Lei Orgânica de Lajeado - RS
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LEI ORGÂNICA
A CÂMARA MUNICIPAL DE LAJEADO, exercendo a competência que lhe é conferida pelo art. 11, parágrafo
único, de Ato das Disposições Transitórias da Constituição da República Federativa do Brasil, promulga
esta Lei Orgânica Municipal:
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
Art. 1º O Município de Lajeado, parte integrante da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio
Grande do Sul, no pleno uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei
Orgânica e demais leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e
Estadual.
Art. 2º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, e o Executivo.
§ 2º O cidadão investido na função de um deles, não poderá exercer a de outro, salvo nos casos
previstos nesta Lei Orgânica.
Art. 3ºÉ mantido o atual território do Município, cujos limites só poderão ser alterados nos termos da
Legislação Estadual.
Art. 4ºSão símbolos do município de Lajeado, o brasão, a bandeira e o hino, representativos de sua
cultura e história.
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I - pela eleição direta dos Vereadores, que compõem o Poder Legislativo Municipal;
II - pela eleição direta do Prefeito e Vice-Prefeito, que compõem o Poder Executivo Municipal.
III - pela administração própria, no que diz respeito ao seu peculiar interesse, especialmente quando:
a) da decretação dos tributos de sua competência e aplicação de suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em Lei;
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL
II - elaborar leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de interesse local;
V - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo
da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
VII - organizar e prestar diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, através de licitação,
os serviços públicos de interesse local e os que possuem caráter essencial, bem como, dispor sobre eles;
XII - prover a defesa da flora e da fauna, bem como, preservar os bens e locais de valor histórico,
cultural e científico.
XIV - conceder e permitir os serviços de transporte coletivo, táxis e outros, fixando suas tarifas,
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XVI - disciplinar o serviço de cargas e descargas, bem como a fixação de tonelagem máxima e altura
permitidas aos veículos que circulam nas vias do município;
XVIII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação
infantil e de ensino fundamental;
XIX - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento a
saúde da população;
XX - normatizar, fiscalizar e promover a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos sólidos
domiciliares e de limpeza urbana.
XXVI - dispor sobre o serviço funerário e cemitérios, encarregando-se da administração daqueles que
forem públicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas;
I - zelar pela guarda da Constituição, das Leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio
público;
II - zelar pela saúde, higiene, segurança e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência.
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V - tomar as medidas necessárias para restringir a mortalidade e a morbidez infantil, bem como
medidas que impeçam a propagação de doenças transmissíveis;
VI - proteger a juventude contra toda a exploração, bem como contra os fatores que possam conduzi-
la ao abandono físico, moral e intelectual;
VII - incentivar o comércio, os serviços, a indústria, a agricultura, o turismo e outras atividades que
visem ao desenvolvimento econômico;
X - estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como as defesas contra as formas de exaustão
do solo;
XII - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural; os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os símbolos arquitetônicos;
XIII - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural;
XIV - promover a defesa sanitária vegetal e animal, a extinção de insetos e de animais daninhos, bem
como o manejo vegetal consciente, o controle de vetores e zoonoses;
Art. 8º O Município poderá celebrar convênios com a União, com o Estado e com outros Municípios,
mediante autorização da Câmara Municipal, para a execução de suas leis, serviços, obras e decisões, bem
como para executar encargos análogos a essas esferas.
§ 2º Pode ainda o Município, através de convênios ou consórcios com outros Municípios, criar
entidades intermunicipais para a realização de obras, atividades ou serviços específicos de interesse
comum, devendo os mesmos serem aprovados por leis dos Municípios participantes.
TÍTULO II
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
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Seção I
DA CÂMARA MUNICIPAL
§ 1º Cada Legislatura terá a duração de quatro anos, compreendendo cada ano uma sessão
legislativa.
I - a nacionalidade brasileira;
V - a filiação partidária;
VII - ser alfabetizado e não possuir vedações quanto à Lei Complementar 135 de 2010.
Art. 10. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á, no primeiro ano de cada legislatura de 1º de
janeiro a 31 de dezembro; no segundo, terceiro e quarto ano, reunir-se-á de 01 de fevereiro a 31 de
dezembro.
No primeiro ano de cada legislatura, no primeiro dia de Janeiro, em Sessão Solene de Instalação,
Art. 11.
independente do número de eleitos presentes, sob a presidência do Vereador mais votado dentre os
presentes, os edis prestarão compromisso e tomarão posse, com o seguinte juramento:
"PROMETO CUMPRIR A LEI ORGÂNICA, LEIS DA UNIÃO, DO ESTADO E DO MUNICÍPIO, BEM COMO
EXERCER O MEU CARGO SOB AS INSPIRAÇÕES DO PATRIOTISMO, DA LEGALIDADE E DA HONRA".
§ 1º Salvo acordo entre a mesa diretora em exercício e os representantes dos eleitos e diplomados, a
Sessão Solene poderá ser antecipada.
§ 2º Prestado o compromisso pelo Presidente, o secretário que foi designado para este fim, fará a
chamada nominal de cada Vereador, que declarará: "Assim o prometo".
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§ 3º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no prazo de trinta
dias, salvo atestado médico ou motivo justo aceito pela Câmara Municipal.
§ 1º O mandato dos integrantes da Mesa será de um ano, vedada a reeleição para o mesmo cargo na
eleição subsequente, dentro da mesma legislatura.
§ 2º Na composição da Mesa da Câmara e das Comissões, será assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos políticos que a compõem.
§ 2º Nas sessões legislativas extraordinárias, a Câmara somente poderá deliberar sobre a matéria
objeto das convocações.
§ 3º Para as sessões extraordinárias, a convocação dos Vereadores, deverá ser pessoal e expressa com
antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, autorizada a comunicação por meio digital ou
eletrônico.
Art. 14. A Câmara Municipal funciona com a presença, no mínimo, da maioria absoluta de seus
membros, e as deliberações são tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo disposição
constitucional em contrário ou previstas nesta Lei Orgânica.
I - Código Tributário;
V - Código de Postura;
VI - Obtenção de empréstimos;
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§ 2º Dependerá do voto favorável de dois terços dos membros da Câmara Municipal a aprovação das
seguintes matérias:
III - quando a matéria exigir, para aprovação, voto favorável de 2/3 dos componentes;
Art. 15. As sessões da Câmara são públicas e o voto é aberto, salvo nos casos de votação secreta
previstas no Regimento Interno.
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§ 1º O controle externo da Câmara será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, e
compreenderá a apreciação das Contas do Prefeito, o acompanhamento das atividades financeiras e
orçamentárias do Município, o desempenho das funções de auditoria financeira e orçamentária, bem
como o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos.
§ 2º O Prefeito deverá remeter ao Tribunal de Contas do Estado, até trinta e um de março, as contas
relativas à gestão financeira municipal do exercício imediatamente anterior, tanto da Administração
Direta, quanto da Administração Indireta.
§ 4º As contas do Prefeito, prestadas anualmente, serão julgadas pela Câmara de Vereadores dentro
de sessenta dias após o recebimento do parecer prévio do Tribunal de Contas, considerando-se julgadas
nos termos das conclusões deste parecer, se não houver deliberação dentro deste prazo.
§ 5º Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará de prevalecer o
parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas do Estado.
§ 6º As contas relativas à aplicação de recursos transferidos pela União e Estado, serão prestadas na
forma da legislação federal e estadual em vigor, sem prejuízo de sua inclusão na prestação anual de
contas.
Art. 18. A Câmara de Vereadores ou suas comissões, a requerimento da maioria de seus membros,
poderá convocar Secretários Municipais, titulares de autarquias ou de instituições autônomas de que o
Município participe, para comparecerem perante elas, a fim de prestar informações sobre assunto
previamente designado e constante da convocação.
Art. 19. As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais além de outros previstos no Regimento Interno da Câmara de Vereadores, serão
criadas pelo Poder Legislativo, mediante requerimento de um terço de seus membros, e apreciação
plenária para apuração de fato determinado e por prazo definido, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público e ao órgão de controle externo, para que estes promovam a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Seção II
DOS VEREADORES
Art. 20.Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos proferidos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município.
§ 1º Os Vereadores, no exercício de sua competência, têm livre acesso aos órgãos da Administração
Direta e Indireta do Município.
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razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou delas receberam
informações.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista, ou empresa concessionária de serviço público municipal, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes.
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis
"ad nutum", nas entidades constantes na alínea anterior.
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato
celebrado com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada, inclusive de
empresa concessionária ou permissionária;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I,
alínea a.
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, alínea a.
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a cinco (5) sessões ordinárias e ou cinco (5)
sessões extraordinárias, salvo em caso de licença, atestado médico ou missão oficial autorizada;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Lei Orgânica e na Constituição
Federal;
VII - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado no prazo fixado nesta Lei Orgânica.
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno o
abuso das prerrogativas asseguradas a membros da Câmara ou a percepção de vantagens indevidas.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será declarada pela Câmara, por voto aberto
de dois terços de seus membros, mediante provocação da Mesa ou de partido político com representação
na Câmara, assegurada a ampla defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III, IV, V e VII, a perda do mandato será declarada pela Mesa da
Câmara de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político com
representação na Câmara, assegurada ampla defesa.
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II - licenciado por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesses particulares,
desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse noventa dias por sessão legislativa.
Art. 24. O suplente será convocado nos casos de vacância (morte ou renúncia), de investidura em
funções previstas no artigo anterior (Secretário Municipal ou Coordenador de Departamento), ou em caso
de licença, nos termos do Regimento Interno da Câmara Municipal.
Art. 25. Os Vereadores perceberão subsídio em parcela única, fixado por Lei de iniciativa da Câmara
Municipal, de uma legislatura para a subsequente, respeitados os limites e critérios estabelecidos pela
Constituição Federal.
O Presidente da Câmara fará jus a verba de representação, fixada em Lei, juntamente com os
Art. 26.
subsídios dos Vereadores, não podendo ser superior à cinquenta por cento do valor fixado.
Art. 27. Sempre que o Vereador, por deliberação do Plenário, for incumbido de representar a Câmara de
Vereadores fora do território do Município, fará jus à diária fixada em Decreto Legislativo.
Seção III
Art. 28. Compete a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, legislar e dispor sobre todas as matérias
de competência do Município, e especialmente:
I - legislar sobre tributos municipais, bem como, autorizar isenções, anistias fiscais e a remissão de
dívidas;
II - votar o Plano Plurianual, o Projeto de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual, bem como,
autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
III - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de créditos, bem como, a
forma e os meios de pagamento;
V - legislar sobre a criação e extinção de cargos e funções do Município, bem como, fixar e alterar,
vencimentos e outras vantagens pecuniárias;
VI - votar Leis que disponham sobre a alienação e aquisição de bens, salvo quando se tratar de
doação sem encargo;
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XI - legislar sobre o zoneamento urbano, bem como, propor a denominação de vias, logradouros e
próprios públicos municipais;
XIII - dispor sobre o cancelamento, nos termos da lei, da dívida ativa do Município, autorizar a
suspensão de sua cobrança e a relevação de ônus e juros.
I - eleger sua Mesa, suas Comissões, elaborar seu Regimento Interno e dispor sobre sua organização;
II - através de Lei, criar, alterar e extinguir os cargos e funções de seu quadro de servidores, dispor
sobre o provimento dos mesmos, bem como fixar e alterar seus vencimentos e outras vantagens;
III - representar, pela maioria de seus membros, para efeito de intervenção no Município;
VI - sustar atos do Poder Executivo que exorbitem da sua competência, ou se mostre contrários ao
interesse público;
VII - fixar os subsídios de seus membros, do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais,
observado o que dispõe a Constituição Federal;
XII - dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito quando eleitos, conhecer de sua renúncia e afastá-los
definitivamente do exercício do cargo, nos casos previstos em Lei;
XIII - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento do cargo;
XV - criar Comissão Parlamentar de Inquérito sobre fato determinado que se inclua na competência
Municipal;
XVI - propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse à coletividade ou ao
serviço público;
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XVII - tomar e julgar as contas do Prefeito, no prazo de sessenta dias após o recebimento do parecer
prévio do Tribunal de Contas, observados os seguintes preceitos:
a) o parecer somente poderá ser rejeitado por decisão de dois terços dos membros da Câmara;
decorrido o prazo de sessenta dias sem deliberação, as contas serão consideradas aprovadas ou
rejeitadas, de acordo com a conclusão do parecer do Tribunal de Contas;
rejeitadas as contas, serão imediatamente remetidas ao Ministério Público para os devidos fins.
XVIII - conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem a pessoas
que, reconhecidamente, tenham prestado serviços ao Município, mediante decreto legislativo.
Seção IV
DAS COMISSÕES
III - convocar Secretários Municipais e dirigentes de órgãos da administração indireta, para prestar
informações sobre assuntos de suas atribuições;
VI - apreciar e emitir parecer sobre programas de obras, planos de desenvolvimento e outras matérias
de competência legislativa.
Poderão ser criadas, mediante requerimento de um terço dos membros da Casa, Comissões
Art. 31.
Parlamentares de Inquérito, para a apuração de fato determinado e por prazo certo.
Art. 32. Ao término de cada sessão legislativa, a Mesa da Câmara constituir-se-á em Comissão
Representativa, que substituirá a Câmara de Vereadores durante o recesso até o início da sessão
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Parágrafo único. As normas relativas ao desempenho das atribuições da Comissão Representativa são
estabelecidas no Regimento Interno da Câmara.
Seção V
II - leis complementares;
IV - decretos legislativos;
V - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das
Leis.
Art. 34. Serão objeto, ainda, de deliberação da Câmara de Vereadores, na forma do Regimento Interno:
I - autorizações;
II - indicações;
III - requerimentos;
IV - pedidos de informação;
V - moções;
VI - anteprojeto de Lei.
I - de Vereadores;
II - do Prefeito;
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Parágrafo único. No caso do inciso I, a proposta deverá ser subscrita, no mínimo, por um terço dos
membros da Câmara de Vereadores.
Art. 36. Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta será discutida e votada em dois turnos, com
interstício mínimo de dez dias, e ter-se-á por aprovada, quando obtiver em ambas as votações, dois terços
dos votos dos membros da Câmara Municipal.
Art. 37. A emenda à Lei Orgânica será promulgada e publicada pela Mesa da Câmara de Vereadores, com
o respectivo número de ordem.
Parágrafo único. A matéria constante de proposta de emenda a Lei Orgânica rejeitada ou havida por
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
A iniciativa das Leis Municipais, Ordinárias e Complementares, salvo nos casos de competência
Art. 38.
exclusiva, cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e ao Eleitorado, que a exercerá sob a forma de moção
articulada e fundamentada, subscrita, no mínimo, por dez por cento dos eleitores do Município.
Art. 39. São de iniciativa privativa do Prefeito Municipal as Leis que dispõe sobre:
Nos projetos de Lei de iniciativa privativa do Prefeito, não será admitida emenda que aumente a
Art. 40.
despesa prevista.
Art. 41. No início ou em qualquer fase da tramitação de projeto de Lei de iniciativa privativa do Prefeito,
este poderá solicitar à Câmara de Vereadores que o aprecie em Regime de Urgência, no prazo de 30
(trinta) dias, a contar do pedido.
§ 2º O prazo referido neste artigo não correrá durante o período de recesso da Câmara de
Vereadores, e nem se aplica aos projetos de Leis Complementares e Orçamentários.
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Art. 44.A matéria constante de Projeto de Lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara de
Vereadores, ressalvadas as proposições de iniciativa privativa do Prefeito Municipal, com suas devidas
alterações.
Art. 45. Os Projetos de Lei aprovados pela Câmara de Vereadores serão enviados ao Prefeito no prazo de
48 (quarenta e oito) horas, que, aquiescendo, os sancionará.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 4º O veto será apreciado em sessão plenária dentro de 30 (trinta) dias a contar de seu recebimento,
só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Prefeito Municipal.
§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo quarto, o veto será colocado na
ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 7º Se a Lei não for promulgada dentro de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito Municipal, nos
casos dos parágrafos 3º e 5º, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo,
caberá ao Vice-Presidente da Câmara fazê-lo no mesmo prazo.
Parágrafo único. Nos casos de projeto de resolução e de projeto de decreto legislativo, considerar-se-
á encerrada, com a votação final, a elaboração da norma jurídica, que será promulgada pelo Presidente
da Câmara.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
Art. 47. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais e Assessores.
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§ 2º Será considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido político obtiver a
maioria dos votos válidos entre todos os candidatos concorrentes.
§ 3º Se houver empate entre dois ou mais candidatos, será considerado eleito o mais idoso.
§ 4º O mandato do Prefeito é de quatro anos, e terá início no dia primeiro de janeiro do ano seguinte
ao da sua eleição, permitida uma reeleição para o período consecutivo.
Parágrafo único. Se o Prefeito ou o Vice-Prefeito não tomarem posse, decorridos 10 (dez) dias da data
fixada, salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago pela Câmara de Vereadores.
Art. 51. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á nova eleição em até 90 (noventa) dias
depois de aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos de mandato, a eleição para ambos os cargos, será
feita trinta dias depois de aberta a última vaga, pela Câmara Municipal, na forma da Lei.
Art. 52. O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo, não poderão afastar-se do Município,
do Estado e do País, por mais de 15 (quinze) dias, sem prévia autorização da Câmara de Vereadores, sob
pena de perda do cargo.
Art. 53. Os subsídios do Prefeito e do Vice-Prefeito serão fixados por Lei de iniciativa da Câmara
Municipal, de uma legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe o inciso V, do artigo 29 da
Constituição Federal.
II - em gozo de férias.
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§ 2º O Prefeito gozará de férias anuais de trinta dias, sem prejuízo da remuneração, ficando a seu
critério a época para usufruir do descanso, sempre respeitado o período legal de intervalo.
§ 3º Ao entrar em férias, o Prefeito deverá transmitir o cargo ao seu substituto legal e comunicar à
Câmara de Vereadores.
Seção II
II - exercer com o auxílio dos secretários municipais e dos titulares dos órgãos equivalentes, a direção
superior da Administração Municipal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a
sua fiel execução;
VII - declarar a utilidade ou necessidade pública, ou interesse social de bens, para fins de
desapropriação ou servidão administrativa;
XI - prover e extinguir cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos
servidores, nos termos da Lei;
XII - enviar ao Poder Legislativo o Plano Plurianual, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e as
propostas de Orçamento previstas nesta Lei;
XIII - encaminhar anualmente à Câmara de Vereadores e ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia 31
de março, as contas referentes à gestão financeira do exercício anterior;
XIV - prestar, a Câmara Municipal, dentro de trinta dias, as informações solicitadas sobre fatos
relacionados ao Poder Executivo e sobre matéria legislativa em tramitação na Câmara, ou sujeita à
fiscalização do Poder Legislativo;
XV - colocar à disposição da Câmara Municipal, até o dia vinte de cada mês, a parcela correspondente
ao duodécimo de sua dotação orçamentária;
XVI - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidos em
matéria da competência do Executivo Municipal;
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XIX - solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia de cumprimento de seus atos;
XX - revogar atos administrativos por razões de interesse público e anulá-los por vício de legalidade,
observado o devido processo legal;
Parágrafo único. O Prefeito poderá delegar, por decreto, a seus auxiliares, funções administrativas que
não seja de sua exclusiva competência.
Seção III
III - impedir a verificação de obras e serviços municipais por parte da Comissão Parlamentar de
Inquérito ou perícia oficial;
VI - assumir obrigações que envolvam despesas públicas, sem que haja suficiente recurso
orçamentário na forma da Constituição Federal;
VII - praticar, contra expressa disposição de Lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática;
VIII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses no Município, sujeitos
a Administração Municipal;
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XI - tiver cassados os direitos políticos ou for condenado por crime funcional ou eleitoral, sem a pena
acessória da perda do cargo;
XII - incidir nos impedimentos estabelecidos no exercício do cargo e não se desincompatibilizar nos
casos supervenientes e nos prazos fixados.
Art. 56. A cassação do mandato do Prefeito e Vice-Prefeito, pela Câmara de Vereadores, por infrações
definidas no artigo anterior, obedecerá ao seguinte rito:
I - a denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a exposição dos fatos e a
indicação das provas. Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de
integrar a comissão processante, podendo, todavia, praticar os atos de acusação. Se o denunciante for o
Presidente da Câmara, passará a Presidência ao substituto legal, para os atos do processo, e só votará se
necessário para completar o quorum de julgamento. Será convocado o suplente do Vereador impedido de
votar, o qual não poderá integrar a comissão processante;
III - recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos, dentro de cinco dias,
notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e documento que instruírem, para que,
no prazo de dez dias, apresente defesa prévia, por escrito, indique as provas que pretender produzir e
arrole testemunhas, até o máximo de dez. Se estiver ausente do Município, a notificação far-se-à por
edital, publicado duas vezes, no órgão oficial, com intervalo de três dias, pelo menos, contando o prazo da
primeira publicação. Decorrido o prazo de defesa, a comissão processante emitirá parecer dentro de cinco
dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, o qual, neste caso, será submetido ao
Plenário. Se a comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente designará desde logo, o início da
instrução e determinará os atos, diligências e audiências que se fizeram necessários, para o depoimento e
inquirição das testemunhas;
V - concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões escritas, no prazo
de cinco dias, e após a comissão processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência da
acusação, e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de sessão para julgamento. Na sessão de jul‐
gamento, o processo será lido integralmente, e, a seguir, os Vereadores que o desejarem poderão
manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de quinze minutos cada um, e, ao final, o denunciado, ou
seu procurador, terá o prazo máximo de duas horas, para produzir sua defesa oral;
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VII - o processo, a que se refere este artigo, deverá estar concluído dentro de 90 (noventa) dias,
contados da data em que se efetivar a notificação do acusado. Transcorrido o prazo sem o julgamento, o
processo será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que sobre os mesmos fatos.
II - por falecimento;
IV - quando deixar de tomar posse, sem motivo comprovado perante à Câmara, no prazo fixado nesta
Lei.
TÍTULO III
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO I
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município, obedecerá aos
Art. 58.
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, bem como, as demais
normas constantes nos artigos 37 a 41 da Constituição Federal, além das fixadas na Constituição Estadual,
nesta Lei Orgânica e demais Leis Municipais.
CAPÍTULO II
Art. 59.São servidores do Município todos os que ocupam cargos, funções ou empregos na
administração direta, nas autarquias e fundações públicas, bem como os admitidos por contrato para
atender necessidades temporárias de excepcional interesse do Município, definidas em Lei.
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em Lei;
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exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez por igual
período;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em Lei;
VIII - a Lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX - a Lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público;
Parágrafo único. É vedada a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral
ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão
ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas.
Art. 61. Ao servidor público da administração direta e indireta, no exercício de mandato eletivo, aplicam-
se as seguintes disposições:
I - tratando-se de Mandato Eletivo Federal ou Estadual ficará afastado de seu cargo emprego ou
função;
II - investido no Mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de Mandato Eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por merecimento e contagem
de tempo para fins previdenciários.
Art. 62. São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
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§ 2º Invalidada por Sentença Judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
serviço.
Art. 63. O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em
benefícios destes, de sistemas de previdência, saúde e assistência social.
CAPÍTULO III
Art. 65. Os Secretários do Município, de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito Municipal, serão
solidariamente responsáveis com o chefe do Poder Executivo, pelos atos lesivos ao erário municipal
praticados na área de sua atuação quando decorrente de dolo e culpa.
Parágrafo único. Os Secretários Municipais perceberão subsídio fixado por Lei de iniciativa da Câmara
Municipal, de uma legislatura para a subsequente, com mesmos direitos e benefícios dos demais
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servidores municipais.
Art. 66. Além das atribuições fixadas em Lei Ordinária, compete aos Secretários Municipais:
II - referendar os atos do Prefeito e expedir instruções para a execução das Leis, Decretos e
regulamentos relativos aos assuntos de suas secretarias;
III - apresentar ao Prefeito, relatório anual dos serviços realizados por suas secretarias;
V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem delegadas pelo Prefeito.
CAPÍTULO IV
Art. 67. Os Conselhos Municipais são órgãos de caráter deliberativo e/ou de cooperação governamental,
que têm por finalidade auxiliar a administração pública na orientação, planejamento, fiscalização e
execução da matéria de sua competência.
Parágrafo único. A Lei Complementar especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização,
composição, funcionamento, forma de escolha de seus membros, bem como o prazo de duração do seu
mandato.
CAPÍTULO V
Art. 68. São bens municipais todos os móveis e imóveis, bem como os direitos e ações que, a qualquer
título, pertençam ao Município.
Todos os bens municipais devem ser cadastrados, com a identificação respectiva, numerando-se
Art. 70.
os móveis, segundo o que for estabelecido em regulamento e mantendo-se um livro tombo com a relação
descritiva dos bens imóveis.
A aquisição de bens pelo Município será realizada mediante prévia licitação, que poderá ser
Art. 71.
dispensada nas hipóteses e nos precisos termos da legislação pertinente.
Parágrafo único. A aquisição de bens imóveis, por compra, permuta ou doação, dependerá de prévia
autorização legislativa, precedida de avaliação.
Parágrafo único. Somente poderá ser dispensada a licitação a que se refere o "caput" deste artigo, nas
hipóteses e nos precisos termos da legislação pertinente.
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Art. 73. O uso de bens municipais por terceiros, poderá ser efetuado mediante concessão, permissão ou
autorização, conforme o interesse público o exigir, mediante autorização do Poder Legislativo.
TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
CAPÍTULO I
I - impostos sobre:
b) transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
aquisição;
II - taxas, que só poderão ser instituídas por Lei, em razão do exercício do poder de polícia, ou pela
utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
colocados à disposição pelo Município;
III - contribuição de melhoria, que poderá ser cobrada dos proprietários de imóveis, valorizados por
obras públicas municipais, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Parágrafo único. As taxas não podem ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que tenham
servido para incidência de qualquer imposto.
Art. 75. Leis estabelecerão as alíquotas relativas aos impostos e os valores das taxas e contribuição de
melhoria, estabelecendo os critérios para sua cobrança.
Art. 76. A concessão de anistia, remissão, isenção, benefícios e incentivos fiscais que envolvam matéria
tributária ou dilatação de prazos de pagamento de tributo, só poderão ser concedidos mediante
autorização da Câmara Municipal.
Art. 77. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte é vedado ao Município:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da Lei que os houver instituídos
ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a Lei que instituiu ou aumentou;
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c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da Lei;
CAPÍTULO II
DOS ORÇAMENTOS
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
I - da consolidação dos orçamentos das entidades que desenvolvem ações voltadas a seguridade
social, compreendendo as receitas e despesas relativas à saúde, a previdência e a assistência social,
incluídas obrigatoriamente, as oriundas de transferências.
III - de quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação das mesmas, quando houver
vinculação a determinado órgão, fundo ou despesa.
§ 5º A Lei Orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e fixação da
despesa, não se incluindo na proibição:
II - autorização para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da Lei.
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§ 6º A Lei Orçamentária anual deverá incluir na previsão da receita, obrigatoriamente, sob pena de
responsabilidade político administrativa da autoridade administrativa responsável, todos os recursos
provenientes de transferências de qualquer natureza e de qualquer origem, feitas a favor do Município,
por pessoas físicas e jurídicas, bem como propor as suas respectivas aplicações, como despesa
orçamentária.
§ 7º O Poder Executivo publicará, até trinta dias, após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.
Os Projetos de Lei sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais serão
Art. 79.
enviados pelo Prefeito Municipal ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:
I - o Projeto de Lei do Plano Plurianual, até 30 de junho do primeiro ano do mandato do Prefeito;
Os projetos de lei de que trata o artigo anterior, após a apreciação e deliberação da Câmara de
Art. 80.
Vereadores, deverão ser devolvidos ao Poder Executivo, com vistas à sanção nos seguintes prazos:
I - o Projeto de Lei do Plano Plurianual até 31 de julho do primeiro ano do mandato do Prefeito;
Art. 81. Caso o Prefeito não envie o Projeto do Orçamento Anual no prazo legal, o Poder Legislativo
adotará como Projeto de Lei Orçamentária a Lei de Orçamento em vigor, com a correção das respectivas
rubricas pelos índices oficiais da inflação verificada nos doze meses imediatamente anteriores a trinta de
outubro.
Art. 82. O Prefeito Municipal poderá encaminhar à Câmara de Vereadores, mensagem para propor
modificação nos projetos de lei previstos no artigo 79 desta Lei Orgânica, enquanto não estiver concluída
a votação da parte relativa à alteração proposta.
Art. 83. As emendas aos Projetos de Lei relativos aos Orçamentos anuais ou aos Projetos que os
modifiquem, somente poderão ser aprovados, caso:
b) serviço de dívida;
Parágrafo único. Eventual diferença que implique o não atendimento ao percentual mínimo de 30%
da receita em educação deverá ser acrescido ao montante previsto no ano subsequente, a ser destinado
equitativamente a todos educandários do Município.
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As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
Art. 84.
incompatíveis com o Plano Plurianual.
Art. 85. Aplicam-se aos Projetos de Lei mencionados nos artigos anteriores, no que não contrariarem o
disposto nesta Lei e na Constituição Federal, as demais normas relativas ao processo legislativo.
Art. 86.Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de Lei Orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados como cobertura financeira para a
abertura de créditos suplementares e especiais, mediante prévia e específica autorização legislativa.
III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do Município para suprir
necessidades ou cobrir déficit de empresas ou qualquer entidade de que o Município participe;
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no Plano Plurianual, ou sem Lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
Art. 88. A abertura de créditos extraordinários, somente será admitida para atender à despesas
imprevisíveis e urgentes decorrentes de calamidade pública.
Parágrafo único. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Prefeito Municipal, o qual
deverá ser submetido à aprovação da Câmara de Vereadores, no prazo de 30 (trinta) dias.
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Art. 89. A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites estabelecidos
em Lei Complementar Federal.
TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA
CAPÍTULO I
A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
Art. 90.
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da Justiça Social, observados os princípios
estabelecidos no artigo 170 da Constituição Federal.
Art. 91. Na organização de sua ordem econômica, o Município combaterá a miséria, o analfabetismo, o
desemprego, a propriedade improdutiva, a marginalização do indivíduo, o êxodo rural, a economia
predatória e todas as formas de degradação da condição humana.
Art. 92. Lei Municipal definirá normas de incentivo ao investimento e à fixação de atividades econômicas
no território do Município, objetivando desenvolver-lhe as potencialidades, observadas as peculiaridades
locais.
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Art. 94. O plano de desenvolvimento econômico do Município terá o objetivo de promover a melhoria da
qualidade de vida da população, a distribuição eqüitativa da riqueza produzida, o estímulo à permanência
do homem no campo e o desenvolvimento social e econômico sustentável.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
Art. 96. A Política de Desenvolvimento Urbano, executada pelo Poder Público Municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em Lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem estar de seus habitantes.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no Plano Diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
III - a criação de áreas de especial interesse urbanístico, social, ambiental, cultural, turístico e de
utilização pública.
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA AGRÍCOLA
Art. 98. A política agrícola será planejada e executada na forma da Lei, com a participação efetiva do
setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de
comercialização, de armazenamento e de transportes.
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O Município permitirá e apoiará a organização das feiras livres e a comercialização dos produtos
Art. 100.
agrícolas no seu território, especialmente quando fornecidos diretamente do produtor, devidamente
cadastrado, ao consumidor.
CAPÍTULO IV
Art. 102. O Poder Público Municipal, na busca da geração de emprego e renda, elaborará política de
incentivo e desenvolvimento de novas atividades industriais, comerciais e de serviços, conforme
benefícios e atrativos que a Lei dispuser.
Art. 103. Incumbe ao Poder Executivo manter banco de dados com estatísticas, diagnóstico físico,
territorial e outras informações relativas às atividades industriais, comerciais e de serviços, destinando-se
a servir de suporte para ações de planejamento e desenvolvimento.
TÍTULO VI
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO I
DA DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 104.É dever do Município, com a colaboração da União do Estado do Rio Grande do Sul e da
comunidade, desenvolver programas específicos de promoção do bem-estar coletivo e de realização da
Justiça Social.
CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO
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Art. 105. A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 106. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, sem qualquer
discriminação à pessoa;
VIII - zelar por todos os meios ao seu alcance, pela permanência do educando na escola.
Art. 108. O dever do Município com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental público, obrigatório e gratuito, inclusive para os que não tiveram acesso na
idade própria;
III - atendimento em escolas de educação infantil, creches e pré-escolas às crianças de zero a cinco
anos de idade.
Parágrafo único. O não oferecimento do ensino obrigatório pelo município, ou sua oferta irregular,
importa responsabilidade da autoridade competente.
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Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
Art. 110.
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em Lei, que:
I - erradicação do analfabetismo;
V - promoção humanística;
Art. 112. Lei específica estabelecerá o plano de carreira do magistério público municipal.
É assegurada à gestão democrática no Ensino Público Municipal, com eleição para definir os
Art. 113.
Diretores de escola, tendo como eleitores os pais, professores e alunos, conforme o estabelecido em Lei.
CAPÍTULO III
DA CULTURA
Art. 114. Art. 143 - O Município estimulará a valorização e a difusão das manifestações culturais, bem
assim promoverá meios de preservação dos bens e sítios representativos de estilo ou época, e de tudo o
mais que constitua no patrimônio cultural da comunidade.
Art. 115. A proteção do patrimônio cultural será promovida por meio de inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.
Observado o que dispuser a Lei Federal, serão punidos todos os danos e ameaças ao patrimônio
Art. 117.
cultural da comunidade.
Art. 118. O Município promoverá a criação, a instalação e a manutenção de biblioteca em cada bairro,
compreendendo, inclusive, material bibliográfico destinado à leitura por deficientes visuais.
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Art. 119. Será instituído o Arquivo Público Municipal, destinado à recepção, catalogação e guarda de
todos os documentos de interesse da Administração Municipal e referenciado à memória da comuna,
assegurado acesso amplo às informações nele mantidas, para efeito de pesquisa e estudo em geral.
CAPÍTULO IV
DO DESPORTO
Art. 121. É dever do Município, fomentar práticas desportivas formais e não formais, observados:
Parágrafo único. O Município dentro de suas atribuições deverá fomentar e amparar o desporto, o
lazer e a recreação sadia e construtiva da comunidade como direito de todos.
CAPÍTULO V
DO TURISMO
Art. 122. O Município instituirá política municipal de turismo e definirá as diretrizes a observar nas ações
públicas e privadas, com vistas a promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e
econômico.
CAPÍTULO VI
DA SAÚDE
Art. 123. A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua manutenção, promoção, proteção e recuperação.
§ 2º Para atingir esses objetivos, o Município promoverá em conjunto com a União e o Estado:
As ações e serviços de saúde são de natureza pública, cabendo ao Poder Público sua
Art. 124.
normatização e controle, devendo sua execução ser feita preferencialmente através de serviços públicos,
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Parágrafo único. É vedada a cobrança ao usuário, pela prestação de serviços de assistência à saúde
mantidas pelo Poder Público, ou serviços privados contratados ou conveniados pelo Sistema Único de
Saúde.
Art. 125. São de competência do Município, exercidas pela Secretaria Municipal de Saúde:
III - a proposição de projetos de Leis Municipais que contribuam para a viabilização e concretização do
Sistema Único de Saúde no Município;
VI - o planejamento e a execução das ações de controle das condições e dos ambientes de trabalho e
dos problemas de saúde com eles relacionados;
VIII - a formulação e implantação da política de recursos humanos na esfera municipal, de acordo com
as políticas nacional e estadual de desenvolvimento de recursos humanos de saúde;
XII - o planejamento e a execução das ações de controle do meio ambiente e de saneamento básico
no âmbito do Município;
XVI - a celebração de consórcios intermunicipais, para formação de Sistema de Saúde, quando houver
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§ 3º Os recursos repassados pelo Estado e destinados a saúde não poderão ser utilizados em outras
áreas.
Art. 127. Ao Sistema Único descentralizado de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da
Lei:
V - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como
bebidas e águas para consumo humano;
CAPÍTULO VII
Art. 128.O Município prestará assistência social a quem dela necessitar, visando, entre outros aos
seguintes objetivos:
Art. 129. O Município manterá o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências
físicas, sensoriais, mentais ou múltiplas, priorizando a realização de convênios com as instituições
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Art. 130.A Lei disporá sobre exigência e adaptação dos logradouros e edifícios de uso público e dos
veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência
física ou sensorial.
Parágrafo único. Os programas de interesse social serão promovidos e executados com a colaboração
da sociedade e objetivarão prioritariamente:
I - regularização fundiária;
Art. 132. O Município apoiará a construção de moradias populares realizadas pelos próprios interessados,
por regime de mutirão, por cooperativas habitacionais e outras formas alternativas.
DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA
Art. 133. A assistência à família será oferecida na pessoa de cada um de seus integrantes.
§ 1º O Município criará mecanismos que se destinem a coibir a violência no âmbito das relações
familiares.
§ 2º O Poder Público instituirá, manterá ou conveniará, na forma da Lei Especial, para o fim de
acolher, temporariamente, mulheres vítimas de violência doméstica.
Art. 135. O amparo ao idoso será promovido com a participação da União e do Estado do Rio Grande do
Sul, de modo a assegurar-lhe o bem-estar, a dignidade e o direito à vida.
Art. 136. O Município, com a participação da União e do Estado, promoverá ações permanentes de
prevenção da deficiência física sensorial e mental, bem assim desenvolverá programas de assistência aos
portadores de deficiência, objetivando integrá-Ios plenamente no convívio social, mediante a abertura de
oportunidades de educação e trabalho e a facilitação de acesso aos espaços públicos e aos transportes
coletivos.
Parágrafo único. A Lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos
veículos de transporte coletivo, e criará os mecanismos necessários à implantação das demais ações
definidas neste artigo.
Art. 137. O Município, sempre que promover a realização de concurso para o provimento de cargos
públicos, reservará cinco por cento (5%) das vagas existentes, em cada categoria, para preenchimento por
portadores de deficiência, respeitada a exigência de necessária aprovação no certame e preservação a
ordem final de classificação.
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Parágrafo único. As vagas reservadas na forma deste artigo, desde que não aprovados portadores de
deficiência em número suficiente a permitir-lhes o preenchimento, serão ocupadas pelos demais
concorrentes aprovados, observada a ordem de classificação.
CAPÍTULO VIII
DO MEIO AMBIENTE
Art. 139. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo,
preservá-lo e restaurá-lo para a presente e futuras gerações.
Art. 140. Para assegurar a efetividade do direito previsto no artigo anterior, incumbe ao Poder Público:
III - preservar as matas nativas, as margens hidrográficas, cursos fluviais e as encostas dos morros;
IV - fiscalizar as áreas especialmente protegidas por Lei para garantir a inteira proteção e preservação
das mesmas.
Parágrafo único. O Poder Público Municipal é obrigado a exigir a recuperação do ambiente degradado
resultante da mineração, conforme dispõe o § 2º do artigo 225 da Constituição Federal.
Art. 141. A tutela do meio ambiente deve ser exercida por todos os órgãos da administração municipal.
Lei disporá sobre a organização do sistema municipal de proteção ambiental, que terá como
Art. 142.
atribuições a elaboração, implementação, execução e controle da política ambiental e de saneamento do
Município.
Art. 143.Para licitação ou aprovação de qualquer obra ou atividade pública ou privada potencialmente
causadora de risco à saúde e ao bem estar da população, bem como, aos recursos naturais, é obrigatória
a realização de estudo com referência ao impacto ambiental.
Art. 144. As unidades municipais públicas de conservação são consideradas patrimônio público
inalienável, sendo proibida a sua concessão, permuta, venda, cedência, bem como, qualquer tipo de
atividade, empreendimento público ou privado que danifique ou altere as suas características naturais.
Art. 145.As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, às sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de
reparar os danos causados.
Art. 146. É dever do Poder Público Municipal o recolhimento do lixo e sua destinação adequada, bem
como, determinar a limpeza das vias e logradouros públicos.
TÍTULO VII
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Art. 147. A criação de cargos públicos, na Administração Municipal centralizada e descentralizada, apenas
será procedida mediante fixação dos quantitativos correspondentes e atribuição de nível, bem como o
estabelecimento de especificação para o provimento.
Todo ato de provimento de cargo público obrigatoriamente indicará a origem da vaga a ser
Art. 148.
preenchida, precisando, se for o caso, a causa dos desprovimentos do seu anterior ocupante.
Art. 149. As despesas com pessoal ativo e inativo do Município não poderão exceder ao disposto na Lei
de Responsabilidade Fiscal.
Parágrafo único. Sempre que a despesa com pessoal ultrapassar o limite estabelecido ao artigo
anterior, deverá ser promovida o retorno ao limite autorizado, o que se fará reduzindo o percentual
excedente por exoneração de detentores de cargos em comissão, função gratificada e contratos
temporários.
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
I - Projeto de Lei Instituindo, ou adaptando, o regime jurídico dos servidores públicos municipais,
dentro do prazo de cento e vinte (120) dias, a contar da data da promulgação desta Lei Orgânica;
II - Projeto de Lei fixando o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor
remuneração dos servidores públicos municipais, respeitando o teto correspondente aos valores
percebidos como remuneração a qualquer título, em espécie, pelo Prefeito Municipal, contado da data da
promulgação desta Lei Orgânica.
Art. 152. Dentro de 90 (noventa) dias, contados da promulgação desta Lei, proceder-se-á a revisão dos
direitos dos servidores públicos municipais inativos, de modo a ajustá-Ia às disposições asseguradoras de
igual tratamento retributório aos servidores ativos.
Art. 153. O Poder Executivo promoverá o reexame de todos os incentivos fiscais de natureza setorial ora
imperantes, propondo ao Poder Legislativo as medidas que entender necessárias à remoção das
dificuldades encontradas.
Parágrafo único. Considerar-se-ão revogados, após 180 dias úteis contados a partir da Promulgação
desta Lei, os incentivos que não forem convalidados mediante Lei Ordinária, respeitados os direitos
adquiridos até a data considerada, em relação àqueles que houverem sido concedidos sob condição e
com duração determinada.
Art. 154. O Município, dentro do prazo de um (1) ano, a contar da data da promulgação desta Lei,
promoverá os estudos necessários ao zoneamento ecológico do território municipal, os quais serão
desenvolvidos por equipe multidisciplinar.
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19/10/2022 09:17 Lei Orgânica de Lajeado - RS
Parágrafo único. Dentro de seis (6) meses, a contar do término do prazo fixado no caput deste artigo,
será definido, por Lei Ordinária, o zoneamento ecológico do território Municipal.
Art. 155. Os Conselhos Municipais serão instituídos por Lei, ou referendados, dentro do prazo máximo de
cento e oitenta (180) dias úteis, contados a partir da promulgação desta Lei Orgânica.
a) de segurança alimentar para o combate a desnutrição de crianças na faixa etária de zero (0) a seis
(6) anos, pertencentes à família de baixa renda;
b) de distribuição gratuita de medicamentos, às pessoas de baixa renda, com idade igual ou superior
a 60 (sessenta) anos, portadora de doenças crônicas e ou degenerativas.
Art. 157. Esta Lei Orgânica entrará em vigor na data de sua publicação, preservada a vigência das leis
ordinárias e regulamentos municipais em vigor, salvo quanto aos dispositivos que se conflitem com os
preceitos nela contidos.
Art. 158. A presente Lei Orgânica fora devidamente revisada, atualizada e emendada de forma
consolidada, sendo promulgada em 16 de outubro de 2019.
SECRETÁRIO VICE-PRESIDENTE
PRESIDENTE
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