2020 - NOGUEIRA - Patrimônio, Memória e Historiografia - Volume 8
2020 - NOGUEIRA - Patrimônio, Memória e Historiografia - Volume 8
2020 - NOGUEIRA - Patrimônio, Memória e Historiografia - Volume 8
Memória e
Historiografia
Antônio Gilberto Ramos Nogueira (Org.)
COLEÇÃO Organizadoras
HISTÓRIA Ana Rita Fonteles Duarte
E HISTORIOGRAFIA Ana Sara Cortez Irffi
COLEÇÃO Organizadoras
HISTÓRIA Ana Rita Fonteles Duarte
E HISTORIOGRAFIA Ana Sara Cortez Irffi
Patrimônio,
Memória e
Historiografia
Antônio Gilberto Ramos Nogueira(Org.)
Sobral/CE
2020
Patrimônio, Memória e Historiografia
© 2020 copyright by Antônio Gilberto Ramos Nogueira(Org.)
Impresso no Brasil/Printed in Brasil
COLEÇÃO
HISTÓRIA
E HISTORIOGRAFIA
Coordenação
Ana Rita Fonteles Duarte
Ana Sara Cortez Irffi
Conselho Editorial
Antônio Maurício Dias da Costa (UFBA)
Fábio Leonardo Castelo Branco Brito (UFPI)
Flávio Weinstein Teixeira (UFPE)
Francisco Régis Lopes Ramos (UFC)
João Paulo Rodrigues (UFMT)
James Green (Brown University)
Kênia Sousa Rios (UFC)
Paula Godinho (Universidade Nova de Lisboa)
Referências
HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e expe-
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POULOT, Dominique. História do patrimônio no Ocidente. São Pau-
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Sumário
História pública, patrimônio e memória
“A história ao ar livre”: monumentos estatuários e o Ensino de His-
tória em praça pública / 15
Suor, memória e narrativa: os memoriais da Justiça do Trabalho do
Brasil na pandemia do Novo Coronavírus / 31
1 Liesly Oliveira Barbosa. Mestranda do PROFHISTÓRIA — UFC 2020, Bolsista CAPES. Espe-
cialista em Metodologias do Ensino de História pela Universidade Estadual do Ceará e Licen-
ciada e Bacharel pela Universidade Federal do Ceará.
15
Patrimônio, memória e historiografia
Outro objetivo que não aparecia no ciclo anterior e pode auxiliar nos
trabalhos com os monumentos é o que se refere ao fato da necessidade
do aluno “compreender que as histórias individuais são partes integran-
tes de histórias coletivas” (BRASIL, 1998, p. 43). Esse objetivo da lei é
fundamental na justificativa da educação patrimonial por meio do es-
tudo das estátuas, pois é a partir da análise das mesmas que compreen-
demos o contexto histórico no qual o indivíduo celebrado está inserido.
Referências
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mental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
28
“A história ao ar livre”:
Monumentos estatuários e o Ensino de História em praça pública
29
Suor, memória e narrativa:
os memoriais da Justiça do Trabalho do
Brasil na pandemia do Novo Coronavírus
Introdução
31
Patrimônio, memória e historiografia
ao iniciar o contato com as fontes físicas, que nos dão cheiros e sensações
sobre o momento em que se constrói o MJT-CE. Tomei consciência,
portanto, de outras problemáticas que precediam e que contemporanea-
mente estruturam as contradições presentes não somente no MJT-CE,
mas visíveis em vários outros memoriais da Justiça do Trabalho pelo
Brasil a fora, acerca da relação entre virtual e presencial.
Os movimentos e os não-movimentos de
virtualização dos espaços museais na
pandemia do novo coronavírus
3 A década de 1980 é marcada por uma expansão nas demandas trabalhistas por meio de greves, e
maior prioridade a resolução dos problemas nos locais de trabalho por parte do “novo sindicalis-
37
Patrimônio, memória e historiografia
mo”. Enquanto a década de 90 é marcada por um considerável aumento na procura pela Justiça
do Trabalho, em reação à precarização das condições de trabalho (MATTOS, 2009, p. 120-127).
38
Suor, memória e narrativa:
Os memoriais da Justiça do Trabalho do Brasil na pandemia do Novo Coronavírus
40
Suor, memória e narrativa:
Os memoriais da Justiça do Trabalho do Brasil na pandemia do Novo Coronavírus
Considerações finais
Referências
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CEAA, Centro de Estudios de Asia y Africa, El Colegio de México, 1999.
42
Suor, memória e narrativa:
Os memoriais da Justiça do Trabalho do Brasil na pandemia do Novo Coronavírus
43
História e
Historiografia do
Patrimônio Cultural
espaços simbólicos em
múltiplos olhares e
perspectivas
Sob o prisma Amazônico:
a preservação do patrimônio cultural
brasileiro sem a arte barroca e a
arquitetura colonial
André Luis dos Santos Andrade1
47
Patrimônio, memória e historiografia
2 Rabello (2009) explica que o ato do tombamento e a consequente preservação não visam a
coisa em si, mas o seu significado simbólico e valor cultural para o Estado- Nação. No Brasil os
livros do Tombo são: Livro das Belas-Artes; Livro Histórico; Livro Arqueológico, Etnográfico
e Paisagístico; e Livro das Artes Aplicadas.
48
Sob o prisma Amazônico:
A preservação do patrimônio cultural brasileiro sem a arte barroca e a arquitetura colonial
seca com a nação, pois são escolhidos a partir dos critérios estabelecidos
pela atuação de grupos de intelectuais nas instituições responsáveis pela
identificação e preservação do patrimônio, desse modo, ao defender o
barroco e a arquitetura colonial como bens a serem preservados porque
estão sob o risco da perda é construída uma narrativa que:
Referências
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ANDRADE, Rodrigo Melo Franco de. Brasil: monumentos históricos e ar-
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57
Patrimônio, memória e historiografia
59
Chaminés apagadas:
o lugar do patrimônio industrial em
Pernambuco
61
Patrimônio, memória e historiografia
2 “Field of activity”.
3 “Systematic study of structures and artefacts as a means of enlarging our understanding of the
industrial past”.
62
Chaminés apagadas:
O lugar do patrimônio industrial em Pernambuco
Dessa maneira, muitas questões podem ser feitas: Até que ponto
os projetos de intervenção consideraram o valor de uso, em contra-
ponto ao valor de troca? Qual a importância de um novo uso para
a conservação física desses bens e de seu valor simbólico? Os novos
usos estariam propiciando uma gentrificação desses espaços? Faz-se
necessário o aprofundamento da discussão sobre a construção das
leis patrimoniais no Brasil e em Pernambuco, entrecruzando esse
processo à influência internacional, analisando a que ponto a abor-
dagem de sua conservação inclui os critérios de influência mundial,
como a Carta de Nizhny Tagil e, Princípios de Dublin, construído
conjuntamente pelo ICOMOS e TICCIH.
REFERÊNCIAS
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anpur.org.br/revista/rbeur/index.php/anais/article/view/1710 (Último
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CAMPOS, Juliano Bitencourt; RODRIGUES, Marian Helen da Silva Go-
74
Chaminés apagadas:
O lugar do patrimônio industrial em Pernambuco
76
Educação patrimonial ou
instrução para o patrimônio?
O lugar do SPHAN no projeto
educacional do Ministério da Educação
(1930- 1945)
Introdução
77
Patrimônio, memória e historiografia
82
Educação patrimonial ou instrução para o patrimônio?
O lugar do SPHAN no projeto educacional do Ministério da Educação (1930- 1945)
5 Para Poulot (2009), a educação no século XIX vai ser caracterizada por dois conceitos a “ins-
trução pública” e a “educação nacional”, segundo a divisão de Rabaut Saint-Étienne, “a pri-
meira deve fornecer esclarecimentos, enquanto a segunda suscita virtudes” (POULOT, 2009,
p. 85). A educação nacional seria uma criação moderna que acompanha o desenvolvimento
dos Estados Nacionais no século XIX. O monumento nesse projeto de nação tem lugar privile-
giado na construção do sentimento patriótico, de um lado o sentimento nostálgico de outro a
deslegitimação do antigo regime. No Brasil, o período colonial contempla esse “espaço da sau-
dade” e o período imperial e da “República Velha” seriam os períodos desmoralizados frente
ao discurso legitimador do governo Vargas;
88
Educação patrimonial ou instrução para o patrimônio?
O lugar do SPHAN no projeto educacional do Ministério da Educação (1930- 1945)
6 Entre os bens materiais móveis temos vários exemplos. Entre eles: coleções arqueológicas, pin-
turas, esculturas, gravuras e qualquer outro documento de caráter histórico ou artístico nos
quais são possíveis seus respectivos transportes e reintegração no especo de armazenamento.
89
Patrimônio, memória e historiografia
Referências
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. São Paulo: Compa-
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MODESTO, Cláudia Figueiredo. Rádio para quem? Das ideias educati-
vas de Roquette-Pinto às mãos dos políticos brasileiros: Quase 90 anos de
91
Patrimônio, memória e historiografia
92
Patrimônio Cultural
e os usos políticos
do passado no Brasil
contemporâneo
A questão da corda: autonomia
devota no Círio de Nazaré em Belém - PA
Thamires Beatriz Braga Barros1
Introdução
95
Patrimônio, memória e historiografia
Autonomia devota
Porém nos últimos tempos a cidade mudou e já não era mais ne-
cessária a utilização de cordas para puxar a Berlinda, só que nesse
tempo o símbolo foi ressignificado, passando a ter para o devoto um
significado para além da sua função inicial.
3 Outras modificações apresentadas por ele eram: abolir homens que não comprovado pobreza, iam
descalços e sem paletó, a dança dos marujos, os anjos a carro ou cavalo, animais escoteiros, reno-
vação das diretorias da festividade a cada ano, fim de teatros e cinemas imorais, entre outros. Ver:
ROCQUE, Carlos. História do Círio e da Festa de Nazaré. Editora Mitograph. Belém do Pará, 1981.
101
Patrimônio, memória e historiografia
Pantoja (2006, p. 84) ressalta que a tensão que envolve esse sím-
bolo (a corda) pode ser vista como uma forma de as pessoas se ma-
nifestarem, se apropriando do símbolo durante a procissão e contra-
riando o controle que é imposto pela diretoria da festa de Nazaré. A
questão da corda só foi resolvida em 1931, depois de muitas pressões
dos fiéis sobre a igreja e até mesmo pressão vinda do Interventor do
estado, o tenente Magalhães Barata, que assumiu em 1930.
Isso mostra como a autonomia dos devotos faz com que o círio
ocorra, pois não se é aceito tudo o que se impõe pela igreja na procis-
4 Atualmente há uma grande discussão em relação à corda, pois muitos devotos acabam pas-
sando mal durante o percurso precisando de cuidados médicos, e correm também o risco
de serem pisoteados pela multidão que acompanha o Círio, mas para além disso, a maior
justificativa encontrada pela igreja é em relação às pessoas que estão levando facas e estiletes
para cortar a corda e assim levar um pedaço dela como lembrança, haja vista a periculosidade
que é manipular um objeto afiado em meio a uma multidão , acabando saindo muitas pessoas
feridas. Ver: Op. cit. PANTOJA, 2006.
104
A questão da corda:
Autonomia devota no Círio de Nazaré em Belém - PA
Segundo Alves (1980), a festa tem uma parte ordenada que segue as
normas da diretoria da festa e são por essas normas que a festa obtém
êxito e ordem, mas também é uma festa popular, com arraias e procis-
sões, onde as pessoas se manifestam da sua forma. Segundo Thomp-
son (2001), a cultura popular não pode ser compreendida a partir da
imposição hegemônica de dominação de classe, pois a mentalidade
popular permite que o povo faça e refaça sua cultura à sua maneira.
Considerações finais
Fontes
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A Província do Pará. 13 de outubro de 1885. p. 3.
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Folha do Norte, 30 de setembro de 1931.
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mestre em Ciências Sociais, Universidade Federal do Pará. Belém, 2006.
ROCQUE, Carlos. História do Círio e da Festa de Nazaré. Editora Mi-
tograph. Belém do Pará, 1981.
108
A questão da corda:
Autonomia devota no Círio de Nazaré em Belém - PA
109
O Instituto da Memória do Povo
Cearense e a militância através
do Patrimônio Cultura
Ana Cristina de Sales1
Introdução
111
Patrimônio, memória e historiografia
2 A Barragem do Castanhão, é uma grande obra hídrica de 6,8 bilhões de metros cúbicos de
água, no Estado do Ceará, concebida dentro da política do governo de mudanças. Provocou
a remoção da população residente na área urbana e rural do Município de Jaguaribara. O
IMOPEC, lutou juntamente com a população com a finalidade de preservar a identidade e a
memória daquele povo.
3 O Porto do Pecém está localizado na Região Metropolitana de Fortaleza. Sua construção come-
çou em 1995, por solicitação do Governo do Ceará em parceria com o Governo Federal, a obra
trouxe a possibilidade de diminuição de tempo de trânsito entre o Brasil, os Estados Unidos e
a Europa. Os governos viam com bons olhos a obra do Pecém, na tentativa de atrativos maio-
res para conquistar e impulsionar as exportações brasileiras. Já o IMOPEC lutava em nome das
famílias de pescadores artesanais e moradores de comunidades próximas ao litoral, pois, junta-
mente com o porto aumentou a exclusão social e expropriação da cultura das populações nativas.
4 Ver mais em texto de GOMES, Alexandre; NETO, João Paulo Vieira. Estação da Parangaba:
memória, conflito e mobilização social. In: Boletim Raízes/IMOPEC, n. 58, 2007, p. 05-07.
117
Patrimônio, memória e historiografia
Considerações finais
Referências
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identidade, tempo e destruição. In: Estudos Históricos. Rio de Janeiro,
vol. 28, no 55, p. 211-228, janeiro-junho 2015.
120
O Instituto da Memória do Povo Cearense e a militância
através do Patrimônio Cultural
121
A patrimonialização dos
teatros brasileiros nos
processos do IPHAN
Eduardo Roberto Jordão Knack1
Introdução
1 Graduado e Mestre em História pela Universidade de Passo Fundo; Doutor em História pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Pós-Doutorado pelo Programa de Pós-
-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas;
Professor Adjunto na Unidade Acadêmica de História da Universidade Federal de Campina
Grande. Link para o Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0830455050602866. E-mail: knac-
[email protected].
123
Patrimônio, memória e historiografia
Considerações finais
Referências
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CAMARGO, Angélica Ricci. Por um Serviço Nacional de Teatro: pro-
jetos e o amparo oficial ao teatro no Brasil (1946-1964). 2017. 397f. Tese
(Doutorado em História Social) - Instituto de História, Universidade Fe-
132
A patrimonialização dos teatros brasileiros
nos processos do IPHAN
134
Que a história esteja sempre
a seu favor: Usos políticos do
patrimônio em Sobral-CE, 1995-1999
Edcarlos da Silva Araujo1
Introdução
1 Mestrando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte — UFRN, bolsista
CAPES. http://lattes.cnpq.br/1909512371815873. [email protected].
135
Patrimônio, memória e historiografia
Nesse contexto, foi por meio da elite paulista através de seus in-
telectuais que se formou essa noção de patrimônio abarcada pela lei,
que via nas cidades coloniais mineiras uma continuidade da narra-
tiva bandeirante, que entendia São Paulo como a origem do territó-
rio brasileiro e assim viram nas regiões de minas, sendo descobertas
também pelos bandeirantes, um ponto de continuidade com a nar-
rativa estabelecida de origem, definindo os bens dessa região como
uma arte e arquitetura genuinamente brasileiras.
Chuva aponta que a virada dos anos 1980 para 1990, foi palco
para percebermos a “força dos movimentos sociais, trazendo à luz
sujeitos que por diferentes estratégias foram colocados na invisibili-
dade” (CHUVA, 2017, p. 84). Isto corrobora para a inserção de outras
práticas e sujeitos nos atos de patrimonialização. Chuva argumenta
ainda que a força desses movimentos sociais e a transformação dos
quadros do IPHAN, com a entrada de diferentes profissionais, como
sociólogos e educadores do Centro Nacional de Referência Cultural
— CNRC, arquitetos e economistas do Programa das Cidades His-
tóricas — PCH e historiadores oriundos da Fundação Nacional Pró-
-Memória, fizeram com que os bens a serem patrimonializados e os
enfoques sobre eles se transformassem.
pontos que agora passa a ter mais valorização nos pareceres de tom-
bamento, o que podemos verificar a partir deste trabalho.
Considerações finais
Referências
149
A construção da memória
social de José Alencar através
dos discursos elogiosos
(Fortaleza/CE, 1929)
Frederico de Andrade Pontes1
151
Patrimônio, memória e historiografia
talização não apenas materializando-se enquanto escultura ou lugar de memória, mas como
algo e forma que dá sentido à perpetuação, legado e sacralização de determinada memória.
152
A construção da memória social de José Alencar através dos
discursos elogiosos (Fortaleza/CE, 1929)
3 O Povo foi fundado em 7 de janeiro de 1928 pelo jornalista, odontólogo, poeta e político De-
mócrito Rocha.
4 Fundado em junho de 1922, sob os auspícios da Arquidiocese de Fortaleza, então administra-
da por Dom Manuel da Silva Gomes.
155
Patrimônio, memória e historiografia
Referências
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TAUNAY, Visconde de. Reminiscências. 2 ed., Rio de Janeiro: Francis-
co Alves & Cia.,1923.
160
O Festival da Barranca (desde
1972) e os usos do passado
na elaboração do patrimônio
cultural no gauchismo
Natali Braga Spohr1
Introdução
161
Patrimônio, memória e historiografia
3 “Em tempos remotos, na terra dos espanhóis, do outro lado do mar, havia uma cidade chama-
da Salamanca, onde os mouros eram mestres nas artes da magia e em uma caverna escura eles
guardavam uma vara de condão mágica que era também uma fada velha e uma bela princesa
moura. Depois de muitas guerras, os mouros, fingindo ser cristãos, vieram para os pampas. A
princesa Salamanca, na forma de vara de condão, encontra anhangá-pitã e outras divindades
e figuras míticas indígenas e se transforma em teiniaguá, uma salamandra ou uma lagartixa
fêmea mítica. A teiniaguá muda sua forma, de bela princesa em salamandra: de uma bela filha
de um chefe Guarani em uma serpente. Ela seduz os homens e vive dentro da montanha do
Jarau, em uma gruta escura na qual estão guardados tesouros mouros. Os homens aos quais ela
seduz entram na caverna, jamais retornam da caverna escura do Jarau. Aos gaúchos que vão ao
Jarau ela diz: “eu sou a princesa moura encantada que tem o conhecimento secreto e que faz
feliz aos poucos homens que sabem que a alma é um peso entre mandar e ser mandado [...].
Os homens temem e me desejam porque eu sou a rosa dos tesouros escondidos dentro da casa
do mundo.” (cf. LOPES NETO, 2011 [1912]).
163
Patrimônio, memória e historiografia
eu que me renda
desse destino de prenda
contemporânea gueixa gaucha
dar-se feito oferenda
contam em mito e lenda
argumentos que repreenda
numa tapera ou casca
onde o espaço compreenda
a essência do cair da lágrima
consentem ser matéria prima
terços, costuras, rendas
donas de esperas
tudo que oprima
aquele ingênuo protótipo campesina
5 Miguel Bicca, irmão de José Lewis Bicca. Ver: VIGNA, R. Festival da Barranca, um marco da
música regional gaúcha. Jornal do Comércio, 26 abr. 2019. Disponível em:http://www.jornal-
docomercio.com/_conteudo/especiais/reportagem_cultural/2019/04/680833-festival-da-bar-
ranca-um-marco-da-musica-regional-gaucha.html> Acesso: 27 abr. 2020.
169
Patrimônio, memória e historiografia
Conclusões preliminares
A cultura tem por condição sine qua non ser produção irregular
e incompleta, ademais de que, no contexto em análise, o anacro-
170
O Festival da Barranca (desde 1972) e os usos do passado na elaboração
do patrimônio cultural no gauchismo
Referências
BAUMAN, Z. O mal-estar da Pós-Modernidade. Tradução de Mauro
Gama e Cláudia Martinelli Gama. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. Título origi-
nal: Postmodernity and its discontents.
BHABHA, H. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
CANCLINI, N. G. O Patrimônio Cultural e a construção imaginária do na-
cional. Revista doPatrimônio Histórico e Artístico, Rio de Janeiro:
IPHAN, n. 23, p. 95-115, 1994.
171
Patrimônio, memória e historiografia
173
As concepções de “Cultura
Popular” no Projeto Literatura
de Cordel do Centro de
Referência Cultural do Ceará -
CERES (1975-1990)
Ulysses Santiago de Carvalho1
Introdução
175
Patrimônio, memória e historiografia
3 O Conselho Federal de Cultura foi uma comissão deliberativa, cujas finalidades eram, sobretudo,
engendrar as políticas públicas culturais, reaparelhar órgãos estaduais e municipais de cultu-
ra, encorajar a criação de conselhos congêneres nos estados, ofertar financiamentos e levantar
campanhas. Aglutinando intelectuais de perfil mais conservador, provenientes de instituições
como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Brasileira de Letras, o CFC se
incumbiu, a partir das suas câmaras de Letras, Artes, Ciências Humanas e Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, de configurar uma cultura “oficial”, apta a satisfazer as vontades políticas
da gestão pública civil-militar. Dentre os intelectuais que compuseram a primeira delegação do
CFC, destacamos os nomes de Gilberto Freyre e Manuel Diégues Júnior, na câmara de Ciências
Humanas; Ariano Suassuna, na de Artes; Afonso Arinos, Rodrigo Mello Franco e Pedro Calmon,
na de Patrimônio; Josué Montello, Rachel de Queiroz e Guimarães Rosa, na de Letras.
4 Nascido em Fortaleza, a 23 de dezembro de 1947, Raimundo Oswald Cavalcante Barroso, filho
de Antônio Girão Barroso, possui graduação, de 1986, em Comunicação Social; mestrado e
doutorado, de 1997 e 2007, em Sociologia; e pós-doutorado em Teatro, de 2014. A essa car-
reira acadêmica, Oswald Barroso atrelou uma artística, dedicada às artes plásticas, à poesia e,
sobretudo, ao teatro. Suas obras, de modo geral, refletiram sobre a “cultura popular cearense”, o
potencial político da “arte popular”. Em meados da década de 1960, ainda como secundarista,
inseriu-se em grupos de esquerda, envolvendo-se, principalmente, em ações educativas, de
instrução política, destinadas às associações de trabalhadores rurais e urbanos. Como mili-
tante político, primeiramente pela Ação Popular (AP) e, depois, pelo Partido Comunista do
Brasil (PCdoB), sofreu com as prisões causadas pela atroz repressão da Ditadura Civil-Militar
(1964-1985). Na mais agonizante de suas detenções, ocorrida em 1974, quando dirigia uma
célula do PCdoB em Recife, ficou enclausurado por meses, padecendo com cruéis torturas.
Na década de 1990, tornou-se gestor cultural, atuando, por exemplo, como diretor do Teatro
José de Alencar, de 1990-1992, do Teatro Boca Rica, de 1995-2002, e do Museu da Imagem e
do Som - Ceará, de 1999-2002. Dentre os seus livros, destacamos Almanaque Poético de Uma
Cidade do Interior (1982), Histórias Populares — Teatro (O Reino da Luminura) e Literatura
de Cordel (1984), Romeiros (1989), Reis de Congo (1997), Memória do Caminho (2006), Entre
Risos, Ritos e Batalhas (2012) e Ceará Mestiço (2019).
182
As concepções de “Cultura Popular” no Projeto Literatura de Cordel do Centro
de Referência Cultural do Ceará - CERES (1975-1990)
5 Nascido na cidade de Farias Brito, a 04 de agosto de 1953, Antônio Rosemberg de Moura, mais
conhecido como Rosemberg Cariry, é formado em Filosofia, mas notabilizou-se como cineas-
ta. Suas obras cinematográficas dedicam-se, em geral, a retratar a “cultura popular cearense”,
notadamente a partir do meio sertanejo. Na década de 1980, foi entusiasta de determinados
movimentos culturais cearenses, como o Nação Cariri e o Siriará. Em 1995, foi laureado, pelo
mérito de seus registros fílmicos das manifestações culturais do Ceará, com o Prêmio Rodrigo
Melo Franco de Andrade, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Na-
cional (IPHAN). Dentre seus longas-metragens, destacamos O Caldeirão da Santa Cruz do
Deserto (1986), Corisco e Dadá (1996), Juazeiro, A Nova Jerusalém (2001), Cine Tapuia (2006)
e Patativa do Assaré — Ave Poesia (2007).
6 O programa de publicações do CERES foi composto por sete obras: Caderno de Cultura I
(1979), Caderno de Cultura II (1987), Caderno de Cultura III (1989), Antologia da Literatura
de Cordel Vol. I (1978), Antologia da Literatura de Cordel Vol. II (1980), Literatura Popular
em Questão (1982) e A Cerâmica Utilitária e Decorativa do Ceará (1980).
7 No livro Cultura Insubmissa (1982), o mesmo texto aparece assinado por Oswald Barroso.
183
Patrimônio, memória e historiografia
8 O livro trata-se de uma coletânea de artigos já publicados, em jornais ou revistas, pelos dois
autores. Dividida por seções temáticas, atinentes a várias dimensões da vida e da arte “po-
pular”, como religiosidade, música, dança e artesanato, a obra dedica uma, especificamente,
a literatura popular. Por conta de uma nota de agradecimento ao CERES, acreditamos que a
maior parte das reflexões da obra sejam decorrentes das experiências do Projeto Artesanato e
do Literatura de Cordel.
9 Texto originalmente publicado no Jornal Philos, em novembro de 1979.
10 Texto publicado, originalmente, no Jornal Nação Cariri, em setembro de 1982.
186
As concepções de “Cultura Popular” no Projeto Literatura de Cordel do Centro
de Referência Cultural do Ceará - CERES (1975-1990)
Foi com esse tendência instrutora que, em 1986, por exemplo, du-
rante as rememorações dos 50 anos de extermínio da comunidade do
Caldeirão11, o Grupo Independente de Teatro Amador (GRITA), ao
qual Barroso também pertencia, promoveu um grande evento no Tea-
tro José de Alencar e no da Empresa Cearense de Turismo (EMCE-
TUR), composto por debates e muitas apresentações artísticas, para
saudar e estimular discussões “conscientizadoras” sobre a “experiência
Referências
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. “O Morto Vestido Para Um
Ato Inaugural” — Procedimentos e Práticas dos Estudos de Folclore e de
Cultura Popular. São Paulo: Intermeios, 2013.
ANTOLOGIA DA LITERATURA DE CORDEL. Fortaleza: SECULT,
1978/1980.
BRASIL. Política Nacional de Cultura. Brasília: MEC, 1975.
CARIRY, Rosemberg; BARROSO, Oswald. Cultura Insubmissa: Es-
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As concepções de “Cultura Popular” no Projeto Literatura de Cordel do Centro
de Referência Cultural do Ceará - CERES (1975-1990)
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Índice remissivo
Amazônia, 47, 55, 56, 58, 90, 95.
Cidade [s], 15, 16, 18, 19, 54, 58, 64, 65, 66, 68, 69, 70, 74, 83,
99, 116, 119, 123, 135, 136, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144,
145, 146, 148, 149, 152, 155, 156, 163, 164, 177, 178, 181, 183,
187.
Círio de Nazaré, 96, 98, 106, 107, 108.
Corda, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 105.
Cultura, 15, 27, 33, 49, 51, 54, 57, 64, 72, 77, 78, 79, 82, 83, 85,
87, 91, 96, 97, 100, 101, 105, 106, 107, 115, 116, 117, 119, 121,
125, 140, 154, 162, 163, 164, 166, 167, 169, 170, 171, 172, 175,
176, 177, 179, 180, 182, 183, 184, 185, 186, 187.
Cultura popular, 83, 97, 105, 106, 107, 140, 162, 176, 177, 179,
182, 183, 184, 185.
Discursos elogiosos, 157, 159.
Educação, 18, 19, 21, 22, 25, 26, 27, 28, 53, 78, 79, 80, 81, 83,
84, 85, 88, 89, 116.
Espaços museais, 31, 32, 33, 34, 37, 38, 39, 41.
Festival da Barranca, 161, 162, 164, 165, 167, 169, 170, 172.
IMOPEC, 112, 113, 116, 117, 118, 119, 120.
Instrução, 80, 81, 86, 87, 90, 92, 182.
José de Alencar, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 159, 160,
182, 187.
Literatura de cordel, 175, 177, 178, 183.
Memória, 15, 16, 17, 18, 19, 21, 27, 28, 31, 32, 36, 37, 39, 42, 43,
58, 59, 64, 71, 73, 74, 76, 80, 81, 84, 86, 91, 111, 112, 113, 115,
191
Patrimônio, memória e historiografia
117, 119, 120, 121, 125, 127, 130, 132, 133, 138, 146, 147, 148,
151, 152, 153, 154, 155, 156, 158, 159,160, 166, 179, 183, 196.
Memória social, 27, 152, 153, 155, 159, 160.
Patrimônio, 15, 19, 21, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 56, 57, 58, 59,
61, 63, 64, 65, 66, 67, 71, 72, 73, 74, 75, 77, 78, 79, 80, 81, 82,
83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 103, 112, 113, 114, 115, 118,
119, 120, 121, 123, 124, 126, 127, 128, 129, 130, 133, 135, 137,
138, 139, 140, 141, 146, 148, 149, 160, 162, 166, 170, 171, 181,
196.
Patrimônio cultural, 48, 52, 53, 57, 58, 59, 65, 74, 80, 85, 103,
112, 115, 118, 119, 120, 124, 133, 140, 141, 149, 162, 170, 171,
181, 196.
Patrimônio industrial, 61, 64, 66, 67, 73.
Pernambuco, 61, 68, 70, 73, 75, 124.
Serviço Nacional de Teatro, 124, 132, 133.
SPHAN, 48, 49, 50, 52, 53, 57, 58, 59, 78, 79, 80, 81, 82, 84, 85,
86, 87, 88, 89, 90, 91, 124, 125, 126, 127, 129, 130, 131, 132,
137, 138, 139, 142, 147.
Teatro, 127, 128, 132, 133, 182.
Teatros, 101, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 132.
Trabalhador, 42, 69.
Usos do passado, 91, 162, 164, 166, 170.
192
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