A Esposa Roubada - (Casamentos (Im) Perfeitos) - Maeve Saha
A Esposa Roubada - (Casamentos (Im) Perfeitos) - Maeve Saha
A Esposa Roubada - (Casamentos (Im) Perfeitos) - Maeve Saha
Sumário
NOTA DA AUTORA
GATILHOS
PLAYLIST
ILUSTRAÇÃO
SINOPSE
PRÓLOGO
01
02
03
04
05
06
07
08
09
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EPÍLOGO
BÔNUS
A série Casamentos (Im)perfeitos surgiu principalmente a partir de alguns
personagens que ganharam vida na minha cabeça. A princípio, tinha tudo
para ser algo leve, quente e romântico, mas como o esperado, algumas vozes
na minha cabeça sempre falam mais alto que outras e no fim, se tornou algo
maior.
Não falaremos apenas sobre amor. Nesta série, também descobriremos um
pouco mais sobre lealdade, amizade, recomeços e diversos outros
sentimentos que acabaremos descobrindo junto deles: Anthony Cahill, Zade
King e Dallas Montgomery III.
O livro 1, nos introduz um pouco ao mistério que rege em torno de um
trio de amigos leais e dispostos a tudo um pelo outro. Espero que,
assim como eu, se apaixonem por eles.
Observações: FALLS PRINCE é uma cidade fictícia criada por mim. Ao cria-
la, busquei combinar elementos familiares com toques específicos para que
ficasse marcado na memória. Veremos e descobriremos muito mais sobre ela
ao longo da série.
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Caro leitor,
Antes de mergulhar nas páginas deste livro, gostaria de
compartilhar um aviso importante. A ESPOSA ROUBADA - possuí
conteúdo que pode ser sensível para algumas pessoas. Se cenas
que retratam relacionamento abusivo, abuso físico e psicológico,
violência física, mental e sexual te incomodam essa leitura talvez
não seja para você.
Minha intenção ao incluir esses temas não é causar
desconforto, mas sim abordar questões relevantes ao
desenvolvimento da jornada de cada personagem dentro da história.
Peço, por favor, que se esse tipo de conteúdo te causa algum
incomodo, não continue a partir daqui.
Também vale lembrar que além do conteúdo citado acima,
essa é uma história recomendada para maiores de 18 anos, por
conter cenas de sexo explícito –, violência e palavras de baixo
calão.
Com carinho,
Maeve.
DEDICATÓRIA
Dizem que antes de você morrer, sua vida passa diante dos
seus olhos como uma espécie de montagem com todos os grandes
momentos que viveu, sejam eles bons ou ruins, os motivos de seus
risos ou a causa de suas lágrimas. Imaginamos encontrar um tipo
de compilado, marcando toda a nossa trajetória e evidenciando o
que ficará para trás.
Foi o que eu esperei que acontecesse quando senti o baque.
Um barulho ensurdecedor vibrou em meus tímpanos e o
mundo começou a girar ao meu redor de repente.
Eu não sabia mais onde estava, não sabia por que meu
coração batia tão forte e apavorado ou por que estava com tanta
pressa. Naquele milissegundo em que tudo ao meu redor colidiu,
minha mente virou uma completa confusão.
Ao invés das lembranças, tudo que recebi foi a escuridão.
No lugar das imagens da minha vida, um vazio sombrio em
conjunto com uma redoma de gelo me envolveu, abraçando-me
numa prisão da qual eu não tinha como sair.
Se esse era o caminho da morte, alguma coisa parecia
terrivelmente errada.
Um murmúrio bagunçado de vozes ao longe zumbia em minha
cabeça, mas as palavras se perdiam cada vez que eu tentava
compreendê-las, girando dentro de mim como uma violenta
tempestade, torcendo-me para dentro e para fora da consciência.
É estranho ouvir sussurros quando o caos persiste na
atmosfera.
Uma pitada de desespero pairava no ar, engrossando o medo
em meu coração. Luzes piscaram do outro lado das minhas
pálpebras e eu sabia que precisava pedir socorro. Implorar por
alguém. Eu não queria morrer sozinha.
Esforcei-me para me lembrar de um nome, lutei para construir
uma palavra que fosse em minha boca, mas nada veio à tona. Por
quem eu deveria chamar? Quem poderia estar comigo neste
momento?
A sensação de perda e vazio tomou conta de mim ainda mais
como se as memórias da minha vida estivessem escorrendo por
entre meus dedos.
Mais vozes me sacudiram do outro lado, todas elas
incompreensíveis, exceto uma, que badalou em meu cérebro como
uma sinfonia.
— Qual o nome dela?
Qual.. é... o... meu... nome?
Fiz uma busca frenética, confusa e desesperada e tudo
permaneceu em branco.
Eu não sabia de nada.
Um silêncio apavorante enchia meus ouvidos. Tudo ao meu
redor, era frio, escuro e tão solitário que me sufocava.
Se este era o fim ou começo, eu não sabia dizer.
A única coisa que tomava conta de mim no momento era o
desejo de sair deste lugar.
Fiz uma tentativa de abrir meus olhos, mas as batidas
repetidas em minha têmpora aumentavam cada vez que meus cílios
tremulavam. A pouca força que eu tinha se desvaneceu. A exaustão
me consumia, assim como o ar abafado que impregnava minha
pele.
Por muito tempo, me encontrei naquele limbo entre a
escuridão e a luz, lutando para encontrar uma saída, uma resposta
para o que estava acontecendo.
Minha mente era um turbilhão de perguntas sem respostas, de
sensações confusas que eu não conseguia compreender.
— Acorde. Por favor, acorde. — Uma voz rouca e enfeitada
por um barítono profundo me chamava parecendo tão desesperada
e triste.
Eu a ouvi mais de uma vez e desejei despertar para encontrar
seu dono em todas elas.
Com dor extrema e um esforço que me fez suar frio, consegui
abrir os olhos e vislumbrar um teto branco acima de mim. Sons
estridentes perfuraram meus ouvidos e agravaram ainda mais a dor
que instantaneamente latejou em minha cabeça.
Um bip bip irritante martelava e martelava me arrancando
daquele abismo escuro para uma realidade tão desconfortável
quanto.
Meu corpo doía; eu me sentia grogue, sem foco, e sabia que
mesmo longe da escuridão, minha realidade ainda não era boa. O
medo restringiu meus movimentos como se fosse um maremoto
ameaçando me afogar, mas eu tinha que emergir.
Lutando para engolir o nó que se formou em minha garganta e
sentindo a secura em minha boca, virei meu pescoço para ver os
aparelhos e fios ligados a mim, todos funcionando.
O que aconteceu comigo? Busquei em minha memória,
recebendo apenas cenas desconexas. Nada fazia sentido.
Puxei algumas respirações, quando comecei a sentir as
batidas em meu peito aumentando de pressa.
Lentamente, meus olhos se moveram para observar ao meu
redor, e pude perceber que o quarto em que me encontrava era
asséptico e impessoal, típico de um ambiente hospitalar. O ar
gelado contribuía para a sensação de estranheza mesmo que meu
corpo se sentisse quente e cansado. Os fios dos equipamentos
médicos se entrelaçam ao redor da cama, conectando-se a mim
como se fossem laços que me mantinham ligada àquele mundo
desconhecido.
Foi só então que notei a figura do homem misterioso que se
encontrava ao meu lado. Seus cabelos negros e selvagens caíam
desalinhados sobre sua testa, destacando ainda mais seu olhar
penetrante que parecia esconder segredos profundos. Sua postura
era imponente, como se emanasse uma aura de mistério e força. Os
braços fortes contrastavam com a camisa branca que ele usava,
dobrada até os cotovelos, o tecido enrugado como se ele não
tivesse saído daqui por um bom tempo.
Meu coração acelerou, e a apreensão tomou conta de mim ao
encará-lo. Minha mente estava repleta de perguntas, mas a
exaustão e a fragilidade física me impediam de articular as palavras
com clareza.
A única coisa que consegui, foi questionar com uma voz
vacilante e fraca: — Q-quem é você?
O homem curvou os lábios em um sorriso.
— Seu marido.
Angelina
Antes WASHINGTON D.C
“Fim do caminho, é hora de pular.”
— Seu marido.
Ouço o homem de olhos escuros dizer, assim que abro olhos e
a expressão em seu rosto me fez começar a tremer.
A escuridão de repente se tornando um abrigo ao invés do
lugar assustador que me lembrava.
Eu não sabia o que estava acontecendo. Sai da escuridão
para encontrar os olhos dele ao lado da minha cama.
Inúmeros aparelhos ao meu redor.
Tentei buscar em minha memória, para descobrir como acabei
neste lugar, mas não havia nada.
Como é o meu nome? Por que estou aqui?
— N-não... eu não o conheço — eu quase não conseguia falar.
Minha voz era rouca e entrecortada como se quilos e quilos de
areia seca se acumulassem lá.
— Você sofreu um acidente, Angelina — ele esclarece, como
se aquilo fizesse algum sentido — Suas memórias estão
bagunçadas. Os médicos estão fazendo testes há dias enquanto
você entra e sai da inconsciência.
O quê? Eu tento me lembrar. Tento encontrar em minha
cabeça algum indício de que o que ele está falando é real, porém,
não há nada.
— Não — repito, sentindo meus músculos começarem a
tremer. — Você está mentindo.
Meu cérebro se sente esmagado dentro de um crânio cheio de
cimento e nevoeiro, minha boca ressecada como um deserto e meu
coração bate pesado e quebrado.
Não pode ser real.
Eu quero dormir novamente. Fugir desse mundo confuso e
assustador, Os olhos daquele homem continuam me encarando,
com uma máscara de preocupação camuflando sua verdadeira face
enquanto ele cospe suas mentiras.
— Angel... — ele se levanta de onde está, chegando perto de
mim e minha primeira reação é automática.
Fuja.
Grito quando ele tenta me tocar. O medo me sufocando a
ponto de faltar o ar em meus pulmões.
Marido. Marido. Marido.
— E-eu não te conheço, não sei quem você é...
Eu não conseguia respirar. Não posso respirar!
Não é possível. Como ele poderia ser meu marido se eu não
me lembrava sequer de seu rosto?
Não.
Preciso sair daqui. Preciso ir para longe dele.
Começo a puxar os fios que me ligavam as máquinas.
—Saia. Saia. Saia! — Eu dou um salto ficando sentada sobre
a cama de hospital e logo em seguida caio de volta para baixo.
Minhas costelas rangendo como se dezenas de facas me
perfurassem de uma única vez.
— Tome cuidado. Você está machucada. — Ele pousa suas
mãos pesadas sobre meus ombros e tenta me impedir de escapar.
Mesmo com a dor, mesmo com o desespero alojado em meu
sangue, continuo lutando.
Não posso desistir.
Por alguma razão, a palavra “marido” me causa uma espécie
de pânico incontrolável.
—Merda, Angel. Acalme-se. — Um olhar torturado passa por
seus olhos e eu me encolho novamente.
Uma pontada de familiaridade com alguma parte do meu
cérebro quebrado que rapidamente desaparece.
— Não. Não. Saia daqui! — continuo gritando, agitando os
braços de forma frenética, na esperança de conseguir escapar.
— Enfermeira! Médico! Alguém porra — ele grita enquanto
tenta me conter. Amaldiçoando uma centena de palavrões por
segundo.
Me içando em uma posição sentada, com os braços fortes e
impassíveis, o homem me segura, até que outras pessoas começam
a aparecer.
— N-não me machuque... — imploro, quando vejo uma mulher
uniformizada administrar algum remédio em uma seringa.
— Faça isso parar. Ajude-a! — com a respiração
descompassada, ele grunhi em meus ouvidos.
— O senhor precisa segurá-la. — A enfermeira ordena
chegando perto da minha cama — Nós vamos a sedar novamente.
O homem me agarra com mais força. Seus braços como fios de aço
ao meu redor.
Ele nunca me deixaria ir.
— Vai ficar tudo bem, raio de sol. Eu juro que vai ficar tudo
bem.
Eu não acredito nele. As coisas não podem ficar bem.
Nada vai ficar bem.
— V-você está mentindo...
— Sinto muito.
Sinto uma picada em minha lateral, meus músculos ainda
lutando, sem poder desistir, mas é mais forte que eu. Olhando para
aqueles olhos, ouvindo aquela voz sussurrando mentiras e mais
mentiras em meu ouvido, apago.
Angelina
“Minha coisa favorita.”
Queimando.
Eu estava queimando por ele no instante em que saímos
daquele armário escuro. Ainda podia sentir os vestígios do meu prazer
pegajoso, misturando-se a uma nova onda de umidade entre minhas
pernas, enquanto nos dirigíamos para fora da mansão e entrávamos
no carro.
Chegamos em casa sob um silêncio sepulcral. Nenhum de nós
tinha coragem de dizer alguma coisa, pois sabíamos que no minuto
que nos tocássemos, tudo estaria perdido.
Um golpe de insegurança cresce e morre em meu peito quando
nossos olhares se encontram. A um misto de posse e pavor em seu
rosto que desencadeia um pequeno flash em minha mente que logo
desaparece.
Essa noite foi intensa de lembranças, como se meu cérebro estivesse
muito perto de terminar o quebra cabeça que estava montando, mas
tudo fica nublado diante da névoa espessa de desejo que sinto por
ele.
Dentro da cabana, sob a tênue e fraca luz da lâmpada da sala,
ele começa a se despir. Observo, com uma mistura de admiração e
ansiedade, os cumes esculpidos de seu abdômen revelarem-se à
medida que os dedos habilmente desfazem os botões de sua camisa.
Cada movimento revela um músculo vigoroso de seus
antebraços e bíceps fortes. Sua camisa desliza de seu corpo,
revelando a larga extensão de seu peito e uma respiração se aloja em
minha garganta.
Eu me vejo parada aqui, totalmente hipnotizada por sua
presença, incapaz de fazer qualquer movimento. Enquanto ele
habilmente se livra de suas calças, ficando apenas em sua cueca
boxer no meio da sala.
Sinto meu coração disparar e minhas mãos ficarem trêmulas. É
como se o tempo estivesse suspenso, e só existíssemos nós dois
neste momento.
— Aproveitando o show? — Ele me pergunta com a voz
brincalhona.
— Definitivamente, — eu consigo dizer. As palavras mal saem
da minha garganta, e minha respiração engata quando ele caminha
em minha direção. — Eu poderia assistir pela vida toda.
Inclinando-se apenas o suficiente para pegar a bainha do meu
vestido, seus dedos começam a puxá-lo para fora do meu corpo. Com
sua boca tão perto da minha, envolvo minhas mãos em seu cabelo e
paraliso a sua ação com um beijo. O calor de sua língua se
misturando a minha.
Quando nos separamos, ele passa o polegar pelo meu lábio
inchado pelo atrito contra seus dentes afiados e sorri.
— Minha garota ansiosa. Gosto tanto desse olhar safado na sua
cara, implorando para ser fodida.
Ele tem toda razão, estou quase implorando.
Sem resposta, levanto meus braços para que ele continue o que
estava fazendo e só depois me lembro que não precisei usar sutiã
também. Meus seios saltam livres com o movimento brusco de suas
mãos e com o tecido enrolado no meu rosto, obscurecendo minha
visão, me sinto mais exposta do que nunca.
Vagabunda caipira.
Uma voz estrondosa, quase fantasmagórica vibra em meu
interior, levando embora um pouco da quentura e do desejo para
trazer uma sensação esquisita e incomoda. Eu pisco confusa,
completamente perdida com essa aparição estranha, mas balanço a
cabeça na tentativa de expulsá-la.
Um dedo quente se aloja sob meu queixo e levanta minha
cabeça quando o tecido que tapava minha face sai e cai no chão.
O rosto ligeiramente preocupado de Anthony aparece em minha
visão.
— Está tudo bem?
Engulo o amargor que a aparição repentina me trouxe e movo
meu pescoço concordando, não permitindo que nada nos atrapalhe.
O amor e a preocupação em seus olhos é a única segurança
que preciso para me entregar a este momento.
— Está.
Meus dedos se movem para arranhar seu peito e o calor volta
como o contato de pólvora e faísca.
Eu olho através dos fios do meu cabelo bagunçado, o rabo de
cavalo já completamente desfeito e vejo como ele cobre meus seios e
abaixa a cabeça para passar os lábios sobre meus bicos inchados.
— Porra, você tem os peitos mais lindos que já vi. O corpo mais
delicioso. Eu não vou me cansar nunca de olhar — ele murmura
explorando-me com sua boca.
Em um instante ardente, ele toma um dos meus seios entre os
dentes mordisca de forma prolongada e intensa. Eu quase vejo
estrelas. A sensação é avassaladora como se eu estivesse sendo
desmantelada como um carretel de linha, entregue completamente ao
prazer que ele me proporciona.
Enquanto seus lábios e língua exploram meu mamilo, suas
mãos percorrem meus lados nus, deixando um rastro de calor por
onde passam.
O toque não é sutil e muito menos delicado. A crueza de suas
palmas ásperas puxando e apertando minha pele emanam a
necessidade desesperada que ele tem por mim e com isso, minhas
unhas enterram em sua carne, arranhando suas costas
correspondendo ao sentimento.
Com um passo para trás e seu olhar fixo no meu, ele engancha
os dedos na lateral de sua cueca e a empurra para baixo. Sua ereção
pulsante salta para fora e o membro aparece majestosamente entre
nós.
Não há como explicar aquilo.
A coisa é perigosamente grande, com veias pulsantes e uma
cabeça rosada na borda que me faz salivar e me desespera ao
mesmo tempo.
Santo Deus.
Eu devo ter o olhar mais faminto em meus olhos porque ele me
dá um sorriso arrogante, o tipo que diz que ele sabe o que ele tem e
sabe que eu quero. Então, quando aquele sorriso se transforma em
algo sério e aquecido, ele termina as avalições e parte para ação.
Com um punhado do meu cabelo enrolado em suas mãos, me
beija forte até que eu estou sem fôlego, puxando minha cabeça para
trás para expor minha garganta, lambe meu pescoço e envia uma
onda de arrepios por minha espinha.
Sua outra mão entre as minhas coxas, a ponta de seu indicador
deslizando e estimulando o meu clitóris, que já está completamente
sensível.
— Quer gozar de novo, linda? Quer gozar na minha mão? — Ele
pergunta rudemente, mordendo meu pescoço e sugando a pele
sensível debaixo da minha orelha.
— Sim — respondo desesperada quando o toque de um dedo
se transforma em dois, depois em três. Minhas coxas tensionam e
apertam sua mão, precisando que ele termine o que começou.
— Porra, — ele rosna, me encurralando com passos para trás
até deixar a minha bunda nua contra as costas do sofá. — Abre para
mim, amor. Abre as pernas e me deixa meter nessa boceta gostosa.
Seus dedos ganham mais velocidade quando espalho minhas
coxas, sua mão me fodendo com um vai e vem frenético até me fazer
explodir.
O orgasmo vem rápido, com um pico de trinta mil pés e me
derruba contra ele. Minha testa suada pousando em seu peito nu.
— Acho que é hora de levá-la para cama.
“Corra.”
Eu não queria que fosse dessa maneira. Não deveria ser dessa
maneira.
Eu tinha ensaiado esse momento, orquestrando o discurso
meticulosamente em minha mente durante dias. Sabia o que dizer e
como dizer. Planejava confessar tudo a ela, desde aquela fatídica noite
do incêndio até hoje.
O risco de perdê-la era enorme, batendo na minha porta com
ameaças tangíveis o suficiente para me fazer estremecer, mas não podia
continuar dessa maneira.
Ela precisava saber de toda a verdade.
Iria contar das ameaças de Gabriel. Do perigo que ela corria ao
ficar comigo no passado.
Da sua visita a Nova York e do flagra que armei para que ela me
visse com outra e mantivesse distância.
A mulher com quem Angel me pegou na cama era uma prostituta.
Nada mais que isso. Paguei 300 dólares para ela tirar suas roupas e me
deixar tocá-la por cinco minutos, depois a mandei embora e sofri feito um
filho da puta pelo que tinha feito.
Foi um plano idiota. Precipitado.
Mas as ameaças de Gabriel estavam cada vez mais perigosas. Na
verdade, quando as ameaças começaram a se tornais reais, fiquei
apavorado e agi sem pensar. Assim que descobri que ela estava vindo
me visitar, armei aquela babaquice e estou sofrendo a porra das
consequências até hoje.
Animais mortos apareciam na casa da minha família. O carro da
minha irmã teve os freios cortados uma vez. Uma das irmãs de Zade foi
encurralada em um beco e espancada sem motivo algum.
O irmão de Dallas sofreu um “acidente” que ninguém conseguia
explicar ou entender e acabou perdendo sua vida. Tudo isso enquanto o
filho da puta Gabriel Castiello estava à solta.
Ele achava que Zade, Dallas e eu éramos responsáveis por toda
desgraça em sua vida e estava disposto a ir até as últimas
consequências para nos fazer pagar.
O desgraçado merecia apodrecer na cadeia pelo terror que nos fez
passar por quase três anos.
E eu estava pronto para dizer cada palavra dessa história a
Angelina.
Depois que Dawson estivesse nas mãos da polícia, não agora.
E eu estou tão perto!
Passei o dia com Dallas, em uma conversa intensa com seu
“conhecido”. Estudamos todas as propriedades onde Dawson poderia se
esconder e assim que descobríssemos qual delas, iria caçá-lo.
Faltava muito pouco para garantir sua segurança, muito pouco.
Eu só precisava de mais alguns dias para poder me livrar desse
peso, mas ao invés disso, suas memórias do pior dia de nossas vidas
haviam voltado e antecipado os planos, me provando mais uma vez, que
não tenho controle de nada.
Suspiro pesado, exalando a respiração através do silêncio do carro.
Ela não disse nada, eu não disse nada e provavelmente seria todo
o caminho assim. Até chegarmos em casa.
Queria tanto poder segurá-la e tirar aquela expressão de angústia
de seu rosto, porém, quando eu era o único responsável por sua dor, só
podia dar a distância que ela desejava.
Não sei como ela vai receber o que tenho para dizer. Não sei como
vai aguentar a verdade sobre sua vida, a única coisa que tenho certeza é
que vou mantê-la segura, não importa o que tenho de fazer.
Cada quilômetro percorrido parecia um peso em meus ombros.
Angel estava ao meu lado, encolhida e frágil. E eu temia que
quando seu mundo se quebrasse, mais uma vez, ela não me deixasse
ajudar.
Ela poderia me odiar.
A estrada sinuosa seguiu paralela a rodovia, e a escuridão era
profunda como a própria noite.
Minha velocidade diminuiu quando me deparei com um carro
parado na interseção à frente. Os faróis de um veículo surgiram do outro
lado de repente, iluminando nossa proximidade e uma enxurrada de
palavrões escapou de meus lábios enquanto eu reduzia a velocidade
novamente para não bater. Mas o outro motorista parecia estar vindo
diretamente em nossa direção, sem sinal de diminuir.
Agarrei o volante com força e pisei nos freios, meu coração
disparando enquanto tentava evitar a colisão com o SUV. No entanto, o
impacto foi inevitável. Nossos veículos colidiram, o choque fazendo o
mundo ao meu redor girar em um borrão. Senti o impacto no lado do
motorista, e meu corpo foi empurrado pelo choque, conduzindo nosso
carro para fora da estrada em direção ao acostamento.
A dor explodiu em minha cabeça, uma avalanche de sensações
avassaladoras. Um gosto metálico invadiu minha boca, e percebi
vagamente o cheiro de sangue no ar. Tentei manter meus olhos abertos,
lutando contra a escuridão que ameaçava me envolver. Angel estava ao
meu lado, e eu queria ter certeza de que ela estava bem.
No entanto, antes que eu pudesse reunir qualquer pensamento
coeso, tudo se tornou negro, e minha consciência se dissipou como
fumaça.
Meus olhos se ajustaram rapidamente à claridade. Um homem
uniformizado enfiava uma luz diretamente no meu rosto. Levantei minha
mão instintivamente para proteger meus olhos do brilho, e ele a abaixou.
— Senhor? Consegue me ouvir?
— Angel... — As palavras escaparam da minha boca em um
sussurro rouco. Minha primeira reação foi procurar por ela, porém eu não
conseguia me mover.
Minha mente se focou no impacto avassalador do acidente, as
imagens voltando como fragmentos de um pesadelo. Rapidamente,
abaixei-me para liberar o cinto de segurança, assobiando com a dor que
irradiou em minhas costelas.
— Senhor, se acalme! Você precisa esperar pela ambulância. Não
tente se mexer. Não sabemos se você tem algum ferimento interno. — O
paramédico começou a lutar, tentando me manter quieto, mas eu tinha
outras prioridades no momento.
— Onde está minha esposa?
A testa do homem enrugou, olhos claros se estreitando em
confusão.
Como se eu estivesse alucinando.
— Havia mais alguém no carro?
— Minha esposa! — quase gritei. — Minha esposa estava no banco
do passageiro.
— Não encontramos mais ninguém. O lado do passageiro estava
vazio. Apenas um vestígio de sangue. Vou pedir a equipe de bombeiros
para que iniciem uma busca.
A realidade se abateu sobre mim com a força de um tsunami. Eu
desviei meus olhos em direção ao banco onde Angel estava. Lembrei do
carro nos atingindo propositalmente e empurrando-nos para fora da
estrada.
Meu coração acelerou à medida que minha visão captou a
ausência sinistra dela. A porta estava aberta, vidro espalhado pelo lado
de dentro como se alguém tivesse quebrado a janela, mas seu assento
estava perturbadoramente vazio.
Não foi um acidente.
Alguém a levou.
Forças que eu nem sabia que possuía me sustentaram para que eu
conseguisse soltar o cinto de vez e empurrar o homem fora do meu
caminho, pressionando meu corpo através da lateral amassada para ficar
de pé do lado de fora.
— Me arrume um celular — lati, com urgência — Preciso fazer uma
ligação.
Angelina
Aos prantos diante de suas palavras, só tenho forças para acenar.
As palavras engolidas por minhas lágrimas momentaneamente.
— S-sim — sussurro, vendo o anel deslizar no meu dedo.
Meu coração da um pulo louco no meu peito com aquela cena,
Anthony ajoelhado na minha frente. Uma felicidade tão genuína em seu
olhar que eu nunca poderia duvidar de seu sentimento por mim. Nunca.
Escolhemos viver um dia de cada vez depois daquela noite, e
todos os dias desde então, ele me fez feliz. Não tenho dúvidas de sua
promessa de me fazer assim até nossa última respiração.
De pé, o vi lamber os lábios e se inclinar para me beijar. O domínio
áspero de seus dedos me segurando e a urgência de seus lábios
enviando-me em espiral direta para a necessidade por ele.
— Estamos ao ar livre, você sabe disso, certo? — murmuro,
quando suas mãos se agarram a minha bunda.
— Você acaba de dizer sim para se tornar minha esposa. Não
estou nem aí para quem vai nos assistir.
Riu baixinho, não levando a sério o que ele diz, porém, quando
noto o fogo presente em seu olhar sério, meu corpo entra em
combustão.
Já se tornou automático. Um toque dele e meus neurônios se
desintegram. Não é atoa que acabamos nessa situação.
Hoje à tarde, fui ao médico e minha suspeita está certa. Estou
grávida.
Algo que ainda preciso contar a ele. Talvez mais tarde.
— É um problema para você, raio de sol? — Sua cabeça
mergulhou, a boca encontrando a curva da minha orelha para roer a
carne, e oh Deus, isso era bom. — Expulsei todos os funcionários do
campo. Esse lugar inteiro é só nosso hoje.
— Anthony…
— Você quer ser fodida bem aqui?
Um segundo passado gotejou e depois outro. Engolindo em seco,
meu peito arfava com coragem.
Com a boca raspando contra a minha pele ele fez o movimento
para se ajoelhar novamente e eu o parei.
Sem pensar, apenas com o calor de seu olhar abarrotado de
desejo me guiando, ajoelhei-me a sua frente e abri suas calças.
— Linda, você não…
— Shii, eu quero provar você. Quero saber quão duro você está
por mim agora, futuro esposo.
Uma risada estrangulada passou por entre seus lábios, logo em
seguida, um rosnado animalesco quando abaixei ligeiramente a cueca
para encontrar a ereção.
Seus olhos selvagens, observando meus movimentos.
A tatuagem, com o número vinte e seis, discreta - marcada na
linha de sua pélvis.
Era tão quente. Eu a circulei com a ponta dos dedos, sorrindo.
Depois me inclinei e lambi o desenho, escorregando para baixo até
alcançar a extensão de seu pau enorme.
Jesus, eu amava a forma como ele se fechava entre meus dedos,
tão poderoso.
Acariciando suas bolas com uma mão e segurando firme sua base
com outra, lambi a cabecinha, experimentando as gotas de pré sêmen
que se acumulavam lá.
— Angel… — ele gemeu, afundando as mãos grandes em meus
cabelos.
Elevei meu olhar, colocando a ponta de seu pau em minha boca,
chupando com clamor.
Minha língua circulou em volta de sua glande, sua cabeça caiu
para trás e um gemido gostoso escapou novamente quando fiz
movimentos de vai e vem.
Com uma mão firme em minha nuca, ele me ajudou, movendo sua
cintura, minha língua trabalhando para trazê-lo ao prazer, coisa que
levou apenas alguns segundos.
— Droga, raio de sol. Sua boca é tão mágica quanto sua boceta.
Eu vou gozar em cinco segundos se continuar assim.
Essa era justamente a minha intenção. Eu amava o barulho que
ele fazia quando gozava. Um homem daquele tamanho, tão vulnerável e
sensual.
Meu futuro marido. Pai do meu filho.
Continuei chupando, mantendo o contato visual até que senti seus
músculos ficarem tensos, as veias inchadas em torno da minha boca
como se todo o sangue de seu corpo corresse naquela região.
— Estou perto, linda. Vou gozar.
E assim ele o fez, me separei, quando ele se segurou e bombeou
até explodir em minha boca. Seu gosto me enchendo e deixando-me
ainda mais molhada.
Com gotículas de suor acumuladas em sua testa, ele gesticulou e
me puxou para baixo.
— Minha vez.
FIM.
GABRIEL
AGUARDE...
AGRADECIMENTOS
Caro leitor, se você chegou até aqui e sentiu o coração
aquecer em algum momento, ou surtou e se emocionou junto com
os personagens, não deixe de avaliar o livro na Amazon. Sua
opinião é muito importante.
Dito isso, quero deixar o meu agradecimento a todas as
leitoras que sempre me acompanham, tornando minha vida nesse
mundo literário mais especial e valiosa a cada dia. A minha família,
minha assessora Ariel pela paciência de milhões, ao grupo de
parceiras maravilhosas que fizeram esse livro acontecer e minhas
betas incríveis (Tati, Thai e Aline).
Aos novos leitores que chegaram até aqui e estão me
acompanhando pela primeira vez, obrigada pelo carinho e espero
encontrá-los novamente.
Beijos, Maeve.
LEIA TAMBÉM!
Diablo Ward foi criado em um mundo onde não havia espaço para dor
ou medo.
Capturado, ainda na infância, por um homem impiedoso foi subjugado, atirado
em meio ao caos e violência sendo treinado para ser um assassino cruel e
obscuro.
Toda sua vida foi destruída por eles, mas seu juramento nunca seria
esquecido. (...)
Vingança.
No submundo onde fui criado aprendi que ter uma esposa e filho com os
quais você verdadeiramente se importa é para os fracos.
Conquistei minha vingança e derrotei meu maior inimigo, mas… foi só depois
que Olívia entrou em minha vida, que pude entender…
Minha devoção por ela e nosso filho não me fez fraco. Muito pelo contrário, o
homem que posso me transformar para proteger a minha família, é letal.
E na guerra que estamos lutando, não vou poupar nenhuma alma que cruzar
o meu caminho.
(...)
“Quando você se apaixona pelo diabo, só há uma certeza: mais cedo ou
mais tarde, você será corrompida.”
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ABUSO DE PODER (DARK ROMANCE)
Ethan Reese conquistou seu império fazendo aquilo que foi ensinado
durante toda sua vida; jogando sujo. Analítico. Dominante. Intimidador. Ele
tem tudo aquilo que deseja. Regras não se aplicam a ele. Aos 34 anos, como
um dos maiores e mais bem sucedidos empresários de Nova Iorque sua vida
corre como planejado, até que ele a vê pela primeira vez e seus traços de
pureza e inocência despertam a parte dele que esta dormente há muito
tempo.
Isabella Ramirez é uma mulher comum e perdida, aos 26 anos com a
vida completamente do avesso ela está mais do que desesperada para
encontrar algum propósito. Depois de um trauma que deixou seu mundo
despedaçado, o emprego em uma das maiores empresas da cidade é quase
uma espécie de presente divino. Tudo parecia – finalmente - no caminho
certo, até que o destino a coloca frente a frente com um homem que irá mudar
todos os seus planos.
“Meu desejo por ela era a definição perfeita do pecado e
sinceramente, eu estava pronto para usá-la como caminho direto para o
inferno”.
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DESEJO HEDIONDO (BDSM)
Para Alex Lancaster, ela foi uma aparição. Depois de um período difícil e
estressante em sua vida, ele está fazendo o possível para manter distância de
tudo e de todos, até que uma jogada do destino o coloca frente a frente com a
misteriosa mulher de cabelos castanhos e olhar penetrante. Ele não podia se
aproximar, mesmo que a visão dela despertasse todos os seus instintos, ele
sabia que ela não era para ele. Dentro do seu mundo, quando se brinca com
fogo é inevitável acabar em chamas. E Gabrielle não parecia esse tipo de
mulher.
Ele está terrivelmente enganado (...)
Para Gabrielle Dixon, esse é mais um recomeço. Sua vida não tem sido fácil
por um longo tempo e, pela primeira vez, ela acredita que pode conseguir se
livrar dos demônios que a atormentam por anos. Entretanto, tudo parece se
perder quando ela conhece seu novo cliente. O homem parece enxergar
através de sua pele, e tudo que ela deseja é poder correr e se esconder. E é
exatamente o que ela faz... Até que uma noite de descontrole a coloca frente
a frente com Alex novamente, em um mundo onde ela nunca imaginou
encontrá-lo.