Aula 03 - Argamassas

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

Argamassas
Argamassas são materiais de construção, com propriedades de aderência e endurecimento,
obtidos a partir da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e
água, podendo conter ainda aditivos e adições minerais.

Classificação das argamassas com relação a vários critérios:

Critério de classificação Tipo


Argamassa aérea
Quanto à natureza do aglomerante
Argamassa hidráulica
Argamassa de cal
Argamassa de cimento
Quanto ao tipo de aglomerante Argamassa de cimento e cal
Argamassa de gesso
Argamassa de cal e gesso
Argamassa simples
Quanto ao número de aglomerantes
Argamassa mista
Argamassa seca
Quanto à consistência da argamassa Argamassa plástica
Argamassa fluida
Argamassa pobre ou magra
Quanto à plasticidade da argamassa Argamassa média ou cheia
Argamassa rica ou gorda
Argamassa leve
Quanto à densidade de massa da
Argamassa normal
argamassa
Argamassa pesada
Argamassa preparada em obra
Quanto à forma de preparo ou Mistura semipronta para argamassa
fornecimento Argamassa industrializada
Argamassa dosada em central
Quadro 1 – Classificação das argamassas

Classificação das argamassas segundo as suas funções:

Função Tipos
Argamassa de assentamento (elevação da
alvenaria)
Para construção de alvenarias
Argamassa de fixação (ou encunhamento) –
alv. de vedação
Argamassa de chapisco
Argamassa de emboço
Argamassa de reboco
Para revestimento de paredes e tetos
Argamassa de camada única
Argamassa para revestimento decorativo
monocamada
Argamassa de contrapiso
Para revestimento de pisos
Argamassa de alta resistência para piso
Argamassa de assentamento de peças
Para revestimentos cerâmicos (paredes/
cerâmicas – colante
pisos)
Argamassa de rejuntamento
Para recuperação de estruturas Argamassa de reparo
Quadro 2 – Classificação das argamassas segundo as suas funções na construção

Obs.: Material de apoio complementar, não substitui a bibliografia básica. Página 1 de 16


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Argamassa de assentamento de alvenaria

Definição: A argamassa de assentamento de alvenaria é utilizada para a elevação de paredes


e muros de tijolos ou blocos.

Principais funções das juntas de argamassa na alvenaria:


● unir as unidades de alvenaria de forma a constituir um elemento monolítico, contribuindo na
resistência aos esforços laterais;
● distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede por toda a área resistente dos blocos;
● selar as juntas garantindo a estanqueidade da parede à penetração de água das chuvas;
● absorver as deformações naturais, como as de origem térmica e as de retração por secagem
(origem higroscópica), a que a alvenaria estiver sujeita.

Propriedades essenciais ao bom desempenho das argamassas de alvenaria:


● trabalhabilidade – consistência e plasticidade adequadas ao processo de execução, além de
uma elevada retenção de água;
● aderência;
● resistência mecânica
● capacidade de absorver deformações.

Figura 1 – Aplicação de argamassa de assentamento:


(a) bisnaga (foto: Prudêncio Jr.) e (b) meia desempenadeira ou palheta (foto: ABCP).

Unidade de alvenaria Sucção


Pasta contendo produtos de hidratação do
Argamassa
cimento
1) A argamassa é colocada A pasta da argamassa é absorvida pela
sobre a unidade de baixo unidade de alvenaria inferior
A argamassa está mais seca e a unidade
2) A unidade de cima é superior absorverá menor quantidade de
colocada água (e menor quantidade de produtos de
hidratação do cimento) do que a inferior.
Formação dos cristais de etringita nos
3) Com o passar do tempo poros da unidade de alvenaria, sendo
ocorre a hidratação do estes cristais mais profundos e em maior
cimento quantidade na unidade inferior do que na
superior.

A ruptura ocorre na interface argamassa /


Ensaio de tração direta
unidade superior.

Figura 2 – Interação entre argamassa de assentamento e os blocos em uma alvenaria


(adaptada de Gallegos, 1989).

A Figura 3 apresenta a influência da resistência da argamassa na resistência final da alvenaria:

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Figura 3 – Resistência da alvenaria para diferentes argamassas.

Observa-se que as resistências da argamassa e da alvenaria estão fracamente relacionadas


quando se trabalha com unidades de resistência relativamente baixa. À medida que esta
resistência aumenta, a argamassa passa a exercer importante influência na resistência final da
alvenaria (CAMACHO, 2006).

Argamassa de revestimento

Definição: Argamassa de revestimento é utilizada para revestir paredes, muros e tetos, os


quais, geralmente, recebem acabamentos como pintura, revestimentos cerâmicos, laminados,
etc.

Principais funções de um revestimento de argamassa de parede:

● proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do intemperismo, no caso dos revestimentos


externos;
● integrar o sistema de vedação dos edifícios, contribuindo com diversas funções, tais como:
isolamento térmico (~30%), isolamento acústico (~50%), estanqueidade à água (~70 a 100%),
segurança ao fogo e resistência ao desgaste e abalos superficiais;

Camadas:

Chapisco: Camada de preparo da base, aplicada de forma contínua ou descontínua, com


finalidade de uniformizar a superfície quanto à absorção e melhorar a aderência do
revestimento.

Emboço: Camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a base, propiciando


uma superfície que permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo
(por exemplo, cerâmica).

Reboco: Camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma


superfície que permita receber o revestimento decorativo (por exemplo, pintura) ou que se
constitua no acabamento final.

Camada única: Revestimento de um único tipo de argamassa aplicado à base, sobre o qual é
aplicada uma camada decorativa, como, por exemplo, a pintura; também chamado
popularmente de “massa única” ou “reboco paulista” é atualmente a alternativa mais
empregada no Brasil.

Revestimento decorativo monocamada (ou monocapa) – RDM: Trata-se de um revestimento


aplicado em uma única camada, que faz, simultaneamente, a função de regularização e
decorativa, muito utilizado na Europa;
A argamassa de RDM é um produto industrializado, ainda não normalizado no Brasil, com
composição variável de acordo com o fabricante, contendo geralmente: cimento branco, cal
hidratada, agregados de várias naturezas, pigmentos inorgânicos, fungicidas, além de vários
aditivos (plastificante, retentor de água, incorporador de ar, etc.).

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Figura 4 – Diferentes alternativas de revestimento de parede: (a) emboço + reboco + pintura


(sistema mais antigo, atualmente pouco utilizado); (b) camada única + pintura; (c) revestimento
decorativo monocamada (RDM).

Propriedades essenciais ao bom desempenho das argamassas de revestimento:

● trabalhabilidade, especialmente consistência, plasticidade e adesão inicial;


● retração;
● aderência;
● permeabilidade à água;
● resistência mecânica, principalmente a superficial;
● capacidade de absorver deformações.

A trabalhabilidade é a propriedade que garantirá não só condições de execução, como também


o adequado desempenho do revestimento em serviço. Deve-se ajustar a trabalhabilidade da
argamassa à sua forma de aplicação em obra. Assim, relativo à aplicação, a consistência e a
plasticidade da argamassa deverão ser diferentes se a argamassa for aplicada por meio de
colher de pedreiro (aplicação manual), ou se for projetada mecanicamente, em equipamento
onde a massa é bombeada através do mangote e projetada na pistola com auxílio de ar
comprimido. No segundo caso, as argamassas devem ter uma consistência mais fluida,
principalmente, uma alta plasticidade, que permitirá o bombeamento (Figura 5).

Figura 5 - Aplicação da argamassa de revestimento:


(a) manual e (b) projetada mecanicamente.

Outra propriedade essencial, também associada à trabalhabilidade, é a adesão inicial, ou seja,


a capacidade de união da argamassa no estado fresco ao substrato (parede, por exemplo). Ao
ser lançada a parede, a argamassa deve se fixar imediatamente à superfície, sem escorrer, ou
desprender, permitindo espalha-Ia e acomoda-Ia corretamente, além de garantir o contato
efetivo entre os materiais (o que proporcionará a aderência após o seu endurecimento). Ainda
no estado fresco, após a aplicação da argamassa, será importante controlar a retração plástica,
propriedade relacionada à fissuração do revestimento.
No estado endurecido, a propriedade fundamental é a aderência, sem a qual o revestimento de
argamassa não atenderá a nenhuma de suas funções. A aderência é a propriedade que
permite ao revestimento de argamassa absorver tensões na superfície de interface com o

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substrato. Essa propriedade possui critério de desempenho especificado em norma no Brasil,


conforme apresentado no Quadro 3.

Local Acabamento Ra (MPa)


Pintura ou base para reboco > 0,20
Interna
Cerâmica ou laminado > 0,30
Pintura ou base para reboco > 0,30
Externa
Cerâmica > 0,30
Quadro 3 – Limites de resistência de aderência à tração (Ra) para revestimentos de argamassa
de paredes (emboço e camada única), segundo a NBR 13749 (ABNT, 1996).

Resumo das principais propriedades das argamassas associadas às suas funções


Tipo da Principais
Função
argamassa requisitos/propriedades
Unir as unidade de alvenaria e ajudá-
Argamassa las a resistir aos esforços laterais Trabalhabilidade (consistência,
de Distribuir uniformemente as cargas plasticidade e retenção de água)
assentamento atuantes na parede por toda a área Aderência
de resistente dos blocos Capacidade de absorver
alvenaria Absorver deformações naturais a que deformações
(elevação) a alvenaria estiver sujeita Resistência mecânica
Selar as juntas
Garantir aderência entre a base e o
revestimento de argamassa
Chapisco Aderência
Contribuir com a estanqueidade da
vedação
Proteger a alvenaria e a estrutura Trabalhabilidade (consistência,
contra a ação do intemperismo plasticidade e adesão inicial)
Integrar o sistema de vedação dos Baixa retração
Emboço e edifícios contribuindo com diversas Aderência
camada única funções (estanqueidade, etc.) Baixa permeabilidade à água
Regularizar a superfície dos elementos Capacidade de absorver
de vedação e servir como base para deformações
acabamentos decorativos Resistência mecânica
Regularizar a superfície para receber Aderência
Contrapiso
acabamento (piso). Resistência mecânica
Trabalhabilidade (retenção de
Argamassa água, tempo em aberto,
“Colar” a peça cerâmica ao substrato
colante deslizamento e adesão inicial)
Absorver deformações naturais a que
(assentamento Aderência
o sistema de revestimento cerâmico
de revestimento Capacidade de absorver
estiver sujeito
cerâmico) deformações (flexibilidade) –
principalmente para fachadas.
Trabalhabilidade (consistência,
Argamassa de Vedar as juntas
plasticidade e adesão inicial)
rejuntamento Permitir a substituição das peças
Baixa retração
(das juntas de cerâmicas
Aderência
assentamento Ajustar os defeitos de alinhamento
Capacidade de absorver
das peças Absorver pequenas deformações do
deformações (flexibilidade) –
cerâmicas) sistema
principalmente para fachadas
Trabalhabilidade
Aderência ao concreto e
Argamassa de
Reconstituição geométrica de armadura originais
reparo de
elementos estruturais em processo de Baixa retração
estruturas de
recuperação Resistência mecânica
concreto
Baixa permeabilidade e absorção
de água (durabilidade)
Quadro 4 – Principais requisitos e propriedades das argamassas para as diferentes funções.

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Propriedades das argamassas e métodos de ensaio associados

É importante enfatizar-se que as propriedades das argamassas só podem ser avaliadas de forma completa
se considerada a sua interação com o material com o qual elas estarão em contato, pois as argamassas se
comportam diferentemente quando aplicadas sobre distintos materiais.

1. Trabalhabilidade e aspectos reológicos das argamassas

Definição: Trabalhabilidade é propriedade das argamassas no estado fresco que determina a


facilidade com que elas podem ser misturadas, transportadas, aplicadas, consolidadas e
acabadas, em uma condição homogênea. Esta diretamente ligada a produtividade.
A trabalhabilidade é resultante da conjunção de diversas outras propriedades mostradas no
Quadro 5.
Propriedades Definição
É a maior ou menor facilidade da argamassa deformar-se sob ação
Consistência
de cargas.
É a propriedade pela qual a argamassa tende a conservar-se
Plasticidade
deformada após a retirada das tensões de deformação.
É a capacidade de a argamassa fresca manter sua
Retenção de água e
trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam a
de consistência
perda de água.
Refere-se às forças físicas de atração existentes entre as
Coesão partículas sólidas da argamassa e as ligações químicas da pasta
aglomerante.
É a tendência de separação da água (pasta) da argamassa, de
modo que a água sobe e os agregados descem pelo efeito da
Exsudação
gravidade. Argamassas de consistência fluida apresentam maior
tendência à exsudação.
Densidade de massa Relação entre a massa e o volume de material.
Adesão inicial União inicial da argamassa no estado fresco ao substrato.
Quadro 5 – Propriedades relacionadas com a trabalhabilidade das argamassas.

1.1. Consistência e plasticidade

Ajustando a quantidade de água, podemos classificar as argamassas em termos de


consistência conforme quadro 6:

A pasta aglomerante somente preenche os vazios


Argamassa entre os agregados, deixando-os ainda em contato.
Seca Existe o atrito entre as partículas que resulta em uma
massa áspera.

Uma fina camada de pasta aglomerante “molha” a


Argamassa
superfície dos agregados, dando uma boa adesão
Plástica
entre eles com uma estrutura pseudo-sólida.

As partículas de agregado estão imersas no interior


da pasta aglomerante, sem coesão interna e com
tendência de depositar-se por gravidade
Argamassa
(segregação). Os grãos de areia não oferecem
Fluida
nenhuma resistência ao deslizamento, mas a
argamassa é tão líquida que se espalha sobre a base,
sem permitir a execução adequada do trabalho.
Quadro 6 – Consistência das argamassas.

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A plasticidade é uma propriedade influenciada pelos tipos e pelas quantidades de


aglomerantes e agregados, pelo tempo e pela intensidade de mistura, além de pela presença
de aditivos (principalmente do aditivo incorporador de ar). O Quadro 7 associa o conteúdo de
finos da argamassa com a sua plasticidade.

% mínima de finos da argamassa


Plasticidade
Sem aditivo plastificante Com aditivo plastificante
Pobre (áspera, magra) < 15 < 10
Média (plástica) 15 a 25 10 a 20
Rica (gorda) > 25 > 20
Quadro 7 – Influência do teor de finos (partículas < 0,075 mm) da mistura seca na plasticidade
das argamassas (LUHERTA VARGAS; MONTEVERDE COMBA, 1984 apud CINCOTTO,
SILVA, CARASEK, 1995).

Existem vários testes para avaliar a


consistência das argamassas, como é o
caso do método de penetração do cone
(Figura 6) que mede principalmente a
tensão de escoamento, este ensaio é
normalizado nos Estados Unidos pela
ASTM C 780 (ASTM, 1996).

Figura 6 – Avaliação em obra da


consistência de argamassas pelo método
do cone.

A Figura 7 apresenta correlações encontradas entre a consistência pela penetração do cone e


a relação água/materiais secos para um tipo de argamassa industrializada de múltiplo uso,
mostrando a sua sensibilidade a diferentes consistências da argamassa. Cada ponto no gráfico
representa a média de três determinações e os diferentes valores para uma mesma relação
água/materiais secos foram obtidos com tempos de mistura diferentes da massa no misturador
(1,5 min, 2,5 min e 3,5 min).
Cabe salientar-se, no entanto, que esses métodos discutidos não avaliam ou servem para
definir completamente a trabalhabilidade, ou seja, podem-se ter duas argamassas com
resultados iguais de consistência, uma pode ser muito boa do ponto de vista da
trabalhabilidade, e a outra chegar ao ponto de não ser aplicável.

Figura 7 – Correlações encontradas entre a consistência pela penetração do cone e a relação


água/materiais secos para uma argamassa industrializa (CASCUDO; CARASEK, CARVALHO,
2005).

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Uma proposta mais recente e mais diversas situações reais de aplicação das
completa que surge no campo de avaliação argamassas, identificando com clareza os
da trabalhabilidade das argamassas é o parâmetros reológicos (tensão de
método do Squeeze-Flow (Figura 8). Este escoamento e viscosidade). No entanto,
método baseia-se na medida do esforço como limitação, tem-se a necessidade de
necessário para a compressão uniaxial de um equipamento relativamente caro, além
uma amostra cilíndrica do material entre de se restringir ao uso em laboratório.
duas placas paralelas, sendo tal esforço
empreendido normalmente por uma
máquina universal de ensaios. O ensaio
permite a variação da taxa de cisalhamento
e também da magnitude das deformações,
sendo, portanto, capaz de detectar
pequenas alterações nas características
reológicas dos materiais e, ao contrário dos
ensaios tradicionais, fornece não apenas
um valor medido, mas um perfil do
comportamento reológico de acordo com Figura 8 – Realização do ensaio Squeeze-
as solicitações impostas (CARDOSO, Flow (CONSITRA, 2005).
PILEGGI, JOHN, 2005). O método tem
como vantagem possibilitar a simulação de

Um resumo de outros métodos de teste que se propõe a avaliar a trabalhabilidade das


argamassas de uma forma mais ampla são apresentados no Quadro 8.

Parâmetro reológico
Propriedade
Método Norma Esquema que controla o
avaliada
fenômeno*

Mesa
Consistência
de NBR 7215
e Viscosidade*
consistência NBR 13276
plasticidade
(flow table)

Penetração
ASTM Tensão de
do Consistência
C 780 escoamento*
cone

BS 1377 e
ASTM D Tensão de
Vane teste Consistência
4648 escoamento*
(solos)

Consistência, Tensão de
Gtec teste --- plasticidade e escoamento e
coesão viscosidade

Quadro 8 - Métodos empregados para avaliar a consistência e a plasticidade de argamassas.

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* Classificados de acordo com Bauer (2005).

1.2. Retenção de água

Definição: Retenção de água é uma propriedade que está associada à capacidade da


argamassa fresca manter a sua trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam
perda de água de amassamento, seja por evaporação seja pela absorção de água da base.
Assim, essa propriedade torna-se mais importante quando a argamassa é aplicada sobre
substratos com alta sucção de água ou as condições climáticas estão mais desfavoráveis (alta
temperatura, baixa umidade relativa e ventos fortes).
Esta propriedade além de interferir no comportamento da argamassa no estado fresco (como
no processo de acabamento e na retração plástica), também afeta as propriedades da
argamassa endurecida (aderência, resistência mecânica final e durabilidade do material
aplicado).

Figura 9 – Ensaio de retenção de Figura 10 – Variação da retenção de água para diferentes


consistência pelo método ABNT NBR argamassas.
13277:2005 (figura adaptada de
Gallegos, 1989).

1.3. Densidade de massa

Quanto mais leve for a argamassa, mais trabalhável será em longo prazo, o que reduz o
esforço do operário na sua aplicação, resultando em um aumento de produtividade ao final da
jornada de trabalho.
A densidade de massa das argamassas, ou massa específica, varia com o teor de ar
incorporado e com a massa específica dos materiais constituintes da argamassa,
principalmente do agregado. O Quadro 9 apresenta uma classificação das argamassas quanto
à densidade.

Densidade de massa Principais agregados


Argamassa Usos/observações
A (g/cm3) empregados
Vermiculita, perlita, argila Isolamento térmico e
Leve < 1,40
expandida acústico
Areia de rio (quartzo) e Aplicações
Normal 2,30 < A < 1,40
calcário britado convencionais
Pesada > 2,30 Barita (sulfato de bário) Blindagem de radiação
Quadro 9 – Classificação das argamassas quanto à densidade de massa no estado fresco.

1.4. Adesão inicial

Definição: A adesão inicial, também denominada de “pegajosidade”, é a capacidade de união


inicial da argamassa no estado fresco a uma base.
Ela está diretamente relacionada com a tensão superficial. Esse fenômeno propicia um maior
contato físico da pasta com os grãos de agregado e também com a base, melhorando, assim, a
adesão.
A tensão superficial da pasta ou argamassa pode ser modificada pela alteração de sua
composição, sendo ela função inversa do teor de cimento. A adição de cal à argamassa de

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cimento, aditivos incorporadores de ar e retentores de água podem diminuir a tensão


superficial, como pode ser visto no quadro 10.
Soluções Tensão superficial (dina/cm)
Água destilada 71,1
Água destilada + cal 66,9
Água destilada + cimento 66,7
Água destilada + cal + cimento 42,2
Água + aditivo incorporador de ar 39,5
Quadro 10 – Tensão superficial medida para diferentes soluções, sendo as medidas realizadas
a uma temperatura de 22ºC em um tensiômetro de Nouy (CARASEK, 1996).

2. Retração

Definição: A retração é resultado de um mecanismo complexo, associado com a variação de


volume da pasta aglomerante e apresenta papel fundamental no desempenho das argamassas
aplicadas, especialmente quanto à estanqueidade e à durabilidade.
Parte dessa retração é consequência das reações de hidratação do cimento, mas a parcela
principal é devida à secagem. A retração inicia no estado fresco e prossegue após o
endurecimento do material.
Se a secagem é lenta, a argamassa tem tempo suficiente para atingir uma resistência à tração
necessária para suportar as tensões internas que surgem. Mas quando o clima está quente,
seco e com ventos fortes, acelerando a evaporação, a perda de água gera fissuras de retração.
Efeito semelhante é observado quando a argamassa é aplicada sobre uma base muito
absorvente (JOISEL, 1981). Também no caso de revestimentos, quanto maior a espessura,
maior a retração esperada.
Quando retrai, a argamassa da junta de assentamento de alvenaria pode chegar a desprender-
se da superfície com a qual tenha a menor aderência diminuindo a resistência da parede e
constituindo-se em um caminho para a entrada da água da chuva.
A granulometria da areia determina o volume de vazios a ser preenchido pela pasta
aglomerante. Quanto mais elevado for esse volume, maior o teor de pasta necessário,
elevando-se o potencial de retração da argamassa. A Figura 11 ilustra a classificação das
areias quanto a distribuição granulométrica, associando-as ao volume de vazios. O Quadro 11
apresenta resultados experimentais de medida de retração de argamassas preparadas com
diferentes areias.

Figura 11 – Classificação das areias quanto à distribuição granulométrica e sua influência na


retração plástica.

Tipo de areia Retração (%)


Areia normalizada (BS 1200) – Média com distribuição contínua 0,04
Fina com distribuição contínua 0,07
Grossa com distribuição descontínua 0,08
Fina com distribuição descontínua 0,11
Quadro 11 – Influência da areia na retração da argamassa (RAGSDALE, RAYNHAM, 1972
apud CINCOTTO, SILVA, CARASEK, 1995).

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A retração plástica é influenciada também pelo teor de materiais pulverulentos1. De uma forma
geral, quanto maior o teor de finos, maior a retração, os grãos que possuem dimensões
inferiores a 0,005 mm, chamados de argila, de alto poder plastificante, devido à sua alta
superfície específica e à sua natureza, para uma trabalhabilidade adequada, requerem maior
quantidade de água de amassamento, gerando maior retração e fissuração, o que compromete
a durabilidade dos revestimentos. Além disso, por exigirem mais água, podem interferir no
endurecimento da argamassa e levar a uma redução da resistência mecânica do revestimento,
devido à alta relação água/aglomerante. Exceção ocorre quando os finos são de origem da
britagem de calcário, que levam a uma redução de água, o que resulta em uma menor retração
pela secagem da argamassa (Figura 12).

Figura 12
(a) Gráfico mostrando a relação água/cimento necessária para obtenção de uma consistência
plástica e trabalhável para argamassas de revestimento preparadas com finos de diferentes
naturezas: argila – saibro; silicosos – micaxisto e granulito; e calcário, com um traço de
referência 1:1:6 (cimento:cal:areia, em volume, fazendo as substituições de parte da areia
pelos finos (ANGELIM, ANGELIM, CARASEK, 2003).
(b) Valores de retração após 12 semanas de secagem, para as argamassas com teores
máximos de finos (ANGELIM, ANGELIM, CARASEK, 2003).

O Quadro 12 apresenta dados de Fiorito (1994), com medida da retração livre em barras
prismáticas, tanto para uma pasta como para uma argamassa. Nesse quadro pode-se observar
que a retração das argamassas é menos da metade da medida na pasta e, principalmente, que
a retração aos sete dias, por secagem ao ar, já é da ordem de 60% a 80% do seu valor aos 28
dias. Daí vem a recomendação nos procedimentos para a execução de revestimentos em
argamassa, quando estes servirão de base para outras camadas de argamassa ou
revestimentos colados (por exemplo, emboço ou contrapiso que receberá revestimento
cerâmico aplicado com argamassa colante), de se aguardarem no mínimo 7 dias para a
execução das camadas ou serviços subsequentes, sendo mais prudente aguardar ao menos
14 dias quando a maior parcela de retração já ocorreu. Com isso, garante-se a estabilidade
dimensional das camadas de argamassa utilizadas como base.

Retração Retração aos 7 dias


Relação
Material aos 28 dias % aos 28
a/agl. %º
(%º) dias
Argamassa 1:0:3 0,47 0,607 0,396 65%
cimento:cal:areia 1:0:5 0,64 0,649 0,379 58%
(volume) 1:3:12 0,88 0,642 0,489 76%
Pasta de cimento 0,30 1,416 1,018 72%
Quadro 12 – Retração de algumas argamassas e uma pasta, aos 7 e 28 dias (adaptado de
FIORITO, 1994).

1
grãos com tamanho inferior a 0,075 mm

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3. Aderência

O termo aderência é usado para descrever a resistência e a extensão do contato entre a


argamassa e uma base. Assim, não se pode falar em aderência de uma argamassa sem
especificar em que material ela está aplicada, pois a aderência é uma propriedade que
depende da interação dos dois materiais.
Didaticamente, pode-se dizer que a aderência deriva da conjunção de três propriedades da
interface argamassa-substrato:
● a resistência de aderência à tração;
● a resistência de aderência ao cisalhamento;
● a extensão de aderência (razão entre a área de contato efetivo e cca área total possível de
ser unida).
A Figura 14 reúne os principais fatores que exercem influência na aderência.

ARGAMASSA reologia, adesão inicial,


retenção de água, etc.

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS ADERÊNCIA SUBSTRATO

temperatura, Sucção de água,


UR e vento rugosidade,
EXECUÇÃO porosidade, etc.

Energia de impacto (aplicação manual / projeção mecanizada;


ergonomia), limpeza e preparo da base, cura, etc.

Figura 14 – Fatores que exercem influência na aderência de argamassas sobre bases porosas.

Medida da resistência de aderência - NBR 13528 (ABNT, 1995)

1) Corte do revestimento
perpendicularmente ao seu plano –
delimitação do corpo- de-prova (CP). A
norma atual permite o emprego de CPs
circulares (de 5 cm de diâmetro) e
quadrados (de 10 cm de lado).

Importante: garantir o corte de toda a


camada de revestimento, atingindo o
substrato.

2) Colagem de um dispositivo para acoplar


o equipamento de tração (pastilha).

Importante: colar a pastilha no centro do


CP delimitado pelo corte para evitar a
aplicação do esforço de tração excêntrico.

3) Acoplamento do equipamento de tração


e execução de esforço de tração até a
ruptura. Obs.: existem vários
equipamentos para essa finalidade.
Importante: verificar a calibração do
equipamento; garantir a correta velocidade
de carregamento e garantir a perfeita
perpendicularidade entre o esforço
exercido pelo equipamento e o
revestimento.

Obs.: Material de apoio complementar, não substitui a bibliografia básica. Página 12 de 16


MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

4) Cálculo da resistência de aderência. 𝐹


Obs. a NBR 13749 estabelece parâmetros
𝑅𝑎 = , 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎
𝐴
para a avaliação desta propriedade (ver F = carga de ruptura;
Quadro) A = área do corpo de prova

5) Análise da superfície de ruptura após o


arrancamento (Figura 16), anotando o
percentual de cada tipo de ruptura.

Quadro 13 – Etapas da realização do ensaio de determinação da resistência de aderência à


tração de revestimentos de argamassa, segundo a NBR 13528 (ABNT,1995).

Medida da resistência de aderência

Um aspecto que deve ser observado quando da realização do teste de arrancamento é que tão
importante quanto os valores de resistência de aderência obtidos é a analise do tipo de ruptura.
Quando a ruptura é do tipo coesiva, ocorrendo no interior da argamassa ou da base (tipos B e
C, da Figura 16), os valores são menos preocupantes, ao menos que sejam muito baixos. Por
outro lado, quando a ruptura é do tipo adesiva (tipo A), ou seja, ocorre na interface
argamassa/substrato, os valores devem ser mais elevados, pois existe um maior potencial para
a patologia. A ruptura do tipo D significa que a porção mais fraca é a camada superficial do
revestimento de argamassa e quando os valores obtidos são baixos indica resistência
superficial inadequada (pulverulência). A ruptura do tipo E é um defeito de colagem, devendo
este ponto de ensaio ser desprezado.

Figura 16 – Tipos de ruptura no ensaio de resistência de aderência à tração de revestimentos


de argamassa, considerando o revestimento aplicado diretamente ao substrato (sem chapisco).

Dosagem
Traço em volume
Tipo de argamassa Referências
cimento cal areia
Revestimento NBR 7200
1 2 9 a 11
de paredes interno e de fachada (ABNT, 1982)*
Alvenaria
em contato 1 0–¼
com o solo
2,25 a 3 x
Assentamento Alv. sujeita a
1 ½ (volumes de ASTM
de alvenaria esforços de flexão
cimento + cal) C 270
estrutural Uso geral, sem
1 1
contato com solo
Uso restrito,
1 2
interno/baixa resist.
Quadro 14 – Traços recomendados por algumas entidades normalizadoras.
*Norma antiga: a versão atual (1998) não apresenta proposições de traços de argamassa

Obs.: Material de apoio complementar, não substitui a bibliografia básica. Página 13 de 16


MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

Uma vez determinado o traço em massa da argamassa, com base em algum método de
dosagem, pode-se calcular o consumo de materiais, empregando as equações apresentadas a
seguir.
Traço 1 : p : q : a/c (em massa)
Onde:
𝛾𝑎𝑟𝑔
𝐶𝑐 =
1 + 𝑝 + 𝑞 + 𝑎⁄𝑐 p = traço da cal (ou outro plastificante)
q = traço do agregado
a/c = relação água/ cimento
𝐶𝑝 = 𝐶𝑐 ×𝑝 Cc = consumo de cimento
Cp = consumo de cal
𝐶𝑞 = 𝐶𝑐 ×𝑞 Cq = consumo de areia
arg = massa específica da argamassa

Preparo das argamassas

A dosagem em laboratório é feita em massa, e geralmente em obra os materiais constituintes


da argamassa serão medidos em volume. A esse respeito, a NBR 7200 (ABNT, 1998), norma
brasileira de procedimento de execução de revestimentos de argamassa, prevê que a
composição da argamassa deve ser estabelecida pelo projetista ou construtor, com traço
expresso em massa. Cabe ao construtor a conversão do traço em massa para volume, que
pode ser feita empregando a equação apresentada a seguir.

𝑝. δc (𝑉ℎ ⁄𝑉𝑜 ). 𝑞. δc
1∶ ∶
δp δp

Onde:

p = traço da cal (ou outro plastificante), em massa


q = traço do agregado, em massa
δc = massa unitária do cimento, em kg/m 3
δp = massa unitária da cal, em kg/m3
δq = massa unitária do agregado, em kg/m3

Um aspecto que deve ser observado no preparo das argamassas é o tempo de mistura. Esse
tempo deve ser definido em função do tipo e volume de equipamento empregado, betoneira ou
argamassadeira, e da quantidade de material misturado, garantindo a perfeita homogeneização
da massa. No caso das argamassas que contêm aditivo incorporador, deve-se observar
também o tempo máximo de mistura, pois, em algumas situações, caso o tempo seja elevado,
poderá ocorrer uma incorporação de ar exagerada, o que pode ser prejudicial para o
desempenho da argamassa aplicada.

Obs.: Material de apoio complementar, não substitui a bibliografia básica. Página 14 de 16


MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

Normalização

A seguir, nos Quadros 17 e 18, estão resumidas as normas brasileiras da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) relacionadas ao tema deste capítulo, agrupadas por tipo de
argamassa.

Tipo Número Ano Título


Blocos de concreto celular autoclavado – Execução de alvenaria
NBR14956-1 2003 sem função estrutural – Parte 1: Procedimento com argamassa
colante industrializada
Bloco de concreto celular autoclavado – Execução de alvenaria
A
NBR14956-2 2003 sem função estrutural – Parte 2: Procedimento com argamassa
L
convencional
V
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos
E
NBR 15259 2005 – Determinação da absorção de água por capilaridade e do
N
coeficiente de capilaridade
A
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos
R
NBR 15261 2005 – Determinação da variação dimensional (retração ou expansão
I
linear)
A
Argamassas endurecidas para alvenaria estrutural – Retração por
NBR 8490 1984
secagem
Argamassa de assentamento para alvenaria de bloco de concreto
NBR 9287 1986
– Determinação da retenção de água
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos
NBR 13276 2005
– Preparo da mistura e determinação do índice de consistência
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos
NBR 13277 2005
– Determinação da retenção de água
R Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos
E NBR 13278 2005 – Determinação da densidade de massa e do teor de ar
V incorporado
E Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos
S NBR 13279 2005
– Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão
T
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos
NBR 13280 2005 – Determinação da densidade de massa aparente no estado
D
endurecido
E
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos
NBR 13281 2005
– Requisitos
A
Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
R NBR 13528 1995
Determinação da resistência de aderência à tração
G
A Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
NBR 13529 1995
M Terminologia
A Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
NBR 13530 1995
S Classificação
S Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
NBR 13749 1996
A Especificação
Argamassa para revestimento de paredes e tetos – Determinação
NBR 15258 2005
da resistência potencial de aderência atração
Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas
NBR 7200 1998
inorgânicas – Procedimento
Quadro 17 – Normas brasileiras relacionadas com argamassas (alvenaria e revestimentos de
argamassa).

Obs.: Material de apoio complementar, não substitui a bibliografia básica. Página 15 de 16


MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II

Tipo Número Ano Título


NBR Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e
1996
13753 com utilização de argamassa colante – Procedimento
NBR Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com
1996
R 13754 utilização de argamassa colante – Procedimento
E NBR Revestimento de paredes externas e fachadas com placas
1996
V 13755 cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento
E NBR Argamassa colante industrializada para assentamento de placas
2004
S 14081 cerâmicas – Requisitos
T Argamassa colante industrializada para assentamento de placas
NBR
. 2004 cerâmicas – Execução do substrato-padrão e aplicação de
14082
C argamassa para ensaios
E NBR Argamassa colante industrializada para assentamento de placas
2004
R 14083 cerâmicas – Determinação do tempo em aberto
 NBR Argamassa colante industrializada para assentamento de placas
2004
M 14084 cerâmicas – Determinação da resistência de aderência à tração
I NBR Argamassa colante industrializada para assentamento de placas
2004
C 14085 cerâmicas – Determinação do deslizamento
O NBR Argamassa colante industrializada para assentamento de placas
2004
14086 cerâmicas – Determinação da densidade de massa aparente
NBR A. R. - Argamassa à base de cimento Portland para rejuntamento de
2003
14992 placas cerâmicas – Requisitos e métodos de ensaios
NBR
1990 Aditivos para argamassa e concretos - Ensaios de uniformidade
10908
NBR Concreto fresco – Determinação do teor de ar aprisionado pelo
1990
11686 método pressométrico – Método de ensaio
Cimento Portland – Determinação da variação dimensional de
NBR
1996 barras de argamassa de cimento Portland expostas à solução de
13583
sulfato de sódio
NBR Argamassa e concreto – Determinação da resistência à tração por
1994
7222 compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos
NBR Cal hidratada para argamassas – Determinação de retenção de
1996
O 9290 água
U NBR Argamassa e concreto – Câmaras úmidas e tanques para cura de
2006
T 9479 corpos-de-prova
R NBR Argamassa e concreto endurecidos – Determinação da absorção de
2005
O 9778 água, indice de vazios e massa específica
S NBR Argamassa e concreto endurecidos – Determinação da absorção de
1995
9779 água por capilaridade
NBR
1991 Cimento Portland – Determinação da resistência à compressão
7215
NBR Concreto e argamassa – Determinação dos tempos de pega por
2003
NM 9 meio de resistência à penetração
Argamassa e concreto – Água para amassamento e cura de
NM 137 1997
argamassa e concreto de cimento Portland
NM 34 1994 Aditivos para argamassa e concreto – Ensaios de uniformidade
Concreto e argamassa – Determinação dos tempos de pega por
NM 9 2002
meio de resistência à penetração
Quadro 18 – Normas brasileiras relacionadas com argamassas (revestimento cerâmico e
outras).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ISAIA, G. C. (Editor). Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de


materiais. Vol. 2. São Paulo: IBRACON, 2007. Páginas 863 a 874.

CAMACHO, J.S. Projeto de Edificios de Alvenaria Estrutural, Núcleo de Ensino e Pesquisa da


Alvenaria Estrutural – NEPAE, Unesp, 2006.

Obs.: Material de apoio complementar, não substitui a bibliografia básica. Página 16 de 16

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