Lei Orgânica de Chapecó - SC

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Lei Orgânica de Chapecó - SC


Atos que alteram, regulamentam ou revogam esta Lei Orgânica

Atos que são alterados, regulamentados ou revogados por esta Lei Orgânica

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE


CHAPECÓ/SC.
No Exercício dos poderes outorgados pela Constituição Federal e como
representantes do povo Chapecoense, os Vereadores, que esta subscrevem,
promulgam, sob a proteção de Deus, esta Lei Orgânica, objetivando assegurar,
no âmbito da autonomia municipal, os direitos sociais e individuais, a liberdade,
a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça.

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º O Município de Chapecó, unidade da República Federativa do Brasil e


integrante da organização político-administrativa do Estado de Santa Catarina,
nos termos da autonomia que lhe é constitucionalmente assegurada, assume a
esfera local de governo dentro do estado democrático de direito, e fundamenta a
sua existência nos seguintes princípios:

I - a autonomia;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo Único - A ação municipal será desenvolvida em todo o seu território,


sem privilégios de distritos ou bairros, orientada no sentido de reduzir as
desigualdades sociais e de promover o bem-estar de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação.

Art. 2º Todo o poder emana do povo que o exerce por meio de seus
representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta Lei Orgânica e das
Constituições da República e do Estado.

Art. 3º O Município, visando integrar a organização, o planejamento e a


execução de funções públicas e a defesa de interesses comuns, poderá associar-
se ao Estado e aos demais Municípios, neste caso, sob a forma de consórcios ou
associações microrregionais.

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

CAPÍTULO I

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 4º O Município de Chapecó, com sede na cidade que lhe dá o nome, dotado
de autonomia política, administrativa e financeira, rege-se por esta Lei Orgânica.

Art. 5º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o


Executivo e o Legislativo.

Art. 6º São símbolos do Município sua Bandeira, seu Hino e seu Brasão.

Parágrafo Único - A Lei estabelecerá outros símbolos dispondo sobre o seu uso.

Art. 7º O Território do Município compreende o espaço físico que se encontra


sob sua jurisdição.

CAPÍTULO II
DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO

Art. 8º O Município, segundo suas necessidades e no interesse de seus


habitantes, poderá dividir-se em Distritos, Bairros e Vilas.

§ 1º A criação, organização, supressão, fusão ou troca de Distritos


dependem de lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

§ 2º A criação, reorganização, supressão, fusão ou troca de nomes de


bairros e vilas dependem de Lei. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 33/2011, de 09 de fevereiro de 2011)

§ 3º É facultada a descentralização administrativa com a criação, nos


Distritos e Bairros, de subsedes da Prefeitura, na forma da lei, de
iniciativa do Poder Executivo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 32/2010)

CAPÍTULO III
DOS BENS DO MUNICÍPIO

Art. 9º Constituem bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos


e ações que a qualquer título lhe pertençam.

Parágrafo Único - Lei Complementar disporá sobre a administração, aquisição,


alienação e uso dos bens municipais.

CAPÍTULO IV
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Seção I
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

Art. 10 Compete ao Município:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a Legislação Federal e a Estadual, no que couber;

III - elaborar o plano plurianual e o orçamento anual;

IV - instituir e arrecadar os tributos municipais, bem como aplicar suas rendas,


sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos

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prazos fixados em Lei;

V - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;

VI - dispor sobre organização, administração e execução dos serviços


municipais;

VII - dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos;

VIII - instituir a legislação de pessoal do Município; (Redação dada pela


Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

IX - organizar e prestar diretamente, ou sob o regime de concessão ou


permissão, os serviços públicos locais, inclusive os de transporte coletivo, que
têm caráter essencial;

X - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,


programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental;

XI - instituir, executar e apoiar programas educacionais e culturais que


propiciem o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente;

XII - amparar, de modo especial, os idosos e os portadores de deficiências;

XIII - estimular a participação popular na formulação de políticas públicas, sua


ação governamental, estabelecendo programas de incentivo a projetos de
organização comunitária, nos campos social e econômico, cooperativas de
produção e de mutirões;

XIV - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,


serviços de atendimento à saúde da população, inclusive assistência nas
emergências médico-hospitalares de pronto-socorro, com recursos próprios, ou
mediante convênio com entidades especializadas;

XV - planejar e controlar o uso, o parcelamento e a ocupação do solo em seu


território, especialmente o de sua zona urbana;

XVI - estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de


zoneamento urbano e rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes à
ordenação do seu território, observadas as diretrizes da Lei Federal;

XVII - instituir, planejar e fiscalizar programas de desenvolvimento urbano nas


áreas de habitação, e saneamento básico, de acordo com as diretrizes
estabelecidas na Legislação Federal, sem prejuízo do exercício da competência
comum correspondente;

XVIII - prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e


destino do lixo domiciliar ou não, bem como de outros detritos e resíduos de
qualquer natureza;

XIX - conceder e renovar licença para localização, funcionamento e permanência


de estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços e quaisquer
outros;

XX - cessar a licença que houver concedido ao estabelecimento cuja atividade


venha a se tornar prejudicial à saúde, à higiene, à segurança, ao sossego e aos
bons costumes;

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XXI - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para


funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais, de serviços e outros,
atendidas as normas da Legislação Federal aplicável;

XXII - organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício do


poder de polícia administrativo;

XXIII - fiscalizar, nos locais de venda, peso, medidas e condições sanitárias dos
gêneros alimentícios, observada a Legislação Federal pertinente;

XXIV - dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidas


em decorrência de transgressão da Legislação Municipal;

XXV - dispor sobre o registro, guarda, vacinação e captura de animais, com a


finalidade precípua de controlar e erradicar moléstias de que possam ser
portadores ou transmissores;

XXVI - disciplinar os serviços de carga e descarga;

XXVII - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como


regulamentar e fiscalizar a sua utilização;

XXIII - regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente no


perímetro urbano, determinar o itinerário e os pontos de parada obrigatória de
veículos de transporte coletivo;

XXIX - fixar e sinalizar as zonas de silêncio, de trânsito e tráfego em condições


especiais;

XXX - regular as condições de utilização dos bens públicos de uso comum;

XXXI - regular, executar, licenciar, fiscalizar, conceder, permitir ou autorizar,


conforme o caso:

a) os serviços de carros de aluguel, inclusive o uso de taxímetro;


b) os serviços funerários e os cemitérios, permitindo o direito de livre escolha
desses serviços pelos usuários;
c) os serviços de mercados, feiras e matadouros públicos;
d) os serviços de construção e conservação de estradas, ruas, vias ou caminhos
municipais;
e) os serviços de iluminação pública;
f) a fixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros
meios de publicidade e propaganda nos locais sujeitos ao poder de polícia
municipal;

XXXII - fixar os locais de estacionamento público de táxis e demais veículos;

XXXIII - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus


serviços, inclusive de seus concessionários;

XXXIV - promover programas de construção de moradias e a melhoria das


condições habitacionais e de saneamento básico;

XXXV - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização,


promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

XXXVI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direito de pesquisa e


exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;

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XXXVII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do


trânsito;

XXXVIII - criar Guarda Municipal destinada à proteção de seus serviços e


instalações;

Parágrafo Único - A Lei regulará a criação e o funcionamento da Guarda


Municipal.

Seção II
DA COMPETÊNCIA COMUM

Art. 11 É da competência comum do Município, do Estado e da União:

I - zelar pela guarda das Constituições Federal e Estadual, das Leis, das
Instituições Democráticas e conservar o patrimônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas


portadoras de deficiência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico e cultural,


os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de


outros bens de valor histórico, artístico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas


formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover, na forma da Lei, a defesa do consumidor.

CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 12 A Administração Municipal compreende:

I - órgãos da administração direta;

II - entidades de administração direta ou fundacional dotadas de personalidade


jurídica própria.

Art. 13 A administração pública municipal direta, indireta ou


fundacional, obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também ao seguinte: (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica 18/2001)

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos


brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda à Lei

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Orgânica 18/2001)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de


aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego público, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargos em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
18/2001)

III - o prazo de validade do concurso público será de dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no Edital de Convocação, aquele


aprovado em concurso público de provas e de provas e títulos, será convocado
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego na
carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

VI - a Lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas


portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

VII - a Lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para


atender à necessidade temporária de excepcional interesse público;

VIII - A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e


empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, dos membros dos Poderes Executivo e Legislativo
Municipal, os proventos e pensões, ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluída as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, do Prefeito Municipal, exceto o subsídio pago
aos detentores de mandato eletivo e demais condições legais
efetivadas até a data de publicação da Emenda à Lei Orgânica nº
18/01; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 35/2011)

IX - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata


o § 4º do art. 39 da Constituição Federal somente poderão ser fixados
ou alterados por Lei específica, observada a iniciativa privativa em
cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e
sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
18/2001)

X - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores


aos pagos ao Poder Executivo;

XI - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies


remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

XII - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público


municipal não serão computados nem acumulados para fins de

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concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda à Lei


Orgânica nº 18/2001)

XIII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e


empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos arts.
37, XI e XIV, 39, § 4º, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I da Constituição
Federal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

XIV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,


quando houver compatibilidade de horários, observando em
qualquer caso o disposto no inciso VIII:

a) a de dois cargos de professor;


b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a dois cargos privativos de médico.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

XV - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e


abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo Poder Público; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 18/2001)

XVI - nenhum servidor será designado para funções não constantes das
atribuídas ao cargo que ocupa,a não ser em substituição e, se acumulada, com
gratificação em lei;

XVII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas


áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores
administrativos, na forma da Lei;

XVIII - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e


autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à Lei Complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 18/2001)

XIX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias


das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação delas
em empresas privadas;

XX - ressalvados os casos determinados na legislação federal específica, obras,


serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública, que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas condições
efetivas da proposta, nos termos da Lei, a qual somente permitirá as exigências
de qualificação técnica e econômica indispensável à garantia do cumprimento
das obrigações.

XXI - é vedada a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em


linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive,
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica,
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer
dos Poderes do Município, excetuando-se a esta regra as
contratações em caráter temporário nos casos previstos em Lei e

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precedidas de regular processo seletivo, onde exista ampla


publicidade e oportunidade igualitária para todos, através de provas
escritas, práticas ou de títulos; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 33/2011)

XXII - fica vedada a nomeação para cargos em comissão no âmbito


dos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo do Município de
Chapecó, Estado de Santa Catarina, às pessoas inseridas nas
seguintes hipóteses:

a) Os que tenham contra sua pessoa representação julgada


procedente pela Justiça ELeitoral, em decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso
do poder econômico ou político, desde a decisão até o transcurso do
prazo de 8 (oito) anos;
b) Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o
transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena,
pelos crimes:
1. Contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e
o patrimônio público;
2. Contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de
capitais e os previstos na Lei que regula a falência;
3. Contra o meio ambiente e a saúde pública;
4. Eleitorais, para os quais a Lei comine pena privativa de liberdade;
5. De abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à
perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;
6. De lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
7. De tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura,
terrorismo e hediondos;
8. De redução à condição análoga à de escravo;
9. Contra a vida e a dignidade sexual; e
10. Praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;
c) Os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele
incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;
d) Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou
funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que
configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão
irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa
ou anulada pelo Poder Judiciário, aplicando-se o disposto no inciso
II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de
despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa
condição, desde a decisão até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos;
e) Os detentores de cargo na administração pública direta, indireta
ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do
poder econômico ou político, que forem condenados em decisão
transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
desde a decisão até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos;
f) Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou
proferida por órgão colegiado da Justiça ELeitoral, por corrupção
eLeitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou
gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos
agentes públicos em campanhas eLeitorais que impliquem cassação
do registro ou do diploma, desde a decisão até o transcurso do prazo
de 8 (oito) anos;
g) Os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em
decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial

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colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que


importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde
a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8
(oito) anos após o cumprimento da pena;
h) Os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão
sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de
infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato
houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;
i) Os que forem demitidos do serviço público em decorrência de
processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos,
contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado
pelo Poder Judiciário.

§ 1º A vedação prevista na alínea b do inciso XXII, deste artigo não se


aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em Lei como de menor
potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada.

§ 2º Todos os atos efetuados em desobediência às vedações previstas


no inciso XXII deste artigo serão considerados nulos.

§ 3º Caberá ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo Municipal, de


forma individualizada, a fiscalização de seus atos em obediência ao
que consta no inciso XXII, deste artigo, com a possibilidade de
requerer aos órgãos competentes informações e documentos que
entender necessários para o cumprimento das exigências legais.

§ 4º Para efeito do que dispõe o inciso XXII deste artigo, o nomeado


ou designado, obrigatoriamente antes da posse, terá ciência das
restrições e declarará por escrito não encontrar-se inserido nas suas
vedações.

(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 33/2011)

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos


públicos municipais deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizam
promoção pessoal de autoridade ou serviços públicos.

§ 2º A não observância do disposto nos Incisos II e III implicará a nulidade do


ato e a punição da autoridade responsável nos termos da Lei.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na


administração pública direta e indireta, regulando especificamente:

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em


geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações


sobre atos de governo, observando o disposto no art. 5º, X e XXXIII
da Constituição Federal;

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou


abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública;

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

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§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos


direitos políticos declarados por sentença transitada em julgado pelo poder
competente, na perda da função pública, na indisponibilidade dos bens, no
ressarcimento ao erário, na forma e gradação prevista na legislação federal, sem
prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º O Município e os prestadores de serviços públicos municipais responderão


pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros,
assegurando o direito de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou
culpa.

§ 6º A Lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de


cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite
o acesso a informações privilegiadas. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 18/2001)

§ 7º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e


entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada
mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o
Poder Público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à Lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato;

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,


obrigações e responsabilidades dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

§ 8º O disposto no inciso VIII aplica-se às empresas públicas e às


sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem
recursos do Município para pagamento de despesas de pessoal ou de
custeio em geral. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

§ 9º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 35/2011)

Art. 14 Ao servidor público da administração direta, autárquica e


fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes
disposições: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado do seu


cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou


função, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,


perceberá as vantagens do seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato


eletivo, seu tempo de serviço será contado, para todos os efeitos legais, exceto
para a promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores

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serão determinados como se no exercício estivesse.

§ 1º Aplica-se o disposto nos Incisos II e V ao servidor eleito Vice-Prefeito,


investido em função executiva municipal.

§ 2º É inamovível, salvo a pedido, o servidor público estadual eleito Vereador.

Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS

Art. 15 O Município instituirá conselho de política de administração e


remuneração de pessoal, integrado por servidores dos Poderes
Executivo e Legislativo.

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes


do sistema remuneratório observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos


cargos componentes de cada carreira;

II - os requisitos para a investidura;

III - as peculiaridades dos cargos.

§ 2º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto


no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
XXII e XXX da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o
exigir.

§ 3º Os membros dos Poderes Executivo e Legislativo, detentores de


mandato eletivo e os secretários municipais serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba
de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em
qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI da Constituição Federal.

§ 4º Lei Municipal poderá estabelecer a relação entre a maior e a


menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em
qualquer caso, o disposto no art. 37, XI da Constituição Federal.

§ 5º Os Poderes Legislativo e Executivo publicarão anualmente os


valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos
públicos.

§ 6º Lei Municipal disciplinará a aplicação de recursos


orçamentários provenientes da economia com despesas correntes
em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e
racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional
ou prêmio de produtividade.

§ 7º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira


poderá ser fixada nos termos do § 3º.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

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Art. 16 Aos servidores titulares de cargos efetivos do Município, incluídas suas


autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter
contributivo, observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial e o disposto neste artigo.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo
serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na
forma do § 3º:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional
ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 (dez) anos de
efetivo exercício no serviço público e 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que se
dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 (sessenta) anos de idade e 35 (trinta e cinco) de contribuição, se homem, e
55 (cinqüenta e cinco) anos de idade e 30 (trinta) de contribuição, se mulher;
b) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade,
se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão,
não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em
que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da
pensão.
§ 3º Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão
calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der
a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão
de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo,
ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei
complementar.
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em 5
(cinco) anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que
comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério
na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na
forma desta Lei Orgânica, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à
conta do regime de previdência previsto neste artigo.
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que será
igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que
teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o
disposto no § 3º.
§ 8º Observado o disposto no art. 37, XI da Constituição Federal, os proventos
de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma
data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade,
sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer
benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade,
inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
concessão da pensão, na forma da lei.
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para
efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de
disponibilidade.
§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de
contribuição fictício.
§ 11 Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI da Constituição Federal, à soma total

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dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de


cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante
da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na
forma desta Lei Orgânica, cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
§ 12 Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores
públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e
critérios fixados para o regime geral de previdência social.
§ 13 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de
emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.
§ 14 O Município, desde que institua regime de previdência complementar para
seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor
das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este
artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201 da Constituição Federal.
§ 15 Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto no parágrafo
anterior, poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público
até a data e publicação do ato de instituição do correspondente regime de
previdência complementar. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
18/2001)

Art. 16. O regime próprio de previdência social dos servidores


titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário,
mediante contribuição do Município de Chapecó, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social


será aposentado:

I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que


estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em
que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para
verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de Lei Complementar;

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de


contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e
cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;

III - aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65


(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, observados o tempo de
contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei
complementar.

§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao


valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201, da Constituição
Federal ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime
Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 13 a 15.

§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria


serão disciplinadas em Lei Complementar.

§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para


concessão de benefícios em regime próprio de previdência social,

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ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-C e 5º, do art. 40 da


Constituição Federal, sendo a diferenciação limitada à idade e ao
tempo de contribuição.

§ 5º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos


acumuláveis na forma da Constituição Federal, é vedada a percepção
de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de
previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições
para a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no
Regime Geral de Previdência Social.

§ 6º Observado o disposto no § 2º do art. 201, da Constituição


Federal, quando se tratar da única fonte de renda formal auferida
pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido
nos termos de Lei Complementar.

§ 7º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-


lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios
estabelecidos em lei.

§ 8º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal


será contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§
9º e 9º-A do art. 201, da Constituição Federal e o tempo de serviço
correspondente será contado para fins de disponibilidade.

§ 9º A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de


tempo de contribuição fictício.

§ 10 Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, da Constituição Federal à


soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem
como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral
de previdência social, e ao montante resultante da adição de
proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na
forma da Constituição Federal, cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 11 Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime


próprio de previdência social, no que couber, os requisitos e critérios
fixados para o Regime Geral de Previdência Social.

§ 12 Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo


em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de
outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego
público, o Regime Geral de Previdência Social.

§ 13 O Município instituirá, por lei de iniciativa do respectivo Poder


Executivo, regime de previdência complementar para servidores
públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das
aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência
social, ressalvado o disposto no § 15.

§ 14 O regime de previdência complementar de que trata o § 13


oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição
definida, observará o disposto no art. 202 da Constituição Federal e
será efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência
complementar ou de entidade aberta de previdência complementar.

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§ 15 Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§


13 e 14 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no
serviço público até a data da publicação do ato de instituição do
correspondente regime de previdência complementar.

§ 16 Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do


benefício previsto no § 3º serão devidamente atualizados, na forma
da lei.

§ 17 Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e


pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo na forma e
condições disciplinadas em Lei Complementar.

§ 18 É vedada a existência de mais de um regime próprio de


previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse
regime no Município de Chapecó, abrangidos todos os poderes,
órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão
responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, os
parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de
que trata o § 22, do art. 40, da Constituição Federal. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 42/2021)

Art. 17 São estáveis após 3 (três) anos de efetivo exercício os


servidores nomeados para cargo em provimento efetivo em virtude
de concurso público.

§ 1º O servidor público municipal estável só perderá o cargo


mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa, em virtude de sentença judicial transitada em julgado e
mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho na
forma de Lei Complementar, assegurada a ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,


será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável,
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo e declarada sua desnecessidade, o servidor


estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a


avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

Art. 18 É livre a associação profissional ou sindical do servidor público municipal


na forma da Lei Federal, observado o seguinte:

§ 1º Haverá uma só associação sindical para os servidores da administração


direta, das autarquias e das funções.

§ 2º Os servidores da administração indireta, das empresas públicas e de


economia mista, poderão associar-se em sindicato próprio.

Art. 19 O direito de greve assegurado aos servidores públicos municipais não se

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aplica aos que exercem funções em serviços ou atividades essenciais, assim


definidos em Lei.

Art. 20 É assegurada a participação dos servidores públicos municipais, por


eleição, nos colegiados da administração pública em que seus interesses
profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação, na
forma da Lei.

Seção III
DOS ATOS MUNICIPAIS E SUA PUBLICAÇÃO

Art. 21 Os atos municipais que produzam efeitos externos serão


publicados no órgão oficial do Município definido em Ato do Chefe
do Poder Executivo Municipal ou, na falta deste, em diário da
respectiva associação municipal ou em jornal local ou da
microrregião a que pertencer. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 37/2014)

§ 1º Consideram-se atos municipais que produzem efeitos externos:

I - as Emendas à Lei Orgânica do Município;

II - as Leis Complementares;

III - as Leis Ordinárias;

IV - as Leis Delegadas;

V - as Resoluções;

VI - os Decretos Legislativos;

VII - os Decretos;

VIII - o Relatório Resumido de Execução Orçamentária;

IX - aqueles relativos e decorrentes de processos licitatórios;

X - outros determinados na forma da lei.

§ 2º Os Decretos Legislativos e os Decretos podem ser publicados de


forma resumida, desde que não sejam normativos.

§ 3º Os atos não normativos internos, os normativos internos e


aqueles que esclarecem situações individuais serão publicados em
Mural público, na sede da Prefeitura Municipal e da Câmara de
Vereadores, que receberá cópia dos atos municipais e deverá
providenciar sua anexação ao Mural, conforme o caso.

§ 4º A forma e o registro dos atos administrativos serão disciplinados


na forma da Lei.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 7/1998)

§ 5º Ato do Chefe do Poder executivo definirá diário oficial eletrônico


do Município, disponibilizado em sítio da rede mundial de
computadores, para publicação dos atos municipais.

§ 6º O sítio e o conteúdo das publicações de que trata § 5º deverão ser

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assinados digitalmente com base em certificado emitido por


Autoridade Certificadora credenciada no âmbito da Infraestrutura
de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).

§ 7º A publicação eletrônica na forma do § 5º substitui qualquer


outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à
exceção dos casos que, por Lei especial, exijam outro meio de
publicação.

(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 37/2014)

CAPÍTULO VI
DO PODER LEGISLATIVO

Seção I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 22 O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal constituída de


Vereadores, representantes do povo, eleitos pelo voto direto e secreto, em
sistema proporcional, dentre brasileiros maiores de 18 (dezoito) anos, atendidas
as demais condições da legislação eleitoral.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 23 São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo e o Executivo.

§ 1º Salvo as expressas exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a


qualquer dos Poderes delegar competência.

§ 2º Cada legislatura terá duração de 04 (quatro) anos.

Art. 24 A eleição para Vereador se fará simultaneamente com a do


Prefeito e Vice-Prefeito, nos termos da legislação federal. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

Art. 25 A Câmara Municipal compõe-se de 21 (vinte e um) Vereadores


eleitos pelo voto direto e secreto. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 32/2010)

Art. 26 Ao Poder Legislativo é assegurada autonomia administrativa e financeira


na forma desta Lei Orgânica.

Art. 27 A Câmara Municipal reunir-se-á, anual e ordinariamente, na sede do


Poder Legislativo, de 30 de janeiro a 4 de julho e de 31 de julho a 31 de
dezembro. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 36/2013)

Art. 27. A Câmara Municipal reunir-se-á, anual e ordinariamente, na


sede do Poder Legislativo, de 30 de janeiro a 31 de dezembro.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 39/2020)

§ 1º As reuniões inaugurais de cada sessão legislativa, marcadas para as duas


que lhe correspondem, previstas neste Artigo, serão transferidas para o primeiro

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dia útil subseqüente, quando coincidirem com sábados, domingos e feriados.

§ 1º As reuniões inaugurais da sessão legislativa, previstas neste


Artigo, serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente,
quando coincidirem com sábados, domingos e feriados. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 39/2020)

§ 2º A convocação da Câmara é feita no período e nos termos estabelecidos neste


Artigo, correspondendo à sessão legislativa ordinária.

§ 3º A convocação extraordinária da Câmara far-se-á:

I - pelo Prefeito, em caso de urgência ou interesse público relevante;

II - pelo Presidente da Câmara Municipal para o compromisso e a posse do


Prefeito e do Vice-Prefeito;

III - a requerimento da maioria dos membros da Câmara de Vereadores para


tratar de assuntos de urgência ou interesse público relevante.

§ 4º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal


somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada,
vedado o pagamento de parcela indenizatória em valor superior ao
do subsídio mensal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11/1999)

Art. 28 As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria simples


de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, salvo
disposições em contrário previstas na Constituição Federal, nesta Lei
Orgânica e no seu Regimento Interno. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 32/2010)

Art. 29 A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem deliberações


sobre o projeto de lei orçamentária.

Art. 30 As sessões da Câmara realizar-se-ão em recinto destinado ao seu


funcionamento, observado o disposto nesta Lei Orgânica.

§ 1º O horário das sessões ordinárias e extraordinárias da Câmara Municipal é o


estabelecido em seu Regimento Interno.

§ 2º Poderão ser realizadas sessões fora do recinto da Câmara.


(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

Art. 31 As sessões serão públicas, salvo deliberações em contrário, de dois terços


dos Vereadores, adotada em razão de motivo relevante.

Art. 32 As sessões serão abertas com a presença de qualquer número


dos membros da Câmara, vetada, de qualquer forma, a votação
secreta. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16/2001)

Seção I
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 33 Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre


todas as matérias de competência do Município, especialmente sobre:

I - tributos municipais, arrecadação e dispêndio de suas rendas;

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II - isenção e anistia em matéria tributária, bem como remissão de dívidas;

III - orçamento anual e plurianual e autorização para a abertura de créditos


suplementares e especiais;

IV - operações de crédito, auxílio e subvenções;

V - concessões administrativas de uso dos bens municipais;

VI - concessão, permissão e autorização de serviços públicos;

VII - alienação de bens públicos;

VIII - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem ônus;

IX - organização administrativa municipal;

X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas,


bem como a fixação dos respectivos vencimentos; (Declarado
inconstitucional pela ADIN nº 1998.003037-4 - Tribunal de Justiça
de Santa Catarina - Suspensa a execução do dispositivo legal através
do Decreto Legislativo Estadual nº 18.131/1999 - Assembléia
Legislativa do Estado de Santa Catarina)

XI - criação e estruturação das Secretarias Municipais e demais órgãos da


administração pública, bem como a definição das respectivas atribuições;

XII - aprovação do plano diretor e demais planos e programas de governo;

XIII - delimitação do perímetro urbano;

XIV - transferência temporária da sede do governo municipal;

XV - autorização para nominar e para mudar a denominação de


prédios, vias e logradouros públicos; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 10/1999)

XVI - normas urbanísticas, particularmente às relativas a zoneamento e


loteamento.

Art. 34 É de competência exclusiva da Câmara Municipal:

I - eleger os membros de sua mesa diretora;

II - elaborar o seu Regimento Interno;

III - organizar os serviços administrativos internos e prover os cargos


respectivos;

IV - propor a criação ou extinção de cargos dos servidores


administrativos internos e a fixação da respectiva remuneração
através de Lei Complementar; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 32/2010)

V - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;

VI - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município quando exceder a 15


(quinze) dias;

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VII - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos


indicados na Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e na Legislação Federal
aplicada;

VIII - autorizar a realização de empréstimos ou de créditos internos ou externos


de qualquer natureza, de interesse do Município;

IX - proceder a tomada de contas do Prefeito, através da Comissão Especial,


quando não apresentadas à Câmara, dentro de 60 (sessenta) dias após a
abertura da sessão legislativa;

X - aprovar convênio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo


Município com a União, o Estado, outra pessoa jurídica de direito público
interno, de direito privado, instituições estrangeiras ou multinacionais,
produzindo seus efeitos após aprovação pela Câmara de Vereadores;
(Declarado inconstitucional por força da ADIN nº 98.003037-4)

XI - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões;

XII - convidar o Prefeito e convocar Secretários do Município ou qualquer


autoridade ou funcionário municipal para prestar esclarecimentos, aprazando
dia e hora para comparecimento, importando a ausência, sem justificação
adequada, em crime de responsabilidade, punível na forma da Legislação
Federal;

XIII - encaminhar pedidos de informações, por escrito, ao Prefeito, Secretários


do Município ou autoridade equivalente, importando em crime de
responsabilidade a recusa ou o não atendimento no prazo de 30 (trinta) dias,
bem como a prestação de informações falsas, e, ocorrendo qualquer uma das
hipóteses acima, automaticamente ocorrerá a suspensão do exercício de seu
cargo até o cumprimento do pedido;

XIV - ouvir Secretários do Município ou autoridades equivalentes, quando por


sua iniciativa e mediante entendimentos prévios com a Mesa, comparecerem à
Câmara Municipal para expor assuntos de relevância da Secretaria ou órgão da
administração de que forem titulares;

XV - deliberar sobre o adiamento e a suspensão de suas reuniões;

XVI - criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato determinado e prazo


certo, mediante requerimento de um terço de seus membros;

XVII - conceder título de cidadão honorário ou conferir homenagem


à pessoa que, reconhecidamente, tenha prestado relevantes serviços
ao Município ou nele se tenha destacado pela atuação exemplar na
vida pública, bem como conceder título de reconhecimento
denominado "Senhor Augusto Tessari", para empresas, pessoas,
entidades, associações, que reconhecidamente tenham contribuído
para a preservação, desenvolvimento ou incentivo ao Meio Ambiente,
assim como conceder título denominado "Medalha O Desbravador"
para membros da Corporação da Polícia Civil que se destacaram
prestando relevantes serviços à comunidade, mediante proposta de,
pelo menos, dois terços dos membros da Câmara; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 21/2002)

XVIII - solicitar a intervenção do Estado no Município;

XIX - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da

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administração pública;

XX - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em


Lei;

XXI - fixar os subsídios dos Vereadores, até seis meses antes do final
de cada legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõem os
arts. 37, incisos X e XI e 39, § 4º da Constituição Federal. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

XXII - fixar os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos


Secretários Municipais, até seis meses antes, do final de cada
legislatura para a seguinte, observado o que dispõem os arts. 37,
incisos X e XI e 39, § 4º da Constituição Federal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

Seção II
DOS VEREADORES

Art. 35 Os Vereadores são invioláveis no exercício do seu mandato e na


circunscrição do Município, por suas opiniões, palavras e votos.

Parágrafo Único - Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre


informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem
sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

Art. 36 É vedado ao Vereador:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações,


empresas públicas, sociedades de economia mista ou com empresas
concessionárias de serviços públicos, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;
b) aceitar cargo, emprego ou função remunerada ou não no âmbito da
administração pública direta ou indireta municipal, salvo mediante a aprovação
em concurso público e observadas as demais disposições desta Lei Orgânica.

II - Desde a posse:

a) ocupar cargo, função ou emprego na administração pública direta ou indireta


do Município, de que seja exonerável "ad nutum", salvo cargo de Secretário
Municipal ou equivalente;

b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal;

b) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.


(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 41/2021)
c) ser proprietário controlador ou diretor de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público do Município, ou
nela exercer função remunerada;
d) patrocinar causa em que seja interessado o Município ou qualquer das
entidades a que se refere a Alínea "a" do Inciso I.
e) promover mais que 3 (três) homenagens por legislatura a
entidades ou pessoas através da Câmara Municipal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 38/2014)

Art. 37 Perderá o mandato o Vereador:

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I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou


atentatório às instituições vigentes;

III - quando não tomar posse no prazo previsto nesta Lei;

IV - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à quinta parte


das sessões ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão
autorizada pela edilidade;

V - fixar residência fora do Município;

VI - que perder ou tiver suspensos os seus direitos políticos;

VII - quando o decretar a Justiça Eleitoral;

VIII - quando for condenado por sentença transitada em julgado.

§ 1º Além de outros casos definidos no Regimento Interno da Câmara Municipal,


considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar o abuso das
prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepção de vantagens lícitas ou
imorais.

§ 2º Nos casos dos Incisos I, II e VIII, a perda do mandato será


declarada pela Câmara, pelo voto de 2/3 (dois terços), pelo menos,
dos membros da Câmara, mediante provocação da Mesa ou de
partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16/2001)

§ 3º Nos casos previstos nos Incisos II e VI, a perda do mandato será declarada
pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer dos seus
membros ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 38 O Vereador poderá licenciar-se:

I - por motivo de doença, por qualquer prazo;

II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o


afastamento não ultrapasse a cento e vinte dias por sessão legislativa;

III - para desempenhar missões temporárias, de caráter cultural ou de interesse


do Município.

IV - para assumir temporariamente, mandato de deputado estadual,


de deputado federal ou de senador, na condição de suplente, sendo,
nestes casos, automaticamente licenciado. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 41/2021)

§ 1º Não perderá o mandato, considerando-se automaticamente


licenciado, o Vereador investido no cargo de Secretário Municipal ou
Estadual, Presidente, Superintendente, Assessor, Chefe ou Diretor
da Administração Pública direta ou indireta do Município, Estado ou
União. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14/2001)

§ 2º Ao Vereador licenciado nos termos do Inciso I, para remuneração, será


considerado como se no efetivo exercício estivesse.

§ 3º A licença para tratar de interesse particular poderá ser por

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qualquer tempo, desde que solicitada com prazo de 24 horas, e o


Vereador não poderá reassumir o exercício do mandato antes do
término da licença. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/1998)

§ 4º Independentemente do requerimento, considerar-se-á como licença o não


comparecimento às reuniões, de Vereador privado temporariamente de sua
liberdade em virtude de processo criminal em curso.

§ 5º Na hipótese do § 1º, o Vereador poderá optar pela remuneração do


mandato.

§ 6º A Vereadora terá direito a licença gestante, não superior a 120


(cento e vinte) dias, sem prejuízo de recebimento do subsídio
integral. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 13/2000)

Art. 39 Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador nos casos de vaga ou de


licença.

§ 1º O Suplente convocado deverá tomar posse no prazo de 24 horas,


contadas da data de convocação, salvo justo motivo aceito pela
Câmara, quando se prorrogará o prazo por igual período. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/1998)

§ 2º Enquanto a vaga a que se refere o Parágrafo anterior não for preenchida,


calcular-se-á o quorum em função dos Vereadores remanescentes.

Seção III
DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA

Art. 40 A Câmara reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de janeiro,


no primeiro ano de legislatura, para a posse de seus membros e eleição da Mesa.

§ 1º A posse ocorrerá em sessão solene e se realizará independentemente de


número, sob a Presidência do Vereador mais idoso dentre os presentes.

§ 2º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no parágrafo anterior,


deverá fazê-lo dentro do prazo de dez dias do início do funcionamento ordinário
da Câmara, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo, aceito pela
maioria absoluta dos membros da Câmara.

§ 3º Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência


do mais idoso dentre os presentes, e, havendo maioria absoluta dos membros da
Câmara, elegerão os componentes da Mesa, que serão automaticamente
empossados.

§ 4º Inexistindo número legal, o Vereador mais idoso dentre os presentes


permanecerá na presidência e convocará as sessões diárias, até que seja eleita a
Mesa.

§ 5º A eleição da Mesa da Câmara para a próxima sessão legislativa


far-se-á na última reunião ordinária da última sessão do segundo ano
da legislatura, tomando posse automaticamente, os eleitos, no dia 1º
de janeiro do ano seguinte. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
1/1990)

Art. 41 O Mandato da mesa será de dois anos, vedada a recondução para o


mesmo cargo, na eleição imediatamente subseqüente.

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Art. 42 A Mesa da Câmara se compõe do Presidente, do Vice-Presidente, do


Primeiro Secretário e do Segundo Secretário, os quais se substituirão nessa
ordem.

§ 1º Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível, a


representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da Casa.

§ 2º Na ausência de membros da Mesa, o Vereador mais idoso assumirá a


presidência.

§ 3º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído da mesma, pelo voto


de dois terços dos membros a câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no
desempenho de suas funções e atribuições regimentais, elegendo-se outro
Vereador para completar-lhe o mandato.

Art. 43 A Câmara terá Comissões Permanentes e Especiais.

§ 1º Às Comissões Permanentes, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

II - convocar os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes, para prestar


informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições;

III - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer


pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

IV - exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos atos do Executivo


e da administração indireta;

§ 2º As Comissões Especiais, criadas por deliberações do Plenário, serão


destinadas ao estudo de assuntos específicos e à representação da Câmara em
congressos, solenidades ou outros atos públicos.

§ 3º Na formação das Comissões assegurar-se-á, tanto quanto possível, a


representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que
participam da Câmara.

§ 4º As Comissões Parlamentares de Inquérito, que terão poderes de


investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no
Regimento Interno da Casa, serão criadas pela Câmara Municipal, mediante
requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil
ou criminal de infratores.

Art. 44 À Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete


elaborar o seu Regimento Interno, dispondo sobre a sua organização política e
provimento de cargos e de seus serviços.

Art. 45 À Mesa, dentre outras atribuições, compete:

I - tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos;

II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos serviços da Câmara e


fixem os respectivos vencimentos;

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III - apresentar projetos de resolução dispondo sobre a abertura de créditos


suplementares ou especiais, mediante aproveitamento total ou parcial das
consignações orçamentárias da Câmara;

IV - promulgar a Lei Orgânica;

V - representar, junto ao Executivo, sobre necessidade de economia interna;

VI - prover os cargos na forma da Lei, por tempo determinado, para atender à


necessidade temporária de excepcional interesse público.

Art. 46 Dentre outras atribuições, compete ao Presidente da Câmara:

I - representar a Câmara, em juízo ou fora dele;

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da


Câmara;

III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - promulgar Resoluções e Decretos Legislativos;

V - promulgar as Leis com sanções tácitas, ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo
Plenário, desde que não aceita esta decisão em tempo hábil, pelo Prefeito;

VI - fazer publicar os atos da Mesa, as Resoluções, os Decretos Legislativos e as


leis que vier a promulgar;

VII - autorizar as despesas da Câmara;

VIII - representar, por decisão da Câmara, sobre a inconstitucionalidade de lei


ou ato municipal;

IX - solicitar, por decisão da maioria absoluta da Câmara, a intervenção no


Município, nos casos admitidos pela Constituição Federal, Estadual e pela Lei
Orgânica.

Seção IV
DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 47 O processo legislativo municipal compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica;

II - Leis Complementares;

III - Leis Ordinárias;

IV - Leis Delegadas;

V - Resoluções;

VI - Decretos Legislativos;

Art. 48 A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

I - do Prefeito Municipal;

II - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

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III - mediante proposta popular contendo assinatura de, no mínimo, cinco por
cento dos eleitores do Município.

§ 1º A proposta será votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias,
e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal;

§ 2º A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa da Câmara


com o respectivo número de ordem.

§ 3º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio ou


de intervenção no Município.

Art. 49 A iniciativa das leis Complementares e Ordinárias cabe a qualquer


Vereador, Comissão Permanente da Câmara, ao Prefeito Municipal e aos
cidadãos que a exercerão sob a forma de moção articulada, subscrita, no
mínimo, por cinco por cento do total do número de eleitores do Município.

Art. 50 As Leis Complementares somente serão aprovadas se obtiverem maioria


absoluta dos votos dos membros da Câmara Municipal, observados os demais
termos de votação das Leis Ordinárias.

Parágrafo Único - Serão Leis Complementares, dentre outras, as previstas nesta


Lei Orgânica:

I - Código "Tributário Municipal";

II - Código de Obras;

III - Código Municipal do Meio Ambiente;

IV - Código de Posturas;

V - Lei instituidora do Regime Jurídico Único dos Servidores Municipais;

VI - Lei de criação de Cargos, Funções ou Empregos Públicos;

VII - Lei que institui o Plano Diretor do Município;

VIII - Lei do Sistema Municipal de Ensino.

Art. 51 São iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham sobre:

I - a criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos


na administração direta, autárquica e fundacional, fixação ou aumento de sua
remuneração;

II - servidores públicos do Poder Executivo, da administração indireta e


autárquica, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria;

III - criação, estruturação e atribuições das secretarias, departamentos ou


diretorias equivalentes e órgãos da administração pública direta e indireta;

IV - matéria orçamentária e a que autorize a abertura de créditos ou conceda


auxílios e subvenções.

Parágrafo Único - Não será admitido aumento de despesa prevista nos projetos
de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no Inciso IV,
primeira parte, deste artigo.

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Art. 52 É de competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa de projetos


que disponham sobre:

I - autorização para a abertura de créditos suplementares ou especiais, mediante


aproveitamento total ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara;

II - organização dos serviços administrativos da Câmara, criação, transformação


ou extinção de seus cargos, empregos e funções, fixação e aumento da respectiva
remuneração.

Parágrafo Único - Nos projetos de competência exclusiva da mesa da Câmara


não serão admitidas emendas que aumentem a despesa prevista.

Art. 53 O Prefeito poderá solicitar urgência para a apreciação dos


projetos de sua iniciativa, que ficará condicionada a aprovação pela
Câmara Municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

§ 1º Concedida à urgência, a Câmara deverá se manifestar em até


quarenta e cinco dias sobre a proposição, contados da data em que
for feita a solicitação. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
32/2010)

§ 2º Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior, sem deliberação pela


Câmara, será a proposição incluída na ordem do dia, sobrestando-se às demais
proposições para que se ultime a votação.

§ 3º O prazo do § 1º não corre no período de recesso da Câmara, nem se aplica a


Projetos de Lei de Codificação.

Art. 54 Aprovado o Projeto de Lei, será este enviado ao Prefeito que,


aquiescendo, o sancionará.

§ 1º O Prefeito, considerando o Projeto, no todo ou em parte,


inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou
parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do
recebimento e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao
Presidente da Câmara Municipal os motivos do veto. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

§ 2º Decorrido o prazo do parágrafo anterior, o silêncio do Prefeito importará


sanção.

§ 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de


inciso ou de alínea.

§ 4º A apreciação do veto pelo Plenário da Câmara será feita dentro


de 30 (trinta) dias a contar do seu recebimento, em uma só discussão
e votação, com parecer ou sem ele, considerando-se rejeitado pelo
voto da maioria absoluta dos Vereadores. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 16/2001)

§ 5º Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito para a promulgação.

§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto


será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as
demais proposições até a sua votação final, ressalvadas as matérias
de que trata o artigo 53 desta Lei Orgânica. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 32/2010)

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§ 7º A não promulgação da lei no prazo de 48 (quarenta e oito) horas pelo


Prefeito, nos casos dos §§ 2º e 5º, o Presidente da Câmara a promulgará, e se
este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.

Art. 55 As Leis Delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar
delegação à Câmara Municipal.

§ 1º Os atos de competência privativa da Câmara de Vereadores, a matéria


reservada à legislação complementar, os orçamentos e planos plurianuais não
serão objetos de delegação.

§ 2º A delegação ao Prefeito será efetuada sob a forma de Decreto Legislativo,


que especificará o seu conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º O Decreto Legislativo poderá determinar a apreciação do projeto pela


Câmara que fará, em votação única, vedada a apresentação de emendas.

Art. 56 Os Projetos de Resolução disporão sobre matérias de interesse interno da


Câmara e os Projetos de Decreto Legislativo sobre os demais casos de sua
competência privativa.

Parágrafo Único - Nos casos de Projeto de Resolução e de Projeto de Decreto


Legislativo, considerar-se-á concluída a deliberação com a votação final e
elaboração da norma jurídica que será promulgada pelo Presidente da Câmara.

Art. 57 A matéria constante do projeto de lei rejeitado somente poderá ser objeto
de novo projeto na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria
absoluta dos membros da Câmara.

Seção V
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA, ORÇAMENTÁRIA,
OPERACIONAL E PATRIMONIAL

Art. 58 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial do Município e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle
externo e pelo sistema de controle interno do Poder Executivo.

§ 1º Prestará contas, nos termos e prazos de lei, qualquer pessoa física ou


entidade jurídica de direito público ou privado que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o
Município responda, ou que, em seu nome, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

§ 2º Ficam os Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo Municipal


obrigados a enviar mensalmente, até o quinto dia útil do mês
subseqüente à Câmara de Vereadores, relatório e comprovantes
discriminando todas as despesas de viagens, diárias, passagens
aéreas e terrestres e despesas de cursos, de agentes políticos e
servidores públicos municipais, devendo constar data, nome do
beneficiário, destino e o valor de todas as despesas
especificadamente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

Art. 59 O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o


auxílio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:

I - emitir parecer prévio sobre as contas que o Prefeito Municipal deve prestar

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anualmente, incluídas nestas as da Câmara Municipal, até o último dia do


exercício financeiro em que foram prestadas;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,


bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, e
as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de
que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal,
a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo
de provimento em comissão, bem como os de concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial, especialmente quando forem
requeridas pela Câmara Municipal ou por iniciativa de comissão técnica ou de
inquérito, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo e Executivo e
demais entidades referidas no Inciso II;

V - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos recebidos do Estado e seus órgãos


da administração direta e indireta, decorrentes de convênio, acordo, ajuste,
auxílio e contribuições, ou outros atos análogos;

VI - prestar, dentro de trinta dias, as informações solicitadas pela Câmara


Municipal ou pela Comissão de Orçamento e Finanças, sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre andamento
e resultado de auditorias e inspeções realizadas;

VII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesas ou


irregularidades de contas, as sanções administrativas e pecuniárias previstas em
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário público;

VIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências


necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade ou
irregularidade;

IX - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a


decisão à Câmara Municipal;

X - representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

§ 1º O Prefeito remeterá ao Tribunal de Contas do Estado, até 28 de


fevereiro do exercício seguinte, as contas do Município. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

§ 2º O parecer prévio a ser emitido pelo Tribunal de Contas do Estado consistirá


em uma apreciação geral e fundamentada sobre o exercício e a execução do
orçamento, e concluirá pela aprovação ou não das contas, indicando, se for o
caso, as parcelas impugnadas.

§ 3º As decisões do Tribunal de Contas do Estado de que resulte imputação de


multa, será inscrita em dívida ativa e cobrada na forma da legislação pertinente.

Art. 60 A Comissão Permanente de Orçamento e Finanças, diante de indícios de

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despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não


programados ou subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade
responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou julgados insuficientes, a Comissão


solicitará ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria no
prazo de trinta dias.

§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a Comissão, se julgar


que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão ao Tesouro do
Município, determinará a sua sustação.

Art. 61 Para o exercício de auditoria contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial, os órgãos da administração direta e indireta
municipal deverão remeter ao Tribunal de Contas do Estado, nos termos e
prazos estabelecidos, balancetes mensais, balanços anuais e demais
demonstrativos e documentos que forem solicitados.

Art. 62 O Tribunal de Contas do Estado, para emitir parecer prévio sobre as


contas anuais que o Prefeito deve prestar, poderá requisitar documentos,
determinar inspeções e auditorias e ordenar diligências que se fizerem
necessárias à correção de erros, irregularidades, abusos e ilegalidades.

Art. 63 No exercício do controle externo, caberá à Câmara Municipal:

I - julgar as contas anuais prestadas pelo Prefeito e apreciar os relatórios sobre a


execução do plano de governo;

II - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da


administração indireta;

III - realizar, por delegados de sua confiança, inspeções sobre quaisquer


documentos de gestão da administração direta e indireta municipal, bem como a
conferência dos saldos e valores declarados como existentes ou disponíveis em
balancetes e balanços;

IV - representar às autoridades competentes para apuração de responsabilidade


e punição dos responsáveis por ilegalidade ou irregularidade praticadas, que
caracterizam corrupção, descumprimento de normas legais ou que acarretem
prejuízo ao patrimônio municipal.

§ 1º O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre as contas


anuais que o Prefeito deve prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 2º A Câmara Municipal remeterá ao Tribunal de Contas do Estado cópia da ata


de julgamento das contas do Prefeito.

§ 3º As contas anuais do Município ficarão na Câmara Municipal a partir de 31


de março do exercício subseqüente, durante sessenta dias, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a
legitimidade.

§ 4º A Câmara Municipal julgará as contas, independentemente do parecer


prévio do Tribunal de Contas, caso este não emita até o último dia do exercício
financeiro em que forem prestadas.

Art. 64 A Câmara Municipal, na deliberação sobre as contas do Prefeito, deverá

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observar os preceitos seguintes:

I - o julgamento das contas do Prefeito, incluídas as da Câmara Municipal, far-


se-á em até noventa dias, contados da data da sessão em que for procedida a
leitura do Parecer do Tribunal de Contas do Estado;

II - recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, o Presidente da


Câmara Municipal procederá a leitura, em plenário, até a terceira sessão
ordinária subseqüente;

III - decorrido o prazo de noventa dias sem deliberação, as contas serão


incluídas na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais
assuntos, para que se proceda a votação;

IV - rejeitadas as contas, deverá o Presidente da Câmara Municipal, no prazo de


até sessenta dias, remetê-las ao Ministério Público para os devidos fins;

V - na apreciação das contas, a Câmara Municipal poderá, em deliberação por


maioria simples, converter o processo em diligência ao Prefeito do exercício
correspondente, abrindo vistas pelo prazo de trinta dias, para que sejam
prestados os esclarecimentos julgados convenientes;

VI - a Câmara Municipal poderá, antes do julgamento das contas, em


deliberação por maioria simples, de posse dos esclarecimentos prestados pelo
Prefeito, ou à vista de fatos novos que evidenciem indícios de irregularidades,
devolver o processo ao Tribunal de Contas do Estado para reexame e novo
parecer;

VII - recebido o segundo parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, a


Câmara Municipal deverá julgar definitivamente as contas, no prazo
estabelecido no Inciso I;

VIII - o prazo a que se refere o Inciso I interrompe-se durante o recesso da


Câmara Municipal e suspende-se quando o processo sobre as contas for
devolvido ao Tribunal de Contas do Estado para reexame e novo Parecer.

Art. 65 O Poder Executivo e o Poder Legislativo municipal manterão


sistema de controle interno, com a finalidade de: (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução


dos programas de governo e do orçamento do Município;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e eficiência


da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração municipal, bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres do Município;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de


qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas
do Estado e à Câmara Municipal, sob pena de responsabilidade solidária.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima

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para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante a


Câmara Municipal.

Art. 66 O controle interno, a ser exercido pela administração direta e indireta


municipal, deve abranger:

I - o acompanhamento da execução do orçamento municipal e dos contratos e


atos jurídicos análogos;

II - a verificação da regularidade e contabilização dos atos que resultem na


arrecadação de receitas e na realização de despesas;

III - a verificação da regularidade e contabilização de outros atos que resultem


no nascimento ou extinção de direitos e obrigações;

IV - a verificação e registro da fidelidade funcional dos agentes da administração


e de responsáveis por bens e valores públicos.

Art. 67 As contas da administração direta e indireta municipal serão submetidas


ao sistema de controle externo, mediante encaminhamento ao Tribunal de
Contas do Estado e à Câmara Municipal, nos prazos seguintes:

I - até 30 de janeiro, as leis estabelecendo o plano plurianual, as


diretrizes orçamentárias e o orçamento anual em vigor; (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

II - até 30 dias subseqüentes ao mês anterior, o balancete mensal;

III - até o dia 28 de fevereiro do exercício seguinte, o balanço anual.


(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

Parágrafo Único - Os balancetes a serem remetidos à Câmara


Municipal no prazo do inciso II serão acompanhados dos respectivos
decretos de alterações do orçamento. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 32/2010)

Art. 68 A Câmara Municipal, em deliberação por dois terços dos seus membros,
ou o Tribunal de Contas do Estado, poderão representar ao Governador do
Estado, solicitando intervenção no Município, quando:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada;

II - não forem prestadas as contas devidas na forma da lei;

III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na


manutenção e desenvolvimento do ensino.

CAPÍTULO VIII
DO PODER EXECUTIVO

Seção I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 69 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado por


Secretários Municipais.

Art. 70 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de

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quatro anos, dar-se-á mediante pleito direto e simultâneo, dentre


brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício de seus direitos
políticos, nos termos da legislação federal. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 32/2010)

§ 1º A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com ele registrado.

§ 2º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos
válidos.

Art. 71 O Prefeito e o Vice-Prefeito estarão automaticamente investidos no cargo


no dia primeiro de janeiro do ano subsequente à eleição e tomarão posse solene
em sessão de instalação da Câmara Municipal, às 18h (dezoito horas) do
primeiro dia útil do mês de janeiro, prestando o compromisso de manter,
defender e cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual e esta Lei
Orgânica, observar as Leis e promover o bem geral do Município. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)
Parágrafo Único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito
ou o Vice-Prefeito, salvo por motivos de força maior aceitos pela Câmara, não
tiver assumido o cargo, este será declarado vago pela Câmara Municipal.

Art. 71 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse em sessão de


instalação da Câmara Municipal, prestando o compromisso de
manter, defender e cumprir a Constituição Federal, a Constituição
Estadual e esta LEI Orgânica, observar as Leis e promover o bem
geral do Município. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
40/2020)

Art. 72 Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no caso


de vaga, o Vice-Prefeito.

§ 1º O Vice-Prefeito não poderá recusar-se a substituir o Prefeito, sob pena de


extinção do mandato, salvo para não incidir em inelegibilidade. (Declarado
inconstitucional pela ADIN nº 1999.014956-0 - Tribunal de Justiça de
Santa Catarina - Suspensa a execução do dispositivo legal através do
Decreto Legislativo Estadual nº 18.195/2001 - Assembléia Legislativa
do Estado de Santa Catarina)

§ 2º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem atribuídas por Lei
Complementar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para missões
especiais.

§ 3º A investidura do Vice-Prefeito em Secretaria Municipal não impedirá o


exercício das funções previstas no parágrafo anterior.

Art. 73 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou vacância dos


respectivos cargos, será chamado ao exercício do cargo de Prefeito o Presidente
da Câmara de Vereadores.

Parágrafo Único - O Presidente da Câmara, recusando-se por qualquer motivo a


assumir o cargo de Prefeito, ocorrerá a destituição incontinenti de sua função de
dirigente do Legislativo, ensejando assim a eleição de outro membro para
ocupar, como Presidente da Câmara, a chefia do Poder Executivo, exceto
situação análoga ao § 1º do artigo anterior.

Art. 74 Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa


dias depois de aberta a última vaga.

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§ 1º Ocorrendo vacância nos dois últimos anos de mandato, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois de aberta a última vaga, pela Câmara de
Vereadores, por voto secreto e por maioria absoluta.

§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus


antecessores.

Art. 75 O Prefeito não poderá, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do


Município por período superior a quinze dias, sob pena de perda de cargo,
exceto no período de férias

Parágrafo Único - O Prefeito Municipal regularmente licenciado terá direito de


receber a remuneração quando:

I - impossibilitado de exercer o cargo por motivo de doença;

II - no gozo de férias por período não superior a trinta dias;

III - a serviço ou missão, representando o Município.

Art. 76 Na posse e término do mandato o Prefeito fará declaração de bens, que


ficará arquivada na Câmara de Vereadores, registrado em ata o resumo dos bens.

Parágrafo Único - O Vice-Prefeito também fará declaração de bens quando


assumir, pela primeira vez, o cargo de Prefeito.

Seção II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 77 Compete, privativamente ao Prefeito:

I - nomear e exonerar os Secretários Municipais;

II - exercer, com auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior da


administração municipal;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei
Orgânica;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis, bem como expedir Decretos e


Regulamentos para a sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI - dispor sobre organização e funcionamento da administração municipal na


forma da Lei;

VII - comparecer ou remeter mensagem e plano de governo à Câmara Municipal


por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Município e
solicitando as providências que julgar necessário;

VIII - nomear os servidores que a Lei assim determinar;

IX - enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes


orçamentárias e as propostas de orçamento;

X - prestar, anualmente, à Câmara Municipal dentro de sessenta dias após a


abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

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XI - prover e extinguir os cargos municipais, na forma da Lei;

XII - representar o Município nas suas relações jurídicas, políticas e


administrativas;

XIII - decretar desapropriações por necessidade ou utilidade pública ou por


interesse social;

XIV - apresentar, anualmente, relatório sobre o estado das obras e serviços


municipais à Câmara de Vereadores, obrigatoriamente, e às entidades
representativas da população que o exigirem;

XV - decretar estado de calamidade pública ou emergência;

XVI - enviar à Câmara Municipal, para exame e aprovação, projetos de Lei sobre
o regime de concessão ou permissão de serviços públicos;

XVII - assinar convênios, acordos, ajustes, consórcios e outros instrumentos


congêneres, submetidos à apreciação da câmara Municipal no prazo de trinta
dias da celebração, sob pena de nulidade; (Declarado inconstitucional pela
ADIN nº 1998.003037-4 - Tribunal de Justiça de Santa Catarina -
Suspensa a execução do dispositivo legal através do Decreto
Legislativo Estadual nº 18.131/1999 - Assembléia Legislativa do
Estado de Santa Catarina)

XVIII - a concessão de subvenção ou auxílio financeiro depende de prévia e


específica autorização legislativa, mediante aprovação de dois terços de seus
membros.

Parágrafo Único - A representação a que se refere o Inciso XII, poderá ser


delegada por lei de iniciativa do Prefeito, a outra autoridade.

Seção III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Art. 78 Os crimes que o Prefeito Municipal praticar, no exercício do


mandato ou em decorrência dele, serão julgados perante o Tribunal
de Justiça do Estado ou Tribunal Regional Federal.

§ 1º Recebida a denúncia contra o Prefeito, pelo Tribunal, a Câmara


decidirá sobre a designação de assistente de acusação.

§ 2º O Prefeito ficará suspenso de suas funções com o recebimento da


denúncia pelo Tribunal, que cessará se até cento e oitenta dias não
tiver concluído o julgamento.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

Seção IV
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Art. 79 Os Secretários Municipais, como agentes políticos, serão escolhidos


dentre os brasileiros maiores de vinte e um anos ou maiores declarados e no
exercício dos direitos políticos.

Parágrafo Único - Compete aos Secretários Municipais, além das atribuições


estabelecidas nesta Lei Orgânica:

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I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da


administração municipal na área de sua competência e referendar os atos e
decretos assinados pelo Prefeito;

II - expedir instruções para execução das Leis, Decretos e Regulamentos;

III - apresentar ao Prefeito relatório anual de sua gestão na Secretaria;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou


delegadas pelo Prefeito;

V - comparecer perante a Câmara Municipal ou qualquer de suas Comissões


para prestar esclarecimentos, espontaneamente, ou quando regularmente
convocado.

Art. 80 Os Secretários são solidariamente responsáveis com o Prefeito Municipal


pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.

Art. 81 A Reforma Administrativa disporá, através de Lei


Complementar, sobre a criação, estruturação e atribuição das
Secretarias Municipais. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
32/2010)

Parágrafo Único - Nenhum órgão da administração pública municipal, direta ou


indireta, deixará de ser vinculado a uma Secretaria Municipal.

CAPÍTULO IX
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

Seção I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

Subseção I
DOS IMPOSTOS DO MUNICÍPIO

Art. 82 Compete ao Município instituir:

I - impostos sobre propriedade predial e territorial urbana;

II - imposto sobre transmissão intervivos, a qualquer título por ato oneroso, de


bens imóveis, por natureza ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis,
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição;

III - imposto sobre vendas a varejo, de combustíveis líquidos e gasosos, exceto


óleo diesel e gás liquefeito de petróleo;

IV - imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos na


competência do Estado, definido em Lei Complementar Federal que poderá
excluir da incidência em se tratando de exportações de serviços para o exterior.

§ 1º O imposto previsto no Inciso I poderá ser progressivo, nos termos do Código


Tributário Municipal, de forma a assegurar o cumprimento da função social da
propriedade.

§ 2º O imposto previsto no Inciso II:

a) não incide na transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de

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pessoa jurídica em realização de capital nem sobre a transmissão de bens ou


direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e
venda desses bens e direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil;
b) incide sobre imóveis situados na área territorial do Município.

§ 3º As alíquotas dos impostos previstos nos Incisos II e IV não poderão


ultrapassar o limite fixado em Lei Complementar Federal.

V - taxas:

a) em razão do exercício do Poder de Polícia;


b) pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.

VI - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 4º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados


segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 5º As taxas não poderão ter base de cálculo própria dos impostos.

§ 6º A Legislação Municipal sobre matéria tributária respeitará as disposições da


Lei Complementar Federal sobre:

I - conflito de competência;

II - regulamentação às limitações constitucionais do poder de tributar;

III - definição e suas espécies, bem como fatos geradores, base de cálculo e
contribuintes de impostos;

IV - obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

V - adequado tratamento tributário ao ato cooperativo pelas sociedades


cooperativas.

§ 7º O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores para


custeio em benefício destes, de sistema de previdência e assistência social.

§ 8º Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária só poderá ser


concedida por Lei Municipal específica, aprovada com o voto de dois terços da
Câmara Municipal.

§ 9º A lei determinará os prazos para o recolhimento dos impostos e taxas


municipais.

DAS RECEITAS E DESPESAS MUNICIPAIS

Art. 83 Pertence ao Município, dentre outros previstos na


Constituição Federal: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
32/2010)

I - o produto da arrecadação do Imposto da União sobre renda e proventos de


qualquer natureza, incidentes na fonte, sobre rendimentos pagos a qualquer

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título, pelo Município, suas autarquias e pelas fundações por ele instituídas e
mantidas;

II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do Imposto da União sobre a


propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no seu
território;

III - a sua parcela dos vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento do Fundo
de Participação dos Municípios, mensalmente;

IV - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do Imposto do Estado sobre


a propriedade de veículos automotores licenciados em seu território;

V - setenta por cento da produção da arrecadação do Imposto da União sobre


operações de crédito, câmbio e seguro, ou o relativo a títulos e valores
mobiliários incidentes sobre ouro, observado o disposto no Artigo 153, § 5º,
Inciso II da Constituição Federal;

VI - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do Imposto do Estado


sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre as prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação realizado
no território do Município.

Art. 84 O Estado repassará ao Município a sua parcela dos vinte e cinco por
cento relativa dos dez por cento que a União lhe entregar do produto de
arrecadação do imposto sobre produtos industrializados.

Subseção II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 85 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte é vedado


ao Município:

I - exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em


situação equivalente, proibida qualquer distinção, em razão de ocupação
profissional ou função por ele exercida, independentemente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os


houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou;

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos


intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias
conservadas pelo Município;

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviço da União, do Estado ou de outro Município;


b) templos de qualquer culto e casas pastorais a ele anexados ou no
mesmo terreno. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 17/2001)

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c) patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, inclusive suas fundações,


das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de
assistência social sem fim lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais e periódicos;
e) Associações de Moradores e Centros Comunitários. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 31/2008)

VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza,


em razão de sua procedência ou destino.

§ 1º A vedação do inciso VI, alínea "a" extensiva às autarquias e às fundações


instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.

§ 2º As vedações do inciso VI, alínea "a" e a do parágrafo anterior não se aplicam


ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com a exploração de
atividades econômicas, regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados ou que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativo ao bem imóvel.

§ 3º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem


somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades
essenciais das entidades nelas mencionadas.

Art. 86 A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens ou serviços
e atividades municipais, será fixada por Lei.

Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos,
sendo reajustáveis quando se tornarem insuficientes.

Art. 87 A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição


Federal e às normas de Direito Financeiro.

Art. 88 Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso
orçamentário e crédito votado pela Câmara Municipal, salvo a que ocorrer por
conta de crédito extraordinário.

Seção II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Art. 89 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º A lei que dispuser sobre o plano plurianual estabelecerá, por distritos,


bairros, regiões setoriais, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração
pública municipal para as despesas de capital e outras decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.

§ 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá:

I - as metas e prioridades da administração pública municipal, incluindo as

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despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente;

II - orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual;

III - disporá sobre as alterações na Legislação Tributária.

§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada


bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

§ 4º Os planos e programas municipais, distritais, de bairros, regionais e


setoriais previstos pela Lei Orgânica, serão elaborados em consonância com o
plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.

§ 5º A Lei Orçamentária Anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativo e Executivo, seus fundos,


órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal;

II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social abrangendo todas as entidades e órgãos a


ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como os fundos
instituídos pelo Poder Público.

§ 6º A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da


receita e à fixação da despesa, não se incluindo, na proibição, a autorização para
a abertura de créditos suplementares e contratação de operação de crédito, ainda
que por antecipação da receita, nos termos da lei.

§ 7º Os projetos que tratem sobre as diretrizes orçamentárias, o


plano plurianual e lei orçamentária anual do Município de Chapecó
obedecerão às seguintes normas:

I - o projeto de lei das diretrizes orçamentárias será encaminhado à


Câmara Municipal até o dia 15 de abril, de cada ano, e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;

II - o projeto do plano plurianual para vigência até o final do


primeiro exercício financeiro do mandato do Prefeito subseqüente
será remetido até 15 de agosto e devolvido para sanção até 30 de
setembro do primeiro ano de mandato;

III - o projeto de lei orçamentária será encaminhado até 31 de


outubro de cada ano e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa anual.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 32/2010)

Art. 90 Os Projetos de Lei relativos ao plano plurianual e às diretrizes


orçamentárias e a proposta do orçamento anual serão apreciados pela Câmara
Municipal na forma do Regimento Interno, respeitados os dispositivos deste
artigo.

§ 1º Caberá à Comissão Permanente de Finanças:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e as propostas referidos neste

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artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito;

II - examinar e emitir parecer sobre planos e programas municipais, distritais,


de bairros, regionais e setoriais previstos nesta Lei Orgânica e exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das
demais comissões da Câmara Municipal.

§ 2º As emendas só serão apresentadas perante a comissão, que sobre elas


emitirá parecer escrito, para posterior apreciação do plenário.

§ 3º As emendas à proposta do orçamento anual ou os projetos que o


modifiquem, somente podem ser aprovados, caso:

I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes


Orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas provenientes de


anulação de despesas, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;


b) serviço da dívida municipal;
c) transferências tributárias constitucionais ao Município.

III - sejam relacionados:

a) com a correção de erros ou omissões;


b) com os dispositivos do texto da proposta ou do Projeto de Lei.

§ 4º As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser


aprovadas quando incompatíveis com o Plano Plurianual.

§ 5º O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para


propor modificação nos projetos e propostas a que se refere este artigo,
enquanto não iniciada a votação na comissão, da parte cuja alteração é proposta.

§ 6º Não enviados no prazo previsto no artigo 89, § 7º, a Comissão Técnica


elaborará, nos trinta dias seguintes, os projetos e propostas de que trata este
artigo.

§ 7º Aplicam-se aos projetos e propostas mencionadas neste artigo, no que não


contrariar o disposto nesta subseção, as demais relativas ao processo legislativo.

§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição da proposta de


orçamento anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares com prévia e
específica autorização legislativa.

Art. 91 É vedado:

I - iniciar programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual;

II - realizar despesas ou assumir obrigações diretas que excedam os créditos


orçamentários ou adicionais;

III - realizar operações de crédito que excedam o montante das despesas de


capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares e especiais
com a finalidade precisa, aprovadas pela Câmara Municipal por maioria relativa;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, ressalvada a

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destinação de recursos para a manutenção de crédito por antecipação da receita;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia autorização


legislativa, por maioria relativa, e sem indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma


categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa, por maioria simples;

VII - a concessão ou utilização de créditos limitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, por maioria simples, de


recursos do orçamento anual para suprir necessidade ou cobrir déficit de
empresa, fundações ou fundos do Município;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza sem prévia autorização


legislativa, por maioria relativa.

§ 1º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro,


poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem Lei que
autorize a inclusão sob pena de incidir em crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro


em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender


despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de calamidade pública, pelo
Prefeito, observado o disposto no Artigo 62 da Constituição Federal.

Art. 92 O Município divulgará, trimestralmente, o montante de cada um dos


tributos arrecadados e os recursos recebidos.

Art. 93 Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, os créditos


suplementares e especiais, destinados à Câmara Municipal, ser-lhe-ão entregues
até o dia vinte de cada mês.

Art. 94 A despesa com o pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder
os limites estabelecidos em Lei Complementar Federal.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração,


a criação de cargo, emprego e funções ou alterações de estrutura de
carreira, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às


projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes.

II - se houver autorização específica na Lei de Diretrizes


Orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de
economia mista.

§ 2º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste


artigo, durante o prazo fixado na Lei Complementar Federal referida
no caput, o Município adotará as seguintes providências:

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I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos
em comissão e funções de confiança;

II - exoneração dos servidores não estáveis.

§ 3º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não


forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da
Lei Complementar Federal, o servidor estável poderá perder o cargo,
desde que ato normativo de cada um dos poderes especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal.

§ 4º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior


fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por
ano de serviço.

§ 5º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores


será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou
função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro
anos.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

Art. 95 As dívidas do Município e dos seus órgãos e entidades da administração


direta, quando inadimplentes, independentemente de sua natureza, serão
atualizadas monetariamente, a partir do dia do seu vencimento até o de sua
liquidação, segundo os mesmos critérios adotados para corrigir as obrigações
tributárias.

Parágrafo Único - As disposições deste artigo não se aplicam às operações de


crédito contratadas com instituições financeiras.

CAPÍTULO X
DA ORDEM ECONÔMICA SOCIAL

Seção I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DAS ATIVIDADES ECONÔMICA E SOCIAL

Art. 96 A ordem social tem por base o primado do trabalho e como objetivo o
bem-estar e a justiça social.

Art. 97 O Município, na sua circunscrição territorial e dentro de sua competência


constitucional, assegurará a todos, dentro dos princípios da ordem econômica,
fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, existência
digna, observados os seguintes princípios:

I - autonomia municipal;

II - propriedade privativa;

III - função social da propriedade;

IV - livre concorrência;

V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente;

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VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as cooperativas e empresas brasileiras de


pequeno porte, microempresas, pequenos proprietários, com preferência para as
não poluentes.

§ 1º É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,


independentemente de autorização dos órgãos públicos municipais, salvo nos
casos previstos em lei.

§ 2º Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público Municipal dará tratamento


preferencial, na forma da Lei, às empresas brasileiras de capital nacional.

§ 3º A exploração direta da atividade econômica, pelo Município, só será


permitida em caso de relevante interesse coletivo, na forma da Lei
Complementar que, dentre outras, especificará as seguintes exigências para as
empresas públicas e sociedades de economia mista:

I - regime jurídico das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações


trabalhistas e tributárias;

II - proibição de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado;

III - subordinação a uma Secretaria Municipal;

IV - adequação da atividade ao plano diretor, ao plano plurianual e às diretrizes


orçamentárias;

V - orçamento anual aprovado pela Câmara Municipal.

Art. 98 A prestação de serviços públicos pelo Município, diretamente ou sob


regime de concessão ou permissão, será regulada em Lei Complementar que
assegurará:

I - a exigência de licitação, em todos os casos;

II - definição do caráter especial dos contratos de concessão ou permissão, casos


de prorrogação, condições de caducidade, forma de fiscalização e rescisão;

III - os direitos dos usuários;

IV - a política tarifária;

V - a obrigação de manter serviço adequado.

Art. 98 A - A transferência de execução dos serviços públicos de água e


esgoto de titularidade do município para pessoa jurídica de Direito
Privado, através de concessão, permissão ou autorização, dependerá
de consulta popular, sob a forma de plebiscito, atendendo o disposto
em Lei Complementar. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
25/2003)

Art. 99 O Município promoverá e incentivará o turismo como fator de


desenvolvimento social e econômico.

Art. 100 Toda e qualquer concessão de serviço público deverá ser precedida de
concorrência, obedecendo às diretrizes básicas que a lei estabelecer.

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Art. 101 O Município assegurará, em seus orçamentos anuais, parcela de


recursos para garantir a seguridade social.

Seção II
DA POLÍTICA URBANA E RURAL

Art. 102 A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público


Municipal, conforme diretrizes fixadas em leis, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções da cidade e seus bairros, dos distritos e dos
aglomerados urbanos e garantir o bem-estar dos seus habitantes.

§ 1º O Plano Diretor aprovado pela Câmara Municipal é instrumento básico da


política de desenvolvimento e da expansão urbana e rural.

§ 2º A propriedade cumpre a sua função social quando atende às exigências


fundamentais de ordenação urbana expressas no Plano Diretor.

§ 3º Os imóveis urbanos, desapropriados pelo Município, serão pagos com


prévia e justa indenização em dinheiro, exceto outras disposições legais.

§ 4º O proprietário do solo urbano incluído no Plano Diretor, com área não


edificada, ou não utilizada, nos termos da Lei Federal deverá promover seu
adequado aproveitamento sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, progressivo no


tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública


municipal de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de
resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o
valor real da indenização e os juros legais.

§ 5º O Município destinará, no seu orçamento anual, dotação específica para a


implantação de um programa efetivo de casas populares, objetivando atender,
prioritariamente, as famílias de baixa renda.

§ 6º O Município atuará de forma a contemplar os investimentos em telefonia


rural, mediante programação conjunta com os órgãos de telecomunicações.

Art. 103 O Plano Diretor do Município contemplará áreas de atividade rural


produtiva, respeitadas as restrições decorrentes da expansão urbana.

Art. 104 O Município criará o Plano de Desenvolvimento Agropecuário,


integrado pelas entidades de produtores, assistência técnica, pesquisa,
distribuição e comercialização, destinando recursos suficientes para viabilizar e
solidificar o desenvolvimento agropecuário.

Parágrafo Único - Para aplicação do plano previsto no "caput" deste artigo, a lei
disporá sobre a criação de um Conselho de Desenvolvimento Agropecuário.

Art. 105 O Município co-participará com o Governo do Estado e da União, na


manutenção dos serviços de assistência técnica, pesquisa e extensão rural,
assegurando, prioritariamente, ao pequeno produtor rural, a orientação sobre a
produção agropastoril, a profissionalização informal de produtores, a
organização de recursos naturais, a administração das unidades de produção e
melhoria das condições de vida e bem-estar da população rural.

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Parágrafo Único - O Município, objetivando incentivar a permanência do


agricultor na zona rural, executará, na sede dos distritos, obras de infra-
estrutura básica.

Subseção I
DA SAÚDE

Art. 106 A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público,


assegurada mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação.

Art. 107 A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros,
o meio ambiente, o trabalho, o saneamento básico, a alimentação, a moradia, a
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais,
e os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica
do Município.

Parágrafo Único - Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do
disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade,
condições de bem-estar físico, mental e social.

Art. 108 O Município criará um Conselho Municipal de Saúde e Assistência


Social que terá caráter permanente e deliberativo, composto por governo,
prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, cuja representação
será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos, atuando na
formulação de estratégias e no controle de execução da política de saúde no
âmbito do Município, inclusive, nos aspectos econômicos e financeiros, sem
prejuízos das funções do Poder Legislativo.

Art. 109 A Lei disporá sobre a organização e funcionamento do Conselho,


estabelecendo:

I - universalização da assistência de igual qualidade dos serviços de saúde à


população urbana e rural;

II - integralidade da assistência, entendida como um conjunto articulado e


contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigidos para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema.

Art. 110 O Município integra, com a União e o Estado, com recursos da


seguridade social, o Sistema Único Descentralizado de Saúde, cujas ações e
serviços públicos na sua circunscrição territorial são por ele dirigidos, com as
seguintes diretrizes:

I - atendimento integral, com prioridades para as atividades preventivas, sem


prejuízo dos serviços assistenciais;

II - elaboração e execução de programas de planejamento familiar, baseado no


princípio de dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, vedada
qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas;

III - participação da comunidade organizada, através de um Conselho Municipal


de Saúde e Conferência Municipal de Saúde.

§ 1º A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 2º As instituições privadas poderão participar de forma complementar, do

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Sistema Único Descentralizado de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante


contrato de direito público ou convênio tendo preferência as entidades
filantrópicas e as sem fins lucrativos.

§ 3º É vedado ao Município a destinação de recursos públicos para auxílios e


subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

Art. 111 Ao Sistema Único Descentralizado de Saúde compete, além de outras


atribuições, nos termos da Lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para


a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos imunológicos,
hemoderivados e outros insumos;

II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de


saúde do cidadão;

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - incentivar a implantação de laboratórios para o controle e análise de


agrotóxicos;

V - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento


básico;

VI - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e


tecnológico;

Subseção II
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 112 O Município executará, na área de sua circunscrição territorial, com


recursos da seguridade social, consoante normas gerais federais, os programas
de ação governamental na área de assistência social, com a criação de um
Conselho de Desenvolvimento Social regido na forma da lei.

§ 1º As entidades beneficentes e de assistência social sediadas no Município


poderão integrar os programas referidos no "caput" deste artigo.

§ 2º A comunidade, por meio de suas organizações representativas, integrando o


Conselho de Desenvolvimento Social, participará na formulação das políticas e
no controle das ações em todos os níveis.

Art. 113 O Município garantirá a universalidade do atendimento social aos


bairros, vilas, linhas, sedes de distritos, assegurando a proteção à família,
maternidade, infância, adolescência, velhice e pessoas portadoras de
deficiências; garantirá o atendimento à criança de zero a seis anos, através de
creches e pré-escolas.

Seção III
DOS DEFICIENTES, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO

Art. 114 O Município prestará auxílio funeral às pessoas


comprovadamente carentes deste Município, promovendo o
translado dos corpos dos que forem a óbito fora da circunscrição, e o
fornecimento gratuito de urnas populares, podendo ser
confeccionadas ou adquiridas pela municipalidade. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 4/1998)

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Art. 115 A lei disporá sobre a exigência e a adaptação dos logradouros, dos
edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo a fim de garantir
acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência física ou sensorial.

Art. 116 O Município promoverá programas de assistência à criança e ao idoso.

Art. 117 Aos maiores de sessenta e cinco anos e aos deficientes é garantida a
gratuidade do transporte coletivo urbano e rural.

Art. 118 A lei disporá sobre a criação e manutenção de centros profissionais para
treinamento, habilitação e reabilitação profissional, assegurando ao deficiente a
integração entre educação e trabalho.

Art. 119 Aos maiores de sessenta anos e as pessoas com deficiência


será garantida a gratuidade na entrada de cinemas, teatros, eventos
culturais, esportivos e feiras Municipais, seja de caráter público ou
privado.

Parágrafo Único - A pessoa com deficiência deverá apresentar


Carteira de Identificação, emitida por entidade cuja finalidade é
atender às pessoas com deficiências e/ou Cartão do Transporte
Coletivo.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29/2005)

Seção IV
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Subseção I
DA EDUCAÇÃO

Art. 120 A educação, direito de todos, dever do Estado e da família,


será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade e
inspirada nos ideais de igualdade, solidariedade, liberdade, bem-
estar social e da democracia, visando ao pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.

§ 1º A educação prestada pelo Município atenderá a formação


humanística, cultural, técnica e científica da população, na forma do
Sistema Municipal de Ensino.

§ 2º O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo,


podendo qualquer cidadão, associação comunitária, organização
sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda,
o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1997)

Art. 121 A educação será oferecida com base nos seguintes princípios:
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1997)

I - igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o


pensamento, a arte e o saber; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 3/1997)

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III - pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;

IV - coexistências de instituições públicas e privadas de ensino;

V - gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;

VI - garantia de padrão de qualidade;

VII - valorização dos profissionais do ensino garantidos, na forma da


Lei, plano de carreira para o magistério público, com piso salarial
profissional e ingresso exclusivamente por concurso de provas e
títulos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2001)

VIII - promoção da integração escola e a comunidade;

IX - gestão democrática, na forma da lei do Sistema Municipal de


Ensino;

X - valorização da experiência extra-escolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas


sociais.

(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1997)

Art. 122 O dever do Município com a educação será efetivado mediante a


garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive, para os que


a ele não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 3/1997)

II - atendimento educacional especializado gratuito aos portadores


de necessidades especiais, bem como aos que revelarem vocação
excepcional em qualquer ramo do conhecimento, na rede municipal;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1997)

III - condições físicas adequadas para o funcionamento das escolas;

IV - atendimento ao educando, no ensino público fundamental,


através de programas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde;

V - recenseamento e divulgação periódica dos educandos,


promovendo sua chamada e zelando pela permanência na escola;

VI - profissionais de educação em número suficiente para atender a


demanda escolar;

VII - implantação progressiva da jornada integral nas escolas de


ensino fundamental, prioritariamente nas áreas em que as condições
econômicas, sociais e pedagógicas o recomendarem;

VIII - atendimento gratuito à Educação infantil, às crianças de zero a


seis anos de idade, incluindo programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

IX - oferta do ensino noturno regular em nível fundamental,


adequado às condições do educando;

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X - oferta de educação regular em nível fundamental, para jovens e


adultos, com características e modalidades adequadas às suas
necessidades e disponibilidades;

XI - currículo, calendário escolar e metodologias apropriadas às


peculiaridades de cada comunidade.

§ 1º A não-oferta ou oferta irregular do ensino obrigatório importa


em responsabilidade da autoridade competente.

§ 2º Compete aos órgãos municipais de educação, as providências


necessárias a implementação do disposto neste artigo.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1997)

Art. 123 O Município aplicará, anualmente, vinte e cinco por cento, no


mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino público, de acordo com o disposto na Constituição Federal e
na legislação vigente.

§ 1º O Município incumbir-se-á de:

I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais


do Sistema Municipal de Ensino, integrando-o às políticas e planos
educacionais da União e do Estado;

II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;

III - baixar normas complementares para o Sistema Municipal de


Ensino;

IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos de


ensino do Sistema Municipal de Ensino;

V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com


prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros
níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as
necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos
percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à
manutenção e desenvolvimento do ensino público;

§ 2º Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas,


podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou
filantrópicas, na forma da Lei, desde que atendidas as prioridades da
Rede Municipal de Ensino.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1997)

Art. 124 O Sistema Municipal de Ensino compreende:

I - as instituições do ensino fundamental e de educação infantil


mantidas pelo Poder Público Municipal;

II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela


iniciativa privada;

III - a Secretaria Municipal de Educação;

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IV - o Conselho Municipal de Educação.

§ 1º A Lei Complementar que instituir o Sistema Municipal de


Ensino, observada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
fixará as diretrizes curriculares para o ensino fundamental,
observando:

a) promoção dos valores artísticos e culturais, nacionais e regionais;


b) programas de combate ao uso de drogas, orientação sexual,
preservação do meio ambiente e educação para o trânsito;
c) programas de ensino articulados com os programas nacional e
estadual, voltados ao atendimento da realidade urbana e rural, à
formação associativa, cooperativista e sindical;
d) ensino fundamental regular ministrado em língua portuguesa,
assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas
línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 3/1997)

§ 2º O Município poderá firmar convênios com Empresas Privadas


e/ou Públicas visando a cessão de profissionais pelas mesmas para
atuarem nos cursos profissionalizantes, especialmente os voltados às
principais atividades econômicas desenvolvidas no Município.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 9/1999)

Subseção II
DA CULTURA

Art. 125 O Município apoiará e incentivará a valorização e a difusão das


manifestações culturais, prioritariamente, as diretamente ligadas à história de
Chapecó, à sua comunidade e aos seus bens, com a participação efetiva do
Conselho Municipal da Cultura.

Art. 126 Ficam sob a proteção do Município os conjuntos e sítios de valor


histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e
científico, tombados pelo Poder Público Municipal.

Parágrafo Único - Os bens tombados pela União ou pelo Estado merecerão


idêntico tratamento, mediante convênio.

Art. 127 O Município promoverá o levantamento e a divulgação das


manifestações culturais da sua memória e realizará concursos, exposições e
publicações para a sua divulgação.

Art. 128 O acesso à consulta dos arquivos da documentação oficial do Município


de Chapecó é livre, na forma da Lei.

Subseção III
DO DESPORTO E DO LAZER

Art. 129 O Município fomentará as práticas desportivas formais e não formais


pedagógicas, na área de sua jurisdição, em seu meio urbano e rural.

Art. 130 O Município proporcionará meios de lazer sadio e construtivo à


comunidade, mediante:

I - reserva de espaços verdes ou livres, em forma de parques, bosques, jardins,


como base física da recreação urbana;

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II - aproveitamento e adaptação de rios, vales, colinas, lagos, matas e outros


recursos naturais, como locais de passeios e distração.

Parágrafo Único - Promoverá o desenvolvimento e acesso ao esporte para


pessoas portadoras de deficiências.

Seção V
DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 131 O Município promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor,


mediante:

I - a criação de programas de atendimento, educação e informação do


consumidor;

II - articulações com as ações federais e estaduais na área;

III - o controle da produção, comercialização e o emprego de técnicas, métodos e


substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente.

Subseção I
DO MEIO AMBIENTE

Art. 132 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à comunidade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito incumbe ao Município:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo


ecológico das espécies e ecossistemas;

II - proibir a instalação de usinas e depósitos de lixo radioativo, na área de


abrangência do Município;

III - estabelecer critérios, definir locais e condições para depósito final de


resíduos sólidos domésticos, industriais e hospitalares, promovendo cuidadosa
análise técnica, geográfica e geológica;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra, atividade ou parcelamento


do solo causadores de degradação do meio ambiente, estudos de impacto
ambiental;

V - promover a educação ambiental na sua rede de ensino e a conscientização da


comunidade para a preservação do meio ambiente;

VI - proteger a flora e a fauna, vedadas, na forma da lei, as práticas que


coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam animais à crueldade.

§ 2º As nascentes, as margens dos rios e encostas do território municipal ficam


sob a proteção do Município e sua utilização far-se-á na forma da lei, dentro de
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais.

§ 3º Aquele que explorar recursos minerais, inclusive extração de areia, cascalho

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ou pedreiras, fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo


com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 4º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão


os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, às sanções administrativas e penais,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 5º Ordenar o controle migratório e habitacional.

§ 6º Lei municipal disporá sobre código do meio ambiente.

Art. 133 O Município poderá estabelecer consórcio com outros municípios,


objetivando a solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental, em
particular à preservação dos recursos hídricos e ao uso equilibrado dos recursos
naturais.

Seção VI
DO ÍNDIO

Art. 134 O Município respeitará e fará respeitar, em seu território, os direitos,


bens materiais, crenças, tradições e todas as garantias conferidas ao índio na
Constituição Federal.

Art. 135 O Município apoiará e incentivará a valorização e a difusão


das manifestações culturais indígenas.

I - em todos os eventos promovidos pelo Município, onde tiver a


circulação popular, como exemplo a EFAPI, Feira Livre do Agricultor
Rural, e outros deverão ceder espaço gratuito à Comunidade
indígena para expor e vender seus artesanatos;

II - o Município cederá espaço gratuito na Feira Livre e no


Camelódromo para a comunidade indígena comercializar seus
artesanatos;

III - todos os espaços sediados à comunidade indígena ficarão isento


de taxas, impostos ou qualquer tributo.

(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 6/1999)

CAPÍTULO XI
ATO DAS DISPOSIÇÕES ORGANIZACIONAIS TRANSITÓRIAS

Art. 1º O Prefeito Municipal e os Membros da Câmara Municipal de Chapecó


prestarão compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgânica do
Município, no ato e na data de sua promulgação.

Art. 2º São considerados estáveis os servidores públicos municipais cujo


ingresso não seja conseqüente de concurso público e que, à data da promulgação
da Constituição Federal, completaram, pelo menos, cinco anos continuados de
exercício de função pública municipal.

§ 1º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como
título quando se submeterem a concurso público, para fins de efetivação na
forma da lei.

§ 2º Excetuados os serviços admitidos a outro título, não se aplica o disposto


neste artigo aos nomeados para cargos em comissão ou admitidos para função

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de confiança, nem aos que a lei declare de livre exoneração, exceto se já servidor.

Art. 3º Dentro de cento e oitenta dias proceder-se-á a revisão dos direitos dos
servidores públicos municipais inativos e pensionistas e a atualização dos
proventos e pensões a eles devidos, a fim de ajustá-los ao disposto nesta Lei.

Art. 4º Até o dia 05 de maio de 1990 será promulgada a lei regulamentando a


compatibilização dos servidores públicos municipais ao regime jurídico
estatutário e à reforma administrativa.

Art. 5º Até o dia 31 de dezembro de 1990 será promulgado o novo Código


Tributário do Município.

Art. 6º O Poder Executivo reavaliará todos os incentivos fiscais de natureza


setorial ora em vigor, propondo ao Poder Legislativo as medidas cabíveis.

§ 1º Considerar-se-ão revogados, a partir do exercício de 1991, os incentivos que


não forem confirmados por lei.

§ 2º A revogação não prejudicará os direitos que já tiveram sido adquiridos


àquela data, em relação aos incentivos concedidos sob condição e com prazo.

Art. 7º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 34/2011)

Art. 8º As leis complementares deverão ser elaboradas no prazo máximo de um


ano, a contar da promulgação.

Art. 9º O Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara Municipal de


Vereadores de Chapecó, dentro do prazo de noventa dias, contados
da publicação da Lei, promoverão a exoneração dos atuais ocupantes
de cargos de provimento em comissão, nas situações previstas no
inciso XXII, do art. 13 da LOM.

Parágrafo Único - Os atos de exoneração produzirão efeitos a contar


de suas respectivas publicações.

(Redação acrescida pela Emenda a Lei Orgânica nº 33/2011)

Chapecó - SC, 04 de abril de 1990.

Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

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