Luana Silva-Silva
Luana Silva-Silva
Luana Silva-Silva
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA E GEOQUÍMICA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
BELÉM-PARÁ
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD Sistema de Bibliotecas da
Universidade Federal do Pará
Gerada automaticamente pelo módulo Ficat, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
CDD 551.909811
Universidade Federal do Pará
Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Banca Examinadora:
_____________________________________________________
Prof. Dr. Davis Carvalho de Oliveira
(Orientador – UFPA)
_____________________________________________________
Profa. Dra. Luana Moreira Florisbal
(Membro – UFSC)
_____________________________________________________
Prof. Dr. José de Arimatéia Costa de Almeida
(Membro – UNIFESSPA)
iv
AGRADECIMENTOS
formação pessoal. Minha amada e excepcional mãe que segue sendo minha grande motivação
e meu pilar. Agradeço aos dois.
Sendo assim, sou profundamente grata a todas as pessoas que cooperaram de alguma
maneira com conclusão desta dissertação.
vii
RESUMO
ABSTRACT
The Carajás Province (CP) represents the largest preserved Archaean core of the Amazonian
Craton with worldwide correspondents. Thus the Tucumã área, located in the northwest
portion of the Rio Maria Domain (RMD) near the tectonic border with the Carajás Domain
(CD), is marked by the occurrence of mesoarchean age granitoids. This study deals with the
discrimination and characterization of this region granitoids which according to the regional
studies is dominated by the Rio Maria suíte, by Xingu Complex rocks and metamafics of the
greenstone belts sequences. However since data obtained in this work with geological
mapping in detailed scale showed that the geological framework of Tucumã is much more
diverse and complex. So that contrary to previous studies the most expressive unit in the
region are high-K leucomonzogranites rocks that occur as a large plúton. Associated to this
pluton small enclaves of granitoids of various compositions are presente in the form of lenses,
controlled by NE-SW and E-W anastomosed shear zones. These bodies distinction led to the
recognition of five groups: i) high-K Leucomonzogranite; ii) high-HFSE Granites subdivided
into medium- and high-Ba; iii) porphyry médium-K Granodiorite; iv) high-Mg Granodiorite;
and v) high-Na Tonalite. The granitoids have affinity with the calc-alkaline series, other than
high-Na tonalites which follow the trondhjemitic trend with TTG affinities. The latter refers
to magnesian granitoids Na2O rich (low K2O/Na2O ratio) which also differ from the others
due to the N-S structural pattern often found in greenstone belt sequence, associated with an
older tectonic in the region. The moderately fractionated REE patterns (medium La/Yb and
Sr/Y ratios) and absence or small negative Eu anomaly typical of TTGs, are features similar
to those of médium La/Yb ratio Mogno trondhjemite. With regard to the calc-alkaline units
the porphyry médium-K granodiorites differ from the others by the magnesian feature and
higher enrichment in Na2O (médium K2O/Na2O ratio) which set forth a resemblance to the
TTG suites. However the médium-K granodiorites have higher levels of Ba, K and Th than
TTG composition rocks, indicating strong similarities to the so-called transitional or enriched
TTG suites. The small differences in the geochemical pattern of these two units are related to
changes in the source, where the TTGs (high-Na tonalites) would be the product of the partial
melting of a hydrated mafic source (metabasalts), on the other hand the transitional TTGs
(porphyry médium-K granodiorite) would originate from melts of a heterogeneous crust with
intercalation of enriched basalts and felsic layers. The high-Mg granodiorites occurs in a
restricted way in Tucumã identified only in two outcrops. They are distinctly more enriched in
Sr and mantle elements (Mg, Cr and Ni) and impoverished in HREE regarding the other
xi
granitoids. These features show strong affinities with the sanukitoides suites (Rio Maria
Granodiorite) linked to the partial deep melting of the metassomatized mantle. The high-
HFSE Granites (medium- and high-Ba) share geochemical characteristics with both the
sanukitoide suite and the high-K leucogranites suíte similar to Hybrid granites like the
Closepet-type. These suites represent different degrees of interaction processes (mingling or
mixing), in the middle crust between crustal melts (tonalites/metassediments) and enriched
mantle differentiated melts. Whilst the high-K leucomonzogranites represent the most evolved
rocks in the region, where its enrichment in LILEs (Ba, K and Rb) and presence of the
negative Eu anomaly indicates crustal reworking processes of an ancient felsic (tonalitic)
crust at intermediate crustal levels. This unit has affinities with tha Xinguara and Mata Surrão
granites. Regarding the deformation pattern, the rocks with the highest degree of deformation
are the high-Na tonalities, in the other units this pattern is only identified in the portions
where the shear zones are located. The observed textures (mantle-core and microcracks
textures) suggest the operation of deformation processes during the magma crystallization
typical of sintectonic granitoids under high temperature conditions (>500ºC). Less deformed
granitoids present evidence of dynamic recrystallization at temperatures below 400°C. Thus,
in RMD two phases of magmatism are identified, being the first one (2,98-2,92 Ga) related to
a subduction setting under an oceanic plateau or a thickened mafic crust with melting at
different crustal levels (crust root and slab), and mantle metassomatization by TTG melts and
fluids. The second phase (~2.87 Ga) starts from thermal events (slab breakoff, dalamination
or mantle plumes) that results in partial meltilng of the metassomatized mantle with
production of sanukitoide magmas and hybrid granites. This results in changes of the crustal
root thickness that lead to substancial temperature variations sufficient to generate partial
melting in and beneath the crust associated to generation of high-K granites.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
CAPÍTULO 1
Figura 1 – Mapa de localização e acesso da área de Tucumã. ................................................... 2
Figura 2 – Mapa sobre ocontexto tectônico e geológico regional: (a) Cráton Amazônico na
plataforma Sul Americana; (b) localização da Província Carajás no Cráton
Amazônico (Tassinari & Macambira 2004); (c) nova proposta de compartimentação
tectônica para a Província Carajás (Dall’Agnol et al. 2013); (d) mapa geológico da
Província Carajás. Modificado de Feio et al. (2013), Gabriel & Oliveira (2014),
Guimarães et al. (2012), Oliveira et al. (2010), Santos & Oliveira (2012) e Vasquez
et al. (2008). ................................................................................................................. 7
Figura 3 – Mapa de amostragem referente ao trabalho de campo realizado em Tucumã neste
estudo.......................................................................................................................... 13
CAPÍTULO 2
Figura 1 – Contexto geológico e tectônico da Província Carajás: a) Mapa de localização do
Cráton Amazônico no continente sul-americano, evidenciando as províncias
geocronológicas segundo Santos (2003; 2006); b) Mapa geológico da Província
Carajás, destacando a área de Tucumã, objeto de estudo do presente trabalho.
Modificado de Almeida et al. (2011), Feio et al. (2013), Gabriel & Oliveira (2014),
Guimarães et al. (2012), Oliveira et al. (2010), Santos & Oliveira (2012) e Vasquez
et al. (2008). ............................................................................................................... 19
Figura 2 – Mapa geológico da área de Tucumã, ao lado são exibidas as projeções
estereográficas de cada unidade com as principais atitudes de foliação medidas e,
representado ao lado direito da figura, corte transversal esquemático (A-B). ........... 22
Figura 3 – Relações de campo entre as principais unidades de granitoides da região de
Tucumã: a) Ocorrência da AMzGd como pequenos corpos alongados no LMzG; b)
Presença de enclaves tonalíticos angulosos no LMzG; c) Relação de contato brusco
entre o Tonalito e o LMzG; e d) Presença de bolsões leucomonzograníticos na
AMzGd com contato difuso entre ambas. .................................................................. 23
xiii
Figura 4 - Diagramas de análises modais Q-A-P (Le Maitre 2002) e Q-(A+P)-M’ para os
granitoides da região de Tucumã. Legenda: Q – quartzo; A – álcali-feldspato; P –
plagioclásio; M – minerais máficos............................................................................ 26
Figura 5 – Aspectos macro e microscópicos dos granitoides estudados em Tucumã: a)
Leucomonzogranito equigranular médio; b) Leucomonzogranito de textura granular
hipidiomórfica com quartzo primário e quartzo bulging (Qtz1); c) Monzogranito
leucocrático equigranular médio da unidade AMzGd; d) Monzogranito de textura
inequigranularcom cristais subédricos de titanita; e) Granodiorito equigranular fino
com enclaves máficos centimétricos subcirculares da unidade AMzGd; f)
Granodiorito com Hornblenda; g) Granodiorito com fenocristal de álcali-feldspato de
~5 cm de comprimento da unidade GdP; e h) Fenocristal de microclima (Kfs).
Abreviações para o nome dos minerais utilizadas segundo Kretz (1983). ................. 28
Figura 6 – Aspectos microestruturais dos granitoides de Tucumã: a) Mosaico Granodiorito
Pórfiro de textura inequigranular alotriomórfica; b) Porfiroclasto de Bt com clivagem
de crenulação, marcando a foliação S-C da rocha. Ao lado, desenho esquemático ao
lado ressaltando as estruturas; c) Textura manto-núcleo no Plg com a presença de
microfraturas preenchidas. Ao lado, desenho esquemático ressaltando as estruturas;
d) Mosaico do Tonalito evidenciando maior intensidade da deformação com
desenvolvimento de feições proto-miloníticas e formação de textura granoblástica no
Qtz4. ............................................................................................................................ 29
Figura 7 – Diagramas de classificação geoquímica e série magmática dos granitoides da área
de Tucumã: a) Diagrama P-Q (Debon & Le Fort 1983); b) Diagrama Ab-An-Or
normativo (O’Connor 1965, com campos de Barker 1979); c) Diagrama de Fe* ou
FeOt/(FeOt+MgO) vs. SiO2 (Frost et al. 2001); d) diagrama Na2O+K2O-CaO (MALI)
vs. SiO2 (Frost et al. 2001); e) Diagrama K2O vs. SiO2com campos de Peccerillo &
Taylor (1976); e f) Diagrama K-Na-Ca (trends cálcio-alcalino definido por Nockolds
& Allen 1953 e trend e campo trondhjemítico definido por Barker & Arth 1976).
Campos de comparação: Trondhjemito Mogno, Suíte Guarantã e Granito Xinguara
(Almeida et al. 2013); Granodiorito Rio Maria (Oliveira et al. 2009); e Média de
TTGs Transicionais do Cráton Yilgarn (Champion & Sheraton 1997). .................... 32
xiv
Figura 8 - Diagramas de Harker para elementos maiores e menores dos granitoides da área de
Tucumã. Campos de comparação: Trondhjemito Mogno, Suíte Guarantã e Granito
Xinguara (Almeida et al. 2013); Granodiorito Rio Maria (Oliveira et al. 2009); e
Média de TTGs Transicionais do Cráton Yilgarn (Champion & Sheraton 1997): a)
Al2O3; b) TiO2; c) CaO; d) FeOt/MgO; e) Na2O; e f) K2O/Na2O. ............................. 33
Figura 9 - Diagramas de Harker de elementos-traço e razões para os granitoides da área de
Tucumã. Campos de comparação: Trondhjemito Mogno, Suíte Guarantã e Granito
Xinguara (Almeida et al. 2013); Granodiorito Rio Maria (Oliveira et al. 2009); e
média de TTGs Transicionais do Cráton Yilgarn (Champion & Sheraton 1997): a)
Rb/Sr vs. SiO2; b) Ba vs. SiO2; c) Nb+Zr vs. SiO2; d) Ba/Sr vs. Zr; e e)
#Mg=MgO/(MgO+FeOT)mol....................................................................................... 34
Figura 10 - Diagramas de ETR, normalizados para o condrito (Boynton 1984) e
Multielementos, normalizado para o manto primitivo (McDonough & Sun 1995), das
rochas de Tucumã: a) e b) grupo Leucomonzogranito alto-K; c) e d) grupo Granitos
alto-HFSE e médio-Ba; e) e f) grupos de Granitos alto-HFSE e alto-Ba e Grandiorito
alto-Mg; e g) e h) grupos Granodiorito Pórfiro médio-Na e Tonalito alto-Na. Campos
de comparação: Trondhjemito Mogno, Suíte Guarantã e Granito Xinguara (Almeida
et al. 2013); Granodiorito Rio Maria (Oliveira et al. 2009); Granitos Híbridos
(Laurent et al. 2014); e Granitos tipo-Closepet de Ourilândia do Norte (Silva et al.
2018). .......................................................................................................................... 38
Figura 11 – Aspectos petrogenéticos dos granitoides de Tucumã: a) Diagrama de ternário de
Classificação 2* A/CNK (razão molar Al2O3/[CaO + Na2O+K2O]), razão Na2O/K2O,
2 ∗ FMSB (FeOt + MgO)% ∗ (Sr + Ba) % (Laurent et al. 2014); b) diagrama binário
da razão molar Al2O3 / (CaO + TiO2 + MgO + FeOt) vs. K2O/CaO; c) diagrama
Cr+Ni vs. SiO2; d) diagrama Zr vs. Ni (Moyen et al. 2003); e) Diagrama Sr/Y vs. Y
(Almeida et al. 2011); e f) Diagrama ternário de Fontes Al2O3/(FeOt+MgO),3*CaO,
5*(K2O/Na2O) de Laurent et al. (2014). Campos de comparação: Trondhjemito
Mogno, Suíte Guarantã e Granito Xinguara (Almeida et al. 2013); Granodiorito Rio
Maria (Oliveira et al. 2009); Granitos tipo-Closepet de Ourilândia do Norte (Silva et
al. 2018); e média de TTGs Transicionais do Cráton Yilgarn (Champion & Sheraton
1997). .......................................................................................................................... 47
xv
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO 2
Tabela 1 – Composições modais dos granitoides de Tucumã. ................................................. 25
Tabela 2– Composições químicas representativas dos granitoides da área de Tucumã
(elementos maiores e menores são dados em % e elementos traço em ppm). ........... 37
Tabela 3 – Resumo das principais características geoquímicas e afinidades petrológicas dos
granitoides de Tucumã. .............................................................................................. 43
xvii
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ...................................................................................................................... iv
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. v
EPÍGRAFE ............................................................................................................................. vii
RESUMO................................................................................................................................viii
ABSTRACT .............................................................................................................................. x
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ..................................................................................................xii
LISTA DE TABELAS ........................................................................................................... xvi
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1
1.1 APRESENTAÇÃO............................................................................................................... 1
1.2 CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL ........................................................................... 3
1.2.1 Domínio Rio Maria .......................................................................................................... 4
1.2.2 Domínio Sapucaia ............................................................................................................ 5
1.2.3 Domínio Canaã dos Carajás ........................................................................................... 6
1.3 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA ............................................................................. 8
1.4 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 9
1.5 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................... 10
1.5.1 Pesquisa bibliográfica.................................................................................................... 10
1.5.2 Mapeamento geológico .................................................................................................. 10
1.5.3 Petrografia...................................................................................................................... 11
1.5.4 Geoquímica .................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 2 CLASSIFICAÇÃO E NATUREZA DE GRANITOIDES
MESOARQUEANOS NA PROVÍNCIA CARAJÁS, SE DO CRÁTON AMAZÔNICO 14
2.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 16
2.2 CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL ......................................................................... 17
2.3 GEOLOGIA ....................................................................................................................... 20
2.4 PETROGRAFIA................................................................................................................. 24
2.4.1 Composição modal e classificação ................................................................................ 24
2.4.2 Aspectos microtexturais ................................................................................................ 26
2.5 GEOQUÍMICA .................................................................................................................. 30
2.5.1 Procedimentos analíticos ............................................................................................... 30
2.5.2 Classificação e série magmática ................................................................................... 30
2.5.3 Elementos maiores e menores ....................................................................................... 31
xviii
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
Inicialmente, a porção sul da Província Carajás foi caracterizada por rochas mais
antigas e de características ígneas bem preservadas, denominada de Terreno Granito-
Greenstone Rio Maria (TGGRM), e a porção norte por uma vasta sequência
vulcanossedimentar e intrusões de granitoides sintectônicos afetados por eventos
tectonotermais neoarqueanos, denominada de Bloco Carajás (Souza et al. 1996).
Posteriormente, Vasquez et al. (2008), em conformidade com o modelo de Santos (2003),
dividiram a província em dois domínios tectônicos distintos: Domínio Rio Maria (DRM) de
idade mesoarqueana (3,0 – 2,87 Ga), e Domínio Carajás (DC), formado por rochas do
embasamento Mesoarqueano e rochas neoarquenas (3,0 – 2,76 Ga). Dall’Agnol et al. (2013)
observaram que o DC não representaria uma crosta tectonicamente homogênea, o que levou a
divisão deste em Domínio Canaã dos Carajás (DCC) para o segmento a sul da Bacia Carajás,
e em Domínio Sapucaia (DS) para a porção situada entre as cidades de Canaã dos Carajás,
Xinguara e Água Azul do Norte. O DCC é marcado pela vasta ocorrência de granitos stricto
sensu e poucas ocorrências de suítes TTG, granitos anorogênicos, e associações
charnoquíticas (Suíte Planalto e Diopsídio-Norito Pium). Já o DS abrange suítes TTG e
cálcio-alcalinas de alto-K (sanukitoides e leucogranitos) semelhantes ao TGGRM, porém com
um padrão deformacional Neoarqueano.
das rochas mais antigas do Tonalito Arco Verde. E o segundo em ~2,93 Ga, com a
cristalização do Tonalito Mariazinha e as rochas mais novas do Tonalito Arco Verde.
• Granitoide alto-Mg (2,87-2,86 Ga): são representados pelo Granodiorito Rio Maria e
rochas associadas (Medeiros & Dall’Agnol 1988, Oliveira et al. 2009, 2010, Santos &
Oliveira 2016, Silva et al. 2018) de afinidade sanukitoide. Relacionadas a esta unidade,
ocorrem ainda o Quartzo-Diorito Parazônia diferenciado a partir do Tonalito Parazônia
(DOCEGEO 1988, Guimarães 2009, Huhn et al. 1988), além do Granito Rancho de Deus
(Dias 2009).
• Leucogranodioritos-granitos de alto Ba-Sr (2,87-2,86 Ga): inclui os granitos
Guarantã, Trairão e Azulona da Suíte Guarantã (Almeida et al. 2008, 2010, 2013, 2017,
Althoff et al. 2000).
• Leucomonzogranitos de afinidade cálcio-alcalina (2,87-2,89 Ga): são
monzogranitos com restritas ocorrências de granodioritos que caracterizam o Granito Mata
Surrão (Almeida et al. 2013, Duarte 1992, Lafon et al. 1994).
As rochas pertencentes a este evento magmático mais jovem (2,87 Ga) do Domínio
Rio Maria marcam o último evento tectonotermal relacionado à cratonização do DRM. No
Paleoproterozoico (1,88 Ga), essa crosta foi intrudida por granitos tipo-A da Suíte Jamon e
diques associados (Dall’Agnol et al. 2005, Dall’Agnol & Oliveira 2007, Silva et al. 2016).
Estas unidades servem de embasamento para as rochas sedimentares clásticas, transgressivas,
do Grupo Rio Fresco (DOCEGEO 1988).
representada pelos trondhjemitos Água Fria, de idade 2,86-2,84 Ga (Almeida et al. 2011,
Leite et al. 2004) e Colorado, com idade aproximadamente de 2,87 Ga (Silva et al. 2010).
Os leucogranitos potássicos de afinidade cálcio-alcalina são representados pelo: (i)
Granito Xinguara de idade de cristalização de 2,86 Ga (Leite et al. 2004), que foi
desvinculada do contexto do DRM (Dall’Agnol et al. 2013); e pelo (ii) Leucogranito Velha
Canadá com idade de cristalização entre 2,74 e 2,73 Ga (Santos et al. 2010, Santos & Oliveira
2012, Souza et al. 2010). Leucogranitos de alto Ba-Sr, similares à Suíte Guarantã, são
representados pelo Leucogranodiorito Nova Canadá (Leite-Santos & Oliveira 2014) e
Leucogranodiorito Pantanal (Teixeira et al. 2013). O magmatismo subalcalino neoarqueano
do tipo-A é representado pelos granitos da Suíte Planalto, individualizados a partir de corpos
graníticos da Suíte Plaquê (Araújo & Maia 1991). Estas rochas possuem idades de
cristalização entre 2,75 e 2,74 Ga e a sua origem está relacionada à fusão parcial das rochas
do Norito Pium (Feio et al. 2012, Oliveira et al. 2010, Silva et al. 2010, Souza et al. 2010).
Figura 2 – Mapa sobre ocontexto tectônico e geológico regional: (a) Cráton Amazônico na plataforma Sul Americana; (b) localização da Província Carajás no Cráton
Amazônico (Tassinari & Macambira 2004); (c) nova proposta de compartimentação tectônica para a Província Carajás (Dall’Agnol et al. 2013); (d) mapa geológico da
Província Carajás. Modificado de Feio et al. (2013), Gabriel & Oliveira (2014), Guimarães et al. (2012), Oliveira et al. (2010), Santos & Oliveira (2012) e Vasquez et al.
(2008).
7
8
Os granitoides sódicos definem uma série distinta dos TTGs arqueanos, e são
compostos pelo Tonalito Bacaba (~3,0 Ga; Moreto et al. 2011), pelo Granito Canaã dos
Carajás (2,96 Ga; Feio et al. 2013) e pelo Complexo Tonalítico Campina Verde (2,87-2,85
Ga; Feio et al. 2013). Já durante o Neoarqueano foram formadas rochas máfica-ultramáficas,
granitoides diversos e metavulcanossedimentares, dentre elas: o Norito Pium (Ricci &
Carvalho 2006), datado em 2,74 Ga (Santos et al. 2013) com rochas charnoquíticas associadas
(Gabriel et al. 2010); a Suíte Planalto de idade de cristalização entre 2,74 e 2,71 Ga, com
afinidades aos granitos tipo-A (Cunha et al. 2016, Feio et al. 2012, Galarza et al. 2017,
Gomes 2003, Huhn et al. 1999, Marangoanha et al. 2019, Oliveira et al. 2010, Sardinha et al.
2004); a Suíte Pedra Branca (2,75 Ga), representando os granitoides sódicos de afinidade
toleítica que ocorrem associados à Suíte Planalto (Feio et al. 2012, 2013); e a Suíte Plaquê,
caracterizada por granitos potássicos produtos de retrabalhamento crustal em 2,73 Ga (Araújo
et al. 1988, Avelar et al. 1999, Jorge João & Araújo 1992). No Paleoproterozoico (1,88 Ga), o
DCC foi afetado pelo magmatismo dos granitos anorogênicos da Suíte Serra dos Carajás, que
compreendem aos maciços: Central, Cigano, Pojuca, Breves, Rio Branco e Gogó da Onça
(Dall’Agnol et al. 2006, Santos et al. 2013a, Teixeira et al. 2017).
1.4 OBJETIVOS
com coleta sistemática de amostras para petrografia e geoquímica em perfis feitos ao longo da
rodovia principal (PA-279) que atravessa a área no sentido E-W e por estradas no sentido N-
S. Foi realizado o estudo sistemático de 99 afloramentos (Figura 3) com descrição
petrográfica e estrutural, e investigação das relações de contato entre os granitoides. A
localização dos pontos descritos e amostrados foi feita utilizando um GPS (Global Position
System) com precisão de aproximadamente 3 m, e na coleta de dados estruturais foi utilizada
uma bussola geológica do modelo Brunton e o tratamento de dados feito com o software
Stereonet 10.2.9.
1.5.3 Petrografia
1.5.4 Geoquímica
Figura 3 – Mapa de amostragem referente ao trabalho de campo realizado em Tucumã neste estudo.
14
RESUMO
A porção centro-oeste da Província Carajás do Cráton Amazônico representa um segmento de
crosta composto por granitoides mesoarqueanos de naturezas distintas e indiferenciados. A
partir deste contexto, foi possível individualizar na área de Tucumã cinco grupos granitoides,
sendo eles: i) Leucomonzogranito alto-K; ii) Granitos alto-HFSE; iii) Granodiorito alto-Mg;
iv) Granodiorito Pórfiro médio-K; e v) Tonalito. Dentre estes grupos, os Tonalitos
representam rochas de afinidades com a clássica série TTG de média razão La/Yb e Sr/Y. As
demais variedades apresentam afinidades com série cálcio-alcalina, onde os Granodioritos de
médio-K podem ser correlacionados a Suítes TTGs Transicionais, formados a partir de fontes
máficas mais enriquecidas em LILE. Já o Granodiorito alto-Mg possui fortes afinidades com
as Suítes Sanukitoides, ligado à fusão parcial do manto metassomatizado. Os Granitos alto-
HFSE de Tucumã apresentam semelhanças com Granitos Híbridos tipo-Closepet, ainda pouco
conhecidos na província, provavelmente formados por mistura entre líquidos crustais e fusões
do manto enriquecido. Enquanto que os Leucomonzogranitos são afins das suítes de
leucogranitos potássicos, originados por retrabalhamento crustal de uma crosta félsica (TTG).
O contexto tectônico admitido para discutir a formação desta grande diversidade de
granitoides é demostrado a partir de duas fases de magmatismo: (i) entre 2,98 e 2,92 Ga, em
um ambiente de subducção, ligado à formação das Suítes TTG mais antigas e ao primeiro
evento de metassomatização do manto; e (ii) em 2,87 Ga, inicia-se um evento termal em um
ambiente colisional, que resulta na fusão parcial do manto enriquecido e, associado ao
espessamento crustal, ocorre a fusão da crosta continental com a geração dos granitos
potássicos. Esta fase representa o início da produção de magmas cálcio-alcalinos no Domínio
Rio Maria e o começo da estabilização tectônica desta porção do Cráton Amazônico.
ABSTRACT
The center-west portion of the Carajas Province (northwest of the Rio Maria Domain) of the
Amazonian Craton represents a heterogeneous crust segment composed by mesoarchean
granitoids. Based on new data obtained in this work, it was possible to individualize and
characterize five granitoids varieties in this region, among them: i) high-K
Leucomonzogranite; ii) high-HFSE Granites; iii) Porphyry medium-K Granodiorite; iv) high-
Mg Granodiorite; and v) Tonalite. Among these groups, the Tonalites represent rocks of
affinities with the classic series TTG of average La/Yb and Sr/Y ratio. The other varieties
present calcalkaline series affinities, where the medium-K Granodiorites can be correlated to
Transitional TTGs Suites, formed from LILE enriched mafic sources. On the other hand the
high-Mg Granodiorite has strong affinities with the Sanukitoide Suites, linked to the partial
melting of a metassomatized mantle. The high-HFSE Granites of Tucumã show similarities
with Hybrid Granites Closepet-type, yet not widely recognized in the province, probably
formed by mixing between crustal melts and enriched mantle melts. While
Leucomonzogranites are related to the potassic leucogranitic suites originated by crustal
reworking of a felsic crust (TTG). The tectonic contexts used to discuss the formation of this
great diversity of granitoids is demonstrated from two phases of magmatism: (i) between 2.98
and 2.92 Ga in a subduction setting, related to the older TTG suites formation and to the
mantle metassomatism event by melts and fluids; and (ii) in 2.87 Ga, starts thermal events
(slab breakoff, dalamination or mantle plumes) in a collision setting, that results in partial
meltilng of the metassomatized mantle with production of sanukitoide magmas and hybrid
granites. This results in changes of the crustal root thickness that lead to substancial
temperature variations sufficient to generate partial melting in and beneath the crust
associated to generation of high-K granites. This phase represents the beginning of
calcalkaline magmas production in the Rio Maria Domain and the beginning of the tectonic
stabilization of this Amazonian Craton portion.
2.1 INTRODUÇÃO
Figura 1 – Contexto geológico e tectônico da Província Carajás: a) Mapa de localização do Cráton Amazônico
no continente sul-americano, evidenciando as províncias geocronológicas segundo Santos (2003; 2006); b) Mapa
geológico da Província Carajás, destacando a área de Tucumã, objeto de estudo do presente trabalho. Modificado
de Almeida et al. (2011), Feio et al. (2013), Gabriel & Oliveira (2014), Guimarães et al. (2012), Oliveira et al.
(2010), Santos & Oliveira (2012) e Vasquez et al. (2008).
20
2.3 GEOLOGIA
Estudos anteriores apontavam que a área de Tucumã seria composta por granitoides
mesoarqueanos associados ao Granodiorito Rio Maria, Complexo Xingu e Suíte Plaquê
(Avelar et al. 1999, Macambira & Vale 1997, Vasquez et al. 2008). No entanto, o
mapeamento geológico realizado em escala de detalhe (1:50.000) neste trabalho (Figura 2),
revelou um cenário mais variado e complexo para área de Tucumã, onde foram distinguidas
três unidades litológicas (Leucomonzogranito – LMzG, Granodiorito Pórfiro – GdP, e
Tonalito); e um grupo de granitoides indiferenciados denominado de Associação
monzogranítica-granodiorítica (AMzGd). Tais unidades são intrusivas na sequencias
greenstone belts do Grupo Tucumã e seccionadas por diques paleoproterozoicos.
Diferentemente do quadro geológico encontrado em áreas adjacentes, como aquele
de Ourilândia do Norte (Silva et al. 2018), em Tucumã há uma predominância de rochas
leucomozograníticas (LMzG) sobre as demais unidades, onde estas constituem um batólito
com mais de 30 km de diâmetro intrusivo em uma crosta de afinidade TTG. Inseridos nesta
unidade, ocorrem diversos corpos granitoides menores (até 10 km de comprimento; Figura 3a)
dispostos na forma de lentes alongadas na direção NW-SE e E-W, além de exposições de
rochas tonalíticas. A estruturação da área de Tucumã é marcada pela instalação de zonas de
cisalhamento transcorrentes e anastomosadas, dispostas obliquamente na direção NW-SE com
inflexões para E-W (Figura 2). Em alguns casos, tais zonas delimitam os corpos graníticos
que tendem a exibir feições de milonitização (textura porfiroclástica e foliação S-C). Os
tonalitos exibem padrão deformacional mais intenso ligado ao desenvolvimento de uma
tectônica regional. Além de uma foliação tectônica que segue o trend regional, nota-se no
interior do batólito leucogranítico e das intrusões menores, um padrão estrutural marcado pela
distribuição concêntrica da foliação, cujos mergulhos variam de moderado a alto (55-80º). De
maneira mais restrita, é identificada foliação magmática marcada pela orientação de pequenos
enclaves máficos elipsoidais e de fenocristais euédricos de feldspatos. São observadas falhas
normais de direção NE-SW que coincidem com aquelas responsáveis pela colocação de
corpos paleoproterozoicos da Província Carajás (Oliveira et al. 2008).
O Tonalito é formado por rochas de composições tonalíticas a trondhjemíticas com
até 23% de biotita, podem apresentar dobras suaves com enclaves máficos associados e
bandamento composicional. Esta unidade ocorre como fragmentos angulosos (Figura 3b) de
uma crosta mais antiga no interior da batólito leucogranítico. Na porção noroeste da área
exibem foliação de direção E-W e contato brusco com a unidade LMzG (Figura 3c), enquanto
21
que na porção sul a sua ocorrência é mais expressiva e exibe um padrão estrutural com
foliação tectônica de direção N-S e mergulhos de alto ângulo (~75º). A presença de padrões
estruturais contrastantes sugere que aquele N-S é concordante com o padrão encontrado nas
rochas mais antigas do Domínio Rio Maria (TTGs e greenstone belts; Almeida et al. 2011), e
pode representar a janela de um embasamento mais antigo.
As rochas do LMzG apresentam textura heterogranular média à grossa, e baixas
concentrações de minerais máficos (biotita ≤ 5%). Nesta unidade, é frequente a ocorrência de
rochas da AMzGd identificada como pequenos corpos lenticulares ou sigmoidais, formando
por vezes, contatos bruscos com o LMzG. A AMzGd é a segunda unidade mais abundante, e
está concentrada nas porções nordeste e sudoeste da área como corpos de composição
monzogranítica e granodiorítica com conteúdo de máficos (biotita ± anfibólio) > 5% e textura
heterogranular. Restritamente, ocorrem variações locais para uma rocha cinza claro de textura
equigranular e rica em finos enclaves dioríticos subcirculares. Inclusões de líquidos LMzG
podem ser encontradas nesta associação na forma de bolsões com contatos difusos (Figura
3d). Já o GdP ocorre como corpos menores e mais restritos, formados por rochas tonalíticas a
granodioríticas com alto conteúdo de minerais máficos (< 28%). É marcante a presença de
enclaves máficos elipsoidais e de megacristais de feldspatos (< 3 cm).
22
Figura 2 – Mapa geológico da área de Tucumã, ao lado são exibidas as projeções estereográficas de cada unidade com as principais atitudes de foliação medidas e,
22
representado ao lado direito da figura, corte transversal esquemático (A-B).
23
Figura 3 – Relações de campo entre as principais unidades de granitoides da região de Tucumã: a) Ocorrência da
AMzGd como pequenos corpos alongados no LMzG; b) Presença de enclaves tonalíticos angulosos no LMzG; c)
Relação de contato brusco entre o Tonalito e o LMzG; e d) Presença de bolsões leucomonzograníticos na
AMzGd com contato difuso entre ambas.
24
2.4 PETROGRAFIA
O estudo petrográfico dos granitoides da área de Tucumã foi realizado com base em
análises em escala meso- e microscópica, aliada a contagem modal em 57 lâminas delgadas
(Tabela 1). Nestas, foram analisados 2000 pontos por seção em uma malha de 0,4 mm
contados com auxílio do Software Endeeper Hardledge seguindo as recomendações de Le
Maitre (2002). Isso permitiu uma classificação e individualização mais precisa dos litotipos
estudados (Figura 4). O LMzG é formado essencialmente por monzogranitos e concentração
de minerais máficos ≤ 6,0%; Figuras 5 a,b). Raras amostras incidem no campo dos
granodioritos e quartzo-monzonitos. A biotita (0,3 – 4,4%) é o principal mineral
ferrmagnesiano desta unidade. Os minerais acessórios são representados por epidoto
magmático (0,1 – 3,1%), allanita (0,1 – 1,4%), e traços de titanita, zircão, apatita, fluorita e
minerais opacos. A paragênese secundaria é composta por muscovita, clorita, sericita e
epidoto.
As rochas da AMzGd (Figura 5c) apresentam uma ampla variação composicional
(Figura 4), distinguindo-se dos leucogranitos pelo maior conteúdo modal de minerais máficos
(> 6 %), sendo a biotita o mineral ferromagnesiano mais expressivo (4,0 – 19,9%) seguido por
epidoto magmático (0,6 - 5,3%). A alta concentração de titanita magmática (até 3,3% modal),
que pode atingir até 6 mm (Figura 5d), a distingue das demais unidades estudadas. As
amostras LDW-08 e LDW-38, além de serem enriquecidas em enclaves máficos (Figura 5e),
diferem das demais rochas desta associação pela granulação fina, sendo que na primeira, a
hornblenda é encontrada como mineral varietal (7,4%; Figura 5f). A unidade GdP destaca-se
pela presença de megacristais (Figura 5g) bem desenvolvidos de feldspato potássico que
podem atingir até 12 mm (Figura 5h) e alto conteúdo de minerais máficos (até 27,7%), onde a
biotita é amplamente dominante (até 20,4%). A hornblenda está presente em duas amostras
(LDW-53 e LDW-54) e ocorre como mineral acessório (0,9 – 1,6%; Tabela 1). O Tonalito,
também é enriquecido em biotita (6,5 – 22,9%) e epidoto magmático (até 3,2%).
25
25
26
Figura 4 - Diagramas de análises modais Q-A-P (Le Maitre 2002) e Q-(A+P)-M’ para os granitoides da região de
Tucumã. Legenda: Q – quartzo; A – álcali-feldspato; P – plagioclásio; M – minerais máficos.
rochas com maior grau de deformação, o quartzo forma diferentes tipos morfológicos de
limites de subgrãos (neogrãos), identificadas como: (i) agregados de cristais com extinção
ondulante moderada a forte e contatos interlobados (Qtz1; Figura 5b); (ii) subgrãos associados
aos cristais de feldspatos recristalizados, que ocorrem circundando os fenocristais de
feldspatos e formando contatos irregulares (Qtz2; Figura 5f); (iii) grãos que formam contatos
ameboides ou suturados entre si (Qtz3; Figura 5d); e (iv) são restritos às rochas mais
intensamente deformadas (milonitos), formando subgrãos que estabelecem contatos retos e
poligonais entre si, caracterizando a textura granoblástica (Qtz4).
A biotita é geralmente encontrada moderadamente cloritizada, formando agregados
máficos nas rochas com baixo grau de intensidade de deformação, onde está associada à
titanita, minerais opacos, epidoto magmático, allanita, e por vezes, anfibólio. Nas rochas onde
a deformação é mais intensa, a biotita pode aparecer como porfiroclastos e apresentar
clivagem de crenulação distinta do tipo Z (Figura 6b). Nestas, chega a formar subgrãos (Bt2)
que ocorrem associados aqueles de feldspatos e quartzo.
Já os Tonalitos apresentam textura porfiroclástica com matriz granular alotriomórfica
a granoblástica inequigranular fina a média, onde o quartzo poligonal (Qtz 4) predomina,
disposto em faixas como agregados de subgrãos recristalizados (Figura 6d). Em porções mais
delgadas é identificado o Qtz3, que também podem ser encontrados de forma alongada
(ribbon). Tais aspectos denunciam maior intensidade da deformação sofrida por estas rochas,
onde há pouca preservação de texturas magmáticas (zoneamento concêntrico do plagioclásio e
feldspato micropertítico).
28
Figura 6 – Aspectos microestruturais dos granitoides de Tucumã: a) Mosaico Granodiorito Pórfiro de textura inequigranular alotriomórfica; b) Porfiroclasto de Bt com
clivagem de crenulação, marcando a foliação S-C da rocha. Ao lado, desenho esquemático ao lado ressaltando as estruturas; c) Textura manto-núcleo no Plg com a presença
de microfraturas preenchidas. Ao lado, desenho esquemático ressaltando as estruturas; d) Mosaico do Tonalito evidenciando maior intensidade da deformação com
desenvolvimento de feições proto-miloníticas e formação de textura granoblástica no Qtz4.
29
30
2.5 GEOQUÍMICA
De acordo com o diagrama P-Q de Debon & LeFort (1983), os granitoides tipo
LMzG e aqueles da AMzGd seguem o trend cálcio-alcalino, partindo dos membros menos
evoluídos (granodioritos) até os mais evoluídos (monzogranitos). O GdP se alinha ao trend
subalcalino sódico enquanto o Tonalito segue o trend toleítico (Figura 7a). Tais afinidades
composicionais se repetem no diagrama normativo Ab-An-Or de O’Connor (1965; Figura
7b). O diagrama de Frost et al. (2001) que leva em consideração o índice de ferro (Fe*) versus
SiO2, mostra que as unidades Tonalito e GdP são essencialmente magnesianas, enquanto que
os granitoides dos grupos LMzG e AMzGd são predominantemente ferroan (Figura 7c), com
variações discretas até fortemente magnesianas (amostra LDW-08). Em geral, os granitoides
ferroan de Tucumã (LMzG e AMzGd) apresentam afinidades com a série cálcio-alcalina
(alto-K) nos diagrama de MALI (índice álcali-lime) de Frost et al. (2001; Figura 7d),
diagrama K2O versus SiO2 (Peccerillo & Taylor 1976; Figura 7e) e K-Na-Ca (Nockords &
Allen 1953 e trend definido por Barker & Arth 1976; Figura 7f). Os demais tipos (Tonalito e
GdP) são cálcicos (Figura 7d), sendo que granodiortios pertencem à série cálcio-alcalina
médio K e o Tonalito segue a série toleítica e o trend trondhjemitico (Figura 7e, f).
31
Nos diagramas de Harker da figura 8, nota-se que o LMzG é o tipo mais enriquecido
em SiO2, com variação moderada de 72,10 – 77,10%. As unidades Tonalito e GdP são mais
empobrecidas em SiO2 em relação ao tipo anterior, e possuem teores semelhantes entre si, que
variam de 67,80 a 72,30% e 68,80 a 73,40%, respectivamente. As rochas do AMzGd diferem
das demais unidades por apresentarem ampla variação nos teores de SiO2, com valores
mínimo de 64,20% e máximo de 74,50%. Em relação aos demais elementos, nota-se para o
conjunto de rochas analisadas, uma correlação negativa de Al2O3, TiO2, CaO, MgO, FeOT e
Na2O com a SiO2, e positiva deste último com o K2O (Figura 8a-f). Neste caso, o LMzG é
mais enriquecido em K2O (3,84 – 5,44%) e empobrecido nos demais óxidos [Al2O3 (13,50–
14,45%), TiO2 (0,05–0,33%), CaO (0,41-1,62%), MgO (0,12-0,48%), FeOT (0,95-2,74%) e
Na2O (2,82-3,99%)], ao passo que o Tonalito se distingue dos demais granitoides por ser
mais enriquecido em Al2O3 (15,40-15,95%) e Na2O (4,22 – 4,83%), e empobrecido em K2O
(Figuras 8a,e e 7e). Já o GdP é ligeiramente menos aluminoso (14,65-15,15%), sódico (3,57-
4,27%) e mais potássico (2,14-2,89%) que as rochas tonalíticas. A AMzGd apesar de exibir
um amplo espectro composicional, cujos valores dos óxidos supracitados coincidem com
aqueles atribuídos aos demais granitoides, distingue-se destes por apresentar conteúdo mais
elevado de TiO2 (0,23-0,95%) para maioria de suas amostras (Figura 8b). Esta apresentam
ainda maiores afinidades geoquímicas com a unidade leucomonzogranítica, principalmente no
que se refere aos conteúdos de elementos incompatíveis (Figura 8e, 7e). Os contrastes
composicionais apresentados por estes grupos de granitoides é melhor reproduzido pelas
razões FeOT/MgO e K2O/Na2O, onde os maiores valores são atribuídos aos
leucomonzogranitos e os mais baixos aos Tonalitos e GdP (Figura 8d,f).
A ampla distribuição das amostras da AMzGd nos diagramas de Harker para
elementos maiores sugere a existência de dois subgrupos composicionalmente distintos. As
rochas com teores mais baixos de SiO2 (< 71%), são claramente mais enriquecidas em Al2O3
(> 14,5%), e ligeiramente mais cálcicas (> 1,8%) e titaníferas (> 0,50%), com razões
FeOT/MgO e K2O/Na2O mais baixas do que aquelas com teor de SiO2 > 71%. Já a amostra
LDW-08, pertencente ao primeiro subgrupo, possui caráter fortemente magnesiano e sódico, e
consequentemente, baixas razões K2O/Na2O (Figura 8d-f).
32
Figura 7 – Diagramas de classificação geoquímica e série magmática dos granitoides da área de Tucumã: a)
Diagrama P-Q (Debon & Le Fort 1983); b) Diagrama Ab-An-Or normativo (O’Connor 1965, com campos de
Barker 1979); c) Diagrama de Fe* ou FeOt/(FeOt+MgO) vs. SiO2 (Frost et al. 2001); d) diagrama Na2O+K2O-
CaO (MALI) vs. SiO2 (Frost et al. 2001); e) Diagrama K2O vs. SiO2com campos de Peccerillo & Taylor (1976);
e f) Diagrama K-Na-Ca (trends cálcio-alcalino definido por Nockolds & Allen 1953 e trend e campo
trondhjemítico definido por Barker & Arth 1976). Campos de comparação: Trondhjemito Mogno, Suíte
Guarantã e Granito Xinguara (Almeida et al. 2013); Granodiorito Rio Maria (Oliveira et al. 2009); e Média de
TTGs Transicionais do Cráton Yilgarn (Champion & Sheraton 1997).
33
.
Figura 8 - Diagramas de Harker para elementos maiores e menores dos granitoides da área de Tucumã. Campos
de comparação: Trondhjemito Mogno, Suíte Guarantã e Granito Xinguara (Almeida et al. 2013); Granodiorito
Rio Maria (Oliveira et al. 2009); e Média de TTGs Transicionais do Cráton Yilgarn (Champion & Sheraton
1997): a) Al2O3; b) TiO2; c) CaO; d) FeOt/MgO; e) Na2O; e f) K2O/Na2O.
34
Figura 9 - Diagramas de Harker de elementos-traço e razões para os granitoides da área de Tucumã. Campos de
comparação: Trondhjemito Mogno, Suíte Guarantã e Granito Xinguara (Almeida et al. 2013); Granodiorito Rio
Maria (Oliveira et al. 2009); e média de TTGs Transicionais do Cráton Yilgarn (Champion & Sheraton 1997): a)
Rb/Sr vs. SiO2; b) Ba vs. SiO2; c) Nb+Zr vs. SiO2; d) Ba/Sr vs. Zr; e e) #Mg=MgO/(MgO+FeOT)mol.
35
Tabela 2– Composições químicas representativas dos granitoides da área de Tucumã (elementos maiores e menores são dados em % e elementos traço em ppm).
Associação Monzogranítica-granodiorítica
Unidade Leucomonzogranito alto-K Granodiorito Pórfiro médio-K Tonalito
Granitos alto-HFSE méido-Ba Granitos alto-HFSE alto-Ba GrD alto-Mg
LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW LDW
Amostras
80 70C 91 11 68 17 70A 20A 41 30 42 6 28 93 64 89A 96B 19 51 3 63 36 59 1 31 4 55 77 61 62 21 88 38 8 76A 23 24 53 84 86 71 85A 89C 90 40
SiO2 (% peso) 72,10 72,50 72,60 72,70 73,10 73,90 74,00 74,20 74,20 74,20 74,20 74,20 74,40 75,90 76,00 77,10 66,50 67,70 70,40 70,60 71,40 71,70 72,00 72,70 73,10 73,60 74,50 64,20 67,90 68,60 69,90 70,70 67,10 68,90 68,80 69,80 70,20 71,00 73,00 73,40 67,80 68,00 70,00 71,50 72,30
TiO2 0,14 0,23 0,33 0,15 0,25 0,14 0,13 0,05 0,12 0,17 0,13 0,24 0,30 0,10 0,14 0,09 0,54 0,58 0,38 0,47 0,42 0,37 0,61 0,33 0,23 0,34 0,30 0,95 0,65 0,64 0,51 0,35 0,40 0,29 0,38 0,48 0,33 0,29 0,25 0,26 0,38 0,39 0,37 0,31 0,24
Al2 O3 14,10 14,25 14,20 15,60 14,40 13,90 14,10 13,75 13,50 14,45 13,70 14,15 14,30 13,55 13,60 13,95 15,85 15,05 15,00 13,75 14,40 14,30 13,10 13,60 14,00 13,55 13,30 15,10 15,05 15,35 14,80 14,90 15,10 14,80 14,70 15,15 14,95 15,10 14,65 14,95 15,95 15,80 15,80 15,65 15,40
Fe2 O3T 2,37 2,74 2,29 1,59 2,01 1,60 1,39 0,97 1,41 2,07 1,40 1,91 2,23 1,12 1,25 0,95 4,68 4,11 2,79 3,20 3,01 2,61 4,07 2,44 1,88 2,43 2,18 5,97 4,07 3,91 2,99 2,88 3,71 2,61 3,78 3,36 3,11 3,06 2,37 2,43 4,15 3,47 2,81 3,12 2,55
MnO 0,03 0,04 0,05 0,02 0,04 0,02 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02 0,03 0,03 0,01 0,02 0,02 0,05 0,07 0,04 0,04 0,02 0,04 0,05 0,03 0,03 0,05 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,02 0,03 0,04 0,03 0,05 0,04 0,03 0,04 0,05 0,05 0,04 0,04 0,04
MgO 0,43 0,48 0,45 0,32 0,39 0,27 0,30 0,12 0,23 0,27 0,29 0,30 0,40 0,14 0,17 0,15 1,43 1,09 0,70 0,58 0,57 0,49 0,75 0,41 0,44 0,38 0,36 1,15 0,97 0,82 0,67 0,57 1,09 1,22 1,00 0,81 0,81 1,08 0,57 0,62 1,45 1,06 0,84 0,88 0,74
CaO 1,58 2,58 1,07 0,41 1,62 1,44 1,28 1,38 1,16 1,61 1,34 1,36 1,42 1,04 1,09 1,16 4,48 3,39 2,33 1,84 1,64 1,63 1,92 1,51 1,72 1,30 1,12 2,90 2,39 2,38 1,86 1,99 2,30 2,49 3,47 2,79 3,14 2,72 2,32 2,40 3,38 3,90 3,48 3,48 2,98
Na2 O 3,40 3,99 3,59 5,85 3,72 3,26 3,47 2,82 3,03 3,49 3,10 3,97 3,33 3,42 3,50 3,16 3,96 3,93 3,72 3,41 3,66 3,46 3,33 3,42 3,70 3,57 3,29 4,25 3,62 3,93 3,29 3,53 4,30 4,75 3,57 3,78 4,11 4,08 4,17 4,27 4,83 4,22 4,53 4,37 4,78
K2O 4,22 2,39 5,00 3,84 4,37 4,97 4,63 5,44 4,99 4,54 5,13 4,40 4,96 4,73 4,80 5,18 1,77 2,63 4,03 4,38 4,32 4,32 4,25 4,52 3,67 4,27 5,13 3,04 3,83 3,39 4,81 4,17 2,92 2,88 2,38 2,89 2,14 2,36 2,77 2,48 1,26 1,21 1,31 1,30 1,38
P2 O 5 0,02 0,06 0,11 0,01 0,09 0,05 0,02 0,02 0,03 0,10 0,04 0,07 0,10 0,02 0,03 0,04 0,14 0,19 0,14 0,14 0,12 0,11 0,18 0,09 0,07 0,09 0,05 0,41 0,23 0,20 0,16 0,11 0,18 0,11 0,14 0,16 0,10 0,06 0,07 0,10 0,12 0,13 0,14 0,10 0,09
LOI 0,36 0,29 0,65 0,75 0,62 0,31 0,69 0,47 0,84 0,63 0,59 0,38 0,11 0,42 0,37 0,02 0,58 1,46 0,70 0,68 0,84 0,80 0,60 0,70 0,31 0,83 0,28 0,84 0,74 0,69 1,06 0,93 1,19 0,58 0,72 0,88 0,63 0,93 0,48 0,42 1,05 0,14 0,35 0,84 0,97
Total 98,75 99,6 100,3 101,2 100,6 99,86 100 99,2 99,53 101,6 99,94 101 101,6 100 101 102 99,98 100,20 100,2 99,09 100,40 99,83 100,9 99,75 99,15 100,4 100,6 98,85 99,49 99,95 100,09 100,17 98,31 98,66 98,98 100,13 99,57 100,72 100,68 101,37 100,42 98,37 99,67 101,59 101,47
Ba (ppm) 1955 639 1120 963 904 1340 713 1495 923 1085 789 865 1560 694 1035 1080 693 624 1600 1320 1885 2140 1260 1060 961 974 758 5250 3340 3310 1655 1750 1180 1025 1015 1270 436 589 558 853 184 549 285 416 201
Rb 132,0 101,5 194,0 167,5 171,5 121,0 149,0 161,5 178,0 187,5 170,0 271,0 198,5 162,0 201,0 135,5 97,6 145,5 139,0 188,5 185,0 181,5 179,5 211,0 191,5 239,0 219,0 115,5 161,5 211,0 163,5 144,5 114,0 92,9 84,9 89,3 82,9 81,1 107,5 118,0 97,9 130,5 98,2 75,2 89,6
Sr 529,0 190,5 204,0 161,5 330,0 295,0 224,0 267,0 186,5 220,0 158,5 198,0 264,0 148,5 188,5 228,0 313,0 266,0 500,0 238,0 278,0 328,0 227,0 206,0 277,0 170,5 118,0 776,0 515,0 441,0 291,0 378,0 706,0 634,0 265,0 535,0 240,0 292,0 233,0 366,0 402,0 338,0 301,0 323,0 439,0
Zr 263,0 164,0 295,0 133,0 168,0 216,0 118,0 69,0 130,0 99,0 160,0 269,0 294,0 94,0 113,0 67,0 220,0 196,0 238,0 483,0 384,0 323,0 380,0 384,0 133,0 362,0 248,0 695,0 544,0 511,0 366,0 218,0 150,0 119,0 182,0 152,0 152,0 95,0 147,0 101,0 105,0 161,0 164,0 146,0 151,0
Y 4,6 10,9 13,7 9,0 12,2 5,3 3,8 2,6 6,5 11,5 4,3 16,4 10,1 6,7 13,4 3,4 27,9 41,9 15,4 23,7 16,8 14,4 48,7 21,5 13,3 22,4 16,7 27,8 30,1 20,0 5,9 12,2 6,0 4,7 14,6 8,5 8,8 7,7 3,3 7,0 11,6 8,3 5,3 9,0 6,4
Hf 7,3 4,5 7,6 4,2 4,5 6,3 3,7 2,7 4,3 3,2 4,7 7,5 8,1 3,3 3,6 2,5 5,6 5,0 6,2 11,6 9,2 7,9 10,1 9,4 4,6 10,0 6,9 15,0 13,0 12,2 8,9 5,9 4,3 3,6 4,7 4,1 4,2 2,8 4,4 3,0 3,0 4,0 3,9 3,9 3,9
Nb 4,9 5,6 12,5 7,7 10,5 2,9 3,6 0,9 3,6 4,0 3,2 18,8 8,1 4,2 10,2 2,5 11,0 21,5 12,4 20,3 29,8 14,7 14,9 19,3 8,5 25,7 11,9 21,4 18,3 11,7 7,5 8,1 5,7 3,6 8,9 5,6 7,0 5,2 4,7 6,3 8,2 5,9 4,9 5,9 5,1
Ta 0,2 0,6 1,7 0,7 0,9 0,2 0,3 0,2 0,8 0,6 0,3 1,8 0,4 0,4 1,0 0,2 1,5 3,3 1,2 1,4 3,0 1,0 1,0 1,5 0,9 2,1 0,9 1,3 1,5 0,9 0,6 1,2 0,4 0,6 0,9 0,6 0,7 0,6 0,3 0,6 0,4 0,4 0,7 0,8 1,2
Ni 7,0 8,0 7,0 6,0 6,0 7,0 14,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 7,0 6,0 6,0 5,0 14,0 11,0 5,0 11,0 9,0 7,0 13,0 8,0 4,0 8,0 10,0 9,0 13,0 8,0 8,0 5,0 24,0 20,0 9,0 6,0 10,0 20,0 10,0 5,0 18,0 11,0 7,0 7,0 11,0
Cr 50,0 30,0 40,0 30,0 30,0 20,0 30,0 40,0 30,0 50,0 40,0 40,0 40,0 50,0 20,0 30,0 20,0 40,0 40,0 50,0 40,0 50,0 80,0 40,0 40,0 50,0 30,0 40,0 50,0 50,0 40,0 50,0 60,0 70,0 30,0 30,0 30,0 50,0 30,0 30,0 40,0 40,0 30,0 50,0 40,0
La (ppm) 145,00 25,60 78,70 59,50 60,50 80,20 32,10 22,60 46,30 39,20 69,20 65,70 88,50 22,60 47,80 15,20 49,20 33,60 72,70 96,20 120,00 86,70 102,50 86,60 39,10 70,80 54,30 279,00 171,00 196,50 92,60 69,80 37,00 24,10 28,10 40,00 35,60 19,80 32,70 12,40 38,60 29,70 37,20 22,80 9,60
Ce 153,00 44,50 145,00 102,00 109,50 147,00 75,40 30,10 82,30 70,90 119,50 123,50 154,00 48,00 82,20 31,40 84,10 69,30 132,00 183,50 218,00 153,00 139,00 161,50 72,00 134,00 109,00 476,00 303,00 303,00 172,50 131,50 69,30 44,00 50,20 75,60 62,40 33,40 62,50 22,10 67,20 51,90 60,20 42,10 18,10
Pr 25,10 4,71 14,95 11,30 11,15 14,60 6,12 3,92 8,19 7,72 12,10 12,70 16,85 4,89 8,49 3,11 9,02 8,90 14,00 19,30 21,90 15,90 22,20 16,80 7,93 14,10 11,20 46,40 33,30 31,90 17,20 14,30 7,73 4,79 5,30 8,43 6,35 4,03 6,46 2,38 7,72 5,46 6,13 4,53 2,11
Nd 75,20 15,90 50,00 35,20 37,00 45,20 18,70 12,40 24,60 26,30 35,00 41,30 52,90 16,40 28,90 11,00 31,20 35,20 46,20 61,50 68,00 50,00 77,80 52,70 27,10 43,10 36,80 149,00 109,50 99,80 53,50 44,70 27,00 17,20 19,00 30,60 21,20 13,00 22,00 7,80 25,90 18,50 20,40 15,00 7,90
Sm 7,63 2,68 7,34 5,45 5,09 5,80 2,76 1,81 3,34 4,43 4,55 6,29 7,32 2,90 4,35 2,30 5,40 8,03 7,06 9,05 9,14 7,61 13,65 7,93 5,07 6,94 5,39 18,90 15,85 12,40 6,56 6,89 4,48 2,80 3,49 4,96 2,88 2,22 3,28 1,28 4,32 2,89 2,76 2,80 1,63
Eu 1,04 0,57 0,81 0,82 1,08 0,71 0,40 0,54 0,55 0,71 0,52 0,64 0,96 0,51 0,93 0,50 1,07 1,37 1,34 1,14 1,15 1,19 2,02 0,90 0,85 0,88 0,53 3,35 2,26 2,30 0,96 1,14 0,94 0,65 0,87 1,05 0,61 0,56 0,75 0,56 0,70 0,81 0,59 0,59 0,50
Gd 3,11 2,25 4,29 2,52 3,33 2,81 1,48 0,98 1,75 3,06 2,10 3,79 4,29 1,82 3,35 1,35 4,83 7,04 4,79 6,36 4,25 4,46 11,00 4,81 3,68 5,15 3,43 10,65 9,44 7,09 2,71 4,08 2,28 1,80 2,93 3,00 2,04 1,74 1,57 0,89 2,95 2,27 1,60 2,16 1,40
Tb 0,25 0,31 0,52 0,31 0,37 0,30 0,15 0,11 0,20 0,40 0,20 0,56 0,48 0,26 0,42 0,18 0,79 1,02 0,55 0,80 0,52 0,55 1,59 0,65 0,49 0,74 0,50 1,15 1,11 0,80 0,29 0,44 0,26 0,19 0,44 0,36 0,28 0,28 0,15 0,15 0,41 0,28 0,19 0,27 0,17
Dy 1,01 1,69 2,47 1,63 2,08 1,17 0,74 0,51 1,09 2,31 0,98 2,95 2,23 1,32 2,53 0,84 4,68 6,36 3,21 4,56 2,85 2,86 9,39 3,58 2,54 4,12 2,81 5,75 5,72 3,95 1,35 2,57 1,27 0,91 2,61 1,86 1,59 1,71 0,66 1,03 2,05 1,59 0,96 1,64 1,09
Ho 0,17 0,36 0,43 0,26 0,39 0,21 0,13 0,07 0,20 0,37 0,14 0,55 0,38 0,21 0,47 0,13 0,98 1,21 0,51 0,80 0,54 0,49 1,78 0,69 0,42 0,78 0,54 0,97 0,96 0,67 0,22 0,43 0,21 0,16 0,49 0,31 0,29 0,31 0,11 0,22 0,39 0,30 0,17 0,31 0,20
Er 0,36 0,97 1,36 0,82 1,00 0,51 0,39 0,21 0,58 1,02 0,39 1,51 0,83 0,66 1,28 0,27 2,83 3,55 1,29 2,07 1,59 1,40 4,75 2,05 1,30 2,18 1,53 2,37 2,59 1,51 0,58 1,19 0,53 0,40 1,35 0,74 0,83 0,83 0,34 0,71 1,12 0,70 0,45 0,82 0,52
Tm 0,04 0,16 0,17 0,10 0,14 0,09 0,04 0,03 0,08 0,13 0,04 0,22 0,12 0,09 0,19 0,04 0,43 0,47 0,19 0,31 0,26 0,16 0,69 0,31 0,15 0,31 0,25 0,29 0,34 0,20 0,06 0,15 0,08 0,05 0,20 0,11 0,12 0,13 0,05 0,12 0,13 0,10 0,07 0,11 0,07
Yb 0,27 1,03 0,90 0,64 0,89 0,49 0,39 0,20 0,75 0,70 0,36 1,58 0,69 0,55 1,10 0,25 2,85 2,90 1,06 1,86 1,58 1,19 4,20 1,92 1,19 2,00 1,48 1,60 2,00 1,15 0,50 1,12 0,47 0,34 1,24 0,54 0,78 0,98 0,29 0,72 0,75 0,57 0,48 0,71 0,41
Lu 0,07 0,17 0,13 0,11 0,15 0,09 0,07 0,05 0,12 0,11 0,08 0,23 0,10 0,09 0,16 0,03 0,41 0,43 0,19 0,28 0,25 0,18 0,62 0,29 0,20 0,31 0,24 0,25 0,31 0,18 0,07 0,17 0,07 0,06 0,19 0,09 0,12 0,18 0,04 0,09 0,12 0,08 0,08 0,12 0,08
A/CNK 1,08 1,03 1,07 1,07 1,04 1,04 1,08 1,05 1,08 1,06 1,05 1,03 1,06 1,07 1,05 1,08 0,96 0,97 1,02 1,00 1,05 1,07 0,97 1,03 1,06 1,05 1,02 0,97 1,04 1,06 1,06 1,07 1,05 0,96 1,00 1,05 1,01 1,06 1,04 1,06 1,03 1,03 1,04 1,05 1,04
K2 O/ Na2 O 1,24 0,60 1,39 0,66 1,17 1,52 1,33 1,93 1,65 1,30 1,65 1,11 1,49 1,38 1,37 1,64 0,45 0,67 1,08 1,28 1,18 1,25 1,28 1,32 0,99 1,20 1,56 0,72 1,06 0,86 1,46 1,18 0,68 0,61 0,67 0,76 0,52 0,58 0,66 0,58 0,26 0,29 0,29 0,30 0,29
Fe2 O3T +MgO
2,97 3,49 3,12 2,08 2,69 2,03 1,83 1,16 1,78 2,53 1,84 2,48 2,96 1,37 1,58 1,21 6,70 5,85 3,91 4,29 4,02 3,51 5,48 3,21 2,58 3,20 2,88 8,11 5,73 5,41 4,21 3,84 5,22 4,15 5,20 4,68 4,30 4,47 3,22 3,35 6,03 4,97 4,06 4,35 3,57
+MnO+TiO 2
# Mg 0,26 0,26 0,28 0,29 0,28 0,25 0,30 0,20 0,24 0,21 0,29 0,24 0,26 0,20 0,21 0,24 0,38 0,34 0,33 0,26 0,27 0,27 0,27 0,25 0,32 0,24 0,25 0,28 0,32 0,29 0,31 0,28 0,37 0,48 0,34 0,32 0,34 0,41 0,32 0,34 0,41 0,38 0,37 0,36 0,37
Sr/Y 115,0 17,5 14,9 17,9 27,0 55,7 58,9 102,7 28,7 19,1 36,9 12,1 26,1 22,2 14,1 67,1 11,2 6,3 32,5 10,0 16,5 22,8 4,7 9,6 20,8 7,6 7,1 27,9 17,1 22,1 49,3 31,0 117,7 134,9 18,2 62,9 27,3 37,9 70,6 52,3 34,7 40,7 56,8 35,9 68,6
Rb/Sr 0,25 0,53 0,95 1,04 0,52 0,41 0,67 0,60 0,95 0,85 1,07 1,37 0,75 1,09 1,07 0,59 0,31 0,55 0,28 0,79 0,67 0,55 0,79 1,02 0,69 1,40 1,86 0,15 0,31 0,48 0,56 0,38 0,16 0,15 0,32 0,17 0,35 0,28 0,46 0,32 0,24 0,39 0,33 0,23 0,20
Nb/Ta 24,50 9,33 7,35 11,00 11,67 14,50 12,00 4,50 4,50 6,67 10,67 10,44 20,25 10,50 10,20 12,50 7,33 6,52 10,33 14,50 9,93 14,70 14,90 12,87 9,44 12,24 13,22 16,46 12,20 13,00 12,50 6,75 14,25 6,00 9,89 9,33 10,00 8,67 15,67 10,50 20,50 14,75 7,00 7,38 4,25
Gd/Yb 11,52 2,18 4,77 3,94 3,74 5,73 3,79 4,90 2,33 4,37 5,83 2,40 6,22 3,31 3,05 5,40 1,69 2,43 4,52 3,42 2,69 3,75 2,62 2,51 3,09 2,58 2,32 6,66 4,72 6,17 5,42 3,64 4,85 5,29 2,36 5,56 2,62 1,78 5,41 1,24 3,93 3,98 3,33 3,04 3,41
(La/Yb)N 362,49 16,78 59,02 62,75 45,88 110,48 55,56 76,27 41,67 37,80 129,75 28,07 86,57 27,74 29,33 41,04 11,65 7,82 46,29 34,91 51,26 49,18 16,47 30,44 22,18 23,89 24,76 117,70 57,71 115,33 125,01 42,07 53,14 47,84 15,30 50,00 30,81 13,64 76,11 11,62 34,74 35,17 52,31 21,68 15,80
∑LREE 405,93 93,39 295,99 213,45 223,24 292,80 135,08 70,83 164,73 148,55 240,35 249,49 319,57 94,79 171,74 63,01 178,92 155,03 271,96 369,55 437,04 313,21 355,15 325,53 151,20 268,94 216,69 969,30 632,65 643,60 342,36 267,19 145,51 92,89 106,09 159,59 128,43 72,45 126,94 45,96 143,74 108,45 126,69 87,23 39,34
∑HREE 5,28 6,94 10,27 6,39 8,35 5,67 3,39 2,16 4,77 8,10 4,29 11,39 9,12 5,00 9,50 3,09 17,80 22,98 11,79 17,04 11,84 11,29 34,02 14,30 9,97 15,59 10,78 23,03 22,47 15,55 5,78 10,15 5,17 3,91 9,45 7,01 6,05 6,16 3,21 3,93 7,92 5,89 4,00 6,14 3,94
Eu/Eu* 0,65 0,71 0,44 0,68 0,80 0,54 0,61 1,24 0,70 0,59 0,51 0,40 0,52 0,68 0,74 0,87 0,64 0,56 0,70 0,46 0,56 0,62 0,50 0,45 0,60 0,45 0,38 0,72 0,56 0,75 0,70 0,66 0,90 0,89 0,83 0,83 0,77 0,87 1,01 1,60 0,60 0,97 0,86 0,73 1,01
Legenda: GrD = Granodiorito; LOI = loss on ignition; A/CNK=[Al 2O3/(CaO+Na2O+K2O)]mol; #Mg = (MgO/(MgO+FeOT)mol; Eu/Eu* = EuN/(SmN x GdN)2
37
38
Figura 10 - Diagramas de ETR, normalizados para o condrito (Boynton 1984) e Multielementos, normalizado
para o manto primitivo (McDonough & Sun 1995), das rochas de Tucumã: a) e b) grupo Leucomonzogranito
alto-K; c) e d) grupo Granitos alto-HFSE e médio-Ba; e) e f) grupos de Granitos alto-HFSE e alto-Ba e
Grandiorito alto-Mg; e g) e h) grupos Granodiorito Pórfiro médio-Na e Tonalito alto-Na. Campos de
comparação: Trondhjemito Mogno, Suíte Guarantã e Granito Xinguara (Almeida et al. 2013); Granodiorito Rio
Maria (Oliveira et al. 2009); Granitos Híbridos (Laurent et al. 2014); e Granitos tipo-Closepet de Ourilândia do
Norte (Silva et al. 2018).
39
2.6 DISCUSSÕES
por Almeida et al. (2010). Apesar de mostrarem, nos diversos diagramas para elementos
maiores e traço, superposições entre as amostras mais empobrecidas em sílica dos granitos de
Tucumã com aquelas mais evoluídas da Suíte Guarantã, esta última é, em geral, mais
enriquecida em elementos compatíveis em magmas graníticos (Al, Ca, Ti, Mg e Fe), além de
Na (baixa razão K2O/Na2O) e Sr (baixas razões LILE/Sr), e ausência de anomalia negativa de
Eu (Figuras 7-9).
Em grande parte dos terrenos arqueanos a colocação de plútons graníticos de alto-K
sucede a principal fase de magmatismo TTG (Moyen & Laurent 2018). No Domínio Rio
Maria a colocação desses plútons se deu ainda no mesoarqueano (2,87 Ga; Leite et al. 2004),
~70 Ma após a formação da crosta TTG (2,94 Ga). Este evento foi responsável pela geração
de um grande volume e diversidade de magmas cálcio-alcalinos nesta porção do Cráton
Amazônico, e corresponde ao último evento tectonotermal relacionado à estabilização
tectônica Província Carajás (Almeida et al. 2013, Leite et al. 2004, Souza et al. 2001). Na
área de Tucumã, os leucogranitos também são intrusivos em grantioides TTG e podem fazer
parte do mesmo evento tectono-termal que deu origem aos granitoides mesoarqueanos de Rio
Maria. Neste contexto, algumas características geoquímicas dos granitos alto-K, como o
enriquecimto em LILE (K e Rb) e as altas razões K2O/Na2O, podem indicar uma origem a
partir de retrabalhamento crustal, cujo magma produzido se torna mais enriquecido nestes
elementos do que na fonte (Mondal et al. 2019). Diversos modelos de diferenciação para a
crosta continental arqueana explicam a origem das suítes graníticas (alto-K) por fusão de
TTGs (Martin 1994). Patiño Douce (2005) atestou a geração de magmas leucograníticos
peraluminosos por meio de fusão parcial de tonalitos, em condições anidras, no intervalo de
1.5 - 3.2 GPa de pressão e temperaturas acima de 900ºC. No Cráton Bundelkhand (Índia
Central), a origem das suítes potássicas leucograníticas (high sílica low magnesium - HSLM)
é atribuída à fusão parcial de tonalitos ou granodioritos em crosta média ou inferior em altas
temperaturas (Joshi et al. 2016). Almeida et al. (2013) consideram que a origem do Granito
Xinguara está relacionada à fusão parcial (12%) de uma crosta TTG. Processo similar é
atribuído para a produção de grandes volumes de magmas graníticos de alto-K no Domínio
Carajás, onde a fusão parcial anidra de rochas arqueanas sódicas implicou na produção de um
restito granulítico (Ortogranulito Chicrim-Cateté; Marangoanha 2018).
No diagrama discriminante de Laurent et al. (2014), as amostras do granito de alto-K
de Tucumã, assim como o campo do Granito Xinguara, incidem no domínio das rochas com
fonte tonalítica (Figura 11f), o que corrobora os modelos citados acima. Dessa forma, sugere-
se que o magma granítico de alto-K de Tucumã se formou a partir de fusão parcial anidra de
41
uma crosta TTG mais antiga. Além disso, baseado em dados experimentais de Patiño Douce
(2005), tais fusões ocorreriam em condições de pressões moderadas (~1-1.5 GPa; ~30 km de
profundidade), conforme indicado pelas razões Sr/Y (Figura 11e), e sob altas temperaturas (>
900ºC). Nestas condições o plagioclásio ainda é uma fase resídual, uma vez que em sistemas
anidros este mineral pode resistir a temperaturas de até 1100ºC (Moyen & Martin 2012), e
que seria responsável pela presença da anomalia negativa de Eu nos granitos. As moderadas
razões Sr/Y e La/Yb dos granitos de Tucumã indicam que a granada foi uma fase ausente ou
de menor expressão no resíduo (até 15%; Souza et al. 2001), uma vez que a curva de
estabilidade da granada é atingida em ~0.8 GPa (Watkins et al. 2007). Embora o anfibólio
também possa ser responsável pela retenção de Y na fonte. O padrão côncavo dos ETRP é
uma característica típica dos granitos alto-K de Carajás, que atesta o fracionamento da
hornblenda durante a fusão. Tal característica é mais acentuda no Granito Xinguara em
relação ao leucogranito de Tucumã, cujo padrão de ETRP menos fracionado e o maior
enriquecimento em Y (Figura 10b), sugerem que a fusão de sua fonte tenha ocorrido em
menores profundides do que aquela necessária para a geração do Granito Xingura.
Estes granitos são expressivos na porção central e nordeste da área, onde ocorrem
como pequenos plútons lenticulares comumente associados às zonas de cisalhamento.
Petrograficamente destacam-se dos demais grupos por apresentarem titanita bem
desenvolvida de hábito bipiramidal que podem atingir até 6 mm, além do alto conteúdo de
minerais máficos (6-27,2%). Apresentam afinidade cálcio-alcalina de alto-K, e são
predominantemente ferroan. Apesar de possuírem características geoquímicas variáveis entre
os Leucomonzogranitos alto-K e Granodioritos alto-Mg (Tabela 3 e Figuras 7-9), os granitos
de alto-HFSE distinguem-se dos demais granitoides pelo alto conteúdo de HFSE (Zr, Y, Nb,
Ti; Figura 9c, d). Dentre as amostras deste grupo, nota-se ainda uma ampla variação no
conteúdo de Ba (Figura 9b, c) que permitu a individualização de dois subgrupos, como
mostrado na tabela 2 e figura 10. Aquelas com o alto-Ba (X̅ = 2513,8 ppm) são identificadas
como tonalitos e granodioritos, as quais são as mais enriquecidas em TiO2, padrão ETR
fortemente fracionado e discreta anomalia negativa de Eu (Figura 10e). Já no subgrupo de
̅ =1206,8 ppm), são em geral mais potássicas (monzogranitos) e possuem
médio-Ba (X
menores teores de TiO2, Al2O3, CaO e #Mg em relação ao subgrupo anterior (Figuras 8 e
42
10d), excetuando-se duas amostras que apresentam comportamento anômalo devido maior
grau de interação com enclaves máficos (LDW-19 e LDW-96B).
Granitoides mesoarqueanos enriquecidos em HFSE (> 300 ppm) e Ba (> 1500 ppm)
são ausentes ou de ocorrência extremamente restrita na Província Carajás. No entanto,
pequenos corpos de biotita granodioritos ricos em titanita análogos aos granitos alto-HFSE
(alto-Ba), foram recentemente identificados na área vizinha de Tucumã (Ourilândia do Norte;
Silva et al. 2018; Tabela 3 e Figura 11c). A presença de titanita varietal combinado com os
altos conteúdos de LILE (K, Ba e Sr) e ETR, e os padrões levemente fracionados com a
presença de discretas anomalias negativas de Eu, indicam que os granitos de alto-HFSE
tiveram a contribuição de um magma parental félsico durante sua gênese. Por outro lado, a
ocorrência frequente de enclaves máficos microgranulares e o alto conteúdo modal de
minerais máficos (M < 27,2%) sugerem que um componente máfico teve participação na
origem dessas rochas. A ambiguidade composicional mostrada por este grupo é similar àquela
identificada para os Granitos Híbridos do Bloco Pietersburg (Figura 11a), cuja origem estaria
ligada à interação entre um magma formado por diferenciação de granitoides de alto-Mg
(sanukitoides) e líquidos crustais (Laurent et al. 2014).
O diagrama discriminante de elementos traço mostra que os granitos alto-HFSE de
Tucumã têm uma clara afinidadade com os granitos tipo-Closepet (granitos de alto-Mg e alto-
K) do Craton Dharwar (Moyen et al. 2003; Figura 11c). Estes dintinguem-se dos sanukitoides
por apresentarem menor #Mg, menores concentrações de Ni e altos conteúdos de HFSE (Ti,
Zr e Y), cuja origem estaria relacionada a processos de mistura em diferentes proporções de
líquidos anatéticos (TTGs) e mantélicos de composições monzonítica a diorítica (Jayananda et
al. 1995, Moyen et al. 2001). As afinidades composicionais entre os granitoides alto-HFSE de
Tucumã e aqueles do tipo-Closepet sugerem uma forte analogia petrogenética (magmas com
alto-Ti e alto-Ba), os quais poderiam ser formados por fusão parcial de uma fonte mantélica
enriquecida (Moyen et al. 2003) ou máfica de alto-K (Figura 11f; Laurent et al. 2014). Fusões
subsequentes do manto enriquecido, provavelmente em um ambiente pós-subduccção ou sin-
colisional, deram origem a estes magmas (alto HFSE, Mg, ETR e K). Como demonstrado
para os granitos tipo-Closepet, um magma quente derivado do manto pode induzir a fusão da
crosta continental (TTG) e interagir com produtos anatéticos (Moyen et al. 2001). Neste
contexto, diferentes graus de mistura entre os dois magmas produzidos podem ser
responsáveis pela ampla faixa composicional descrita para os granitoides alto-HFSE de
Tucumã (Figura 11f), cuja colocação simultânea dos diferentes magmas se daria em zonas de
cisalhamento ativas (Figura 2), consideradas como um mecanismo efetivo para
43
Tabela 3 – Resumo das principais características geoquímicas e afinidades petrológicas dos granitoides de
Tucumã.
Unidade Tonalito GdP AMzGd LMzG
Série Cálcio-alcalino
Trondhjemítico
Magmática médio-K alto-K
Tonalito Granodiorito Granodiorito Alto-HFSE Leucomonzo-
Classificação
Alto-Na pórfiro Médio-K Alto-Mg médio-Ba alto-Ba granito Alto-K
TRONDHJEM ITO TTG GRANODIORITO GRANITO
CORRELAÇÃO CLOSEPET
M OGNO TRANSICIONAL RO M ARIA XINGUARA
K2O 1,3 (1,7) 2,5 (2,7) 2,9 (3,0) 4,3 (4,3) 3,8 (3,9) 4,8 (5,1)
K2 O/Na2 O 0,3 (0,3) 0,6 (0,6) 0,6 (0,7) 1,2 (1,0) 1,0 (1,0) 1,4 (1,5)
Fe* 0,75 (0,74) 0,77 (0,78) 0,71 (0,69) 0,81 (0,77) 0,81 (0,79) 0,84 (0,85)
#Mg 38 (38) 35 (34) 42 (55) 29 (36) 30 (32) 25 (24)
Ba 327 (603) 787 (918) 1103 (1044) 1207 (1347) 2513 (3257) 1072 (1082)
Sr 361 (498) 322 (407) 670 (640) 265 (856) 480 (627) 237 (318)
Zr 145 (140) 138 (125) 135 (130) 305 (293) 467 (381) 180 (161)
HFSE
Y 8 (6) 8 (6) 5 (7) 19 (23) 19 (22) 8 (8)
Nb 6 (4) 6 (5) 5 (5) 17 (-) 13 (16) 6 (6)
Ti 2026 (1711) 1988 (-) 2068 (2241) 2602 (-) 3717 (3377) 998 (763)
Ele m. Cr 40 (22) 33 (5) 65 (128) 40 (16) 46 (18) 36 (-)
Mant.
Ni 11 (8) 8 (5) 22 (54) 9 (9) 9 (14) 6 (-)
La/Yb 32 (60) 33 (-) 50 (27) 31 (41) 91 (47) 59 (75)
Eu/Eu* 0,8 (0,9) 0,9 (-) 0,9 (0,9) 0,5 (0,8) 0,7 (0,7) 0,6 (0,5)
Legenda: valores representados entre parêneteses equivalem à composição média das respectivas unidades da
literatura utilizadas para correlação. Fontes: Trondhjemito Mogno, Granito Xinguara (Almeida et al. 2013); TTG
Transicional (Champion & Sheraton 1997); Granodiorito Rio Maria (Oliveira et al. 2009); Closepet (Jayananda
et al. 1995; Laurent et al. 2014).
ETRP que o primeiro. Apesar de estas rochas apresentarem fortes afinidades composicionais,
como o caráter sódico, baixas razões Rb/Sr, baixos conteúdos de HFSE e moderado #Mg
(Figuras 7f, 8a,d e 10d), o Granodiorito Pórfiro médio-K não segue o trend trondhjemítico,
como no caso das rochas tonalíticas e trondhjemíticas de afinidade TTG (Figura 6f). Tal
diferença também se reflete nas mais altas razões K2O/Na2O do Granodiorito Pórfiro em
relação aquelas dos TTGs arqueanos, resultando no comportamento transicional no diagrama
discriminante de Laurent et al. (2014) – Figura 10a. Além disso, o conteúdo moderado de Ba
(moderada razão Ba/Sr) do primeiro também o difere dos Tonalitos, cujos valores são
ligeiramente mais baixos (Figura 9h e Tabela 3). Tais aspectos aliados à ausência de trends
colinares entre os granitoides de alto- e médio-Na (médio-K) não sustentam a hipótese para
origem dos Granodioritos Pórfiros a partir da cristalização fracionada de líquidos tonaliticos.
Da mesma forma, seria improvável a origem destas rochas a partir da fusão parcial de uma
crosta TTG mais antiga, dado as baixas razões K2O/Na2O e a ausência da anomalia negativa
de Eu dos granodioritos, que são assinaturas geoquímicas típicas de rochas de
retrabalhamento crustal. Dados experimentais mostram que o conteúdo de K2O em líquidos
produzidos por fusão parcial de TTGs variam entre 2 e 6% (Patiño-Douce & Beard 1995,
Skjerlie & Johnston 1996), contrastando com os baixos teores deste óxidos para os granitos
pórfiros e que, por outro lado, coincidem com os altos teores dos leucomonzogranitos alto-K
de Tucumã (Tabela 3).
Granitoides que compartilham características geoquímicas com os típicos TTGs
arqueanos têm sido descritos em vários terrenos e podem ser exemplificados pelos
granonodioritos-granitos da Província Wyoming (Frost et al. 2006), granitos do oeste do
Cráton Dharwar (Jayananda et al. 2006), além daqueles dos crátons Pilbara e Yilgarn, para os
quais foi atribuído o termo TTG Transicional ou Enriquecido (Champion & Smithies 2001,
2007). Estes seriam mais enriquecidos em LILE e empobrecidos em Sr em relação aos
graniotides TTG. Sua origem ainda é incerta, embora estima-se que sua petrogênese envolva
uma crosta preexistente durante as fases tardias de estabilização de crátons arqueanos. No
Domínio Rio Maria da Província Carajás, granitoides com fortes afinidades geoquímicas com
os TTGs transicionais (granitos cálcico-alcalino de alto-Ca) são associados a um grupo de
leucogranodioritos-granitos enriquecidos em Ba e Sr da Suíte Guarantã formada em 2,87 Ga.
Sua origem é atribuída às variações composicionais da fonte ou a variados graus de fusão
parcial, acumulação e/ou magma mixing (Almeida et al. 2010). Tal suíte apresenta afinidades
geoquímicas com o Granodiorito Pórfiro de Tucumã no que diz aos seus baixos conteúdos de
HFSE, baixas razões Rb/Sr e padrão moderadamente fracionado de ETR (moderadas razões
46
La/Yb e Sr/Y), sendo que amostras da Suíte Guarantã apresentam tipos com maior
fracionamento de ETRP. Por outro lado, a natureza cálcio-alcalina médio-K dos Granodioritos
Pórfiros de Tucumã e seus teores mais elevados de CaO e baixos de LILE, assim como as
mais baixas razões K2O/Na2O, FeOt/MgO e Ba/Sr, os distinguem claramente dos granitoides
desta suíte (Figuras 7 e 8). O comportamento composicional dos granitoides de Tucumã,
considerado como ambíguo em relação à Suíte Guarantã, é visto como afim dos TTGs
Transicionais do grupo alto-Ca e baixo-Y dos crátons Yilgarn (Champion & Sheraton 1997) e
Pilbara (Champion & Smithies 2001, 2007) - Figuras 6 e 10.
A ausência de anomalia negativa de Eu e Sr e o empobrecimento em HFSE
observado no Granodiorito Pórfiro, além do menor fracionamento de ETRP em relação aos
típicos TTGs, podem indicar origem a partir de uma fonte máfica sob pressões moderadas
(~1-1.5 GPa) já no campo de estabilidade da granada (+ anfibólio), e ligeiramente mais rasas
do que aquelas atribuídas aos Granodioritos de alto-Mg. As maiores razões K2O/Na2O destas
rochas em relação aos TTGs, juntamente com o maior enriquecimento em LILE, não é
compatível com uma fonte tipo MORB. Além disso, os baixos conteúdos de #Mg, Cr e Ni
(Tabela 3; Figura 10d) dessas rochas não favorece uma origem por fusão de slab subductada
(Mohan et al. 2012). Alternativamente, foi admitido para os TTGs Transicionais do Cráton
Pilbara, origem a partir da fusão parcial de fontes heterogêneas de platôs oceânicos
espessados (basalto enriquecido com camadas félsicas intercaladas) em ambiente intraplaca
associado a underplating da crosta máfica (Champion & Smithies 2007). Desta forma, a fonte
das rochas estudadas seria compatível com magmas mais enriquecidos (andesíticas/dacíticas)
do que basaltos arqueanos típicos (figura 10f), ou até mesmo uma associação destes basaltos
com um componente crustal.
2.6.1.5 Tonalito
Neste sentido, Almeida et al. (2011) propuseram um modelo para a formação das suítes TTGs
de Rio Maria, em que o grupo de média razão La/Yb seria produto da fusão de uma crosta
oceânica quente e jovem subductada sob um platô oceânico espessado em pressões
intermediárias (1.0 – 1.5 GPa), ainda dentro do campo de estabilidade da granada. Este
cenário vai na mesma direção do “modelo híbrido” (fusão de base de platô oceânico e de slab)
de Halla et al. (2009), sendo que neste último, é admitido a origem do subgrupo de baixo-
ERTP pela fusão em altas pressões (> 2.0 GPa) na parte inferior de platô oceânico espessado.
Por sua vez, Martin et al. (2014) apontam que magmas TTGs não podem ser gerados a partir
de basaltos tipo MORB (baixo LILE), e sugerem sua origem a partir da fusão de ilha
oceânicas hidratadas (mais enriquecidas em K) em ambiente de subdução.
A formação de magmas requer a fusão parcial de crosta ou manto em resposta a
processos dinâmicos (movimentos de placas e plumas do manto). No Domínio Rio Maria da
Província Carajás, processos tectônicos convergentes foram responsáveis pela formação de
60% da crosta félsica arqueana no período entre 2,98 e 2,92 Ga (Almeida et al. 2011, Althoff
et al. 2000). O caráter juvenil desta crosta é atribuído à fusão de uma crosta oceânica
komatiítica e basáltica metamorfizada (greenstones belts Identidade e Sapucaia) em ambiente
de arco de ilhas (Souza et al. 2001), conforme indicado pelo diagrama discrimante de fontes
para granitoides arqueanos (Figura 11f). Neste cenário, pode-se estimar para a origem dos
granitoides sódicos da área de Tucumã um ambiente de subducção sob um platô oceânico ou
protocrosta espessada (sequências greenstones) e consequente fusão facilitada por fluidos
derivados da desidratação da slab, que geraria grupos de média pressão e em menores
profundiades aqueles de baixa pressão (baixa razão La/Yb). O baixo conteúdo de elementos
compatíveis mantélicos (e.g., #Mg e Ni) das rochas tonalíticas de Tucumã em relação a TTGs
Enriquecidos e Sanukitoides (Figura 11c,d), aliado às suas razões La/Yb moderadas, indicam
que não houve interação de líquidos crustais com a cunha mantélica, fato que geralmente é
atribuído à magmas TTG de alta pressão (Martin et al. 2014).
estes granitoides podem ser encontrados sob dois domínios deformacionais distintos. As
rochas de baixo grau de deformação (domínios não afetados pelas zonas de cisalhamento)
apresentam evidências tanto de fluxo submagmático quanto de fluxo magmático preservado
(imbricamento de cristais euédricos, zoneamento do plagioclásio e quartzo primário). Neste
contexto, o Qtz1 (grãos com contatos interlobados) representa fluxo submagmático, é formado
por recristalização tipo bulging (BLG) e marca o início da recristalização dinâmica em
temperaturas entre 200 - 300ºC (Passchier & Trouw 2005, Vernon 2004; Figura 12a). As
microfraturas (microcracks) intracristalinas nos feldspatos preenchidas com líquido residual
compatível com a matriz (Figura 6c), são indicativos de que a deformação atuou durante a
cristalização do magma, ou seja, atesta o caráter sintectônico destes granitos (Blenkinsop
2000, Nédélec & Bouchez 2015). Diversos experimentos demonstraram que microfraturas
preenchidas podem ser formadas na presença de até ~15% de líquido (Dell’Angelo & Tullis
1988, Rutter & Neumann 1995). Estas observações indicam que a recristalização do quartzo
ocorreu sob condições de Regime 1 de Hirth & Tullis (1992) de baixa temperatura e alto
strain.
O domínio de médio a alto grau de deformação (áreas onde estão localizadas zonas
de cisalhamento) é caracterizado pela formação de uma trama planar com feições miloníticas
de baixo a médio grau, segundo os critérios de Trouw et al. (2010). A formação de subgrãos
de feldspatos circundando fenocristais, comumente observada nos granitoides de Tucumã,
resulta em uma textura manto-núcleo (Figura 6c), típica de recristalização sintectônica
(Blenkinsop 2000). No campo da deformação sub-solidus está a presença da foliação S-C
porfiroclástica, com ocorrência de porfiroclastos tipo σb (Figura 6b), encontrados em
milonitos S-C ou S-C´ (Passchier & Simpson 1986), indicando cinemática sinistral. A
presença de subgrãos de quartzo (Qtz2) e feldspatos originados por recristalização a partir de
rotação de subgrão (SGR – subgrain rotation) indicam condições de Regime 2 de Hirth &
Tullis (1992) de temperaturas intermediárias. Nestas condições, a recristalização por SGR se
inicia em 400ºC no quartzo (Figura 12b) e em 550ºC em feldspatos (Passchier & Trouw
2005). A recristalização por migração de limite de grão (GBM – grain boundary migration) é
encontrada nos litotipos como Qtz3 (Figura 12c) e indica altas temperaturas compatíveis com
aquelas de fácies anfibolito (Vernon 2004). Estes aspectos são condizentes com o Regime 3
de Hirth & Tullis (1992) que ocorre em altas temperaturas acima de 500ºC e baixa taxa de
strain, stress diferencial e densidade de deslocamento. Com o aumento prolongado da
temperatura após o fim da deformação, os neogrãos são rearranjados em limites poligonais
formando a textura granoblástica (Qtz4; Figura 12d). Esta ocorre em estágio pós-
51
deformacional, a partir da redução de área de limite de grão (GBAR – grain boundary area
reduction), indicando recristalização estática (Nédélec & Bouchez 2015, Passchier & Trouw
2005).
A unidade tonalítica, interpretada como fragmento de crosta mais antiga preservada
na área, apresenta com padrão deformacional mais intenso, onde se observa microbandas de
cisalhamento C, quartzo recristalizado tipo SGR, GBM e GBAR, excedendo 50 µm de
dimensão, assim como a ocorrência da textura manto-núcleo nos porfiroclastos de feldspato
(Figura 6d). Estes são critérios utilizados para caracterizar estas rochas como milonitos de
médio grau, e temperatura de recristalização entre 500 e 650ºC (Trouw et al. 2010).
Figura 12 – Mecanismos de deformação para o quartzo e identificação das respectivas texturas deformacionais
nas rochas de Tucumã. Adaptado de Passchier & Trouw (2005). Tipos de recristalização dinâmica em policristal:
a) Recristalização Bulging; b) Recristalização SGR; c) Recristalização GBM. e d) Recristalização estática
GBAR.
2.7 CONCLUSÕES
uma colocação sinplutônica em diferentes níveis crustais para aqueles da série cálcio-alcalina.
Os granitoides da série toleítica (afinidade TTG) pertencem à unidade tonalítica e possuem
um padrão deformacional mais intenso e estruturação N-S, indicando que a mesma representa
o núcleo da protocrosta ainda preservado, gerado a partir da fusão de rochas máficas de baixo-
K (metabasaltos). O leucomonzogranito é a unidade mais expressiva da área, ocorrendo com o
um batólito de afinidade cálcio-alcalina alto-K e correlacionado ao Granito Xinguara do
Domínio Rio Maria. Este seria produto de retrabalhamento de uma crosta félsica mais antiga
(afim do magma TTG).
Granitoides composicionalmente distintos daqueles de alto-Na e alto-K, ocorrem
como pequenos plutons inseridos no interior do batólito leucogranítico. Aqueles de afinidade
alto-Mg são correlacionáveis ao Sanukitoide Rio Maira que tem origem relacionada à fusão
de um manto metassomatizado. A colocação simultânea de líquidos composicionalmente
distintos deu origem a Granitos Híbridos (alto-HFSE), os quais apresentam fortes afinidades
geoquímicas com os granitos tipo-Closepets (Cráton Dharwar), admitidos como produto de
mixing entre líquidos anatéticos e aqueles derivados do manto metassomatizado. Já o
Granodiorito Pórfiro médio-K de Tucumã é correlacionável aos granitoides das Suítes TGGs
Transicionais (K2O/Na2O > 0.5) do Cráton Yilgarn, cuja fonte é atrubída à presença de
basaltos enriquecidos na base de uma crosta espessada. O cenário tectônico adotado para
explicar a formação e colocação do plutonismo cálcio-alcalino mesoarqueano da área de
Tucumã está relacionado a um contexto colisional que foi precedido pela principal fase de
magmatismo TGG. No Domínio Rio Maria a atuação de processos tectônicos convergentes
foi responsável pela formação da crosta félsica arqueana no período entre 2,98 e 2,92 Ga,
enquanto que em ~2,87 Ga ocorreu o último evento tectonotermal (slab breakoff, delaminação
ou plumas mantélicas) com pico metamórfico na fácies granulito relacionado à cratonização
da Província Carajás.
AGRADECIMENTOS
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Trabalhos regionais anteriores (Avelar 1999; Macambira & Vale 1997; Vasquez et al.
2008) definiram a geologia de Tucumã como dominada por granitoides afins do Granodiorito
Rio Maria e aqueles indiferenciados do Complexo Xingu. A partir do mapeamento geológico
realizado em escala de detalhe e análises petrográficas e geoquímicas obtidas neste trabalho,
foi possível atualizar o quadro geológico da região que se mostrou mais diversificado e
complexo em relação ao que havia sido proposto. O avanço do conhecimento permitiu a
discriminação e delimitação de uma crosta TTG mais antiga e diferentes plútons, dentre os
quais se destacam: i) Leucomonzogranito alto-K; ii) Granitos alto-HFSE; iii) Granodiorito
alto-Mg; e iv) Granodiorito pórfiro médio-K. Onde a unidade leucomonzogranítica ocupa
mais de 70% da área aflorante e, contrariamente aos estudos anteriores, as rochas associadas à
Suíte Rio Maria (Granodiorito alto-Mg) ocorrem de maneira restrita na região.
Os granitoides de afinidade cálcio-alcalina apresentam uma ampla variação
composicional que reflete a heterogeneidade da crosta da região de Tucumã, marcada pela
colocação de plútons de naturezas distintas em diferentes níveis crustais (sin-plutonismo).
Tais rochas foram formadas em um ambiente colisional durante a segunda fase do
magmatismo no DRM em 2,87 Ga, onde ocorreram simultaneamente processos de
retrabalhamento crustal e geração de magmatismo juvenil. A ocorrência da suíte
leucomonzogranítica de alto-K como um grande batólito implica na pré-existência de uma
crosta félsica (TTG) dominente na área. Os demais granitoides cálcio-alcalinos encontram-se
alojados na forma de pequenas “lentes” ou “sigmoides” no batólito leucogranítico, revelando
baixo contraste de viscosidade entre os magmas e sugerindo ainda um modelo de colocação
análogo a diapiros. Estes corpos encontram-se orientados segundo o trend NW-SE e E-W
coincidente com o trend regional formado por deformação dúctil transpressiva sinistral que
afetou a crosta mesoarqueana de Carajás (Araújo & Maia 1991, Pinheiro & Holdsworth 2000,
Santos et al. 2018). A utilização de antigas de zonas de cisalhamento (2.936 Ma; Leite 2001)
como conduto para o transporte destes magmas também controlou os processos de
hibridização. Por outro lado, os tonalitos de afinidade TTG, preservados na porção sul da
região como janela do embasamento, exibem um padrão estrutural N-S, igualmente registrado
nas rochas metamáficas da sequência greestone belt, associado a eventos tectônicos mais
antigos. A ocorrência destes como fragmentos de crosta no leucomonzogranito, bem como o
seu padrão de deformação mais intenso, também são evidências da sua formação pretérita.
63
Desta forma, os tonalitos estariam associados à primeira fase de magmatismo no DRM (2,98
– 2,92 Ga), provavelmente em um ambiente de subducção.
Os mecanismos de deformação que aturam nas rochas de Tucumã começaram antes da
completa cristalização de seus magmas, que é atestado pela presença de microfraturas
(microcracks) preenchidas por fases tardias. A textura manto-núcleo nos feldspatos,
recorrente em grande parte dos litotipos, indica recristalização em corpos sintectônicos
(Blenkinsop 2000). No geral, as rochas exibem baixo grau de deformação, com evidências de
fluxo submagmático marcando o início da recristalização dinâmica em temperaturas entre
200-450ºC. Domínios de média a alta deformação são específicos das áreas afetadas por
zonas de cisalhamento, apresentando formação de uma foliação planar com feições
miloníticas (ou protomiloníticas), segundo os critérios de Trouw et al. (2010). Além de
mecanismos de recristalização tipo SGR e GBM em quartzo e feldspatos, indicando condições
análogas às de fácies anfibolito em temperaturas acima de 500ºC sob regime sin a tardi-
tectônico.
Com base nos dados apresentados acima, pode-se assumir que o cenário tectônico do
DRM durante a primeira fase de magmatismo seria de um ambiente de subducção da crosta
oceânica sob platô oceânico espessado. Onde a fusão parcial de rochas máficas de
(provavelmente metabasaltos dos greenstones belts Identidade e Sapucaia) na base do platô,
deram origem aos Tonalitos de Tucumã que são correlacionáveis à principal crosta TTG
deste domínio - Trondhjemito Mogno (Almeida et al. 2011). Estes seriam formados em
condições de média pressão (1.0 – 1.5 GPa) em equilíbrio com plagioclásio e granada no
resíduo. Enquanto que magmas TTGs de mais alta pressão seriam formados por slab melting,
onde haveria maior interação desses magmas ao atravessar a cunha mantélica que resultaria na
metassomatização do manto.
50 Ma (2,87Ga) após a primeira fase de magmatismo, o segundo estágio magmático se
daria num ambiente geodinâmico sin a tardi-colisional onde eventos termais, provavelmente
relacionados a slab breakoff com ascensão do manto astenosférico (ou delaminação da
litosfera, ou ainda, atividades de plumas mantélicas) induziram um segundo metassomatismo
do manto (fluido) seguido de fusão parcial dando origem aos magmas sanukitoides (Almeida
et al. 2013, Halla et al. 2009, Laurent et al. 2014), representado pela unidade Granodiorito
alto-Mg de Tucumã. Esta unidade teria sido formada em níveis crustais intermediários a altos
(≥1.5 GPa) dentro do campo de estabilidade da granada, sendo correlata às fases mais
evoluídas do Granodiorito Rio Maria. A ascensão desses magmas sanukitoides ou até mesmo
o contínuo espessamento crustal e a presença de zonas quentes na crosta podem ter
64
promovido a fusão parcial de fontes diversas em diferentes níveis crustais, dando origem a: i)
magmas Leucomonzograníticos de alto-K correlacionáveis ao Granito Xinguara (Leite
1995), originados a partir do retrabalhamento de uma crosta tonalítica em profundidades
intermediárias (~30 km), sob condições de média pressão (~1-1.5 GPa) e temperaturas acima
de 900ºC; ii) magmas de origem híbrida (Granitos alto-HFSE), como produto da interação
em diferentes proporções (mingling ou mixing) de líquidos a partir de manto metassomatizado
e líquidos crustais (crosta TTG antiga), em níveis crustais intermediários (1.5 GPa). Estes
granitos se assemelham aos granitos híbridos do Bloco Pietersburg de Laurent et al. (2014) e
aos granitos tipo-Closepets do Cráton Dharwar de Moyen et al. (2003); iii) magmas de
médio-K (Granodiorito pórfiro), semelhantes a TTGs Transicionais, formados por fusão
parcial de basalto enriquecido intercalado com camadas félsicas em platô oceânico Estes
magmas teriam se formado em profundidades ligeiramente mais rasas em relação aos
sanukitoides (1-1.5 GPa), e podem ser comparados ao grupo de alto-Ca e baixo-Y do cráton
Yilgarn de Champion & Sheraton (1997), a granitos do Pilbara Leste de Champion &
Smithies (2001, 2007). Em grande parte dos crátons arqueanos a colocação dos plútons
graníticos de alto-K, assim como dos demais corpos de afinidade cálcio-alcalina, ocorreu no
final do Arqueano durante a fase colisional dentro de um curto intervalo de tempo (10-15
Ma), marcando o último evento tectonotermal Mesoarqueano responsável pela cratonização
da PC.
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