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FICHA TÉCNICA

AUTOR
Equipe de Desenvolvimento Gillis Interactive

EDIÇÃO TÉCNICA

Coordenação de Desenvolvimento Gillis Interactive

REVISÃO & CONTROLE DE QUALIDADE

Equipe de Desenvolvimento

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Departamento Pessoal / Gillis Interactive, 2021


Edição: 1º
Idioma: português

Em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.


DEPARTAMENTO PESSOAL

SUMÁRIO

AULA 01 ......................................................................................................................... 4

DEPARTAMENTO PESSOAL ............................................................................................. 4


Admissão de Empregados ...................................................................................... 5
Contrato de Trabalho .............................................................................................. 6
Outros Tipos de Contrato ........................................................................................ 7
Leis Trabalhistas................................................................................................... 10
Órgãos Fiscalizadores .......................................................................................... 11
EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 12
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO .................................................................................... 14

AULA 02 ....................................................................................................................... 16

IMPOSTOS EM PROGRAMAS ASSISTENCIAIS .................................................................... 16


PIS / PASEP ......................................................................................................... 16
INSS – instituto nacional do seguro social ............................................................. 18
Benefícios previdenciários; ................................................................................... 19
Benefício Assistencial; .......................................................................................... 22
EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 25
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO .................................................................................... 27

AULA 03 ....................................................................................................................... 28

DEPARTAMENTO PESSOAL ........................................................................................... 28


Empregado ........................................................................................................... 29
Admissão.............................................................................................................. 30
Registro ................................................................................................................ 31
Carteira De Trabalho ............................................................................................ 32
EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 33
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO .................................................................................... 35

AULA 04 ....................................................................................................................... 37

REMUNERAÇÃO ........................................................................................................... 37
Processo de Administração de Remuneração ....................................................... 38
Componentes da Remuneração ............................................................................ 40
EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 43
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO .................................................................................... 45

AULA 05 ....................................................................................................................... 46

SALÁRIO I ................................................................................................................ 46

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Formas De Pagamento De Salário ........................................................................ 46


EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 53
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO .................................................................................... 55

AULA 06 ....................................................................................................................... 56

JORNADA DE TRABALHO E MARCAÇÃO DE PONTO ........................................................... 56


Jornada de Trabalho ............................................................................................. 56
Marcação De Ponto .............................................................................................. 67
EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 70
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO .................................................................................... 72

AULA 07 ....................................................................................................................... 74

SALÁRIO – II............................................................................................................. 74
Décimo-Terceiro Salário ....................................................................................... 74
Férias ................................................................................................................... 75
Faltas Justificadas ................................................................................................ 78
EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 78
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO .................................................................................... 80

AULA 08 ....................................................................................................................... 82

TÉRMINO DO CONTRATO .............................................................................................. 82


Terminologias ....................................................................................................... 82
Rescisão Contratual.............................................................................................. 83
Justa Causa.......................................................................................................... 85
EXERCÍCIOS ....................................................................................................... 91
Anexos: Modelos de Documentos e Formulários ................................................... 92
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO .................................................................................. 121

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DEPARTAMENTO PESSOAL

AULA 01

Departamento Pessoal

Para desenvolver suas atividades, a empresa precisa de pessoas.

Essas pessoas, que constituem os recursos, são muito importantes para


que a empresa possa atingir seus objetivos.

A empresa será tão mais eficiente quanto mais eficientes forem as pessoas
que a compõem.

De nada adianta a empresa dispor de ótimos recursos materiais e de


excelentes recursos técnico-administrativos, se não possuir recursos humanos
capacitados e motivados para utilizá-los.

Para conseguir bons recursos humanos, a empresa deve:

A) recrutar e selecionar pessoas com aptidões desejadas;

B) desenvolver essas aptidões individuais mediante programas de


treinamento;

C) motivar os empregados por meio de incentivos.

O setor responsável por essas atividades chama-se: DEPARTAMENTO


PESSOAL.

Neste modulo começaremos a ver algumas de suas funções e estudar


como as mesmas devem ser executadas.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Admissão de Empregados

Para que se faça possível a admissão de


empregado, torna-se indispensável que ele
possua e apresente, no Departamento Pessoal, a
seguinte documentação, que é obrigatória,
conforme normas do Ministério do Trabalho:

a) Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, obrigatória para o


exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, mesmo em
caráter temporário;
b) Atestado de Saúde Ocupacional - ASO;
c) título de eleitor, para os maiores 18 de anos;
d) certificado de reservista ou de alistamento militar, para os empregados
brasileiros do sexo masculino com idade entre 18 e 45 anos;
e) certidão de nascimento, casamento ou Carteira de Identidade - RG,
conforme o caso;
f) CPF, para empregados cujos rendimentos estejam sujeitos ao desconto
do Imposto de Renda na fonte (art. 34, inciso II, RIR);
g) Documento de Inscrição no PIS/PASEP - DIPIS, ou anotação
correspondente na CTPS;
h) cópia da certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos, para fins
de recebimento de salário-família;
i) Cartão da Criança que, a partir de 01/07/91, substitui a carteira de
vacinação. Deve ser apresentado o original do Cartão dos filhos entre 1
e 7 anos de idade;
j) Carteira Nacional de Habilitação (CNH), para os empregados que
exercerão o cargo de motorista ou qualquer outra função que envolva a
condução de veículo de propriedade da empresa;
k) carteira de habilitação profissional, expedida pelos Conselhos
Regionais, para os empregados que exercerem profissões
regulamentadas;

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DEPARTAMENTO PESSOAL

m) registro de habilitação na DRT, anotado na CTPS, para os que


exercerem as profissões de: agenciadores de propaganda,
publicitários, jornalistas, atuários, arquivistas, técnicos de arquivo,
radialistas, sociólogos, vigilantes bancários, secretárias executivas
(com curso superior), técnico em secretariado (de 2º grau) e técnico de
segurança do trabalho;

Contrato de Trabalho

Quanto à sua duração, o contrato de


trabalho pode ser por prazo determinado ou
indeterminado, sendo este último a regra
geral, em face do princípio da continuidade.

Entende-se que o Contrato de


Trabalho deva acompanhar os seguintes
princípios:

- Subordinação jurídica e hierárquica;

- Dependência econômica;

- Continuidade;

- Pessoalidade;

A princípio, esse tipo de contrato só pode ser realizado por prazo


indeterminado, sendo que a lei permite as seguintes exceções, por prazos
determinados:

A) Contrato de Experiência:

- Período inicial do contrato de trabalho, para analisar capacidade e


adaptação do empregado.

É limitado ao máximo de 90 (noventa) dias.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

A partir disso, caso não ocorra a rescisão contratual, ele passará


automaticamente a ser por prazo indeterminado, com as obrigações legais
decorrentes.

B) Contrato Temporário:

- É aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à


necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente, ou
a acréscimo extraordinário de serviços.

A duração do trabalho temporário não poderá ultrapassar de 3 (três) meses,


salvo autorização expressa do Ministério do Trabalho.

C) Contrato com Prazo Certo:

Considera-se como de prazo certo ou determinado, o contrato de trabalho


cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços
especificados, ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de
previsão aproximada.

O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando de serviço


cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo, de
atividades empresariais de caráter transitório ou por experiência.

Outros Tipos de Contrato

A) Estágio;

- Objetiva propiciar treinamento aos estudantes, na área na qual pretendem


se formar.

Deve ser realizado totalmente de acordo com as exigências da Lei, sob


pena de nulidade e reconhecimento de vínculo de emprego.

Conforme a Lei 6494/77, Art. 1º, § 3º, eles devem propiciar a


complementação do ensino e da aprendizagem. Devem ser planejados,
executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos,
programas e calendários escolares.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

B) Aprendiz;

Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por


escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a
assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 18 (dezoito) anos, inscrito em
programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível
com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar,
com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação.

C) Cooperativas;

As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica


próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar
serviços aos associados.

Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não


existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os
tomadores de serviços daquela.

De acordo com o seu artigo 3º da Lei nº. 5.674/71, no contrato de sociedade


cooperativa, as pessoas se obrigam reciprocamente a contribuir com bens e
serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem
objetivo de lucro.

D) Franquia;

A Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao


franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de
distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços e,
eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e
administração de negócio ou sistema operacional, desenvolvidos ou detidos pelo
franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto,
fique caracterizado vínculo empregatício.

E) Locação de mão-de-obra;

Na locação de mão-de-obra quem angaria os trabalhadores os coloca


simplesmente à disposição de um empresário de quem recebem as ordens, com

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DEPARTAMENTO PESSOAL

quem se relacionam constante e diretamente, inserindo-se no meio empresarial


do tomador do serviço, muito mais do que no de quem os contratou ou remunera;
o locador é apenas um intermediário.

F) Empreitada;

Prevista no Código Civil, artigos 610 a 626, se trata da contratação de uma


obra. Perante a legislação trabalhista, apenas torna responsável o empreiteiro
quando do inadimplemento das obrigações decorrentes da contratação (CLT, art.
455).

G) Subempreitada;

Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas


obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia,
aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo
inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.

H) Terceirização;

É o ato pelo qual a empresa produtora, mediante contrato, entrega a outra


empresa certa tarefa (atividades ou serviços não incluídos nos seus fins sociais)
para que esta realize habitualmente com empregados desta; transporte, limpeza
e restaurante são exemplos típicos.

É muito importante ressalvarmos que todas estas formas e modalidades de


trabalho estão normatizadas em leis trabalhistas.

Cabe ao profissional de Recursos Humanos, sobretudo quando no


exercício das atividades ligadas ao Departamento Pessoal, estar atualizado
quanto à estas leis, assim como estar ciente de quais são os órgãos
fiscalizadores e o que lhes competem.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Leis Trabalhistas

No Brasil, mais especificamente no


Governo de Getúlio Vargas, foi instituída
a maior legislação trabalhista do País, a
CLT - Consolidação das Leis
Trabalhistas.

Representada pela popular carteira


de trabalho, onde o trabalhador brasileiro passou a ser reconhecido pelos seus
direitos, além de receber benefícios como férias, décimo-terceiro salário, FGTS,
aposentadoria, entre outros.

Foi uma solução para garantir um sustento mínimo para as necessidades


do trabalhador e de sua família, frente ao capitalismo selvagem, voltada a vida
de consumo crescente.

A CLT, no entanto, foi criada com uma visão homogênea do mercado de


trabalho, além de ter sido baseada em um cenário totalmente diferente daquele
que lidamos nos dias de hoje.

Atualmente, a CLT vem sendo foco de constantes debates em nossa


sociedade, com diversas propostas de atualizações e modificações em algumas
de suas leis.

É importante estarmos sempre atualizados e atentos a estes debates e


suas consequências, além de, é claro, acompanharmos cada revisão dessa
legislação.

A CLT pode ser encontrada na íntegra, sempre atualizada, no seguinte


endereço eletrônico:

http://www.trt02.gov.br/geral/tribunal2/legis/CLT/INDICE.html

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Órgãos Fiscalizadores

A) MTE – Ministério do Trabalho e Emprego;

Sua função é fiscalizar o cumprimento e o não


cumprimento da lei, criar portarias e notificar as empresas de
qualquer alteração nas regulamentações da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).

Você pode conhecer mais sobre o Ministério do Trabalho e Emprego no


seguinte endereço eletrônico:

B) MPAS – Ministério da Previdência Social;

É uma instituição pública que tem como objetivo


reconhecer e conceder direitos aos seus segurados.

A renda transferida pela Previdência Social é utilizada


para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a
capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e
desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão.

Você pode conhecer mais sobre o Ministério da Previdência Social no


seguinte endereço eletrônico:

C) CCFGTS - Conselho Curador do FGTS;

- O Conselho é um colegiado tripartite composto por


representantes dos trabalhadores, dos empregadores e
do Governo Federal, atendendo ao disposto no art. 10 da
Constituição Federal, de 05/10/88, que determina essa composição quando os
interesses de trabalhadores e empregadores se fizerem presentes em
colegiados dos órgãos Públicos.

Você pode conhecer mais sobre o FGTS e o seu Conselho Curador no


seguinte endereço eletrônico:

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DEPARTAMENTO PESSOAL

D) ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária;

- Tem a função de proteção da saúde da população,


por intermédio do controle sanitário da produção e da
comercialização de produtos e serviços submetidos à
vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos,
dos insumos e das tecnologias a eles relacionados.

Você pode conhecer mais sobre a ANVISA no seguinte endereço eletrônico:

EXERCÍCIOS

1. O que a empresa precisa fazer para conseguir bons recursos humanos?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2. Cite ao menos 10 documentos que você teria que apresentar em uma


admissão de emprego.

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

3. O que você acha que significa o princípio da dependência econômica


no Contrato de Trabalho?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

4. Quais são os tipos de contrato por prazo determinado que a lei permite?

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5. Quais as diferenças entre o estagiário e o aprendiz?

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

6. O que as Cooperativas e as Franquias têm em comum?

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_______________________________________________________________

7. Qual a diferença da empreitada e da subempreitada?

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

8. O que é necessário para acompanhar as leis trabalhistas?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

9. Quais as atribuições do Ministério do Trabalho?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

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_______________________________________________________________

10. Quais as atribuições do Ministério da Previdência Social?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Marque a opção que melhor completa a frase:

1. O ......................... tem como objetivo iniciar o treinamento dos


estudantes, na área na qual pretendem se formar.

a) Empreitada
b) Cooperativas
c) Aprendiz
d) Estágio

2. A ..................... é o ato pelo qual a empresa produtora entrega a outra


empresa atividades para que está a realize habitualmente com
empregados desta.

a) Estágio
b) Franquia
c) Terceirização
d) Locação de mão-de-obra

3. A ........................., instituída no governo de Getúlio Vargas, garante os


direitos dos trabalhadores.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

a) CLT
b) Constituição
c) O código penal
d) ANVISA

4. O ......................... tem como função fiscalizar o cumprimento da lei, criar


portarias e notificar as empresas de qualquer alteração nas
regulamentações da CLT.

a) CLT
b) Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
c) Ministério de Trabalho e Emprego
d) Estágio

5. Carteira de Trabalho e Previdência Social, Atestado de Saúde


Ocupacional e título de eleitor fazem parte da documentação necessária
para ................................

a) Demitir um empregado
b) Dar férias a um funcionário
c) Admitir um funcionário
d) Atestar uma ausência.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

AULA 02

Impostos em Programas Assistenciais

Nesta aula vamos aprender sobre alguns programas assistenciais do


governo, com os quais temos que lidar também nos cálculos de remuneração
dos funcionários.

Vamos conhecer alguns destes programas, aprender a efetuar os cálculos


incidentes sobre eles, e saber quando deverão ser aplicados.

PIS / PASEP

O fundo PIS / PASEP é resultado da unificação dos


programas de Integração Social (PIS) e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público (PASEP).

O Programa de Integração Social (PIS) é um fundo


formado por contribuições mensais feitas pelas empresas,
calculadas sobre seus faturamentos.

Esses recursos são pagos ao trabalhador em forma de rendimentos ou


abonos salariais, nas seguintes condições:

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DEPARTAMENTO PESSOAL

A) Rendimentos;

Quem ganha mais de dois salários-mínimos mensais


recebe o rendimento anual das parcelas depositadas pelo
empregador.

No entanto, apenas os trabalhadores cadastrados no


PIS até 4 de outubro de 1988 têm esse direito garantido.

Isso porque, a partir dessa data, os recursos do PIS passaram a ser


destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que é responsável pelo
programa de Seguro-Desemprego.

B) Abonos Salariais;

O abono salarial - equivalente a um salário-mínimo


(R$ 545,00) - é pago apenas aos trabalhadores que
ganharam até dois salários-mínimos (R$ 930,00) por
mês, no último ano (valor do salário-mínimo de 2008).

Além disso, o trabalhador deverá estar cadastrado no PIS há pelo menos 5


anos, ter trabalhado com carteira assinada no último ano pelo menos 30 dias e
ter sido incluído pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais
(Rais).

Além do abono e dos rendimentos, os recursos acumulados na conta do


PIS poderão ser sacados pelo funcionário nas seguintes situações:

- Aposentadoria;

- Invalidez permanente;

- Se o trabalhador for portador do vírus do HIV ou tiver câncer;

- Se entrar para a reserva, no caso de militares;

Se o trabalhador falecer, o saldo será pago aos dependentes.

Os rendimentos e o abono salarial são pagos nas agências da Caixa


Econômica Federal.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

O beneficiário só precisa levar o número de inscrição do PIS e um


documento de identificação.

INSS – instituto nacional do seguro social

O Instituto Nacional do Seguro Social, ou


simplesmente INSS, é a autarquia competente no
Brasil para o recebimento de contribuições para a
manutenção do Regime Geral da Previdência Social.

É responsável pelo pagamento da aposentadoria, pensão por morte,


auxílio-doença, auxílio-acidente, entre outros benefícios previstos em lei.

O INSS trabalha junto com a Dataprev, empresa de tecnologia que faz o


processamento de todos os dados da previdência.

Está subordinado ao Ministério da Previdência Social.

Além do Regime Geral, os Estados e Municípios podem instituir os seus


regimes próprios, financiados por contribuições específicas.

Parte das contribuições são efetivadas por desconto na folha de


pagamento, antes do funcionário da empresa receber o valor total de seu salário.

Mas, existe um limite máximo para o desconto do INSS. Quando o


empregado tiver como salário um valor superior ao limite máximo de
contribuição, só é admissível descontar do salário um valor estabelecido,
chamado de teto.

Todos os meses, o funcionário terá descontado na sua folha de pagamento


o valor referente ao INSS.

As porcentagens de desconto irão variar dependendo do salário de cada


um.

Como a tabela com as alíquotas correspondentes a cada faixa salarial é


constantemente atualizada, é imprescindível que você verifique sempre suas
alterações.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

O local mais confiável de se fazer esta verificação é dentro do próprio site


da previdência, através do seguinte link:

http://www.previdencia.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/perfil_compr
evidencia_04_02.asp

Nele, encontraremos a seguinte tabela:

Faixa Salarial Alíquota

Até R$ 1.106,90 8,00%

De R$ 1.106,91 a 9,00%
R$ 1.844,83

De R$ 1.844,84 até 11,00%


R$ 3.689,66

(tabela vigente a partir de janeiro de 2011)

Além do valor deduzido na fonte, conforme a tabela acima, a empresa tem


que recolher, a título de INSS, 20% do valor da folha, independente de terem
salários acima do teto máximo definido.

Como já dito anteriormente, a Previdência Social, por intermédio do INSS,


oferece vários benefícios e serviços.

São 10 modalidades de benefícios previdenciários, 1 (um) benefício


assistencial e 2 (dois) serviços previdenciários. São eles:

Benefícios previdenciários;

Aposentadoria por idade: têm direito ao


benefício os trabalhadores urbanos do sexo
masculino aos 65 anos e do sexo feminino aos 60
anos de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir
aposentadoria por idade com cinco anos a menos:

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DEPARTAMENTO PESSOAL

aos 60 anos, homens, e aos 55 anos, mulheres. Para solicitar o benefício, os


trabalhadores urbanos inscritos a partir de 25 de julho de 1991 precisam
comprovar 180 contribuições mensais. Os rurais têm de provar, com
documentos, 180 meses de trabalho no campo (MPAS).

Aposentadoria por invalidez: benefício concedido aos trabalhadores que,


por doença ou acidente, forem considerados pela perícia médica da Previdência
Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de serviço que
lhes garanta o sustento (MPAS).

Aposentadoria por tempo de contribuição

Aposentadoria especial: benefício concedido


ao segurado que tenha trabalhado em condições
prejudiciais à saúde ou à integridade física (MPAS).
Para ter direito à aposentadoria especial, o
trabalhador deverá comprovar, além do tempo de
trabalho, efetiva exposição aos agentes físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo
período exigido para a concessão do benefício (15,
20 ou 25 anos).

Auxílio-doença: benefício concedido ao


segurado impedido de trabalhar por doença ou
acidente por mais de 15 dias consecutivos. No caso
dos trabalhadores com carteira assinada, os
primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, e a
Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. No caso
do contribuinte individual (empresário, profissionais liberais, trabalhadores por
conta própria, entre outros), a Previdência paga todo o período da doença ou do
acidente (desde que o trabalhador tenha requerido o benefício). Para ter direito
ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social por, no
mínimo, 12 meses. Esse prazo não será exigido em caso de acidente de
qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho). Para concessão

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DEPARTAMENTO PESSOAL

de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame


realizado pela perícia médica da Previdência Social (MPAS).

Auxílio-acidente: benefício pago ao trabalhador


que sofre um acidente e fica com sequelas que
reduzem sua capacidade de trabalho. É concedido
para segurados que recebiam auxílio-doença. Têm
direito ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, o
trabalhador avulso e o segurador especial. O
empregado doméstico, o contribuinte individual e o
facultativo não recebem o benefício (MPAS).

Auxílio-reclusão: os dependentes do segurado que for preso, por qualquer


motivo, têm direito a receber o auxílio-reclusão durante todo o período da
reclusão. O benefício será pago se o trabalhador não estiver recebendo salário
da empresa, auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em
serviço (MPAS).

Pensão por morte: benefício pago à família do trabalhador quando ele


morre. Para concessão de pensão por morte não há tempo mínimo de
contribuição, mas é necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o
trabalhador detinha a qualidade de segurado (MPAS).

Salário-maternidade: as trabalhadoras que contribuem para a Previdência


Social têm direito ao salário-maternidade nos 120 dias em que ficam afastadas
do emprego em virtude do parto. O benefício foi estendido também para as mães
adotivas (MPAS).

Salário-família, para complementar a renda familiar concedida a


menores de 14 anos que frequentam a escola: benefício pago aos
trabalhadores com salário mensal de até R$ R$ 710,08 para auxiliar no sustento
dos filhos com até 14 anos incompletos ou inválidos (MPAS).

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Benefício Assistencial;

Benefício Assistencial ao Idoso e


ao Deficiente: devido a pessoas que não
têm condições financeiras de contribuir
para a Previdência Social. Têm direito ao
amparo assistencial os idosos a partir de
65 anos de idade que não exerçam
atividade remunerada e os portadores de
deficiência incapacitados para o trabalho e vida independente (MPAS).

Serviços Previdenciários;
Reabilitação Profissional.
Serviço Social.
FGTS

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é constituído pelo total


dos depósitos mensais que os empregadores depositam nas contas FGTS,
abertas na Caixa Econômica Federal em nome dos seus empregados, cuja
finalidade é dar suporte financeiro aos trabalhadores, criação de um pecúlio,
principalmente na hipótese de demissão sem justa causa.

Os recursos do FGTS são destinados ainda a aplicações nas áreas de


habitação, saneamento e infraestrutura.

Todo trabalhador, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho, deve


possuir uma conta de FGTS na Caixa Econômica Federal para cada vínculo
empregatício existente, onde o empregador deve depositar o valor referente a
8% do salário bruto desse trabalhador, a exceção do menor aprendiz cujo
recolhimento deve importar em 2% da sua remuneração.

Para promover o recolhimento do FGTS, o empregador deve utilizar o


Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informação à Previdência Social

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DEPARTAMENTO PESSOAL

– SEFIP, para recolhimentos regulares e a Guia de Recolhimento Rescisório do


FGTS – GRRF, para os recolhimentos rescisórios, inclusive a Multa rescisória.

As guias de recolhimento somente são geradas após a transmissão dos


arquivos pelo Conectividade Social, canal de relacionamento entre o
empregador e a Caixa, viabilizado pela certificação eletrônica.

Os arquivos SEFIP e GRRF apresentam informações da empresa e dos


trabalhadores, bem como possibilitam ajustes cadastrais deles.

Quem tem direito ao FGTS?

- Trabalhadores urbanos e rurais,


regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT;

- Diretor não empregado, ou seja,


que não pertence ao quadro de pessoal
da empresa, mas que tenha sido equiparado a empregado;

- Trabalhadores avulsos, como estivadores, conferentes, vigias portuários


etc.;

- Empregados domésticos cujos empregadores optaram pelo recolhimento


do FGTS.

Quem não tem direito ao FGTS?

- Trabalhadores eventuais que prestam


serviços provisórios, não estando sujeitos a
ordem e a horário, e que não exerçam tarefas
ligadas à atividade principal do tomador de
serviços;

- Trabalhadores autônomos;

- Servidores públicos civis e militares, sujeitos ao regime trabalhista próprio;

Quando o trabalhador é demitido sem justa causa, o empregador é


obrigado a fazer o depósito a título de multa rescisória na conta do trabalhador.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Essa multa corresponde a 40% do valor do somatório dos depósitos efetuados


na conta do trabalhador, devidamente corrigidos.

A conta vinculada FGTS do trabalhador recebe no dia 10 de cada mês


rendimentos e atualização monetária similar àquela aplicada às contas de
poupança, com aniversário no mesmo dia e taxa de juros de 3% ao ano.

Regras para o saque:

A) Em caso de demissão sem justa causa;

- Apresentar Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho, devidamente


homologado junto ao Sindicato da Categoria ou Ministério do Trabalhado, no
caso de contrato de trabalho que ultrapasse um ano de duração.

B) Com pedido de demissão do trabalhador;

- O trabalhador somente terá direto de saque passados três anos da


demissão e se ele não contrair nenhum vínculo trabalhista celetista.

Ou seja, deverá passar por um período de três anos fora do regime do


FGTS.

Além disso, após completar os três anos, o trabalhador deverá procurar a


Caixa Econômica Federal somente a partir do mês de seu próximo aniversário.

C) Para aquisição da casa própria;

- Caso o trabalhador tenha mais de dois anos de contribuição, pode usar o


saldo como complemento para compra de casa própria, caso ele ainda não
possua uma.

- O saldo também pode ser usado para aquisição de material para


construção.

- É permitido, ainda, o uso do FGTS para amortização, liquidação ou


abatimento de parte de prestação de financiamento habitacional contraído no
âmbito do SFH ou com recursos do Fundo de Garantia.

D) por motivo de doença;

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DEPARTAMENTO PESSOAL

- Trabalhadores que portem as doenças SIDA (Aids no Brasil) e Neoplasia


Maligna (Câncer) podem efetuar saque do saldo de sua conta vinculada.

Deverá o trabalhador comparecer à Caixa com o laudo histopatológico e


atestado médico no qual conste descrição e CID da doença, carimbo, assinatura
e CRM do médico responsável, além da CTPS.

Também é admitido o saque do FGTS quando o trabalhador ou qualquer


de seus dependentes estiverem em estágio terminal de vida.

E) Outras situações;

- Em caso de desastre natural que resulte em decretação de calamidade


pública ou emergência devidamente reconhecida pelo Governo Federal, também
é permitido o saque do FGTS, desde que autorizado por Lei.

- O FGTS pode ser liberado, ainda, nos casos de aposentadoria,


falecimento e para trabalhadores com mais de 70 anos.

Nesta aula aprendemos um pouco mais sobre os Programas Assistenciais


do Governo Federal.

EXERCÍCIOS

1. Quais são as duas formas em que o PIS / PASEP normalmente é pago


ao trabalhador?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2. Quais as condições para recebimento do PIS / PASEP através dos


Abonos Salariais?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

3. Além das duas formas citadas na primeira questão, em que situações o


trabalhador pode sacar o PIS / PASEP?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

4. Um trabalhador que receba R$ 1.000,00 (mil reais), teria que valor (em
R$) descontado de INSS?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5. Quais as diferenças entre a aposentadoria por invalidez e a


aposentadoria especial?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

6. Qual a condição primária para a pensão por morte ser paga?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

7. Qual o tipo de benefício assistencial a Previdência oferece?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

8. Quais tipos de doença permitem o saque do FGTS?

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DEPARTAMENTO PESSOAL

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

9. Um tornado pode causar a liberação do FGTS? Como?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1. Relacione as informações da primeira coluna com as da segunda:

a) PIS / PASEP
b) INSS
c) FGTS
d) Benefícios Previdenciários

Responsável pelo recebimento de contribuições para a manutenção do


Regime Geral da Previdência Social. A ele compete o pagamento da
aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, entre outros
benefícios previstos em lei.

Aposentadoria por idade, Aposentadoria por invalidez, Salário-


maternidade.

Resultado da unificação dos programas de Integração Social, calculadas


sobre seus faturamentos, e de Formação do Patrimônio do Servidor Público.

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é constituído pelos depósitos


mensais dos empregadores, em nome dos seus empregados, nas contas da
Caixa Econômica Federal.

27
DEPARTAMENTO PESSOAL

AULA 03

Departamento Pessoal

Até hoje, ainda temos empresas que mantêm o Departamento Pessoal. No


entanto, as empresas vêm percebendo que já não é mais possível tratar a sua
organização apenas como uma máquina, visando apenas o lucro, que seus
colaboradores têm sentimentos e que somente altos salários não satisfazem. É
necessário investir em qualidade de vida, ou seja, as empresas estão
percebendo a necessidade de trazer, cada vez mais, o colaborador para perto
da empresa, fazendo investimentos, não visando apenas o retorno imediato e
sim uma motivação para o trabalhador, o que seguramente vai retornar para
empresa, pois um funcionário motivado certamente produz mais.

Para isso, sai o Departamento Pessoal e entra Recursos Humanos, onde o


responsável não somente elabora a folha de pagamento, mas também se
responsabiliza por projetos voltados ao bem-estar do funcionário, programas de
motivação, investimento em treinamento de funcionários, dentre outras
atribuições voltadas à área humana da empresa.

Agora que vimos o conceito de Departamento Pessoal e Recursos


Humanos em um conceito histórico e atual, vamos entender o conceito de
empregado.

28
DEPARTAMENTO PESSOAL

Empregado

Para que um colaborador seja


considerado empregado é necessário
que ele preencha cinco requisitos
básicos:

A) Continuidade;

- O colaborador prestará serviço de


forma contínua, em horário pré-estabelecido pelo empregador.

B) Subordinação;

- O colaborador "deve" obedecer às ordens de seu empregador ou


representante legal.

C) Onerosidade;

- Vem do ônus, ou seja, o colaborador prestará serviço ao empregador


mediante pagamento de um salário.

D) Pessoalidade;

- Apenas o funcionário poderá, em relação ao empregador, prestar o


serviço contratado, ainda que seu irmão ou primo sejam qualificados.

E) Alteridade.

- O colaborador presta serviço por conta, sem assumir qualquer risco em


relação à dificuldade financeira da empresa, ou seja, pode até ter participação
nos lucros e resultados, mas nunca nos prejuízos.

29
DEPARTAMENTO PESSOAL

Admissão

Após o candidato ter passado pela fase


de seleção, responsabilidade esta do
departamento de recrutamento e seleção, ou
eventualmente quando a empresa for pequena,
pelo supervisor de Recursos Humanos e o
supervisor da área, dará início ao procedimento
para contratação do candidato.

Nessa fase iremos iniciar pela solicitação dos devidos documentos.

O Departamento Pessoal ou RH, não pode reter nenhum tipo de documento


de identificação pessoal do empregado, ainda que este seja apresentado em
forma de fotocópia.

A empresa, necessitando dos documentos, terá o prazo de 5 (cinco) dias


para extrair os dados necessários e devolvê-los ao empregado. A retenção dos
referidos documentos constitui infrações penais, puníveis com pena de prisão
simples de 1(um) a 3 (três) meses ou com multa (Lei nº. 5.553/68).

É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória para efeito de


admissão de empregado, manutenção do contrato de trabalho, por motivo de
sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade (art. 7º, XXXIII-
CF).

Desta forma constitui crime, a empresa que:

a) exigir das mulheres teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração


ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou o estado de gravidez
para a admissão;

b) exigir do candidato atestado de antecedente;

c) induzir ou instigar à esterilização genética;

d) promover controle de natalidade, salvo o oferecimento de serviços e de


aconselhamentos ou planejamento familiar, realizadas através de instituições
públicas ou privadas, submetidas às normas do Sistema Único de Saúde - SUS.

30
DEPARTAMENTO PESSOAL

A não observação destes dispostos acarretará a detenção de dois anos,


multa do empregador, de seu representante legal, bem como multa
administrativa de dez vezes o valor do maior salário pago pelo empregador,
elevado em 50% em caso de reincidência, e a proibição de obter empréstimos
com financiamentos junto a instituições financeiras.

A rescisão contratual por ato discriminatório faculta o empregado optar pela:

- Readmissão com ressarcimento integral de todo o período de


afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas
monetariamente, acrescidos de juros legais;

- Percepção em dobro da remuneração do período de afastamento,


corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais (Lei nº. 9.029, de
13.04/1995).

Registro

Em todas as atividades será


obrigatório para o empregador o registro dos
respectivos trabalhadores, podendo ser
adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico, conforme instruções a serem
expedidas pelo Ministério do Trabalho.

Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser


anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e
efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais circunstâncias que
interessem à proteção do trabalhador.

O empregado deverá ser registrado quando passar a prestar serviço à


empresa. Não existe prazo de tolerância para o registro. Não se deve confundir
a ausência de prazo para registro, com o prazo de devolução da CTPS.

O registro pode ser feito em livros, fichas, sistema eletrônico ou


informatizado que utilize meio magnético ou óptico (neste caso é necessário
fazer um memorial descritivo e protocolá-lo junto ao DRT).

31
DEPARTAMENTO PESSOAL

O registro deve conter obrigatoriamente as seguintes informações:

a) identificação do empregado, com número, série e UF da Carteira de


Trabalho e Previdência Social - CTPS;

b) data de admissão e, quando o funcionário for desligado, a data da


demissão;

c) remuneração e forma de pagamento;

d) local e horário de trabalho

e) concessão de férias;

f) identificação da conta vinculada ao FGTS e da conta do PIS/ PASEP;

g) acidente de trabalho e doença profissional, quando tiverem ocorrido.

O registro de empregado deverá estar sempre atualizado e numerado


sequencialmente por estabelecimento.

Além do registro de funcionário, devem ser preenchidos outros


documentos, conforme veremos a seguir:

Carteira De Trabalho

Para registrar o empregado, serão necessárias as


seguintes anotações na carteira de trabalho, que
deverá ser devolvida no prazo máximo de 48 horas:

- Preencher na página Contrato de Trabalho os


dados da empresa, cargo, data de admissão e
remuneração específica.

Caso o candidato tenha registro de outra empresa, verificar se foi dada a


baixa desse registro anterior, caso não o tenha feito, informar ao candidato.

Obs.: O empregado pode trabalhar em outra empresa, desde que, seja em


horários diferentes.

- Preencher na parte da opção pelo FGTS:

a) Data da opção - será a mesma data de admissão do funcionário.

32
DEPARTAMENTO PESSOAL

b) Banco Depositário - Nome do Banco onde será depositado o FGTS.

c) Agência - Nº. da Agência depositária.

d) Praça - Cidade em que está localizada a agência

e) Estado - A Unidade de Federação onde se situa o banco

f) Empresa - Nome da Empresa

- As Anotações Gerais devem ser preenchidas nas seguintes hipóteses:

a) Cadastro do PIS (se for o 1º emprego) b) Termo de contrato de


experiência;

c) Promoções

d) Alterações de dados do empregador, como Razão Social ou mudança


de endereço.

Além do registro do funcionário, devemos ainda verificar para efeito de


Contribuição Sindical, quando da admissão, se o funcionário já sofreu ou não o
desconto referente ao ano.

Caso ele não tenha contribuído e esteja sendo admitido a partir do mês de
março, iremos efetuar o desconto na folha do mês seguinte ao da admissão. E,
ainda, anualmente atualizar com o desconto efetuado na folha.

No último capítulo desta apostila veremos os modelos de formulários,


carteiras e registros com os quais terá que fazer estas anotações.

EXERCÍCIOS

1. Explique com suas palavras o princípio da onerosidade.


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

33
DEPARTAMENTO PESSOAL

2. Em sua opinião, é justo o empregado ter direito a participação nos


lucros, mas não poder ter participação nos prejuízos? Por quê?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3. Dê um exemplo de uma prática discriminatória para efeito de admissão.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4. No que pode acarretar para o empregador alguma destas práticas
discriminatórias?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5. O que o trabalhador pode pleitear na justiça nesses casos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
6. Qual a diferença do prazo para registro do prazo para devolução da
CTPS?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7. Descreva ao menos 3 informações obrigatórias nos registros.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8. Um trabalhador pode estar registrado na CTPS em duas empresas ao
mesmo tempo? Como?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9. Diga ao menos 3 informações que devemos registrar na CTPS, parte de
opção pelo FGTS.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10. Como registrar a Contribuição Sindical?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Reescreva a frase fazendo as alterações necessárias para que ela se torne


uma afirmação verdadeira.
1. Para que um colaborador seja considerado empregado é necessário
que preste serviço de forma contínua ao empregador, sem receber
salário.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2. O Departamento Pessoal tem o direito de reter todo o tipo de documento
de identificação pessoal do empregado, mas deve devolvê-lo em até três
meses.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

3. É comum a adoção de práticas discriminatórias para efeito de admissão


de empregado, manutenção do contrato de trabalho, por motivo de
sexo, origem, etnia, cor, estado civil, situação familiar ou idade.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

4. O empregado deverá ser registrado após prestar serviço à empresa.


Mas não há necessidade de ser imediato há um longo prazo para o
registro.
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5. Para registrar o empregado, não é necessário preencher nada na


carteira de trabalho.
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_______________________________________________________________
______________________________________________________________

6. A carteira de trabalho não deve ficar em poder da empresa em hipótese


alguma, nem mesmo por um dia.
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

AULA 04

Remuneração

A partir desta aula falaremos sobre REMUNERAÇÃO. Estudaremos seu


conceito para depois podermos começar a verificar suas formas.

Foi-se o tempo em que as negociações eram feitas na base da troca de


produtos. Hoje, o dinheiro é a base de tudo.

As pessoas prestam serviços a alguém em troca de remuneração, pois para


comprar coisas e pagar dívidas, necessitam essencialmente de dinheiro.

É aí que entra o papel do RH: planejar políticas de remuneração eficazes.

Ao longo de muitas décadas, o conceito de cargo baseado na divisão e


estruturação de tarefas vem sendo o grande balizador de diversas atividades da
gestão de RH.

Como consequência, os produtos mais visíveis são os conhecidos Planos


de Cargos e Salários, que utilizando diversas metodologias de avaliação, foram
responsáveis pelo grande desenvolvimento técnico dos profissionais de
remuneração.

É necessário admitir que esta contribuição técnica teve um papel


fundamental para a área de RH durante os longos anos em que as empresas
estiveram, de certa forma, protegidas das grandes turbulências.

37
DEPARTAMENTO PESSOAL

Com a mudança radical provocada pela inserção da nossa economia no


cenário globalizado e do acirramento da competição juntamente com o
reposicionamento do papel da área de RH nas organizações para um foco muito
mais estratégico do que operacional, a atividade de compensação de recursos
humanos - remuneração e benefícios - passou por considerável revisão nos seus
conceitos e, consequentemente, nos seus métodos.

Com o aumento da dinâmica das transformações organizacionais, o


conceito de cargo teve sua importância drasticamente reduzida e novos
conceitos, como competências, começaram a ser utilizados.

Além disso, face à necessidade de as empresas desenvolverem


mecanismos para reconhecer, de modo mais efetivo, a contribuição com os
resultados, os sistemas tradicionais de cargos e salários passaram a não mais
atender a demanda da moderna gestão de pessoas.

Por outro lado, a estabilização da economia gerou uma nova dinâmica no


processo das negociações sindicais e das correções salariais e, por
consequência, deu novos contornos à prática das famosas pesquisas de
remuneração.

Novos tempos, novas necessidades.

Processo de Administração de Remuneração

Um processo de administração de remuneração, na sua forma mais


clássica ou incorporando novos conceitos, considera uma série de etapas
importantes para a construção de um plano que tenha sustentação técnica e, ao
mesmo tempo, credibilidade perante seus principais usuários: os gestores de
pessoas.

A) 1ª. ETAPA: Mapeamento das Posições;

- Sempre em linha com a dinâmica do modelo de gestão e estrutura


organizacional, envolvendo o tipo e quantidade de funções, tanto o esperado
pelo modelo quanto aquelas existentes de fato.

38
DEPARTAMENTO PESSOAL

Por exemplo, uma organização pode definir que na sua estrutura deverão
existir apenas cinco níveis hierárquicos, incluindo o comando e a base, mas, na
realidade, podem existir áreas com seis ou sete níveis, o que requer uma
atenção especial.

Nesta etapa são também elaboradas as descrições.

B) 2ª. ETAPA: Análise e entendimento das posições e das


competências necessárias para seus ocupantes;

- Nesta etapa, procura-se entender a razão da existência de cada posição,


especialmente daquelas imprescindíveis ou críticas para a área em que estão
inseridas.

Devem-se analisar as razões das eventuais distorções entre o desenho


esperado e o real e definir as competências necessárias - especialmente
conhecimentos e habilidades - para um desempenho "competente" de cada
função.

C) 3ª ETAPA: Avaliação;

- Esta avaliação deve ocorrer segundo parâmetros e métodos definidos


previamente, seguida de eventual classificação das posições em grupos de
contribuição estratégica equivalentes.

Esses grupos devem ser comparados no mercado e aos quais são


atribuídas as faixas salariais com as amplitudes definidas pela organização.

Ou seja, faixas mais largas ou mais estreitas, dependendo da estrutura da


organização; mais verticalizadas ou mais achatadas, e do nível de flexibilidade
que se deseja para a gestão salarial.

D) 4ª ETAPA: Validação da estrutura pelas principais lideranças;

- Esta etapa é fundamental e constitui a "cola" do sistema, sem a qual


qualquer posicionamento técnico perde seu valor.

Por mais claras que estejam as avaliações do ponto de vista dos


avaliadores, é importante que elas sejam aceitas pelas lideranças das outras
áreas.

39
DEPARTAMENTO PESSOAL

É importante ter em mente que, na grande maioria das empresas, todo


cargo da "minha" área vale mais do que o cargo do "vizinho".

Razão pela qual a validação, com uso e contorno dos aspectos políticos e
do bom senso sobre a técnica, é imprescindível.

E) 5ª ETAPA: Definição da política contendo o posicionamento


desejado;

- Por exemplo: em relação ao mercado, à concorrência, à relação salário


fixo versus variável, aos incentivos de curto prazo versus incentivos de longo
prazo e, ainda, em relação aos benefícios ou remuneração indireta.

Componentes da Remuneração

Vamos ver agora os componentes da remuneração que uma pessoa recebe


em uma empresa em troca dos seus serviços.

A) Salário-base;

É o salário referência do cargo ou da


posição, definido segundo diversos parâmetros,
deste o valor relativo interno até as referências de
mercado.

Trata-se de parcela fixa, independente da


contribuição efetiva do ocupante da posição e, legalmente, não pode ser
reduzido, exceto em circunstâncias muito especiais.

Por esta razão, constitui uma base de custo fixo.

A tendência para o salário-base é de representar cada vez mais uma


parcela menor no composto da remuneração total, especialmente para as
posições de maior contribuição estratégica.

Outra evolução é o alargamento da amplitude das faixas de salário-base,


as chamadas bandas largas.

40
DEPARTAMENTO PESSOAL

Em sintonia com os modelos organizacionais de estruturas mais achatadas


e funções mais complexas, de modo a permitir uma maior flexibilidade na
administração salarial.

B) Benefícios;

É o chamado salário indireto e se constitui em parcela fixa da remuneração.

Os mais comuns são:

- Planos de assistência médica; - seguro de vida;

- Alimentação; - transporte;

- Previdência privada;

A tendência que tem se verificado em organizações mais modernas é a de


adoção de planos flexíveis, como uma cesta de livre escolha, por exemplo, que
possam se adaptar às necessidades das pessoas.

No Brasil, o componente “benefícios” assume um papel essencial, visto que


as políticas públicas têm sido insuficientes para disponibilizar serviços básicos,
como assistência médica e transportes.

As empresas, por sua vez, acabam tendo um poder de negociação que o


funcionário não teria isoladamente

C) Remuneração Variável;

É a parcela normalmente atrelada a


resultados. Costuma ocorrer de duas formas:

- Incentivos de Curto Prazo -


comissões, bônus, programas de
participação nos lucros ou resultados (PLR´s) etc.

- Incentivos de Longo Prazo - geralmente Planos de Opção de Ações ou


equivalentes.

Este é o componente que mais tem crescido em contraposição ao salário-


base, por constituir-se "em custo variável" e em fator "motivador" para a busca
de resultados.

41
DEPARTAMENTO PESSOAL

D) Especiais;

São programas e campanhas de incentivo, normalmente direcionados para


objetivos e áreas específicas como vendas e marketing, inovação etc.

É necessário ressaltar que as empresas podem adotar, e muitas o fazem


de maneira brilhante, campanhas de reconhecimento que não representam
remuneração, mas se constituem em importantes mecanismos de motivação e
melhoria do clima, entre outras finalidades.

DESAFIOS

O equilíbrio entre os diversos componentes deve respeitar o momento da


organização e contribuir para a viabilização dos seus objetivos.

Assim, um programa de remuneração variável agressivo pode ser mais


adequado para empresas em fase de crescimento.

Enquanto um foco maior no salário fixo pode ser mais apropriado para
empresas em razoável grau de estabilidade.

De qualquer forma, a tendência verificada nos últimos anos é uma


distribuição em que a parcela variável, atrelada a resultados efetivos, vem sendo
cada vez mais expressiva, chegando, em alguns casos, a representar 70% da
remuneração total.

São grandes os desafios da moderna gestão de remuneração. Entre eles,


os mais significativos no nosso entender são:

A) Alinhar o modelo com a estratégia organizacional de curto, médio


e longo prazos;

Em outras palavras, o sistema deve servir à estratégia maior da


organização e não se constituir, por melhor que seja sua constituição técnica e
metodológica, em um sistema isolado.

B) Atrelar a gestão da remuneração ao valor efetivo da contribuição


e agregação de valor de cada profissional, diferenciando os falsos
iguais;

42
DEPARTAMENTO PESSOAL

Não se sustenta mais, isoladamente, a premissa de salários iguais para


funções iguais.

A) Contribuir para a atração e retenção de talentos;

A percepção de uma remuneração justa, adequada ao mercado, à


performance e aos resultados, é um dos fatores decisivos, embora também não
isoladamente, para a permanência de bons profissionais em uma determinada
organização.

Agora que estudamos todos estes conceitos sobre remuneração, veremos


na próxima aula as formas de salário que normalmente podem ocorrer, de acordo
com a sistemática e função da empresa, bem como suas variações.

EXERCÍCIOS

1. Qual a importância do mapeamento das posições?


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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2. Qual a diferença entre salário e remuneração?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3. Qual a finalidade da análise e entendimento das posições?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4. Como deve ser feita a avaliação, dentro do Processo de Administração
de Remuneração?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5. Qual a importância da validação da estrutura pelas lideranças?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
6. O que é o salário-base?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7. Quais os 3 benefícios que você julga serem mais indispensáveis?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8. Todas as empresas são obrigadas a pagar benefícios?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9. O que é a remuneração variável e por que ela vem sendo utilizada cada
vez mais pelas empresas?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10. Para você, qual o maior desafio da Gestão de Remuneração? Justifique
sua resposta.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Assinale as alternativas que completam as frases:

a) A remuneração é composta por:

( ) Especiais ( ) Mapeamento das Posições ( ) Avaliação ( ) Salário-base

( ) Benefícios ( ) Remuneração Variável

b) As etapas do processo de administração de remuneração são:

( ) Mapeamento das Posições ( ) Avaliação ( ) Salário-base

( ) Análise de posições e competências dos ocupantes

( ) Especiais ( ) Validação da estrutura pelas principais lideranças

( ) Definição da política e posicionamento ( ) Benefícios

c) Os benefícios compreendem:

( ) seguro de vida ( ) Salário ( ) alimentação

( ) Férias ( ) planos de assistência médica

( ) transporte ( ) 13° salário ( ) previdência privada

d) Na etapa de Análise e entendimento das posições e competências


necessárias para seus ocupantes:

( ) procura-se entender a função de cada posição.

( ) são elaboradas descrições.

( ) é envolvido o tipo e a quantidade de funções.

( ) são analisadas as competências e habilidades necessárias para cada

função.

45
DEPARTAMENTO PESSOAL

AULA 05

SALÁRIO I

Agora que estudamos conceito de remuneração, iremos aprender sobre as


suas diversas formas e variações e a forma como são aplicadas.

Formas De Pagamento De Salário

Ao se concluir determinado período de trabalho, seja ele semanal,


quinzenal ou mensal, terá o empregado o direito de receber seu salário, sendo
este fixado em seu contrato de trabalho e inscrito na CTPS.

Note-se que o critério a ser adotado para a fixação do salário nada tem a
ver com os intervalos que se pagam ao empregado.

Exemplo: um empregado com sua base de cálculo em horas pode receber


por mês. Sua base de cálculo é a hora, mas a forma de pagamento é mensal.

A) Salário Mensal;

- É estabelecido com base no calendário oficial, sendo apurado no fim de


cada mês o valor a ser percebido pelo empregado, considerando mês, para
todos os fins, o período de 30 (trinta) dias.

Não se leva em consideração se este mês tem 28, 29 ou 31 dias.

46
DEPARTAMENTO PESSOAL

Nessa forma de pagamento de salários, deverá o empregador pagar ao seu


empregado até o quinto dia útil do mês seguinte, sendo considerado o sábado
como dia útil.

B) Salário Quinzenal;

- É estabelecido com base em quinze dias do mês, devendo o valor


apurado ser pago até o 5º dia da quinzena vencida, ou seja, os pagamentos
serão efetuados no dia 20 do mês correspondente e no dia 5 do mês
subsequente.

C) Salário Semanal;

- Tem como base a semana, devendo o valor ser apurado até o 5º (quinto)
dia da semana vencida.

D) Salário Comissão;

A comissão é a forma de salário pelo qual o empregado recebe um


percentual do produto cuja venda intermedeia.

É sempre assegurada ao empregado a percepção de, no mínimo, um


salário-mínimo ou salário normativo da categoria profissional em questão.

EXTRAS

A duração normal de trabalho é de


7 (sete) horas e 33 (trinta e três)
minutos diários e de 44 (quarenta e
quatro) horas semanais, salvo casos
especiais previstos em lei.

Tal jornada pode ser acrescida de horas suplementares, em número não


excedente a duas, diárias, mediante acordo por escrito entre o empregado e o
empregador, ou contrato coletivo de trabalho.

Neste caso, as horas extras deverão sofrer um acréscimo de, pelo menos,
50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora normal.

No caso de haver horas extraordinárias em domingos e feriados, o


acréscimo será de 100% (cem por cento) sobre a hora normal.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Ressalvamos que, em determinadas categorias profissionais, os


empregados logram maiores percentuais sobre as horas, mediante acordos ou
dissídios coletivos.

ADICIONAIS

A) Adicional Noturno;

- Considera-se noturno o trabalho


realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de
um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte;
isso para o trabalhador urbano.

Já para o trabalhador rural que trabalha


na lavoura, o trabalho noturno é das 21 (vinte
e uma) horas de um dia às 5 (cinco) horas do
dia seguinte.

Para o rural que trabalha na pecuária, é das 20 (vinte) horas de um dia às


4 (quatro) horas do outro.

Para o trabalhador urbano, a hora noturna tem a duração normal de 52


(cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

Para o trabalhador rural, a hora tem a mesma que a diurna, ou seja, 60


(sessenta) minutos.

Para o trabalhador urbano, além da redução da hora normal, incide o


adicional noturno de pelo menos 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora
normal diurna.

Para o trabalhador rural, não existe a vantagem da redução da hora; em


contrapartida, o adicional noturno é de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento)
sobre o valor da hora normal diurna.

No caso de o empregado fazer horas extras noturnas, deve -se aplicar o


adicional de horas extras sobre o valor da hora noturna.

B) Adicional de Periculosidade;

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DEPARTAMENTO PESSOAL

- São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por


sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamáveis ou explosivos, em condições de risco acentuado.

O empregado que trabalha em condições de periculosidade faz jus a um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário que percebe.

Se o empregado já recebe o adicional de insalubridade, poderá optar em


receber este ou aquele.

C) Adicional de Insalubridade;

- São consideradas insalubres as atividades que, por sua natureza,


condições ou métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites e tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos.

A insalubridade será caracterizada e classificada em consonância com as


normas baixadas pelo Ministério do Trabalho.

O exercício de trabalho em condições insalubres assegura ao empregado


um adicional equivalente a (conforme Súmula 17 do TST):

- 40% (quarenta por cento) sobre o salário-mínimo, para a insalubridade de


grau máximo;

- 20% (vinte por cento) sobre o salário-mínimo, para a insalubridade de grau


médio;

- 10% (dez por cento) sobre o salário-mínimo, para a insalubridade de grau


mínimo.

SALÁRIO-FAMÍLIA

Também é benefício da Previdência Social, mas com características


especiais, porque, além de devido a segurados em atividade, funciona em
regime de compensação.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Os valores do salário-família seguem


uma tabela que é constantemente atualizada
pelo Governo Federal.

Ele é devido com relação a cada filho


menor de 14 anos, ou inválido, sem limite do
número de filhos; e dão direito a ele, nas
mesmas condições, o enteado e o menor
sem recursos, quando o segurado é tutor
dele.

Quando o pai e a mãe são segurados, o salário-família é devido aos dois.

A) Salário-Família quanto ao seu pagamento;

A empresa paga o salário-família dos seus empregados e desconta o total


pago do valor das contribuições que tem a recolher.

Quando a empresa não paga os salários por mês, o salário-família deve


ser pago com o último pagamento relativo ao mês.

No caso de trabalhador avulso, é o sindicato ou Órgão Gestor de Mão-de-


Obra que paga, mediante convênio com o INSS.

O salário-família não se incorpora ao salário e, por isso, não incide sobre


ele o desconto da contribuição para a previdência social.

B) Salário-Família quanto aos seus demais beneficiados;

- O salário-família é devido também ao empregado ou trabalhador avulso


que está recebendo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou por idade, e
a qualquer outro aposentado de mais de 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.

Nesses casos, a previdência social faz o pagamento diretamente junto com


outro benefício, mas o salário-família não se incorpora a ele.

50
DEPARTAMENTO PESSOAL

SALÁRIO-MATERNIDADE

É o benefício a que tem direito a


segurada da Previdência Social por
ocasião do parto.

O INSS exige da segurada carência


de dez contribuições mensais para
conceder o salário-maternidade.

A) Salário-Maternidade quanto às
suas condições;

É devido à segurada gestante, empregada (inclusive as domésticas),


trabalhadora avulsa ou especial, nas mesmas condições da legislação
trabalhista.

B) Salário-Maternidade quanto ao seu valor;

A renda mensal do salário-maternidade é correspondente:

- Para a empregada, ao seu salário integral;

- Para a empregada doméstica, ao valor do seu último salário de


contribuição;

- Para a trabalhadora avulsa, ao valor da sua última remuneração


correspondente a um mês de trabalho;

- Para a segurada especial, a um salário-mínimo;

- Para a contribuinte individual e a segurada facultativa, o valor do salário-


maternidade consiste em 1/12 avos da soma dos 12 últimos salários de
contribuição, apurados em um período não superior a 15 meses.

B) Salário-Maternidade quanto ao seu pagamento;

O salário-maternidade é pago:

- A partir do 8º (oitavo) mês de gestação, comprovado mediante atestado


médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde - SUS;

51
DEPARTAMENTO PESSOAL

- A partir da data do parto, com apresentação da Certidão de Nascimento e


do atestado médico;

Quando o parto ocorrer sem acompanhamento médico, a comprovação


ficará a cargo da perícia médica do INSS.

D) Salário-Maternidade quanto ao seu período de recebimento;

O salário-maternidade é pago:

- Por 120 dias a partir do parto ou, se a segurada preferir, 28 dias antes e
91 dias após o parto;

- Em caso de aborto não-criminoso, comprovado mediante atestado médico


fornecido pelo Sistema Único de Saúde, durante duas semanas.

E) Salário-Maternidade quanto à sua localidade de recebimento;

O salário-maternidade é pago pela empresa, a qual se ressarce do valor


despendido na guia de recolhimento (GPS).

F) Salário-Maternidade quanto à sua duração;

É devido à empregada gestante, independentemente de carência, durante


28 dias antes e 91 dias depois do parto; esse período vale como tempo de
contribuição.

Em alguns casos excepcionais, os períodos de repouso antes e depois do


parto podem ser aumentados de duas semanas cada um, mediante atestado
médico oficial.

G) Salário-Maternidade quanto à demissão da gestante;

O salário-maternidade só é devido enquanto existe a relação de emprego.

A empresa que despede sem justa causa a empregada gestante tende a


arcar com os ônus trabalhistas da demissão.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

EXERCÍCIOS

1. Quais são os dias do mês em que devem ser pagos, respectivamente,


os salários Mensal, Quinzenal e Semanal?

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2. O que é o Salário-Comissão?

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3. Em que situações deve-se pagar a hora extra com 50%?

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4. Em que situações deve-se pagar a hora extra com 100%?

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5. Qual a diferença de duração de hora adicional noturna para o


trabalhador urbano e o trabalhador rural?

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DEPARTAMENTO PESSOAL

6. Qual a diferença entre Periculosidade e Insalubridade?

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7. Em que situações o pagamento do Salário-Família é feito pela


Previdência Social?

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8. Quais as diferenças existentes no Salário-Maternidade entre empregada


e empregada doméstica?

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9. A empresa pode demitir uma gestante sem justa causa?

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10. Existe um projeto de lei que ampliou a duração da licença-maternidade,


em agosto de 2008. No entanto, esta ampliação não é obrigatória às
empresas. O que esta lei muda na duração da Licença-Maternidade?

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DEPARTAMENTO PESSOAL

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Aponte as principais diferenças entre:

a) Salário quinzenal X Salário mensal;

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b) Salário comissão X Adicionais;

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c) Adicional de Periculosidade X Adicional de Insalubridade;

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d) Salário-Família X Salário-Maternidade;

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e) Salário semanal X Adicional Noturno.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

AULA 06

Jornada de Trabalho e Marcação de Ponto

Jornada de Trabalho

No Brasil, há quem defina o período de trabalho como jornada de trabalho;


outros, inclusive a Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, preferem duração
do trabalho. O fato é que, de uma ou de outra forma, o empregado participa com
suas funções na empresa sempre vinculado a um período de horas.

O período pode ser presencial ou não-presencial. Presencial quando o


empregado exerce suas funções no local, modo e hora definidos. Não-presencial
quando o empregado exerce suas funções em local modo e hora não definidos.

Um exemplo da primeira situação é o exercício típico de um auxiliar de


escritório, que tem endereço certo, função definida e horário de entrada, intervalo
e saída pré-estipulados de trabalho.

Para a segunda situação temos o motorista, que pode não ter endereço
certo e horário de entrada, intervalo e saída não definidos.

Assim, chegamos a uma diferenciação no cumprimento do trabalho, pois


jornada de trabalho é o período que o empregado fica à disposição do
empregador, executando ou não sua função, mas sob sua dependência. Período
de trabalho requer início e fim definidos de horário e trabalho sob a direção do
empregador.

56
DEPARTAMENTO PESSOAL

A duração do trabalho, então, pode ser disposta de qualquer maneira, não


se vinculando a um padrão comum aos empregadores.

Essa ausência de padrão, porém, não permite ao empregador o exercício


livre do período de trabalho, devendo se submeter nas normas constitucional,
legal e normativas da relação trabalhista.

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º inciso XIII, e a Consolidação


das Leis Trabalhistas, em seu art. 58, passaram a determinar que a jornada de
trabalho não ultrapassasse as: 8 horas diárias e 44 horas semanais

A limitação da jornada de trabalho, atualmente vigente, não impossibilita


que ela seja menor, apenas assegura um limite máximo. Embora, ainda, exista
uma extensão através do regime de compensação e prorrogação das horas

Nota: Para se compor as horas trabalhadas por dia, não se deve computar
o período de intervalo concedido ao empregado. Exemplo: das 8:00 às 17:00
com 1:00 hora de intervalo, temos 9 horas na empresa, mas 8 horas de trabalho,
excluindo o intervalo. (CLT art. 71§2)

Deve-se considerar que algumas atividades - ou por força de lei ou acordo


coletivo -, possuem jornadas especiais, por exemplo:

LIMITE DE HORAS
PROFISSÃO DIA

Bancários 6 horas

Telefonista 6 horas

Operadores de
Cinema 6 horas

Jornalista 5 horas

Médico 4 horas

Radiologista 4 horas

57
DEPARTAMENTO PESSOAL

O empregador pode formular período de jornada no contrato de trabalho de


acordo com suas necessidades, basta não ferir a proteção da lei. Assim podemos
ter empregado horista, diarista ou mensalista

Temos registrado na ordem econômica do trabalho uma jornada especial


com regime de 12 x 36; ou seja, 12 horas de trabalho e 36 horas de descanso.

Essa jornada, embora não prevista na lei, tem sido adotada por diversas
normas coletivas (Sindicato) e tolerada pela jurisprudência pela típica
necessidade das empresas com alguns seguimentos específicos, tais como área
de saúde e segurança. Devo ressaltar que a justiça aceita tal prática mediante a
existência da norma coletiva e a impossibilidade da empresa em implantar outro
horário.

Caso não exista a norma coletiva criando este horário, a empresa sofrerá
com as penalidades previstas e a possibilidade de arcar com o pagamento das
horas extras.

Para todos os fins legais, admitidas pela jurisprudência e fiscalização, um


empregado que trabalha 8 (oito) horas por dia e no máximo 44 (quarenta e
quatro) horas na semana, tem carga mensal de 220 horas.

A interpretação mais aceita pela jurisprudência para entendermos a


formulação dessas 220 horas, é admitirmos um mês comercial de 5 (cinco)
semanas. Assim:

44 horas por semana (x) 5 semanas (=) 220 horas por mês;

36 horas por semana (x) 5 semanas (=) 180 horas por mês;

40 horas por semana (x) 5 semanas (=) 200 horas por mês;

30 horas por semana (x) 5 semanas (=) 150 horas por mês.

Importante! Não é aceita pela legislação pátria a alteração da jornada de


trabalho com prejuízos ao empregado. Será nulo, todo e qualquer acordo entre
as partes, mesmo que seja reduzida na proporção do salário e com declaração

58
DEPARTAMENTO PESSOAL

expressa do empregado. É fundamental, diante de um quadro necessário à


redução a participação por negociação coletiva (Sindicato) e Delegacia Regional
do Trabalho (DRT).

Pode-se admitir que as principais características de duração de jornada


podem se resumir em 8 (oito):

A) Hora Diurna;

Entende-se como hora diurna àquela praticada entre as 05:00 horas e


22:00 horas.

B) Hora Noturna;

A CLT preceitua no art. 73 § 2º que o horário noturno é aquele praticado


entre as 22:00 horas e 05:00 horas, caracterizando assim para o trabalhador
urbano, já em outra relação de trabalho, exemplo rural ou advogado, este horário
sofre alteração, porém, a legislação entendendo haver um desgaste maior do
organismo humano, criou algumas variantes em relação à hora diurna

À exemplo dessas variantes surge o seguinte quadro:

PERÍODO TEMPO REDUÇÃO TEMPO EFETIVO

22:00 às 23:00 1:00 hora 7 min. e 30 segs. 52 min. e 30 segs.

23:00 às 00:00 1:00 hora 7 min. e 30 segs. 52 min. e 30 segs.

00:00 às 01:00 1:00 hora 7 min. e 30 segs. 52 min. e 30 segs.

01:00 às 02:00 1:00 hora 7 min. e 30 segs. 52 min. e 30 segs.

02:00 às 03:00 1:00 hora 7 min. e 30 segs. 52 min. e 30 segs.

03:00 às 04:00 1:00 hora 7 min. e 30 segs. 52 min. e 30 segs.

04:00 às 05:00 1:00 hora 7 min. e 30 segs. 52 min. e 30 segs.

TOTAL 7:00 horas 52 min. 30 segs.

59
DEPARTAMENTO PESSOAL

Dessa forma a legislação definiu que às 7 (sete) horas noturnas


trabalhadas equivalem a 8 (horas). Nesse caso um trabalhador só pode ter mais
1 (uma) hora acrescida à sua jornada, visando o período para descanso ou
refeição. Destarte, o empregado trabalha 7 (sete) horas, mas recebe 8 (oito)
horas para todos os fins legais. Foi uma forma encontrada pelo legislador para
repor o desgaste biológico que enfrenta quem trabalha à noite, sendo
considerada um período penoso de trabalho.

O Estado, entendendo que é impossível que algumas funções não sejam


exercidas no horário noturno, acresceu à jornada diurna um adicional para
compensar o exercício penoso nesse horário.

Destarte, visando a apuração do valor, a hora noturna recebe um adicional


especial, determinado como adicional noturno.

Esse adicional é no mínimo 20% (vinte por cento) (CLT art. 73), sendo certo
que alguns acordos ou convenções coletivas determinam percentual maior.

Se um trabalhador com mesmo cargo diurno ganha R$ 10,00 (dez) reais


por hora, esse mesmo cargo no período noturno ganhará R$12,00 (doze) reais

(R$ 10,00 + R$ 2,00 [R$ 10,00 x 20%] de adicional noturno)

Se o empregado trabalha o mês todo no período noturno e ganha


R$ 1.000,00 (mil) reais de salário, ele receberá seu salário total acrescido dos
20% (vinte por cento) do adicional noturno.

(R$ 1.000,00 + R$ 200,00 de adicional noturno = R$ 1.200,00)

O empregado pode exercer horas extras no período noturno, devendo ser


remunerado com base nas regras das horas extras e acrescido dos 20% do
adicional noturno.

Supressão: O adicional noturno pode ser suprimido, cancelado, extinto,


caso o empregado mude o seu turno de trabalho, deixando de trabalhar no
período noturno e passando a trabalhar no período diurno.

Importante! Ao menor de 18 anos de idade é proibido o trabalho em horário


noturno (CLT art. 404).

60
DEPARTAMENTO PESSOAL

C) Horas Extras;

As expressões horas extras ou horas suplementares equivalem-se, e tais


fenômenos ocorrem quando o empregado excede na quantidade de horas
contratualmente determinadas. Por exemplo, um empregado trabalha das 09:00
às 18:00 horas com 1:00 hora de intervalo para repouso e alimentação, se ele
entrar antes das 9:00, não cumprir total ou parcial o seu horário de intervalo, ou
ainda, sair após as 18:00 horas, confirmando estar à disposição ou exercendo a
atividade para o empregador, caracteriza-se a hora extra ou hora suplementar.

Porém, esse fenômeno não ocorre isolado, ele é parte de um acordo escrito
pré-estabelecido entre o empregador e o empregado, denominado como Acordo
de Prorrogação.

O acordo de prorrogação visa atender o empregador, que por natureza da


circunstância do momento requer do empregado uma disponibilidade maior de
seu horário contratual.

A legislação do trabalho (CLT art. 59) visando garantir proteção ao


empregado e não deixar o limite do tempo por conveniência do empregador,
procurou limitar esta prorrogação a: 2 horas diárias.

Poderá ser substituído o acordo individual entre as partes, pelo acordo


coletivo de trabalho; ou seja, havendo previsão nesse acordo não há
necessidade de termo de prorrogação entre as partes.

Dentro desse aspecto, o legislador constituinte tratou de criar mecanismo


que pudesse dar vantagem também ao empregado, pois num primeiro momento
o excedente estaria apenas atingindo a atividade econômica do empregador.
Assim a CLT art. 59 § 1º determinou que a duração das horas extras fosse
acrescida de no mínimo: 50% nos dias normais e 100% nos domingos e feriados.

É comum encontrar nos acordos ou convenções coletivas percentuais


diferenciados, variando pela quantidade de hora ou dia da semana.

A fórmula para calcular tal adicional sobre as horas normais pode ser assim
considerada:

61
DEPARTAMENTO PESSOAL

Salário / Jornada/ Valor do Adicional de Valor a pagar


Mês Mês Salário-Hora 50% por Hora

A B C D E

R$ 1.000,00 220 horas A dividido por B 50% de C C+D

calculando >>>> R$ 4,54 R$ 2,27 R$ 6,81

Nota: O limite de 2 (duas) horas pode ser rompido quando a empresa se


encontra em emergência, entendida como tal, aquela que coloque em risco as
atividades econômicas da empresa, podendo acarretar prejuízos manifestos.
Apresentando esse quadro, o empregador deverá comunicar o órgão do trabalho
local competente (normalmente a DRT) num prazo de 10 (dez) dias, e pagará o
adicional das horas extras no percentual de 25% (vinte e cinco por cento). Mas,
de forma nenhuma deverá ultrapassar 12 (doze) horas total de trabalho diário.
CLT art. 61 §§ 1º e 2º.

As variações entre 5 (cinco) e 10 (dez) minutos diários não serão


computadas como horas extras (CLT art. 58 § 1º).

O empregado comissionado também recebe horas extras, calculando sobre


o valor das comissões a elas referentes (TST - Súmula 340).

Gratificação por tempo de serviço e gorjeta integram a base de cálculo das


horas extras (TST – Súmula 264 e Súmula 354).

Cancelamento das Horas Extras: A supressão, pelo empregador, do serviço


suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura
ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de um mês das
horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de
prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das
horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos doze meses,
multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. (TST - Súmula 291).

62
DEPARTAMENTO PESSOAL

Importante! Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes


dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do
Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho,
quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das
autoridades competentes em matéria de medicina do trabalho, as quais, para
esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos
métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de
autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em
entendimento para tal fim.

D) Hora Compensatória ou Banco de Horas;

O empregador pode adotar um procedimento de concentrar sua atividade


num período da semana, mas deverá proporcionar ao empregado redução
noutro dia.

Dessa forma o empregador pode romper a barreira das 8 (oito) horas


diárias, mas não poderá ultrapassar a das 10 (dez) horas diárias e 44 (quarenta
e quatro) semanais. Podendo compensar em qualquer época, não
necessariamente na mesma semana. A esse fenômeno dá-se o título de Horas
de Compensação ou Acordo de Compensação.

Procurou ainda o legislador (CLT art. 59 § 2º) limitar o período, sendo válido
a compensação que vigore por 1 (um) ano.

O período anual será contado a partir do momento que o acordo for firmado
entre as partes empresa e sindicato ou implantação do regime de compensação,
caso haja previsão na norma coletiva. O acordo, então, prestigiará aqueles
presente no momento da celebração e recepcionará os demais admitidos,
mediante anuência, no decurso do período.

Após esse período, havendo interesse do empregador, deverá ser firmado


novo acordo. Não há na norma jurídica uma determinação do período de início
de fim, porém tem sido uma prática as empresas adotarem o exercício do ano
letivo para o controle da compensação.

63
DEPARTAMENTO PESSOAL

Na ocorrência da rescisão contratual, as horas realizadas no período de


compensação ou banco de horas devem ser pagas como horas extras, incidindo,
inclusive, como reflexo nas verbas rescisórias. Também deverá ser saldado
como horas extras, as horas de compensação ou banco de horas que
ultrapassarem o vencimento de 1 ano do acordo de compensação.

O acordo de compensação não ajustado e seguido corretamente poderá


ser descaracterizado, e permitirá o empregado reclamar as horas extras.

E) Hora Turno ou Revezamento

Constituição Federal art. 7 inciso XIV e Instrução Normativa nº. 64/2006 do


MTE: quando o empregador tem sua atividade econômica estabelecida na forma
de turnos, ou seja, a empresa tem serviço manhã, tarde e noite e empregados
trabalhando nesses períodos em sistema de rodízio, é atribuído a essa forma de
trabalho a chamada hora por turno. Independentemente do tipo da atividade da
empresa ou da função do empregado, se este pode ter seu turno alterado, um
dia trabalha pela manhã, noutro à tarde e outro à noite, ele fatalmente cumpre
duração de turno e logo tem limite diário de 6 (seis) horas.

O empregador que adotar sistema fixo de turno e não de revezamento, não


estará vinculado ao turno de 6 (seis) horas, podendo assim utilizar a jornada de
8 (oito) horas. Entende-se por sistema fixo aquele que o empregado não faz
rodízio de trabalho entre manhã, tarde ou noite.

Nota: O intervalo na duração da jornada diária (ex. 15 minutos) ou no


descanso semanal (domingo ou feriado), não descaracteriza o turno ininterrupto.
Lembrando que não é considerado tempo de trabalho o intervalo para refeição.

F) Horas Sobreaviso ou Prontidão;

É aquela existente quando o empregado se mantém a disposição ou de


prontidão a empresa. Esse tipo de hora tem previsão legal (CLT art. 244 § 2º)
para a categoria dos ferroviários, mas a jurisprudência, ao longo do tempo,
consagrou às outras atividades. Assim, caracteriza-se a hora sobreaviso
independentemente do local de trabalho, categoria do empregado, distância,
instrumento de trabalho, mas sim o fato principal do empregado estar à

64
DEPARTAMENTO PESSOAL

disposição do empregador aguardando suas ordens, impedindo assim que ele


possa exercer alguma atividade pessoal sem descumprir sua função. A doutrina
tem esclarecido que a configuração se dá pelo fato do empregado ser tolhido do
seu direito de ir e vir; ou seja, aguardando as ordens em sua residência.

Quando o empregado exercer efetivamente as horas de sobreaviso, o


empregador deverá remunerar a hora normal com o acréscimo de 33,33% ou 1/3
do valor.

Exemplo: Salário-Base de R$ 1.000,00

R$ 1.000,00 / 220 h. = R$ 4,54. + 33,33% = R$ 6,05

Difere-se o sobreaviso do regime de prontidão, pois este existe quando o


empregado permanece nas dependências do empregador aguardando ordens.
As horas de espera, então, serão remuneradas com acréscimo de 66,6%, ou 2/3
do valor normal.

Exemplo: Salário-Base de R$ 1.000,00

R$ 1.000,00 / 220 h. = R$ 4,54. + 66,66% = R$ 7,57.

G) Hora Descanso ou Intervalo;

A essa hora atribui-se o tempo utilizado pelo empregado para repouso ou


alimentação.

Essa duração de descanso pode se dar dentro do seu horário contratual


(9:00 às 12:00 – para 1 hora – 13:00 às 18:00), ou ainda de uma jornada de
trabalho de um dia, pela jornada de trabalho de outro dia (trabalha no dia
20/09/01 – das 09:00 às 18:00 horas e só volta no dia 21/09/01 às 9:00 horas)
tempo, nesse exemplo 15 (quinze) horas de descanso.

Assim, é possível utilizar uma tabela para esses intervalos, vejamos:

65
DEPARTAMENTO PESSOAL

PERÍODO DURAÇÃO DO INTERVALO

até 4 horas 00:00 minutos

de 4 a 6 horas 00:15 minutos

acima de 6 horas 01:00 hora

entre um dia e o outro 11:00 horas

entre uma semana e a outra 24:00 horas - DSR

Na CLT as previsões dos intervalos são determinadas, e caso não haja


previsão em norma coletiva, os intervalos concedidos pela empresa devem ser
considerados como horário de trabalho normal.

O entendimento se dá pelo fato de não haver previsão legal e o empregado


se encontrar à disposição do empregador. Exemplo: intervalo para o café manhã
ou tarde.

Importante! Uma empresa pode permitir que o intervalo seja superior à 1:00
hora, com a possibilidade de chegar até 2:00 horas (CLT art. 71) ou, ainda, existir
intervalo superior, devendo ser consentido através de acordo ou convenção
coletiva. A legislação, ainda, orienta que o descanso semanal deve ser,
preferencialmente aos domingos da semana ou, no mês, obrigatoriamente, um
domingo no mínimo.

Determinadas funções possuem características próprias de sua natureza e


vincula-se a uma proteção maior de segurança e saúde no trabalho, por essa
razão a lei determinada que tenham pequenos intervalos.

Exemplos dessas funções são: digitador, datilógrafos e assemelhados. A


legislação é clara e determina que a cada 0:90 (noventa) minutos haja 0:10 (dez)
minutos de intervalo, não deduzido de sua jornada de trabalho.

Há na Norma Regulamentadora 17 da Segurança e Saúde do Trabalhador,


a orientação de a cada 0:50 (cinquenta) minutos conceder 0:10 (dez) minutos de
intervalo.

66
DEPARTAMENTO PESSOAL

Nota: Se o intervalo para descanso for suprimido, o período trabalhado


deverá ser remunerado como acréscimo de horas extras.

Qualquer que seja o período de intervalo intrajornada de trabalho, não


integra a contagem da jornada de trabalho diária (CLT art. 71 §2º).

O intervalo de 1:00 (uma) hora pode ser reduzido mediante autorização do


Ministro do Trabalho, quando verificado a existência de refeitório no local e a
inexistência de horas extras na empresa.

O trabalhador rural tem seu intervalo um pouco diferente do intervalo do


empregado urbano.

Nos serviços intermitentes, que são executados em duas ou mais etapas


diárias, não serão computados como tempo de serviço os intervalos entre
etapas, desde que haja ressalva de tal hipótese na CTPS do empregado (Lei
5.889/73 art. 6º).

H) Hora “In Itinere” ou Itinerário;

Não há previsão na CLT para essa característica de hora, mas a


jurisprudência tem consagrado o período gasto pelo empregado no percurso
casa – trabalho – trabalho – casa – quando a empresa fornece transporte
particular pela inexistência do
transporte público ou local de difícil
acesso.

Esse período então passa a


integrar a jornada de trabalho, devendo
ser considerado na remuneração
mensal. (TST – Súmula – 90 – 324 -
325).

Marcação De Ponto

Para o empregador é primordial adotar um sistema de controle do registro


da jornada de trabalho praticada pelo empregado. A ausência desse controle é
um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas na justiça do trabalho,

67
DEPARTAMENTO PESSOAL

devendo, então, receber uma atenção especial, não só na existência, mas


também no treinamento do empregado que irá operacionalizar o sistema, bem
como uma política clara e extensiva aos empregados, que condigam com as
atividades da empresa.

Dessa forma, temos algumas opções que podem ser adotadas, e cada qual
requer um procedimento diferente e adoção de controle específico, sempre
visando o cumprimento da lei.

Vamos ver a seguir quais os principais sistemas de controle, bem como


suas características:

A) Manual;

- É o controle feito de forma transcrita pelo empregado, diretamente num


livro ou folha individual de presença, apropriados para o registro. É
imprescindível conter os dados do empregador (nome, CNPJ e endereço) e do
empregado (nome, cargo, horário de trabalho contratual, número de registro,
período a que se refere o apontamento e espaço para assinatura).

Deve o registro transcrito ser fiel ao fato, ou seja, a justiça não tolera
registro com hora fictícia, pré-assinalada; por exemplo, empregado que registra
ter entrado todos os dias às 8:00 horas, o que é impossível na prática.

B) Mecânico;

- Sistema utilizado com relógio mecânico e cartão de ponto. Deve ser


preenchido os dados do empregador ou colar uma etiqueta sem rasuras, o
empregado registrará o seu horário no sistema de marcação mecânica.

C) Eletrônico ou Digital;

- Atualmente o mais utilizado, podendo servir como crachá de identificação


e no verso tarja magnética para registrar no relógio digital. A impressão da folha
de ponto no final do mês não pode fugir aos itens já citados acima.

Seja qual for o modelo adotado, o registro é pessoal e a assinatura no


apontamento mensal deve ser adotada.

68
DEPARTAMENTO PESSOAL

Alguns tribunais têm exigido a assinatura, mesmo no eletrônico, pois há


entendimento de que sendo possível alterar os dados, é direito do empregado
ter o conhecimento do fechamento, de tal sorte que se a assinatura não for
lançada é nulo os registros na folha de apontamento.

Os registros devem ser feitos obrigatoriamente no horário de entrada e


saída. Mencionar no corpo da folha ou cartão de ponto o horário de intervalo.
Nada impede de que o empregado registre todos os movimentos (entrada –
saída para intervalo – retorno do intervalo – término da jornada).

Importante! O empregador que possuir até 10 (dez) empregados, não é


obrigado a utilizar nenhum sistema de controle (CLT art. 74), porém não é
aconselhável adotar esta opção, porque na prática o ônus para o empregador
numa eventual reclamação trabalhista é alto. A empresa que adotar registros
manuais, mecânicos ou eletrônicos individualizados de controle de horário de
trabalho, contendo a hora de entrada e saída, bem como a pré-assinalação do
período de repouso ou alimentação, fica dispensada do uso de quadro horário.

A legislação selecionou duas funções (CLT art. 62 inciso I e II) que


passaram a requerer forma diferenciada no seu tratamento, seja pela
impossibilidade de registrar ou da autoridade no trabalho.

Estas funções, que requerem uma forma diferente de controle, são:

A) Atividade Externa;

Nesse caso devem ser entendidas as situações que não são compatíveis
como fixação de horário, aquelas que impossibilitam a fiscalização pela empresa.
A impossibilidade pode ser de natureza geográfica, operacional, percursos,
período e assemelhados. Não se vincula exclusivamente à função, mas ao fato
que impede o empregado registrar o seu horário. Algumas funções se aproximam
desse caso (caminhoneiro, viajantes, motorista de praça, corretor de seguro
externo etc.). Não é o fato de o empregado exercer atividade externa que o
dispensa da marcação do ponto, mas da impossibilidade de controle da
empresa.

69
DEPARTAMENTO PESSOAL

B) Gerente;

A doutrina tem admitido como gerente aquele que tem cargo de gestão,
entendendo como tal aquele com poderes para admitir, demitir, comprar, vender,
ter subordinados, o que se apresenta como empregador. É o executivo que, pela
natureza de suas funções, preposto, viagens, reuniões, fica impedido de cumprir
a marcação de ponto. Normalmente, tem poderes de comando com procuração
e, na ausência do proprietário, é a figura mais próxima frente a terceiros. A
questão não é ser gerente, mas ter poderes de proprietário.

Há casos de o empregado prestar serviços fora do estabelecimento da


empresa, nesses casos deve ser usado sistema de controle externo (ficha, folha
de controle etc.).

Importante! A doutrina ainda discute a relação entre a função e o salário,


onde a função, para se beneficiar da dispensa da marcação, deve representar
40% (quarenta por cento) acima da média salarial dos demais empregados. Esse
entendimento é controvertido e questionável pela exclusividade da relação
econômica e não operacional, o que seria mais praticável na relação do trabalho.

Quando verificado que o empregado preenche as características da


atividade externa ou gerente, é necessário mencionar na CTPS (anotações
gerais) que ele se encontra desobrigado da marcação de ponto com base na
CLT art. 62.

EXERCÍCIOS

1. Se um trabalhador cumprir uma jornada das 8:00 às 20:00 com um


intervalo das 13:00 às 14:00, ele terá direito a quantas horas-extras e de
qual tipo?

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

2. Se no caso do exercício anterior, o Salário Mensal for de R$ 2.000,00,


quanto o funcionário receberá por estas horas, em valor, se o dia fosse
um feriado?

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_______________________________________________________________
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3. O que acontece com o Acordo de Compensação não ajustado?

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4. O que são as horas “In Itinere”?

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5. Qual a diferença do regime de sobreaviso do regime de prontidão?

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6. Qual deve ser a duração do intervalo de uma jornada de 7 horas de


trabalho diurno?

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DEPARTAMENTO PESSOAL

7. Qual a vantagem da marcação eletrônica de ponto?

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8. A empresa pode controlar o ponto de um motorista de praça?

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9. Cite um cargo para o qual a marcação de ponto é diferenciada.

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10. Por que o ponto eletrônico deve ser assinado?

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Responda:

1. Um trabalhador com mesmo cargo diurno ganha R$ 13,00 (treze reais)


por hora, quanto ganhará uma pessoa que trabalhar nesse mesmo
cargo no período noturno? (acréscimo de 20%).

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2. Uma pessoa recebe 1.000,00 reais de salário e trabalha 220 horas


mensais. Quanto será seu salário se além do horário normal o
funcionário fizer 5 horas extras (em dias normais) no mês?

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

3. Se um funcionário recebe 1.000,00 reais por mês e trabalha 220 horas


mensais fizer 2 horas extras (em domingos e feriados) no mês. Quanto
ele receberá?

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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

4. Uma pessoa que sai do trabalho as 8:00 horas da tarde. A partir de que
horas do dia seguinte essa pessoa poderá voltar ao trabalho? (de
acordo com o tempo de intervalo da legislação)

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

73
DEPARTAMENTO PESSOAL

AULA 07

SALÁRIO – II

Vamos ver agora outros eventos que incidem sobre a folha de pagamento
dos funcionários

Décimo-Terceiro Salário

Instituído pela Lei nº. 4.090-62, complementada pela Lei nº. 4.749-65,
refere-se ao pagamento anual de 1/12 avos da remuneração devida em
dezembro por mês de serviço do ano correspondente.

A fração igual ou superior a quinze dias de trabalho dará direito 1/12 avos.

O pagamento do 13º deverá ser efetuado da seguinte forma:

- 50% (cinquenta por cento), quando houver solicitação do empregado por


escrito, no mês de janeiro, para ser pago quando da concessão de suas férias;

- Ou, quando não solicitado, até o dia 30 de novembro, a título de


adiantamento da gratificação natalina.

Os outros 50% (cinquenta por cento) deverão ser pagos até o dia 20 de
dezembro quando, então, sofrerá todos os descontos devidos, levando-se em
consideração o total da gratificação.

Quando de sua antecipação, deverá ser recolhido apenas o FGTS.

74
DEPARTAMENTO PESSOAL

Os descontos de INSS e IRRF deverão ser feitos em separado, quando do


pagamento da segunda parcela.

Quando o aviso-prévio for indenizado, sobre a parte do 13º salário que se


refere ao aviso-prévio não haverá incidência do INSS.

O 13º salário deverá ser pago proporcionalmente em caso de rescisão de


contrato sem justa causa.

Férias

Todo empregado adquire o direito a


férias após doze meses de vigência do
contrato de trabalho (período aquisitivo),
sem prejuízo da remuneração, na
seguinte proporção:

- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5


(cinco) dias;

- 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 11 (onze)


faltas;

- 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido 15 (quinze) a 23 (vinte e


três) faltas;

- 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32


(trinta e duas) faltas;

Observa-se que as faltas a serem consideradas são apenas as


injustificadas, pois não acarretam à redução das férias as ausências
consideradas legais.

Não são considerados, também, para esse efeito, os atrasos e as faltas de


meio expediente, nem aquelas ausências que, embora injustificadas, tenham
sido abonadas pela empresa.

O trabalhador perde direito a férias quando, no curso do período aquisitivo:

- Permanecer em licença remunerada por mais de 30 (trinta) dias;

75
DEPARTAMENTO PESSOAL

- Deixar de trabalhar por mais de 30 (trinta) dias, com percepção de


salários, em decorrência de paralisação total ou parcial dos serviços da empresa;

- Pedir demissão e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias


subsequentes à sua saída;

- Permanecer recebendo auxílio-doença da Previdência Social, por mais de


180 (cento e oitenta) dias.

Com relação à concessão de férias, deverá ser comunicada ao empregado,


por escrito, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias.

Dessa comunicação, o empregado deverá dar o recibo.

Ressalta-se que, anteriormente a 10-12-85 (data de vigência da Lei nº.


7.414 -85), o referido prazo mínimo de antecedência era fixado em 10 (dez) dias.

O "aviso de férias" deve ser feito em duas vias, mencionando-se o período


aquisitivo a que se referem as férias. O empregado dá o ciente no documento.

A concessão das férias deverá ser anotada na CTPS do empregado em


local próprio e na ficha ou folha do livro, ou ficha de Registro de Empregados.

Existem também as férias coletivas, que poderão ser concedidas a todos


os empregados da empresa ou de determinado estabelecimento ou setores.

Poderão ser concedidas em dois períodos, sendo que nenhum deles


poderá ser inferior a 10 (dez) dias.

Para tanto, a empresa deverá:

- Comunicar à DRT as datas de início e fim das férias, com antecedência


mínima de 15 (quinze) dias, indicando quais os setores ou estabelecimentos
atingidos;

- Enviar ao sindicato representante da categoria profissional cópia da


comunicação feita à DRT, no mesmo prazo;

- Afixar, nos locais de trabalho, aviso da medida tomada. A microempresa


encontra-se dispensada do cumprimento das obrigações anteriormente
elencadas.

76
DEPARTAMENTO PESSOAL

Os empregados contratados a menos de 12 (doze) meses gozarão, na


oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se novo período aquisitivo a partir
do primeiro dia de gozo.

Se, eventualmente, as férias coletivas forem superiores ao direito do


empregado, a empresa deverá pagar-lhe os dias excedentes, como
complemento de pagamento de férias, evitando-se, assim, o prejuízo salarial.

O empregado tem direito de converter um terço de suas férias em abono


pecuniário.

Assim, por exemplo, aquele que tiver direito a 30 (trinta) dias de férias
poderá optar em descansar todo o período, ou apenas durante 20 (vinte) dias,
recebendo os dias restantes (1/3 de trinta dias) em dinheiro.

Observa-se que, no mês em que o empregado sai de férias, tendo optado


pelo abono, a remuneração equivalerá a 40 dias, sendo:

- 20 (vinte) dias - férias em descanso;

- 10 (dez) dias - férias pecuniárias;

- 10 (dez) dias - salário pelos dias trabalhados no mês.

O abono deverá ser requerido pelo empregado, por escrito, até 15 (quinze)
dias antes do término do período aquisitivo.

Após esse prazo, a concessão do abono ficará a critério do empregador.

Em seu artigo 7º, inciso XVII, a Constituição de 1988 dá ao trabalhador um


adicional de 1/3 (um terço) sobre a remuneração de férias, por ocasião do gozo
dessas.

Aplica-se o pagamento deste dispositivo também sobre as férias


indenizadas, nas rescisões de contrato de trabalho.

Sempre que as férias forem concedidas após o prazo legal (período


concessivo), serão remuneradas em dobro.

A dobra ocorre apenas em relação à remuneração, isto é, o empregado tem


direito à remuneração correspondente a 60 (sessenta) dias, descansando
apenas 30 (trinta).

77
DEPARTAMENTO PESSOAL

Faltas Justificadas

O empregado poderá deixar de


comparecer ao serviço, sem prejuízo do
salário nos seguintes casos:

- Até dois dias consecutivos, em caso


de falecimento de cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que,
declarada em sua CTPS, viva sob sua
dependência econômica;

- Até três dias consecutivos em virtude de casamento;

- Até cinco dias consecutivos, após o nascimento do filho (licença


paternidade);

- Por um dia em cada doze meses de trabalho, em caso de doação


voluntária de sangue devidamente comprovada;

- Até dois dias consecutivos, ou não, para fins de se alistar como eleitor;

- No período em que tiver que cumprir as exigências do serviço militar


(alistamento, exames médicos etc.);

- Por um dia anual, para carimbar o certificado de reservista;

- Pelo tempo necessário, quando servir como testemunha em processos


judiciais, ou jurado, quando convocado.

EXERCÍCIOS

1. Alguém que trabalhou até o final do mês de maio, e recebe um salário


de R$ 1.000,00, tem quanto a receber de 13º salário (sem considerar os
descontos de impostos)?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

2. Alguém que tire férias em junho pode receber quando e quanto de seu
13º salário?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3. Um funcionário que tenha faltado 15 dias ao longo do período aquisitivo,
tendo 7 destes dias justificados, tem direito a quantos dias de férias?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4. Um funcionário que peça demissão e que seja readmitido 3 meses
depois tem direito a férias? Por quê?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5. Como funcionam as férias coletivas?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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6. O que é o Abono Pecuniário?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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7. O que é o adicional de 1/3 das férias?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

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DEPARTAMENTO PESSOAL

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8. Um funcionário que teve as férias concedidas após o prazo legal pode
tirar quantos dias de férias? Por quê?
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9. Como funciona a Licença Paternidade?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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10. O alistamento militar pode representar faltas justificadas? De quanto
tempo?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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_______________________________________________________________

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Marque a opção que possui a resposta correta:

1. Todo empregado adquire o direito a férias após quanto tempo de


vigência do contrato de trabalho?

a) Seis meses
b) Um mês
c) Doze meses
d) Dois anos

80
DEPARTAMENTO PESSOAL

2. Quantos dias de férias tem direito um funcionário que não houver


faltado ao trabalho mais de cinco dias?

a) Uma semana
b) 30 dias
c) Dois meses
d) 24 dias

3. Quando o trabalhador perde o direito a férias?

a) O direito a férias não pode ser perdido.


b) Quando fizer mais de três horas extras em um mês.
c) Caso tenha sido admitido no meio do mês.
d) Ao permanecer em licença remunerada por mais de 30 dias.

4. O que é abono pecuniário?

a) Falta justificada.
b) Uma forma de concessão de férias.
c) A conversão de parte das férias em dinheiro.
d) O período de férias com 20 dias.

5. As faltas justificadas:

a) terão desconto de 50% sobre cada hora justificada.


b) são devidamente descontadas do salário do funcionário.
c) somente serão descontadas se o empregador desejar.
d) não acarretam prejuízos ao salário.

81
DEPARTAMENTO PESSOAL

AULA 08

Término do Contrato

Terminologias

O término do contrato obviamente é precedido de uma relação contratual.

Encontramos nos estudos da relação contratual, tanto no trabalho, como


nas demais, várias terminologias que definem mais adequadamente a forma do
fim do contrato:

A) Resolução do Contrato;

É uma forma que cabe a parte usar para pôr fim ao contrato por via judicial.
Podemos entender que ocorre quando o empregado pede na justiça o fim do
contrato, podendo ser utilizado o art. 483 da CLT.

B) Resilição do Contrato;

É a declaração de vontade de uma das partes, ou de ambas, para pôr fim


ao contrato de forma convencional. Exemplo: despedido sem justa causa, o
pedido de demissão e o término do contrato por prazo determinado.

C) Rescisão do Contrato;

É a forma de pôr fim ao contrato em razão de lesão contratual. Forma-se


pelo descumprimento das partes, recíproca ou não, sendo válidos os artigos 482
e 483 da CLT.

82
DEPARTAMENTO PESSOAL

D) Cessação do Contrato;

É o fim da relação contratual por motivo de morte. Isso pode ocorrer sendo
empregado ou empregador.

Mas, o que temos praticado é simplesmente denominar RESCISÃO, para


qualquer forma de fim do contrato de trabalho, talvez pela facilidade em se dizer
que “acabou”, independente do motivo.

Para qualquer situação acima mencionada a empresa deve confirmar,


antes de qualquer coisa, se a relação contratual possui:

A) mais de um ano

B) menos de um ano

Deve-se usar de cautela quando a rescisão ocorrer com contratos com


menos de um ano e dos com mais de um ano, pois há diferença de direitos
também em relação ao tempo, não só na forma.

Rescisão Contratual

Podemos definir que a rescisão é o


momento de rompimento contratual, onde o
empregador ou empregado resolve não dar
continuidade à relação de emprego,
devendo saldar os direitos legais.

Deverão ser pagos na rescisão os direitos assegurados por lei, podendo


também ser efetuados os devidos descontos.

O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa


ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada
parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação,
apenas relativamente às mesmas parcelas, CLT art. 477 § 2º.

Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior


não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado,
CLT art. 477 § 3º.

83
DEPARTAMENTO PESSOAL

Visando facilitar a interpretação das verbas rescisórias a serem pagas por


lei, considerando a extensão de cada instituto, como férias, décimo terceiro,
FGTS, aviso prévio etc., adaptamos uma tabela, que pode ser visualizada na
página 134.

Os descontos: contribuição previdenciária, imposto de renda, pensão


alimentícia, contribuição sindical, vale transporte são atribuídos por força de lei.

Outros descontos, como por exemplo, vale refeição, assistência médica,


cesta básica, seguro de vida, danos etc., devem possuir autorização por escrito
do empregado.

A rescisão deve ser sempre pré-avisada, tanto pelo empregador como pelo
empregado, constituindo o aviso prévio.

O pagamento da rescisão deverá ser feito:

A) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato determinado ou


aviso prévio trabalhado;
B) até o décimo dia consecutivo da data de notificação da demissão,
quando o aviso prévio é indenizado ou há dispensa de seu
cumprimento;

Nota: Ocorrendo atraso no pagamento da rescisão, deverá a empresa


pagar multa para o empregado e para o governo. A multa para empregado é de
1 (um) salário base. Já a parte do governo equivale, atualmente, a 160 (UFIRs),
recolhido na guia DARF.

Importante!

Há situações que se desenvolvem, quando do pagamento da rescisão, que


impossibilitam a forma de crédito para o credor ex-empregado (ordem de
pagamento, depósito em dinheiro em conta corrente ou poupança) e surge a
questão de como agir nesses casos.

A CLT não prescreve nenhuma forma, mas a empresa pode se valer do


Código Civil e utilizar da forma de pagamento por CONSIGNAÇÃO, que existe
disponível, principalmente nos Bancos do Estado.

84
DEPARTAMENTO PESSOAL

A exigência legal, para finalizar essa possibilidade de crédito, é documentar


junto à empresa e provar que enviou mensagem ao ex-empregado da localidade
e valor onde o crédito se encontra disponível. Código Civil (Lei n.º 10.406/2002)
art. 334 e seguintes.

No caso de morte do empregado, o pagamento da rescisão se dá no prazo


de até 10 (dez) dias da data do óbito pela impossibilidade de se aplicar o aviso
prévio. Mas em razão da circunstância surge a questão de quem tem direito ao
crédito rescisório. Tal questão é respondida pela Lei 6.858/80, esclarecendo que
o crédito será pago àquele autorizado perante a Previdência Social ou na forma
da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos
sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independente de
inventário ou arrolamento.

Os contratos com mais de um ano devem ser homologados na Delegacia


Regional do Trabalho, que compõe a região ou no Sindicato da categoria,
inclusive em caso de morte, sendo vedado ao sindicato cobrar qualquer taxa.
(Instrução Normativa 3/2002)

Justa Causa

Conforme preceitua o Artigo 482 da CLT,


o funcionário pode ser demitido por justa
causa pelos seguintes motivos:

a) ato de improbidade;

b) incontinência de conduta ou mau


procedimento;

c) negociação habitual por conta própria


ou alheia sem permissão do empregador,
quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o
empregado, ou for prejudicial ao serviço;

a) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não


tenha havido suspensão da execução da pena;

85
DEPARTAMENTO PESSOAL

e) desídia no desempenho das respectivas funções;

f) embriaguez habitual ou em serviço;

g) violação de segredo da empresa;

h) ato de indisciplina ou de insubordinação;

i)abandono de emprego;

j)ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer


pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;

k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra


o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;

l)prática constante de jogos de azar.

Nos casos do item “f” (embriaguez habitual ou em serviço), cada vez mais
o RH tem encaminhado o funcionário para tratamento, por interpretarem o
alcoolismo como doença e não como um motivo para demissão.

A caracterização da “justa causa” deve respeitar o disposto no Artigo 482


da CLT.

Todavia, compete ao Empregador observar certas cautelas que podem se


apresentar como limitadores da justa causa, como por exemplo: a reação do
empregador deve ser imediata, dentro de um tempo razoável para apuração dos
fatos, sob pena de caracterizar o perdão tácito ao ilícito cometido pelo
empregado.

Vamos esclarecer abaixo o vocabulário de alguns termos empregados no


texto acima:

Improbidade: São atitudes que revelam claramente desonestidade, abuso,


fraude ou má-fé.

86
DEPARTAMENTO PESSOAL

Incontinência de conduta ou mau procedimento: Restrita ao campo do


abuso ou desvio da sexualidade, quando afetar o nível de moralidade média da
sociedade, revestindo ofensa ao pudor, enquanto, no mau procedimento, o
empregado pretende causar um prejuízo, real ou potencial, dolosamente, por
má-fé.

Negociação habitual: A prática habitual do empregado em exercer


qualquer atividade que não seja a inerente ao seu contrato de trabalho pode
caracterizar-se como concorrência efetiva ou provocar prejuízo ao próprio
trabalho, ou de seus colegas.

Condenação Criminal: A simples condenação criminal do empregado


impossibilita o cumprimento do contrato de trabalho.

Desídia: A constante prática de atos que evidenciam a negligência do


trabalhador para com as suas obrigações contratuais, como ausências
constantes e não justificadas, excessivos atrasos no cumprimento do horário de
trabalho ou excesso de erros em seus afazeres, caracterizam a desídia.

Embriaguez habitual ou em serviço: Embriaguez habitual, seja alcoólica


ou por qualquer outro tipo de tóxico, pode transformar o empregado numa
pessoa incapaz de cumprir com suas funções, vulnerável a acidentes do
trabalho, além de problemas de convívio com os demais funcionários.

Violação de Segredo da Empresa: Caracteriza-se pela divulgação de


fatos ou informações que possam causar prejuízos à empresa.

Indisciplina ou insubordinação: O não cumprimento ao regulamento do


empregador constitui ato de indisciplina e, por sua vez, o não atendimento às
ordens do empregador ou de seu preposto, constituí ato de insubordinação.

Abandono de Emprego: A jurisprudência fixou em 30 dias a ausência


injustificada do empregado. Todavia, esse prazo poderá ser menor, se ficar
provado a intenção do empregado em abandonar o emprego.

Ato lesivo da honra e boa fama: Salvo a legítima defesa, atitudes que
ofendam, agridam ou desrespeitem os colegas de trabalho ou o empregador
constituem motivo de justa rescisão. Atos lesivos contra o empregador, mesmo

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DEPARTAMENTO PESSOAL

que praticados fora do ambiente de trabalhado, constitui justo motivo para


rescisão.

Jogos de azar: Toda e qualquer prática constante de jogos de azar poderá


constituir-se em motivo para justa causa.

TABELA DE INCIDÊNCIAS NA RESCISÃO CONTRATUAL

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EXEMPLO DE CÁLCULO

Com base nas incidências da tabela anterior e demais cálculos trabalhistas,


vamos fazer uma simulação de cálculo de uma rescisão contratual, considerando
os seguintes elementos como base:

Admissão: 01/06/06

Desligamento: 14/03/08

Causa: demissão sem justa causa

Salário-Base: R$ 800,00

Jornada Mensal: 220 horas

Férias: não gozou férias

Horas Extras c/60%: 7 horas

Aviso Prévio: Indenizado.

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DEPARTAMENTO PESSOAL

Obs.: Os cálculos de INSS e IRRF dependem da tabela em vigor

EXERCÍCIOS

1. Qual a diferença entre resolução e resilição contratual?

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2. Até que dia deve ser feito o pagamento da rescisão contratual?

_______________________________________________________________
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_______________________________________________________________

3. Qual a finalidade do aviso-prévio? Ele é unilateral?

_______________________________________________________________
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_______________________________________________________________

4. Cite um exemplo prático de uma situação que possa levar um


trabalhador a ser demitido por justa causa.

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_______________________________________________________________

5. Faça os cálculos para uma rescisão contratual, considerando as


seguintes informações como base:

Admissão: 01/03/04

Desligamento: 25/08/08

Causa: demissão com justa causa

Salário-Base: R$ 1.200,00

Jornada Mensal: 220 horas

Férias: gozou somente uma féria

Anexos: Modelos de Documentos e Formulários

MODELOS DIVERSOS

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Apresentamos a seguir modelos de documentos e formulários


mencionados ao longo das aulas de nosso curso:

VALE (ADIANTAMENTO)

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SUSPENSÃO DISCIPLINAR

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SOLICITAÇÃO DA 1ª PARCELA DO 13º SALÁRIO

95
DEPARTAMENTO PESSOAL

REGISTRO DE EMPREGADO

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DEPARTAMENTO PESSOAL

PEDIDO DE DEMISSÃO

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DEPARTAMENTO PESSOAL

98
DEPARTAMENTO PESSOAL

99
DEPARTAMENTO PESSOAL

RECIBO DE VALE-TRANSPORTE

RECIBO DE ENTREGA DA CTPS

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DEPARTAMENTO PESSOAL

QUESTIONÁRIO P/DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE CARGOS

101
DEPARTAMENTO PESSOAL

NOTIFICAÇÃO DE ABANDONO DE EMPREGO

FOLHA DE PONTO

102
DEPARTAMENTO PESSOAL

ENTREVISTA DE DESLIGAMENTO

103
DEPARTAMENTO PESSOAL

104
DEPARTAMENTO PESSOAL

CONTRATO DE TRABALHO POR TEMPO INDETERMINADO

105
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106
DEPARTAMENTO PESSOAL

CONTRATO DE UTILIZAÇÃO DE TRABALHO TEMPORÁRIO

107
DEPARTAMENTO PESSOAL

CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO

108
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109
DEPARTAMENTO PESSOAL

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CONTÁBEIS

110
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CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

111
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112
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CONTRATO DE APRENDIZADO PARA MENORES

113
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JUSTA CAUSA

114
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CARTÃO-PONTO

JORNADA DE TRABALHO MÊS: setembro de


2006

ENTRADA: 09:00 SAÍDA: 18:00

INTERVALO PARA DESCANSO: 13:00 às 14:00

NOME: Mário Rocha SEÇÃO:


Administração

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AVISO PRÉVIO (EMPREGADOR)

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AVISO PRÉVIO (EMPREGADO)

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AVISO DE FÉRIAS

118
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ADVERTÊNCIA DISCIPLINAR

119
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CADASTRO NO PIS

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DEPARTAMENTO PESSOAL

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Preencha o documento abaixo:

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ANOTAÇÕES
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FONTE DE IMAGENS:

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