Teoria Filosóficas Sobre o Conhecimento - Carlos Fontes
Teoria Filosóficas Sobre o Conhecimento - Carlos Fontes
Teoria Filosóficas Sobre o Conhecimento - Carlos Fontes
problemas colocados na
abordagem filosófica do
conhecimento?
Síntese da Matéria
2. Natureza do conhecimento
4. Origem do Conhecimento
4.1. Racionalismo
4.2. Empirismo
4.3. Criticismo
4.3.1. Kant (1724-1804). Todo o conhecimento inicia-se com a
experiência, mas este é organizado pelas estruturas a priori do sujeito.
Segundo Kant o conhecimento é a síntese do dado na nossa sensibilidade
(fenômeno) e daquilo que o nosso entendimento produz por si (conceitos).
O conhecimento nunca é, pois, o conhecimento das coisas "em si", mas das
coisas "em nós".
"O que podemos conhecer?" esta foi a questão inicial que orientou a
sua investigação. Ao contrário dos empiristas, afirmou que a mente humana
não era uma "folha em branco", mas sim constituída por um conjunto de
estruturas inatas que recebiam, filtravam, davam forma e interpretavam as
impressões externas.
a) Sensibilidade
A sensibilidade é uma faculdade que nos permite receber ou perceber
objetos mediante impressões (sensações) através dos sentidos externos.
Estas impressões são percepcionadas no espaço e no tempo, formas
puras (vazias) que fazem parte das estruturas cognitivas inatas do sujeito.
Elas são a condição indispensável para que possamos ter acesso ao
conhecimento sensível (empírico).
b) Entendimento
O entendimento é uma faculdade que nos permite dar forma, unificar e
ordenar os dados recebidos da sensibilidade. Para produzir conhecimentos
(juízos) utiliza 12 categorias (causa, substância, etc), cuja função é
estabelecer relações entre fenômenos (julgamentos). Os juízos são, pois
operações de interpretação e organização dos dados sensoriais. O
conhecimento resulta da aplicação destas categorias (conceitos puros) à
experiência.
- Juízos Analíticos. Ex. "O triângulo tem três lados". O predicado está
contido sujeito. Trata-se de um juízo a priori, isto é, não está dependente da
experiência. Este tipo de juízo é universal e necessário.
c) Razão
A razão tem a função de sintetizar os conhecimentos, dando-lhes uma
unidade mais elevada. Não trabalha sobre os conhecimentos sensoriais,
mas sobre os juízos do entendimento. Elabora juízos dos juízos, produzindo
"ideias" que ultrapassam os limites da experiência.
d) Fenômeno/Númeno
A teoria do conhecimento de Kant estabelece uma clara distinção entre
"fenômeno" e "númeno".
f) Crítica
A teoria do conhecimento de Kant tem sido bastante contestada, num
ponto central: a subjectividade do conhecimento.
Não admite um conhecimento puramente objectiva, pois o mesmo
está sempre condicionado pela subjectividade do sujeito. Todo o nosso
conhecimento está à partida condicionado pelas estruturas transcendentais
(a priori), pelas intuições do espaço e do tempo, as formas mentais das
nossas categorias do entendimento. Unicamente conhecemos o que com
estas "formas" se objectiva. Trata-se de uma profunda limitação que é difícil
de justificar e aceitar.