho 2-3:
Trecho 3-4:
J„ : EA — 7,
2g 1'
Ta b e l a E x . 4.6
Total 168.33
O ventilador mais indicado para o caso, tal como no exemplo anterior, é um centrífu
go, do tipo lim it load, de simples aspiração, cujas características para um rendimento
como o arbitrado, de 70%, devem ser aproximadamente, de acordo com a Tab. 4.16:
C2n
U„
V
/{livefsiaaoei-esefaído.u,;
biblioteca
Ventilação local exaustora
'S
Outra solução seria adotar um lavador ejetor, usando água como fluido indutor, o qual
serviria como elemento motriz e ao mesmo tempo como separador. Nesse caso, a de
pressão necessária para aspiração do ar do sistema seria apenas de 18,33 kgf/m2, de
modo que o ejetor deveria atender às condições dadas pela Eq. [4.23]:
Ap = K
2g 1 2g ‘
Desse modo, adotando uma construção de a = 8o para a qual K = 0,24 (Tab. 4.17), e
arbitrando a velocidade de saída em 10 m/s, poderiamos calcular:
ci = 36,72 m/s.
Nessas condições adotando uma quantidade de água suficiente para a condensação
com pequena elevação de temperatura (Aí < 30°) de uma quantidade de vapor de, no
mínimo, 10% do peso do efluente, deveremos ter:
Assim, adotaremos:
c'2 49,22
^água 2g ^ 1.000 kgfim3 = 123.419 kgfim2 (12,34 kgficm2).
2g
De onde vem a potência da bomba de água a ser usada:
10,8
p V
Vç m3/s Ar>t ksf
m /s •Apt n r _ ^ q00 x 123.419
kgf / m2
- = 25,4 cv.
^%omba 75x0,7
" 111 1 \
EXEM PLO 4 .7
V
hijn «V.UCi Cp.nfrnf
Ventilação local exaustom
Solução
As velocidades a adotar serão:
- velocidade de captura c ’ - 0,25 m/s (Tab. 4.4);
- velocidade do ar no sistema, c = 10 m/s (Tab. 4.9).
O tipo de captor para contaminantes de fogões é a coifa, que deve ultrapassar a borda
destes em 0,25H em cada face (Fig. 4.36 ). Trata-se, no caso, de uma coifa tamanho
médio, de modo que, de acordo com a Tab. 4.6, a vazão a considerar será dada por:
V 2,835
■0,667 m/s,
Q 2,5x1,7
Vs 2,835 m3/s
Q = __ S_ = 0,2832 m (D = 0,6m).
C 10 m/s
Ta b e la E x . 4.7
Total 9,45
V_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ /
Ventiladores e ejetores
.2,51
^canalizações ~ 0 , 0 0 1 0 2 6 l ^ g gJ
J , °2
:Xi r r ,
2g
EXEM PLO 4 .8
Projetar o sistema de ventilação por exaustão para uma pequena cabine de pintura,
cujas dimensões constam das Figs. 4.37 e 4.38.
Solução
De acordo com as Tabs. 4.4 e 4.5, para cabines de pintura a pistola, a velocidade de
captura c' na porta da cabine deve ser no mínimo de 0,5 m/s. Nessas condições, a
vazão do ar do sistema em projeto será:
Ventilação locai exaustora
_60___ .
35 ^3-
Teia
35
com fTltro 35
2.000 cm 2
k~
F ig ura 4 .3 8 Vista em corte do sistema de ventilação do Exemplo 4.8.
% J
Ventiladores e ejetores
2. Passagem pela cortina de água, onde a seção ü é 0,35 X 2,80 m = 0,98 m2:
Fs 3,5m 3/s
■= 3,57 m/s.
& 0,98 m2
^ o rtna = ^ ^ 7 = 8 ^ 1 , 2 = 6,24kgPm2.
3. Passagem pelo forro, protegidas por tela, com 50% de área livre, onde a seção Í2 é
2 X 0,60 X 0,80 m = 0,96 m2:
3,5 m3/s
= 3,55 m/s.
& 0,96 m
o qual deverá, para uma escolha racional absorver uma potência mecânica da or
dem de:
-------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------
Devido à baixa diferença de pressão total necessária, a par da possibilidade de uma
flutuação de carga relativamente pequena, o ventilador mais indicado para o caso
seria um centrífugo de dupla aspiração tipo Siroco, de baixo nível de ruído, cuias
características básicas seriam, de acordo com as Tabs. 3.16 e 3.17:
velocidade de saída, c = 10 m/s;
l , 5 ü x £ ) x c = 3,5m'7s D = 0,48m;
Por outro lado, para formar uma cortina de água com um mínimo de 2 mm de espes
sura e na altura prevista de 1,8 m, a velocidade resulta do equilíbrio dinâmico do es
coamento em uma placa [ver Costa (8)]. Assim, no escoamento turbulento em placas
lisas, as perdas de carga, à semelhança daquelas que se verificam nos tubos, podem
ser calculadas pela equação:
JX c^
J,placa
h 2g yê*
onde:
/ é o coeficiente de atrito da placa, que, para números de Reynolds Re = da
lí
ordem de 106, pode ser considerado 0,005;
A o comprimento da placa, que no caso pode ser considerado igual à sua altura H;
e
h a espessura da camada de água na placa.
JXc2 . 0,005ífc2
7água ~~ h2g 7áfiua “ 0,002x 2g 7água’
de modo que, para a altura H de 1,8 m, a velocidade da água para formar uma película
de 2 mm (0,002 m) sobre a placa seria c = 2,80 m/s. E seria necessária uma vazão de
água correspondente a:
a qual, a 2 m/s, seria canalizada por um tubo de 100 mm de diâmetro e distribuída por
duzentos furos de 5 mm de diâmetro, por onde sairia com uma velocidade de 4 m/s.
^ ............. ........................... .................. ........................^
Ventiladores e ejetores
.......... \
Por outro lado, considerando as perdas de carga devido:
- à altura (1,8 m), Hyágua=l,8 m X 1.000 kgf/m3 = 1.800 kgf/m2;
- à saída nos orifícios, = 1.000 kgf/m3 x 16/20 = 815,8 kgf/m2;
2
- às canalizações, ~ TéÊIA— _ 979 kgfym2;
5.1 G eneralidades
O transporte pneumático consiste no deslocamento de materiais a gra
nel (sólidos em grãos) por meio de uma corrente de ar com velocidade
adequada. A característica principal desse processo é que o material
transportado flutua na corrente de ar que se movimenta num conduto
fechado, geralmente de seção circular.
Existem outros processos de transporte de material sólido por
deslocamento de ar em que o material transportado serve de vedação
para a corrente de ar, que simplesmente o desloca por pressão, como no
chamado correio pneum ático, ou a corrente de ar atua em ambiente
aberto, como acontece na esteira pneum ática. Esses exemplos não se
enquadram no sistema definido acima.
De um modo geral, o consumo de energia no transporte pneumático
é muito elevado, podendo atingir até cinco vezes o consumo de energia
dos sistemas convencionais de transporte mecânico a granel, como as
correias transportadoras, os elevadores de caçambas, os parafusos sem
fim. etc.
transporte pneumático
Por aspiração
O transporte pneumático por aspiração é empregado sempre que se deseja remover material
a granel que não pode ser deslocado para o sistema por simples ação da gravidade, como
ocorre em porões de navios, silos enterrados, etc. O transporte pneumático por aspiração
normalmente é constituído dos seguintes elementos (Fig. 5.1):
bocal de aspiração, para evitar embuchamento e, ao mesmo tempo, regularizar a
admissão do material aspirado;
canalizações para arrasto do material, constituídas de mangueiras flexíveis para
facilitar o manuseio do bocal de aspiração, e tubos de aço, que servem também
para a saída do ar puro do sistema;
coletor, geralmente do tipo ciclone com válvula rotativa, que serve para separar do
ar o material transportado;
ventilador ou compressor, para a necessária movimentação do ar do sistema.
. Gm kg ^ [5.1]
P G;u. kgfTh
7.000
rp max [5.2]
Tm
valor que varia de 1 a 15.
Elementos de cálculo (unidades do M.K.f.S.)
O peso específico real do material (yTO), de difícil determinação em grande parte das
vezes, pode ser estabelecido, para materiais de granulometria uniforme, com boa aproxima
ção, a partir do peso específico aparente (yaparente)> pela expressão:
y m = 16C re n te - [5-3]
d Kr m '3 / h
[5.4]
F m rn3/h ’
que pode variar de 300 a 4.500, e mantém com a relação em peso o seguinte equacionamen-
to
Var _ Gaarr y'* m
rr
[5.5]
Vm, ~ Y• ar Gm 71arVp
5.2.2 Velocidades
A seleção das velocidades é um dos aspetos mais importantes do transporte pneumático,
pois delas vão depender o bom desempenho da operação de deslocamento e, sobretudo, o
consumo de energia do sistema.
As velocidades bem definidas que interferem nesse processo são a velocidade neces
sária para a flutuação do material a transportar (Cf), a velocidade própria do material em
transporte (cTO) e a soma das duas, que deve ser a velocidade de deslocamento do ar (car =
Cf + cra)
1 c2 nd2c2
i n d (r- ~ r -0 K° s i r-
onde, supondo-se o escoamento turbulento, com Re >1.000, como aquele que acontece nor
malmente nos transportes pneumáticos, obtemos a Eq. [4.11a]:
cf = 0 ,0 0 4 9 8 ^ ( 7 ™ -7 * ) .
cm = 0,55 a 1 , 9 ^ . [5.6]
Mais racionais, entretanto, são as fórmulas empíricas de Hudson, que levam em conta
não só a granulometria e o peso específico do material, mas também sua natureza e as ca
racterísticas do circuito - se horizontal ou vertical, se os dutos são de mangueiras flexíveis
ou tubulações em chapas de aço (Tab. 5.1).
Observação: os valores tabelados podem sofrer uma correção para mais ou para menos de 6%.
Elementos de cálculo (unidades do M.K.f.S.)
5.2.3 Vazão de ar
A quantidade de ar necessária para uma instalação de transporte pneumática pode ser cal
culada a partir da quantidade de material a transportar e da relação em peso adotada:
V=-
rp y1 ar
Desse modo, considerando a relação em peso máxima dada pela Eq. [5.2], podemos di
zer que a vazão de ar mínima a ser adotada num sistema de transporte pneumático depende
do peso específico real do material a ser transportado ( y ^ e nos será dada por:
Gm y' m ~ Gm *y m
V. [5.8]
7.000y 8.400
E n trada do a r no sistem a
Na entrada do ar, quando esta é feita em ar puro (sistemas de compressão), em que a admis
são se dá na própria aspiração do ventilador, a qual poderá eventualmente ser protegida, a
perda de carga será dada pela equação geral:
T _ ; £ Í
''e n tra d a ~ ^ ^ g ^ ’
onde À pode assumir valores de 0,5 (entrada arredondada), 1,5 (seção abrupta) até 3 (seção
abrupta, protegida por tela, com 70% de área livre).
Quando a admissão do ar acontece juntamente com o material a transportar, é preferí
vel incluir a perda de carga na canalização de aspiração, onde o À correspondente depende
da relação em peso adotada.
;i'í*V6rS!d3d6
D:u r - .- j ...!
transporte pneumático
In é rc ia do m a te r ia l
A inércia do material, ao passar cio repouso para a velocidade de transporte (cm), consome
energia cinética , a qual por unidade de volume corresponde a uma perda de carga, que
vale:
Mc: Gm Am G™c2 m, y _ r c2
_m_ y
Jw [5.9]
2V V 2g G 2g U *>2g
:0,55 a 1,85J v . [5 .1 0 ]
1,2 a a-35
D esnível
O trabalho para vencer a gravidade, por unidade de volume de ar, também corresponde
a uma perda de carga, a qual, para uma diferença de altura ([H) no campo gravitacional,
vale:
Condutos de transporte
A perda de carga nos condutos de chapa e mangueiras que transportam o material pode ser
calculada pela equação geral da perda de carga em condutos, já apresentada em 3.2.2:
_ ^°2
condutos — J ) 2 g ^ '
^ = \ ra + ^ ) , [5.12]
em que:
Àar é o coeficiente de atrito do ar puro, função cio número de Reynolds (Re) e da rugosi-
dade relativa do conduto (klD') e que pode ser determinado pelo diagrama de Stanton
(usualmente 0,02 para canalizações de chapa e 0,03 para mangueiras); e
K é um coeficiente que depende da velocidade do ar (car), e que se pode selecionar com o
auxílio da Tab. 5.2.
Observação: as mesmas correções devem ser feitas para os coeficientes de atrito dos aces
sórios em relação àquele correspondente ao ar puro, embora a solução mais prática seja
considerar tais perdas de carga em função de um comprimento equivalente, dado como já
ficou esclarecido por:
D
/ =— -D = Ã'acessório [ 5 .1 3 ]
- Ai qm 0U 0 ,0 3 '
''conduto
Entre os acessórios - que no caso se restringe apenas a curvas deve-se incluir tam
bém a tomada dos sistemas de transporte pneumático por aspiração, cujo coeficiente de
atrito, dependendo do tipo de bocal, pode atingir o valor de À = 2.
C analizações de ar puro
A perda de carga dos condutos de ar puro, normalmente executados em chapa metálica e
onde a velocidade de deslocamento do ar é cerca de 2/3 da dos condutos de transporte, à
semelhança dos demais, também pode ser calculada por meio da equação geral analisada no
item 3.2.2, em que o coeficiente de atrito À, para o caso, pode ser considerado 0,02.
Nas canalizações de ar puro, devem ser incluídas também as perdas de carga devidas
aos acessórios e à saída para o exterior - que eventualmente poderá incluir uma proteção
contra a chuva -, cujos coeficientes de atrito variam de 1 a 2 (Fig. 5.6). Para maior proteção
e menor perda de carga (A < 1), pode-se utilizar a saída usual de chaminés, representada
na Fig. 5.7.
•III *VI
transporte pneumático
Figura 5.7 A saída usual de chaminés oferece maior proteção e menor perda de carga.
S ep arad or
[4.19]
J ,ciclone
Nas instalações de transporte pneumático por compressão, por vezes o material trans
portado é descarregado em caixas, moegas, tulhas ou silos. Nesse caso, quando o material
transportado arrasta grandes quantidades de pó, este pode ser eventualmente retido por
meio de amplos filtros de tecido, cuja perda de carga deve ser incluída na saída do ar do
sistema.
Ventúri
Eventualmente, nos sistemas de transporte pneumático por compressão, a válvula rotativa
de alimentação é substituída por um ventúri. Nesses casos, a perda de carga do sistema fica
adicionada da perda de carga causada pela variação de seção deste, a qual, conforme vimos
na Sec. 4.5 ao analisar os ejetores, é igual a uma parcela de variação da pressão dinâmica
que se verifica no ventúri (ver Sec. 5.4)
R>h!io*0Cô
transporte pneumático
onde:
n - 1
nRT
L (m) = kgfm/kgf
1-72
\P lJ
Esses compressores, por outro lado, já têm uma característica de aumento de potência
mecânica, com a redução da perda de carga do circuito, bastante pronunciada, como mostra
a Fig. 5.10, exigindo cuidados na seleção de seu motor de acionamento para evitar eventuais
sobrecargas.
A. grande vantagem desse tipo de compressor é que, além de deslocar grandes quan
tidades de ar com dimensões relativamente reduzidas, eles não sofrem sobrecargas com a
abertura equivalente do circuito, que ocorre nas instalações de transporte pneumático ao
se diminuir a quantidade do material transportado.
Realmente, ao contrário dos compressores centrífugos que são máquinas de fluxo, nas
quais a compressão é obtida pela aceleração da massa fluida, os compressores de engrena
gens são do tipo volumétrico, funcionando sob o princípio da redução do volume para se ob
ter o aumento de pressão e, portanto, não estão sujeitos a aumento de carga, com a redução
da pressão de descarga.
5.4 V entúri
O uso dos ventúris nas instalações de transporte pneumático por compressão tem por obje
tivo substituir as válvulas rotativas que controlam a alimentação do material a transportar,
criando para isso uma pressão favorável, a fim de que o material entre no sistema simples
mente por gravidade. No estudo dos ejetores das instalações de ventilação local exausto-
ras, ficou claro que esses dispositivos criam diferenças de pressão estáticas, as quais, à
semelhança dos ventiladores, podem servir tanto para aspiração como para compressão dos
efluentes nesses sistemas.
No caso dos ventúris usados nas instalações de transporte pneumático de compressão,
eles devem criar diferenças de pressão estáticas capazes de vencer todas as perdas de car
gas, inclusive as deles, situadas entre a seção estrangulada e a saída para o exterior, onde
a pressão é igual à atmosférica (p0)- Nestas condições, a pressão estática na seção estran
gulada será igualmente p 0, e ela pode ser aberta e não haverá entrada nem saída de ar do
sistema, enquanto que o material a transportar poderá entrar nessa seção simplesmente por
ação da gravidade.
Ventúrí
Realmente, de acordo com a Fig. 5.12, a única pressão disponível na seção estrangulada
(1) é a pressão dinâmica ycf/2p, a qual, na forma de pressão estática, deve ser suficiente
para vencer todas as perdas de cargas existentes entre 1 e a saída para o exterior, isto é:
Figura 5.12 A pressão na seção estrangulada deve ser suficiente para vencer todas as
perdas de carga a partir do ponto 1.
As perdas de carga que se verificam desde a seção estrangulada (1) e a saída do sistema
para o exterior incluem normalmente os seguintes itens:
( o 2
C1
^ventúri ^ — y -— y
2g ' 2g r
J.inércia
. . = rp —
^g
y;
J .desnível ^p ^Y ’
j.canalizações _ K t È _ y;
D-2g
„2
j.acessórios ~^ ^g ^
Isto é:
\
Cj C0 C2
— y— -y +— y- K ^ L y - Í Í - y = U de 1 em diante -J.
ventúri5
2g ' 2g ' 2g l 2g ' 2g l
onde o valor:
(4 4 ^
^ventúri d — y —2g- yr [5.15]
2g r
m
^ b b fiis c a
transporte pneumático
Não raro, a descarga do sistema para o exterior é feita numa saída direta (À = 1) com
a velocidade da canalização de saída do ventúri (c2), de modo que a perda de carga corres
pondente se identifica com yc'£/2g, e a expressão [5.16] se simplifica.
O dimensionamento do ventúri é feito a partir da vazão de ar do sistema e das perdas
de carga que caracterizam o circuito a partir do ponto 2, segundo a orientação:
a) arbitra-se a velocidade c2, de saída do ventúri, a qual normalmente é igual à da
canalização que se segue;
b) calcula-se a seção íl2 de saída do ventúri e selecionam-se suas dimensões H2 X B,
no caso de retangular;
c) arbitrando-se um ângulo a < 10° (Tab. 4.17), a partir da Eq. [5.16], podem-se cal
cular Apveturi e a velocidade c1 da seção estrangulada;
d) calcula-se ílfi da seção estrangulada do ventúri e selecionam-se suas dimensões H1
X B, no caso de retangular;
L= [5.17]
2 tg a
D.2 Dx _ No Ai
L= [5.17a]
a a
2 tg 2 tg
Para o mesmo aumento de seção ÍWÍli e o mesmo ângulo de abertura a, o seu valor
seria muito menor. Assim, para ÍX./Oj = 4 e o mesmo ângulo de abertura a , o comprimento
seria apenas um terço daquele correspondente ao do ventúri da ilustração, cujo aumento de
seção se verifica numa única dimensão.
O uso de um ventúri dá origem a uma perda de carga adicional no sistema (/Ventúri)>
anteriormente relacionada, e deve ser incluída na apropriação da diferença de pressão total
para a seleção do compressor e no cálculo da potência mecânica necessária para seu acio
namento.
Projeto tie instalações de transporte pneumático
f ........... .... — — — — — N
EX EM PLO 5 .1 *•
----------------------------------------------------------------------------------------------- \
Para evitar elevadas diferenças de pressão na casa dos filtros de manga, o que one
raria sua construção, o ventilador foi posicionado a montante desta ultima, na saída
do ciclone.
Solução
• Relação em peso
Para uma maior economia de potência, a relação em peso foi estabelecida no valor-
limite, para evitar problemas de embuchamento. É dada pela expressão:
7.000 7.000
rv = ------ = ---------------- õ = 2,5.
p Ym 2.750 kgPm3
• Q uantidade de ar
A quantidade de ar a ser movimentada pelo sistema, nessas condições, será dada
por:
Gm 50.000 kgPh
GL 20.000 kgPh.
r
p
2,5
20.000 kgPh
V. 16.667 m3/h (4,63 m3/s).
1,2 kgf/m3
• Velocidades
As velocidades a adotar, foram selecionadas de acordo com a Tab. 5.1:
f
0 separador inercial terá uma seção de entrada, para uma perda de carga não muito
elevada (c = 30 m/s), igual a duas vezes a seção do duto de chegada (2 X 0,0772 =
0,1544 m2), com dimensões 0,64 X 0,24 m, a qual sofre estrangulamento até a seção
0,64 X 0,02 m. A saída lateral, venezianada, terá uma velocidade de face de, no máxi
mo, 4 m/s, daí a seção de 0,64 X 2,00 m.
O ciclone deverá reter partículas de 15 |xm e ter uma capacidade para 4,63 m3/s. Te
mos então as seguintes opções (ver Eqs. [4.17] e [4.18]):
._ 4,63 m3 / s x 60 s/min
Q = —------------------------ = 167,4 ma,
1,66 m/min
%
2 024X Í
J 4 ) t2Tg ' ■(602 ■= 40 kgf/m2
4 2 2g
valor que deve ser multiplicado pelo fator (1 + rvlK), em que K, para o caso, de acordo
com a Tab. 5.2, vale 3,5. Nessas condições, a transformação em estudo tem uma perda
de carga de J = 40 X 1,714 = 69 kgf/m2. A canalização, com 0,32 m de diâmetro, 8
m de condutos e 15Z) de comprimento equivalente das curvas, por sua vez, tem uma
perda de carga de:
' r '
0,02 1+ -2- Q + L X
Xm v(l + le J)c2 K
V_________ l
J.canalização r = - ■309 kgf/m2
D2g D2g
^ = ^ § 7 = 2 , 5 ^ ^ 1 , 2 = 491 kgl/m2;
• E o desnível de 4 m,
1,55
0,02 1 + 3 x 352
J _ X™Ic" r . 3,5 ,
-x 1,2 = 5,3 kgf/m2.
conduto D 2g r
0,41 x 2g
V.
Rihüoteca
transporte pneumático
Projeto de instalações de transporte pneumático
r .......................... \ •
Tabela Ex.5.1
Elemento c (m/s) J (kgf/m2)
Tomada de ar puro 60 11
Transformação de 0 3 2 cm para 64 cm x 24
60-30 69
cm
Desnível, rp = 2,5H = 4 m 60 12
Total 1.545,9
(C = curva.)
• Ventilador
0 ventilador para a instalação considerada será montado entre o ciclone e a bateria
de filtros de manga, na canalização de 52 cm de diâmetro, onde a velocidade do ar,
com uma relação em peso de pós de cerca de 0,65, é de 22,3 m/s, deverá apresentar
as seguintes condições de funcionamento:
V= 16.667 m3/h (4,63 m3/s);
AP t = 1-545,9 kgf/m2.
O tipo de ventilador mais aconselhável no caso é o centrífugo de pás radiais, cujas
características básicas são:
D = 1.520 mm;
L = 0,225D = 325 mm;
c/w2 = 1,2; c = 167,4 m/s u 2 = 139,5 m/s N - 1.750 rpm
V f.
é / m
Sihliotecs
transporte pneumático
Além de ter velocidades compatíveis com as do circuito em que será instalado, esse
ventilador apresenta elevado rendimento - superior a 80% podendo ser acoplado
diretamente a um motor elétrico síncrono de quatro pólos, cujo consumo de potência
será:
Ap.
10.332 — — 4,63 m3/s x 1.546 kgfim2
p = YA ________2_ x 0,9252 = 110,4 cv.
m 75tj. 10.332 75x0,8
Entretanto, para atender ao fato de que o consumo de energia desses tipos de com
pressores não é limitado, ao se modificar por segurança a carga do sistema, a potên
cia do motor a ser adotado deverá ser no mínimo 20% superior (150 cv).
^ .... - - .
J
Projeto de instalações de transporte pneumático
Solução
• Diâmetros
Como o material a transportar tem grande tamanho, a fim de evitar embuchamen-
tos, é importante que a mínima dimensão para passagem das partículas seja de 3d.
Nessas condições, lembrando a seção estrangulada do ventúri - que deve ter pra
ticamente a terça parte da seção da canalização de transporte estabeleceremos
preliminarmente que o diâmetro mínimo desta seja de 15 cm.
Por outro lado, para deixar bem clara a influência da escolha do diâmetro (e indire
tamente da relação em peso, rp) no consumo de energia da instalação, analisaremos
duas soluções. A primeira para o diâmetro preestabelecido como mínimo, 15 cm, e a
segunda para um diâmetro aleatório de 20 cm.
• Velocidades
De acordo com a Tab. 5.1, as velocidades básicas para elaboração do projeto em es
tudo, valem:
- velocidade de flutuação, cf = 0,0045 \ d pmym = 21,8 m/s;
- velocidade do ar, car - 1,42/ ym = 43,5 m/s;
- velocidade do material, cm = 43,5 m/s - 21,8 m/s = 21,7 m/s.
• Vazão do ar
Para a velocidade estabelecida de 43,5 m/s, as vazões do ar para as duas soluções
serão:
Solução I
k D2
Vs = Cgi = 43,5 m/s x 0,0177 m2 = 0,7687 m3/s (2.767 m3/h).
Solução II
V = 43,5 m/s x 0,0314 = 1,3666 m3/s (4.920 m3/h).
• Relação em peso
A máxima relação em peso para evitar embuchamentos é dada, para o caso, por:
7.000 7.000
rp =■ - = 7,4.
Ym 940 kgf/nr
transporte pneumático
r N
Entretanto, com a preüxaçào dos diâmetros para as duas soluções em estudo, as res
pectivas relações em peso, na realidade, serão:
Solução I
Gm _ G r, 8.000 kgí/h
= 2,4.
Gw VS7W 2.767 m3 / h x 1,2 kgfón3
Solução II
8.000 kgMr
p 4.920 m3 / h x 1,2 kgi/m3
• Perdas de carga
1. Aspiração do ventilador (car = 43,5 m/s)
Tela de proteção com área quatro vezes maior do que a da boca de aspiração e com
70% de área livre:
~2 .43,52
J ,desc.vent. ~ ^ 7 = 0 ’í 5 ^ ~ = ° ’ 15 X 115-8 = 1 7 ’4 ¥ & * 2 -
o 21 72
J inércia = rp 7 ^ Y = rp ~ ^ ~ l ’ 2 = 28’ 8VP '
c2 43 52
J adap. saída vent. = ^ 7 = 0,15- f - 1 , 2 = 0,15 X 115,8 = 17,4 kgi/m2.
2g 2g
V
Projeto de instalações de transporte pneumático
t _ ' mv____
d canal, transp. D 2 iQ
onde:
f r 1 f O
l + -£- = 0,03 l + -£- (Tab.5.2);
CO
LO
R
le = 3 x 7,5D = 22,5D (Tab. 3.11 - três curvas de — = 2)
De onde vem:
í r ^
0,03 1 + -Z- (16 m+ 22,5£> m)43,52
J.canal, transp.
v 3,5y -1,2,
D2g
9. Ventúri
De acordo com a Eq. [5.16], a pressão total na saída do vetúri (pressão estática +
pressão dinâmica) deve ser igual às perdas de cargas que se verificam a jusante dele
até a descarga para o exterior, isto é (Fig. 5.12):
cf
A P + 2 ^ r = J 4 + J5 + J&+ J1 + J8>
V /
transporte pneumático
onde:
c? Cg ^
Ap = (1 - J5T) — y - t f - r
2# 2(7
<± _4
(1 -^ ) : ^4 + + + J 71
2 7 2 íd
em que, de acordo com a Tab. 5.1, para um ângulo a = 8o, o coeficiente de atrito K vale
0,24; podemos então calcular cq e, igualmente, a perda de carga no vetúri:
(c2 ^
^ventúri = 0,24 f - y - 115,8 kgi/m .
2g Y 2g 7 [2g
Os valores das perdas de cargas e das demais grandezas que fazem parte deste pro
jeto estão resumidos na planilha Ex. 5.2.
Solução 1 Solução II
Item Elemento D=15 cm rp=2,40 D=20 cm rp=1,36
c (m/s) J(kgf/m2) c (m/s) J(kgf/m2)
^^SÊÊÊÊÊKÊÊÊÊÊÊKÊÊÊKÊÊKÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊIÊÊÊÊSÊÊSÊÊKÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊKÊÊÊÊÊKKÊÊÊÊÊÊÊÊKÊÊÊÊKÊÊKSKÊÊÍÊÊÊÊtllÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊHÊtÊKÊKÊÊÊÊÊÊÊÊIÊÊÊÊÊBKÊÊÊItÊÊÊKÊÊÊÊÊlí^
Projeto de instalações de transporte pneumático
Q1
vs 0,7687 m3/s = 0,0051 m2 (7,2 x 7,2 cm);
Cj 152,1 m/s
Fs 0,7687 m3/s
Q2 = 0,0177 m2 (13,3x13,3 cm).
Cj 43,5 m/s
Para a solução II, optamos pelo aumento da seção mais prática, em apenas uma di
mensão, de modo que obtemos:
1.3666 m3/s
£2j = 0,0106 m2 (6,0x17,8 cm);
128,8 m/s
1.3666 m3/s
= 0,0314 m2 (17,8x17,8 cm).
43,5 m/s
^ H2 - ^ 17,8-6,0 cm
> 85 cm.
tg a tg 8o
• Compressores
Os compressores a serem usados na instalação em estudo são do tipo centrífugo com
pás radiais, e têm as características que seguem.
Solução I
• V = 2.767 m3/h (0,7686 rtrVs);
• ápt = 1.376,6 kgf/m2;
• D = 500 mm;
• L = 0,225.0 = 112 mm;
V.
transporte pneumático
r \
10.332 + ^
= YA ________2_ 0,7686 m'7s x 1.376,6 kgfim3
x 1,0666 = 18,81 cv.
7577, 10.332 75x0,8
V /
Entretanto, para se atender ao fato de que esse tipo de compressor não tem a carac
terística de consumo de potência limitada com 0 aumento da vazão, a fim de evitar
possíveis sobrecargas durante a operação do sistema sob baixas cargas, 0 motor de
acionamento a usar deve ser 20% superior (25 cv).
Solução II
• V = 4.920 m3/h (1,3667 m3/s);
• Ap,= 972,3 kgf/m2;
• D - 615 mm;
• L = 0,2251) = 138,4 mm;
V J
Projeto de instalações de transporte pneumático
"— .“ : ------------------------ S
EXEM PLO 5 .3
/TTA CPriSiíS
),í t Vi
Rihliftteca
transporte pneumático
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------\
A máquina deverá ter capacidade para transferir o material entre depósitos situados
a 25 m um do outro e vencer um desnível de até 10 m. A canalização de transporte
será constituída de tubos retos de chapa metálica, com 5 m de comprimento cada um,
interligáveis entre si, terminando nos extremos, tanto na aspiração como na descar
ga, por 5 metros de mangueiras, para facilitar o manuseio da operação.
Dados básicos para os cálculos preliminares:
• cereal - arroz com casca, tipo irrigado;
• lm = 16y “aparente = 1-140 kgf/m2;
• d = 2,5 mm (2.500 fjun).
Solução
• Relação em peso
Para maior economia de energia, adotaremos como relação em peso o valor máximo
recomendado pela Eq. [5.2]:
.000 7.000
yTO "1.140
• D im ensionam ento
Começaremos por selecionar uma mangueira comercial de 5 pol de diâmetro (12,7
cm). A seção correspondente seria:
n = 0,0127 m2.
A vazão de ar nas mangueiras — e portanto de todo sistema — seria:
ps = caríl =51 m/s X 0,0127 n r = 0,6477 m3/s (2.332 m3/h).
De onde podemos calcular:
Gar = • yar = 0,6477 m3/s x 1,2 kgf/m3 = 0,7772 kgf/s (2.798 kgf/h);
Gm = rp • Gar = 6,14 X 0,7772 kgf/s = 4,772 kgf/s (17.179 kgf/h).
Esse último valor seria a capacidade de transporte de material do equipamento em
projeto (Gar = 17,2 t/h).
Projeto de instalações de transporte pneumático
transporte pneumático
onde:
- as duas curvas têm um comprimento equivalente le=2x7,5.0=15x0,2044=3 m;
P2 oi2
'^redução+curva+trarisf.+2curvas = ^ 7 ==(0,02 + 0,60) — 1,2 = 37 kgf/m2,
onde a redução de seção foi considerada com um ângulo de abertura de 30°, para a
qual À = 0,02, e a transformação de seção, À = 0,15 (Tab. 3.11);
Total 3.054,1
• Compressor
O compressor a ser usado nessa instalação será centrífugo, de único estágio, tipo
radial, para atender às seguintes condições de funcionamento:
• Vs = 0,6477 m3/s (2.332 m3/h);
• Apt = 3.054,1 kgf/m2.
Para isso, de acordo com os coeficientes básicos apresentados na Tab. 4.16, esse com
pressor deverá ter as seguintes características:
J
Projeto de instalações de transporte pneumático
r ............... .................................... ^
- D = 400 mm;
-L = 0,28D = 112 mm;
-c/w2 = 1,2 c = 4,04^Ap/% = 235 m/s m/s w2= 196 m/s iV = 9.356 rpm;
As velocidades de aspiração e descarga são compatíveis com a velocidade selecionada
para os condutos de ligação (31 m/s).
Esse compressor, quando bem construído, poderá ter um rendimento superior a 80%,
de modo que podemos calcular a potência do motor elétrico de acionamento conside
rando a compressão como isométrica, já que a diferença de pressão total é repartida
entre a aspiração e a compressão, pela expressão aproximada:
p„ V ---
- _S AptL = _J------------------------2-----
0,6477 m3/s x 3.054 kgí/m2= 33 „„ cv.
m 75íjj 75 x 0,8
É interessante analisar, por outro lado, o desempenho desse equipamento com o au
mento da distância de transporte. Como a diferença de pressão criada pelo compres
sor é a máxima compatível com a rotação adotada, verifica-se que:
• ao se aumentar o comprimento dos condutos de transporte, a perda de carga (item
4 da planilha) também tende a aumentar;
• na impossibilidade do aumento citado, o sistema só se equilibrará compensando-
se esse aumento devido à elevação da distância de transporte, com uma redução
da perda de carga devido à relação em peso (itens 1, 2, 3, 4, 8 e 9), de modo a
manter a diferença de pressão total inalterada.
• a redução da relação em peso, para compensar o aumento da distância de trans
porte, portanto, resulta numa grande redução da capacidade de transporte do
sistema, como se pode notar nos dados a seguir, elaborados a partir da análise
numérica da expressão do somatório das perdas de carga:
Distância rP G m (t/h)
25 m 6,14 17,2
50 m 5.00 14,0
75 m 3,80 10,6
J
1.1 Calor liberado pelas pessoas nas condições ambiente normais....................................9
1.2 Calor liberado pelas pessoas em ambientes a 37 e a 70°C...........................................10
1.3 Quantidade de ar de ventilação para uma serralheria............................................... 30
1.4 Quantidade de ar de ventilação para uma fundição................................................... 30
1.5 Quantidade de ar de ventilação para um auditório..................................................... 32
2. 1 Aberturas de ventilação por termossifão de um pavilhão industrial,.......................46
2.2 Ventilação natural de um sanitário..............................................................................47
2.3 Ventilação natural de antecâmaras de proteção contra incêndios............................48
2.4 Aberturas para a ventilação natural de um forro........................................................61
2.5 Ventilação natural por termossifão de uma fábrica de calçados...............................70
3.1 Recuperação da pressão estática em canalizações de ventilação mecânica..........105
3.2 Perda de carga em uma canalização de ventilação mecânica..................................112
3.3 Seleção de um ventilador para uma instalação de ventilação mecânica................121
3.4 Projeto de uma instalação de ventilação mecânica para um conjunto de
escritórios..................................................................................................................... 125
3.5 Projeto de uma instalação de ventilação mecânica para um cinema......................129
3.6 Projeto da instalação de ventilação mecânica para o complexo industrial
da Josapar, em Pelotas (RS..........................................................................................135
4.1 Cálculo de uma câmara gravitacional.........................................................................163
4.2 Seleção de ciclones para reter partículas de m adeira............................................... 176
4.3 Cálculo de um ejetor.....................................................................................................193
4.4 Seleção do tipo de coletor por meio do diagrama de Sylvan....................................195
4.5 Projeto de um sistema de ventilação local exaustora para um
transportador de cerais................................................................................................196
4.6 Projeto de um sistema de ventilação local exaustora para uma série
de banhos de tratamento de chapas metálicas......................................................... 201
4.7 Projeto de um sistema de exaustão para um fogão...................................................205
4.8 Projeto de um sistema de exaustão para uma pequena cabine de pintura
a pistola........................................................................................................................ 207
5.1 Projeto de um sistema de transporte pneumático por aspiração, com
separação seletiva do material, para uma instalação de britagem de granito........229
5.2 Projeto de uma instalação de transporte pneumático por compressão
de borracha sintética em pedaços.............................................................................. 236
5.3 Dimensionamento de um equipamento móvel para a transferência de
cereais, com tomada por aspiração e descarga por compressão (sistema misto) ...243
fflissísiSâÉFsèía! dcPare
biblioteca O n M
1.1 Atmosfera padrão da Nasa..............................................................................................5
1.2 Taxas de metabolismo das pessoas segundo a ABNT..................................................7
1.3 Limites de tolerância para exposição ao calor............................................................13
1.4 Limites de tolerância para exposição ao calor em regime de trabalho
interm itente....................................................................................................................13
1 .5 Limites de tolerância para os contaminantes.............................................................16
1 .5 a Limites de tolerância para os contaminantes (valores provisórios)....................21
1.6 Limites de tolerância para as poeiras minerais.......................................................... 23
1.7 Produção de contaminantes em função do tipo de operação....................................26
1.8 Rações de ar de acordo com a ABNT...........................................................................31
1.9 índices de renovação do a r ........................................................................................... 33
2.1 Pressão dinâmica da velocidade dos ventos................................................................37
2.2 Diferenças de pressões criadas pelo termossifâo.......................................................39
2 .3 Coeficientes de transmissão de calor por condutividade interna de
diversos materiais de construção................................................................................. 50
2 .4 Coeficientes de condutividade externa do calor..........................................................51
2 .5 Coeficientes geral de transmissão de calor..................................................................53
2.6 Diferenças de temperatura devido à radiação solar................................................... 57
2.7 Calor de insolação.......................................................................................................... 60
2.8 Aberturas para a ventilação de forros por termossifâo..............................................63
2 .9 Espaços para a ventilação de coberturas planas por termossifâo.............................64
3.1 Velocidades recomendadas pela ABNT para instalações de ventilação
mecânica geral diluidora............................................................................................... 82
3 .2 Velocidades recomendadas pela Carrier para instalações de ventilação
mecânica geral diluidora............................................................................................... 82
3 .3 Velocidades recomendadas para bocas de insufiamento............................................ 83
3 .4 Velocidades recomendadas para bocas de saída......................................................... 83
3 .5 Velocidades terminais recomendadas.......................................................................... 87
3 .6 Valores de K e de ae de grades e aerofusos.................................................................88
3.7 Coeficientes de atrito das bocas de insufiamento....................................................... 89
3 .8 Bitolas das chapas para a fabricação de dutos de ventilação.....................................94
3 .9 Cotas do gabarito para a execução de veias em curvas de dutos de ventilação.......98
^ g ggammmmammmmmÊmmmmmmmmmÊÊÊKmKmmHÊmmÊmmmÊÊiÊÊHmKmmÊÊi^ índice das tabelas
O l_
Diagrama de Sylvan, 189 Lavadores
Diagrama de Stanton, 102 de ar, 178
Diferenças de pressão, 111 de espuma, 181
Dimensionamento de canalização, 100 Limites
Distribuição do ar, 77 higiênicos admissíveis de
Diluição do calor ambiente por termossifão, contaminantes, 16
65 de tolerância para exposição ao calor, 13
Diluição ou saturação no transporte pneu Leis de funcionamento dos ventiladores
mático, 217 centrífugos, 119
E ✓ A
Ejetores, 190-191 Metabolismo
Eliminadores de combustão, 186 Básico, 6
Eliminadores catalíticos, 186 humano, 6
Equilíbrio homeotérmico, 9 taxas segundo a ABNT, 7
Mist, 14
Misturadores
F mecânicos, 181
Fendas, 143 tipo ventúri, 180
Filtros
absorventes, 185
adsorventes, 185 F*
de tecidos para ventilação local exausto Partículas
ra, 182 líquidas (m ist efog), 14
eletrostáticos, 183 sólidas, 14
na ventilação mecânica geral diluidora, Perdas de carga nos captores, 149
116 em curvas de ventilação local exaustora,
Fog, 14 157
Fórmulas ASHRAE para cálculo de perdas em uniões de ventilação local exaustora,
de carga, 102 157
índice remissivo
no transporte pneumático
em condutos de transporte, 220 Temperatura
em canalizações de ar puro, 221 efetiva, 11
em separadores (ciclone), 222 equivalente em meio seco, 11
na entrada do sistema, 219 radiante média, 11
no ventúri, 226 Termossifão, 38
por desnível, 220 Tomadas de ar exterior, 115
por inércia do material, 220 Torres de enchimento, 179
Planilha de cálculo de ventilação por ter- Transmissão de calor, 49
mossifão, 73 Transporte pneumático, 218
Poeiras minerais, 23
Pressão parcial do oxigênio no ar, 4
Potência de uma instalação de transporte V
pneumático, 223 Vazão de ar
Projeto de uma instalação de transporte nos captores, 148
pneumático, 229 no transporte pneumático, 219
Proteção contra insolação, 57 Ventilação
de minas, 80
local exaustora, 139
R mecânica diluidora, 75
Ração de ar, 31 natural, 35
Recuperação de pressão estática, 88 Ventiladores
Regulação térmica, 8 tipo lim it load e radiais, 190, 224
Relação em peso, 216 tipo Siroco, 117
Rotoclones, 171 Ventúri, 226
úmidos, 180 Velocidades
de captura, 145
de flutuação, 153, 160, 218
S do ar nas canalizações de ventilação
Seleção de coletores, 188 local exaustora, 154
Sistemas periféricas dos ventiladores e classe de
de transporte pneumático, 214 ruído, 118
de ventilação, 34 recomendadas pela ABNT, 82
Superfície do corpo humano, 6 recomendadas pela Carrier, 82
biblioteca
(1) Costa, Ennio Cruz da, Arquitetura ecológica — conforto térmico natural. Blücher,
São Paulo, 1982.
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Com conhecimentos científicos básicos, da
Termodinâmica, da Mecânica dos Fluidos e da
Transmissão de Calor, foram analisadas neste
compêndio, de acordo com as normas vigentes,
as diversas técnicas mais indicadas, para a
solução dos problemas de ventilação tanto
natural como artificial, dos ambientes
habitacionais e industriais, assim como as
soluções para o prático transporte pneumático
de materiais a granel.
/
&
EDITORA EDGARD BLUCHER 9 7885 21 20353711