Biossegurança. KaiqueLeticiaSamira

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BIOSSEGURANÇA E BIOMEDICINA:

PRINCIPAIS EPI’S E EPC’S UTILIZADOS NAS


PRÁTICAS LABORATORIAIS E SUA
IMPORTÂNCIA.

Kaique Vinicius Pereira¹


Leticia Lima da Silva¹
Samira Sousa Passos¹
Alice Ludugério Rodrigues²

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo geral trazer informações sobre a biossegurança
aplicada aos laboratórios de análises clínicas, tendo como foco os riscos ocupacionais, seus
conceitos e acerca dos equipamentos de proteção individual e coletiva, a fim de conhecer
seus conceitos, funções e entender a importância da utilização de cada EPI e EPC nas rotinas
laboratoriais.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

“A Biossegurança tem como função principal assegurar que os materiais manipulados


e os insumos consumidos não agridam o meio ambiente, o profissional e as pessoas que
trafegam pelo laboratório, desta forma garantindo a segurança de todos” (SANTOS, et al.,
2019, p.211).
5.7 Biossegurança
5.7.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem manter atualizados
e disponibilizar, a todos os funcionários, instruções escritas de biossegurança,
contemplando no mínimo os seguintes itens: a) normas e condutas de segurança
biológica, química, física, ocupacional e ambiental; b) instruções de uso para os
equipamentos de proteção individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC); c)
procedimentos em caso de acidentes; d) manuseio e transporte de material e amostra
biológica. 5.7.2 O Responsável Técnico pelo laboratório clínico e pelo posto de
coleta laboratorial deve documentar o nível de biossegurança dos ambientes e/ou
áreas, baseado nos procedimentos realizados, equipamentos e microrganismos
envolvidos, adotando as medidas de segurança compatíveis ( RUBINSTEIN,
FRANKLIN, 2005, p. 8)

1 Nome dos acadêmicos


2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC15058BBI) – Prática do Módulo 3
– 07/04/2023
2

Para a NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (1994) são considerados


riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de
trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição,
são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

IMAGEM 1: MAPA DE RISCO DE UM LABORATORIO DO ESTADO DO PARANÁ.

FONTE: Yugrat.ru, 2018.

A imagem acima nos apresenta todos os riscos ocupacionais encontrados no ambiente


de trabalho, mostrando de forma explicita no laboratório Lacen, localizado no Estado do
Paraná, onde o profissional pode encontrar ou se expor a cada tipo de risco sinalizado no
mapa.
Afirma Brasil (1992, p 01) “O Mapa de Riscos consiste em representação gráfica do
reconhecimento dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho, e visa a conscientização
e informação dos trabalhadores através da fácil visualização dos riscos existentes na
Empresa”.

2.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)


3

Na visão de Souza (2015, p 07):

Sobre os EPI ́s utilizados no ambiente hospitalar e, principalmente no laboratório de


análises clínicas, pode-se citar: luvas descartáveis, máscaras, óculos de proteção,
avental ou jaleco impermeável, pipetadores manuais ou automáticos e protetor
facial, quando necessário.

Leitão et al (2008) afirma que o uso do EPIS tem como foco principal a promoção e
preservação da integridade biopsicossocial do trabalhador durante a prestação de serviços.

IMAGEM 2: EXEMPLOS DE EQUIPAMENTO DE PROTECAO INDIVIDUAL

FONTE: Vecteezy, 2023.

Na imagem 2 pode-se observar em destaque os EPIS citado acima pelo autor.

Quando possuímos o conhecimento do perigo, ao desenvolvermos determinada


atividade, certamente precisamos fazer uso dos equipamentos de proteção individual
(EPI), os quais são desenvolvidos para proporcionar segurança ao trabalhador.
Aliado a utilização dos EPI faz-se necessária, também, a adoção das normas e dos
procedimentos de biossegurança elaboradas com o intuito de propiciar trabalho
seguro e minimizar a geração de riscos. Estas duas características: utilização de EPI
e prática das normas de biossegurança, consequentemente, só poderão trazer
resultado se houver treinamento adequado para seu desenvolvimento.
Caso contrário, possivelmente ocorrerá o estabelecimento da situação inversa:
geração de risco (MASTROENI, 2006, p. 5).
4

2.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

De acordo com CAMPOS, et al. (2000) o EPC (equipamento de proteção coletiva) é


um mecanismo ou meio, que possui o objetivo de resguardar a unidade física e a saúde não só
dos trabalhadores, mas também de outros indivíduos. Além disso, os EPC’s são de suma
importância no campo laboratorial e hospitalar, visto que, são ambientes que precisam de
extrema cautela no exercício do trabalho.

32.2.4.9.1 A capacitação deve ser adaptada à evolução do conhecimento e à


identificação de novos riscos biológicos e deve incluir: a) os dados disponíveis
sobre riscos potenciais para a saúde; b) medidas de controle que minimizem a
exposição aos agentes; c) normas e procedimentos de higiene; d) utilização de
equipamentos de proteção coletiva, individual e vestimentas de trabalho; e)
medidas para a prevenção de acidentes e incidentes; f) medidas a serem adotadas
pelos trabalhadores no caso de ocorrência de incidentes e acidentes.
(Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho. NR 32, 2022, p. 4).
Os EPC mais comuns são: - Capelas, adequadas e instaladas fora da rota de
evacuação - Chuveiros de emergência, instalado em local de fácil acesso e utilização
- Lavador de olhos, deve funcionar junto aos chuveiros com jato de ar.
(FRANCHETTI,2022, p. 4).

IMAGEM 3: EXEMPLOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVO

FONTE: Silva, 2018.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5

De acordo com os dados coletados pela pesquisa da AMMG-Associação de Médicos


de Minas Gerais (2020) demonstraram que existe um déficit de EPI´S. 87% dos hospitais
brasileiros não disponibilizam máscaras para proteção de seus profissionais, 26% não tinham
luvas, 36% álcool em gel, 70% óculos ou face Shield. Foram mais de 3000 denúncias
realizadas sobre a falta de equipamentos de proteção.

Através dos estudos sobre EPI´s e EPC`s, conclui-se que existe uma necessidade de se
comentar mais sobre a importância do uso de equipamentos de proteção e o seu uso correto,
pois nota-se a falta de informação, levando cada vez mais profissionais a sofrerem acidentes
trabalhistas em hospitais e laboratórios, com isso, é necessário que tenham mais palestras
sobre esse tema, para corrigir o uso indevido de EPI`s e EPC`s e a importância deles.

4. REFERÊNCIAS

BRASIL, MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora 9:


programa de prevenção de riscos ambientais. Portaria SSST nº 25 de 29/12/1994. [acesso em
2011 junho 10]. Disponível em:
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_9

BRASIL, 1992. Portaria nº 3214 de 08/06/78. In: Normas Regulamentares em Segurança e


Medicina do Trabalho (Ministério de Trabalho), São Paulo; Atlas.

CAMPOS, Armando et al. CIPA-Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -uma nova


abordagem. In: CIPA-COMISSAO INTERNA DE PREVENCAO DE ACIDENTES-UMA
NOVA ABORDAGEM. 2000. p. 245-245.

DENUNCIE a falta de epi’s. AMMG - associação de médicos de Minas Gerais, Minas


Gerais, 12 de abril de 2020. Disponível em: https://ammg.org.br/noticia/12852/.Acesso em:
19 de maio de 2023.

FRANCHETTI, SANDRA MARA MARTINS. Manual de segurança e regras básicas em


laboratório. São Paulo: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita, 2002.

INFOGRÁFICO de equipamento de proteção individual de laboratório. Vecteezy, Sã0 Paulo,


10 de abril de 2023. Disponível em: https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/1229477-
laboratorio-pessoal-equipamento-de-protecao-infografico. Acesso em: 17 de maio de 2023.

LEITÃO, I. M. T. de A., Fernandes, A. L., Ramos, I. C. (2008). Saúde Ocupacional:


Analisando os Riscos Relacionados à Equipe de Enfermagem Numa Unidade de Terapia
Intensiva. Cienc. Cuid. Saúde, out./dez.

MASTROENI, M. F. Biossegurança Aplicada a Laboratórios de Saúde. 2 ed. São Paulo:


Atheneu, 2006.
6

MANUAL de biossegurança em laboratório de análises clínicas. Yugrat.ru, Paraná, 31 de


dez. de 2018. Disponível em: https://yugrat.ru/manual-de-biosseguranca-em-laboratorio-de-
analises/. Acesso em: 17 de maio de 2023.

NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. NR


32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. Disponível
em www.mtb.gov.br

RUBINSTEIN, FRANKLIN. Resolução da diretoria colegiada-rdc nº. 302, de 13 de


outubro de 2005. 2005.

DOS SANTOS, Hellen Paula Alcântara et al. A importância da biossegurança no laboratório


clínico de biomedicina. Revista Saúde em Foco, v. 11, n. 1, p. 210-225, 2019. Disponível
em: http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/02/017_A-
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SOUZA, Maria Helena Soares de. Hospital: manual do ambiente hospitalar. (SOUZA,
Virgínia Helena Soares de; MOZACHI, Nelson (in memorian)). 4. Ed. Curitiba: Divulgação
Cultural, 2015.

SILVA, bárbara da. importância da biossegurança em laboratórios de análises clínicas,


bárbara da silva, Fundação Educacional Vale do São Francisco, Escola Superior em Meio
Ambiente. Iguatama-MG 2018. 10 de outubro de 2018.

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