Apostila Yoganatomia 2022
Apostila Yoganatomia 2022
Apostila Yoganatomia 2022
Alessandra Bertinatto
ANATOMIA I - A ESTRUTURA DO CORPO
1. Introdução 1
2. Roteiro 3
3. Introdução ao Capítulo 4
4. Primeira Parte - Anatomia 4
5. Sistema Musculoesquelético 5
6. Ossos 5
7. Crânio 6
8. Face 7
9. Coluna Vertebral 8
10. Tórax 9
11. Cintura Escapular 11
12. Membro Superior 12
13. Pelve 12
14. Membro inferior 13
15. Ligamentos 14
16. Articulações 15
17. Movimentos Articulares 17
INTRODUÇÃO
Apesar de o Yoga ser uma ciência embasada por uma filosofia única quando
se aborda o tema evolução humana, e ter como objetivo final a libertação dos
condicionamentos humanos, sua prática, principalmente no ocidente, se inicia
através da prática física. O praticante chega cheio de bloqueios físicos e mentais
e terá que aprender a reconhecer-se. Num primeiro contato esse reconhecimento
se dará através do contato com seu próprio corpo. A partir do momento que o
indivíduo se percebe como corpo, passa a perceber que tem controle sobre sua
mente e a partir daí é êxito.
O ser humano moderno encontra-se repleto de compensações. O resultado de
tanto trabalho e pouco descanso ocasiona um corpo rígido, doloroso e doente.
Dessa forma, as dores de coluna e articulações são frequentes devido a essa
sobrecarga e, embora o corpo tenha a capacidade de se auto curar, nos
processos crônico e de pouco repouso, acaba sofrendo e muitas vezes
colapsando. Para dar conta dessa realidade vemos no Yoga a ferramenta ideal e
mais completa. Falando de corpo físico, a prática de Asanas é o caminho mais
direto e quando somado a todos os outros elementos do Yoga, é possível atingir o
objetivo dessa filosofia, a Autorrealização.
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Estável não é rígida e confortável não é relaxada. É aquela equanimidade.
Não tão lá nem tão cá. Biomecanicamente falando é procurar a estabilidade, o
menor gasto energético para se manter posicionado. Na linguagem do Yoga,
encontrar o caminho do meio. Embora os efeitos físicos sejam fantásticos
(alongamento, fortalecimento, massageamento dos órgãos internos, respiração,
etc), não se realiza o Asana apenas com propósitos físicos mas também com
propósitos imateriais (autoconhecimento, expansão da consciência, meditação,
iluminação).
Quanto mais avançamos na prática com disciplina e não-violência, mais
adentramos em nossa verdade interior e podemos ser plenos! E qual é mesmo o
objetivo da prática de Asana? É estar apto a sentar-se para meditar. Não é a
performance na realização de posturas bonitas e acrobáticas. Obviamente
queremos fortalecer o corpo, torná-lo flexível, ter disposição e saúde plena. A
prática de Yoga como um todo nos leva aí. E já que gostamos tanto de praticar os
Asanas e sentimos tanta conexão e bem estar praticando, é importante que
possamos entender o corpo físico e seus mecanismos para maior efetividade e
consciência corporal.
Quando temos uma boa consciência corporal e dos nossos funcionamentos,
podemos facilmente perceber quando começamos a sentir ansiedade ou quando
a testa começou a enrugar de preocupação... e então podemos rapidamente
desfazer esses padrões, respirar e tornar novamente nossa mente equânime. Ok,
requer anos de prática e muita vontade e dedicação.
Por esses motivos, a anatomia, fisiologia, cinesiologia e estudo das patologias
humanas se tornam ferramentas fundamentais para professores de Yoga que irão
receber alunos com as mais diversas disfunções psicofísicas e para praticantes
dedicados que buscam se aperfeiçoar.
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ROTEIRO
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INTRODUÇÃO CAPÍTULO ANATOMIA
O Corpo Humano é uma máquina perfeita, que tem em um nível mais profundo
uma base de sustentação, o esqueleto. Além disso, é composto por pele, músculos,
articulações, órgãos internos, órgãos dos sentidos, vasos, nervos e um
funcionamento intrincado que busca constantemente a homeostase, ou equilíbrio,
ou a harmonia em todas as suas funções.
A seguir, serão apresentadas todas essas estruturas relacionadas ao Sistema
Musculoesquelético. Lembrando, não se atenha em decorar os nomes das
estruturas, mas sim em compreender cada parte e a relação entre elas.
E principalmente, perceba em você, amplie sua consciência corporal enquanto
estiver lendo esse conteúdo. Não é para ser mecânico. É biomecânico, a mecânica
da vida, e isso inclui um ser espiritual que tem uma consciência. Vá se conhecer por
inteiro.
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SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
OSSOS
Composto por 206 ossos, o esqueleto humano apresenta uma cadeia perfeita
de superposição óssea que dá estrutura, forma e proteção para órgãos vitais
(cérebro, medula espinhal, coração, pulmão e órgãos pélvicos). Apresenta
também uma função estática e dinâmica, permitindo diferentes posturas e
movimentos.
Quanto ao seu formato, existem ossos planos, largos, compridos, curtos, com
formato indefinido, entre outros.
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CRÂNIO
EXPERIMENTE NA PRÁTICA:
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FACE
EXPERIMENTE NA PRÁTICA:
Perceba sua face nesse momento. Você está com cara de que? Feliz, bravo,
triste, com medo? Está suave porque acabou de fazer sua prática de Yoga?
Venha comigo nessa vivência. Experimente fazer uma cara de bravo! Contraia a
testa, franza as sobrancelhas e faça um bico. Imagine que aquelas pequenas
articulações vão ser espremidas por músculos responsáveis por esses movimentos.
Vai gerar uma compressão ali, podendo até gerar uma leve dor de cabeça. Agora
observe e perceba seu sentimento. Perceba se você começou a sentir-se bravo.
Mas agora na sequência abra o canto dos lábios em um pequeno sorriso e você irá
sentir seu coração se abrir.
Por isso vivo dizendo que o Yoga é uma benção! Observe que quando você ou
seus alunos chegam na prática estão com uma feição e quando vão embora estão
totalmente renovados.
Fiquemos serenos sempre. A equanimidade se mostra em nossa face.
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COLUNA VERTEBRAL
EXPERIMENTE NA PRÁTICA:
Peça para alguém próximo a você que afaste os pés na largura dos quadris e
que comece a enrolar a coluna para frente e para baixo: Iniciar com o queixo na
garganta, descer gradativamente a cabeça em direção ao tronco até antes de
sentir as pernas se alongarem. Vai ser possível, nessa posição, observar todos os
processos espinhosos da coluna vertebral da pessoa. Cada pontinho para fora
representa uma vértebra, tente contar 24 pontinhas (7 cervicais, 12 torácicas e 5
lombares). Caso encontre alguma região onde não apareça essa pontinha óssea
ou que esteja exageradamente projetada para fora, é possível que haja algum
desalinhamento nesse nível.
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TÓRAX
Existem dois tipos de costelas, as costelas fixas (Co1 a 10), ou seja, que se
conectam ao osso esterno e as costelas flutuantes (Co11 e 12) as quais não se
conectam ao osso esterno e servem de âncoras musculares para músculos
posteriores relacionados à região lombar.
É a principal região onde ocorre a respiração. uma vez que a sua expansão
permite uma diferença de pressão intratorácica que permite a entrada no ar no
processo de respiração e onde muitos músculos se inserem para provocar a
exalação, principalmente a exalação forçada.
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Durante a respiração as costelas promovem dois tipos de movimento, o
movimento de braço de bomba e o movimento de alça de balde. O movimento de
braço de bomba ocorre pela elevação do osso esterno para frente e para cima,
ocasionando numa tração das costelas superiores na mesma direção. O movimento
de alça de balde ocorre nas costelas inferiores com o movimento para cima e
para os lados. Esses movimentos permitem a expansão da caixa torácica em três
dimensões: Para cima e para baixo; para um lado e para o outro; para frente e
para trás.
CURIOSIDADE:
EXPERIMENTE NA PRÁTICA:
1. Apoie gentilmente uma de suas mãos sobre o peito, centralmente, e faça uma
inspiração profunda. Perceba o movimento que o osso esterno realiza para frente
e para cima.
2. Apoie gentilmente suas mãos em cada lado da caixa torácica, sentindo as
costelas entre seus dedos e observe o movimento de elevação lateral e superior.
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MEMBRO SUPERIOR
CINTURA ESCAPULAR
A cintura escapular é uma região muito móvel que conecta os membros
superiores ao tronco e que permite uma grandea variedade de movimentos
articulares ao ombro.
Composto pelos seguintes ossos: Escápulas, Clavículas e Esterno. Seu principal
elemento são as escápulas. É nas escápulas, que existe a fossa glenóide, cavidade
levemente côncava que se articula com a cabeça do úmero (osso do braço) que é
muito redonda, esférica e, portanto, convexa.
Além de conformar essa articulação com o úmero, a escápula se articula com
a clavícula (osso em formato de “S”), a qual é essencial para os movimentos da
articulação do ombro. A clavícula, por sua vez, se articula com o osso esterno onde
se apoia, fechando o cíngulo do membro superior.
Além desses contatos articulares, a escápula se articula com o gradil costal,
deslizando-se em diferentes direções, permitindo o movimento da articulação do
ombro.
EXPERIMENTE NA PRÁTICA:
Quando estamos na postura de Adho Mukha
Svanasana, ou o cachorro olhando para baixo,
podemos perceber os diferentes movimentos que a
escápula nos permite executar. Um deles é quando
você afasta os ombros das orelhas, e outra
possibilidade é quando você empurra as mãos contra
o chão e percebe que a força vem na direção dos
seus ombros te impulsionando para cima, ou seja,
afastando ainda mais seu rosto do chão.
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CINTURA PÉLVICA
EXPERIMENTE NA PRÁTICA:
Podemos analisar a pelve na postura de Marjaryasana quando realizamos os
movimentos de báscula coordenando aos movimentos respiratórios. Pratique para
sentir: Na inspiração olhe para cima com a cabeça e eleve os ísquios e o cóccix
(anteversão pélvica). Ocorrerá uma total extensão da coluna vertebral; Na
expiração olhe para baixo e “encaixe” o quadril (retroversão pélvica). A coluna
vertebral ficará em total flexão.
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MEMBRO INFERIOR
EXPERIMENTE NA PRÁTICA:
No Yoga praticamos os asanas descalços. Isso permite uma melhor percepção
do solo e um contato profundo com a sensação de enraizamento dos pés no chão.
Ao longo do tempo de prática o pé começa a se abrir e permitir melhor
acomodação da postura!
Experimente em Tadasana apertar o dedão do pé no solo e fazer uma
transferência de apoio para os calcanhares. Perceba como seu corpo recebe a
energia que vem do solo em direção a pelve e coluna lombar, estabilizando o
tronco. Isso favorece uma boa postura, preserva as articulações e fortalece a
musculatura da perna, do tronco e do abdômen.
Pratique a postura de Trikonasana apertando o dedão do pé no solo e perceba
a ativação gerada na musculatura da perna. Você sentirá um impulso no corpo
para cima! Vai fazer toda a diferença em sua prática.
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LIGAMENTOS
EXPERIMENTE NA PRÁTICA:
Vou dar um exemplo importante. Quando realizamos Uttanasana, ou algo
parecido, devemos destravar a articulação do joelho. Perceba que dessa forma
sentimos os músculos posteriores da coxa e da perna se alongarem ao invés de
uma sensação de queimação bem atrás da articulação do joelho (ligamentos).
Devemos ter um cuidado ainda maior com praticantes que possuem frouxidão
ligamentar.
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ARTICULAÇÕES
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ROTEIRO DAS ARTICULAÇÕES
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MOVIMENTOS ARTICULARES
Veja abaixo:
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Retroversão: posição da pelve na qual as espinhas ilíacas ânterossuperior se
movem para trás e para cima.
Anteversão: posição da pelve na qual as espinhas ilíacas anteriores se movem
para frente e para baixo.
Pronação: movimento do antebraço em que o rádio gira medialmente, virando a
palma da mão para baixo.
Supinação: movimento do antebraço em que o rádio gira lateralmente, virando a
palma da mão para cima.
Inversão: movimento da sola do pé para dentro, em direção à linha média.
Eversão: movimento da sola do pé para fora, se afastando da linha média.
Dorsiflexão: movimento da articulação do tornozelo elevando os dedos e o
antepé do solo em direção ao crânio.
Plantiflexão: movimento do pé em direção ao solo (ponta do pé)
Desvio ulnar: Adução do punho, onde o dedo mínimo se aproxima da ulna.
Desvio radial: Abdução do punho, onde o polegar se aproxima do rádio.
Oclusão: movimento de fechamento da boca, onde ocorre o contato da arcada
dentário inferior com a arcada dentária superior.
Abertura: movimento de abertura da boca, onde ocorre o afastamento da arcada
dentário inferior em relação à arcada dentária superior.
Didução: movimento da mandíbula para um lado e para o outro.
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ANATOMIA II - MÚSCULOS
18. Músculos 20
19. Roteiro dos Músculos 22
MÚSCULOS
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Existem 3 tipos diferentes de células musculares:
MÚSCULO LISO – Forma a parede dos vasos sanguíneos e a parte muscular dos
órgãos internos, bem como nos músculos oculares e eretores dos pêlos. São
músculos involuntários, sendo ativados pelo Sistema Nervoso Autônomo. Nos órgãos
digestivos, tubas uterinas e ureteres sofrem contrações rítmicas (ondas
peristálticas) que impulsionam os conteúdos ao longo das estruturas tubulares.
Vamos falar aqui nesse capítulo, exclusivamente sobre os músculos esqueléticos
que são os que utilizamos em nossa prática de Asanas. Os demais serão abordados
a seguir, os seus devidos módulos.
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CRÂNIO FACE
TÓRAX
M. Peitoral Maior
M. Peitoral Menor
M. Subclávio
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CINTURA ESCAPULAR
M. Supra-espinhoso
M. Infra-espinhoso
M. Redondo Maior
M. Redondo Menor
M. Rombóides
M. Grande dorsal
M. Deltóide (ant, méd e post)
BRAÇO
M. Bíceps
M. Bíceps braquial
M. Braquiorradial
M. Tríceps
M. Coracobraquial
ANTEBRAÇO
M. Flexores
M. Extensores
M. Flexor ulnar
M. Flexor radial
M. Provadores
M. Supinadores
MÃO
M. Flexores
M. Extensores
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ABDÔMEN
M. Reto do Abdômen
M. Transverso do Abdômen
M. Oblíquo Interno
M. Oblíquo Externo
* Linha alba
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QUADRIL
M. Piriforme
M. Glúteos (máximo, médio e mínimo)
M. Ilíaco
M. Psoas
M. Pelvitrocanterianos
COXA
M. Reto femoral
M. Vasto medial
M. Vasto lateral
M. Vasto intermédio
M. Adutores
M. Sartório
M. Bíceps femoral
M. Grácil
M. Tensor da fáscia lata
M. Semitendíneo
M. Semimembranáceo
M. Isquiotibiais
M. Pectíneo
PERNA
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CINESIOLOGIA - O ESTUDO DO MOVIMENTO
CINESIOLOGIA
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Os tendões são aquelas partes brancas dos músculos, estruturas fibrosas,
formadas por tecido conjuntivo, rico em colágeno. São flexíveis, se adaptando a
posição do corpo. Permite equilíbrio e estabilidade articular, coaptando as
articulações.
Os tendões, assim como os músculos e a cápsula articular, contém receptores
de propriocepção, ou seja, permitem a percepção de localização do corpo no
espaço.
Também são responsáveis pela transmissão da força dos músculos para os
ossos, promovendo o movimento articular. Nesse caso, os tendões estão inseridos
em um osso proximal e outro distal, passando por uma articulação. Quando as
fibras do músculo em questão se aproximam ocasionando a contração muscular, o
movimento naquela articulação acontece.
CONTRAÇÃO MUSCULAR
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TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
ISOMÉTRICA:
É a contração durante os asanas de permanência. Ela gera força que se
mantém sem o movimento articular, sem repetição, apenas mantendo a posição.
Possibilita o posicionamento das articulações com o correto alinhamento do corpo
e fortalece a musculatura que sustenta essas articulações nos seus devidos lugares,
com menor risco de lesões.
ISOTÔNICA:
Quando ocorre a contração em movimento articular. Ocorre contração para
executar o movimento, por exemplo na flexão do cotovelo segurando um haltere.
Como estamos sustentando um peso, na decida, o músculo também terá que
sustentar o peso, ocorrendo o fortalecimento nas duas direções, concentricamente
e excentricamente:
CONCÊNTRICA:
Há movimento articular, o músculo diminui seu comprimento e as fixações
musculares se movem em direção uma da outra. Exemplo: ao exalar o ar, o músculo
reto abdominal contrai para que a cabeça possa ir em direção aos joelhos na
postura de Pavanamuktasana.
EXCÊNTRICA:
Há movimento articular, porém, parece de “alongamento”, as fixações
musculares se distanciam e o músculo retorna ao seu comprimento inicial. De outra
forma, pode-se dizer que a contração excêntrica ocorre quando as fibras
musculares trabalham de maneira controlada para desacelerar os movimentos,
pois a resistência externa ultrapassa a força muscular e o músculo se alonga à
medida que a tensão aumenta. Por exemplo, em um exercício para os bíceps, o
haltere é abaixado lentamente contra a força da gravidade, gerando uma
contração excêntrica do músculo bíceps. Vale ressaltar que toda contração
excêntrica só ocorre após uma contração concêntrica. Ex: ao retornar a cabeça
ao chão após realizar Pavanamuktasana.
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ALONGAMENTO MUSCULAR
FLEXIBILIDADE ARTICULAR
Flexibilidade é um termo que se refere ao movimento articular. O tamanho do
músculo determina a amplitude possível de uma determinada articulação.
Quanto mais alongado um músculo, maior a amplitude da articulação a que ele se
relaciona e vice-versa.
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Frouxidão ligamentar: É a capacidade de uma articulação ser mais flexível do
que a média. Ocorre uma frouxidão do tecido conjuntivo (ligamentos, cápsula
articular, e vasos). De origem genética, devido a uma alteração na produção de
colágeno, pode ser influenciada pela postura/comportamento. Pode gerar dor,
lesão articular, muscular, luxações e distensões. O fortalecimento dos músculos se
faz necessário, para dar suporte a articulação e evitar amplitudes de movimento
exagerado.
ANTAGONISMO MUSCULAR
Para que ocorram os movimentos, o corpo realiza uma contração muscular, que
irá atrair os ossos vizinhos em uma determinada direção. Para que haja a
aproximação ou afastamento desses dois ossos, é preciso que uma porção
muscular se contraia, ao mesmo tempo que a musculatura oposta a esse movimento
se relaxe. Do contrário teríamos uma situação semelhante a um cabo de guerra.
Exemplo: Para contrair o músculo bíceps (responsável por flexionar o cotovelo, ou
trazer o antebraço em direção ao braço, ou seja, tocar a mão no ombro) é preciso
que o músculo tríceps (responsável por estender o cotovelo e localizado
exatamente do lado oposto) se relaxe e se alongue.
SINERGIA MUSCULAR
Diferente do antagonismo muscular, músculos sinergistas são músculos que
contraem juntos para realizar o mesmo movimento. Usando o exemplo anterior, o
músculo bíceps é auxiliado no movimento de flexão do cotovelo e do ombro pelos
músculos braquial e braquiorradial.
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MÚSCULOS PROFUNDOS E SUPERFICIAIS
Músculos mais profundos são posturais e mantém o corpo estável nas diferentes
posições ativas. Além disso servem de estabilizadores das articulações durante os
movimentos realizados pelos músculos mais superficiais. Os músculos superficiais
são músculos que realizam os movimentos articulares.
Por exemplo: Na panturrilha temos dois músculos, um mais profundo (músculo
solear) e um mais superficial (músculo gastrocnêmio). Nesse caso, se estamos
parados em pé, o músculo mais profundo se mantêm ativo. Caso nosso objetivo seja
flexionar o joelho, o músculo gastrocnêmio (mais externo) terá que entrar em ação.
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BIOMECÂNICA - ESTUDO DA POSTURA,
EIXO E EQUILÍBRIO
29. Biomecânica 35
30. Alinhamento e Postura 36
31. Postura 37
32. Gasto Energético 41
33. Eixo e Equilíbrio 44
34. Coluna Vertebral 53
35. Amplitude de Movimento 59
36. Influências sobre a Coluna Vertebral 66
BIOMECÂNICA
É importante dizer que não existe uma teoria que seja a regra. Existe a visão
do Iyengar, a visão do Ashtanga, a visão do seu instrutor de Yoga que já pratica há
anos e fez outros cursos, do instrutor novato que vai no feeling e tem bons
resultados, tem a visão do professor de educação física, do fisioterapeuta, do
ortopedista.
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ALINHAMENTO E POSTURA
- Aquela que você não sinta desconforto, que você não sobrecarregue suas
articulações, que você consiga respirar no Asana, que você consiga meditar no
Asana.
Daí machucou! Seis meses sem praticar Yoga e ainda sentindo dor o dia
todo. Esses extremos são críticos. Mas você fazer um asana numa posição que não
seja exagerada, dificilmente trará lesões.
Considerando o estilo de vida que levamos hoje, vai precisar alongar muito,
fortalecer bastante, equilibrar, praticar yamas e niyamas para sair de onde
estamos. Vai ter que limpar os nadis. Mudar a alimentação.
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POSTURA
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Posturas mantidas por muito tempo, sedentarismo, desgaste emocional,
patologias... geram um padrão no corpo da pessoa. Leva um tempo para realinhar.
Talvez nem venha a se realinhar de fato, mas quando você propõe essas posições
diferentes, essa musculatura vai se comportar de maneira diferente, dando apoio
para aquela articulação que está desalinhada.
Podemos fazer algo que impeça nosso corpo de continuar indo nessa direção
e a prática de Asana e do Yoga como um todo favorecem isso.
Agora, se decidirmos continuar naquela direção vão haver compensações como
artrose, pata de ganso, dentre outras situações clínicas desagradáveis. Então
trazer a pessoa para mais perto do eixo vai favorecer o aporte muscular naquela
articulação.
CUIDADO:
Temos sempre que cuidar com o alinhamento de articulações para não levar
para o outro lado, ou seja, para o oposto, levando a outra disfunção.
Exemplo: Se você propõe o ajuste de elevar o arco do pé, tem que ser
levemente, pois senão a pessoa vai levar tanto o pé para fora que vai gerar um
estiramento excessivo na face lateral do tornozelo e pinçamento na parte medial.
Uma forma de elevar esse arco do pé é apertar o dedão do pé no chão.
Empurrar o dedão é importante na prática de Asana, porque ele vai ativar uma
cadeia muscular que sobe até o quadril. Você vai ajudar o corpo todo criar o
Tônus de sustentação. Para que a força de reação do solo suba em direção da
resultante seja para cima.
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CURIOSIDADE:
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RECEPTORES ARTICULARES
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O QUE SIGNIFICA GASTAR ENERGIA?
A melhor posição para se colocar em um asana é aquela que irá gastar menos
energia. O que define gastar energia em nosso corpo?
O que é necessário para realizar movimento em nosso corpo? A contração
muscular! Para ter a aproximação da actina e miosina e ocorrer a contração
muscular são usadas moléculas de ATP (adenosina trifosfato).
ATP é energia. Era oxigênio e virou partícula de energia. Combustível. Prana, talvez.
O oxigênio que a gente inspira é transformado em ATP. Uma parte dele fica
armazenada no fígado, outra parte armazenada no músculo, um pouco fica
circulando e um pouco o próprio oxigênio que você está respirando na hora vai ser
transformado em ATP e ser usado.
Então naqueles asanas mais difíceis a gente aumenta o aporte de oxigênio
respirando, para que esse oxigênio que entrou, depois de usar o do fígado, o do
músculo e o que estava disponível na circulação, seja usado também. Então, se
suspendemos a respiração numa posição não estamos nutrindo aqueles músculos
envolvidos ao movimento e, aumentamos a possibilidade de ele fatigar e causar
desequilíbrios por compensações posturais.
Então para um músculo contrair ele precisa de ATP. Se estamos em uma posição
onde as articulações estão alinhadas, os músculos estarão em um posicionamento
adequado e não sofrerão sobrecarga.
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E QUAL É A MELHOR POSTURA?
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6. Em seguida, subindo, vamos orientar a curvatura da coluna torácica, mantendo a
em sua cifose fisiológica. Não estenda demais essa região. O que vai dar a
impressão de estar em uma postura perfeita é o encaixe das escápulas na caixa
torácica posteriormente. Repare que quando as deslizamos para trás, os ombros se
abrem na região anterior do tórax. Mas, estamos tão habituados a realizar esse
movimento que existe uma tendência de que concomitantemente a esse
deslizamento escapular, ocorra a extensão torácica. Tome esse cuidado.
8. Por fim, a posição da cabeça. Ela deve estar colocada de forma que os olhos
procurem a linha do horizonte. Em um alinhamento vertical e horizontal e
anteroposterior.
9. Ah, o último passo é olhar novamente para os pés e ver se eles não saíram do
lugar, assim como todos os outros ajustes e, também verificar se você está
respirando ao longo desse tempo de reposicionamentos. É importante!
10. A resultante de todo esse alinhamento será um corpo ativo, bem posicionado,
que irá gerar em si uma consciência corporal exata para a realização de todos os
diversos Asanas do Yoga, com baixo consumo de energia. Onde as respirações
realizadas irão ainda elevar seus níveis de energia e disposição. Você que é
praticante sabe o que quero dizer.
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EIXO E EQUILÍBRIO
Experimente ou imagine a seguinte situação: Se você estiver em pé, com os dois
pés apoiados no chão e eu te sugerir que dobre seu joelho direito sem mover seu
corpo do lugar. Você pode tentar, até mesmo fazendo força, mas você não vai
conseguir.
Para realizar essa ação, você necessariamente terá que deslocar seu eixo,
deslocar todo o seu corpo para o lado esquerdo, sentir que seus músculos dessa
perna se ativaram e daí então poderá retirar seu pé direito do chão, por exemplo
para fazer a postura da árvore (Vriksasana) ou qualquer postura de equilíbrio
unipodal. É preciso ter o mínimo de transferência de peso para o lado que ficará
apoiado, do contrário não tem como retirar o pé do chão, é quase um reflexo de
autoproteção, mas, na verdade é biomecânica pura.
Podemos observar nas aulas de Yoga que, quando o aluno faz a postura de
equilíbrio, ele até consegue entrar na postura, porém, se ele se desequilibra e volta
a tocar o pé no chão, ele rapidamente quer elevar o pé para se apoiar na perna,
e tenta algumas vezes até que consiga encontrar seu equilíbrio novamente.
Quando isso acontecer você pode orientá-lo a apoiar os dois pés novamente,
com consciência, fazer novamente o deslocamento para o pé de apoio e voltar ao
Asana com perfeição.
Não tem pressa na aula de Yoga, tem que ser a ação consciente, até mesmo
nesse simples ato de retornar do asana.
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- Para se reequilibrar você poderá fazer pequenas flexões de joelho, quadril e
tornozelo para encontrar seu eixo. Assim, bem apoiado e com a consciência de
que seu corpo irá variar no espaço, mas que seus músculos estão te dando suporte,
você poderá, ainda em equilíbrio, buscar outras variações de asanas, partindo de
Vriksasana e indo para uma variação estendendo a perna ao lado, por exemplo.
- Se você está estável no equilíbrio, mas por algum motivo como uma respiração
mais profunda, você desestabiliza, se estiver com o joelho destravado poderá
contar com seus músculos para estabilizar a variação do eixo. Cada pequena
contração muscular que acontecerá enquanto estiver buscando esse eixo, serão
informações que sobem e descem do seu sistema nervoso para te localizar no
espaço e ainda promover o fortalecimento dos seus músculos. A isso chamamos
propriocepção, como já vimos acima (tendões).
CURIOSIDADE
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POLÊMICA: Elevar a Patela ou Destravar o Joelho?
Depois de toda essa explicação, eu sugiro que você traga essa percepção
para seu corpo. Como você se sente se fizer esse pequeno ajuste?
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Experimente na prática:
Esses dois exercícios lhe darão consciência sobre o conceito do eixo. É
importante salientar que nunca, ou talvez por muito breves períodos de tempo,
você vai se perceber totalmente imóvel, pois considerando que seu coração bate
forte dentro do seu tórax e que ele está deslocado para o lado esquerdo do
tronco, sempre haverá essa força interna te jogando para o lado esquerdo. Em
contrapartida, do lado direito temos um grande órgão, o fígado, que recebe o
sangue que veio da parte inferior do corpo e o direciona para o lado direito do
coração que também bombeia com força o sangue para os pulmões. Ou seja, seu
corpo está em constante movimento interno e sua postura irá se adequar a isso.
Portanto, não procure ficar rígido em posturas de equilíbrio, tente se adequar.
Você vai sentir que a resposta do seu corpo ao equilíbrio serão pequenas
contrações musculares que irão numa cadência tentar te levar para o eixo.
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Ao longo do tempo de prática de asanas de equilíbrio e até mesmo de todos
os outros que você pratica, seus músculos irão automatizar essas contrações e
deixar sua postura menos variável. É uma questão de treino.
1. Perceba que seu corpo começa a se mover buscando um eixo vertical. Ele se
move em muitas direções.
2. Agora leve a atenção para seus pés e perceba em quais partes da sola do pé
você se sente mais apoiado. Pode ser que cada pé sinta em uma região diferente.
Vamos colocar assim: Antepé (metade anterior do pé, almofada e dedos) e
Retropé (metade posterior do pé, calcanhar). Pode ser que seu pé direito esteja
mais apoiado no antepé e o esquerdo no retropé. Pode ser que ambos estejam
apoiados no antepé ou no retropé. Varia muito entre as pessoas.
3. Perceba que conforme você permanece o corpo vai encontrando um lugar mais
confortável. Esse lugar é o conforto das suas compensações posturais. Pode ser que
se mantiver por mais tempo vai sentir alguma dor que você já sentiu outras vezes.
Se abrir os olhos e se olhar no espelho pode ser que sua postura esteja nada
alinhada.
1. Com os olhos abertos, fixe seu olhar em um ponto dois metros à frente, no chão.
48
4. Perceba que seu corpo terá que reagir a essa posição não tão convencional no
dia-a-dia. Essa reação será por meio de pequenas contrações musculares,
tentando te levar para o eixo vertical de todo seu corpo.
6. Você vai sentir grandes movimentos do corpo para se colocar em equilíbrio. Não
tente ficar rígido. Vá no flow. Você sabe onde estão suas pernas, você sabe onde
estão seus braços.
49
- Quando fechamos os olhos perdemos a referência, principalmente vertical.
Experimente o seguinte: feche os olhos, sinta onde estão suas pernas, sinta seus
braços e todas as partes do seu corpo. Com essa percepção vai entender que a
prática é de dentro para fora. Em qualquer asana que praticar experimente fechar
os olhos por alguns segundos para organizar o alinhamento do corpo, para se
colocar com maestria no Asana. Escolha uma aula de Yoga e se proponha a
praticála ao máximo de olhos fechados, ouvindo as orientações verbais do
professor e tentando executá-las. Se for necessário abra os olhos só um pouquinho
e retorne. Pode ser que você tenha o hábito de ter que olhar para reproduzir.
Experimente essa técnica.
CURIOSIDADE:
50
EQUILÍBRIO ENTRE AS CINTURAS
Exemplo 1.
Existem ainda duas formas de fazer a torção com a cintura escapular fixa:
A. Escápulas fixas no chão, cruzar uma perna sobre a outra e continuar descendo
até aproximar o dorso do pé ou o joelho do chão.
B. Escápulas fixas no chão, cruzar uma perna sobre a outra, elevar a pelve do chão
para fazer um giro, e em seguida apoiar a lateral do quadril e continuar descendo
até aproximar o dorso do pé ou o joelho do chão. Essa forma deixará a coluna
mais alinhada no eixo.
Detalhe: Se a pessoa ainda for iniciante na prática ou for idosa, entre outras
possibilidades, ela não precisa encostar o dorso do pé ou o joelho no chão, e sim a
ponta do pé, para começar.
51
Exemplo 2.
Quando fazemos uma flexão lateral da coluna sentados, ou seja, com a cintura
pélvica fixa no chão e a escapular em movimento, é natural que o tronco rode
para o mesmo lado. Isso se deve ao fato de que a biomecânica das vértebras
lombares e torácicas, onde ocorrerá a maior parte desse movimento, responde da
seguinte maneira: flexão lateral para a direita, rotação para direita. Traduzindo.
Nessa posição de flexão lateral, quando descemos o tronco para a direita o
tronco roda um pouco para a direita também, então será observado que o ombro
esquerdo estará mais para frente do que o direito. Isso é natural. Não quer dizer
que você não possa alinhar as cinturas trazendo o ombro esquerdo para traz. Mas
para isso seria mais apropriado que você se elevasse um pouco em direção ao
céu, para diminuir a compressão sobre as vértebras.
52
COLUNA VERTEBRAL
53
CURVATURAS FISIOLÓGICAS
A presença de curvaturas da coluna vertebral aumenta sua resistência aos
esforços de compressão axial. Posicionam a cabeça acima da pelve e trabalham
como amortecedores de choque para distribuir o estresse mecânico durante o
movimento. A resistência da coluna com 3 curvaturas como a nossa é 10 vezes
maior do que se a coluna fosse retilínea. Elas fazem um amortecimento durante os
movimentos.
Se observada de perfil, a coluna vertebral apresenta
quatro curvaturas:
Lordose cervical
Cifose torácica
Lordose lombar
Cifose sacral
COMO SE FORMAM:
Os bebês permanecem no útero em posição fetal, que é um total flexão.
Quando o bebê vai passar pelo canal vaginal ele faz um mergulho, a face se volta
para baixo em direção ao cóccix e o bebê gira. Esse é o primeiro movimento de
extensão que o bebê vai fazer. Essa passagem pelo canal vaginal vai comprimir os
ossos do crânio, ombros, quadril e pressionar o corpinho para liberar os líquidos.
54
Depois que o bebê nasce, ele é todo molinho, e aos poucos ele começa a
gerar movimentos. Num primeiro momento de maneira descoordenada, testando
seu corpinho, e aos poucos, como está fazendo um treinamento, seus movimentos
vão se tornando mais coordenados.
Aos dois meses, ele começa a desenvolver o instinto de ampliar seus
horizontes, olhando ao redor, esse estímulo vai gerar movimentos de extensão
cervical. Aquela cabeça molinha começa a ser coordenada pelo bebê. Nessa
fase, é indicado colocar o bebê de barriga para baixo (decúbito ventral), para
estimular esse movimento cervical.
É uma resposta instintiva de sobrevivência virar o rostinho de lado ou para
frente, para poder respirar. Esse movimento irá gerar uma ativação de toda a
cadeia muscular posterior do bebê e ele vai se fortalecer. Essa contração muscular
vai conformando a coluna cervical em cifose (concavidade posterior).
Ao longo dos dias o bebê vai realizar os mais diferentes movimentos,
aprendendo a rolar para os lados, movimentar seu corpinho para cima e para
baixo quando estiver no colo de alguém, vai começar a enxergar melhor, a se
alimentar.
Até que com aproximadamente seis meses ele vai conseguir ficar sentado
sozinho. Nesse período a sua coluna torácica foi se fortalecendo. Cada movimento
desse foi tonificando seus músculos para torná-lo mais ereto. Então se conforma
sua curvatura torácica.
O próximo passo do seu desenvolvimento é o engatinhar. Ele já tem controle
dos movimentos de braço e pernas. E o movimento de engatinhar vai gerar um
movimento de coordenação das cinturas. Pois para caminhar ou engatinhar é
preciso que ocorra uma dissociação dos movimentos das cinturas ou seja, quando
o joelho direito vai a frente, sua mão esquerda vai a frente também e vice-versa.
55
Essa movimentação recruta musculatura abdominal e posteriores da coluna,
principalmente lombar (m. quadrado lombar e m. iliopsoas). Nesse momento do
engatinhar ocorre também a conformação da articulação do quadril (articulação
coxofemoral), uma vez que cada vez que o joelhinho bate no chão, ocorre um
vetor de força em resposta que sobe em direção ao acetábulo (cavidade onde se
encaixa a cabeça do o. fêmur), cavando essa cavidade. Isso vai gerar uma melhor
coaptação dessa importante articulação.
Do engatinhar, vai começar a subir para se apoiar nos móveis, em um primeiro
momento na posição semi-ajoelhado, onde uma perna vai estar com o joelho
apoiado no chão e a outra perna estará em flexão de quadril com o pé apoiado
no chão.
Essa posição já começa a mobilizar a pelve em relação à coluna lombar e os
músculos associados começam a se ativar no sentido de fortalecer o abdômen
para o bebê poder ficar em pé. Então ele começa a testar e experimentar. Se
apoia na mesinha da sala e experimenta ficar em pé.
Aos poucos seus pequenos músculos vão se fortalecendo, se ativando, até que
ele vai conseguir ficar em pé, com a base larga a princípio para ter mais equilíbrio
e o abdômen e pelve jogados para frente. O bebê fica com aquele barrigão. Aos
poucos ele começa a ficar mais ereto e firme. E sai caminhando. E começa a
correr. Cai e levanta mil vezes. Aos três anos, ele já tem todas as habilidades. Então
a curvatura da coluna lombar se estabelece.
56
MOVIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL
O movimento da coluna vertebral ocorre entre duas vértebras adjacentes e
são relativamente pequenos, mas o efeito cumulativo destes movimentos assegura
uma considerável amplitude à coluna vertebral como um todo. Algumas regiões
são mais flexíveis, outras mais rígidas e que suportam carga, mas a integração de
cada parte promove uma gama de ações e movimentos ao ser humano. Sua
estrutura é muito desenvolvida e nos permite realizar muita coisa. O movimento
vertebral ocorre a partir do afastamento das estruturas supra e subjacentes,
interpostas pelo disco intervertebral.
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EXTENSÃO: Quando ocorre a extensão da coluna, a vértebra suprajacente se
desloca posteriormente em relação a subjacente e o disco vertebral sofre uma
deformação, deslocando o núcleo pulposo para frente.
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AMPLITUDE DE MOVIMENTO
NAS DIFERENTES REGIÕES DA COLUNA
Agora vamos analisar uma tabela que mostra a amplitude de movimento nas
diferentes regiões da coluna. Quanto que move cada parte da coluna? Dividindo
entre as porções cervical, torácica e lombar, considerando que o sacro e o cóccix
apresentam apenas movimentos relativos.
REGIÃO CERVICAL:
Experimente a sensação:
- Deixe sua cabeça alinhada, com os olhos na linha do horizonte e vamos sentir
essa conexão entre a base do crânio (o. occiptal) e a primeira vértebra cervical
(o. atlas, ou C1).
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EXTENSÃO: A cervical tem um grau de extensão de 55 graus
Experimente:
- Deixe sua cabeça alinhada, com os olhos na linha do horizonte e vamos sentir
essa conexão entre a base do crânio (o. occiptal) e a primeira vértebra cervical
(o. atlas, ou C1).
Experimente:
- Deixe sua cabeça cair lateralmente sem perder a linha do horizonte, seu nariz
aponta para frente.
- Perceba que a cabeça vai até a metade do espaço entre sua orelha e seu
ombro, os quais formam um ângulo reto de 90 graus.
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ROTAÇÃO: A cervical tem um grau de flexão lateral de 80 graus.
Experimente:
- Vamos considerar que a ponta do nariz aponta para um eixo x e seu ombro
aponta para um eixo y e isso forma um ângulo reto de 90 graus.
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REGIÃO TORÁCICA:
A região torácica tem amplitudes de movimento menores quando comparada
à região cervical. Isso ocorre pelo fato de que as 12 vértebras torácicas, todas
elas, se articulam às 12 costelas, das quais 10 costelas se articulam ao osso esterno
à frente, conformando a caixa torácica. Essa estrutura é firme, impedindo os
movimentos muito amplos.
Experimente:
Observe:
62
- Você vai perceber bem pouco movimento. Nesse caso, a maior limitação para
esse movimento é que as espinhas das vértebras torácicas (processo espinhosos) é
mais inferior e longo. Isso faz uma limitação óssea que impede uma grande
amplitude em extensão.
- Como a cintura pélvica está estabilizada você vai levar a cintura escapular
para um dos lados, o que vai gerar uma torção na coluna.
- Preste atenção para o movimento ir apenas até a linha superior da cintura, sem
pegar as vértebras lombares. É uma percepção fina.
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REGIÃO LOMBAR:
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FLEXÃO LATERAL: A amplitude de flexão lateral da coluna lombar é limitada a 25
graus.
- Como a cintura pélvica está estabilizada você vai levar a cintura escapular
para um dos lados, o que vai gerar uma torção na coluna.
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INFLUÊNCIAS SOBRE A COLUNA VERTEBRAL
CINTURA ESCAPULAR
Os músculos localizados nessa região sofrem uma intensa sobrecarga, seja por
atividades da vida diária, no trabalho e principalmente por fatores emocionais.
Essa sobrecarga acontece por contratura muscular. Os hábitos de postura
influenciam diretamente sobre esse desequilíbrio.
A musculatura contraturada arrasta os ossos e move as articulações no sentido
da força maior. Isso gera compensações descendentes, que irão refletir até no
apoio dos pés no chão.
CINTURA PÉLVICA
Os músculos anteriores do quadril, tracionam a pelve para baixo anteriormente,
e os músculos lombares tracionam a pelve para cima posteriormente, ocasionando
uma anteversão pélvica, com consequente aumento da lordose lombar. Os
posteriores da coxa, tracionam a pelve para baixo e o reto abdominal traciona o
púbis para cima, favorecendo uma retroversão pélvica.
A amputação do dedão do pé, pode gerar uma compensação durante a marcha
que irá influenciar de maneira ascendente toda a coluna vertebral, alterando
inclusive o posicionamento da cabeça. A presença de uma perna curta anatômica
ou de uma falsa perna curta, vai modificar o posicionamento da pelve e
consequentemente o posicionamento da coluna lombar.
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DIAFRAGMA
ABDÔMEN
Como a coluna lombar obedece a um posicionamento de lordose, curvando-
se para trás, os órgãos internos são projetados anteriormente. Porém o peso desses
órgãos é grande, fazendo com que, se não houver nada que barre esse
movimento, ocorra uma sobrecarga sobre as últimas vértebras lombares.
Acontece que existe um mecanismo intrincado no corpo humano que fornece
esse apoio para as vísceras. A musculatura abdominal. Esta, quando ativada, faz
uma parede de proteção que apoia as vísceras impedindo que tracionem para
frente as vértebras lombares.
A manutenção desse baixo ventre
ativo, sem puxar a barriga para dentro,
mas, sim contraindo ativamente essa
musculatura, fornece, além da estrutura
para as vértebras, a proteção ideal
para o funcionamento adequado das
vísceras, bem como da respiração.
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FISIOLOGIA I - SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO
36. Fisiologia 68
37. Sistema Tegumentar 68
38. Sistema Circulatório 69
39. Sistema Linfático 71
40. Sistema Respiratório 76
FISIOLOGIA
Estudar a Fisiologia é entender COMO NOSSO CORPO FUNCIONA. É a ciência
que trata das funções orgânicas pelas quais a vida se manifesta. Nesse capítulo,
vamos descrever os sistemas tegumentar, circulatório, respiratório e linfático,
observando cada órgão e estruturas que os compõem. Apesar de serem descritos
separadamente, são perfeitamente interligados. Seguimos buscando compreender
cada cantinho e cada função desse corpo humano divino.
SISTEMA TEGUMENTAR
A Pele é um órgão altamente especializado que, além de proteger e limitar
externamente o corpo físico, apresenta diferentes camadas, por onde passam os
vasos sanguíneos, linfáticos e nervosos que realizam, cada qual, sua função
específica na manutenção da Homeostase do organismo.
Nesse tecido, encontram-se inúmeras terminações nervosas (receptores) que
são estruturas sensitivas, ou seja, que nos colocam em contato com o ambiente
externo, permitindo percebê-lo com as mais diferentes discriminações
(temperatura, pressão, tato fino, grosseiro...).
A Pele é composta pelas seguintes estruturas:
68
SISTEMA CIRCULATÓRIO
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Por meio desse sistema, o coração impulsiona e conduz o sangue pelo corpo,
carregando hormônios, nutrientes, oxigênio e substâncias residuais em direção às
células. Os batimentos cardíacos ocorrem num sincronismo que é definido pelo
Sistema Nervoso Autônomo, de acordo com a ação que o indivíduo está
realizando, ou seja, se a pessoa estiver correndo ela vai precisar de mais oxigênio
para viabilizar a energia necessária para os músculos se contraírem,
diferentemente de uma caminhada.
Porém pode ser influenciado pelo controle da respiração (mais um exemplo de
como o Yoga considera questões incríveis, reconhecidas cientificamente há
apenas 1 século).
Ao dormir, ao se alimentar, após se alimentar, ao praticar Yoga, correr ou se
estressar, os batimentos cardíacos se alteram na tentativa de suprir o organismo
de acordo com sua demanda naquele momento.
ARTÉRIAS: São os vasos que conduzem o sangue limpo e oxigenado que sai do
coração em direção a todas as partes do corpo. As artérias são mais rígidas e
permitem um bom deslocamento do sangue em seu trajeto para o corpo.
69
CAPILARES: São pequenos ductos, prolongamento das artérias e início das veias.
Ligam os lados arterial e venoso da circulação, passando pelo espaço intercelular,
onde ocorrem as trocas de nutrientes, oxigênio, substâncias residuais e outras com
o líquido extracelular.
70
SISTEMA LINFÁTICO
O Sistema Linfático é uma rede de vasos que retira o líquido tissular em excesso
do compartimento de líquido intersticial (intercelular), filtra nos linfonodos e o
devolve para a corrente sanguínea. Diferentemente do coração, não apresenta
uma bomba para impulsionar o seu fluxo. Depende da contração muscular e
posicionamento do corpo para que se movimente.
Apresenta uma função de proteção ao corpo humano, uma vez que, na
presença de um corpo estranho (antígeno), lança mão de células de defesa
(anticorpos) na área infectada..
DUCTO TORÁCICO: Vaso que sobe drenando a linfa dos colaterais ligados a
todas as partes do corpo para desembocar no sistema venoso através das veias
subclávias e jugulares.
71
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Consiste nas vias aéreas e pulmões que captam o oxigênio do meio externo
para o corpo e eliminam gás carbônico para o exterior.
NARIZ: Parte do trato respiratório localizado acima do palato duro, que tem as
funções de olfação, respiração, aquecimento, filtração e umidificação do ar
inalado, e recepção das secreções provenientes dos seios paranasais e ductos
lacrimais.
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Dividido em: Nariz Externo, que é um vestíbulo que se projeta a partir da face
e é separado em duas fossas pelo septo nasal; e Cavidades Nasais, que iniciam
desde onde se abre o vestíbulo até a parte nasal da faringe.
Essas cavidades são revestidas de células mucosas. Dois terços das cavidades
compreendem a área respiratória e a outra parte é olfatória.
EPIGLOTE: A epiglote é uma alça que fecha a passagem na laringe para o pulmão
quando ocorre a deglutição, desviando o alimento para o esôfago.
73
PULMÕES: Os pulmões são os órgãos vitais da respiração. Sua função principal é
oxigenar o sangue colocando o ar inspirado em relação íntima com o sangue
venoso nos capilares pulmonares. Pulmões saudáveis normalmente são elásticos e
encolhem até aproximadamente um terço de seu tamanho quando a cavidade
torácica é aberta.
Os pulmões são separados um do outro pelo coração e grandes vasos do
mediastino. A raiz do pulmão é formada por estruturas que entram e saem do
pulmão no seu hilo. O hilo do pulmão é a área na face medial de cada pulmão, o
ponto no qual as estruturas formam a raiz, ou seja, onde brônquios principais, vasos
pulmonares, vasos bronquiais, vasos linfáticos e nervos, entram e saem do pulmão.
O pulmão direito possui três lobos, o pulmão esquerdo possui apenas dois. O
direito é maior e mais pesado que o esquerdo, mas é mais curto e mais largo
porque a cúpula do diafragma é mais alta e o coração e pericárdio se dobram
para a esquerda.
O ápice, ou a extremidade superior do pulmão, sobe acima do nível da 1a
costela até a raiz do pescoço. A base do pulmão repousa sob a cúpula do
diafragma e é mais larga.
74
MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS
75
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO
Apoiados e colados sobre o diafragma estão os pulmões, que por uma pressão
negativa, começam a absorver o ar atmosférico, inflando. Ocorre essa absorção
de oxigênio até que a capacidade torácica e a musculatura transversa do
abdômen deem um sinal de estiramento, quando o Sistema Nervoso reconhecerá
fazendo o diafragma relaxar, ocasionando a exalação passiva, natural.
76
77
CURIOSIDADE:
78
FISIOLOGIA II - O ESTUDO DAS FUNÇÕES DO
CORPO HUMANO
79
REGIÃO ORAL
A região oral inclui a cavidade da boca, lábios, gengivas, dentes, palato, úvula,
tonsilas palatinas, língua e glândulas salivares. A cavidade da boca é onde o
alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino
delgado. O alimento é mastigado pelos dentes e a saliva, proveniente das
glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A
deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do
processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe (garganta), a parte
expandida do trato digestivo, onde ocorre a fase automática da deglutição.
LÁBIOS: Pegar alimentos, sugar líquidos, limpar o vestíbulo, expressões faciais, falar
e beijar.
PALATO: Teto arqueado da cavidade oral e assoalho das cavidades nasais. Tem
uma parte dura, com a função de separar as cavidades oral e nasal, e a parte
mole, que impede o caminho do alimento para a cavidade nasal quando se
realiza a deglutição.
ÚVULA: Continuidade do palato mole, serve como um alarme de que algo está
passando pela garganta. É uma válvula que fecha, no momento que estamos
engolindo, para impedir que a comida suba para o nariz e provoque engasgo. Tem
também função sobre a fonação, modificando o timbre da voz.
80
TONSILAS PALATINAS, LINGUAIS E ADENÓIDE: São as conhecidas amígdalas.
Massa de tecido linfóide, tem função de proteção da cavidade oral e nasal.
LÍNGUA: Órgão móvel que pode assumir uma variedade de formas e posições.
Envolvida com a mastigação (direciona o alimento nos dentes), com o paladar
(papilas gustativas), com a deglutição (empurra o alimento para a faringe), com a
fala (articulação da palavra ) e com a limpeza da boca.
GLÂNDULAS SALIVARES: Secretam a saliva, líquido viscoso, claro, sem gosto e sem
odor. São elas: Parótidas, submandibulares e sublinguais. Mantém o pH da boca
equilibrado.
ESÔFAGO
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ESTÔMAGO
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INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é onde ocorre a absorção dos nutrientes, uma vez que é
ricamente vascularizado. Consiste em duodeno, jejuno e íleo, estendendo-se do
piloro (esfíncter que divide o estômago da primeira parte do intestino) até a
junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco (primeira porção do intestino grosso).
ÍLEO: Compreende três quintos do intestino delgado. Embora não haja linha clara
de demarcação, essas duas partes têm funções diferentes.
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INTESTINO GROSSO
RETO, CANAL ANAL E ÂNUS: Parte terminal fixa do intestino grosso que continua
com o canal anal, terminando no músculo esfíncter anal.
84
BAÇO
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PÂNCREAS
- Uma secreção exócrina (suco pancreático), que entra no duodeno através dos
ductos pancreáticos, auxiliando na digestão do carboidrato, das proteínas,
triglicerídeos e ácidos nucleicos.
86
FÍGADO
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VESÍCULA BILIAR
SISTEMA URINÁRIO
Formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra, esses órgãos removem o excesso
de água, sais e resíduos do metabolismo das proteínas provenientes do sangue
enquanto retornam nutrientes e produtos químicos para o sangue.
Os rins também conduzem os produtos residuais provenientes do sangue para
a urina através dos ureteres para a bexiga urinária. Os ureteres correm
inferiormente
a partir dos rins e ao longo da parede lateral da pelve, entrando na bexiga
urinária.
Estruturas que filtram o sangue, produzem, conduzem, armazenam e excretam
a urina (resíduo líquido da digestão e metabolização).
88
RINS
URETERES
89
BEXIGA URINÁRIA
URETRA
90
SISTEMA REPRODUTOR
PÊNIS: Saída comum para urina e sêmen através da uretra. Apresenta uma
estrutura muscular que permite o fluxo de sangue no seu interior
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ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS
TUBAS UTERINAS: Canal por onde o óvulo passa após a ovulação, indo em
direção ao útero. Medem aproximadamente 10 cm.
LÁBIOS: Pregas de tecido que tem função de proteção e relação com a excitação
sexual.
92
SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é formado por glândulas endócrinas, que produzem
hormônios e estão amplamente distribuídas pelo corpo. As glândulas endócrinas
são glândulas sem ductos, isto é, elas secretam hormônios diretamente no interior
de capilares (sanguíneos).
Hormônios são mensageiros químicos que controlam as atividades de outros
tecidos ou órgãos. A maioria dos hormônios é transportada pelo sangue a outras
partes do corpo, exercendo efeitos em tecidos mais distantes, conforme descrito a
seguir.
PINEAL
A glândula pineal secreta a melatonina, um hormônio que altera o ciclo
reprodutivo, influenciando a secreção de hormônios de liberação do hipotálamo.
Acredita-se também que a melatonina esteja relacionada com ciclo sono/vigília,
possuindo um efeito tranquilizante. Ela tem sido chamada de “relógio biológico do
corpo”, controlando a maioria dos biorritmos e sua produção é estimulada pela
escuridão.
O corpo pineal modifica a atividade da adeno-hipófise, neuro-hipófise,
pâncreas endócrino, paratireoides, córtex e medula da glândula supra-renal e
gônadas. As secreções pineais podem alcançar suas células-alvo via líquido
cérebro-espinal ou
através da corrente sanguínea.
HIPOTÁLAMO
O Hipotálamo faz parte do sistema neuroendócrino. É uma glândula que faz a
conexão entre o Sistema Nervoso Central e o Sistema Endócrino. Qualquer
alteração no meio, relacionadas aos sentidos, vai gerar conexões com as
diferentes áreas do cérebro.
Os principais hormônios que ele produz, são a Ocitocina e o Hormônio
Antidiurético (ADH). Além disso, produz hormônios que estimulam a liberação de
outros hormônios que são produzidos pela Hipófise.
93
SISTEMA ENDÓCRINO
94
HIPÓFISE
A hipófise é uma pequena glândula com tamanho semelhante de uma ervilha,
também conhecida como glândula pituitária, está localizada abaixo do
hipotálamo, posteriormente ao quiasma óptico, em uma depressão em forma de
sela do osso esfenóide. A hipófise secreta oito hormônios e, portanto, afeta quase
todas as funções do corpo:
95
PÂNCREAS
TIREÓIDE
A glândula tireóide é altamente vascularizada. Localizada entre as vértebras
C5 e T1, na parte anterior do pescoço. Secretam e armazenam três tipos de
hormônios:
PARATIREÓIDES
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SUPRA-RENAIS
Essa glândula está localizada entre a face superior dos rins e o diafragma,
porém é separada do rim por um tecido fibroso, não fazendo relação com ele.
Apresenta considerável quantidade de gordura. Possui duas partes: o córtex supra-
renal e a medula supra-renal, de funções diferentes.
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GÔNADAS
Elas incluem:
98
TIMO
99
SISTEMA NERVOSO
Composto pelo encéfalo e medula espinhal, o sistema nervoso (SN) tem como
principais funções integrar e coordenar a entrada e saída dos sinais neurais e
executar funções mentais superiores como pensar e aprender. Ele recebe, a cada
minuto, milhões de informações provenientes de diferentes órgãos e nervos
sensoriais e então os integra para determinar as respostas a serem efetuadas.
100
ENCÉFALO: Localiza-se internamente aos ossos do crânio e é envolto por 3
meninges: pia-máter, aracnóide e dura-máter, por onde circula o liquor e onde
ocorre a mobilidade e estabilidade da calota craniana. Composta de um
aglomerado de tecido nervoso subdividido em diversas áreas específicas
relacionadas às mais diversas funcionalidades humanas.
101
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
102
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
103
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
104
PATOLOGIAS - CUIDADOS NA PRÁTICA DE YOGA
105
PRINCIPAIS ENFERMIDADES DA COLUNA
106
HIPERLORDOSE
107
HIPERCIFOSE
RETIFICAÇÃO DA COLUNA
Na prática de Yoga temos o hábito de estender demais a coluna, tentando
ficar ereto! Isso acaba auxiliando pessoas que estão indo na direção da
hipercifose. Porém se exageramos, acabamos desfazendo a curvatura natural, às
vezes, invertendo-a. A isso chamamos retificação da coluna, que pode acontecer
em todas as regiões da coluna, com exceção ao sacro e cóccix que são fixos.
A retificação dificulta as adaptações da coluna ao caminharmos, por exemplo.
Além de pressionar a inervação que sai dos espaços entre as vértebras. O corpo
humano é perfeito! Se o tiramos de seu alinhamento perfeito, ele se adapta
facilmente. Algumas adaptações são necessárias, porém outras, ocasionam
disfunções.
NA PRÁTICA:
Podemos observar no Adho Mukha Svanasana uma retificação excessiva da
coluna torácica.
108
ESCOLIOSE
A escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita,
associada à uma rotação, resultando em um formato de “S” ou “C”.
É um desvio da coluna em flexão lateral acompanhada de uma rotação para
o lado contrário. Isso gera uma gibosidade aparente em um exame simples de
flexão do tronco.
Para ser considerada uma escoliose verdadeira, a vértebra central que
participa da flexão lateral e rotação da coluna vertebral deverá ter uma
deformação em forma cunha, ocasionada pela sobrecarga de peso sobre essa
estrutura de maneira desalinhada.
Caso contrário é chamada de postura escoliótica, a qual leva a uma tendência
a desenvolver uma escoliose estrutural, ou verdadeira, porém que pode ser
modificada a partir da adoção de uma nova postura mais alinhada, apoiada por
músculos fortes e nossa vontade interna.
LOMBALGIA
A lombalgia é como se denomina a dor na região lombar. Não é uma doença,
é uma condição que pode ter diferentes causas, algumas simples e outras mais
complexas. Algumas vezes, a dor se irradia para as pernas.
CIÁTICA
O nervo ciático é considerado o maior do corpo humano. Formado pelas raízes
nervosas dos segmentos L4, L5, S1, S2 e S3 da coluna lombo-sacra e estende-se
desde a face posterior do quadril, descendo por trás da coxa e dos joelhos até
alcançar o dedo maior do pé.
É esse plexo quem possibilita o movimento dos músculos das pernas permitindo
as articulações dos membros inferiores, além de ser responsável pelas sensações.
A dor é causada por algum tipo de inflamação ou dano ao nervo ciático (que
pode ocorrer dentro do canal espinhal ou em algum outro ponto do percurso que o
nervo faz), por contratura muscular no trajeto do nervo, ou ainda pela pressão da
coluna sobre o nervo.
109
OSTEOARTROSE
A osteoartrose é uma doença que afeta as articulações sinoviais alterando
todos os tecidos que as envolvem, levando a um quadro de "insuficiência articular".
Apesar de ser uma doença degenerativa relacionada com a idade, importantes
fatores de risco como história familiar, obesidade, traumas articulares e doenças
sistêmicas, como a gota ou artrite reumatóide, alterações anatômicas e atividade
física, desempenham papel fundamental na degradação da cartilagem e
formação dos osteófitos.
A osteoartrose é uma das doenças crônico-degenerativas mais comuns, sendo a
coluna vertebral um dos segmentos mais acometidos, seguida por grandes
articulações.
A maior dificuldade na prática de Yoga é a dor local, principalmente na
articulação do joelho, já que nos levamos sempre ao chão e abaixar e levantar se
torna um empecilho para os que tem artrose. O apoio do joelho no chão também
pode ser muito doloroso.
ARTRITE
A Artrite reumatoide é uma doença inflamatória que acomete principalmente
pequenas articulações como os dedos das mãos e pequenas junções como da
clavícula em relação a escápula, por exemplo.
Essa inflamação gera rigidez e dificulta muito o movimento, impedindo a
realização das atividades da vida diária. Promove deformidades progressivas e
formação de tecido de granulação que ocasiona erosão na cartilagem articular.
Na prática de Yoga o limite é a sensação do praticante. Quando em crise talvez
impossibilite a prática, porém, o fortalecimento muscular pode auxiliar a impedir o
seu desenvolvimento, uma vez que diminui a sobrecarga articular.
TENDINITE
Tendinite é a inflamação dos tendões (fixam os músculos nos ossos). Ocasiona
dor pontual, tumefação do tecido conjuntivo dificultando o movimento articular.
Pode acometer: joelhos, ombros, cotovelos (epicondilites), tendão de aquiles,
manguito rotador, tendão patelar, síndrome do túnel do carpo, tendinite de
Quervain (polegar).
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BURSITE
A bursite é muito semelhante à tendinite, porém a bursite é a inflamação das
bursas, uma pequena bolsa cheia de líquido sinovial localizada no ponto em que
um músculo ou tendão roça um osso. As bursas reduzem o atrito entre as duas
superfícies em movimento. Existem centenas delas em todo o corpo e apresentam
sintomas parecidos com a tendinite
OSTEOPOROSE
É a descalcificação progressiva dos ossos que, por sua vez, se tornam frágeis. É
uma doença na qual ocorre diminuição da massa óssea e piora da qualidade do
osso. Qualquer osso pode ser afetado pela osteoporose, mas fraturas ósseas da
coluna são particularmente preocupantes. Uma lesão na coluna pode causar
severa dor nas costas, podendo inclusive levar à deformidade vertebral, uma vez
que a coluna enfraquece e tem dificuldade de carregar o próprio peso.
A osteoporose também pode fazer com que você fique mais baixo, já que seus
ossos não serão mais tão fortes nem darão tanto apoio quanto costumavam.
A osteoporose é vista com mais frequência em pessoas idosas, mas pode ocorrer
em pessoas mais jovens também. Mulheres, especialmente aquelas que passaram
pela menopausa, são mais suscetíveis a desenvolver osteoporose; o que também
não significa que homens não possam sofrer disso.
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HÉRNIA DE DISCO
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ESPONDILITE ANQUILOSANTE
ESPONDILOLISTESE/ESPONDILÓLISE
A espondilólise ocorre quando uma vértebra escorrega para frente em relação
a uma vértebra adjacente, geralmente na coluna lombar. A espondilolistese é
quando ocorre fratura dessa vértebra, tornando impossível a remissão não
cirúrgica.
O posicionamento da 5a vértebra lombar é favorável a esse deslizamento, pois
encontra-se inclinada para frente e para baixo. A fraqueza abdominal e o
sobrepeso podem ser fatores que geram e mantém essa condição.
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PREVENÇÃO DAS LESÕES DA PRÁTICA DE ASANA
CUIDADOS GERAIS
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- Alinhe as articulações sempre que o Asana permitir, diminuindo o gasto
energético e possibilitando um fluxo perfeito entre o corpo e o sistema nervoso.
- Pressione o dedão do pé no chão quando se apoiar sobre uma perna, isso fará
com que a força suba pelos músculos das pernas te elevando e protegendo suas
articulações.
- Não se alimentar logo antes da prática. O ideal é praticar com o corpo vazio.
Caso coma algo, mastigue muito bem. Tome pouco líquido antes e bastante depois.
- Não pratique se estiver com febre, gripado ou com dor de cabeça intensa.
Nessas condições o corpo está se mostrando debilitado e requer repouso.
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CUIDADOS COM A COLUNA VERTEBRAL
- Praticar sempre algum Asana que fortaleça o abdômen e mantê-lo ativo durante
a execução de posturas que necessitem mais força para executá-las ou mantê-las.
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- Posturas invertidas!!! É a postura final. O praticante deve passar por todas as
fases, inclusive yamas e niyamas, e desenvolver um tônus corporal para poder se
levantar a partir de um controle fino e comando específico de cada músculo. Se
elevar a partir do controle preciso da musculatura, respiração, intenção, sem
ocasionar sobrecarga sobre a coluna cervical. Então estará pronto para executar
com habilidade e se beneficiar do aprofundamento da prática de Meditação.
GESTANTES
A prática de Yoga na gestação vem sendo muito procurada atualmente, pois,
além de todos os benefícios que o Yoga nos traz, permite um contato mais íntimo
da mamãe com seu bebê.
Os diversos benefícios que o Yoga traz a todos, pode ser estendido ao bebê,
essa nova vida que surge no ventre materno. Além disso, a gestante vai estar
preparada física e emocionalmente para as alterações que a gravidez traz, bem
como para o momento do parto, que exige um tanto de trabalho.
Vamos ver alguns objetivos da prática de Yoga para Gestantes, bem como os
principais cuidados que devemos tomar com nossas alunas especiais.
OBJETIVO DA PRÁTICA:
A respiração é um fator primordial, importante para o desenvolvimento saudável
do bebê, pois uma respiração eficiente, leva uma quantidade infinitamente maior
de oxigênio para o corpo da mamãe para poder criar esse serzinho, além de dar
disposição para a gestante. Auxilia bastante na sensação de náusea, pois mobiliza
o diafragma. Favorece também a função intestinal, já que o intestino estará
comprimido e reposicionado para aconchegar o bebê.
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. O alongamento muscular, principalmente da região pélvica e membros
inferiores, permite uma maior abertura dessas estruturas associadas ao momento
do parto.
O fortalecimento dessa região, por outro lado, favorecerá o momento do parto.
O fortalecimento muscular da coluna lombar e do abdômen evitam lombalgias e
distensões dessa musculatura que está sofrendo uma remodelação e adaptação
ao aumento do volume uterino. Esse fortalecimento abdominal ajuda também a
prevenir estrias na pele. Fortalecer os braços também é importante para todo o
colo que o bebê precisará nos primeiros meses, até o primeiro ano.
Durante a prática ocorre um preparo do assoalho pélvico, musculatura que
sustenta o útero e o conteúdo abdominal. Favorecendo o momento do parto, bem
como, evitando a incontinência urinária. Esse trabalho favorece o pré, peri e o pós
parto. A prática de asanas e pranayamas favorece a melhora da circulação
sanguínea, diminuindo inchaços no final da gestação Permitem que o coração e o
rim trabalhem em harmonia.
O relaxamento atua na recuperação do esforço da prática de Yoga,
harmonizando a respiração, o coração e SN. Além disso, promove sensação de
bemestar, já que a gestante está em um processo intenso de transformação, tanto
física quanto emocional. Hormônios positivos serão liberados em sua corrente
sanguínea e levados diretamente para o bebê. Nesse momento também se pode
enfatizar a relação mamãe e bebê. Um vínculo infinito mesmo depois de cortar o
cordão umbilical.
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PRINCIPAIS CUIDADOS
A prática de Yoga mais intensa para gestantes deve começar após o terceiro
mês de gestação. Nesse período inicial da gravidez, o embrião precisa se fixar
fortemente à parede do útero. É um momento delicado e por isso deve-se ter um
cuidado especial, bastante repouso e uma alimentação adequada.
Caso a gestante já seja praticante de Yoga, ela pode conversar com seu
médico para continuar com a prática, caso ele ateste que está tudo correndo
bem. Mesmo assim, a prática vigorosa deve ser substituída por uma prática leve,
específica para gestantes.
No último trimestre de uma gestação saudável e sem nenhum risco conhecido,
a gestante pode praticar à vontade, pois muitas vezes se sente apta e deseja
aumentar sua vibração e energia. Só terá que adaptar a barriga nos asanas. Tudo
deve ser devidamente conversado e a opinião médica é imprescindível.
Ter uma aluna gestante na aula convencional é possível, mas fica um pouco
desconfortável para conduzir. Se for uma praticante antiga, tudo bem,
convenciona-se que ela conhece os asanas e sabe se adaptar. Caso contrário,
cuidados serão indispensáveis e algumas vezes perde-se o foco. É uma condição
tão especial. Já a prática específica para gestantes oferece uma linguagem e
atmosfera diferentes. Quanto ao alongamento, durante a gestação, a gestante
começa a produzir um hormônio denominado relaxina. Esse hormônio provoca um
relaxamento dos ligamentos e tecidos moles do corpo. Deve-se evitar amplitudes
exageradas nos asanas que promovem alongamento, uma vez que, do contrário, a
gestante pode ficar com as articulações hipermóveis, gerando risco de lesões e
instabilidade articular.
Respirações muito intensas também são desnecessárias. O útero vai estar bem
próximo ao diafragma e a influência da respiração sobre os músculos abdominais
é direta. Aumentar a pressão intra-abdominal é desnecessária. Muitas mulheres
acabam desenvolvendo situações na gestação como hipertensão, diabetes
gestacional, préeclâmpsia, entre outros. Esteja sempre ciente de como sua aluna
gestante se sente, durante e após a prática.
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Posturas de equilíbrio devem ser cuidadosas, por dois motivos:
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IDOSOS
Um dos principais motivos para os idosos praticarem Yoga, é o rejuvenescimento.
Uma pessoa que traz em seu corpo toda a rigidez de sua vida laboral, de suas
vivências pessoais, da repetição das atividades de vida diária, se beneficia muito
com a prática de Yoga.
O Yoga permite ao idoso, voltar a sentar-se no chão! Talvez uma das funções
mais importantes que perdemos ao longo da vida. O simples ato de abaixar e
levantarse do chão requer um controle motor global. Necessita força muscular,
equilíbrio, flexibilidade e é uma condição grave no envelhecimento, quando o
idoso sofre uma queda e não consegue se levantar.
Além disso, o corpo sentado no chão confortavelmente permite que todos os
músculos estejam em seu tamanho ideal, as articulações bem posicionadas, a
flexibilidade em dia, a coluna alinhada. Se estamos muito longe disso, devemos
retomar o caminho. Com certeza impedirá a velocidade do envelhecimento. Nunca
é tarde para começar.
Os asanas, a respiração, a consciência corporal, o equilíbrio, a auto-
consciência, etc, todas as funções vitais se beneficiam.
OBJETIVOS DA PRÁTICA:
O simples fato de respirar mais profundamente já permite um ganho elevado
de saúde! Todos os pranayamas podem ser praticados pelos idosos, salvo aqueles
que tem hipertensão ou doenças neurológicas graves.
O alongamento permite a flexibilidade das articulações, facilitando os
movimentos e atuando inclusive na melhora da capacidade respiratória, por
flexibilizar a coluna e a caixa torácica.
O fortalecimento muscular gera maior estabilidade e previne fraturas nos ossos,
uma vez que a osteoporose geralmente está presente nessas pessoas. Alongar e
fortalecer a musculatura posterior da perna (m. gastrocnêmio) favorece o sistema
cardiovascular. Essa região é considerada o segundo coração do nosso corpo.
Estando esses músculos sadios, se favorece o retorno venoso da periferia em
direção ao coração. Asanas promovem massagens abdominais, facilitando a
função dos órgãos internos.
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PRINCIPAIS CUIDADOS
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PACIENTES CARDÍACOS
Em primeiro lugar vamos perceber em que consiste a hipertensão arterial. É
quando o coração tem que fazer uma força considerável, para gerar uma pressão
de ejeção do sangue que transponha a resistência dos tecidos. O sangue tende a
ficar estagnado nos membros inferiores, gerando resistência na grande circulação.
Além desse fator, vasos sanguíneos com aterosclerose se tornam rígidos e
estreitos e, também, interrompem a fluidez da circulação. Os valores em que pode
ser diagnosticada a hipertensão podem variar, mas alguns estudos recentes
realizados nos EUA apontam para que, valores superiores a 160/95 mmhg sejam
considerados hipertensos, e valores entre 140/90 mmhg e 160/95 mmhg se
considerem borderline.
O valor mais alto é denominado por pressão arterial sistólica, que acontece
quando o coração bombeia, contraindo-se, o sangue oxigenado do ventrículo
esquerdo para a artéria aorta. A seguir à pressão arterial sistólica, a pressão nas
artérias diminui quando o coração se volta a encher para a próxima contração.
Este valor mais baixo da pressão arterial é conhecido como pressão arterial
diastólica, porque a fase em que o coração está relaxado (em diástole).
A oscilação das duas pressões é que produz a pulsação arterial, que é
transmitida como uma onda de pressão através das paredes das artérias (algumas
veias). A pressão arterial nos vasos, que se encontrem verticalmente abaixo do
nível do coração, aumenta por causa da pressão que o sangue exerce nas
artérias, devido ao efeito da gravidade. Quanto a uma parte do corpo que se
encontre numa posição verticalmente acima do nível do coração, irá verificar-se
uma diminuição da pressão arterial pois o sangue terá que contrariar a força
gravítica.
OBJETIVOS DA PRÁTICA:
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Exercícios de relaxamento e visualizações criativas auxiliam no controle da
pressão arterial. A experiência, mesmo que apenas mental, libera hormônios
positivos, influenciando todo o sistema.
Exercícios de alongamento e fortalecimento muscular tornam o músculo mais
permeável ao sangue, permitindo que o coração possa diminuir a pressão sistólica
para levar o sangue até a extremidade, principalmente nas pernas, onde o sangue
precisa retornar ao coração. Para isso podemos contar com o músculo
gastrocnêmio, considerado o segundo coração do corpo humano.
PRINCIPAIS CUIDADOS
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PRINCIPAIS AJUSTES E ALINHAMENTOS DOS ASANAS
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Tipos de Asanas
1) Asanas de Flexão
2) Asanas de Extensão
3) Asanas de Torção
4) Asanas de Lateralidade
5) Asanas de Equilíbrio
6) Asanas Invertidos
7) Asanas para Meditação
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ESTUDO DOS ASANAS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. RJ. Guanabara
Koogan, 2002
MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2001.
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana Interativo. Versão 3.0. Icon Learning
Systems.
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