Unidade I. Manter Bombas, Motores e Cilindros Hidraulicos-1

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Bombas e Motores hidraulicos

ELEMENTOS DE COMPETÊNCIAS
• Caracterizar bombas e motores hidráulicos (Actuadores rotativos)
RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
a) Distingue os tipos de bombas e de motores hidráulicos e caracteriza seu funcionamento
b) Distingue os tipos de motores hidráulicos (actuadores rotativos) e caracteriza seu
funcionamento
c) Interpreta a simbologia de bombas e de motores hidráulicos
d) Identifica os componentes básicos de bombas e de motores hidráulicos
e) Identifica os parâmetros de funcionamento de bombas e de motores hidráulicos.
f) Interpreta informação básica constante do manual do fabricante do equipamento

BOMBAS HIDRÁULICAS E MOTORES HIDRÁULICOS

Bombas Hidráulicas

As bombas hidráulicas são dispositivos utilizados para converter energia mecânica (energia
mecânica) em energia hidráulica. A acção mecânica cria um vácuo parcial na entrada da bomba,
o que permite que a pressão atmosférica force o fluido do tanque, através da linha de sucção, a
penetrar na bomba. A bomba passará o fluido para a abertura de descarga, forçando-o através
do sistema hidráulico

Classificação das bombas


As bombas são classificadas em dois tipos básicos: hidrodinâmicas (também chamadas de
turbobombas ou máquinas de fluxo, ou nao-positivas (fluxo continuo)) e hidrostáticas
(conhecidas também como bombas volumétricas ou de deslocamento positivo (fluxo
pulsante)).

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Bombas Hidrodinâmicas (DESLOCAMENTO NÃO-POSITIVO)


As bombas hidrodinâmicas são bombas de deslocamento não-positivo, usadas para transferir
fluidos e cuja única resistência é a criada pelo peso do fluido e pelo atrito. O fluxo do fluido é
contínuo.

Essas bombas raramente são usadas em sistemas hidráulicos, porque seu poder de
deslocamento de fluido se reduz quando aumenta a resistência ao escoamento e também
porque é possível bloquear-se completamente seu pórtico de saída em pleno regime de
funcionamento da bomba.

Em outras palavras, se a saída da bomba ou da tubulação por onde o fluido sai for bloqueada, a
bomba não é capaz de bombear mais o mesmo, e o sistema para de funcionar.
Este bloqueio pode ser interpretado como uma carga no sistema, que se opõe ao movimento
do fluido hidráulico.

Dentre as bombas hidrodinâmicas, as mais difundidas são as centrifugas. São de tipo muito
simples, constituídas por uma câmara de secção crescente, situando-se no seu interior uma
turbina de diferentes formas, que rodando a uma grande velocidade, cria uma força centrifuga
na periferia e uma depressão no centro.
Elas são: Radiais (centrífugas), as axiais (ou de hélice) e as diagonais (ou de vazão mista).

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A característica da bomba centrífuga é admitir o fluido pelo seu centro e aprisioná-lo entre as
pás do rotor. A força centrífuga agindo então sobre o fluido, fornece-lhe uma energia de
velocidade jogando-o para fora do rotor. O difusor direcciona o fluxo através da saída.

Bombas Hidrostáticas
As bombas hidrostáticas são bombas de deslocamento positivo, que fornecem determinada
quantidade de fluido a cada rotação ou ciclo, ou seja, a cada ciclo da bomba, desloca-se um
determinado volume de fluido.
As bombas hidrostáticas produzem fluxos de forma pulsativa, porém sem variação de pressão
no sistema, e mantendo uma vazão contínua no sistema.

Ao contrário das bombas hidrodinâmicas, nas bombas hidrostáticas a saída do fluido independe
da pressão contrária que possa ocorrer na saída (desconsiderando perdas e vazamentos).

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Isso significa que, mesmo se houver um bloqueio na tubulação (ou uma carga que resiste ao
movimento do sistema), a bomba consegue bombear o fluido (e empurrar a carga que se opõe
ao movimento).
Praticamente todas as bombas necessárias para transmitir força hidráulica em equipamento
industrial, em maquinaria de construção e em aviação são do tipo hidrostático.

O exemplo mais simples de uma bomba hidrostática seria um pistão simples, parecido com o de
um macaco hidráulico. A cada movimento da alavanca, desloca-se uma quantidade limitada de
fluido.

Nos sistemas hidráulicos industriais e móbil, as bombas são de deslocamento positivo, isto e,
fornecem determinada quantidade de fluido a cada rotação ou ciclo.
Os tipos de bombas hidrostáticas mais comuns encontradas são: de engrenagens, de lóbulo,
tipo gerator, de palhetas, e de pistão.

Bomba de engrenagens externas


É constituída por um par de engrenagens acopladas, que desenvolve o fluxo transportando o
fluido entre seus dentes. Umas das engrenagens é a motriz accionada pelo eixo a qual gira a
outra, montadas numa carcaça com placas laterais.
As engrenagens giram em sentidos opostos, criando um vácuo parcial na câmara de entrada da
bomba. O fluido é introduzido no vão dos dentes e é transportado junto à carcaça até a câmara
de saída. Ao se engrenarem novamente, os dentes forçam o fluido para a abertura de saída.

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As bombas de engrenagens são utilizadas normalmente para baixas e médias vazões (máximo
de 660 l/min) e para pressões relativamente altas (máximo de 210 bar).
Componentes básicos da bomba de Engrenagens externa.

Características:
• Possuem construção bem simples, pois existem, normalmente, somente duas peças
móveis;
• São de fácil manutenção;
• São de vazão fixa;
• Preço mais baixo em relação aos outros tipos de bombas;
• Pressão de operação até 250 Kgf/cm²;
• Rotação: D05 a D22 - 500 a 4000 rpm; D27 - 3000 rpm

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• Rendimento de 80 a 85%;
• Elevado ruído (reduzido nas bombas de engrenagens helicoidais);
• Tolerância à impurezas maior que as demais bombas.

Material do Corpo: Alumínio fundido


Temperatura de operação: -40oC a 85oC.
Fluidos recomendados
O fluido deve ter viscosidade de operação na faixa de 80 a 100 SSU. Máxima viscosidade para
início de funcionamento 4000 SSU.

Fluidos compatíveis
• Fluidos à base de petróleo
• Água glicol
• Emulsão água-óleo
• Fluido de transmissão
• Óleo mineral
Nota: Todos os dados são para uso com fluidos à base de petróleo. Para uso com fluidos água-
glicol e emulsão água-óleo considerar metade das pressões indicadas, rotação máxima reduzida
de 1000 rpm e especificar mancais do tipo "DU". Consulte o fabricante para outros fluidos
especiais.

Bomba de engrenagens de dentes internos


O afastamento entre os dentes da engrenagem motriz e a engrenagem louca (interna) gera um
vácuo parcial. As câmaras de bombeamento formam-se entre os dentes das engrenagens. Uma
vedação em forma de lua crescente localiza- se entre a abertura de entrada e saída, onde existe
maior folga entre os dentes das engrenagens

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A maioria das bombas de engrenagens possui deslocamento fixo e podem mover de pequenos
grandes volumes. São do tipo não balanceado, geralmente unidades de baixa pressão. Por utro
lado, existem bombas de engrenagens que suportam até 200 kg/cm2 de pressão.

Bomba de Lóbulos

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Possuem o mesmo princípio de funcionamento das bombas de engrenagens de dentes


externos, com a diferença de que seu deslocamento é maior.

Bomba Gerotor
Funcionamento semelhante às bombas de engrenagens internas. Porém a vedação não é mais
feita pela meia lua, mas pelas pontas dos dentes da engrenagem motriz (gerotor) com o rotor
externo, onde se formam suas câmaras.

Bomba de Palhetas
O princípio de funcionamento de uma bomba de palhetas é mostrado na figura abaixo.
As bombas de palheta funcionam a partir de um rotor dentro de uma carcaça, deslocado da linha de
centro. Quando o rotor gira, a diferença entre os volumes ao longo da carcaça, limitados pela palhetas,
geram uma baixa de pressão na entrada e um aumento da pressão na saída.

Um motor provido de ranhuras gira dentro de um anel excêntrico. Nas ranhuras do rotor são
colocadas as palhetas as quais entram em contacto com a face interna do anel quando o rotor
gira.

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Funcionamento de uma bomba de palhetas não balanceadas.


A força centrífuga e a pressão sob as palhetas as mantém contra o anel. Formam-se câmaras de
bombeamento entre palhetas, rotor, anel e as duas placas laterais. Na abertura de entrada, a
pressão diminui quando aumenta o volume entre o rotor e o anel. O óleo que entra neste
volume fica preso nas câmaras, sendo empurrado para a abertura de saída quando este volume
diminui.
As bombas de palhetas cobrem uma faixa de pequena a grande vazão (de 16 l/min a 129 l/min),
com pressões de trabalho de até 200 bar (máximo). São seguras, e de fácil manutenção.
A superfície interna do anel e as pontas das palhetas são os pontos de maior desgaste, e esses
são compensados pelas palhetas que podem se mover mais nas ranhuras do rotor. A limpeza e
um fluido apropriado são essenciais para uma vida longa em serviço. Recomenda-se óleo de
petróleo com boas características anti-desgaste. Entretanto, muitas bombas têm trabalhado,
com sucesso com fluidos sintéticos.
Características:
• Construção simples, porém possui maior número de peças móveis. (Palhetas);
• São de fácil manutenção;
• Podem ser de vazão fixa ou variável;
• Pressão de trabalho: até 200bar
• Rendimento 75 a 80%;

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• Baixo ruído;
• Pouca tolerância às impurezas.
Bombas de parafuso
As bombas de parafuso funcionam a partir do giro de um ou dois fusos, que transportam o
fluido entre os fios dos parafusos.

Bombas de pistões
As bombas de pistões podem ser construídas com um único pistão ou um conjunto de pistões.
A cada movimento de ida e volta do pistão, realiza-se um ciclo, no qual inicialmente se aspira o
fluido, e, no movimento contrário, pressuriza-se e impulsiona o fluido para fora da bomba.

Os tipos básicos são os de pistões radiais e de pistões axiais, os quais apresentam, em ambos os
modelos, deslocamento fixo ou variável. A bomba radial possui os pistões dispostos ao longo do
raio da bomba, por sua vez, Em bombas de pistão do tipo axial, o conjunto de cilindros e o eixo
estão na mesma direcção e os pistões se movimentam paralelamente ao eixo de accionamento.
O tipo mais simples é mostrado na figura abaixo. Um eixo gira o bloco de cilindros. Os pistões
são ajustados aos cilindros e apoiados por sapatas sobre uma placa inclinada.

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Bomba de pistão axial.

Quando se gira o conjunto as sapatas seguem a inclinação da placa, causando um movimento


alternado dos pistões nos seus cilindros.

Os pórticos são localizados de tal maneira que a linha de sucção se situe onde os pistões
começam a recuar e a abertura de saída onde os pistões começam a ser forçados para dentro
dos cilindros no conjunto.

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Nesse tipo de bomba, o deslocamento de fluido é determinado pelo tamanho e quantidade de


pistões, bem como de seus cursos; a função da placa inclinada é controlar o curso dos pistões.

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Bomba de Pistão Radial

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As bombas de pistões radiais e axiais são utilizadas para sistemas de altas pressões (em torno
de 700 bar) e têm como característica um alto rendimento volumétrico (cerca de 95%). Óleo

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recomendado: óleo hidráulico com viscosidade de operação de 75 e 150 SSU e viscosidade


máxima na partida de 5000SSU.

A manutenção de bombas de pistão axial consiste em trocar o conjunto rotativo toda vez que
se verificar queda no rendimento. O óleo deve estar limpo e isento de água.
Características
• Possuem construção muito precisa;
• São de difícil manutenção;
• Baixo nível de ruído;
• Podem ser de vazão fixa ou variável (variável somente as de pistões axiais);
• Pressão de operação até 700 Kg/cm²;
• Deslocamento fixo 5,10,19,150, e 250cm3/rot
• São as que têm melhor rendimento que gira em torno de 95%;
• São as que menos toleram impurezas.
• Material do corpo: Ferro Fundido
A tabela abaixo mostra a simbologia das bombas de deslocamento positivo.

DESEMPENHO DAS BOMBAS


As bombas são especificadas para as suas utilizações baseando-se na capacidade de pressão
máxima de operação e no seu deslocamento em litros por minuto, à uma determinada rotação
por minuto.
Trabalhar com bombas em pressões de trabalho acima das especificadas reduzem a vida útil da
mesma, além do risco de quebra.

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DESLOCAMENTO
É o volume de líquido transferido durante uma rotação da bomba e é equivalente ao volume de
uma câmara, multiplicado pelo número de câmaras que passam pelo pórtico de saída da bomba
durante uma rotação.

O deslocamento é expresso em centímetros cúbicos por rotação e a bomba é caracterizada


pela sua capacidade nominal, em litros por minuto.
Para as bombas de engrenagem, é equivalente ao volume de uma câmara multiplicado pelo
número de câmaras que passam pelo pórtico de saída da bomba, durante uma rotação da
mesma.
O deslocamento de fluido nas bombas de pistões depende do tamanho e do número de pistões
no conjunto, bem como do curso desses pistões.

Nas bombas de palheta, equivalem ao volume total ocupado pelo fluido entre as palhetas.

Sendo o deslocamento medido em centímetros cúbicos por rotação da bomba, a vazão da


bomba pode ser obtida através da rotação da mesma:

A partir deste valor, pode-se converter para m³/s, caso seja utilizado o Sistema Internacional de
Unidades.

EFICIÊNCIA VOLUMÉTRICA
A eficiência volumétrica é a razão entre o deslocamento real e o deslocamento teórico, dada
em percentagem.

Teoricamente, uma bomba desloca uma quantidade de fluido igual a seu deslocamento em
cada ciclo ou revolução. Na prática, o deslocamento é menor, devido a vazamentos internos,
atritos, perdas de carga.

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Quanto maior a pressão, maior será o vazamento da saída para a entrada da bomba ou para o
dreno, o que reduzirá a eficiência volumétrica.
Os equipamentos de alheta e engrenagem tem uma eficiência volumétrica que varia entre
85% a 95%,

Exemplo
Exemplo: uma bomba a 70 kgf/cm² de pressão deve deslocar, teoricamente, 40 litros de fluido
por minuto. O deslocamento real é de apenas 36 litros por minuto. Sendo assim, calcula-se a
sua eficiência volumétrica:

A eficiência volumétrica desta bomba é de 90%.


As bombas hidráulicas actualmente em uso são, em sua maioria, do tipo rotativo, ou seja, um
conjunto rotativo transporta o fluido da abertura de entrada para a saída. De acordo com o tipo
de elemento que produz a transferência do fluido, as bombas rotativas podem ser de
engrenagens, de palhetas ou de pistões.

A vazão (lpm)
Muitos fabricantes fornecem uma tabela ou gráfico, mostrando a vazão de uma bomba e a
demanda de energia sob condições de teste em relação às velocidades de rotação e pressão.
A tabela abaixo mostra os Dados baseados em um óleo com viscosidade de 100 SSU, a 49 oC (120oF).

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Cavitação
É a formação de bolhas de ar, água ou vapor no óleo. Ocorre quando o sistema de alimentação
da bomba não consegue mais preencher os espaços gerados entre aos dentes das engrenagens
durante a rotação das mesmas. O vácuo gerado vaporiza uma parte do óleo causando uma
retirada de ar ou água da solução.
Também pode-se entender por cavitação a formação temporária de espaços vazios ou bolhas,
devido a quedas de pressão no fluido, chegando a ponto de vaporização. Com aumento da
pressão as bolhas desfazem-se repentinamente, implodindo e cavando material das superfícies,
além de interferir na lubrificação.
Quando há cavitação, as medidas a ser tomadas são:
 Verificar filtros e respiro do reservatório, se não estão entupidos.
 Verificar se a viscosidade é a recomenda pelo fabricante;
 Verificar se as dimensões das linhas estão correctas;
 Escorvar (preencher) a bomba com óleo no princípio do funcionamento;
 Se a pressão barométrica está conforme especificação do fabricante.
Aeração
A aeração é proveniente da entrada de ar na bomba, pela tubulação de sucção. Porém neste
caso, o ar penetra pelas conexões mal vedadas no trecho de entrada da tubulação. Por outro
lado, também pode ser definido como sendo uma forma de cavitação que ocorre quando o ar
externo é sugado para dentro do sistema hidráulico (entrada do ar no óleo).

Conforme as bolhas (criadas pela cavitação e aeração) são transportadas para a área de pressão
da bomba. O aumento de pressão comprime as bolhas fazendo com que as mesmas estourem,
produzindo ondas intensas que se chocam contra a placa de encosto provocando desgastes. A
capacidade de vedação do flange fica reduzida resultando em baixa eficiência da bomba.

MOTORES HIDRÁULICOS
O motor hidráulico é um actuador rotativo, cuja função básica é converter a energia hidráulica
de pressão em mecânica sob a forma de torque e rotação. Construtivamente, os motores são

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idênticos a uma bomba, mas executam uma aplicação inversa de uma bomba ou seja, recebem
o óleo a pressões superiores, absorvem sua energia no eixo e o descarrega a pressões
inferiores.

Motor hidráulico rotativo.

Princípio de Funcionamento
Um motor hidráulico consta de um rotor ao qual é fixado um eixo. Ao longo da periferia do
rotor existem ranhuras radiais, onde deslizam pequenas placas de metal denominadas
palhetas. As palhetas são mantidas em contacto com a parte interna do corpo do motor por
meio de molas denominadas balancins ou pela acção da força centrífuga que age sobre elas
quando o rotor gira.
Na carcaça do motor existem dois orifícios, respectivamente para entrada e saída do fluido sob
pressão. Ao entrar na câmara em que se encontra o rotor, o fluido sob pressão empurra as
palhetas do rotor. O rotor gira e, consequentemente, o eixo preso a ele também. Esse
movimento de rotação é então utilizado para accionar uma outra máquina.

O motor hidráulico é um equipamento que exerce a mesma função de um motor eléctrico,


sendo utilizado, portanto, em aplicações específicas, em que o emprego do motor eléctrico
não é conveniente. A energia mecânica disponível no eixo do motor hidráulico é empregada
na execução das mais variadas funções para automação e controle de processos e operações
repetitivas.
Portanto, nota-se que o uso de sistemas hidráulicos para automação e controle de processos
é de grande importância tecnológica, actualmente, em toda e qualquer área e sector
industrial na indústria moderna.

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São classificados como: motores de vazão fixa (de engrenagens, de palhetas e de pistões radiais
e axiais) e motores de vazão variável (de palhetas e de pistões radiais e axiais). Eles podem ser
unidirecionais (com um único sentido de rotação) ou bidirecionais (com rotação em ambos os
sentidos).
Todos os motores consistem basicamente em uma carcaça com conexões de entrada e saída e
em um conjunto rotativo ligado a um eixo.

Os motores hidráulicos também podem ser classificados como:


· Marcha rápida: de 500 a 1000RPM;
· Marcha lenta: de 0 a 500RPM
Nota: algumas sondas de completação utilizam motores hidráulicos para girar a coluna de
tubos e a broca.

APLICAÇÕES E COMPARAÇÕES
Assim como os motores eléctricos e motores de combustão interna, os motores hidráulicos têm
suas áreas de actuação. São incontáveis os tipos de aplicações em que podemos encontrar um
motor hidráulico. Dentre algumas delas podemos citar, por exemplo: guindastes, esteiras
rolantes, perfuradoras, serras, carros do tipo vagão, dragas, máquinas agrícolas, laminadores,
bobinadeiras, misturadores etc.
Deve-se lembrar que o uso de um não exclui o uso do outro.
A princípio, todavia, ainda persiste a dúvida de quando se deve aplicar um motor hidráulico em
detrimento a um motor térmico ou eléctrico.

Pelo contrário a energia transformada por um motor hidráulico poderá ter sido gerada por um
motor eléctrico ou de combustão interna que girou o eixo de uma bomba hidráulica.
Enfim, os motores hidráulicos encontram aplicação em situações que exigem:
• Elevado torque e potência com rotações relativamente baixas;
• Reversões rápidas no sentido de rotação;
• Controle apurado de velocidade.
• Em situações em que o motor eléctrico não é adequado, pois implicariam em grandes
dimensões ou peso; além do uso de redutores.

Os Motores Hidráulicos possuem rendimento entre 70 e 80%, enquanto os Motores Eléctricos


entre 90 e 95%. Um motor eléctrico de corrente contínua precisaria de um resostato para
controlar sua velocidade, elevando o custo do projecto; enquanto um de corrente alternada
precisaria de um redutor, cujas velocidades ficariam escalonadas, e não variariam
continuamente. Num motor hidráulico, basta usar uma válvula reguladora de vazão.

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O motor hidráulico pode trabalhar em ambientes desfavoráveis que seriam perigosos ou


impossíveis para a aplicação do motor eléctrico comum. O motor hidráulico pode trabalhar
afogado (submerso) em quase todos os tipos de fluidos conhecidos. Pode trabalhar em
atmosferas corrosivas ou até mesmo explosivas (aqui teríamos que ter uma construção especial
de motor eléctrico). Pode trabalhar inclusive em ambientes supera-quecidos que seriam
perigosos para o motor eléctrico.

Propriedades
Assim como nas bombas hidráulicas, nos motores hidráulicos o deslocamento é uma
propriedade importante. Outras propriedades suas são rotação, pressão de operação, torque e
potência.

Os motores hidráulicos podem ser de vazão fixa (engrenagens, palhetas, pistões axiais e radiais)
ou de vazão variável (palhetas, pistões axiais e radiais). Podem ainda ser unidireccionais ou
bidireccionais.

O motor de engrenagens tem o princípio de funcionamento idêntico a uma bomba de


engrenagens. Em um motor desse tipo, a engrenagem motora é ligada a um eixo, no qual existe
uma carga a ser movida. O motor de engrenagens do tipo gerotor é muito comum em sistemas
hidráulicos, tendo como características: alto torque e baixa velocidade.

Motor do tipo gerotor

O motor de palhetas tem o princípio de funcionamento idêntico a uma bomba de palhetas. A


principal diferença entre esses componentes é que o motor de palhetas necessita de uma
vedação positiva entre as palhetas e a carcaça. Já na bomba de palhetas, sua própria rotação do

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rotor cria uma força centrífuga que faz que as palhetas entenderem-se, criando uma vedação
positiva. A vedação do motor de palhetas é realizada por duas formas: por uma mola em
espiral, colocada na parte inferior da guia da palheta, ou pela utilização de pressão hidráulica,
dirigida para a parte inferior da guia da palheta. No segundo caso, uma válvula de retenção com
mola é empregada para controlar o sentido do fluxo do óleo hidráulico que faz com que a
palheta se mova nos dois sentidos, retraindo-se e distendendo-se ao longo de uma rotação
completa do eixo do motor, excêntrico em relação à carcaça dele.

Motor de Palhetas

O motor de pistões (axiais e radiais) tem o princípio de funcionamento idêntico a uma bomba
de pistões. O torque de saída, disponível no eixo deste motor, é obtido por meio da pressão
hidráulica que age em seus pistões.
Entre as características desse motor temos:
• Elevado torque de arranque e a faixa de rotação;
• Baixa rotação (ate 5000 r.p.m)
• Faixa de potência varia de 2W ate 20 W;
A figura ilustra um motor de pistões radiais em execução estrela onde a transformação do
movimento linear do pistão ocorre por um mecanismo biela-manivela ( como no motor de
automóvel). São utilizados em equipamentos de elevação.

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A pressão necessária para o motor hidráulico trabalhar adequadamente depende do torque e


de seu deslocamento. A Tabela abaixo mostra os efeitos do aumento ou diminuição das
variáveis (pressão de trabalho, vazão e deslocamento) no número de rotações, na pressão de
operação e no torque disponível pelo motor hidráulico, supondo uma carga constante.
Tabela | Efeitos das variáveis no funcionamento do motor hidráulico

A tabela abaixo mostra a relação de símbolos de motores hidráulicos

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Bombas e Motores hidraulicos

A possibilidade de montagem do motor hidráulico está representada na Figura abaixo, que se


trata de um motor unidireccional. A frenagem é realizada por uma válvula de alívio e a partida e
parada do motor são feitas por uma válvula direccional, accionada por solenoide.

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Bombas e Motores hidraulicos

Trabalho de casa:
• Buscar informações sobre a Manutenção Preditiva dos Motores e Bombas

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