Apostila 4 Departamento Pessoal Cecrj
Apostila 4 Departamento Pessoal Cecrj
Apostila 4 Departamento Pessoal Cecrj
1 – Empregador
2 – Trabalhador
2.1 Empregado
3 – Admissão
3.1 Documentos Necessários
3.2 ASO (Atestado de Saúde Ocupacional)
3.3 Registro
3.4 Sindicato – Acordo Coletivo/Convenção/Dissídio
4 – Contrato de Trabalho
4.1 Formas de Contratos de Trabalho
4.2 Tipos de Contratos de Trabalho
5 – Jornada de Trabalho
5.1 Normal
5.2 Hora Extra
5.3 Acordo de Compensação de Horas
5.4 Registro de Ponto
5.5 Intervalos e Períodos de Descanso
5.6 Escala de Revezamento
5.7 Trabalho Noturno
7 – Descontos
7.1 Contribuição Previdenciária (INSS)
7.1.1 Contribuição Previdenciária – Atividades Simultâneas
7.1.2 Cálculo do Recolhimento da Contribuição Previdenciária
7.2 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
7.3 Contribuição Sindical
7.4 Contribuição Sindical Patronal
7.5 Pensão Alimentícia
7.6 Vale Transporte
7.7 Faltas
1|Página
8.5 Faltas Injustificadas – Redução do Direito no Decimo Terceiro Salário
8.6 Salário Maternidade
9 – Férias
9.1 Concessão de Férias
9.2 Perda do Direito às Férias
9.3 Acumulação de Períodos – Férias em Dobro
9.4 Abono Pecuniário
9.5 Férias Coletivas
11 – Atividades Especiais
11.1 Periculosidade
11.2 Insalubridade
13 – Encargos
13.1 INSS
13.2 FGTS
13.3 PIS
13.4 GILRAT
13.5 Salário Educação
13.6 Sistema S
14 – Benefícios
14.1 PIS
14.2 Salário Família
14.3 Salário Maternidade
14.4 Auxílio Doença
14.5 Auxilio Acidente
14.6 Aposentadoria
15 – Transferência do Empregado
15.1 Transferência Temporária
15.2 Transferência Definitiva
2|Página
16 – Obrigações Acessórias
16.1 CAGED
16.2 SEFIP
16.3 RAIS
16.4 DIRF
17 – Anexos
3|Página
1 Empregador
O que no Brasil e considerado empregador? Vejamos a definição da Consolidação das
Leis Trabalhistas – CLT:
Art. 2° da CLT. Considera-se empregador a empresa, individual e coletiva, que
assumindo os riscos da atividade econômica admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviços.
§ 1° Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os
profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou
outras instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2° Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda
quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
§ 3° Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias,
para a configuração, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
2 Trabalhador
Trabalhador é todo aquele que, em troca de algum tipo de remuneração, desenvolve
algum tipo de trabalho, quer seja de forma independente e por conta própria, quer seja
integrado numa organização e sob as ordens desta. Em termos jurídicos e fiscais, é
considerado como trabalhador independente todo o trabalhador que desenvolve o
trabalho por conta própria, não estando dependente de qualquer estrutura
hierárquica e utilizando os seus próprios meios e instrumentos de trabalho. Exemplos
de tipos de trabalhador: Trabalhador Eventual, Trabalhador Avulso, Trabalhador
Autônomo, Trabalhador Voluntário, Trabalhador Estrangeiro, Trabalhador Cooperado e
Trabalhador Preso.
2.1 Empregado (Colaborador)
Art. 3° da CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que presta serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de empregado e à condição
de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
São requisitos necessários para que o trabalhador seja considerado empregado:
pessoalidade, habitualidade, subordinação, salário e pessoa física. Por pessoa física
compreende-se o ser humano que trabalha, ou seja, não característica de pessoa
jurídica. Habitualidade implica em não eventual, o que presta continuamente seus
serviços. Exemplo: Todos os dias ou duas ou três vezes por semana, desde que nos
mesmos dias e horário. Já pessoalidade remete ao fato que o empregado presta
pessoalmente os serviços ao empregador. Subordinação significa que a atividade é
exercida sob dependência de outrem, como por exemplo, um supervisor, coordenador,
4|Página
diretor. Em relação ao salário, o empregado é um trabalhador assalariado, sendo então,
alguém que, pelo serviço que presta, recebe uma recompensa financeira.
Art. 442-B A contratação do autônomo, cumpridas por este as formalidades legais, com
ou sem exclusividade, de forma continua ou não, afasta a qualidade de empregado
prevista no art. 3° desta Consolidação.
3 Admissão
Concluído o processo de seleção, ou seja, escolhido o candidato que irá ocupar a vaga,
deve-se preencher os documentos relativos à contratação para regularizar o vínculo do
novo empregado, procedimento este que diferencia o trabalhador informal do que
trabalha com carteira assinada (trabalhador formal).
3.1 Documentos Necessários
Ao admitir um empregado, a empresa deverá solicitar que ele entregue os seguintes
documentos pessoais:
5|Página
Atualmente existem os seguintes tipos de ASO:
Admissional;
Demissional;
Mudança de função;
Retorno ao trabalho.
3.3 Registro
Após a entrega da documentação, o empregador deverá efetuar o Registro do
Empregado.
7|Página
4.1 Forma de Contratos de Trabalho
8|Página
Art. 7° da CF/1988. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XIII – duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
XIV – jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos interruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva.
Art. 58 da CLT. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer
atividade privada, não excederá de 8 horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.
§ 2° O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação
do posto de trabalho a para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de
trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
5.2 Hora Extra
A duração normal do trabalho não pode ser superior a oito horas. Além desse limite, as
horas serão consideradas extraordinárias, devendo ser pagas com acréscimo de 50%.
Não é permitido ao empregado executar mais de duas horas extras por dia. Já nos
domingos e feriados as horas trabalhadas serão pagas com acréscimo de 100%.
Art. 59 A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número
não excedentes de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho.
Como devemos calcular o valor da hora extra.
Para saber quanto você ganha por hora, faça o seguinte: divide o salário por 220,
que são o total de hora trabalhadas por mês, o resultado dessa conta e o seu
salário hora;
Agora pegue o salário hora e acrescenta 50%, que é o percentual legal da hora
extra, o resultado desta conta será o valor de uma hora extra;
Por fim, multiplique o valor de uma hora extra pelo número de horas trabalhadas
a mais. Assim, saberá o total em dinheiro que será pargo ao final do mês, além
do salário normal.
Como devemos calcular o DSR (Descanso Semanal Remunerado)
9|Página
Exemplo:
- Salário de R$ 954,00
- 20 horas extras à 50%
- DSR = 4
20 / 26 = 0,77
0,77 * 4 = 3,08
3,08 * 6,51 = 20,05
130,20 / 26 = 5,00
5,00 * 4 = 20,00
10 | P á g i n a
A marcação de ponto pode ser realizada por meio de registro mecânicos ou eletrônicos,
isto é, mediante relógio de ponto ou manuscrita em livro ou cartão de ponto. Quando
se tratar de empregados que executam seu trabalho externamente, o horário constará
de ficha ou de papeleta em seu poder.
Art. 74 da CLT. O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo
expedido pelo Ministro do Trabalho, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será
discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma
mesma seção ou turma.
§ 1° O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de
acordo ou contratos coletivos porventura celebrados.
§ 2° Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação
da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme
instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-
assinalação do período de repouso.
§ 3° Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados
constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder, sem prejuízo do que
dispõe o § 1° desse artigo.
5.5 Intervalos e Períodos de Descanso
São os intervalos existentes durante a jornada de trabalho que se destinam ao repouso
e a alimentação do trabalhador. Tais pausas são obrigatórias por lei, e como não são
remuneradas não são computadas na jornada. Dessa forma, para trabalho contínuo que
exceda 6 (seis) horas é obrigatória a concessão de intervalo não superior a 2 (duas) horas
e não inferior a 1 (uma) hora.
O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição só poderá ser reduzido por
ato da autoridade administrativa. Para trabalho contínuo que não exceda 6 (seis) horas,
mas cuja duração seja superior a 4 (quatro) horas, será obrigatório um intervalo de 15
minutos.
Art. 71 da CLT. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda seis horas, é
obrigatório a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será de
no mínimo de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em cartório, não
poderá exceder de duas horas.
§ 1° Não excedendo de seis horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo
de 15 minutos quando a duração ultrapassar quatro horas.
§ 2 ° Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3° O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato
do ministro do Trabalho quando, ouvida a Diretoria de relações do Trabalho, se verificar
que o estabelecimento atende integralmente as exigências concernentes à organização
dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de
trabalho prorrogado a horas suplementares.
11 | P á g i n a
§ 4° quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for
concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período
correspondente com um acréscimo de no mínimo 50 % sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho.
5.6 Escala de Revezamento
As empresas legalmente autorizadas a funcionar nos domingos e feriados devem
organizar escala de revezamento ou folga. Para a legislação trabalhista, o domingo é
considerado o dia mais apropriado para o descanso do empregado, pois propicia ao
empregado a oportunidade de revitalizar suas forças através do convívio com seus
familiares e amigos. O domingo, portanto, é a ocasião em que o empregado pode ter
tempo para seu lazer e recreação. Em virtude do exposto, o descanso instituído pela CLT
é de cunho social.
Art. 67 da CLT. Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de vinte e
quatro horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto
aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada
e constando de quadro sujeito à fiscalização.
5.7 Trabalho Noturno
Na legislação brasileira, o trabalho noturno possui uma regulação especial, ou seja, o
trabalho realizado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte possui uma
duração de hora diferente: 52 minutos e 30 segundos. Durante esse período o
trabalhador recebe um adicional de 20% sobre a hora normal, sendo proibido ao menor
de 18 anos trabalhar no horário noturno.
Quando o trabalhador tem jornada mista, isto é, quando sua jornada de trabalho
engloba o horário diurno e o noturno, o adicional noturno será calculado sobre a
quantidade de horas em que trabalhou no período noturno.
Art. 73 da CLT. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho
noturno terá remuneração superior à do diurno, e, para esse efeito, sua remuneração
terá um acréscimo de 20%, pelo menos, sobre o horário diurno.
§ 1° O horário do trabalho noturno será computado como de 52 minutos e 30 segundos.
§ 2° Considera-se noturno, para os efeitos desse artigo, o trabalho executado entre as
22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
§ 3° O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não
mantém, pela natureza de sua atividade, trabalho noturno habitual, será feito tendo em
vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação
as empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento
será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando
exceder esse limite, já acrescido da porcentagem 30.
12 | P á g i n a
§ 4° Nos horários mistos, assim entendido os que abrangem períodos diurnos e
noturnos, aplica-se as horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus
parágrafos.
§ 5° Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.
Como devemos calcular o horário noturno:
Para saber quanto você ganha por hora, faça o seguinte: divide-se o salário por
220, que é total de horas trabalhadas no mês, o resultado será o seu salário hora;
Agora pegue o salário hora e acrescenta 20%, que é o percentual legal da hora
noturna, o resultado desta conta será o valor de uma hora noturna;
Transformar a hora normal em hora noturna – (Hora * 60 Min / 52:30);
Por fim, multiplica-se o valor de uma hora noturna pelo número de horas
noturnas trabalhadas. Assim, saberá o total em dinheiro que será pago ao final
do mês, além do salário normal.
Exemplo:
- Salário – R$ 1.530,00
- 7 horas noturnas
7 * 60 / 52,50 = 8 h
8 * R$ 8,34 = R$ 66,72
Irredutível: o seu valor não pode ser diminuído, só pode ser alterado por
convenção ou acordo coletivo (CF/1988, art. 7°, VI);
Intangível: os descontos só poderão ocorrer por autorização legal, autorização
judicial, norma coletiva, adiantamento, em caso de dolo o desconto pode ser
feito, em caso de culpa depende da autorização expressa do empregado;
Impenhorável: salvo para efeito de prestação (cujo não pagamento injustificado
pode resultar até em prisão);
13 | P á g i n a
Inalterável: Tanto na forma como no modo de pagamento. A legislação prevê
que somente se pode alterar as condições de trabalho mediante mútuo
consentimento e desde que não haja prejuízo salarial para o empregado (art. 468
da CLT).
6.2 Remuneração
Soma do salário com outras vantagens percebidas pelo empregado em decorrência do
contrato.
Art. 457 da CLT. Compreende-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos
legais, além do salário devido é pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1° Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões,
percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pago pelo
empregador.
§ 2° Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem
que não excedem cinquenta por cento do salário percebido pelo empregado.
§ 3° Considera-se gorjetas não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao
empregado, como também aquela que for cobrada pela ao cliente, como adicional nas
contas, a qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados.
7 Descontos
Ao empregador e vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo
(art. 462 da CLT), mas, se houver um caso de dano causado pelo empregado, poderá
haver desconto se isto for previamente acordado.
Porém, existem alguns descontos que são autorizados, regulamentado e obrigados por
lei. Por exemplo:
7.1 Contribuição Previdenciária – INSS (Lei nº 8.212/91)
Todo empregado contribui para a previdência de acordo com uma escala progressiva
que leva em consideração o salário recebido. A contribuição previdenciária obedece à
escala definida pelo governo. A Legislação Previdenciária determina que é de
responsabilidade de cada empregador a arrecadação da contribuição previdenciária do
segurado empregado, ou seja, referente a cada contrato de trabalho, deverá o
empregador descontar da respectiva remuneração, e também o seu recolhimento
(parte patronal) constitui obrigação da empresa.
7.1.1 Contribuição Previdenciária – Atividades Simultâneas
Os segurados que tem atividades simultâneas devem comunicar a todos os seus
empregadores, mensalmente, a remuneração recebida até o limite máximo do salário
de contribuição para que os mesmos possam apurar corretamente o salário de
contribuição sobre o qual deverá incidir a contribuição social previdenciária do
segurado, bem como a alíquota a ser aplicada (Artigo 64 da Instrução Normativa RFB nº
14 | P á g i n a
971/2009). O segurado poderá eleger a empresa que fará o desconto primeiro, devendo
comunicar às que se sucederem o desconto já sofrido para controle do limite máximo
do salário de contribuição. O empregador, por sua vez, deverá informar na GFIP (Guia
de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a existência de múltiplos
vínculos, adotando os procedimentos previstos no Manual da GFIP.
7.1.2 Cálculo do Recolhimento da Contribuição Previdenciária
Para o cálculo e pagamento dos encargos sociais das empresas, primeiramente deve-se
entender os regimes tributários existentes no país. Existem dois grupos, o regime
Normal e o Simples Nacional.
Exemplo:
Salário – R$ 1.200,00
Pró-labore – R$ 954,00
R$ 1.200,00 * 8% = R$ 96,00
R$ 954,00 * 11% = 104,94
R$ 1.200,00 * 20% = 240,00
R$ 954,00 *20% = 190,80
R$ 1.200,00 * 2% = R$24,00
R$ 1.200,00 * 5,8% = R$ 69,60
GPS
R$ 96,00 + R$ 104,94 + R$ 240,00 + R$ 190,80 + R$ 24,00 + R$ 69,60 = R$ 725,34
15 | P á g i n a
Exemplo:
Salário – R$ 1.200,00
Pró-labore – R$ 954,00
R$ 1.200,00 * 8% = R$ 96,00
R$ 954,00 * 11% = 104,94
GPS
R$ 96,00 + R$ 104,94 = R$ 200,94
Salário – R$ 1.200,00
Pró-labore – R$ 954,00
R$ 1.200,00 * 8% = R$ 96,00
R$ 954,00 * 11% = 104,94
R$ 1.200,00 * 20% = 240,00
R$ 954,00 *20% = 190,80
R$ 1.200,00 * 2% = R$24,00
GPS
R$ 96,00 + R$ 104,94 + R$ 240,00 + R$ 190,80 + R$ 24,00 = R$ 655,74
18 | P á g i n a
Participação nos lucros;
Gratificações pagas por liberalidade sem habitualidade;
Diárias para viagens que não excedam 50% do salário percebido pelo
empregado.
7.7 Faltas
As faltas não justificadas por lei não dão direito a salários e demais consequências legais,
e podem resultar em falta leve ou grave, conforme as circunstâncias ou repetição; mas
podem ter justificativa imperiosa que, se seriamente considerada, vedará a punição. É o
caso de doença grave em pessoa da família, amigo íntimo, ou outra hipótese de força
maior.
As faltas justificadas conforme o Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer
ao serviço sem prejuízo do salário: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967), como segue:
19 | P á g i n a
8 Decimo Terceiro Salário
Decimo terceiro salário e a remuneração anual que a empresa paga ao empregado como
gratificação Natalina. Faz jus ao 13° salário o trabalhador urbano, o rural, o avulso e o
doméstico.
Art. 1° da Lei n° 4.090/1962. No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será
paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração
a que fizer jus.
8.1 Pagamento da Primeira Parcela Decimo Terceiro Salario
A primeira parcela do 13° salário deverá ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro
ou por ocasião das férias (se solicitado pelo empregado).
A primeira parcela poderá ser paga na ocasião das férias do empregado, desde que este
o requeira no mês de janeiro do ano correspondente. Caso o empregado não faça essa
requisição, compete à empresa efetuar o adiantamento entre os meses de fevereiro e
novembro de cada ano.
8.2 Pagamento da Segunda Parcela Decimo Terceiro Salario
A segunda parcela do 13° salário que se refere a 50%, deverá ser paga pelo empregador
até o dia 20 de dezembro, quando, então, sofrera todos os descontos devidos, levando-
se em consideração o total da gratificação.
8.3 Auxilio Doença Previdenciário
E o afastamento por motivo de doença ou outra incapacidade não decorrente de
acidente de trabalho, estendendo-se o tratamento por mais de 15 dias.
Compete à empresa remunerar o empregado nos 15 primeiros dias, assim como e
responsável pelo pagamento do 13° salário até o 15º dia do afastamento e posterior
retorno. A partir do 16º dia até o retorno ao trabalho, a Previdência Social assume
pagando o 13º salário em forma de abono anual.
8.4 Auxilio Doença Acidentário
A Justiça do Trabalho entende que as faltas ou ausências decorrentes de acidente de
trabalho não são consideradas para efeito de cálculo da gratificação natalina (13º
salario).
Sumula 46 do TST. As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são
consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina.
8.5 Faltas Injustificadas – Redução do Direito no Decimo Terceiro Salario
Para fins de pagamento do 13º salário, as faltas legais e as justificadas ao serviço não
serão deduzidas.
O empregado não terá direito à fração de 1/12 avos, no mês em que trabalhar menos
de 15 dias, ou seja, nos meses com 31, 30 e 28 dias faltar injustificadamente 17, 16 e 14
dias respectivamente, não fará jus ao 13º Salário no referido mês.
20 | P á g i n a
8.6 Salário Maternidade
Para pagamento do 13° salário à empregada que entrou em licença maternidade
durante o ano, no cálculo desconsidera-se o período em que a empregada esteve
afastada recebendo o benefício pela Previdência Social, uma vez que ela, quando do
pagamento da última parcela do salário maternidade dentro do ano (exercício), pagará
o 13° salário correspondente.
9 Férias
De acordo com a Constituição Federal e a CLT, o empregado após trabalhar 12 meses
terá direito a um período de férias em prejuízo da remuneração, ou seja, receberá neste
período a devida remuneração.
Atr. 129 da CLT. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de
férias, sem prejuízo da remuneração.
9.1 Concessão de Férias
Após trabalhar por um período de um ano, o empregado passa a ter o direito a gozar
férias entre os próximos 12 meses subsequentes sem prejudicar seu salário, devendo
receber pelo menos 1/3 a mais do que o salário normal, a título de abono de férias, e
poderá vender até 1/3 de suas férias ao empregador.
Art. 134 da CLT. As férias serão concedidas por ato do empregador, em só período, nos
12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
§ 1° Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em
até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos
e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
§ 3° É vedado o início das feris no período de dois dias que antecede feriado ou dia de
repouso semanal remunerado.
Após a cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias na seguinte proporção:
30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco)
dias;
24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze)
faltas;
18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três)
faltas;
12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e
duas) faltas.
Para que o empregado possa gozar suas férias e necessário que tenha uma comunicação
por escrito. O empregado deverá ser avisado de suas férias com trinta dias de
antecedência sendo que este aviso deve ser por escrito e o período das férias anotado
a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do empregado e na ficha ou folha do
livro ou ficha de registro de empregados.
21 | P á g i n a
9.2 Perda do Direito às Férias
O empregado estará sujeito à perda do direito quando:
23 | P á g i n a
Saiba Onde e Quando Pedir:
Atestado médico
A partir de 28 (caso se afaste 28
Empregada (só Na
dias antes do dias antes do
de empresa) empresa
parto parto) ou certidão
de nascimento
Parto
A partir do Certidão de
(inclusive de Desempregada No INSS
parto nascimento
natimorto)
Atestado médico
A partir de 28 (caso se afaste 28
Demais
No INSS dias antes do dias antes do
seguradas
parto parto) ou certidão
de nascimento
A partir da
adoção ou
Todos os Termo de guarda
Adoção No INSS guarda para
adotantes ou certidão nova
fins de
adoção
Empregada (só Na
de empresa) empresa A partir da Atestado médico
Aborto não-
ocorrência do comprovando a
criminoso
Demais aborto situação
No INSS
trabalhadoras
Principais requisitos:
Para ter direito ao salário-maternidade, o(a) beneficiário(a) deve atender aos seguintes
requisitos na data do parto, aborto ou adoção:
Quantidade de meses trabalhados (carência)
24 | P á g i n a
Para as desempregadas: é necessário comprovar a qualidade de segurada do INSS e, conforme
o caso, cumprir carência de 10 meses trabalhados.
Duração do benefício:
A duração do salário-maternidade dependerá do tipo do evento que deu origem ao
benefício:
25 | P á g i n a
Os períodos destinados à amamentação devem ser concedidos sem prejuízo do
intervalo normal de repouso e alimentação, dentro da jornada, sendo, portanto,
computados para todos os efeitos legais, como tempo de serviço. O intervalo para
amamentação deve ser anotado no cartão de ponto da empregada que está
amamentando. Na interpretação de muitos magistrados, a legislação abrange também
a amamentação através de mamadeira.
Assim, a mãe trabalhadora que não possui leite próprio e amamenta seu filho por meio
de mamadeira também teria direito ao intervalo, já que o sentido da palavra
amamentar, contida na norma, seria o de alimentar.
Art. 396 da CLT. Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses
de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos
especiais, de meia hora cada um.
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá
ser dilatado, a critério da autoridade competente.
§ 2° Os horários dos descansos previstos no caput deste artigo deveram ser definidos
em acordo individual entre a mulher e o empregador.
10.4 Creche / Babá – Reembolso
Reembolso creche: É o benefício que consiste no ressarcimento das despesas
contratação de uma instituição particular para guardar/cuidar de filhos (0 a 7 anos). São
elas: berçário, creche, jardim de infância e pré-escola.
Reembolso babá: É o benefício que consiste no ressarcimento das despesas com
contratação de uma pessoa para guardar/cuidar de filhos (0 a 7 anos) (Lei nº 5.859/1972,
art. 13, inciso XXXIV, da instrução Normativa 25/2001, da Secretaria de Inspeção do
Trabalho). A exigência de creche nos moldes pode ser substituída pelo sistema de
reembolso creche, obedecendo-se às seguintes exigências:
26 | P á g i n a
Portaria nº 3.296/1986. Autoriza as empresas empregadoras a adotar o sistema de
reembolso creche, em substituição à exigência contida no § 1° do art. 389 da CLT. O
referido parágrafo permite ao empregador optar por possuir creche própria ou por
proporcionar o citado benefício por meio de convenção com entidades particulares ou
públicas.
11 Atividades Especiais
11.1 Adicional de Periculosidade
Quando o funcionário tralha em lugares em que há índices de periculosidade, como, por
exemplo, os que estão em permanente contato com inflamáveis ou exposição, que
estejam em condições de risco acentuado, de acordo com o art. 193 da CLT, receberão
um adicional de 30% sobre o salário base.
Caso o funcionário receba prêmio, gratificações, participações nos lucros e adicionais,
estes não serão computados para efeito do adicional de periculosidade.
Quando o empregado trabalha em condições insalubres e perigosas, poderá optar por
apenas um dos adicionais (periculosidade ou insalubridade). O direito à periculosidade
cessa com a eliminação do risco à integridade física do empregado.
Art. 7° da CF/1988. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XXII – adicional de remuneração para as atividades penosas insalubres oi perigosas, na
forma da lei.
Art. 193 da CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza
ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou
explosivos em condições de risco acentuado.
§ 1° O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional
de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultante de gratificações
nos lucros da empresa.
§ 2° O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido.
Lei n° 12.740 de 8 de dezembro de 2012 – Altera o art. 193 da Consolidação das Leis de
Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943, afim de
redefinir os critérios para caracterização das atividades ou operações perigosas, e
revoga a Lei n° 7.369 de 20 de setembro de 1985.
Art. 1° O art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-
Lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes aliterações:
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
27 | P á g i n a
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
28 | P á g i n a
12 – Extinção do Contrato de Trabalho
Para que haja a extinção de um contrato de trabalho, o empregado e/ou empregador
deve declarar que não quer mais continuar com a relação de trabalho, ou seja, um
contrato de trabalho poderá ser extinto, dependendo da vontade do trabalhador, do
empregador ou da necessidade da empresa.
Mediante a essa situação existe as estabilidades provisórias, situações em que o
empregado tem direito assegurado em lei para não ser demitido:
30 | P á g i n a
12.5 Homologação
A assistência pelo sindicato não é mais obrigatória na rescisão do contrato de
trabalho firmado há mais de 1 (um) ano, o empregador consiste em orientar e esclarecer
o empregado sobre o cumprimento da lei, assim como zelar pelo efetivo pagamento das
parcelas devidas.
31 | P á g i n a
optado pelo Simples, à medida que sua empresa crescer, será importante você ter
conhecimento detalhado desses encargos.
13.1 INSS
O Instituto Nacional de Seguro Social é o caixa da Previdência Social. É o responsável
pelo pagamento das aposentadorias e dos demais benefícios dos trabalhadores
brasileiros – com exceção dos funcionários públicos.
Ou seja, o pagamento deste encargo social serve ao propósito de garantir que o
trabalhador receberá um benefício mensal durante a aposentadoria. E além da
aposentadoria por tempo de contribuição, a Previdência Social também garante a
aposentadoria por idade e invalidez, a pensão por morte, os auxílios-doença, acidente e
doença por acidente de trabalho, o salário-maternidade e família, a reabilitação
profissional e o 13º salário.
13.2 FGTS
Esta é a sigla para Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Trata-se de um depósito
mensal que o empregador é obrigado a destinar a uma conta bancária a ser aberta no
nome do empregado na Caixa Econômica Federal.
O FGTS não é descontado do salário do funcionário; é uma obrigação de quem emprega.
E seu objetivo é auxiliar o trabalhador no caso de ele ser demitido, por qualquer hipótese
de encerramento da relação de emprego.
Alíquota: 8% do salário nominal – caso o contrato firmado seja um contrato de
aprendizagem, esta alíquota cairá para 2% do salário. No caso de demissão sem justa
causa, o empregador deverá ainda indenizar o funcionário em um valor equivalente a
40% dos depósitos efetuados ao FGTS no período de trabalho.
13.3 PIS/PASEP
São os programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor
Público. O objetivo da contribuição é financiar o pagamento do seguro-desemprego,
além do abono e da participação na receita dos órgãos e das entidades, tanto de
empresas públicas como privadas.
O PIS/PASEP consiste em um número cadastrado no cartão de CNPJ, ou no documento
de cadastro do trabalhador.
Alíquota: é de 1% sobre o total da sua folha de pagamento – ou seja, do total dos
rendimentos do trabalho assalariado de qualquer natureza.
13.4 GILRAT
O Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do
Trabalho é mais uma contribuição previdenciária que incide sobre a folha de
pagamento. É destinada a financiar a remuneração ao empregado caso ele se torne
impossibilitado devido a ocorrências no ambiente de trabalho.
Alíquota: 1%, 2% ou 3% – varia de acordo com a atividade da sua empresa.
32 | P á g i n a
13.5 Salário Educação
É um encargo social previsto no 212º artigo da Constituição Federal, e serve de fonte
adicional para o financiamento do ensino fundamental público. Ou seja, destina-se a
custear programas, projetos e ações voltadas para a educação básica pública. A
incidência ocorre apenas na folha de pagamento de empresas do setor privado.
Alíquota: 2,5% do salário.
13.6 Sistema S
É a contribuição destinada às instituições de interesse de categorias profissionais, como
SESC/SENAC, SENAI/SESI, Sebrae, Incra. Também só é compulsória para empresas do
setor privado.
Alíquota: 3,3% do salário.
Estes são os principais encargos sociais previstos por lei. Conhecê-los é muito
importante para entender para onde vai uma porcentagem significativa da sua folha de
pagamento, e para calcular o custo real da mão de obra.
14 Benefícios
14.1 PIS
Benefício pago ao empregado que recebeu até dois salários mínimos de remuneração
mensal durante o ano. O abono salário e paga ao trabalhador em uma única parcela por
ano. O valor do benefício e o salário mínimo vigente no período do recebimento.
Art. 239, § 3° da CF/1988 e a Lei n° 7.998/1990 – PIS/PASEP – Do Abono Salarial
Art. 9° É assegurado o recebimento de abono salarial no valor de um salário mínimo
vigente na data do respectivo pagamento aos empregados que:
I – Tenham recebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração
Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP),
até dois salários mínimos médios de remuneração mensal no período trabalho e que
tenham exercido atividades remunerada pelo menos durante 30 dias no ano – base;
II – Estejam cadastrados há pelo menos 5 anos no Fundo de Participação PIS/PASEP ou
no Cadastro Nacional do Trabalhador.
14.2 Salário Família
Benefício previdenciário pago diretamente pela empresa aos segurados empregados
que possuam filhos ou a eles equiparados de 0 a 14 anos ou inválidos.
O valor do salário família e fixado por lei e estabelecido em moeda, sendo reajustado
periodicamente. Se a mães o e pai são segurados e estão nas categorias e faixa salarial
que contém o salário família, os dois recebem o benefício.
O salário família não corresponde a uma percentagem do salário de benefício, como nos
outros benefícios, sendo também devido a empregado ou ao trabalhador a avulso que
está recebendo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou por idade.
33 | P á g i n a
Art. 7° da CF/1988. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XII – salário família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos
termos da lei.
Em casos corriqueiros, em que a trabalhadora trabalha para uma empresa com carteira
assinada, o valor do salário maternidade será usualmente o valor do salário líquido da
trabalhadora. Porém existem outros casos:
34 | P á g i n a
O segurado passara a ter esse direito quando a perícia medica do INSS concluir que,
após a consolidação das lesões decorrente de acidente de qualquer natureza, resultou
sequela que implique redução da capacidade funcional.
A concessão do auxílio acidente por acidente de trabalho independe do número mínimo
de contribuições pagas pelo segurado, e para o acidente de qualquer natureza são
exigidas no mínimo doze contribuições mensais.
O auxilio acidente tem início a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio doença,
independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo segurado
e correspondera a 50% do salário do benefício do segurado.
14.6 Aposentadoria
A Aposentadoria por tempo de contribuição é um benefício devido ao cidadão que
comprovar o tempo total de 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos de
contribuição, se mulher.
A aposentadoria por idade é um benefício devido ao trabalhador que comprovar o
mínimo de 180 meses de trabalho, além da idade mínima de 65 anos, se homem, ou 60
anos, se mulher. Para o “segurado especial” (agricultor familiar, pescador artesanal,
indígena, etc), a idade mínima é reduzida em cinco anos.
A Aposentadoria por invalidez é um benefício devido ao trabalhador permanentemente
incapaz de exercer qualquer atividade laborativa e que também não possa ser
reabilitado em outra profissão, de acordo com a avaliação da perícia médica do INSS. O
benefício é pago enquanto persistir a incapacidade e pode ser reavaliado pelo INSS a
cada dois anos.
Inicialmente o cidadão deve requerer um auxílio-doença, que possui os mesmos
requisitos da aposentadoria por invalidez. Caso a perícia-médica constate incapacidade
permanente para o trabalho, sem possibilidade de reabilitação em outra função, a
aposentadoria por invalidez será indicada.
A Aposentadoria especial é um benefício concedido ao cidadão que trabalha exposto a
agentes nocivos à saúde, como calor ou ruído, de forma contínua e ininterrupta, em
níveis de exposição acima dos limites estabelecidos em legislação própria.
É possível aposentar-se após cumprir 25, 20 ou 15 anos de contribuição, conforme o
agente nocivo. Além do tempo de contribuição, é necessário que o cidadão tenha
efetivamente trabalhado por, no mínimo, 180 meses desse período. Períodos de auxílio-
doença, por exemplo, não são considerados para cumprir este requisito.
A pensão por morte é um benefício pago aos dependentes do segurado do INSS que
vier a falecer ou, em caso de desaparecimento, tiver sua morte presumida declarada
judicialmente.
Se o falecido já recebia algum benefício do INSS, é possível fazer o pedido pela Internet e
enviar os documentos necessários pelos Correios. Esta forma de pedir é simples, rápida
e fácil.
35 | P á g i n a
15 Transferência do Empregado
A transferência caracteriza-se pela mudança de domicílio, nos termos da legislação civil,
domicílio é o lugar onde a pessoa reside com ânimo definitivo. A mudança do local de
trabalho que não acarrete mudança de domicílio não configura transferência, mas
simples deslocamento do empregado. O adicional de transferência só é devido se
houver mudança de domicílio do empregado e a transferência for provisória. Inexistindo
mudança de domicílio do autor e sendo a transferência definitiva o adicional é indevido.
Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições
por mútuo consentimento, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula
infringente desta garantia.
Art. 469 da CLT. É vedado transferir o empregado sem a sua anuência para localidade
diversa de que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acatar
necessariamente a mudança do seu domicílio.
15.1 Transferência Temporária
Se por necessidade de serviço o empregado puder ser transferido temporariamente
para uma região diversa (se a mudança for para o mesmo município não há problemas)
da qual foi contratado, o empregador terá que pagar um suplemento do salário que o
empregado recebia enquanto durar essa situação, porém se a mudança for definitiva, a
empresa deverá arcar com as despesas da mudança.
Art. 469, § 3° da CLT. Em caso de necessidade de serviço, o empregador poderá transferir
o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as
restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento
suplementar nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o
empregado percebia naquela localidade enquanto durar essa situação.
15.2 Transferência Definitiva
Havendo mudança de domicílio, as despesas que resultarem ficarão a cargo do
empregador. Exemplo: passagens, frete de mudança, taxas armazenagem de móveis,
hotel ou aluguel provisório, etc., mas não é devido o adicional de transferência.
16 Obrigações Acessórias
16.1 CAGED
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado como registro
permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
É utilizado pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos
vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais.
37 | P á g i n a
Guarda da Documentação
A empresa deverá guardar:
Por 30 anos, conforme previsto no art. 23, § 5º, da Lei nº. 8.036/90, a GRF, a
Relação de Estabelecimentos Centralizados (REC), a Relação de
Tomadores/Obras (RET), o Comprovante de Confissão de não recolhimento de
valores de FGTS e de Contribuição Social, e o arquivo SEFIPCR.SFP.
Por 30 anos, a Retificação/Protocolo de Dados do FGTS e o
Comprovante/Protocolo de Solicitação de Exclusão, conforme previsto em
Circular Caixa, que estabelece procedimentos pertinentes à retificação de
informações, transferência de contas FGTS e à devolução de valores recolhidos
ao FGTS.
Por 10 anos, conforme previsto no art. 32, § 11, da Lei nº 8.212/91 e alterações
posteriores, o Comprovante de Declaração à Previdência.
Os registros constantes do arquivo magnético SEFIPCR SFP não precisam ser impressos,
salvo por exigência legal ou para permitir a comprovação do cumprimento desta
obrigação.
No caso da rescisão do contrato de trabalho sem justa causa, ou quando é devido aviso
prévio indenizado ao trabalhador, o empregador deve recolher os valores rescisórios
devidos, obrigatoriamente, pela Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS (GRRF) no
portal empregador do Conectividade Social, por meio da funcionalidade Simular Cálculo
da GRRF/Gerar GRRF.
A GRRF pode ser gerada de duas formas:
1) Aplicativo Cliente: disponibilizado gratuitamente no site da Caixa. Exige a utilização
de certificado eletrônico válido, acesso à internet e privilégios de administrador da
máquina quando utilizar Windows 2000, NT ou XP.
2) Portal Empregador: geração da guia por meio da internet. Exige a utilização de
certificado eletrônico válido.
O empregador deve ter certificado eletrônico válido e acesso à internet para
transmissão do arquivo rescisório e posterior impressão da GRRF. Caso contrário, deve
baixar e instalar o aplicativo de pré-certificação, preencher as informações requeridas e
levar o arquivo de pré-certificação salvo em disquete a uma agência da Caixa, original e
cópias simples da Carteira de Identidade, CPF e CEI.
Nas demais situações de rescisão contratual, o recolhimento do mês da rescisão e do
mês anterior à rescisão, caso ainda não tenha sido feito, deve ser realizado meio da GRF
ou da GFIP Avulsa.
16.3 RAIS
A Relação Anual de Informações Sociais – RAIS – é uma obrigação trabalhista preparada
anualmente por todas as pessoas jurídicas e equiparadas que possuam ou possuíram
empregados.
38 | P á g i n a
As empresas que não tenham funcionários também devem entregar a RAIS, que nesse
caso denomina-se RAIS NEGATIVA.
É utilizada para fins estatísticos pelo governo, e no cálculo de crédito e pagamento do
abono anual do PIS aos empregados.
De acordo com o Decreto 76.900/75 todos os empregadores são obrigados a entregar,
no prazo estipulado por cronograma de entrega do MTE, a RAIS devidamente
preenchida, com as informações referentes a cada um de seus empregados.
A Portaria MTPS 269/2015, aprovou as instruções para declaração da Relação Anual de
Informações Sociais - RAIS, bem como o Manual de Orientação da RAIS relativos ao ano-
base 2015.
Obrigação de Entrega
Estão obrigados a declarar a RAIS:
Empregadores urbanos e rurais, conforme definido no art. 2º da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT e no art. 3º da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, respectivamente;
39 | P á g i n a
Quando se tratar de declaração centralizada, a RAIS das filiais poderá ser entregue por
meio da Internet pela matriz, desde que os trabalhadores sejam informados sob o CNPJ
da empresa a qual estiveram vinculados.
40 | P á g i n a
Tabelas INSS - Portaria MF nº 15, de 16 de janeiro de 2018
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador
avulso, para pagamento de remuneração a partir de 16 de Janeiro de 2018
Até 1.693,72 8
Até 1.903,98 - -
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,69 27,5 869,36
Dedução por dependente – R$ 189,59
41 | P á g i n a
Tabela prática de incidência do INSS, do FGTS e do IR/Fonte.
Apresentamos abaixo a relação das verbas de folha de pagamento e a incidência do
INSS, do FGTS e do IR/Fonte sobre as diferentes verbas.
42 | P á g i n a
Tabela de Direitos Trabalhistas em Rescisão de Contrato – Contrato de Trabalho com
Menos de um Ano.
FGTS MULTA CÓDIGO
SALDO AVISO FÉRIAS FÉRIAS FÉRIAS 1/3 13° FGTS
MOTIVO MULTA ART. 479 SAQUE
SALÁRIO PRÉVIO VENCIDAS PROP. ADICIONAL SALÁRIO 8%
40% CLT FGTS
APOSENTA
U1 ou
DORIA SIM NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO
U2²
EMPREGADO
CONTRATO
EXPERIÊNCIA
SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SIM I1
ANTES DO
PRAZO
CONTRATO
EXPERIÊNCIA SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO I3
NO PRAZO
DISPENSA
COM JUSTA SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO H
CAUSA
DISPENSA
SEM JUSTA SIM SIM NÃO SIM SIM SIM SIM SIM NÃO I1
CAUSA
FALECIMENTO
SIM NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO S
EMPREGADO
FALECIMENTO
SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM NÃO S
EMPREGADOR
DEPO
PEDIDO DE
SIM PAGA NÃO NÃO NÃO SIM SI NÃO NÃO J
DEMISSÃO
TADO
43 | P á g i n a
Tabela de Direitos Trabalhistas em Rescisão de Contrato – Contrato de Trabalho com
mais de um Ano.
DEPO
PEDIDO DE
SIM SIM SIM SIM SIM SIM SI NÃO NÃO J
DEMISSÃO
TADO
44 | P á g i n a
GUARDA DE DOCUMENTOS – PRAZOS
Comprovante de Retenção
Art. 81 § 6º da IN SRP
do INSS - Contribuintes 10 anos
3/2005
Individuais
Declaração de Instalação
Indeterminado não há
(NR-2 - Portaria 3.214/78)
Documentação sobre
7 anos Art. 174 do CTN
imposto de renda na fonte
45 | P á g i n a
GPS e toda documentação
previdenciária quando não 10 anos, exceto na hipótese
tenha havido levantamento de dolo, fraude ou simulação,
Decreto nº 3.048/99,
fiscal. (Folha de pagamento, o INSS poderá a qualquer
art. 348
recibos, Ficha de Salário tempo apurar e constituir
família, Atestados médicos, seus créditos
guia de recolhimento)
Livro de Inspeção do
Indeterminado não há
Trabalho
Dec.-lei nº 2.052/83,
RAIS 10 anos
arts. 3º e 10
Recibo de entrega da
Resolução CODEFAT
Comunicação de Dispensa - 5 anos
392/2004
CD (Seguro-Desemprego)
Registro de segurança de
Indeterminado não há
caldeiraria
46 | P á g i n a
Solicitação de abono de 5 anos durante o emprego,
CF, art. 7º, XXIX
férias até 2 anos após a rescisão
Termo de Rescisão de
2 anos * vide GPS CF, art. 7º, XXIX
Contrato de Trabalho
47 | P á g i n a