1º Trabalho de Zoologia Geral

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância – IED

Tema: Os seres Vivos (características, metabolismo, crescimento, irritabilidade e


reprodução)

Inês Cabongo Código: 708221244

Curso: Licenciatura em ensino de Biologia


Disciplina: Zoologia Geral
Ano de frequência: 1º Ano

Pemba, Outubro de 2022


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura
Aspectos  Introdução 0.5
organizacionai
 Discussão 0.5
s
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada 2.0


ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise coesão textual)
 Revisão bibliográfica
e discussão nacional e internacional
2.0
relevante na área de
Estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................... 5

2.1. CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS ....................................................................... 5

2.1.1. Possuem DNA ................................................................................................................ 5

2.1.2. Passam pelo ciclo vital ................................................................................................... 6

2.1.3. São formados por células................................................................................................ 7

2.1.4. Crescem de acordo com a sua adaptação ....................................................................... 8

2.1.5. Fazem o processo de metabolismo ................................................................................. 8

2.2. METABOLISMO ................................................................................................................. 9

2.2.1. Classificação do metabolismo ...................................................................................... 10

2.2.2. Principais diferenças entre anabolismo e catabolismo ................................................. 11

2.3. CRESCIMENTO DOS SERES VIVOS ............................................................................. 11

2.4. IRRITABILIDADE ............................................................................................................ 13

2.5. REPRODUÇÃO DOS SERES VIVOS .............................................................................. 14

2.5.1. Reprodução Sexuada .................................................................................................... 15

2.5.2. Reprodução assexuada.................................................................................................. 18

3. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 22

3.1. Referências Bibliográficas .................................................................................................. 23

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho enquadra-se na disciplina de Zoologia Geral e tem como tema “Os seres
vivos ” nesse tema irá se abordar das características dos seres vivos, o metabolismo, crescimento,
irritabilidade e reprodução dos mesmos. No entanto, as hormonas também são protagonistas do
processo de crescimento, uma vez que se encarregam de acelerar ou de inibir a divisão celular.

Entre as principais hormonas que contribuem para o crescimento dos seres humanos,
destacaremos o estrógeno (hormona produzida nos ovários da mulher, que ajuda ao
desenvolvimento das glândulas mamárias), a corticosterona (acelera o metabolismo), a
somatotropina (regula o desenvolvimento corporal e o crescimento dos ossos) e a testosterona
(activa e mantém os caracteres sexuais externos do homem).

Assim, o objectivo geral deste trabalho é Estudar as características dos seres vivos. Constituem
objectivos específicos: Abordar sobre o metabolismo em seres vivos; Descrever o crescimento
em seres vivos, abordar sobre a irritabilidade e a reprodução em seres vivos.

A metodologia adoptada para este trabalho está fundamentada em uma abordagem qualitativa, de
carácter descritivo e do tipo bibliográfico, isto é, foi realizado com base nas referências
bibliográficas.

O trabalho está estruturado em três capítulos. O primeiro capítulo contempla a parte introdutória
onde inclui os objectivos e a metodologia; o segundo capítulo corresponde o desenvolvimento
onde são apresentados os diferentes conceitos e analisado o conteúdo relacionado ao tema; as
principais conclusões e referências bibliográficas estão apresentadas no terceiro e último capítulo.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS


De acordo com Santos (2022), seres vivos são organismos formados por uma ou mais células;
possuem capacidade de reprodução; e apresentam crescimento, metabolismo e resposta a
estímulos.

Além disso, são formados predominantemente por certos elementos, como carbono, nitrogénio,
hidrogénio e nitrogénio, que formam moléculas orgânicas. Como vírus são acelulares e
apresentam metabolismo somente quando estão no interior de células, não há um consenso entre
os cientistas quanto a tais organismos serem ou não seres vivos.

Para Benedito (2015, p.37), os seres vivos são organismos que possuem um conjunto de
elementos existentes em sua composição, que não existem na matéria bruta, sem vida.

Costumamos ouvir que os seres vivos nascem, crescem, reproduzem e morrem. Entretanto,
existem características ou funções fundamentais que em conjunto podem definir aquilo que
chamamos de vida.

Para serem considerados seres vivos estes organismos compartilham importantes características
em comum, que se desdobram em outras, de acordo com sua complexidade.

As principais características dos seres vivos são:

2.1.1. Possuem DNA


A primeira característica de um ser vivo, quando comparado a um ser que não possui vida, é a
sua composição química complexa.

De acordo com Benedito (2015, p.39), um ser vivo é aquele organismo que possui ácido nucleico,
formado pelo DNA (ácido desoxirribonucleico) e pelo RNA (ácido ribonucleico). O ácido
nucleico é responsável pelo material genético humano e pela transmissão de características
hereditárias. Esta é uma composição que encontramos exclusivamente nos seres vivos.

Segundo Santos (2022), o DNA e o RNA têm funções diferentes. O DNA contém a informação
genética de um ser vivo, produz o RNA e faz o controlo da actividade celular. Já o RNA faz a

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síntese das proteínas no organismo e envia a informação genética para que a síntese das proteínas
aconteça nas células.

Figura 1: Cadeias de DNA e RNA.

Segundo Hildebrand (2005), todos os organismos vivos apresentam na sua composição elementos
orgânicos como carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio. Também possuem compostos
inorgânicos como a água e os sais minerais.

Também podemos encontrar na composição de um ser vivo, porém em menor quantidade, fósforo
e enxofre.

2.1.2. Passam pelo ciclo vital


De acordo com Young (1977, p.65), todo ser vivo passa por um ciclo vital, em que ele nasce,
cresce, se reproduz e morre. Embora algumas espécies possam não completar todo o ciclo, ele
configura-se como uma característica importante de um organismo vivo.

Na fase adulta os seres vivos precisam se reproduzir, isto é, gerar novos seres vivos com
características semelhantes a si mesmos, como uma maneira de garantir a continuidade da sua
espécie (Young, 1977, p.65).

Uzunian e Birner (2008), defendem que a reprodução pode ocorrer de forma assexuada ou
sexuada. A reprodução assexuada acontece quando um organismo se divide em duas ou mais
partes que dão origem a novos organismos.

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A reprodução assexuada é comum nos seres vivos unicelulares. Já a reprodução sexuada acontece
a partir da formação de células especiais chamadas de gametas, que são originadas do cruzamento
entre um gameta masculino e um feminino. A reprodução sexuada ocorre nos seres pluricelulares
(Uzunian & Birner, 2008).

2.1.3. São formados por células


Outra característica importante dos seres vivos é a sua organização celular. Todos os organismos
vivos, excepto os vírus, são formados por unidades conhecidas como células. (Benedito, 2015,
p.27).

Basicamente a estrutura da célula é formada por membrana celular, citoplasma e núcleo. Observa
a figura 2.

Figura 2: Estrutura da célula dos seres vivos

Segundo Orras (1986, p.86), células podem ser procariotas ou eucariotas. São procariotas quando
não possuem a membrana plasmática que separa o material celular do citoplasma.
São eucariotas quando existe essa membrana nuclear.

No núcleo da célula estão localizados os cromossomas, onde fica o DNA com os genes
responsáveis pela transmissão das características hereditárias dos seres vivos.

Segundo Orras (1986, p.88), em relação às células os seres vivos também podem ser classificados
em:

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 Unicelulares: são os seres formados por uma única célula, como os moneras
(bactérias e cianobactérias), os protistas (protozoários e algas) e alguns fungos,
 Pluricelulares: são os seres formados por várias células, como os animais, as plantas
e os fungos em geral.

2.1.4. Crescem de acordo com a sua adaptação


Raven et all (2014), afirmam que para poder crescer os seres vivos retiram do meio ambiente os
nutrientes necessários para sua sobrevivência e, desta forma, suas células aumentam de volume,
multiplicando-se e aumentando ainda mais o organismo (p.28).

Mas, para poder sobreviver, os seres vivos também precisam se adaptar a diversas situações. Por
exemplo: podem reagir aos estímulos do ambiente como a luz, o som, podem se movimentar,
produzir harmónios, entre outros.

Quando um ser vivo nasce, pode ocorrer o fenómeno da mutação, que é a alteração de uma ou
mais características genéticas. As mutações são provocadas pela alteração em um ou mais genes
ou pela alteração nos seus cromossomas. (Raven et all, 2014).

Caso a mutação aconteça em células que participam da formação dos embriões, ela pode ser
transmitida para os descendentes através da reprodução. Por essa razão a mutação pode explicar o
surgimento de novas espécies de seres vivos e a evolução de algumas já existentes.

2.1.5. Fazem o processo de metabolismo


Depois de nascer o ser vivo passa por constantes reacções químicas em seu corpo, em que as
moléculas simples se transformam em moléculas mais complexas a partir de uma reacção de
síntese com gasto de energia. Este processo é chamado de anabolismo (Benedito, 2015, p.81).

Estas moléculas também podem ser rompidas, voltando a se tornar moléculas mais simples,
causando o catabolismo. No catabolismo acontece uma reacção chamada de degradação, em que
o organismo recebe energia (Benedito, 2015, p.81).

O anabolismo e o catabolismo são diferentes fases de reacções bioquímicas responsáveis por


alterações químicas nas células.

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Estes dois processos juntos formam o metabolismo, que é necessário para que o ser vivo
continue em evolução e crescimento constante.

Nutrição

Uzunian & Birner (2008), defendem que em relação à forma de nutrição, os organismos podem
ser autótrofos ou heterótrofos. Os organismos autótrofos são os que produzem o seu próprio
alimento, principalmente por meio da fotossíntese ou da quimiossíntese (plantas e vegetais, por
exemplo).

A fotossíntese é o processo de absorção de água e dióxido de carbono, que são transformados em


energia (glicose). Neste processo, que é feito através da clorofila e da energia da luz solar,
acontece a purificação do ar pela liberação de oxigénio. (Uzunian & Birner, 2008, p.63).

A quimiossíntese é um processo de síntese (decomposição) de compostos orgânicos, que


acontece pelo dióxido de carbono. Este processo fornece energia aos organismos vivos. (Uzunian
& Birner, 2008, p.63).

Por sua vez, os organismos heterótrofos são os que capturam matéria orgânica do ambiente, ou
seja, eles não são capazes de produzir seu alimento e fazer a fotossíntese, se alimentando de
outros seres vivos, como os seres humanos, os fungos e as bactérias. (Uzunian & Birner, 2008,
p.63).

Respiração

Já em relação à respiração, os organismos podem ser anaeróbios ou aeróbios. Os


organismos anaeróbios produzem energia na ausência de oxigénio molecular e os aeróbios são
os organismos que utilizam o oxigénio para obter sua energia. (Benedito, 2015, p.46).

2.2. METABOLISMO
Todos os seres vivos apresentam metabolismo, que corresponde à junção de todas as reacções
químicas interligadas dentro de um organismo.

De acordo com Raven et all (2014), o objectivo do metabolismo é controlar a energia e os


recursos materiais para suprir as necessidades de um ser vivo. As diversas reacções em uma
célula fazem com que ela se mantenha viva, com capacidade de crescer e se dividir.
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2.2.1. Classificação do metabolismo
O metabolismo pode ser classificado em dois grandes processos: anabolismo (reacções de síntese
ou construção) e catabolismo (reacções de degradação ou quebra).

Segundo Raven et all (2014), o metabolismo é o conjunto de todas as reacções bioquímicas que
ocorrem no organismo, dividido em duas formas: o anabolismo e o catabolismo.

A regulação do metabolismo varia conforme as características de cada individuo como: peso,


idade, sexo e actividades físicas exercidas.

O funcionamento adequado do nosso organismo depende do correto balanceamento e integração


entre o anabolismo e o catabolismo (Raven et all, 2014).

2.2.1.1. Anabolismo
Conforme Hildebrand (2005), o anabolismo compreende as reacções que formam moléculas
complexas a partir de outras mais simples, com gasto de energia (p.19).

Em resumo, o anabolismo é o conjunto de reacções de síntese ou construção.

Exemplos

Um exemplo de anabolismo é a síntese de proteínas a partir dos aminoácidos.

Pessoas que objectivam o ganho de peso ou de massa muscular devem estimular o anabolismo.
Isso pode ser feito com a prática de exercícios físicos e consumo de alimentos energéticos.

Desse modo, o organismo recebe boa quantidade de energia para realizar processos anabólicos,
como o aumento dos músculos.

Quando o suprimento de energia é pouco, o organismo realiza o catabolismo.

Outro exemplo de anabolismo é a fotossíntese que ocorre nos vegetais. Nesse processo, as plantas
obtém glicose a partir de CO 2 (dióxido de carbono) e H2 O (água).

As reacções anabólicas exigem o suprimento de energia produzida durante o catabolismo.

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2.2.1.2. Catabolismo
De acordo com Hildebrand (2005), O catabolismo abrange todas as reacções em que compostos
orgânicos complexos são convertidos em moléculas mais simples (p.42).

Assim, o catabolismo resume-se em reacções de degradação ou quebra.

Exemplos

Um exemplo de catabolismo é a digestão, onde os alimentos que foram consumidos são


quebrados e transformados em substâncias mais simples.

Além disso, há produção de energia. Ao consumir amido, um polissacarídeo, ele é quebrado até
sua transformação em glicose, uma molécula mais simples e energética.

Enquanto isso, as proteínas são degradadas em aminoácidos, os quais serão utilizados em


processos anabólicos no organismo.

A respiração celular também é um processo catabólico, pois durante as reacções, as ligações entre
as moléculas são quebradas, liberando energia.

2.2.2. Principais diferenças entre anabolismo e catabolismo


Conheça as principais diferenças entre anabolismo e catabolismo:

Anabolismo Catabolismo
Reacções de síntese Reacções de degradação
Consome energia Produz energia
Produção de moléculas complexas, como as Produção de moléculas simples, como os
proteínas aminoácidos
Exemplos: síntese de proteínas e
Exemplos: digestão e respiração celular
fotossíntese
Quadro 1: Diferenças entre anabolismo e catabolismo

2.3. CRESCIMENTO DOS SERES VIVOS


O crescimento é a acção e o efeito de crescer. Este verbo, por sua vez, faz referência a tomar
aumento natural, a produzir aumento por acrescentar uma nova matéria ou a adquirir aumento de
forma simbólica.

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No caso dos seres vivos, Uzunian & Birner (2008, p.72), entende o crescimento como aumento
irreversível de tamanho que sofre um organismo através da proliferação celular.
Esta proliferação produz estruturas mais desenvolvidas, responsáveis pelo trabalho biológico.

O crescimento implica portanto um aumento do número e do tamanho das células. O fenómeno


produz-se graças à assimilação dos nutrientes: sem nutrientes, o crescimento é débil ou
praticamente inexistente.

De acordo com Uzunian & Birner (2008, p.74), as hormonas também são protagonistas do
processo de crescimento, uma vez que se encarregam de acelerar ou de inibir a divisão celular.

Entre as principais hormonas que contribuem para o crescimento dos seres humanos,
destacaremos o estrógeno (hormona produzida nos ovários da mulher, que ajuda ao
desenvolvimento das glândulas mamárias), a corticosterona (acelera o metabolismo), a
somatotropina (regula o desenvolvimento corporal e o crescimento dos ossos) e a testosterona
(activa e mantém os caracteres sexuais externos do homem) (Uzunian & Birner, 2008, p.74).

Convém ter em conta que o crescimento do ser vivo procede-se de forma constante até chegar à
idade adulta e o organismo alcançar a sua maturidade.

De acordo com Benedito (2015), os seres vivos crescem ao longo da vida e aumentam de
tamanho ou massa seca (sem levar em consideração a água do organismo). Consequentemente, o
número de células no organismo aumenta (p.27).

O crescimento e o desenvolvimento seguem padrões, que envolvem genética, harmónios,


nutrição e metabolismo. As células podem passar por um aumento de volume (hipertrofia) ou
multiplicação que origina novas células (hiperplasia) (Benedito, 2015, p.29).

Conforme Benedito (2015), os seres vivos crescem e se desenvolvem através do processo de


divisão celular. O desenvolvimento ocorre desde o embrião até a fase adulta através de inúmeras
reacções químicas. Por sua vez, a multiplicação ocorre através da reprodução sexual ou
assexuada entre indivíduos da mesma espécie para gerar descendentes (p.31).

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2.4. IRRITABILIDADE
Segundo Young (1977), a irritabilidade é a capacidade dos seres vivos de responder a estímulos
internos ou externos, tais como luz, pressão e temperatura (p.25).

Os seres vivos são capazes de reagir a estímulos e detectar alterações no meio em que estão
inseridos. Essa característica recebe o nome de irritabilidade.

Para Benedito (2015, p.12), a irritabilidade nada mais é que a capacidade do organismo de
responder a um determinado estímulo, o qual pode ser externo ou interno. Segundo o autor
existem diferentes estímulos que causam respostas nos organismos vivos, tais como a luz, a
pressão e a temperatura.

Assim como existem diferentes estímulos, existem diferentes respostas. Um estímulo pode, por
exemplo, causar movimentação em um organismo, fazendo-o aproximar ou se afastar da fonte de
estímulo (Benedito, 2015, p.12).

Orr (1986, p.82) argumenta que é importante não confundir irritabilidade com sensibilidade. A
sensibilidade é definida como a capacidade de reagir de diferentes maneiras a um mesmo
estímulo. Essa propriedade é exclusiva dos animais, os quais possuem um sistema nervoso. Já a
irritabilidade é uma característica de todos os seres vivos. Vide a figura 3.

Figura 3: A planta carnívora apresenta uma resposta ao ser tocada por um insecto

As respostas aos estímulos recebidos podem ser positivas, quando a resposta é dada em direcção
ao estímulo, ou negativas, para que o ser se afaste do que foi detectado.

Sensibilidade é diferente de irritabilidade. A sensibilidade é uma característica exclusiva dos


animais, que podem responder de diferentes formas a um estímulo.

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Exemplos de irritabilidade

Existem vários exemplos que demonstram a capacidade dos seres vivos de reagir a estímulos,
entre eles, podemos citar:

Dilatação da pupila: A pupila controla a entrada de luz em nossos olhos. Em ambientes com
pouca luminosidade, a pupila dilata-se e em ambientes claros se contrai. Isso evita danos à retina
quando a luz é muito intensa e facilita a visão em ambientes com pouca luz.

Fechamento da dioneia para capturar insectos: A dioneia é uma planta carnívora que possui
uma espécie de armadilha que se fecha rapidamente ao ser tocada, assemelhando-se a uma jaula
que prende a presa. À medida que a presa se mexe, mais estímulo é feito, e mais fechada se torna
a armadilha, até que o animal morra e seja digerido.

Plantas que crescem em direcção à luz: As plantas crescem em direcção à luz de modo a
conseguirem a energia necessária para a realização da fotossíntese. Esse crescimento em direcção
à luz é chamado de fototropismo.

Planta sensitiva: A planta sensitiva, ao ser tocada ou agitada, fecha seus folíolos. Essa resposta é
resultado de uma mudança na pressão de turgor de células motoras do pulvino (espessamento que
se assemelha a uma articulação), na base de cada folíolo.

2.5. REPRODUÇÃO DOS SERES VIVOS


De acordo com Hildebrand (2005, p.28), os seres vivos são capazes de reproduzir e aumentar o
número de componentes da sua espécie através de seus descendentes. Essa capacidade de
reprodução pode ocorrer de diferentes maneiras, dependendo do organismo.

Seres unicelulares duplicam seu material genético e dividem-se, originando células novas a partir
de uma célula-mãe. Já os seres pluricelulares apresentam células especializadas em reprodução,
que são chamadas de células germinativas reprodutivas (Hildebrand, 2005, p.28).

Segundo Uzunian & Birner (2008, p.38), a reprodução pode ser classificada em sexuada, pela
união de gâmetas dos progenitores, ou assexuada, que forma organismos geneticamente
idênticos.

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2.5.1. Reprodução Sexuada
De acordo com Uzunian & Birner (2008, p.38), a reprodução sexuada consiste na união dos
gâmetas masculino e feminino, formando o zigoto que dará origem a um novo ser.

A reprodução é uma característica dos seres vivos. A partir dela, novos indivíduos são gerados e
assegura-se a perpetuação das espécies. É por meio da reprodução que as informações genéticas
são transmitidas entre as gerações. Cada indivíduo originado herda o material genético de seus
progenitores.

A reprodução sexuada consiste na união dos gâmetas masculino e feminino, formando o zigoto
que dará origem a um novo ser (Uzunian & Birner, 2008, p.40).

A reprodução é uma característica dos seres vivos. A partir dela, novos indivíduos são gerados e
assegura-se a perpetuação das espécies. É por meio da reprodução que as informações genéticas
são transmitidas entre as gerações. Cada indivíduo originado herda o material genético de seus
progenitores.

2.5.1.1. Etapas da Reprodução Sexuada


Segundo Benedito (2015, p.16), as etapas da reprodução sexuada são as seguintes:

2.5.1.1.1. Produção dos gâmetas

Nos animais, os gâmetas são formados durante a meiose nas gónadas masculinas e femininas. Em
seres humanos, as gónadas masculinas são os testículos e produzem os espermatozóides. As
gónadas femininas são os ovários e produzem os óvulos.

Os gâmetas são haplóides, ou seja, contém metade do número total de cromossomas da espécie
(n).

2.5.1.1.2. Fecundação

De acordo com Benedito (2015, p.17), a fecundação é a união entre o gâmeta feminino (n) e
masculino (n).

O zigoto ou célula-ovo é o resultado da união entre os dois gâmetas, originando uma célula
diplóide (2n). Com isso, os descendentes apresentam características de cada progenitor. Seu
material genético é constituído por metade dos cromossomas da mãe e a outra metade do pai.
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Tipos de Fecundação

No caso da fecundação externa, o encontro entre os gâmetas ocorrem no exterior do corpo, ou


seja, no ambiente (Benedito, 2015, p.18).

Nesse tipo de fecundação, as fêmeas depositam seus óvulos em ambiente aquático e o macho
lança os seus espermatozoides. A união entre os gâmetas ocorre no ambiente. Vide a figura 4.

Figura 4: A fecundação externa ocorre em sapos e peixes.

No caso da fecundação interna, o encontro entre os gâmetas ocorre dentro do organismo. Os


gâmetas masculinos são colocados no interior do organismo feminino (Benedito, 2015, p.18).

Realizam fecundação interna, os mamíferos, aves e répteis. O ser humano realiza reprodução
sexuada com fecundação interna. Observa a figura 5.

Figura 5: Processo de reprodução humana


16
Após a fecundação, o zigoto sofre uma série de divisões e diferenciações, a depender do
organismo, até originar um novo ser.

2.5.1.2. Reprodução Sexuada em Plantas


Benedito (2015, p.25), afirma que as plantas podem apresentar reprodução sexuada ou assexuada.

No caso da reprodução sexuada, os gâmetas são produzidos nos gametângios.

Os gametângios masculinos são os estames e os gametângios femininos são os carpelos.

A reprodução sexuada caracteriza-se pela transferência de grãos de pólen para o sistema


reprodutor das plantas, através da polinização (Benedito, 2015, p.25). vide figura 6.

Figura 6: Reprodução sexuada em plantas através da polinização

2.5.1.2.1. Tipos de Reprodução Sexuada em plantas

Sabendo que a reprodução sexuada envolve a participação de células sexuais, também conhecidas
como gâmetas, ela pode ser classificada em tipos conforme o formato, ou morfologia dessas
células. (Benedito, 2015, p.26).

Benedito (2015, p.26), afirma que existem três tipos de Reprodução Sexuada, a saber:

 Isogâmica: quando os gâmetas, feminino e masculino, possuem morfologia idêntica;


 Anisogâmica: quando os gametas, feminino e masculino, possuem tamanhos
diferentes;
 Oogâmica: baseado na diferença de tamanho, similar à Anisogamia, todavia o gameta
feminino é maior que o masculino, além de ser imóvel.
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As diferenças entre reprodução sexuada e assexuada é o facto de que na reprodução assexuada os
descendentes são originados de um único progenitor.

Assim, os descendentes são clones dos progenitores. Com isso, a reprodução assexuada não
contribui para a variabilidade genética.

2.5.2. Reprodução assexuada


Conforme Uzunian & Birner (2008, p.51), a reprodução assexuada acontece sem a participação
de gâmetas, ou seja, não há mistura de material genético.

Nesse processo, uma célula ou um grupo delas se desprendem do corpo de um ser vivo e dão
origem a um novo indivíduo.

Na reprodução assexuada, os indivíduos formados são geneticamente idênticos entre si, ou seja,
clones. Quando comparada com a reprodução sexuada, a forma assexuada é mais simples e
rápida.

2.5.2.1. Tipos de Reprodução Assexuada


De acordo com Uzunian & Birner (2008, p.52), existem alguns tipos de reprodução assexuada,
como veremos a seguir:

2.5.2.1.1. Brotamento

O indivíduo forma brotos que se separam do corpo do genitor e passam a ter vida independente,
originando um novo ser. Vide a figura 7.

Comum em bactérias, fungos, poríferos e cnidários.

Figura 7: Reprodução assexuada: Brotamento (poríferos).

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2.5.2.1.2. Esporulação

Formação de células reprodutivas, os esporos, que germinam em condições ambientais adequadas


e originam um novo ser. Observa figura 8.

Ocorre em bactérias, protozoários e fungos.

Figura 8: Reprodução assexuada: Esporulação (protozoário).

2.5.2.1.3. Divisão Binária, Cissiparidade ou Bipartição

Consiste na divisão de um indivíduo em dois, onde o progenitor deixa de existir. Observa figura
9. Ocorre em bactérias e protozoários.

Figura 9: Reprodução assexuada: Bipartição, Cissiparidade ou Fissão (Divisão) Binária.

2.5.2.1.4. Fragmentação ou Regeneração

Quando um organismo se fragmenta e cada um dos fragmentos origina um novo indivíduo. Vide
figura 10. Ocorre em planárias e equinodermos.

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Esse tipo de reprodução é característico da estrela-do-mar. Cada um de seus cinco braços podem
se partir e originar novos indivíduos.

Figura 10: Reprodução assexuada: Regeneração ou Fragmentação.

2.5.2.1.5. Propagação vegetativa

Uzunian & Birner (2008) defendem que nesse caso, uma planta pode originar outras a partir de
folhas, caules aéreos e caules subterrâneos, como os rizomas, tubérculos e bolbos.

Segundo Benedito (2015), a propagação vegetativa pode ocorrer de forma natural ou artificial. A
propagação vegetativa artificial é muito utilizada no comércio de plantas e as técnicas mais
utilizadas são a estaquia, mergulhia e enxertia. Observa figura 11.

Figura 11: Reprodução assexuada: Propagação vegetativa (estaquia).

2.5.2.1.6. Partenogênese

Tipo de reprodução assexuada em que um organismo da origem a um descendente sem haver


fecundação. No Reino Animal acontece, por exemplo, entre as abelhas, tubarão-
zebra, formigas e escorpião-amarelo. (Benedito, 2015, p.54).

20
Zangões, macho das abelhas, nascem através deste processo, portanto, possuem apenas metade
do material genético, conferido pela abelha-rainha. Vide figura 12.

Figura 11. Reprodução assexuada em animais.

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3. CONCLUSÃO

Chegado ao fim deste trabalho, conclui-se que depois de nascer o ser vivo passa por constantes
reacções químicas em seu corpo, em que as moléculas simples se transformam em moléculas
mais complexas a partir de uma reacção de síntese com gasto de energia. Este processo é
chamado de anabolismo. Estas moléculas também podem ser rompidas, voltando a se tornar
moléculas mais simples, causando o catabolismo. No catabolismo acontece uma reacção chamada
de degradação, em que o organismo recebe energia. O anabolismo e o catabolismo são diferentes
fases de reacções bioquímicas responsáveis por alterações químicas nas células.

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3.1. Referências Bibliográficas

1. Benedito, E. (2015). Biologia e Ecologia dos Vertebrados


2. Hildebrand, M. (2005). Análise das Estruturas dos Vertebrados.
3. Hofling, E. et al. (1995). Chordata. Manual para um Curso Prático. Edusp.
4. Orr, R.T. (1986). Biologia dos vertebrados. Livraria Roca.
5. Raven, P. H.; Evert, R. F.; Eichhorn, S. E. (2014). Biologia vegetal. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan.
6. Santos, V. S. dos. (2022). Características gerais dos seres vivos. Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/caracteristicas-dos-seres-
vivos.htm. Acesso em 26 de Outubro de 2022.
7. Uzunian, A. & Birner, E. (2008). Biologia: volume único. 3a ed. São Paulo: Harbra.
8. Young, J.Z. (1977). La vida de los Vertebrados. Ediciones Ômega.

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