Este documento descreve a história de violência contra os povos indígenas no Brasil desde a colonização, incluindo guerras, doenças e escravidão. Apesar da lei de 2008 que torna o estudo da história e cultura indígena obrigatório, ainda há ignorância e estereótipos. O documento também discute a complexidade da colonização e a diversidade dos povos nativos, bem como a perseguição e falta de reconhecimento dos seus direitos nos séculos XIX e XX.
Este documento descreve a história de violência contra os povos indígenas no Brasil desde a colonização, incluindo guerras, doenças e escravidão. Apesar da lei de 2008 que torna o estudo da história e cultura indígena obrigatório, ainda há ignorância e estereótipos. O documento também discute a complexidade da colonização e a diversidade dos povos nativos, bem como a perseguição e falta de reconhecimento dos seus direitos nos séculos XIX e XX.
Este documento descreve a história de violência contra os povos indígenas no Brasil desde a colonização, incluindo guerras, doenças e escravidão. Apesar da lei de 2008 que torna o estudo da história e cultura indígena obrigatório, ainda há ignorância e estereótipos. O documento também discute a complexidade da colonização e a diversidade dos povos nativos, bem como a perseguição e falta de reconhecimento dos seus direitos nos séculos XIX e XX.
Este documento descreve a história de violência contra os povos indígenas no Brasil desde a colonização, incluindo guerras, doenças e escravidão. Apesar da lei de 2008 que torna o estudo da história e cultura indígena obrigatório, ainda há ignorância e estereótipos. O documento também discute a complexidade da colonização e a diversidade dos povos nativos, bem como a perseguição e falta de reconhecimento dos seus direitos nos séculos XIX e XX.
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Contexto histórico
Ao longo da história do Brasil, foram cometidas diversas formas de violência
contra os povos indígenas. Desde guerras, doenças transmitidas pelos colonizadores que exterminaram aldeias inteiras, a escravidão, ameaças e perseguições, os preconceitos, a violência cultural etc. As lutas travadas para garantirem seus direitos, as tradições e diferentes culturas dos indígenas ainda é desconhecida por grande parte dos brasileiros, que desconhecem sua própria história. Apesar da existência da Lei n. 11.645/ 08 que torna obrigatório o estudo da história e da cultura afro-brasileira e indígena no currículo dos ensinos fundamental e médio (público e privado), ainda é comum vermos pessoas ignorantes, preconceituosas e com ideias estereotipadas a respeito desses povos que constituem uma grande parte da nossa população. Considerar que os indígenas ou os índios, como são comumente chamados, são apenas pessoas que vivem isoladamente, nus no meio de florestas, com tinturas corporais e que vivem em situações precárias, é desconsiderar a história de inúmeros povos distintos, cada qual seus próprios costumes e lutas. A história não pode e não deve ser vista apenas sob uma ótica estereotipada ou conhecida por uma batalha entre vencedores e perdedores, na qual os indígenas ocupam o lado mais fraco. Esse trabalho se propõe a apresentar alguns fatos históricos, com o intuito de esclarecer e expor uma visão diferente dessa história. O “Descobrimento” deve ser discutido como resultado do processo de expansionismo europeu no século XVI, através da colonização do chamado “Novo Mundo”, onde os muitos diferentes povos e culturas das consideradas “terras descobertas” se confrontaram com o cruel processo de invasão dos seus territórios e da imposição cultural do colonizador. A colonização não é um movimento único e linear de simples extermínio das sociedades nativas encontradas pelos colonizadores, mas sim como um complexo jogo de relações, negociações e conflitos, desde a chegada dos primeiros europeus até os dias atuais. Estudos mais recentes, livres do etnocentrismo que condicionava as informações e referências passadas, revelam a enorme diversidade e pluralidade dos povos que já habitavam o território anteriormente aos colonizadores. Tamanha era a complexidade e especificidade dos nativos, seus projetos políticos, relações decorrentes da colonização, estratégias de resistência etc. Durante o século XIX, nas regiões mais antigas da colonização portuguesa, o Estado Brasileiro favoreceu os grandes latifundiários e fazendeiros que eram contra os povos indígenas. Os grandes proprietários e chefes políticos locais passaram a negar a presença dos nativos em seus territórios de aldeamentos, argumentando a ausência de pureza racial, o que afirmava que os indígenas estavam confundidos com o restante da população, solicitando, assim, o fim dos aldeamentos como forma de resolver os conflitos territoriais. Como resultado, o Governo Imperial decretou a extinção dos aldeamentos em diversas regiões do país. Segundo a legislação da época, as terras dos aldeamentos deveriam ser medidas, demarcadas e loteadas em tamanhos diferentes, para serem destinadas a parte das famílias indígenas existentes no loca. Entretanto, na realidade esse processo ocorreu de forma incorreta, pois muitos indígenas reclamaram por não terem recebido os lotes a que tinham direito ou que as mediações favoreciam os invasores das terras. Como consequência, a violência contra esses povos apenas crescera, muitos se dispersaram, sem terras, fugindo de perseguições e vagando até que encontravam um para trabalhar em fazendas e engenhos. Foi no início do século XX que se iniciou a mobilização contemporânea pelo reconhecimento étnico oficial e garantia mínima de terras para sobreviverem diante das perseguições dos latifundiários, após anos resistindo e sendo considerados “extintos”. No Nordeste foram reconhecidos os Xukuru-Kariri em Alagoas, e em Pernambuco os Fulni-ô, os Pankararu, os Xukuru, com a instalação de postos do Serviço de Proteção ao Índio - SPI, entre os anos de 1920 e 1950, em suas áreas indígenas. Nos últimos anos, os povos indígenas de todo o Brasil fortaleceram suas organizações e intensificaram mobilizações pelo reconhecimento étnico enquanto povos diferenciados, pela demarcação e retirada de invasores de suas terras, pela garantia de direitos a uma assistência de saúde e educação diferenciadas, ocupando um espaço no cenário público e obrigando-nos a rever a história, assim como superar equívocos e preconceitos.