Resumo Do Pâncreas
Resumo Do Pâncreas
Resumo Do Pâncreas
1. Introdução...................................................................... 3
2. Pâncreas Endócrino.................................................13
3. Pâncreas Exócrino....................................................27
Referências Bibliograficas..........................................35
PÂNCREAS ENDÓCRINO E EXÓCRINO 3
Veia cava
inferior
Artéria mesentérica
superior
Processo uncinado
Figura 1. Relações do pâncreas com outras vísceras retroperitoneais. Fonte: Netter interativo. 2004
PÂNCREAS ENDÓCRINO E EXÓCRINO 7
Ducto colédoco
Ducto pancreático
principal
(de Wirsung)
Ducto pancreático
acessório (de
Santorini)
Célula PP
Ducto pancreático
Célula alfa
Células acinares
Vaso sanguíneo
% DO HORMÔNIO
CÉLULA LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO
TOTAL SECRETADO
Proinsulina
Cadeia C
Quebra
Quebra
Cadeia A
Cadeia B
Grânulo
secretor
Figura 7. Mecanismo de secreção de insulina pelas células β pancreáticas. Fonte: Hall (2017)
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Os fármacos do tipo sulfonilureia estimulam a secreção da insulina por meio da ligação com
os canais de potássio sensíveis ao ATP, bloqueando sua atividade. Isso resulta em efeito
despolarizante que desencadeia a secreção da insulina, o que torna esses fármacos úteis no
estímulo da secreção de insulina em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2
PÂNCREAS ENDÓCRINO E EXÓCRINO 17
Estimulação β-adrenérgica
Resistência insulínica; obesidade
Tabela 2. Fatores e Condições que Aumentam ou Diminuem a Secreção da Insulina. Fonte: Hall (2017)
Figura 9. Processo de glicogenólise no músculo (induzido pela adrenalina) e no hepatócito (induzido pelo glucagon).
Fonte: Disponível em <https://docplayer.com.br/39855204-Aula-de-bioquimica-avancada-gliconeogenese-gli-
cogenio-glicogenolise-sintese-e-regulacao.html> Acesso em 09/05/2020
PÂNCREAS ENDÓCRINO E EXÓCRINO 22
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O glucagon possui outros efeitos que só ocorrem quando sua concentração sobe bem acima
do nível máximo, encontrado normalmente no sangue.
Talvez o efeito mais importante é que o glucagon ativa a lipase das células adiposas, dispo-
nibilizando quantidades aumentadas de ácidos graxos para os sistemas de energia do orga-
nismo. O glucagon também inibe o armazenamento de triglicerídeos no fígado, o que impede
esse órgão de remover os ácidos graxos do sangue; isso também ajuda na disponibilização
de quantidades adicionais de ácidos graxos para outros tecidos do organismo.
O glucagon em concentrações elevadas também (1) aumenta a força do coração; (2) aumen-
ta o fluxo do sangue para alguns tecidos, especialmente os rins; (3) aumenta a secreção de
bile; e (4) inibe a secreção de ácido gástrico. Provavelmente, todos esses efeitos do glucagon
apresentam importância muito menor no funcionamento normal do organismo, quando com-
parados aos seus efeitos na glicose.
Aumenta os
níveis de glicemia
Induz a glicogenólise;
regula o tônus da
musculatura lisa e a
Diminui os níveis
motilidade intestinais;
de glicemia
controla a secreção de
íon e água pelas células
epiteliais intestinais Glucagon
VIP Insulina
HORMÔNIOS
PANCREÁTICOS
Somatostatina Gastrina
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Por que é tão importante manter a concentração constante da glicose no sangue se, par-
ticularmente, a maioria dos tecidos pode mudar para a utilização das gorduras e proteínas
como fonte de energia, na ausência da glicose? A resposta é que a glicose é o único nutriente
que pode ser utilizado normalmente pelo encéfalo, pela retina e pelo epitélio germinativo das
gônadas, em quantidade suficiente para supri-los de modo ideal com a energia requerida.
Consequentemente, isso é importante para manter a concentração da glicose sanguínea em
níveis suficientes para fornecer essa nutrição necessária.
A maioria da glicose formada pela gliconeogênese durante o período interdigestivo é em-
pregada no metabolismo neural. De fato, é importante que o pâncreas não secrete qualquer
quantidade de insulina durante esse período; de outra forma, as escassas reservas de glicose
disponíveis seguiriam todas para os músculos e outros tecidos periféricos, deixando o cérebro
sem fonte de nutrição.
É também importante que a concentração da glicose sanguínea não aumente demais por
vários motivos:
1. A glicose contribui de forma importante para a pressão osmótica no líquido extracelular,
e, se a concentração de glicose aumentar para valores excessivos, isso pode provocar con-
siderável desidratação celular.
2. Nível excessivamente elevado da concentração de glicose sanguínea provoca a perda
de glicose na urina.
3. A perda de glicose na urina também provoca diurese osmótica pelos rins, que pode de-
pletar o organismo de seus líquidos e eletrólitos.
4. Aumentos duradouros da glicose sanguínea podem causar lesões em diversos tecidos,
especialmente nos vasos sanguíneos. A lesão vascular associada ao diabetes descontro-
lado leva a maior risco de ataques cardíacos, derrame, doença renal no estágio terminal e
cegueira.
PÂNCREAS ENDÓCRINO E EXÓCRINO 27
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Ocasionalmente, as enzimas digestivas pancreáticas tornam-se ativas no citoplasma das cé-
lulas acinosas, resultando em pancreatite aguda, que é frequentemente fatal. As alterações
histológicas envolvem uma reação inflamatória, necrose dos vasos sanguíneos, proteólise do
parênquima pancreático, e destruição enzimática das células adiposas não somente no pân-
creas, mas também na região em torno dele na cavidade abdominal.
Figura 10. Secreção de solução isosmótica de bicarbonato de sódio pelos dúctulos e ductos pancreáticos. CA: anidra-
se carbônica. Fonte: Hall (2017)
a maior parte das enzimas se mantém de enzimas seja secretada nos ácinos
temporariamente armazenada nos pancreáticos, respondendo por cerca
ácinos e nos ductos até que uma se- de 20% da secreção total de enzimas
creção mais fluida apareça para lavá- pancreáticas, após refeição. Entre-
-las dentro do duodeno. A secretina, tanto, pouco da secreção flui imedia-
em contrapartida, estimula a secre- tamente pelos ductos pancreáticos
ção de grandes volumes de solução para o intestino, porque somente
aquosa de bicarbonato de sódio pelo quantidade pequena de água e ele-
epitélio do ducto pancreático. trólitos é secretada com as enzimas.
Efeitos multiplicativos de diferentes Durante a fase gástrica, a estimula-
estímulos: Quando todos os diferen- ção nervosa da secreção enzimáti-
tes estímulos da secreção pancreáti- ca prossegue, representando outros
ca agem ao mesmo tempo, a secre- 5% a 10% das enzimas pancreáticas
ção total é bem maior do que a soma secretadas após refeição. No entan-
das secreções ocasionadas por cada to, mais uma vez, somente pequena
um deles, separadamente. Por isso, quantidade chega ao duodeno devi-
considera-se que os diversos estímu- do à falta continuada de secreção sig-
los “multiplicam” ou “potencializam” nificativa de líquido.
uns aos outros. Desse modo, a secre- Fase Intestinal: Depois que o quimo
ção pancreática normalmente resulta deixa o estômago e entra no intestino
de efeitos combinados de múltiplos delgado, a secreção pancreática fica
estímulos básicos, e não apenas de abundante, basicamente, em respos-
um só. ta ao hormônio secretina.
Amilase
Lipase
Fosfolipase
Quimiotripsina
PÂNCREAS
EXÓCRINO Carboxipeptidase
Mucina Aminopeptidases
Células centroacinares
Bicarbonato
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
Aires MM. Fisiologia/Margarida de Mello Aires. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;
2012.
Brasileiro-Filho G et al. Bogliolo Patologia. 8.ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
Gartner LP, Hiatt JL. Tratado de histologia em cores. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007.
Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 13.ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2017.
Kumar V et al. Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas Das Doenças. 9ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
Moore KL. Anatomia orientada para a clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
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