Fernandes 9788568576793
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All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0
International license.
Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição
4.0.
Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative
Commons Reconocimento 4.0.
i
Universidade Federal do ABC
Editora da UFABC
Profª. Drª. Adriana Capuano de Oliveira - Coordenação
Cleiton Fabiano Klechen
Natalia Gea
ii
IVAN FILIPE DE ALMEIDA LOPES FERNANDES
iii
© Copyright by Editora da Universidade Federal do ABC (EdUFABC)
Revisão
Bruna Longobucco
Foto da capa
Pixabay
Impressão
Gráfica e Editora Copiart
CATALOGAÇÃO NA FONTE
SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
Responsável: Marciléia Aparecida de Paula CRB: 8/8530
ISBN: 978-85-68576-61-8
iv
Agradecimentos
v
estudos durante o doutoramento e a segunda responsável
pela Bolsa Sanduíche usufruída no Departamento de Ciência
Política da Universidade de Illinois, em Urbana-Champaign
(UIUC). Agradeço também a contribuição da Universidade
Federal do ABC (UFABC), instituição que me abrigou após o
término do doutorado e quem, por meio de sua Editora (Edi-
tora UFABC) propiciou a publicação desta pesquisa de douto-
rado no formato de livro.
O trabalho se beneficiou muito da experiência como vi-
siting scholar na UIUC. Em particular gostaria de agradecer às
contribuições dos professores James H. Kuklisnk e Matthew S.
Winters com quem tive a dupla satisfação de ser aluno e poder
discutir pessoalmente os caminhos desta pesquisa. Gostaria
também de agradecer aos professores e colegas do DCP/USP.
Gostaria de agradecer também aos professores Walter
Beluzzo e Sérgio Firpo cujos comentários a respeito da me-
todologia desta pesquisa foram de fundamental importância
para o sucesso do trabalho, assim como ao professor Bruno
Càutres com quem tive a oportunidade de trabalhar como mo-
nitor nas IPSA Summers Schools de 2012 e 2013 e pude apre-
sentar e discutir minhas ideias de pesquisa.
É importante lembrar também a contribuição de David
Samuels, Ben Ansell, Christian Houle, Salvatore J. Babones,
María José Alvarez-Rivadulla e James K. Galbraith por terem
cedido parte dos dados de suas pesquisas, além de terem
sido extremamente atenciosos ao responderem com bastante
cuidado aos e-mails de um jovem pesquisador.
Aos companheiros do Polmet, grupo de estudos e orien-
tação organizado pela professora orientadora Maria Hermínia,
juntamente com os professores Leandro Piquet Carneiro e
Cristiane Lucena Carneiro e os colegas pesquisadores Nadim
vi
Gannoum, Lucas Cadah, Juliana Costa, Laerte Apolinário,
Bruno Lopes, Suhayla Khalil e Andreas Werner, cujos comen-
tários, críticas e conselhos foram fundamentais para a evolu-
ção do argumento e da pesquisa empírica. Aproveito também
para agradecer aos companheiros da vida acadêmica no IRI
e DCP – USP. Em especial, gostaria de agradecer todo apoio
de Leandro Consentino, Marcello Baird, Lara Mesquita, Vitor
Oliveira e Humberto Dantas.
Em especial, gostaria de agradecer as contribuições dos
colegas do Grupo de Economia Política (GEP) sediado no
IRI/USP, Flávio Pinheiro, Gabriel Cepaluni, Rafael Magalhães
e Gustavo Araújo, que analisaram e discutiram longamente os
esboços desta pesquisa.
Por fim, e mais importante, gostaria de agradecer a to-
dos aqueles que me deram o apoio afetivo e emocional fun-
damental no percurso desta jornada, a quem dedico integral-
mente esta pesquisa:
À Duda, ao Lucas e à Mari que me propiciaram uma das
maiores felicidades de minha vida ao me permitirem tornar-
me parte de sua família. À Mércia e às minhas cunhadas, Helen
e Heliane, por todo o apoio, carinho e compreensão. À Isabela,
Laura e Miriam por todo o incentivo e apoio. À Fabi e ao
André por todo o apoio e cuja ajuda foi crucial para que pu-
desse morar nos EUA sem grandes preocupações.
Aos membros da minha família que são a essência de
tudo que sou! Aos meus pais, Diogo e Nina Rosa, os grandes
mestres de minha vida, cujo exemplo, dedicação e carinho são
imensuráveis e incomparáveis. À minha tia/madrinha Sônia,
sempre muito querida, e aos meus irmãos, Gustavo e Guilher-
me, que sempre me apoiaram, discutiram, estiveram e estarão
por perto, seja nos momentos difíceis, nas grandes celebrações
e mesmo no dia a dia de todo o sempre.
vii
À minha amada Heloísa, cujo carinho e compreensão
superam o limite do compreensível, me ajudando em tudo em
minha vida, minhas faltas ao longo deste projeto, e a atenção
nos momentos mais nervosos, vibrando com minhas vitórias
e com quem percorrerei de mãos dadas toda essa fabulosa
jornada chamada Vida. E, finalmente, ao Filipinho, nosso
primeiro filho, que veio para alegrar ainda mais nossa vida e
todos os futuros passos de nossa família.
viii
Lista de figuras
ix
Lista de gráficos
xi
Gráfico 10 Médias de desigualdade GINI ao longo do
horizonte democrático (EHII e SWIID) –
por décadas....................................................... 156
Gráfico 11 Densidades de Kernel de desigualdade
econômica de longo prazo (BM) por regimes
políticos............................................................. 163
Gráfico 12 Médias de desigualdade GINI (BM) por
décadas e por regime político........................ 166
Gráfico 13 Médias de desigualdade GINI (BM) ao longo
do horizonte democrático – visão de longo
prazo.................................................................. 167
Gráfico 14 Efeitos heterogêneos da democracia sobre a
desigualdade econômica – efeitos fixos
continentais...................................................... 197
Gráfico 15 Efeitos heterogêneos da democracia sobre a
desigualdade econômica – efeitos fixos
continentais e temporais................................. 201
Gráfico 16 Efeitos heterogêneos da democracia sobre a
desigualdade econômica – efeitos fixos
regionais e temporais...................................... 204
Gráfico 17 Efeitos heterogêneos da democracia sobre a
desigualdade econômica – sem efeitos fixos..... 208
Gráfico 18 Efeitos heterogêneos da democracia sobre a
desigualdade econômica – efeitos fixos
continentais...................................................... 245
Gráfico 19 Efeitos heterogêneos da democracia sobre a
desigualdade econômica – efeitos fixos
continentais e temporais (décadas)............... 246
xii
Gráfico 20 Efeitos heterogêneos da democracia sobre a
desigualdade econômica – efeitos fixos
continentais e temporais (anos)..................... 247
Gráfico 21 Efeitos heterogêneos da democracia sobre a
desigualdade econômica – efeitos fixos
continentais - países-décadas......................... 248
Gráfico 22 Efeitos heterogêneos da democracia sobre a
desigualdade econômica – efeitos fixos
continentais e temporais – países-décadas..... 249
xiii
Lista de quadros
xv
Lista de tabelas
xvii
Tabela 12 Dados faltantes de desigualdade
econômica..........................................................214
Tabela 13 Estatística descritiva dos dados de participação
e recrutamento..................................................226
Tabela 14 Estatística descritiva das variáveis de
controle..............................................................242
xviii
Lista de abreviaturas
xix
PME Pesquisa Mensal de Emprego
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PWT Penn World Tables
RQ Regressão Quantílica
SIID Standardized Income Inequality Data
SWIID Standardized World Income Inequality
Database
UNIDO United Nations Industrial Development
Organization
UNU United Nations University
WIDER The World Institute for Development
Economics Research
UTIP University of Texas Inequality Project
WDI World Development Indicators
WIID The World Income Inequality Database
xx
Sumário
Introdução....................................................................................... 1
Capítulo 1
O campo teórico da discussão entre democracia e
desigualdade.................................................................................21
1.1 O debate sobre a relação entre democracia e
desigualdade...............................................................27
1.2 Resultados empíricos.................................................37
1.3 Desenvolvimento, choques tecnológicos e
desigualdade...............................................................43
1.4 Democracia, mercados e desigualdade
econômica...................................................................48
1.5 Globalização e comércio internacional...................55
1.6 Causalidade reversa: os efeitos da desigualdade
sobre os processos de democratização.....................60
Capítulo 2
Teoria e metodologia....................................................................67
2.1 Ativando a desigualdade como tema eleitoral........68
2.2 Metodologia................................................................89
2.3 Endogenia nas relações entre democracia e
desigualdade econômica ..........................................90
xxi
2.3.1 Difusão democrática como instrumento de
democracia........................................................95
2.3.2 Estimação dos efeitos heterogêneos da
democracia sobre a desigualdade
econômica.......................................................102
Capítulo 3
Democracia e desigualdade: dados e relação descritiva.........107
3.1 Dados e definições de democracia.........................108
3.1.1 Democracia como processo..........................112
3.1.2 Uma medida alternativa de competição
política.............................................................114
3.2 Dados e definições de desigualdade.......................117
3.2.1 Medidas alternativas de desigualdade
econômica.......................................................129
3.2.1.1 Standardized Income Inequality
Data (SIID) e Standardized World
Income Inequality Data (SWIID).....130
3.2.1.2 Capital Shares ....................................134
3.2.2 Dados de desigualdade econômica..............136
3.3 Relação descritiva entre desigualdade e
democracia................................................................144
3.4 Democracia e desigualdade – visão de longo
prazo..........................................................................158
3.5 Variáveis de controle................................................168
Capítulo 4
Análise inferencial......................................................................175
4.1 Identificação de democracia...................................175
4.2 Democracia e desigualdade econômica................195
4.2.1 O problema dos dados faltantes...................211
xxii
Capítulo 5
Testando a relação em outros dados.........................................223
5.1 Polity IV.....................................................................224
5.2 Outras medidas de desigualdade............................229
5.3 Desigualdade e democracia desde o século xix....240
5.4 Persistência democrática e a desigualdade...............251
Considerações finais..................................................................257
Apêndice A
Variável instrumental........................................................ 265
Apêndice B
Regressão quantílica..................................................................271
Apêndice C
Estimador bootstrap do erro padrão em regressão quantílica.......273
Referências.................................................................................275
xxiii
Introdução
1
0,70
0,65
COEFICIENTE DE GINI
0,607
0,603
0,602
0,600
0,600
0,599
0,596
0,595
0,594
0,589
0,583
0,583
0,60
0,571
0,568
0,562
0,555
0,549
0,545
0,538
0,55
0,519
0,50
1993
2003
1992
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Gráfico 1 – Coeficiente de GINI no Brasil a partir dos anos 1990
Fonte: Microdados da PNAD / IBGE (CPS / FGV) (NERI, 2012)
0,62
0,60
COEFICIENTE DE GINI
0,58
0,56
0,609
0,600
0,590
0,583
0,54
0,538
0,537
0,52
0,50
1960
1970
1980
1990
2001
2010
Gráfico 2 – Visão de longo prazo do coeficiente de GINI no Brasil
Fonte: Microdata da PNAD / PME e Censo (CPS / FGV) (Neri, 2012)
Obs: Transição Autoritária – 1964. Transição Democrática – 1985.
1
Mesmo não havendo uma indisposição social contra o crescimento da desi-
gualdade, os dados do Banco Mundial demonstram que o crescimento desta na
China foi agudo nas três últimas décadas. Enquanto em 1981 o Índice de GINI
chinês era de apenas 0.29, um dos menores do mundo, em 2002 esse número
cresceu para 0.45, indicando que a China transitou de um país de baixa desi-
gualdade para um país de desigualdade moderadamente alta.
21
homens de propriedade: pois eles são mais numerosos e a
decisão da maioria prevalece” (Mill, 1861; Maquiavel,
1979; Aristoteles, 2005).
O ponto de partida desta pesquisa é discutir se a demo-
cracia, por intermédio da criação de condições políticas iguais,
contribui para a edificação de maior equidade econômica.
De fato, durante o século XIX, a equidade política e a equi-
dade econômica conectavam-se tal qual um silogismo social.
O sufrágio universal combinado com a regra majoritária con-
cederia poder político para a maioria e devido ao fato de que
a maioria é sempre pobre, ela adquiriria as condições políticas
necessárias para confiscar a riqueza dos ricos e compartilhá-la
com todos na sociedade, incluindo aqui o próprio fim do direi-
to à propriedade privada (Przeworski, 2010).
Na visão de Gerring, Thacker e Alfaro (2012), a hipótese
de que as instituições democráticas promovem uma dinâmica
política favorável às necessidades e interesses dos menos favo-
recidos tornou-se um axioma teórico fundamental na compa-
ração entre democracias e ditaduras. Gerhard Lenski (1966)
afirma inclusive que a retórica da democracia se baseia na
ideia de que existe uma redistribuição de poder em favor dos
desfavorecidos, a maioria em qualquer sociedade. A ideologia
democrática legitimaria a redistribuição do poder em favor
dessa maioria desfavorecida. E com este aumento da igualdade
política, medidas em favor de uma maior igualdade social e
uma distribuição mais igualitária de bens seriam inevitavel-
mente introduzidas.
Adam Przeworski (2010) entende que esta previsão foi
um tema central do debate e dos conflitos políticos em torno
da expansão do sufrágio universal e da consolidação da demo-
cracia como forma de governo nos países ocidentais. Tal cone-
xão entre a expansão democrática por meio do sufrágio uni-
versal e o fim da propriedade fora levantada e debatida tanto
2
As lutas de classes em França de 1848 a 1850, Parte II, de junho de 1848 a 13 de
junho de 1849 (MARX, 1972).
3
O impacto negativo da democracia sobre a desigualdade econômica é definido
do ponto de vista estatístico, o que significa que a democracia e a desigualdade va-
riam inversamente: isto é, quanto maior uma, menor a outra. Os termos impactos
positivos e negativos serão sempre utilizados segundo este prisma de covariação
estatística e nunca segundo um ponto de vista normativo, no qual o efeito da de-
mocracia seria bom (positivo) quando reduzisse a desigualdade econômica.
4
Não importando ao argumento se os detentores do poder são ricos antes de
assumirem a posição de autoridade ou se amealham mais recursos econômicos
em movimento posterior à obtenção do poder político.
5
Como esclarecemos mais a frente, assumimos a definição minimalista de demo-
cracia adotada por Przeworski, Alvarez, Cheibub e Limongi (2000), na qual é o
regime em que partidos competem pelo poder político em eleições abertas, livres
e justas, com incerteza ex-ante e certeza ex-post acerca dos resultados eleitorais.
6
Um tema que não é debatido nessa pesquisa, mas que é de fundamental im-
portância para análise da relação entre regime político e desigualdade é o estudo
7
Os modelos do eleitor mediano sobre a redistribuição (Romer, 1975;
Roberts, 1977; MELTZER; RICHARD, 1981) são o ponto de partida para grande
parte da discussão sobre a economia política do Estado de Bem-Estar Social.
8
Meltzer e Richard (1981) usam a parcela de renda distribuída pelo governo
em dinheiro e em serviços como uma medida do tamanho relativo do governo e
desenvolvem uma teoria no qual o tamanho do governo é definido por escolhas
racionais de indivíduos maximizadores de utilidade que são completamente in-
formados sobre o presente estado da economia e das consequências da taxação
e da redistribuição de renda (Meltzer; Richard, 1981).
9
A distribuição de renda bruta é definida pela renda dos indivíduos antes de
impostos e transferências: a distribuição da renda obtida pelos indivíduos em
situação de mercado. Já a distribuição de renda líquida é definida pela renda dos
indivíduos após a tributação e transferências públicas.
10
Outra possível consequência é o impacto de gastos com educação na ca-
pacidade de engrandecimento do capital humano individual. Isto porque se a
distribuição de capital humano for desigual, o aumento do gasto público em
educação tende a reduzir essa desigualdade, endogenizando, por meio de ou-
tro mecanismo, a distribuição de renda pré-tributação (Bergh, 2005). Usando
dados sobre gastos governamentais em educação, Sylwester (2002) mostrou que
países que destinaram maior parte do seu PIB para a educação pública expe-
rienciaram menor desigualdade nos anos subsequentes (Sylwester, 2002;
BergH, 2005).
11
Outra forma de interpretação dos resultados de Bueno de Mesquita et al.
(2005) sugere que os governos democráticos têm uma gama mais ampla de
apoiadores para atender, que os induz à produção de mais bens públicos em
comparação a bens privados.
12
Todas as citações de trabalhos em língua estrangeira foram traduzidas li-
vremente.
13
Ainda que não estejam preocupados na análise entre a relação da democracia
com a desigualdade econômica e sim com os efeitos das instituições de trabalho,
instituições eleitorais e da ideologia política dos partidos, o trabalho de Scheve
e Stasavage (2009) deixa claro a importância de se analisar os efeitos de longo
prazo das instituições sobre a desigualdade econômica, uma vez que em curto
prazo as mudanças institucionais tendem a ser menores e a dinâmica da desi-
gualdade tende a reagir lentamente aos eventos do mundo da política.
14
No capítulo 3 apresentamos de maneira mais detalhada as dificuldades e so-
luções para a mensuração do fenômeno da desigualdade econômica.
15
Cutright (1967); Hewitt (1977); Stack (1979; 1980); Weede e Tiefenbach
(1981); Weede (1982); Muller (1988).
16
Jackman (1975); Rubinson e Quinlan (1977); Bollen e Grandjean (1981);
Kohli et al. (1984); Bollen e Jackman (1985).
17
Lundberg e Squire (1999) encontraram um efeito protetor da democracia em
19
UNU-WIDER (Unu/Wider-Undp) (World Institute for Development
Economics Research), World Income Database (WIID), Versão 2 (Helsinki:
World Institute for Development Economics Research of the United Nations
University/UNDP, May 2007). O banco de dados de Deininger e Squire (DS)
contém 2634 observações contra 4982 do WIID (Timmons, 2010). Uma dis-
cussão aprofundada sobre os diferentes bancos de dado comparados de GINI é
apresentada no capítulo 3.
20
Gauri e Khaleghian (2002) tomaram como variável dependente a cobertura
de vacinação da população e Ross (2006), MacGuire (2006) e Shandra, Nobles,
London e Williamson (2004) a taxa de mortalidade infantil.
21
Boix (2010) tem como objeto a evolução da desigualdade de longa duração.
O primeiro choque exógeno analisado é decorrente da revolução agrária –
22
Exemplos históricos de choques exógenos que aumentaram a produtividade
relativa do capital foram as legiões profissionais romanas, a cavalaria armada
medieval e os exércitos modernos absolutistas. Já exemplos que aumentaram a
produtividade relativa do trabalho foram as forças hoplitas da Grécia Antiga, a
peste negra que ao reduzir a oferta de trabalho, reduziu a produtividade relativa
do capital em relação ao trabalho ou mesmo a possibilidade de imigração na
Europa do século XIX e a sociedade de fronteira dos Estados Unidos, Canadá e
Austrália (Rogowski; MacRae, 2008).
23
Przeworski (2011a) analisa o papel que as diferenças econômicas têm no cur-
so normal da competição política e como uma distribuição de renda desequi-
librada afeta a capacidade de influência dos indivíduos detentores de menos
recursos. Na visão de Przeworski alguns cidadãos não podem equalizar o cus-
to marginal da influência na política com os benefícios marginais decorrentes,
pois sofrem constrangimentos orçamentários, o que, portanto, tem como con-
sequência direta um viés político favorável aos cidadãos detentores dos recursos
econômicos. Para uma discussão sobre os mecanismos pelos quais o dinheiro
afeta a política vide (Przeworski, 2011a; 2012).
24
Piketty (2014), Piketty e Saez (2003; 2006) e Moriguchi e Saez (2008) de-
monstram que países como França, Reino Unido, EUA e Japão assistiram a uma
forte redução da desigualdade durante a 1ª e a 2ª Guerra Mundial que deve ser
atribuída a uma queda drástica da renda do capital do topo da distribuição de
renda, uma vez que fortunas foram reduzidas como resultado da inflação em
tempos de guerra e da própria taxação para o esforço militar, associados à intro-
dução do imposto de renda progressivo.
25
Em um dos modelos formais em Boix (2011), a globalização da economia
nacional restringe os graus de liberdade do governo na elaboração de políticas
redistributivas, ao reduzir a margem de imposto possível de ser aplicado. Ao se
considerar que a mobilidade internacional dos ativos importa é esperado que o
orçamento público se baseie mais nos setores específicos, como o próprio tra-
balho, do que nos menos específicos, como o capital. Isto porque esse último é
mais apto a deslocar-se dentro da economia globalizada que o primeiro.
Teoria e metodologia
67
tos da democracia ao longo da distribuição da desigualdade
econômica. Além disso, apresentamos também o ferramental
metodológico de variável instrumental a partir do qual lida-
mos com o problema da causalidade inversa na relação entre
democracia e desigualdade, de forma a verificarmos o que de
fato é efeito da democracia sobre a desigualdade e não apenas
reflexo dos próprios limites que o excesso de desigualdade eco-
nômica coloca na criação de sistemas políticos democráticos.
26
As eleições necessitam de três condições fundamentais para cumprir com seu
papel de mecanismo competitivo de definição das posições centrais do governo:
i) incerteza ex ante de quem seja o vitorioso da competição eleitoral; ii) irrever-
sibilidade ex post do resultado da competição eleitoral; e iii) repetitividade da
competição eleitoral. Estas três características fundamentais determinam se as
eleições são competitivas, livres, certas e justas. Uma justificação mais porme-
norizada das razões teóricas e metodológicas da escolha da definição minima-
lista e procedimental de democracia é apresentada no Capítulo 3.
27
Usaremos o termo cidadania, massa de eleitores e eleitorado como sinônimos
que se referem ao conjunto de indivíduos aptos a exercer o direito político do voto.
28
Poole e Rosenthal (2001) mostraram que os votos dos congressistas america-
nos desde 1789 são melhor explicados por duas dimensões: a questão tributária
e a questão racial (escravidão antes da Guerra Civil e integração/direitos civis
depois). Mais de 85% da variância dos votos no congresso estadunidense são
explicados por essas duas dimensões.
29
No capítulo 1 apresentamos uma descrição mais pormenorizada sobre o mo-
delo redistributivo de Meltzer e Richards e uma discussão crítica a respeito da
validade de suas conclusões teóricas.
30
Piketty (2014) aponta problemas semelhantes ao estudar a evolução da desi-
gualdade econômica nas economias mais desenvolvidas. Para o autor a ciência
econômica norte-americana (sobretudo) nas últimas décadas dedicou-se exces-
sivamente ao desenvolvimento de modelos teóricos, deixando de lado a verifi-
cação empírica das implicações postuladas.
31
A evolução da opinião pública polonesa sobre a desigualdade ao longo da
década de 1990 é clara sobre isso. No início do processo de democratização e
transformação econômica a desigualdade foi enxergada segundo um viés po-
sitivo: reflexo da ampliação das oportunidades com as reformas econômicas
pós-comunistas. Com o passar do tempo a tolerância à crescente desigualdade
33
Laver e Hunt (1992) apresentam evidências de que a política é multidimen-
sional em um conjunto de 20 países. Kitschelt (1994) discute o fato de que nos
últimos 30 anos na Europa a política pode ser compreendida como sendo bidi-
mensional. De um lado um eixo redistributivo e do outro um eixo de valores
entre posições mais autoritárias e posições mais libertárias, sendo que ambas
dimensões tendem a ter uma relação ortogonal entre si. Por sua vez, Kalyvas
(1996) e Przeworski e Sprague (1986) argumentam que entre 1880 e 1940 a po-
lítica europeia teve como dimensões fundamentais a dimensão redistributiva e
a dimensão religiosa.
34
Przeworski e Wallerstein (1988) desenvolvem este problema como o poder
estrutural do capital em democracias capitalistas. Existe um limite às políticas
redistributivas que é não ameaçar o papel da decisão privada e descentralizada
do capital sobre a taxa de investimento, o que tem consequências de médio pra-
zo sobre o desempenho econômico afetando, assim, a sustentação política do
governo de plantão.
35
Ademais, a própria institucionalidade do Estado moderno contemporâneo
estimula que a atenção seja voltada em determinados momentos para certos
assuntos em detrimento de outros problemas e conflitos sociais. Para Breunig
(2011) devido a limitações cognitivas, os próprios decisores realizam uma busca
ordenada entre um conjunto limitado de alternativas e avaliam sequencialmente
um número finito de alternativas até que possam encontrar uma solução sufi-
cientemente boa para o problema percebido. E assim, no agregado, o modelo de
decisão sugere que a maioria das mudanças é marginal e em apenas determi-
nados momentos acontecem mudanças radicais em temas que tomam grande
proeminência na ordem política do dia.
36
Como, por exemplo, a competição via mercado em contextos políticos nos
quais os cidadãos tendem a valorizar os pontos positivos das relações mercantis
centradas na livre iniciativa e no retorno monetário de acordo com a produti-
vidade individual.
37
Uma literatura relativamente desenvolvida já captou efeitos relevantes e posi-
tivos do PBF no sucesso eleitoral de Lula em 2006 (Hunter; Power, 2007),
(Nicolau; Peixoto, 2007), (Zucco, 2008), (Licio; Rennó; Castro,
2009) e (Corrêa, 2010).
38
Ministério do Desenvolvimento Social
39
Estimativas populacionais para 2014. Em 2003 a Classe A e B perfaziam ape-
nas 7,6% da população. A Classe C 37.5% e as Classes D e E 55% (Neri, 2012).
40
Outra forma de entender as clivagens transversais que rompem a solidarie-
dade política entre os mais pobres além do diagnóstico de Frank (2007) é o con-
ceito de falsa consciência política adotado de longa data por teoristas políticos
marxistas. No que se refere ao debate sobre o papel das clivagens identitárias,
Posner (2004) usando um desenho de pesquisa quase-experimental defende a
hipótese de que a saliência política das clivagens culturais não depende da pró-
pria clivagem em si, mas sim do tamanho dos grupos e se esses grupos serão
uteis na competição política. Isto é, além da potencialidade divisória da dimen-
são identitária, é necessário que algum empreendedor político desempenhe o
papel de ativador do tema no debate político-eleitoral.
41
O artigo de Lupu e Pontusson (2011) analisa essa questão segundo um prisma
distinto, mas que converge com o argumento teórico proposto nesta pesquisa.
Para ambos autores, o que afeta a economia política da redistribuição de renda
é a estrutura da desigualdade. Para justificar o argumento, os autores propõem
um modelo no qual o posicionamento estrutural da classe média em relação aos
pobres e os ricos determina o apoio à redistribuição: “na ausência de clivagens
étnicas transversais, os eleitores com renda intermediária terão empatia com os
pobres e apoiaram políticas redistributivas quando a distância entre a renda mé-
dia e dos pobres é pequena em relação à distância de renda entre a renda média
e a renda dos mais ricos” (Lupu; Pontusson, 2011, p. 316).
42
Cheibub, Gandhi e Vreeland (2010) atualizam a base de Przeworski, Alvarez,
Cheibub e Limongi (2000).
43
O banco final possui projeções lineares para reduzir o problema de dados
faltantes de desigualdade econômica para intervalos de até 8 anos. O banco de
dados foi ampliado para 4138 anos – países. A interpolação não é problemática
dado que a variação na desigualdade é sempre bastante lenta e gradual. Ade-
mais, os resultados são idênticos quando usamos o banco original.
44
Apresentada no capítulo 3.
45
Boix (2003) demonstrou que altos níveis de desigualdade podem prejudicar a
democratização e a consolidação das democracias. Houle (2009) e Acemoglu e
Robinson (2006) também investigaram a probabilidade de que alta desigualda-
de prejudique a consolidação da democracia devido às expectativas de redistri-
buição que existe em sociedades democráticas.
46
A Hipótese de Restrição de Exclusão assume que a variável instrumental é não
correlacionada com qualquer outra variável não observada que esteja correla-
cionada com a variável dependente.
47
Para uma apresentação mais pormenorizada do método de variável instru-
mental vide apêndice A.
1) Instrumentos de Difusão:
a) Difusão mundial de democracia: número de democracia existentes no ano
/ número de países existentes no ano. [difmundo]
b) Difusão continental de democracia: número de democracia existentes no con-
tinente no ano/número de países existentes no continente no ano. [difcont]
c) Difusão subcontinental de democracia: número de democracia existentes
no subcontinente no ano/número de países existentes no subcontinente
no ano. [difregiao]
d) Difusão ponderada de democracia: média simples das medidas (a); (b) e
(c) [difpond1]
e) Difusão ponderada de democracia dado a relevância regional e continental
do país: média de (a), (b) e (c), ponderada pelo peso territorial do país no
continente e no subcontinente, respectivamente [difpond2]
2) Herança Britânica: indica se o país possui herança britânica, incluindo o
próprio Reino Unido e ex-colônias americanas e australianas, adaptado de
Hadenius e Teorell (2005) [british]
3) Localização Longitudinal:
a) Hemisférico Oriental: indica se o país possui localização longitudinal ao
oriente do meridiano 36º (Turquia). [horiental]
b) Longitude: log da longitude de um país calculado por 105+longitude.
[llong]
48
O meridiano 36L atravessa a Rússia europeia, a Ucrânia, o interior da Tur-
quia, o Oriente Médio, passando pela Síria, Jordânia e Arábia Saudita e no conti-
nente Africano atravessa o Chifre da África cortando o Sudão, Etiópia e Quênia
e ao sul atravessa Tanzânia e Moçambique. Destes países a Turquia, Ucrânia,
Sudão, Tanzânia e Moçambique estão no hemisfério ocidental. Os outros são
considerados como localizado na esfera oriental.
49
A Oceania é o único continente que possui longitude superior a 138, sendo
que a variação longitudinal nesse continente é entre 133 a 179.15.
(Eq. 2.1)
(Eq. 2.2)
(Eq. 2.3)
50
Adiantando resultados apresentados mais a frente, os testes estatísticos do
capítulo 4 indicam que a identificação de democracia é realizada com mais acu-
rácia nos modelos nos quais introduzimos as variáveis puras de difusão de de-
mocracia ao invés das variáveis ponderadas.
51
Outras variáveis utilizadas como potenciais instrumentos de democracia por
Eichengreen e Leblang (2008) foram o número de anos desde a independência
do país usadas também por Persson (2005), Mobarak (2005) e Acemoglu, Robin-
son e Yared (2008); a origem legal do sistema jurídico do país; e a distância mé-
dia do país das outras democracias do sistema internacional (Mobarak, 2005;
Persson; Tabellini, 2006; Acemoglu et al., 2008; Eichengreen;
Leblang, 2008).
Democracia
British 0.03
Hemisfério Oriental -0.20
Longitude -0.20
Fonte: CGV
52
Para uma apresentação mais pormenorizada do método de Regressão Quan-
tílica com variável instrumental vide apêndice B.
53
Foram utilizadas 1000 repetições no procedimento de bootstrapping. Para uma
apresentação mais pormenorizada do método de bootstrap vide apêndice C.
Qτ [. | X = x] = αi + β1 controlesit + β2 L.DEMOit +
β3 continentes + β4 tend + β5 tend2 + ε it (Eq. 2.5)
Democracia e desigualdade:
dados e relação descritiva
54
Um pequeno crescimento da média da desigualdade econômica entre os
países entre 1970 e 2005 é indicado no Gráfico 6, enquanto no Gráfico 7 há uma
singela tendência decrescente para o mesmo período.
107
fica claro que houve uma forte redução da média de desigual-
dade econômica entre os países na 1º metade do século XX,
acompanhado de uma reversão desta tendência com cresci-
mento até 1990, ainda que este aumento seja menos abrupto
do que a queda anterior. Obviamente um problema inerente
ao esforço empírico de tratar de dados econômicos que voltam
tanto no tempo decorre do fato que as mensurações de desi-
gualdade são menos válidas e confiáveis do que os dados mais
recentes, obtidos por meio de metodologias modernas como,
por exemplo, surveys de renda. Por fim, na quinta e última
seção apresentamos os dados das variáveis controles utilizadas
na pesquisa e concluímos o capítulo.
55
Apresentamos brevemente os pontos que justificam a nossa escolha pelo
CGV. Para uma análise mais pormenorizada de suas características ver
56
Confiabilidade é a medida que mensura o quão os resultados de uma deter-
minada medida são repetidos de maneira similar sob condições consistentes.
Isto é, o quanto a técnica de mensuração é precisa. Quanto menor for a proba-
bilidade de erro que a recontagem do dado pode ter, mais confiável é a medida.
57
O POLITY IV mensura democracia em uma escala de 21 pontos que vão
desde -10 (menos democrático) a +10 (mais democrático), enquanto a Freedom
House propõe duas escalas de 7 pontos para mensurar, respectivamente, direitos
políticos e liberdades civis.
58
Para uma discussão de diferentes medidas sobre a desigualdade ver (De
Maio, 2007).
59
Além do limite operacional decorrente do fato que tais medidas ainda não
foram compiladas para um grande número de países.
60
Esses critérios são: cobertura abrangente de todos os tipos de renda, incluin-
do rendimentos em espécie e não salariais, como pensões e aluguéis; cobertura
62
Validade de face é um indicador subjetivo da validade de um indicador. Um
exemplo claro de uma medida que viola o princípio da validade de face é um in-
dicador do nível de desenvolvimento econômico que aponte que o Brasil é mais
desenvolvido economicamente que os EUA. Obviamente é uma análise bastante
imprecisa, uma vez que é possível que de fato a percepção sobre a realidade seja
diferente da própria realidade empírica.
63
A estatística T de Theil é da família de medidas generalizadas de entropia
sobre a desigualdade, sendo a única que pode ser exatamente decomposta. Se-
gundo Theil, a diferença entre grupos da estatística T pode ser pensada como
uma medida indireta da informação requerida para transformar probabilidades
a priori em posteriores, no qual os pesos populacionais para cada grupo são
a priori e a parcela de rendas posteriores (Galbraith; Kum, 2003; 2005;
Galbraith, 2010).
64
A única restrição para a escolha das entidades institucionais é que os grupos
escolhidos sejam mutuamente exclusivos e coletivamente exaustivos.
(Eq. 3.1)
65
Devido ao termo logarítmico, o elemento de Theil (o produto de cada um
dos grupos) é positivo para os grupos com renda média superior à renda média
populacional e negativo caso contrário.
66
A partir de agora denominamos o Índice T de Theil do cálculo da desigual-
dade de pagamentos no setor industrial como UTIP-UNIDO. Para maiores por-
menores sobre os cálculos ver Galbraith e Kum (2003 e 2005).
(Eq. 3.2)
68
(Eq. 3.3)
67
As variáveis dummies indicadoras do tipo de survey utilizado na compilação
de dados do DS são três: indicador de renda bruta ou líquida, indicador de ren-
da domiciliar ou individual, e indicador de renda ou consumo.
68
Como a distribuição do Índice T de Theil da UTIP-UNIDO e do GINI da
UNU – WIDER possuem uma distribuição log-normal, para aumentar a eficiên-
cia do modelo de regressão, as duas medidas de desigualdade estão em formato
logarítmico. Assim o coeficiente é uma estimativa da elasticidade na relação entre
desigualdade de pagamentos no setor industrial e desigualdade econômica.
69
A análise da estimação em seus pormenores e os resultados podem ser vistos
em Galbraith (2012, p. 81-97).
70
Não pudemos inserir todos os dados do SIID, pois alguns pontos de dados
desse banco não são países independentes como, por exemplo, Hong Kong e
Porto Rico.
71
Agradecemos a gentileza dos professores Salvatore Babones e María Alvarez-
-Rivadulla por terem nos fornecido os dados das versões 2 e 3 de SIID.
72
O LIS possui o maior banco de dados comparável sobre desigualdade ao utili-
zar a mesma metodologia de survey em diferentes países e anos, mas a sua cober-
tura temporal e internacional é bastante limitada. Seus dados cobrem os 30 países
mais ricos do mundo e seus dados estão disponíveis apenas a partir de 1993.
73
Unidades de referência no WIID: familiar per capita; familiar adulto equiva-
lente; familiar; por empregado; e per capita. Conceitos de renda no WIID: renda
líquida; renda bruta; consumo; e não identificada.
74
A escala família equivalente é o resultado obtido pela ponderação do rendi-
mento de cada família pela sua dimensão em número de indivíduos. A escala de
equivalência do LIS baseia-se na ponderação da renda familiar pela raiz quadra-
da do número de membros da família.
(Eq. 3.4)
(Eq. 3.5)
75
Salários são todos os pagamentos feitos aos empregados em um ano e va-
lor adicional é o resultado dos valores dos outputs menos os valores dos inputs
(materiais e insumos para a produção e custos de serviços industriais). Agrade-
cemos a gentileza do professor Christian Houle por ter nos fornecido os dados
de capital share.
76
Os autores citados são Dunning (2008), Acemoglu e Robinson (2006) e
Przeworski e outros (2000)
77
Em nossos dados, a correlação entre Capital Shares e o log de renda per capita
é de cerca de -0.4.
78
Quando um país foi dividido ou unificado, a parcela principal do território
permaneceu sendo o mesmo país e as outras parcelas tornaram-se novos. Fo-
ram divididos Paquistão (Paquistão e Bangladesh) e Etiópia (Etiópia e Eritréia).
O país unificado foi a Alemanha. Após a divisão da Tchecoslováquia dois novos
países foram criados: República Tcheca e Eslováquia, o mesmo foi feito para a
divisão da Iugoslávia.
79
Ambos os trabalhos são amplamente citados na literatura: Solt (2009) tem mais
de 351 citações no Google Scholar, enquanto o trabalho do UTIP-EHII tem cerca
de 190 citações. Por sua vez, o banco de dados de Babones e Alvarez-Rivadulla
(2007) - Standardized Income Inequality Data (SIID) - também é frequentemente
citado, tendo cerca de 180 citações. Dados vistos em: 25 maio 2014.
80
Assimetria ou skewness é a medida do grau em que uma distribuição de pro-
babilidade está inclinada para um lado da média. Uma assimetria negativa indi-
ca que a cauda no lado esquerdo da função densidade é maior ou mais ampla do
que a do lado direito. Já a curtose é uma medida de dispersão que caracteriza o
pico ou “achatamento” da curva. Uma curtose de 0 indica o mesmo achatamen-
to da distribuição normal.
864
81
Sem a Alemanha Oriental a média de 1985 cresce apenas de um GINI de
44.40 para um GINI de 45.42
82
Os 24 do caso anterior são de 9 países: Equador, Fiji, Geórgia, Quirguistão,
Nepal, Paquistão, Peru, Sudão e Uganda.
83
No quinquênio de 1990-94 apenas a Albânia, Geórgia, Quirguistão e Sérvia
– Montenegro são ditaduras (num total de 6 países-anos com dados), enquanto
no quinquênio de 1985-89 temos 21 países-anos com dados de Albânia, Bulgá-
ria, Tchecoslováquia, Hungria, Quirguistão, Polônia e România.
84
Agradecemos a gentileza dos professores Ben Ansell e David Samuels por
terem nos fornecido os dados de GINI - BM utilizados em seu trabalho.
85
O artigo de Bourguignon e Morrisson (2002) possui 1384 citações no Google
Scholar. Acesso em: 16 nov. 2016.
86
Os 16 países são: Egito, Nigéria, África do Sul, China, Índia, Indonésia, Japão,
Brasil, México, Polônia, Rússia, Turquia, França, Alemanha, Itália, Estados Uni-
dos. Todos possuem no mínimo 1% da população mundial.
87
Os outros 17 grupos são i) Costa do Marfim, Gana e Quênia; ii) África do
Norte; iii) outros países africanos; iv) Burma, Bangladesh e Paquistão; v) Tai-
lândia e Filipinas; vi) 45 países asiáticos; vii) Coréia do Sul e Taiwan; viii) Co-
lômbia, Peru e Venezuela; ix) Argentina e Chile; x) 37 países latino america-
nos; xi) Portugal e Espanha; xii) Bulgária, Grécia, Romênia e Iugoslávia; xiii)
Austrália, Canadá e Nova Zelândia; xiv) Áustria, Tchecoslováquia e Hungria;
88
Visando facilitar a comparação entre democracia e desigualdade econômi-
ca, incluímos também valores negativos no horizonte de democracia. Damos o
valor de -1 ao ano imediatamente anterior à transição democrática e assim con-
tinuamente, até atingirmos uma transição anterior no tempo ou chegarmos ao
ano de entrada do país na amostra. As dinâmicas do lado esquerdo dos gráficos
sobre os horizontes de democracia se referem, portanto, à relação entre desi-
gualdade econômica e o regime anterior à transição e no lado direito a evolução
da desigualdade no imediato à transição política e durante o regime democrá-
tico instaurado.
89
Consolidação entendida simplesmente como a persistência no tempo do re-
gime democrático.
No
No próximo
próximo capítulo
capítulo discutiremos
discutiremos aa relação
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entre democracia
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desigualdade em seus
em seus
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173
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Capítulo 4
Análise inferencial
175
da democracia sobre a desigualdade o framework de regressão
quantílica, que permite a estimação dos efeitos da democracia
ao longo de diferentes pontos da distribuição de desigualda-
de econômica entre os países. Para isto estimamos inúmeras
regressões para verificar o efeito da democracia em diferentes
pontos da distribuição de desigualdade econômica.
Um primeiro desafio metodológico a ser superado é a
possível causalidade reversa entre democracia e desigual-
dade. Na literatura sobre os processos de democratização, a
existência de desigualdade econômica dentro de determinada
comunidade política dificulta as chances de sucesso do projeto
democrático (Boix, 2003; Acemoglu; Robinson, 2006;
Houle, 2009) ou na revisão proposta por Ansell e Samuels
(2014), o surgimento de uma elite econômica independente
tem impacto positivo no índice de GINI e ao mesmo tempo
aumenta a probabilidade de democratização de um país.
Para resolver este problema, utilizamos o método de
estimação por variável instrumental. Conforme exposto no
capítulo 2, adotamos três diferentes conjuntos de instrumen-
tos para estimar o verdadeiro efeito da democracia sobre a
desigualdade. O primeiro é composto de um conjunto de va-
riáveis relacionadas aos processos de difusão de democracia.
E o segundo é um instrumento relacionado à herança colonial
britânica. Ambos os conjuntos não possuem uma natureza
completamente exógena ao mundo da política. Já o terceiro
conjunto é composto por variáveis que captam o posiciona-
mento longitudinal de um país no planisfério. As duas variá-
veis utilizadas para captar esse fenômeno são por definição
estritamente exógena à relação entre democracia e desigual-
dade, uma vez que o posicionamento longitudinal de um país
é um dado independente de sua conformação política e social
1) Instrumentos de Difusão:
a) Difusão mundial de democracia: número de democracia existentes no ano
/ número de países existentes no ano. [difmundo]
b) Difusão continental de democracia: número de democracia existentes no
continente no ano / número de países existentes no continente no ano.
[difcont]
c) Difusão subcontinental de democracia: número de democracia existentes
no subcontinente no ano / número de países existentes no subcontinente
no ano. [difregião]
d) Difusão ponderada de democracia: média simples das medidas (a); (b) e
(c) [difpond1]
e) Difusão ponderada de democracia dado a relevância regional e continental
do país: média de (a), (b) e (c), ponderada pelo peso territorial do país no
continente e no subcontinente, respectivamente [difpond2]
2) Herança Britânica: indicador se o país possui herança britânica, incluindo
o próprio Reino Unido e ex-colônias americanas e australianas, adaptado de
(Hadenius; Teorell, 2005) [british]
3) Localização Longitudinal
a) Hemisférico Oriental: indicador se o país possui localização longitudinal
ao oriente do meridiano 36º (Turquia). [horiental]
b) Longitude: log da longitude de um país calculado por 105+longitude.
[llong]
91
Foram incluídas nas regressões as variáveis controles presentes no modelo
final, além do indicador de democracia do CGV (demo). Essas variáveis fo-
ram detalhadas na Tabela 7: Abertura Econômica; Participação do Governo;
Comércio Mundial; Globalização, Desenvolvimento (em formato quadrático);
Urbanização; Escolarização. Além destas incluímos uma variável de tendência
em forma quadrática e efeitos fixos continentais. Não apresentamos os efeitos
das variáveis controles, pois no momento estamos interessados em verificar ape-
nas se os instrumentos identificam a relação entre democracia e desigualdade.
Obviamente a amostra do 1º passo é limitada aos casos para os quais possuímos
informações sobre desigualdade econômica mensurada pelo UTIP-EHII.
92
Os continentes são América; Europa e ex-URSS; África e Oriente Médio;
Ásia; e Oceania.
93
As regiões são América do Norte e Central; Am. do Sul; Europa Ocidental;
Leste Europeu e ex-URSS; África do Norte e Oriente Médio; África Subsaariana;
Extremo Oriente; Ásia do Sul; Sudeste Asiático; e Oceania.
94
Como as variáveis de democracia e difusão estão com defasagens, perdemos
30 países-anos nos modelos que incluem alguma variável de difusão. Assim, o
N dos modelos sem difusão é 3811 e o N dos modelos com difusão é sempre
3781. Na estimação da relação heterogênea entre democracia e desigualdade,
democracia está defasada em um e difusão de democracia em dois anos.
95
Staiger e Stock propõem como regra de bolso que em modelos que incluam
apenas uma única variável endógena, os instrumentos são fracos se o Teste-F do
1º estágio for menor do que 10 (Staiger; Stock, 1997).
96
O R2 do modelo com as variáveis puras é maior também que os R2 dos mode-
los com as variáveis ponderadas difpond1 e difpond2. Os valores são, respecti-
vamente, 0.5035; 0.4860; e 0.4828.
97
Interessante observar a movimentação dos sinais dos coeficientes de cada
uma das variáveis de difusão. Indo em direção contrária às teorias sobre a difu-
são da democracia, encontramos um efeito negativo da expansão da democracia
no mundo difmundo e no continente difcont sobre as chances de um país ser
uma democracia nas colunas (1) e (2). Já a variável difusão de democracia na re-
gião difregião tem o sinal esperado em ambas colunas. Uma possível explicação
pode ser o fato que limitamos nossa análise a apenas aos países-anos que pos-
suem informação sobre desigualdade econômica (n=3811). Se a expandirmos
a amostra para toda a população (n=6439) para qual temos informações sobre
as variáveis de controle, os sinais permanecem iguais. No modelo da coluna
(2), as variáveis difmundo e difcont permanecem significantes e negativamente
associados com democracia a 90% e 95% de confiança. E difregião também
permaneça significante e positivamente relacionado à 99%. Já nos modelos da
coluna (1) difmundo torna-se positivo e insignificante, difcont permanece ne-
gativo e insignificante e difregião positivo e significante à 99%. Concluindo, é
possível perceber com os resultados apresentados que o fenômeno da difusão de
democracia é muito mais complexo que o teorizado na literatura e constituí um
campo aberto e que deve ser alvo de estudos mais aprofundados.
98
Os testes empíricos demonstram que a inclusão de um instrumento de di-
fusão que não tenha relação significativa com democracia reduz a eficiência da
estimação e do método de identificação. Diante disso, optamos por excluí-los.
Os testes utilizados para tal avaliação são os testes de Kleibergen-Paap de subi-
dentificação e fraca identificação e a estatística J de Hansen sobreidentificação.
99
Existe uma pequena diferença entre democracias e desigualdades em cada ano
em todas as mensurações puras de difusão de democracia, pois quando um país
é democrático, ele deve ser retirado tanto do denominador quanto do numerador
da fórmula, enquanto quando um país é autoritário é retirado apenas do deno-
minador. Supondo, por exemplo, que existam 50 países e 20 sejam democráticos.
Para os países autoritários, o valor de difmundo é de 20/49 enquanto para os
países democráticos esse valor é de 19/49. Esta diferença decorre da necessidade
de se retirar o próprio país da contagem de difusão nas três circunscrições geográ-
ficas. Caso o próprio país fosse incluído no número de democracias e no número
de ditaduras, as variáveis de difusão tornar-se-iam endógenas ao próprio regime
político do país e deixariam de ser instrumentos adequados.
100
A inclusão desta variável faz com que o modelo rejeite a hipótese nula de
sobreidentificação de todos os instrumentos da estatística J de Hansen.
101
O modelo final para esta especificação elimina, consequentemente, llong do
rol de instrumentos. O resultado final do 1º passo indica que os três instru-
mentos restantes são significantes: difmundo e difcont à 1% e horiental à 10%.
Neste novo modelo a estatística J de Hansen passa a aceitar a hipótese nula de
sobreidentificação dos instrumentos a mais de 35% e os resultados dos testes
de subidentificação e de fraca identificação permanecem bastante satisfatórios;
59.03 e 1068.7, respectivamente. Por fim, nos testes de endogeneidade nenhum
dos instrumentos é um determinante de desigualdade econômica, seja entrando
102
Ademais, tal como explicitamos anteriormente, a regressão quantílica é uti-
lizada no 2º passo da estimação por variável instrumental. Os pormenores do
1º passo foram apresentados na seção anterior e por isso podemos considerar
que a variável independente de interesse dos modelos quantílicos é uma nova
variável independente de democracia [demo], purificada – teoricamente – dos
problemas de causalidade reversa.
103
O impacto negativo da democracia sobre a desigualdade econômica é definido
do ponto de vista estatístico, o que significa que a democracia e a desigualdade
variam inversamente: isto é, quanto maior uma, menor a outra. Os termos impac-
tos positivo e negativo estão sendo utilizados segundo este prisma de covariação
estatística e nunca segundo um ponto de vista normativo, no qual o efeito da de-
mocracia seria bom (positivo) quando reduzisse a desigualdade econômica.
104
Na regressão de MQO estimamos o efeito médio da democracia sobre a desi-
gualdade econômica. Obviamente este modelo, embora bastante difundido, não
é o adequado para o estudo de nosso problema de pesquisa, uma vez que não
permite a estimação dos efeitos da desigualdade em diferentes pontos da distri-
buição. E esta é a razão pela qual em todos os gráficos o resultado do modelo de
MQO é uma reta paralela ao eixo horizontal.
105
Na apresentação gráfica e na discussão dos resultados efetivos em todos os
gráficos e figuras desta pesquisa optamos por analisar os dados apenas entre o 5º
e o 95º centil da distribuição para evitar que outliers deturpem os resultados. Por
outro lado, se estimarmos os efeitos da democracia no último centil da distri-
buição, os resultados são sensivelmente mais poderosos no modelo com efeitos
fixos continentais, onde a democracia reduz no 99º centil a desigualdade econô-
mica em - 6 pontos de GINI enquanto no modelo com efeitos fixos regionais e
temporais os efeitos são matizados e chegam a apenas -1.0 pontos.
106
Está estratégia empírica foi feita nos principais estudos que tratam sobre os
efeitos da democracia sobre a desigualdade, entre estes apontamos: Timmons
(2010), Chong (2003), Reuveny e Li (2003) e Li, Squire e Zou (1998). O custo
principal desta estratégia é a redução dos casos para análises inferenciais mais
complexas, como as que propomos nessa pesquisa.
107
No banco anual temos 46 unidades de tempo, no trienal 15 unidades e no
quinquenal 11. Por sua vez, no banco por décadas temo 5 unidades de tempo e
no banco com intervalo de 15 anos somente 3. Ficando claro que o preço a ser
pago por estratégias deste tipo é uma redução da alavancagem inferencial dos
dados. Muita informação é perdida neste processo de agregação, o que fica evi-
dente que nos dados mais agregados em 10 e 15 anos os intervalos de confiança
tornam-se maiores.
108
No modelo com dados trienais foram selecionadas todas as cinco variáveis.
Nos outros três modelos - com dados quinquenais, por décadas e com intervalos
de 15 anos, excluímos apenas difmundo, pois nestas especificações esta variável
não está associada com democracia.
223
dem funcionar os mecanismos causais da democracia sobre a
desigualdade. Para tal discussão fazemos uma pequena alte-
ração na variável independente. A medida deixa de ser se um
simples indicador se o país possui um regime democrático
ou não e passa a ser uma medida da persistência do regime,
calculada por meio da contagem de anos passados desde a
transição democrática.
5.1 Polity IV
109
Taiwan (1992 a 1995) e Uruguai (1985 a 1988). O primeiro é classificado
como ditadura pelo CGV e o segundo como democracia. A correlação entre as
variáveis Participação e Competição é de 0.996.
110
Os modelos que mensuram democracia com a variável recrutamento tem
como instrumentos de identificação difmundo, difregião, llong e horiental
quando a especificação contém apenas efeitos fixos e quando são adicionadas
as dummies de anos apenas difmundo identifica o modelo. Já na mensuração
111
Enquanto o EHII possui 4138 países-anos com atribuição de valores para
desigualdade e democracia, o SWIID possui mais de 4700 países-anos e o SIID
apenas 2302 – menos que a metade que o SWIID.
112
O modelo com efeitos fixos continentais e temporais foi identificado pelos
instrumentos difmundo, difcont, horiental e llong. Já o modelo com efeitos fixos
regionais foi identificado por difmundo e o modelo com efeitos fixos regionais e
temporais foi identificado por difmundo, difcont, horiental e llong.
113
Contando com a perda de casos por dados faltantes nas variáveis contro-
les, a estimação com SIID usa ao todo 2101 países-anos para estimar os efeitos
da democracia, enquanto os modelos com EHII utilizam-se de 3781 casos e os
modelos que serão analisados a seguir com os dados de SWIID possuem 4267
países-anos.
114
O modelo sem efeito fixo é identificado apenas por difusão regional. Já a es-
pecificação com efeito fixo continental é identificada por difregiao e difcont e as
duas especificações com efeitos fixos temporais são identificadas por difmundo
e difregião.
115
Não identificamos adequadamente democracia na especificação sem
nenhum efeito fixo e só conseguimos aceitar a hipótese de restrição de exclusão
da especificação com efeitos fixos regionais e temporais a 5% de significância.
A especificação com efeito fixo continental foi identificada por difcont e difre-
gião; já a especificação com efeito fixo continental e temporal foi identificada
por difmundo e difcont; a especificação com efeito fixo regional foi identificada
por difmundo e llong; e, finalmente, a especificação com efeito fixo regional e
temporal é identificada por difmundo, difcont e llong.
116
A medida de desigualdade rural é calculada por Ansell e Samuels a partir das
medidas de agricultura familiar (Family farms) e do nível de urbanização da po-
pulação, ambas de Tatu Vanhanen (2000). A desigualdade rural é obtida a partir
da operação: (1 - agricultura familiar) * (1 - população urbana) – a proporção da
3
tend
(4.2) Q+τ ε[.it| X
Assumindo especificação linear
= x] = αi + β1 para oit τ+-β2
controles ésimo quantil:it + β3 contin. + β4 tend + β5 tend2 + β5
L3.DEMO
Qτεconcentração
(4.2)3qual
No
tend + Q
[. [. =| x]
it τ| X x]+fundiária,
X = αi P ( . ponderado
≡β1 controles = x)pelo
≥ τ peso
≤itq+ |β2XL3.DEMO sendo rural
it + β3 da+população.
ocontin. β4quantil
τ -ésimo tend + β5Játend
a medida
+ β5 na
condicionado 2
No + εde
tendqual 3 escolaridade é a média da porcentagem de adultos alfabetizados e do número
Qitτ [.
distribuição da| variável ≡ P ( . BM-GINI.
X = x] dependente ≤ q | X = x) ≥ τ sendo o τ -ésimo quantil condicionado na
de estudantes por habitante (Ansell; Samuels, 2014).
No qual 117 [. |variável
Qτ da ≡ P ( .BM-GINI.
X = x]dependente ≤ q | X = x) ≥ τ sendo o τ -ésimo quantil condicionado na
distribuição Agradecemos mais uma vez a gentileza dos professores Ben Ansell e David
EmSamuels,
relação
distribuição à por terem
estratégia
da variável denos fornecido
BM-GINI.detodos
identificação
dependente os dados
democracia, nãoutilizados na análise
temos variáveis histórica
instrumentais que
da relação entre democracia e desigualdade.
Em relação à estratégia de identificação de democracia, não temos variáveis instrumentais que
117
Agradecemos mais uma vez a gentileza dos professores Ben Ansell e David Samuels, por terem nos fornecido todos
os dadosEm relaçãonaàanálise
utilizados estratégia de da
histórica identificação
relação entre de democracia,
democracia não temos variáveis instrumentais que
e desigualdade.
117
Agradecemos mais uma vez a gentileza dos professores Ben Ansell e David Samuels, por terem nos fornecido todos
os
242
Agradecemos mais uma vez a gentileza dos professores Ben Ansell e DavidIvan
117dados utilizados na análise histórica da relação entre democracia e desigualdade. Filipe de
Samuels, porAlmeida Lopes
terem nos Fernandes
fornecido todos
os dados utilizados na análise histórica da relação entre democracia e desigualdade.
1) EQUAÇÃO ESTIMADA NO PRIMEIRO PASSO:
Qτ [. | X = x] = αi + β1 controlesit + β2 L3.DEMOit +
β3 contin. + β4 tend + β5 tend2 + β5 tend3 + ε it (Eq. 5.2)
No qual Qτ [. | X = x] ≡ P ( . ≤ q | X = x) ≥ τ sendo o
τ -ésimo quantil condicionado na distribuição da variável de-
pendente BM-GINI.
118
Calculamos a variável persistência democrática segundo a seguinte fórmu-
la: persistência = log (nº de anos democráticos + 1). A opção pela adição de
1 decorre do fato de que uma ditadura recebe um valor de 0 de número de
anos democráticos e não existe uma transformação logarítmica para esse valor.
A variável tem média de 0.64 e desvio padrão de 1.29.
119
Os modelos que mensuram os efeitos heterogêneos da persistência demo-
crática mensurada pelo CGV sobre o EHII são instrumentados por difcont di-
fregiao e horiental llong na especificação com efeitos fixos continentais e por
120
Por outro lado, verificamos a plausibilidade desta explicação com a intro-
dução de uma variável dummy indicativa de o país ter sido membro ou não da
zona de influência comunista. Os resultados positivos dos efeitos da democracia
do início da distribuição são amenizados, mas permanecem significantes e po-
sitivamente relacionados com a desigualdade econômica nas quatro especifica-
ções da Figura 7. Desta forma, existem importantes questões a serem explicadas
sobre este fenômeno e que devem ser foco de estudos mais aprofundados.
257
democracia são distintos, sendo seus efeitos relacionados com
o grau de desigualdade da sociedade.
O resultado de que estes efeitos da democracia são he-
terogêneos é robusto às mais diferentes especificações, dados
e formas de mensuração, tanto de democracia quanto de desi-
gualdade, em diferentes cortes temporais e horizontes históri-
cos de análise. Inclusive, quando estendemos o recorte tempo-
ral para além da análise mais comum da literatura comparada,
que foca os eventos do pós-Segunda Guerra Mundial, devido
a maior e melhor disponibilidade de dados, mesmo quando
observamos dados que abrangem o período de surgimento
dos primeiros regimes representativos democráticos no século
XIX, os resultados são claros: os efeitos da democracia sobre
a desigualdade são heterogêneos, tendendo a serem positivos
entre os países mais iguais e negativo onde a desigualdade
é mais exacerbada ao longo de toda história da democracia
quanto no pós anos 1960s.
Ademais, o tratamento teórico e empírico utilizado nes-
ta pesquisa nos permitiu encontrar a raiz da inconsistência dos
resultados da literatura comparada. Conforme apresentado
no capítulo 4, dependendo apenas de pequenas variações na
especificação do modelo principal encontramos ora ou outra
efeitos médios negativos, positivos ou mesmo nulos da demo-
cracia, tal como fora constatado na revisão bibliográfica. Em
quase todas as especificações a heterogeneidade dos efeitos
da democracia sobre a desigualdade é um resultado evidente,
persistente e razoavelmente semelhante.
Em boa parte das análises chegamos a três conclusões
básicas principais, arroladas em ordem de importância:
1) a relação entre democracia e desigualdade não deve ser
tratada como homogênea e nem seus efeitos são mono-
tônicos ao longo da distribuição da desigualdade;
121
Angrist e Pischke (2008) ilustram essa questão discutindo se o atendimen-
to hospitalar melhora ou piora a saúde de seus pacientes. Obviamente, a mera
comparação entre os que foram ao hospital e aqueles que não foram não é
suficiente, pois obviamente, quem busca um hospital possui uma condição de
saúde mais frágil.
265
(Eq. A.1)
(Eq. A.2)
(Eq. A.3)
(Eq. A.4)
(Eq. A.5)
(Eq. A.6)
(Eq. A.7)
(Eq. A.8)
(Eq. A.9)
(Eq. A.10)
122
Do ponto de vista estritamente econométrico a hipótese de restrição de ex-
clusão é decorrência lógica da condição 1. Apenas a apresentamos para subli-
nhar a importância da hipótese de que um regime político democrático, isto é,
a competição política eleitoral, seja o único meio de transmissão dos efeitos da
difusão de democracia sobre a desigualdade econômica.
(Eq.
( B.1)
onde ( é a função de distribuição
onde
onde ( éé aafunção
funçãode
dedistribuição para Yi em
distribuição para emY, con-
, condicionado em . Qu
exemplo,em Xi. Quando
dicionado
0.1, por τ = 0.1,
0.1,
descreve por
o menor decil de dado , descreve
por exemplo,
exemplo, enquanto oτ menor
= 0.5 dd
descreve o menor decil de Y dado Xi, enquanto
mediana τ = 0.5 descre-
mediana condicional. Com a visãoi sobre toda acondicional.
distribuição Com
de ,apodemos
visão sobre toda aad
descrever
ve a mediana condicional. Com a visão sobre toda a distribui-
dos efeitos das variáveis presentes no dos efeitos das. variáveis
componente Assim como presentes no componente
a regressão por MQO
ção de Yi, podemos descrever a dispersão dos efeitos das variá-
modelo linear
veis componenteoXmodelo
para nominimizando
presentes erro
i
linear
como para
quadrático
. Assim minimizando
aesperado,
regressão RQ ajustaoum
a por erromodelo
quadráli
MQO
usando ajusta um
a Função modelo linear
de Perda para Yi minimizando
usando
123. (Angrist eaPischke,
Função 2008). o erro
de Perda 123. (Angrist e P
Assim
Assim como problemas de endogeneidade emcomo
MQOproblemas
podem ser de endogeneidade
resolvido por meioed
271
variável instrumental, a RQ também évariável
flexívelinstrumental,
à incorporaçãoa de
RQum instrumento.
também O esti
é flexível à
IV-RQ introduzido por Abadie, Angrist
IV-RQe Imbens (2002)por
introduzido assumem
Abadie,asAngrist
mesmase supos
Imbe
estimações em variável instrumentalestimações
para o efeito
em do tratamento
variável localizado
instrumental (LATE)
para o ef
compliers (tratados a quem foram atribuídos
compliers o(tratados
instrumento). Os foram
a quem parâmetros de inteo
atribuídos
unção quantílica condicional (FQC) no quantil τ dado um vetor de regressores pode ser definida
como:
(
177
123
123
273
definidas em RQ mesmo quando os pressupostos são atendidos, ainda que existam algumas
ea incerteza
erros padrões para qualquer
dos coeficientes
variável estimador
decorrente dauma
instrumental, mesmo
estimação do 1º
estratégia se nãocom
passo
para obter existir uma solução
erros padrões adequados analítica
e que exija menos
demonstrações que sugerem estimadores para parâmetros assintóticos de variância e covariância.
ma (GOULD,
estratégia para 1993).
obter
(Koenker Elepadrões
pressupostos
e erros
Bassett Jr,consiste
é1978; na 1993;
porRogers,
meio estimação
da
adequados técnica
que de
eKoenker, dos
exija erros padrões
bootstrapping,
menos
2005).
apesar
Diante destas não paramétricos
do custo
dificuldades,
de maior tempo
ainda mais
de
aeleção
técnicadedeK computação dos estimadores
apesar custo(EFRON, 1979; EFRON, 1982).
bootstrapping,
agravadas
novascomamostras
o aumento dedo
da incerteza
mesmo detamanho
dos maior tempo
coeficientes N dadeamostra
decorrente da estimação do 1º passo
inicial com
a partir dos
variável
(EFRON, 1979; EFRON, O1982).
métodouma
instrumental, bootstrapping é simples,
estratégia para mas padrões
obter erros computacionalmente desgastante
adequados e que e permite inclusive
exija menos
s desta mesma amostra
a estimação
pressupostos
inicial
é por de erros
meio
etécnica
cujade
da padrões
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parabootstrapping,
qualquer estimador
ecusto
mesmo
apesar do
com se
reposição.
denão existir
maior tempo
Neste
umadesolução analítica
g é simples, mas computacionalmente desgastante e permite inclusive
aspara
dasqualquer
observações para originais
computação dos estimadores
o mesmo
problema apareceram
(EFRON, 1993).
(GOULD, uma
1979; Elevez,
EFRON, algumas
1982).
consiste mais dos
na estimação de uma vez e outras
erros padrões não paramétricos
estimador
Ocom
amostra
método
inicial
se
bootstrapping
e
não existir
é
cuja
simples,
uma
mas
seleção
solução éanalítica
aleatória
computacionalmente
e come permite
desgastante
reposição.
inclusive
m. O bootstrapping base na seleção
considera assimde Ka novas
amostra amostras
uma de mesmo tamanho
população finitaNapareceram
adapartir
amostradoinicial
qual aé partir dos
1993). Neste
Ele consiste na estimação sorteio,
dos algumas
erros padrões dasnãoobservações
paramétricos originais
a estimação de erros padrões para qualquer estimador mesmo se não existir uma solução analítica
próprios dados desta mesma amostra inicial e cuja seleção é aleatória e com reposição. Neste
ovas amostras
onar novas para deomesmo
amostras uma vez, algumas
tamanho
(CAMERON;
problema (GOULD, N1993). mais
da amostra
TRIVEDI,
Ele de na
consiste uma
inicial vez edos
a partir
2005).
estimação outras
dos não apareceram.
erros padrões não paramétricos
sorteio,
O algumas
bootstrapping das observações
considera originais
assim apareceram
a amostrauma vez,
uma algumas mais de uma vez e outras
população
amostra inicial e cuja
com base seleçãodeé Kaleatória
na seleção e comdereposição.
novas amostras mesmo tamanho NesteN da amostra inicial a partir dos
destas K novasnão amostras
apareceram.
finita
é possível
O bootstrapping repetidamente
considera assim re-estimar a mesma
a amostra uma população estatística,
finita a partir do qual é
ções originaispróprios
apareceramdados destaavez,
uma partir
mesma do mais
amostra
algumas qual deé euma
inicial possível
cujavez e selecionar
seleção é aleatória enovas
outras amostras
com reposição. Neste
lista de dados (Cameron;
secundária
possível
sorteio, algumas das observaçõesTrivedi,
composta
selecionar novas pelos
amostras 2005).uma vez, algumas mais de uma vez e outras
resultados
(CAMERON;
originais apareceram das K
TRIVEDI, replicações
2005). do estimador,
ping considera assim a amostra uma população finita a partir do qual é
eficientes não apareceram.
da RQTRIVEDI,
A partir
(GOULD, A partir
destas
O bootstrapping Kdestas
considera
1993). Em seguida, K
novas amostras novas
assim é amostras
possível
a amostra
a uma
partir édesta
possível
repetidamente
população
listarepetida-
finita are-estimar a mesma
partir do qual
secundária é
de
estatística,
ostras (CAMERON; 2005).
mente
possívelformando
selecionar uma re-estimar
novas lista de dados
amostras a mesma
secundária
(CAMERON; estatística,
composta
TRIVEDI, formando
pelos
2005). resultados umadas lista de
K replicações do estimador,
imadas
as é épossível
amostras possível calcular
repetidamente
dados
Anopartir
caso destas o
secundáriadesvio
re-estimar
K novas amostras
os coeficientes padrão
dacomposta
a mesma
RQé possível
(GOULD, da
pelos estimativa
estatística,
resultados
repetidamente
1993). dos coeficientes
das Kaamesma
Emre-estimar
seguida, replicações de
partir estatística, RQ
desta lista secundária de
secundária composta
formando pelos
uma resultados
do estimador,
lista estimadas no
de dados das K replicações
caso oscalcular
secundária composta do estimador,
coeficientes
o desviodapadrão
pelos resultados RQ (Gould,
das K replicações do1993).
estimador,
ula: estatísticas é possível da estimativa dos coeficientes de RQ
RQ (GOULD,no1993). caso osEm
usandoEma fórmula:
seguida, a partir desta lista secundária de estatísticas es- de
seguida,
coeficientes daa partir
RQ desta
(GOULD, lista
1993). secundária
Em seguida, dea partir desta lista secundária
estatísticas estimadas daé épossível calcular
dos ocoeficientes
desvio padrãodedaRQ estimativa dos coeficientes de RQ
timadas
ível calcular o desvio padrão possível
estimativa calcular o desvio padrão da estimativa dos
usando a fórmula:
coeficientes de RQ usando a fórmula:
(Eq. C.1)
onde
onde βbooté éa aestimativa
estimativa do do
erroerro padrão
padrão do coe- é o coeficiente
do coeficiente,
é a estimativa
ficiente, bi éuma
do
o das
erro
coeficiente
padrão
estimado
do coeficiente,
emdo cada é o onovas
é coeficiente
onde
estimado em cada é a estimativa do
novas amostras errooupadrão
replicação, é uma
o valordas
coeficiente, médiocoeficiente
do coeficiente estimado
adaéuma das novas
estimado
a estimativa
emamostras
amostras
cada
adopartir
erro
uma
depadrão ou
das replicação,
replicação,
novas
todas asdonovas amostras
coeficiente,
ou é o valor
amostras e éééoo coeficiente
valor
replicação, é omédio
númeromédio
valor do
médio
de replicações coeficiente
do realizadas. es-
do coeficiente
coeficiente estimado
estimado
timado
a partir de todas a
as novas partir
amostrasdee todas as
é o número novas amostras
de replicações e K
realizadas. é o número de
s asamostras
ovas novas amostras
ou replicação, e acurácia
A éé o valor
número dedoreplicações
médio
da aproximação coeficiente
da estimação realizadas.
estimado
dos aumenta tanto com o
replicações
A acurácia realizadas.
da aproximação da estimação dos aumenta tanto com o
ostras e é o número de replicações
aumento realizadas.
de N quanto com o aumento do número das K replicações. Como os erros padrões por
cia da aproximação
aumento de Nda A comacurácia
estimação
quanto dos dodanúmero
o aumento aproximação
das K replicações. daComo estimação
aumenta dospor
tanto
os erros padrões com o
ação da estimação dos aumenta tanto com o aumento de N
aumenta tanto com o
quanto com o aumento do número das K replicações. Como os erros padrões por
aumento do número das quanto com o aumento
K replicações. Como osdo número
erros padrões daspor
K replicações. Como os
erros padrões por bootstrapping são consistentes, estes podem
ser utilizados nas fórmulas assintóticas tradicionais para o cál-
culo de intervalos de confiança e testes de hipóteses que sejam
assintoticamente válidos. (Cameron e Trivedi, 2005).
275
ALESINA, A.; GLAESER, E. L. Fighting poverty in the US
and Europe: a world of difference. 2004.