Mapa - Avaliação Nutricional

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MAPA – Material de Avaliação Prática da Aprendizagem

Acadêmico: Rayane Neves Chioato R.A. 22292073-5

Curso: Nutrição

Disciplina: Avaliação Nutricional

Valor da atividade: 3,0 Prazo: 22/09

Instruções para Realização da Atividade


1. Todos os campos acima deverão ser devidamente preenchidos;
2. É obrigatória a utilização deste formulário para a realização do MAPA;
3. Esta é uma atividade individual. Caso identificado cópia de colegas, o trabalho de ambos
sofrerá decréscimo de nota;
4. Utilizando este formulário, realize sua atividade, salve em seu computador, renomeie e
envie em forma de anexo no ambiente Studeo (M.A.P.A);
5. Formatação exigida para esta atividade: documento Word ou pdf, Fonte Arial ou Times
New Roman tamanho 12, Espaçamento entre linhas 1,5, texto justificado;
6. Ao utilizar quaisquer materiais de pesquisa referencie conforme as normas da ABNT
(Existe um material sobre referências e citações conforme a ABNT disponível em:
Arquivos Gerais no ambiente Studeo)
7. Nos Comunicados do ambiente virtual da disciplina e na Sala do café você encontrará
orientações importantes para elaboração desta atividade, além de um vídeo explicativo
realizado pelos professores. Confira!
8. Critérios de avaliação: Utilização do template; Atendimento ao Tema; Constituição dos
argumentos e organização das Ideias; Correção Gramatical e atendimento às normas
ABNT.
9. Procure argumentar de forma clara e objetiva, de acordo com o conteúdo da disciplina.
10. As escritas em vermelho podem ser apagadas, dando lugar as respostas do Mapa.
11. O formato da atividade a ser enviada pode ser em pdf ou docx.

Em caso de dúvidas, entre em contato com seu Professor Mediador.

Bons estudos!
O consumo alimentar de gestantes pode interferir no seu estado nutricional, na sua saúde
e na de seus bebês, sendo, portanto, um fator decisivo para o curso gestacional. Sendo
assim, as práticas alimentares no período gestacional exercem papel relevante sobre o
estado nutricional e ganho de peso das gestantes.

PIRES, Isadora Garcia; GONÇALVES, Danielle Raquel. Consumo alimentar e ganho de peso de
gestantes assistidas em unidades básicas de saúde. Brazilian Journal of Health Review, v. 4,
n. 1, p. 128-146, 2021.

Tem-se observado, nos últimos anos, o aumento da participação de alimentos ultra processados
na dieta da população brasileira. São produtos que tipicamente contêm grandes quantidades de
gordura, açúcar ou sal e baixas quantidades de fibras, proteínas, micronutrientes e outros
compostos bioativos, além disso, tendem a substituir refeições baseadas em alimentos in
natura ou minimamente processados. Essas características fazem com que tenham alta
densidade energética, grande quantidade de aditivos químicos, incluindo substâncias que
promovem efeito de hiperpalatabilidade. Evidências associam esses alimentos ao ganho
excessivo de peso e ao aumento da frequência de doenças crônicas não transmissíveis.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da


Saúde, 2014.

Estudo no Brasil identificou uma tendência de aumento na aquisição de alimentos


ultraprocessados pelos domicílios brasileiros, entre 2002-2003 e 2008-2009, passando de 20,8%
para 25,4% do total calórico adquirido; simultaneamente, houve declínio da aquisição do conjunto
de alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários, de 41,8% para
40,2%, no mesmo período. A mesma tendência é observada nas regiões metropolitanas
brasileiras desde a década de 1980 (redução de 44% para 38,9% na aquisição de alimentos in
natura e minimamente processados; aumento de 18,7% para 29,6% entre ultraprocessados).

MARTINS, Ana Paula Bortoletto et al. Participação crescente de produtos ultraprocessados na


dieta brasileira (1987-2009). Revista de Saúde Pública, v. 47, p. 656-665, 2013.

Imagine que você é um Nutricionista que trabalha em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e
atendeu uma gestante, idade= 33 anos. Apresenta idade gestacional de 11 semanas, altura de
1,58 m, peso pré-gestacional de 60 kg, peso atual de 61,5 kg. Relata na consulta estar
apresentado muito cansaço, falta de energia, fraqueza muscular, palidez nas mucosas e
diminuição do apetite, além de náuseas e intestino preso. Você realizou as avaliações
antropométrica, clínica e bioquímica, e os exames indicaram hemoglobina de 10 g/dl, ferritina de
14 mg/ml e VCM e HCM diminuídos. Refere ser secretária em um consultório médico, ficar o dia
todo sentada e ser sedentária, encaminhada pela ginecologista para avaliação nutricional. A
médica da UBS confirmou o diagnóstico de anemia ferropriva. Diante do caso, a médica realizou
algumas orientações a paciente e a encaminhou para você, Nutricionista, para realizar diagnóstico
nutricional já que a paciente apresentava uma alimentação inadequada rica em alimentos
industrializados, consumo de café com frequência, baixo consumo de verduras, legumes e frutas
e água, sendo três refeições ao dia: almoço fora do domicilio em restaurantes por peso ou
lanchonete diariamente; café da manhã e jantar no domicílio, refeições em que predominam
sanduíches e alimentos pré-prontos e congelados industrializados e de acordo com a paciente
apresenta hábito intestinal (tipo 1) na escala de Bristol e hábito urinário (tipo entre 3 e 4).

Com base nos conhecimentos e estudos adquiridos no decorrer da Disciplina de Avaliação


Nutricional, qual método usará para conhecer o hábito alimentar da paciente? De acordo com os
dados antropométricos da paciente o que é possível verificar de risco? Lembrando que para o
diagnóstico nutricional é necessária uma avalição detalhada.

Neste cenário, é fundamental que o nutricionista tenha em mente a importância de uma anamnese
nutricional detalhada para conhecer os hábitos alimentares da paciente, a rotina diária, estilo de
vida. Neste aspecto, é essencial que o estudante de nutrição entenda que a alimentação, assim
como comportamento do indivíduo, o qual pode ser modificável, pode ajudar a reduzir o risco de
complicações maternas e para a criança e assim favorecer um desfecho obstétrico favorável ao
binômio mãe e filho.

Com todas as informações expostas acima, é hora de agir! Pensando que você é o Nutricionista
da UBS comentada acima, imagine que a paciente encaminhada pela médica está em sua sala
para realizar a primeira consulta. Diante do diagnóstico recente, a mesmo apresenta muitas
dúvidas a respeito de hábitos alimentares saudáveis para controle das patologias apresentadas,
bem como ter um ganho de peso saudável na gestação.

Para esta atividade você deverá realizar a leitura das Unidades 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Com este objetivo, você deverá analisar, pesquisar e responder cada item apresentado a
seguir, com a finalidade de fazer um diagnóstico nutricional a partir das informações
obtidas na anamnese nutricional, utilize os conhecimentos adquiridos através da leitura do
livro da disciplina e reprodução das aulas conceituais e ao vivo. Apresente as respostas
de forma sequencial nos locais indicados em seu formulário padrão da atividade mapa:
A) APRESENTE o diagnóstico nutricional da paciente a partir do IMC pré-gestacional e a
classificação do estado nutricional. CITE qual a faixa de ganho de peso total recomendada a partir
do estado nutricional inicial apresentando pela gestante.

B) DESCREVA o diagnóstico nutricional atual da paciente a partir do IMC atual de acordo com a
semana gestacional e a classificação do estado nutricional.

C) APONTE o(s) método (s) que você usaria para conhecer o hábito alimentar da paciente,
EXPLIQUE o porquê de tal escolha e a importância destes métodos.

D) APONTE e ANALISE qual a sua avaliação quanto ao hábito urinário e intestinal da paciente.

E) DESCREVA quais as principais modificações metabólicas que acontecem na gestação.

F) APRESENTE 5 orientações nutricionais que você poderia fornecer a gestante diante dos
sintomas identificados e expostos acima.
(Para auxilia-lo na resolução desta pergunta indicamos o seguinte material para consulta:
Protocolo de uso do Guia Alimentar para a população brasileira na orientação alimentar da
gestante.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/protocolo_guia_alimentar_fasciculo3.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Fascículo 3 Protocolos de uso do Guia Alimentar para a


população brasileira na orientação alimentar de gestantes [recurso eletrônico] / Ministério da
Saúde, Universidade de São Paulo. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021.

Não se esqueça de responder utilizando o formulário padrão para realização do MAPA


disponível em > Material da Disciplina.

CAMPO DE RESPOSTAS DO MAPA:


A. No caso da paciente, com um IMC pré-gestacional de 24,05kg/m², ela se
enquadra na faixa de eutrofia (peso adequado) antes da gestação, com uma faixa
de ganho de peso total recomendada durante a gestação de aproximadamente
11,5kg a 16 kg.
O diagnóstico nutricional da paciente pode ser feito a partir do cálculo do Índice de
Massa Corporal, calculado dividindo-se o peso pré-gestacional (em kg)
pela altura ao quadrado (em metros).

No caso da paciente, o peso pré-gestacional era de 60kg e a altura é de 1,58m.

IMC pré-gestacional = Peso pré-gestacional (kg) / (Altura (m))²

IMC pré-gestacional = 60kg / (1,58m)²

IMC pré-gestacional = 24,05 kg/m²


B. O diagnóstico nutricional atual da paciente pode ser feito a partir do IMC atual,
levando em consideração a semana gestacional, que no caso da paciente, que está
com 11 semanas de gestação, o IMC de 24,67 Kg/m² ainda é adequado.
Diagnóstico Nutricional Atual da Paciente:

O IMC atual é calculado dividindo o peso atual pela altura ao quadrado:

IMC atual = 61.5 kg / (1.58 m * 1.58 m) = 24.67 kg/m²

Segundo a organização mundial de saúde, o IMC da gestante que na décima


primeira semana ficar em torno de 20,4 até 25,3 kg/m² é classificado como
adequado.

C. Aplicar métodos para obter informações detalhadas sobre os hábitos alimentares


da paciente, incluindo a rotina diária, preferências, restrições alimentares, horários
das refeições, são fundamentais para uma avaliação nutricional completa e para
elaborar um plano alimentar adequado às necessidades da paciente.
Quais são métodos de avaliação nutricional?
Para conhecer o hábito alimentar desta gestante ou qualquer outro paciente, indica-
se:
1. Recordatório alimentar: Consiste em solicitar que a paciente relate
detalhadamente tudo o que consumiu em um período de tempo específico (por
exemplo, 24 horas), permitindo avaliar a quantidade, a frequência e a qualidade dos
alimentos ingeridos.
2. Questionário de frequência alimentar: É um instrumento que contém uma lista de
alimentos com opções de frequência de consumo (por exemplo, diariamente,
semanalmente, mensalmente), marcando a frequência com que consome cada
alimento, fornecendo uma visão geral dos seus hábitos alimentares.
Importância dos Métodos:

Esses métodos são importantes para identificar padrões alimentares, deficiências


nutricionais e hábitos que possam estar contribuindo para a anemia e outros
sintomas relatados pela paciente.
D.
Com base na descrição fornecida, é possível avaliar os hábitos urinário como
levemente desidratada e intestinal com sinal de constipação severa.
Escalas para avaliação de urina e fezes (Bristol)
A urina é produzida pelos rins, filtrando o sangue e eliminando substâncias
desnecessárias e subprodutos metabólicos, cuja composição é principalmente por
água (95%) e contém ureia, toxinas, minerais e outras substâncias (5%).
No entanto, a composição e a cor da urina podem ser afetadas pela ingestão de
certos alimentos, medicamentos ou problemas de saúde, sendo na escala as cores
ideais as claras que equivalem ao número 1 e 2.
No que tange os hábitos intestinais, a escala de Bristol, foi desenvolvida por
pesquisadores da Universidade de Bristol, sendo uma tabela gráfica que classifica
os resíduos fecais em sete grupos, determinando se o funcionamento intestinal é
normal ou anormal, e pode auxiliar no diagnóstico de várias condições.
As fezes fornecem informações importantes sobre a saúde do intestino, como
formato, cor e regularidade, e podem indicar a necessidade de buscar atendimento
médico.
A gestante relata apresentar um hábito intestinal classificado como tipo 1 na escala
de Bristol, o que indica fezes muito duras (tipo 1), em forma de pequenas bolinhas
duras, o que pode sugerir constipação ou intestino preso, ou até, o que é compatível
com a cor da urina, a ingestão de poucos líquidos, que ajuda diretamente no trânsito
intestinal.

E.
Durante a gestação, ocorrem várias modificações metabólicas no organismo da
mulher para garantir o desenvolvimento adequado do feto, sendo algumas das
principais o aumento das necessidades energéticas, das necessidades de
vitaminas e minerais, alterações nos níveis hormonais e aumento da
absorção/reservas de nutrientes essenciais. O gasto energético basal aumenta,
assim como a necessidade de vitaminas e minerais, especialmente o ferro.
F. Com base nos sintomas como cansaço, falta de energia, fraqueza muscular,
palidez nas mucosas, diminuição do apetite, náuseas e intestino preso, pode-se
orientar nutricionalmente a paciente a comer alimentos mais naturais, legumes,
verduras, principalmente os folhosos escuros que são ricos em proteínas e ferro,
aumentar ingesta hídrica.
Orientações nutricionais:
A anemia ferropriva é comum durante a gestação, portanto, é importante aumentar
a ingestão de alimentos como carnes vermelhas magras, aves, peixes, leguminosas
(feijão, lentilha, grão de bico), vegetais verde-escuros e cereais integrais.
Para auxiliar na absorção do ferro, é importante que concomitantemente, a paciente
ingira vitamina C principalmente cuja fonte seja alimentos de origem vegetal, como
frutas cítricas, laranja, limão e acerola, kiwi e morango, junto com as refeições.
Para combater a constipação, é importante aumentar a ingestão de alimentos ricos
em fibras, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, grãos integrais e
leguminosas. Também é importante beber água em quantidade adequada para
auxiliar no funcionamento intestinal.
Vale também incentivar a gestante a optar por refeições caseiras e evitar o consumo
excessivo de alimentos industrializados, que costumam ser pobres em nutrientes e
ricos em aditivos e conservantes.
Por fim, orienta-se a paciente a fazer três refeições principais (café da manhã,
almoço e jantar) e incluir lanches saudáveis entre as refeições principais para
garantir um aporte adequado de nutrientes ao longo do dia.
Essas orientações nutricionais visam melhorar a saúde e a energia da gestante,
bem como combater a anemia e outros sintomas relacionados à alimentação
inadequada. O acompanhamento nutricional é essencial durante toda a gestação
para garantir uma alimentação saudável para a mãe e o desenvolvimento adequado
do bebê.

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