Classes, Estratificação e Mobilidade Social
Classes, Estratificação e Mobilidade Social
Classes, Estratificação e Mobilidade Social
- O tipo de trabalho que as pessoas fazem, tipo de recursos a que têm acesso,
etc., difere as pessoas entre si
- A estrutura social contemporânea é diferente da sociedade de há 50 anos atrás
- A sociedade torna-se mais líquida e difusa (aquilo que distingue as pessoas não
é percetível)
- Qual a relação entre agentes e estrutura? Como é que se articulam os
indivíduos com a estrutura social? Quem condiciona quem? Como é que o indivíduo
atua perante os outros?
- Quando não estamos perante os outros, não temos de corresponder a
expectativas (relação do indivíduo com a sociedade)
- Como é que as desigualdades são produzidas? São socialmente produzidas
- Educação enquanto alavanca social
- Cada um tem que ter os recursos suficientes para produzir o seu discurso, com
(re)produção de desigualdade
- O género é um elemento crucial para a definição do que somos e da formas
como é que vemos o mundo
- Acessos igualitário/desigualitário tem a ver com o facto dos países “produzem”
pessoas mais ou menos qualificadas
Sem uma boa análise de classes sociais não fazemos Sociologia. Em sociologia
não existe uma classe alta, média e baixa. Esta tipologia acabou nos dias de hoje, não
é uma tipologia sociológica e é neste sentido vamos tentar perceber como se
constroem as tipologias atuais.
0 - Serviços
militares
1 - Empresários,
representantes
políticos
(vereadores,
primeiro-ministro)
2 - Profissionais
científicos
8
9 - Trabalhadores
não qualificados
na agricultura
As estruturas sociais não são características naturais, mas são sim exteriores,
definem o que somo e o que fazemos.
Não podemos confundir formas de falar, vestir, consumir como estruturas
sociais; são sim manifestações dessas estruturas. Por exemplo, as formas de
consumo são formas de observar as estruturas, são manifestações das mesmas, mas
não são um sinónimo.
Mas, tal como no passado mais longínquo dos escritos de Marx, também nas
mais contemporâneas propostas das classes sociais a importância atribuída ao
económico não significa postular uma qualquer monocausalidade ou determinismo
histórico (Almeida, 1981).
A importância atribuída à dimensão económica deriva de um princípio heurístico
e de uma proposta de hierarquização dos fatores e processos de causalidade
estrutural (Almeida, 1981).
Desta forma, a realidade social surge como uma totalidade estruturada, mas
cujos processos e fatores de estruturação assumem desiguais importâncias na
determinação ou produção casual dessa organização do mundo social (Almeida,
1981) - os fatores económicos seriam os mais determinantes. Os diferentes fatores
que contribuem para a estrutura social têm desiguais importâncias.
Classes sociais ≠ Estratificação social
da estrutura social
Marx:
- as relações de produção determinam as classes
- sem uma alteração das relações de produção não existe uma diferenciação
da classe ocupada
Weber:
Proposta de Poulantzas:
- Baseia-se no que determina o lugar das pessoas, através da visão social
centrada no trabalho. Para Poulantazas a situação de classe é definida a partir
dos lugares que os indivíduos ocupam na divisão social do trabalho: a
determinação estrutural de classe.
- Contudo esta não se limita à esfera económica e do mundo do trabalho. Os
lugares de classe configuram relações e funções diferenciadas ao nível das
relações de dominação política e ideológica (Almeida,1981). Ou seja, a situação
de classe sendo estruturalmente determinada pelas relações de produção,
revela-se como uma totalidade estruturada de relações e práticas sociais, com
três dimensões:
1) Económica – trabalho igual a recursos económicos
2) Política – poder, quem tem autoridade sob quem
3) Ideológica
- Onde me situo em termos ideológicos deriva da nossa posição no mercado
de trabalho. Apesar disto não considera o trabalho como sendo igual aos
recursos económicos.
- Classes multidimensionais, há várias dimensões mas todas derivam do
trabalho = multidimensionalidade restrita.
Proposta de Giddens:
- Fatores que dizem onde o individuo está, estes são visíveis a partir da ação.
Só conseguimos ver a realidade a partir dos seus efeitos.
- A teoria do espaço social das classes avançada por Bourdieu trás avanços
teóricos e operatórios fundamentais na conceção multidimensional das classes
sociais:
Ulrich Beck:
Scott Lash:
- O que sustentaria a modernidade reflexiva não são as estruturas
económicas, políticas ou ideológicas (identificadas pelo marxismo e
neo-marxismo), nem as estruturas sociais normativas e moralmente reguladas
do estrutural-funcionalista. Pelo contrário, seria uma teia de redes globais de
estruturas de informação e comunicação.
- Proliferação de conectividades informacionais, comunicacionais e do
conhecimento intensivo significariam a libertação de agência de estrutura.
- Se no capitalismo industrial as oportunidades de vida dependem da
posição do agente no sistema de produção, na modernidade reflexiva as
oportunidades de vida dependem da posição no mundo da informação. Isto é,
seria o acesso a estruturas de informação e comunicação a determinar os fluxos
informacionais mas também financeiros.
- Modernidade reflexiva: Constituídas por redes globais, sociedades de
conhecimento, pessoas qualificadas, redes de conhecimento cada vez mais
complexas; o próprio senso comum torna-se mais complexo (todos temos os
recursos mínimos).
- A nossa vida passa a ser mediada pela tecnologia e não por outras
estruturas sociais.
- Na relação entre a ação e estrutura, a estrutura social perde importância
face à estrutura tecnológica.
- Seria o acesso às estruturas de informação e comunicação que detenham a
nossa capacidade de participação da vida social.
Zygmunt Bauman:
- Visão mais pessimista e crítica sobre as teorias da individualização e sobre
a presumível inflexão pós-moderna das sociedades contemporâneas.
- Parece seguir a linha argumentativa de Beck: os indivíduos como
tendencialmente abandonados à sua própria sorte, ao destino social de se terem
de autoconstruir sem referências ou estruturas de apoio.
- Os indivíduos seriam crescentemente encorajados a perceberem-se de
forma autónoma e como responsáveis sobre o seu próprio destino, mascarando
os processos sociais que estão por detrás da sua sorte no mundo social.
- São as nossas formas de agir que nos posicionam. Nem todos temos as
mesmas condições (vê-se isso através de formas manifestas).
- A posição que se ocupa dentro do espaço social tem uma consequência. Esse
lugar é chamado habitus (disposições para pensar e agir).
Distinção social – grau de visibilidade que nós temos (ex: a maneira como nos
vestimos). Produz-se nas práticas
- os gostos estão socialmente construídos
- produz-se nas práticas
Campo económico
Trabalho
Ciclo vicioso, importância de
campo económico
Escola $
- O conjunto do que como, bebo, marcas que uso, desportos que faço
determinam estilos de vida.
- Campo económico: pilar objetivo e material para a construção de habitus
- As relações de produção e divisão social do trabalho são uma matriz
importante para conhecer as classes sociais.
- Socioprofissional: através deste indicador temos acesso a um espaço de
intersecção onde podemos localizar pessoas em três níveis diferentes: individual,
agregados domésticos (família) e trajetória
Autoridade
Relações de produção/desigualdade Recursos
Poder
Prestígio
Através de Giddens:
- As estruturas sociais podem funcionar de 2 formas:
- Quando nós nascemos, nascemos num meio de recursos. São esses recursos,
essas estruturas sociais que potenciam ou condicionam a nossa ação.
Herança Social
Propriedades objetivas Acesso a recursos, educação
Propriedades incorporadas Como é que pensam o mundo?