Guia de Educação Patrimonial (COLOR)
Guia de Educação Patrimonial (COLOR)
Guia de Educação Patrimonial (COLOR)
2
Capa e Contracapa - Detalhes de Xilogravura de Amilton Damas (MAV e Ptio dos Trilhos)
01
Detalhe de Xilogravura de Amilton Damas (MAV)
Ficha Tcnica:
Autoria: Slvia Bigareli
Coordenao Editorial: Jequitib Cultural - Patrimnio, Criao e Arte
Produo Cultural: Raquel Bigareli
Assessoria de Patrimnio Cultural: Giselle Peixe
Assessoria Pedaggica: Maria Jos Eras Guimares
Pesquisa Textual e Iconogrfica: Prcila Mrcia e Juliana Maria de Almeida Carvalho
Textos: Slvia Bigareli
Reviso de Textos: Las Gullo, Giselle Peixe
Projeto Grfico e Diagramao: Victor Hugo Menezes
Fotografias: Paul Constantinides
Ilustraes: Amilton Damas
Fotografias Gentilmente Cedidas: Fundao Cultural de Jacarehy (Acervo Pblico e His-
trico de Jacarehy, Ncleo de Arqueologia e Museu de Antropologia do Vale do Paraba);
Beatriz Lefvre, Bia Borrego, Daniel Paiva, Valtinho Pereira (PMJ) e Victor Hugo Menezes
Agradecimentos:
Ao Poder Pblico Municipal, Fundao Cultural de Jacarehy Jos Maria de Abreu,
Secretaria Municipal de Educao e Fibria.
03
... a cidade no conta o seu passado, ela o con-
04
SUMRIO
Apresentao ......................................................................................................... 07
1. Quem sou eu, Quem somos Ns: Memria Individual e Coletiva ..................... 09
2. Reflexes a respeito de Cultura ........................................................................ 11
3. Patrimnio Cultural ......................................................................................... 16
3.1 Patrimnio Cultural Material e Imaterial........................................................... 17
3.2 rgos de Preservao do Patrimnio ............................................................. 17
3.2.1. Preservao do Patrimnio Material.................................................................. 19
3.2.2. Preservao do Patrimnio Imaterial................................................................. 23
4. Patrimnio Cultural de Jacare ......................................................................... 28
4.1 A cidade de Jacare ......................................................................................... 28
4.2 Bens Materiais ................................................................................................. 32
4.2.1 Stios Arqueolgicos do municpio (pr-coloniais e histricos) ........................... 32
4.2.2 Bens tombados pelo CONDEPHAAT (Estado de So Paulo) ............................... 36
4.2.2.1 Solar Gomes Leito (Museu de Antropologia do Vale do Paraba / MAV) .......... 36
4.2.2.2 Prdio da Manufactura de Tapetes Santa Helena.............................................. 40
4.2.2.3 Capela de Nossa Senhora dos Remdios ......................................................... 42
4.2.3 Bens preservados pelo CODEPAC (Cidade de Jacare) ...................................... 43
4.2.3.1. O acervo do Museu de Antropologia do Vale do Paraba .................................. 46
4.3 Bens Imateriais: celebraes, modos de fazer, formas de expresso, lugares..... 51
4.3.1 O Bolinho Caipira ........................................................................................... 55
4.3.2 Mestres da Cultura Viva ................................................................................... 59
5. Educao Patrimonial ....................................................................................... 61
5.1 Metodologia .................................................................................................... 62
5.2 Comentrios e sugestes de aplicao do lbum de Atividades........................ 68
Consideraes Finais .................................................................................................... 74
Referncias Bibliogrficas e E-Referncias ..................................................................... 75
Anexos ......................................................................................................................... 81
Anexo 1 Legislaes Municipais (Bens registrados / CODEPAC) ..................................... 82
Anexo 2 Projetos relacionados ao Patrimnio Cultural da Cidade .................................. 98
Quem sou eu, Quem somos ns LBUM DE ATIVIDADES ........................................... 105
05
06
Detalhe de Xilogravura de Amilton Damas
APRESENTAO
07
O tema da educao patrimonial, da valorizao e da incluso da cultura
local em currculos escolares, tambm indicado nos Parmetros Curriculares
Nacionais, que recomendam trabalhos interdisciplinares na Educao Bsica a
partir de temas transversais (meio ambiente e pluralidade cultural).
08
1. QUEM SOU EU? QUEM SOMOS NS?
MEMRIA INDIVIDUAL E COLETIVA
Conhecer quem somos uma tarefa que buscamos ao longo de toda nos-
sa vida. Podemos comear este estudo cedo, desde criana, para que possamos
sempre, e cada vez mais, ampliar a nossa conscincia, sermos melhores a cada
dia.
Buscamos nossa identidade (Quem sou eu?) por meio de nossa alterida-
de (Quem somos ns?). pelo outro, por aquele que diferente de mim, que
posso me conhecer. Somos seres singulares e nicos. E somos seres sociais.
09
parte de um centro.
Em nossa memria individual (Quem sou eu?), guardamos o que nos cons-
titui: nossa origem, nossa famlia, laos de amizade e convivncia, os lugares
em que vivemos, espaos que frequentamos etc. E todos esses elementos no
so fatos e sentimentos de um passado, pois so vivos e pulsantes em nosso
ser presente.
10
o, de nossa educao, de nossa identidade.
11
quem so.
12
O ser humano tambm tem por hbito classificar e definir tipologias para
as diversas formas culturais que se apresentam. Assim, encontramos definies
para essa diversidade, tais como: cultura erudita, cultura popular e cultura de
massa.
13
populao de forma rpida, fcil e num custo acessvel possibilitou o surgimen-
to da indstria cultural, destinada a vender a produo cultural. Ao contrrio
da cultura popular, que tem um movimento de baixo para cima, a cultura de
massa de cima para baixo, ou seja, pensada por equipes de especialistas
que querem nos vender um produto. Consumo a nova palavra-chave do sculo
XX, e a cultura tambm traduz, nessa nova modalidade, o esprito de seu tem-
po. Pensadores de diversos campos das cincias humanas (filsofos, antroplo-
gos, cientistas sociais) teorizam a respeito da indstria cultural e da cultura de
massa. Eles se dividem em opinies divergentes, alguns denunciando esse tipo
de cultura como instrumento de alienao e massificao, outros observando o
fenmeno em sua contemporaneidade.
14
Detalhe da Xilogravura Folia de Reis de Amilton Damas 15
3. PATRIMNIO CULTURAL
I - as formas de expresso;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criaes cientficas, artsticas e tecnolgicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificaes e demais espaos destinados s
16
manifestaes artstico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e stios de valor histrico, paisagstico, artstico, arque-
olgico, paleontolgico, ecolgico e cientfico.
Patrimnio cultural imaterial so os bens de natureza intangveis, tais como os modos de fazer, os sabe-
res tradicionais, as celebraes, os lugares e as expresses artsticas de nossa cultura.
17
Esses rgos possuem instrumentos de preservao do patrimnio, como
leis e registros.
1 A etimologia da palavra tombamento deriva da Torre do Tombo, arquivo pblico portugus (Lisboa) em que so guardados e pre-
servados importantes documentos.
18
tro, o inventrio e o tombamento.
2 Ver anexo 1.
19
So eles:
1985 - O Santurio do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, Minas Gerais
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/list-of-world-heritage-in-brazil/sanctuary-of-bom-jesus-do-congonhas/
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/list-of-world-heritage-in-brazil/pampulha-modern-ensemble/
20
2000 - Complexo de reas Protegidas do Pantanal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/list-of-world-heritage-in-brazil/pantanal-conservation-area/
2001 - reas protegidas do Cerrado: Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas, Gois
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/list-of-world-heritage-in-brazil/cerrado-protected-areas-chapada-dos-veadeiros-and-emas-national-parks/
2001 - Ilhas Atlnticas Brasileiras: Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/list-of-world-heritage-in-brazil/brazilian-atlantic-islands-fernando-de-noronha-and-atol-das-rocas-reserves/
21
Livro do Tombo Histrico
Neste Livro esto inscritos bens como os azulejos aplicados nas obras da Reitoria
da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, que decoravam o Solar
Bom Gosto (Palacete Aguiar) construdo no sculo XIX e demolido em 1933: os
azulejos (em azul e branco) apresentam temas histricos, mitolgicos e bblicos.
Em Viana, no Estado do Esprito Santo, na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, foi
tombada a imagem de Nossa Senhora da Conceio feita em madeira com trs
cabeas de anjo sob os ps, alm de inmeras peas do acervo.
Os Profetas formam outro importante
patrimnio classificado como belas ar-
tes, criado por um dos maiores artistas
brasileiros - Antnio Francisco Lisboa,
o Aleijadinho. O conjunto de esttuas
est em Congonhas (MG), no Santurio
a do Senhor Bom Jesus de Matozinhos.
(IPHAN)
22
Livro do Tombo das Artes Aplicadas
Inmeras obras de arte, como o Cristo que compe o acervo do Museu das Mis-
ses, em So Miguel das Misses (RS), esto entre as peas protegidas pelo
tombamento e inscritas no Livro do Tombo das Artes Aplicadas. Outra importante
coleo formada por dezesseis imagens que foram esculpidas em madeira e
representam a morte de Nossa Senhora, na Capela de So Jos, em Canguareta-
ma (RN), um dos melhores exemplares da imaginria sacra tombada pelo Iphan.
Tambm no Rio Grande do Norte, em So Jos de Mipibu, encontram-se as ima-
gens esculpidas em madeira da Madona da Conceio e de Jesus Ressuscitado.
Em Aquiraz, no Estado do Cear, o Instituto tombou o forro da capela-mor da
Igreja Matriz de So Jos de Ri-
bamar, erguida no sculo XVIII.
Trata-se de uma obra de grande
relevncia das artes aplicadas no
Brasil Colnia, formada por painis
que ocupam 78m em madeira tra-
balhada em folha de ouro e repre-
sentam os principais episdios da
vida de So Jos. (IPHAN)
24
Livro de Registro dos Saberes
Criado para os rituais e festas que marcam vivncia coletiva, religiosidade, en-
tretenimento e outras prticas da vida social. Celebraes so ritos e festividades
que marcam a vivncia coletiva de um grupo social, sendo considerados impor-
tantes para a sua cultura, memria e identidade, e acontecem em lugares ou ter-
ritrios especficos e podem estar relacionadas religio, civilidade, aos ciclos
do calendrio, etc. So ocasies diferenciadas de sociabilidade, que envolvem
prticas complexas e regras prprias para a distribuio de papis, preparao
e consumo de comidas e bebidas, produo de vesturio e indumentrias, entre
outras. (IPHAN)
Exemplos de Bens registrados: Crio de Nossa Senhora de Nazar, Com-
plexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranho, Festa do Senhor Bom Jesus do
Bonfim, Ritual Yaokwa do Povo Indgena Enawene Nawe, Festa do Divino Esprito
Santo de Pirenpolis etc.
25
Livro de Registro das Formas de Expresso
26
27
MAV - foto de Victor Hugo Menezes
4. PATRIMNIO CULTURAL DE JACARE
Jacare uma das primeiras cidades da regio, juntamente com Taubat e
Guaratinguet. Seu patrimnio rico e diverso e, ainda, h muitos elementos a
serem pesquisados e inventariados.
O local, passagem para Minas Gerais, era pouso para os tropeiros. O ncleo
inicial, segundos os pesquisadores, foi na regio do Avare (Capela de So Sebas-
tio) e depois o Largo da Matriz4.
3 H questionamentos a respeito da data e da forma da fundao do povoamento, mas por falta de documentao historiogrfica assim
se registra a origem.
4 No foram realizadas prospeces arqueolgicas que comprovem a origem do ncleo inicial da cidade. A Igreja Matriz passou por
reforma em 1920, formato que mantm at os dias atuais.
28
Jacarehy 1827 Aquarela de Debret (acervo Museus Castro Maia / Rio de Janeiro)
Vila de Jacarehy 1821 (Arnaud Julien Pallire / IEB/ USP)
http://patrimonioculturajacarehy.blogspot.com.br/2016/09/planta-mapa-de-1821-antigo-leito-do-rio.html
29
A mo de obra dos negros escravizados trouxe riqueza aos homens conhe-
cidos como Bares do Caf, e estes contriburam com o progresso urbano de
Jacare, que se elevou categoria de cidade em 3 de abril de 1849.
30
japoneses, rabes etc.) trouxeram tonalidades diversas no cotidiano local, trans-
formando a culinria, os cantos, os festejos, a lngua etc.
5 Jos Maria de Abreu, filho do msico (maestro e compositor) Juvenal de Abreu, o patrono da Fundao Cultural, homenageado
por ser um importante compositor nascido na cidade.
31
4.2. Bens Materiais
A nossa vida sobre a Terra deixa marcas. Uma moradia atual, uma foguei-
ra no cho e os cemitrios so exemplos que deixam vestgios na terra, perma-
necendo incgnitos para as futuras geraes que habitarem o mesmo espao.
por este motivo que a arqueologia se ocupa em estudar os indcios de civiliza-
es antigas, pois as peas encontradas na terra pelos arquelogos nos trazem
evidncias de atividades humanas com seus utenslios, tmulos, construes,
expresso artstica e objetos que nos permitem entender o costume de uma
poca, que representam um momento histrico.
6 A Pesquisa arqueolgica em Jacare, So Paulo. QUEIROZ, Claudia Moreira Queiroz (pesquisa ainda no publicada.)
32
Stios Pr-coloniais:
Stios Histricos:
Stios Pr-coloniais
O stio foi ocupado pelo grupo indgena Tupiguarani e nele foram en-
contrados muitos fragmentos cermicos (14.378), incluindo utenslios e
urnas funerrias, e tambm lminas de machados,
calibradores e lascas (170).
33
Stio Pedregulho
Esse stio, localizado nas proximidades do stio Santa Marina, foi ocupado
tambm pelo grupo indgena Tupiguarani. Foi pesquisado pela arqueloga Maria
Cristina Mineiro Scatamacchia.
Stio Light
34
caractersticas desse grupo apresentam diferenas do grupo Tupiguarani, sendo
o assentamento uma delas: enquanto o Tupiguarani procurava grandes plats
para sua ocupao, o Aratu se estabelecia em encostas e topos de colinas. Essa
informao significativa, pois so poucas as referncias dessa tradio cultural
indgena em nossa regio.
Stios Histricos
Jacare 1 e Jacare 2
O Stio Jacare 2 foi localizado na Fazenda Boa Vista, prxima ao Rio Com-
prido. Mesmo estando comprometido, como tambm se encontrava o primeiro,
foi identificado material arqueolgico associado com o perodo cafeeiro, ao redor
de um antigo caminho, possivelmente de tropeiros.
35
Stio Chcara Xavier
36
37
Detalhe da Pintura da Parede do MAV - foto de Victor Hugo Menezes
Foi construdo em 1857 pelo alferes Joo da Costa Gomes Leito, impor-
tante participante da poltica local e um dos maiores traficantes de escravos da
provncia.
38
O Museu de Antropologia do Vale do Paraba foi inaugurado em dezembro
de 1980. Passou por doze anos de restauro at a abertura definitiva em 1992.
O MAV tem como objeto conceitual a cultura do Vale do Paraba, por meio
de uma abordagem antropolgica. Dentro dessa viso, so representativas em
seu acervo as colees de: arte religiosa, arte popular, instrumentos de trabalho,
mobilirio etc. (v. item 4.2.4 Acervo do Museu de Antropologia do Vale do Para-
ba). O projeto museolgico ainda busca a sua plena realizao.
39
4.2.2.2. Prdio da Manufactura de Tapetes Santa Helena
Processo de Criao dos Tapetes - fotos do Acervo do Arquivo Pblico e Histrico de Jacarehy
40
A Manufactura de Tapetes Santa Helena foi fundada em So Paulo, em
1923, pelos hngaros Martim e Antnio Friedman. A partir de 1950, a fabricao
dos tapetes muda-se para Jacare, onde funcionou at o final de 1990, quando
teve sua falncia decretada.
41
Com o fechamento da Fbrica, o imvel ficou inutilizado at 1995, quando
a Prefeitura Municipal alugou e transformou o espao na Oficina de Artes Santa
Helena, da Fundao Cultural de Jacarehy Jos Maria de Abreu. Uma intensa
programao cultural, nas mais diversas modalidades artsticas, marcou essa
fase, que foi encerrada tragicamente aps o desabamento do prdio em 1997.
A Capela de Nossa
Senhora dos Remdios
um exemplar tpico da ar-
quitetura rural religiosa.
Foi construda em taipa de
pilo, no final do sculo
XVIII. A arquitetura teve
acrscimos posteriores,
como um anexo lateral,
tambm em taipa de pilo
e torre em alvenaria de ti- Capela NS dos Remdios - foto Divulgao
42
Remdios, com danas, leiles e msica sertaneja.
Como bem tombado, requer manuteno constante, pois, como qualquer
objeto material, est exposta ao do tempo e aos diversos agentes de dete-
riorao.
Casaro antes e depois do corte para retificao da rua- Acervo do Arquivo Pblico e Histrico de Jacarehy
Lei 4764/2004 (26.03.2004)
Prdio localizado na Rua Antnio Afonso, 325 esquina com a XV de No-
vembro, confluncia com a Rua Alfredo Schurig (antiga Biblioteca/ Bem-Estar)
43
uso e espera de uma ao do Poder Pblico. de interesse que a destinao
seja direcionada ao uso da populao como um equipamento cultural, por exem-
plo, pela representatividade da edificao.
esquerda,
acima: anti-
ga entrada da
Chcara Xavier;
abaixo: pros-
peco com
evidncias ar-
queolgicas re-
lacionadas
cozinha suja
do sculo XIX.
direita, acima:
evidenciao do
nvel da cala-
da junto resi-
dncia; abaixo:
local de despe-
jo de resduos,
caracterizado
como rea de
refugo secund-
rio nas proximi-
dades da casa e
detalhe de ves-
tgio arqueol-
gico.
Fotos: Acervo
do Ncleo de
Arqueologia da
FCJ
44
Lei 5913/2015 (09.03.2015)
EDUCAMAIS JACARE Como patrimnio cultural, diante do valor arquite-
tnico, e d outras providncias.
O Projeto arquitetnico de Ruy Otake, que tem mais de 300 obras exe-
cutadas no Brasil e no exterior, tais como: o Alvorada Hotel (Braslia), o Parque
Ecolgico do Tiet (So Paulo), a Embaixada do Brasil (Tquio) e os jardins do
Museu Aberto da OEA (Estados Unidos da Amrica).
O CODEPAC possui uma lista com outros imveis (cerca de vinte) com in-
teresse de preservao. O Ptio dos Trilhos e o Edifcio dos Expedicionrios j
esto encaminhados para registro os bens.
45
4.2.3.1. O acervo do Museu de Antropologia do Vale do Paraba
PAULISTINHAS
46
Eduardo Etzel, um grande pesquisador das Paulistinhas, elas influenciaram o
mercado de imagem sacra domstica por mais de um sculo.
As Paulistinhas eram feitas por santeiros, artfices sem uma formao eru-
dita na arte da escultura e, por isso, sem conhecimento da perspectiva de repre-
sentao clssica.
N DE PINHO
13 Magela Borbagatto publicou um catlogo das Paulistinhas do MAV. Ver referncia no Anexo 2
47
Esculpir pequenas imagens de Santo Antnio foi a maneira que
esses homens, expatriados de suas origens, encontraram de cultuar
um de seus orixs com aparente submisso cultura do senhor bran-
co. Isso ocorre quando um grupo sem direitos identidade, excludo
e subjugado transforma a dominao em resistncia, recriando signi-
ficados para os santos catlicos, deixando o legado cultural de peas
de madeira que so singulares e tpicas desta regio.
Ns de Pinho (Sc. XIX) Acervo do MAV - foto de Victor Hugo Menezes
As menores apresentam orifcios, o que induz que eram usadas pelos es-
cravos como amuletos, bentinhos ou patus (objetos mgicos).
48
PINTURA PRIMITIVISTA
Naf em francs significa ingnuo, termo usado para designar a arte feita
por aqueles artistas autodidatas, sem uma formao acadmica. Em geral, es-
ses artistas populares retratam as tradies populares em suas obras, retratam
as vivncias, festejos e o cotidiano nas cidades e na zona rural.
49
Detalhe da Xilogravura Dana de So Gonalo de Amilton Damas 50
4.3. Bens Imateriais: Celebraes, Formas de Expresso, Lugares,
Modos de Fazer
Festas Carnavalescas
Festas e cerimnias da Quaresma e Semana Santa
Festas de So Benedito
Festas de Santa Cruz
Festas do Divino Esprito Santo
Festas Juninas
Festas de Fazendeiros
Festas de Tropeiros
Festa de Padroeiros
Festa de Natal
Festa de Reis
51
52
A Festa de So Benedito, em Aparecida, tambm significativa. Como j
dissemos, est em processo de registro como Patrimnio Imaterial no IPHAN
(Livro das Celebraes). Anualmente, essa festa rene uma enorme quantidade
de pessoas para assistirem apresentao de cerca de 40 grupos de Congadas,
Congos, Moambiques, Caiaps etc. Esse evento sempre acontece uma semana
aps a Pscoa e perdura por dez dias.
14 Ver, no Anexo 3, onde encontrar as referncias a respeito das principais Festas e Celebraes da cidade.
53
A presena de grupos folclricos (cultura popular) preserva, com devoo
e dedicao, as razes de nossa cultura caipira e miscigenada. Em Jacare (e mu-
nicpios vizinhos), temos como exemplos desses grupos (Formas de Expresso):
Folia de Reis, Dana de So Gonalo, Moambique, Catira, Cavalhada etc.
54
Como exemplo de Lugar, podemos citar o nosso Mercado Municipal, cen-
rio de muitas histrias feitas de pessoas, sabores e saberes!
55
vaca atolada, so presentes no sculo XX, vindos com a necessidade e a dispo-
nibilidade desse tipo de alimento. O fogado era feito de pernas de bois e vacas
(velhos e duros), que ficavam afogando a noite toda em grandes tachos com
gua e sal. A vaca atolada tambm era feita com carnes duras com acrscimo
de mandioca para aumentar o prato.
56
Como no h registros historiogrficos, so diversas as hipteses para o
surgimento dessa tradio culinria. Uma delas aponta que o bolinho surgiu an-
tes da colonizao portuguesa, entre os indgenas que usavam a farinha ou biju
na massa e peixe, no recheio (lambari ou pequira). Aps a chegada dos coloni-
zadores, o recheio passou a ser de carne de porco.
15 Uma boa proposta ser solicitar o Registro de Patrimnio Imaterial no IPHAN, como Bolinho Caipira do Vale do Paraba, a
exemplo do Jongo do Sudeste, que assim foi registrado.
57
BOLINHO CAIPIRA
Ingredientes
Massa:
1 prato fundo de farinha de milho branca
1 colher de sopa (cheia) de polvilho doce
1 mao de cheiro verde: salsinha, cebolinha e predomnio
de alfavaca (manjerico mido)
Sal a gosto
gua
Recheio:
Carne de porco picadinha ou linguia de porco, ou peixe
(lambari)
Modo de fazer
58
4.3.2. Mestres da Cultura Viva
Edio 2011:
Seu Paco - foto de Bia Borrego Manoel Raizeiro - foto de Daniel Paiva
16 Sabemos que h Mestres ainda no conhecidos e reconhecidos oficialmente. Essa lista de quem j recebeu o referido prmio pela
Fundao Cultural de Jacarehy.
59
Edio 2012:
Edio 2013:
Edio 2014:
Edio 2015:
60
Sebastio Aparecido Oliveira: Umbandista
Sonia Aparecida Rebequi Pereira: Benzedeira
Ilta Aguiar da Silva: Artes de Fuxico
Maria Faria de Souza (Maria Rosa): Violeira e Catireira
Edio 2016:
5. EDUCAO PATRIMONIAL
61
mentos (Petrpolis, RJ), a expresso Educao Patrimonial introduzida no
Brasil como uma proposta metodolgica inspirada no modelo ingls da heritage
education.
5.1. Metodologia
62
se identificar com as evidncias e manifestaes da nossa cultura. A preservao
e a valorizao dos bens culturais so cultivadas por essa mediao educativa.
1) Observao:
2) Registro:
17 Alm deste Guia, existem hoje diversas publicaes disponveis em cartilhas, guias, revistas, artigos, livros que podem ser acessa-
dos para download (ver referncias bibliogrficas e eletrnicas).
63
Nesta segunda etapa, continuamos a observar o material, mas amplia-
mos as aes buscando um aprofundamento analtico, por meio de desenhos de
registros, descries verbais ou escritas, fotografias, elaborao de maquetes,
mapas, grficos. Essas aes auxiliam a fixar o conhecimento, aproximando-nos
ainda mais do objeto.
3) Explorao:
4) Apropriao:
Na etapa final, a sugesto recriar o bem cultural por meio de uma ex-
presso criativa: a fruio da leitura realizada expressa em uma releitura. Tra-
ta-se de uma manifestao nascida da sntese entre os conceitos anteriores e
os conceitos recm- elaborados com a mediao do exerccio desenvolvido. Essa
expresso pode ser extrovertida por meio de dana, teatro, escrita criativa, de-
senho, pintura, escultura, fotografia, vdeo e outras modalidades de comunica-
o (arte digital, blog, site etc.).
64
jetivos afins a serem atingidos. Muitos exemplos podem surgir!
65
VISITA AO SOLAR GOMES LEITO
MAV (MUSEU DE ANTROPOLOGIA DO VALE DO PARABA)
Exemplo de Exerccio de Educao Patrimonial
66
3 Anlises, discusses, questiona- No local, em instituies de
Explorao mentos, avaliaes, pesquisas em pesquisa e na escola
outros lugares (como bibliotecas, Essa fundamentao pode ser ini-
arquivos, cartrios, jornais, revis- ciada na visita orientada pelo mo-
tas, entrevistas com familiares e nitor/orientador do Museu e am-
pessoas da comunidade). pliada em arquivos ou bibliotecas.
67
5.2 Comentrios e Sugestes de Aplicao do lbum de Atividades
68
Aps a atividade, expor os trabalhos e conversar a respeito dele acrescen-
ta sentido e reflexo atividade. O professor tambm pode trazer autorretratos
feitos por artistas de diversas pocas e movimentos artsticos para apreciao,
observao e anlise!
69
A atividade 4 (Um brinquedo especial!) tem como objetivo trabalhar a me-
todologia de Educao Patrimonial tendo um brinquedo da criana (patrimnio
individual) como elemento de anlise. Ao solicitar aos alunos que tragam o brin-
quedo de casa, o professor pode sugerir que essa escolha seja feita por critrios
diversos: afetividade, esttica, especialidade da brincadeira proporcionada por
ele etc. importante explicar para clarear que no uma escolha movida por
valor comercial (um brinquedo de alto custo), ou seja, que a escolha deve levar
em conta o valor que o brinquedo tem para a criana.
Como preparo da atividade, o professor pode fazer uma roda, na qual cada
criana fica com seu brinquedo. Em seguida, pede-lhes a observao atenta,
tateando, cheirando, usando os rgos do sentido para perceber sensorialmente
o brinquedo. Aps essa etapa, iniciar as perguntas analticas, explorando-os in-
telectualmente. Somente depois disso tudo, cada criana desenhar o seu brin-
quedo. A atividade aqui ainda de explorao e no de releitura. A metodologia
de Educao Patrimonial pode e deve continuar alm das pginas deste lbum.
Aps compartilhamento dos desenhos, a pesquisa de brinquedos pode ser outra
atividade, complementar a esta do lbum, bem bacana de ser realizada.
Aqui colocamos um exemplo de brinquedo antigo (peteca) pertencente cultura
ancestral brasileira.
Sugerimos tambm a confeco de uma peteca de jornal, simples de fazer!
70
A partir da atividade 6 (Mandala: Eu e Ns), enfatizaremos a nossa me-
mria coletiva com objetivo de ampliar a reflexo sobre a interao entre o eu
e o outro, sobre o indivduo e a sociedade. Devemos nos posicionar no centro
da mandala e colocar, ao redor, as pessoas, os ambientes, nossos animais, ou
seja, as coisas importantes de nossa vida.
71
cativo. Mas para uma ao efetiva de Educao Patrimonial, como j vimos,
fundamental realizar uma visita ao local para uma interao direta com o bem
cultural. O professor pode programar e planejar suas aes incluindo atividades
preliminares visita e dar continuidade a elas aps a visitao. So muitos os
contedos a serem explorados, conforme o currculo e o planejamento do edu-
cador, tais como: a cultura do caf no Vale do Paraba; moradias do passado;
tcnicas construtivas; a cidade de Jacare; expresses artsticas; religiosidade
do Vale do Paraba; patrimnio cultural e preservao; lendas do Coronel Leito
etc.
72
potes ao modo que os indgenas daqui faziam. A tcnica do acordelamento
outra atividade para ser ensinada aos alunos, pois simples de fazer e de fcil
compreenso, com superposio de roletes de argila (rolinhos) sobre uma base.
Aps secar, possvel pintar os objetos com tinta a guache ou, melhor ainda,
com tinta natural feita com urucum, que era o corante vermelho usado naquela
poca. Depois, fundamental organizar uma exposio para esses objetos.
73
Cobra Grande que, j h algum tempo, vem sendo difundida na cidade, por meio
de contao oral, peas de teatro, livros, histria em quadrinhos, artes visuais e
pelo Grupo Batucaia.
Essa ao pode ser ampliada em sala de aula por meio de trabalhos cor-
porais, dramatizaes, confeco de cobras (materiais diversos) ou de uma
Grande Cobra, feita coletivamente entre os alunos.
Tambm possvel trazer outras lendas da tradio oral da cidade, ampliando
o conhecimento do nosso imaginrio e divertindo os alunos! E toda ao pode
levar a outras e outras aes...
CONSIDERAES FINAIS
74
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS E E-REFERNCIAS
BIBLIOGRAFIA
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76
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h t t p : / / w w w . f a c e b o o k . c o m / p a g e s / S a n t o - d e - C a s a -Te c n o l o g i a s - P o p u l a -
res/204936069588829
http://www.fundacaocultural.com.br/web/index.php?option=com_content&view=arti-
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http://www.legislacaoonline.com.br/jacarei/images/leis/html/L54972010.html
http://www.museunacional.ufrj.br/guiaMN/Guia/paginas/menu.htm
http://www.nossajacarei.com.br/
http://olhonanuca.com/wp-content/themes/showroom/tours/nsdosremediosjacarei/
index.html
http://www.ovale.com.br/viver/ica-o-caviar-do-vale-1.419507
h t t p : / / w w w. o v a l e . c o m . b r / v i v e r / m o r r e - t o n i n h o - m e n d e s - 1 . 5 3 0 3 1 8 / c o m -
ments-7.1208222
http://www.promemoriajacarei.com.br/
http://www.promemoriajacarei.com.br/
http://www.saojosedoscampos.com.br/2013/cadernos/index.php?id=55040&cat=4&-
caderno=materias
http://www.semanario.com.br/2012/04/10/biscoitos-jacarei-sobrevivem-a-historia/
http://www.sitedejacarei.com.br/
http://www.sitedejacarei.com.br/historia-de-jacarei
http://www.sitedejacarei.com.br/imagem/memoria/76/fabrica-de-meias-victo-
ria-1944/
http://www.sitedejacarei.com.br/jacarei-antes-e-depois/14/?search=
http://www.sitedejacarei.com.br/personagens-de-jacarei/detalhe/12 Acessado em
31/05/2014.
http://www.sitedejacarei.com.br/personagens-de-jacarei/detalhe/14
http://www.sitedejacarei.com.br/personagens-de-jacarei/detalhe/15
http://www.terrapaulista.org.br/arte/artesplasticas/religiao/nosdepinho.asp
http://www.tesourosdobrasil.com.br/defaultHTML.aspx
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0702200018.htm
http://www2.cultura.gov.br/site/categoria/politicas/identidade-e-diversidade/acoes-
-sid/culturas-populares-identidade-e-diversidade-politicas/
80
ANEXOS
81
ANEXO 1 - Legislaes Municipais
82
1/10
DISPE SOBRE A
POLTICA PBLICA DE
PRESERVAO DO
PATRIMNIO
CULTURAL, CRIA O CONSELHO
DE DEFESA DO PATRIMNIO
CULTURAL DO MUNICPIO DE
JACARE - CODEPAC E O FUNDO
DE PATRIMNIO CULTURAL DE
JACARE - FUPAC E D OUTRAS
PROVIDNCIAS.
Captulo I
DEFINIES
Captulo II
DO CONSELHO DE DEFESA DO PATRIMNIO CULTURAL
constatados;
85
86
Agronomia de So Paulo;
Captulo III
DA PRESERVAO
Prefeitura.
Art. 8 Quaisquer obras a serem feitas nos bens imveis preservados, tais como
restauraes, conservaes, reformas, reconstrues, demolies,
remembramentos e desdobros de reas ou lotes, s sero autorizadas pela
Prefeitura aps a manifestao favorvel do CODEPAC.
Art. 12 - O CODEPAC poder utilizar recursos do FUPAC para evitar que bens
mveis classificados como EP, entre eles, sries e fundos documentais, colees
bibliogrficas, objetos de valor histrico, obras de arte ou peas integrantes de
acervos de bens culturais, saiam do Municpio.
88
Captulo IV
DAS PENALIDADES
Art. 16 - Nos terrenos onde houve a demolio de bem classificado nos termos
desta Lei, as novas edificaes s sero aprovadas se observarem a mesma
rea, volumetria e recuos do imvel demolido, sem prejuzo da aplicao das
penalidades previstas no art. 15 desta Lei.
Captulo V
89
90
Pargrafo nico - O CODEPAC ter 180 (cento e oitenta) dias, aps o trmino do
inventrio do patrimnio cultural, para apresentar proposta de regulamentao
das condies de utilizao e manejo dos bens imveis classificados como EP e
CP.
As despesas com execuo desta Lei correro por conta das dotaes
Art. 25 -
oramentrias prprias.
91
10/10
LEIN.5.497/2010,DE22DEJULHODE2010
Dispe sobre o registro do Bolinho Caipira de
Jacare como patrimnio cultural municipal e
Prefeito Municipal doutrasprovidncias.
O PREFEITO DO MUNICPIO DE JACARE, USANDO
DAS ATRIBUIES QUE LHE SO CONFERIDAS POR LEI, FAZ SABER QUE A CMARA MUNICIPAL
APROVOUEELESANCIONAEPROMULGAASEGUINTELEI:
Art. 1. Fica o Poder Executivo, por meio do
CODEPAC Conselho de Defesa do Patrimnio Cultural, autorizado a registrar como bem cultural
imaterialdestemunicpio,oBolinhoCaipiradeJacare.
Pargrafo nico. Considerase como Bolinho
Caipira de Jacare a iguaria preparada fundamentalmente com: massa de farinho de milho branca,
polvilhodoce,sal,alfavacaoucheiroverde,erecheadacomcarnesunaoupeixedaespcielambari.
Art.2.EstaLeientraremvigornadatadasua
publicao,revogandosequalqueroutralegislaoemcontrrio.
PREFEITURAMUNICIPALDEJACARE,22DEJULHODE2010.
HAMILTONRIBEIROMOTA
PrefeitoMunicipal
AUTORDOPROJETOEDASEMENDAS:VEREADOREDINHOGUEDES.
EstetextonosubstituiooriginalpublicadoearquivadonaCmaraMunicipaldeJacare.
92
http://www.legislacaoonline.com.br/jacarei/images/leis/html/L54972010.html 1/1
LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinria 4557/2001
08/10/2016 LEI5913/201509/03/2015
LEIN5.913,DE09DEMARODE2015
DECLARA NOS TERMOS DA LEI N 4.557 DE 26
DE DEZEMBRO DE 2001, A PRESERVAO DOS
PRDIOS QUE COMPEM O EDUCAMAIS
JACARE, COMO PATRIMNIO CULTURAL,
DIANTE DO VALOR ARQUITETNICO, E D
OUTRASPROVIDNCIAS.
O PREFEITO DO MUNICPIO DE JACARE,USANDODASATRIBUIESQUELHESO
CONFERIDASPORLEI,FAZSABERQUEACMARAMUNICIPALAPROVOUEELESANCIONAEPROMULGA
ASEGUINTELEI:
Art. 1 Fica preservada como patrimnio cultural, diante do valor arquitetnico, na
categoria EP1, a totalidade dos prdios que compem o EDUCAMAIS JACARE, situado na Avenida
DaviMonteiroLinon595,BairroParquedosSinos.
Art.2Emrazodoacimadeclarado,enostermosdo1doartigo8daLei4.557de
26dedezembrode2001,osprdiosquecompemoEDUCAMAISJACAREnopodero,emhiptese
alguma,sofrerqualqueralteraoarquitetnica,especialmenteemrazodesuaformaecores.
Art. 3 As intervenes nos prdios que compem o conjunto arquitetnico em
refernciaserodestinadasapenasparaamanutenoepreservaodoprojetooriginal,sempresoba
orientaodeprofissionaldarea.
Art.4EstaLeientraemvigornadatadesuapublicao.
PREFEITURAMUNICIPALDEJACARE,09DEMARODE2015.
HAMILTONRIBEIROMOTA
PrefeitoMunicipal
AUTORESDOPROJETO,SUBSTITUTIVOEEMENDA:VEREADORESANALINOEHERNANI
BARRETO.
EstetextonosubstituiooriginalpublicadoearquivadonaCmaraMunicipaldeJacare.
93
http://www.legislacaoonline.com.br/jacarei/images/leis/html/L59132015.html 1/1
1/2
DISPE SOBRE A
PRESERVAO DE
ELEMENTOS
EXISTENTES NO
IMVEL LOCALIZADO NA PRAA
INDEPENDNCIA N 187, BAIRRO
JARDIM BEIRA RIO, NOS TERMOS
DA LEI N 4.557, DE 27 DE
DEZEMBRO DE 2001.
94
95
DISPE SOBRE A
PRESERVAO DO
PRDIO DA ANTIGA
SECRETARIA DE AO
SOCIAL E CIDADANIA, NOS
TERMOS DA LEI N 4.557, DE 26
DE DEZEMBRO DE 2001, E D
OUTRAS PROVIDNCIAS.
96
PREFEITO MUNICIPAL
97
98
Por meio da LIC - Lei de Incentivo Cultura (municpio de Jacare) j
foram desenvolvidos significativos projetos relacionados memria da cidade,
nas mais diversas modalidades, tais como: teatro, audiovisual, publicaes, ar-
tes visuais, patrimnio cultural, formao cultural etc.
Carpio 08-07
Projeto realizado pela Jequitib Cultural com o objetivo de registrar e retratar,
em audiovisual, a centenria festa da Carpio no bairro de SantAna, em Ja-
care. Documentrio exibido na TV Cmara de Jacare e na Mostra de Cinema e
Religio de 2008.
https://www.youtube.com/watch?v=BAEwglm_ji0
Sapucaia
Idealizado por Slvia Bigareli e realizado pela Jequitib Cultural, Sapucaia um
documentrio potico, um grande vdeo clipe com registros do patrimnio ma-
terial do Vale do Paraba paulista. Exibido em festivais nacionais e internacionias
em San Gimingano na Itlia e em Manchester, na Inglaterra; tambm foi exibido
na TV Cmara de Jacare, TV Cmara federal e na SESCTV.
https://www.youtube.com/watch?v=GkfRyJ-PLQo
99
https://www.youtube.com/watch?v=lUahIYmrBdI&t=22s (Seu Justino, o Ribei-
rinho de Jacare, documentrio audiovisual).
https://www.youtube.com/watch?v=AYtK5KJqvvE&t=22s (Tinguera, o violeiro
errante / animao)
Ofcios de Jacare
Websrie (sequncia de documentrios publicados no youtube) feita pelo Ncleo
Audiovisual de Jacare cuja proposta consiste em preservar a memria dos tra-
balhos que no futuro no mais existiro, registrando os mestres desses ofcios.
https://www.youtube.com/user/oficiosdejacarei
Preventrio
Projeto do grupo teatral 4NARUA8 do qual surgiu a pea M PELE, que retrata
o encontro de quatro crianas internas do Preventrio de Jacare, trazendo uma
reflexo sobre a segregao social qual elas passaram na poca do surto de
hansenase no Brasil, na dcada de 1930.
http://www.diariodejacarei.com.br/new/?action=www&subaction=noticia&ti-
tle=espetaculo-teatral-retrata-o-drama-vivido-por-criancas-internas-de-prevento-
rios&id=23353
Tempoeirado
Projeto da Vento de Maio, o brao audiovisual da Jequitib Cultural, que com-
posto por 10 mini-documentrios de 1 minuto de durao cada. So transies
animadas de fotos antigas de Jacare para o mesmo lugar nos dias de hoje, re-
velando a transformao do espao no tempo. No site h os vdeos disponveis
para download.
http://vhmenezes.wixsite.com/tempoeirado
https://www.youtube.com/playlist?list=PLJMfpxG5kvvG3zPq5AJpZXBFssVV4yQK6
100
Tempo e Memria
Projeto de Ludmila Saharovsky cuja proposta foi a publicao de um livro com
o nome de Jacare: Tempo e Memria, que resgata a memria oral de Jacare,
desde 1900 a 1950, arranjada em 3 partes: a memria oficial, a memria oral e
os sabores do passado. O projeto contemplou tambm a publicao de um blog.
http://www.jacareitempoememoria.com.br/
Jacare em Quadrinhos
Projeto do Grupo Black-Tie que uma publicao de histrias em quadrinhos a
partir das histrias e lendas de Jacare.
http://viverarteeducar.blogspot.com.br/2014/08/jacarei-em-quadrinhos.html
A Revolta do Sal
Projeto da Cia Athus Humanus (Doni Bueno e Gutho Pelogia) composto por ofi-
cina, pea de teatro, desfile cvico e documentrio. Este projeto explorou o fato
histrico ocorrido em 1710 e liderado por uma personalidade de Jacare, nacio-
101
nalmente conhecida, Bartolomeu Fernandes de Faria.
https://www.youtube.com/watch?v=OpnL_YSFXug
http://www.ovale.com.br/viver/a-revolta-do-sal-vira-projeto-cultural-1.261957
pera Caipira
Projeto com o objetivo de resgatar a tradio da nossa regio, a pera Caipira
(Renato Santos) foi um espetculo de rua com roteiro composto de contos e
histrias do Vale do Paraba, fortalecendo a identidade cultural por meio de ma-
nifestaes folclricas, boneces e msicas.
http://www.novadutra.com.br/sustentabilidade/cultural/opera-caipira-lic-lei-de-incen-
tivo-a-cultura-do-municipio-de-jacarei?id=146
102
acervo do Museu.
Casa de Causos
Projeto realizado pela Soup Deisgn & Cultura e pela Sambo Audiovisual, trata-
-se de uma websrie com 12 documentrios que nos trazem causos contados
por diversas pessoas que moram no Vale do Paraba, difundindo a cultura popu-
lar do Vale do Paraba.
https://www.youtube.com/channel/UCCip1pAcyLGVGW_h73fVghw
Cantos e Encantos
Projeto de Rodrigo Oliveria e Daniele Tsukamoto cujo objetivo foi produzir oito
clipes musicais em animao 3D para crianas da educao infantil, que contam
a histria de Jacare a partir de um personagem central, um jacar chamado
Jucar.
http://www.semanario.com.br/noticia/2011/12/curta-metragem-cantos-encantos-e-
-lancado-em-jacarei/1470
https://www.youtube.com/watch?v=WqEHgEbWaKs
Violeiros de Jacare
Projeto da Flor de Chita com o Instituto Sapucaia que produziram um documen-
trio audiovisual com relatos de violeiros, tocadores da viola caipira, que vivem
em Jacare e tambm a gravao em udio de msicas tocadas por esses violei-
ros. Deste projeto, resultam os produtos DVD e CD dos violeiros.
facebook: https://www.facebook.com/aquimoram
103
Mestres de Jacare
Projeto da Flor de Chita com o Instituto Sapucaia que realizou um documentrio
para cada um dos primeiros Mestres da Cultura Viva de Jacare. Este projeto
tem como produto cultural um DVD, lanado juntamente com o DVD e CD do
projeto Violeiros.
facebook: https://www.facebook.com/aquimoram
Mercado de Memrias
Projeto do grupo teatral Minha Gente que uma pea teatral de rua, com inte-
ratividade com o pblico dentro do Mercado, contando histrias vividas dentro
do Mercado Municipal de Jacare, com objetivo de manter viva a memria de
um lugar to importante para a formao da cidade.
Teaser da pea: https://www.youtube.com/watch?v=o3uqhPyj7Xg
https://www.facebook.com/mercadaodememorias/
104
Quem sou eu, quem somos ns?
LBUM DE ATIVIDADES
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