Termos de Fomento e de Colaboração - Execução

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Termos de Fomento

e de Colaboração:
Execução

Orçamento e Finanças; Gestão Pública;


Governo e Transformação Digital.
Fundação Escola Nacional de Administração Pública

Diretoria de Desenvolvimento Profissional

Conteudista/s
Mayra Gonçalves (conteudista, 2023).

Enap, 2023
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
Módulo 1: Preparação para Execução: Perfil Recebedor...................................... 8
Unidade 1: Preparação para Execução................................................................... 8
1.2 Vincular Ordenador de Despesas............................................................................................... 10
1.3 Registro do Processo de Compras pelo Recebedor............................................................... 12
Referências ............................................................................................................................................. 15

Módulo 2: Liberação de Recursos e Registros do Contrato, dos Credores e do


Documento de Liquidação..................................................................................... 16
Unidade 1: Liberação de Recursos de Repasse: Perfil Repassador................... 16
1.1 Inclusão do Documento Hábil ..................................................................................................... 16
1.2 Inclusão da Ordem de Pagamento - OP/OB para Realizar a Liberação do Recurso para
o Instrumento......................................................................................................................................... 17
Referências ............................................................................................................................................. 19

Unidade 2: Registros do Contrato, dos Credores e do Documento de Liquidação.....20


2.1 Registro do Contrato pelo Recebedor........................................................................................ 20
2.2 Cadastro dos Credores pelo Recebedor.................................................................................... 20
2.3 Registro do Documento de Liquidação pelo Recebedor....................................................... 21
Referências ............................................................................................................................................. 23

Módulo 3: Pagamento de fornecedores por meio de OBTV............................... 24


Unidade 1: Tipos de OBTV...................................................................................... 24
1.1 OBTV – Pagamento a Fornecedor............................................................................................... 26
1.1.1 OBTV - Pagamento a Fornecedor - Transferência Bancária....................... 27
1.1.2 OBTV - Pagamento a Fornecedor – Pagamento no Caixa.................................... 28
1.2 OBTV - Câmbio................................................................................................................................. 29
1.3 OBTV para o Convenente.............................................................................................................. 30
1.4 OBTV - Tributos................................................................................................................................ 33
1.5 OBTV - Aplicação em Poupança................................................................................................... 34
1.6 OBTV - Devolução de Recursos.................................................................................................... 35
Referências ............................................................................................................................................. 37
Unidade 2: Pagamento OBTV Operacional e Autorização das Movimentações
Financeiras.............................................................................................................. 38
Referências ............................................................................................................................................. 40

Módulo 4 Monitoramento e Avaliação................................................................. 41


Unidade 1: Monitoramento e Avaliação de um Instrumento ........................... 41
Referências ............................................................................................................................................. 45

Unidade 2: Menu: Acompanhamento e Fiscalização.......................................... 46


2.1 Funcionalidades: Cadastrar e Vincular Fiscais (Perfil Repassador)..................................... 46
2.2 Funcionalidades: Relatório Convênio – Acompanhamento (Perfil Repassador)............. 49
2.3 Funcionalidades: Esclarecimento (Perfis Repassador e Recebedor).................................. 50
2.4 Demais Funcionalidades do Menu: Acompanhamento e Fiscalização (Perfil
Repassador)............................................................................................................. 51
Referências ............................................................................................................................................. 52

Módulo 5: Relatórios de Execução........................................................................ 53


Unidade 1: Noções Gerais sobre Relatórios de Execução.................................. 53
1.1 Tipos de Relatórios de Execução................................................................................................. 54
1.2 Inclusão, Envio e Análise de Relatório de Execução................................................................ 56
Referências ............................................................................................................................................. 58

Módulo 6: Instrumentos Aditivos e de Ajuste..................................................... 59


Unidade 1: Ajustes e Termos Aditivos ................................................................. 59
1.1 Ajuste de Plano de Trabalho pelo Recebedor.......................................................................... 60
1.2 Termo Aditivo................................................................................................................................... 66
Referências ............................................................................................................................................. 71
Apresentação e Boas-vindas

Seja muito bem-vindo(a) ao curso Termos de Fomento e de Colaboração: Execução.

Para compreender as etapas operacionais que constituem o processo de execução


de instrumentos por meio da parceria entre União e as Organizações da Sociedade
Civil (OSCs), é importante que você entenda todas as ações operacionalizadas
no Transferegov.br, que incluem desde o cadastramento de um programa pelo
repassador até a formalização e celebração de um instrumento.

Para isso, chegou o momento de você aprender o passo a passo de cada uma das
etapas de execução dos instrumentos termos de fomento e de colaboração.
Todas essas etapas são realizadas no Transferegov.br, ferramenta oficial do
governo federal responsável por realizar a gestão de diferentes modalidades de
transferências de recursos da União em um só lugar.

Os registros das etapas de execução representam uma série de ações dentro do


Módulo de Transferências Discricionárias e Legais do Transferegov.br. Para
um melhor entendimento sobre a operacionalização dessas ações, o conteúdo foi
dividido em seis módulos:

• Módulo 1 – Preparação e Processo para Execução

• Módulo 2 – Liberação de Recursos e Registros do Contrato, dos Credores e


do Documento de Liquidação

• Módulo 3 – Pagamento de Fornecedores por Meio de OBTV

• Módulo 4 – Monitoramento e Avaliação

• Módulo 5 – Relatórios de Execução

• Módulo 6 – Instrumentos Aditivos e de Ajuste

Você vai compreender como as etapas de execução ocorrem, tanto na visão do


concedente/repassador como na do convenente/recebedor.

Ao longo do curso você vai observar que os termos concedente/repassador e


convenente/recebedor aparecem atribuídos em locais específicos do Transferegov.
br. Esses termos se referem aos atores envolvidos nas transferências de recursos,
os repassadores e os recebedores. Considere, portanto:

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Concedente
Órgão da União responsável por repassar o recurso.

Convenente
Organização da Sociedade Civil recebedora do recur-
so para execução de determinada política pública.

O Transferegov.br apresenta também o termo “convênio” em alguns botões do


sistema, a exemplo dos botões “Assinar/Celebrar Convênio”, “Consultar Convênio/
Pré-Convênios”, “Extrato Bancário do Convênio”, “Gestor de Convênio”, conforme
você pode verificar na imagem a seguir.

Módulo Transferências Discricionárias e Legais do Transferegov.br – Tela Execução.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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Apesar destas nomenclaturas diversas, ao utilizar os botões no sistema, você deve
considerar que o instrumento executado é o termo de fomento ou o termo de
colaboração, conforme cada caso.

Antes de iniciar o Módulo 1, assista o vídeo de apresentação do formato do curso.

Videoaula: Apresentação do Curso

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Módulo

1 Preparação para Execução:


Perfil Recebedor
Neste módulo você conhecerá a inserção de dados do processo de execução no
Transferegov.br. Além dos procedimentos de inserção de dados do processo de
execução, você também terá a oportunidade de entender os procedimentos de
regularização da conta bancária, vinculação do ordenador de despesas e inclusão
dos fornecedores, procedimentos estes que dão início à execução de instrumentos
mediante a habilitação do perfil de recebedor.

Unidade 1: Preparação para Execução

Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade você será capaz de compreender o procedimento de inserção de


dados dos processos de execução no módulo “Transferências Discricionárias e Legais”
do Transferegov.br.

Conforme a determinação das normas, todos os procedimentos relacionados


à execução dos termos de fomento e de colaboração devem ser realizados e
registrados no Transferegov.br.

Após a fase de celebração do instrumento e iniciado o seu período de vigência, o mesmo


instrumento permanece em situação de “em execução”, situação que se estende até o fim
do período de vigência ou até a conclusão antecipada do objeto do instrumento celebrado.

É importante entender que o instrumento deverá ser executado em estrita observância


às cláusulas pactuadas e às normas pertinentes, sendo que a liquidação dos empenhos
referentes aos termos de fomento e de colaboração será realizada somente após
cumprimento de todas as exigências para a liberação dos recursos. Conforme
demonstrado no curso Termos de Fomento e de Colaboração: Atos Preparatórios, os
instrumentos celebrados nas parcerias com as Organizações da Sociedade Civil (OSC)
devem observar os regramentos estabelecidos pela seguinte legislação:

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Lei nº 13.019/2014 Decreto nº 8.726/2016

De acordo com a Lei nº 13.019/2014 as parcelas dos recursos transferidos


serão liberadas em estrita conformidade com o respectivo cronograma de
desembolso, exceto nos casos determinados no artigo 48 do normativo,
nos quais ficarão retidas até o saneamento das impropriedades.

No entanto, antes de verificar o atendimento às exigências, é necessário que você


obtenha informações sobre a regularização da conta bancária do instrumento –
passo fundamental para tornar a conta corrente apta a realizar transações durante
a execução. Acompanhe no próximo tópico.

1.1 Regularização da Conta Bancária

Para que a conta bancária fique apta a ser movimentada durante a execução do
instrumento, é necessário que o recebedor realize a regularização da conta bancária,
cuja abertura já foi solicitada ao banco pelo órgão repassador no momento da
formalização do instrumento. O status da abertura de conta também pode ser
acompanhado por meio da aba “Dados da Proposta”, onde se tem as informações
dos dados bancários. Confira na imagem:

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Tela ”Dados da Proposta“.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Ao verificar que o status da conta bancária aberta está “Pendente de Regularização”,


o responsável pelo recebedor, ou alguém munido de procuração, deverá comparecer à
agência bancária para apresentar a documentação exigida para a regularização da conta.

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É importante que o recebedor entre em contato com a agência
bancária para buscar informações sobre os documentos exigidos
para a regularização da conta, pois a documentação pode variar
entre as instituições e as suas agências.

Junto à instituição bancária, no ato de regularização da conta bancária do instrumento,


o recebedor deverá entregar também a documentação dos representantes legalmente
autorizados a movimentar a conta bancária, os chamados ordenadores de despesa.

Assim, a documentação dos representantes será enviada eletronicamente pelo


próprio banco ao Transferegov.br, no qual figurará na lista de “Candidatos a
Ordenador de Despesas”.

O Ordenador de Despesa é o usuário que realiza, juntamente com


o Gestor Financeiro, a aprovação das movimentações financeiras
no Transferegov.br. Após a regularização da conta corrente, ele
deverá ser inserido especificamente no instrumento no qual irá
operar como ordenador.

Após esses passos, o instrumento já está pronto para a movimentação de recursos


por meio do Transferegov.br.

1.2 Vincular Ordenador de Despesas

Alguns procedimentos ainda são necessários para que tudo esteja pronto. Então,
aproveite para se apropriar desse conhecimento.

Quando a situação da conta corrente do instrumento estiver como “Regularizada”,


significa que chegou o momento de o recebedor definir, entre os representantes
previamente cadastrados junto ao banco, quais serão os ordenadores de despesas
do instrumento. A partir do perfil de “Cadastrador de Usuário de Ente/Entidade”,
você deve acessar o Transferegov.br no menu “Execução” e selecionar a opção
“Ordenador Despesa OBTV”. Acompanhe na imagem:

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Módulo ”Transferências Discricionárias” do Transferegov.br – Tela do Menu ”Execução“.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Após informar o número do instrumento no campo específico, basta clicar em “Consultar”.


O sistema exibirá a tela de “Ordenador Despesa OBTV”, com os botões “Inserir”, “Ver
Candidatos” e “Histórico”. Para visualizar a relação dos candidatos a Ordenador de
Despesa, clique no botão “Inserir”, conforme você pode observar na imagem:

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Tela “Ordenador de Despesas OBTV”.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

O sistema exibirá a relação de usuários candidatos a ordenador de despesa para a seleção.


Na frente do nome de cada candidato, é exibido o botão “Selecionar”. Você poderá
selecionar até dois ordenadores de despesa. Para isso, basta clicar no botão “Selecionar”
do candidato desejado. Observe a imagem:

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Tela “Ordenador de Despesas OBTV”.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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Lembre-se que o usuário não pode atuar simultaneamente como ordenador de
despesa de OBTV e gestor financeiro do recebedor de um mesmo instrumento. Nesse
momento, caso o ordenador de despesa OBTV selecionado seja um membro do
recebedor no sistema, ele já possui senha de acesso ao Transferefov.br. Caso ainda
não seja, o sistema exibirá uma tela para o preenchimento dos dados do ordenador
de despesa OBTV, de modo que ele obtenha a senha de acesso ao Transferegov.
br por e-mail previamente cadastrado. O vínculo do ordenador de despesas é por
instrumento celebrado, e não por instituição proponente, o que significa que para
cada instrumento deverá ser selecionado um ordenador de despesa específico.

1.3 Registro do Processo de Compras pelo Recebedor

Em linhas gerais, no Transferegov.br a execução por parte do recebedor compreende


a realização ou registro dos processos de execução, assim como dos contratos
(quando houver) e dos documentos de liquidação – que irão gerar os pagamentos.
No sistema, a execução do recebedor é uma aba dividida em várias outras subabas.
Veja a imagem a seguir:

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Aba “Execução Recebedor”.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Na execução das atividades que são objeto do instrumento, é frequente a


necessidade de o recebedor contratar fornecimento de bens com terceiros, assim
como a prestação de serviços. Dessa forma, dentro da aba “Execução Convenente
(Recebedor)” existe a subaba “Processo de Execução”, onde são registrados os
“Processos de Compras Realizados”.

As compras e contratações de bens e serviços pela organização da sociedade civil com


recursos transferidos pela administração pública federal adotarão métodos usualmente
utilizados pelo setor privado. Quando realizada, por exemplo, a contratação por meio
da cotação prévia de preços, se já finalizada, ela deve ser registrada no Transferegov.br
ou pode ser divulgada diretamente no sistema para recebimento de propostas.

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Atenção, recebedor! Para registrar os
processos de execução no sistema, você
deve ter o perfil de Comissão de Licitação.

O perfil apresenta a nomenclatura “Comissão de Licitação”, porém não significa que


nos termos de fomento e de colaboração exista licitação no processo de compras.
Trata-se de nomenclatura padrão utilizada em todos os instrumentos operacionaliza-
dos no Transferegov.br (convênios, termo de compromisso etc.).

Para realizar a inclusão manual dos dados do processo de execução, tenha em mãos
os dados dos fornecedores e de seus respectivos dirigentes, pois tais informações
serão solicitadas no ato de digitação. Após clicar em “Incluir Processo de Execução”,
o Transferegov.br abrirá uma tela para o preenchimento dos dados do processo de
compras. Os campos devem ser preenchidos de acordo com os documentos do pro-
cesso, conforme você pode acompanhar na imagem a seguir:

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – “Incluir Processo de Execução”.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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Assista, a seguir, a continuidade do passo a passo operacional para inclusão manual
das informações do processo de execução que você tem acompanhado até aqui:

Videoaula: Inclusão Manual das Informações do Processo de Execução


pelo Convenente/Recebedor

Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!

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Referências

BRASIL. Decreto Nº 8.726, de 27 de abril de 2016. Regulamenta a Lei nº 13.019, de 31 de


julho de 2014, para dispor sobre regras e procedimentos do regime jurídico das parcerias
celebradas entre a administração pública federal e as organizações da sociedade civil.
Brasília, DF: Presidência da República. 2016. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/d8726.htm. Acesso em: 1 fev. 2023.

BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República. 1993.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htmhttps://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13019.htm. Acesso em: 1 fev. 2023.

BRASIL. Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime jurídico das


parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em
regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em
termos de fomento ou em acordos de cooperação; define diretrizes para a política
de fomento, de colaboração e de cooperação com organizações da sociedade civil;
e altera as Leis nºs 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999.
(Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015). Brasília, DF: Presidência da República.
2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/
l13019.htm. Acesso em: 1 fev. 2023.

BRASIL. Lei nº 14.133, de 1 de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos.


Brasília, DF: Presidência da República. 2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/
web/dou/-/lei-n-14.133-de-1-de-abril-de-2021-311876884. Acesso em: 1 fev. 2023.

BRASIL. Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Transferegov.br,


Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://portal.transferegov.sistema.gov.br/portal/
home. Acesso em: 1 fev. 2023.

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Módulo

2
Liberação de Recursos e Registros
do Contrato, dos Credores e do
Documento de Liquidação
Neste módulo você será capaz de executar os procedimentos necessários para
disponibilização dos recursos financeiros na conta corrente do instrumento a partir
da inclusão do Documento Hábil e da inclusão da Ordem de Pagamento. Você
também será capaz de compreender como a organização da sociedade civil pode
incluir o contrato, nos casos em que há celebração, e conhecerá as informações
acerca do domicílio bancário do fornecedor/credor do instrumento de transferência
discricionária e do documento de liquidação.

Unidade 1: Liberação de Recursos de Repasse:


Perfil Repassador

Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade você será capaz de elucidar os procedimentos operacionais para
liberação do repasse, parcela do recurso de responsabilidade do repassador.

Para que o repassador consiga realizar a liberação de recursos de repasse é


necessário que ele primeiro inclua um Documento Hábil no Transferegov.br e,
posteriormente, realize a Ordem de Pagamento, a fim de concluir a liberação do
recurso de repasse. Acompanhe em detalhes tais procedimentos.

1.1 Inclusão do Documento Hábil

O Documento Hábil (DH) é o documento a partir do qual serão gerados os


compromissos de pagamentos do órgão. É como se este documento fizesse o elo
entre a Nota de Empenho (reserva orçamentária) e a Ordem de Pagamento
(liberação do recurso, repasse financeiro).

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Para incluir um Documento Hábil no Transferegov.br, é necessário que
o repassador possua o perfil “Operacional Financeiro Repassador”.

Incluído um Documento Hábil, ele deverá ser enviado ao SIAFI. Essa inclusão de um
DH deve ser realizada na aba “Execução Repassador”, na subaba “DH”, conforme
você pode conferir na imagem a seguir:

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – subaba “DH”. Fonte: Brasil (2023).
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Agora, assista à videoaula sobre a inclusão do Documento Hábil:

Videoaula: Inclusão do Documento Hábil pelo Concedente/Repassador

1.2 Inclusão da Ordem de Pagamento - OP/OB para Realizar a Liberação


do Recurso para o Instrumento

A Ordem de Pagamento/Ordem Bancária (OP/OB) deverá ser realizada após


a inclusão do Documento Hábil no Transferegov.br. Posteriormente, ela deve ser
enviada ao Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), de modo que os
recursos serão enviados à conta corrente do instrumento após as assinaturas (via
SIAFI) do Gestor Financeiro e do Ordenador de Despesa do repassador.

Lembre-se que, tanto para incluir um Documento Hábil quanto para


incluir uma Ordem de Pagamento/Ordem Bancária, é necessário
possuir o perfil “Operacional Financeiro” do repassador no
Transferegov.br, bem como possuir o perfil de “Executor” no SIAFI
para conseguir fazer o envio destes documentos ao SIAFI.

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Para incluir uma OP/OB, é necessário acessar a aba “Execução Repassador”, a
subaba “OPs/OBs” e depois clicar no comando “OPs/OBs GERCOMP”, conforme
você pode verificar na tela a seguir:

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Subaba “OPs/OBs”.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Devido à integração do Transferegov.br com o SIAFI, os recursos de repasse,


quando executados pelo repassador para a conta do instrumento, não precisam
ser classificados junto ao sistema, uma vez que eles já ingressam em sua respectiva
fonte. Assista à videoaula e aprenda como incluir uma OP/OB.

Videoaula: Inclusão da Ordem de Pagamento (OP) e Ordem Bancária (OB)

Como você pode perceber até aqui, informações diversas tramitarão no sistema
até que o recurso esteja disponível e apto para ser liberado. Agora está na hora de
você testar os seus conhecimentos. Então, acesse o exercício avaliativo que está
disponível no ambiente virtual. Bons estudos!

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Referências

BRASIL. Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Transferegov.br,


Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://portal.transferegov.sistema.gov.br/portal/
home. Acesso em: 1 fev. 2023.

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Unidade 2: Registros do Contrato, dos Credores e do
Documento de Liquidação

Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade você será capaz de cadastrar os dados dos credores (fornecedores)
e realizar a inclusão do Documento de Liquidação.

Você verá nesta unidade, durante a execução do instrumento, a inserção dos


processos de execução e a liberação de recursos não são suficientes para a realização
de pagamentos a fornecedores.

Existem passos que devem ser seguidos e registrados no sistema para efetivamente
realizar um pagamento. O recebedor pode incluir eventuais contratos relacionados
ao processo de compras, deve realizar o cadastro dos dados dos credores
(fornecedores) e incluir o documento de liquidação.

2.1 Registro do Contrato pelo Recebedor

Caso seja celebrado um contrato em relação ao processo de compras realizado, é


necessário possuir o perfil de “Comissão de Licitação” para efetuar o registro no
Transferegov.br. Para iniciar a inclusão do contrato, o recebedor deve estar de posse
do contrato celebrado e dispor das informações que serão solicitadas pelo sistema,
como a identificação do contratado, o número do contrato, a data de vigência, os
valores do contrato, entre outras informações.

Veja a seguir o passo a passo do registro de um contrato pelo recebedor.

Videoaula: Inclusão dos Contratos Celebrados com os Fornecedores

2.2 Cadastro dos Credores pelo Recebedor

Incluídos os processos de compras e, posteriormente, registrado o contrato (caso


exista), é necessário que o recebedor cadastre os dados bancários de seus fornecedores
(chamados aqui de credores) antes da inclusão dos documentos de liquidação.

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O cadastro dos credores é fundamental para conseguir realizar
corretamente o pagamento na conta de titularidade do próprio
fornecedor.

Para os devidos registros, os dados bancários cadastrados devem ser enviados


via Transferegov.br ao Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI),
possibilitando, assim, a realização dos pagamentos.

Para cadastrar os dados bancários dos credores, acesse o Menu Principal, depois
a aba “Execução”, e em seguida “Cadastrar Credor da Transferência Voluntária”,
conforme você pode identificar na imagem a seguir:

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Inclusão Contratos/Subconvênio.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Assista à videoaula para ficar por dentro do passo a passo para cadastrar os credores
do instrumento de transferência. Acompanhe!

Videoaula: Cadastrar Credores do Instrumento

2.3 Registro do Documento de Liquidação pelo Recebedor

O Documento de Liquidação é o registro da liquidação da despesa. Para que você


possa registrar o Documento de Liquidação no Transferegov.br, será necessário ter
um dos seguintes perfis:

• Gestor financeiro do recebedor;

• Operador financeiro do recebedor; ou

• Ordenador de despesa do recebedor.

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Saiba que a liquidação relaciona o item do documento que está sendo cadastrado à
etapa (Cronograma Físico) e ao Plano de Aplicação Detalhado do Plano de Trabalho.

Importante! Para o preenchimento dos dados dos itens do Documento


de Liquidação, é indispensável o conhecimento do Cronograma de
Desembolso, uma vez que a identificação da fonte de recurso será
utilizada para a realização do pagamento (repasse ou contrapartida).

Assista à videoaula com a demonstração da inclusão de um Documento de Liquidação.

Videoaula: Inclusão do Documento de Liquidação

Neste módulo você viu os contratos administrativos firmados entre o recebedor e


os fornecedores vencedores da licitação e aprendeu como cadastrar os dados dos
credores (fornecedores) e realizar a inclusão do Documento de Liquidação.

Que bom que você chegou até aqui! Está na hora de você testar os seus conhecimentos.
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!

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Referências

BRASIL. Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Transferegov.br,


Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://portal.transferegov.sistema.gov.br/portal/
home. Acesso em: 1 fev. 2023.

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Módulo

3 Pagamento de fornecedores por


meio de OBTV
Neste módulo você vai compreender os procedimentos que envolvem os pagamentos
aos fornecedores por meio da funcionalidade Ordem Bancária de Transferência
Voluntária (OBTV) para o perfil de recebedor.

Todos os pagamentos a fornecedores que são realizados durante a execução de um


instrumento de transferência discricionária são realizados por meio dessa ordem
bancária, no Transferegov.br.

Unidade 1: Tipos de OBTV

Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade, você será capaz de diferenciar as modalidades de pagamento existentes
no Transferegov.br, identificando qual modalidade deve ser utilizada para cada situação.

Os pagamentos a fornecedores na execução de instrumentos de transferência


discricionárias são realizados no Transferegov.br por meio da funcionalidade “OBTV
– Ordem Bancária de Transferência Voluntária”.

O pagamento ao fornecedor será realizado por meio de uma ordem bancária gerada
pela plataforma e enviada ao Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI).
O SIAFI repassará as informações relativas aos pagamentos às instituições bancárias,
que efetivarão o crédito dos valores correspondentes em conta corrente ou saque
em espécie no caixa, conforme orientação descrita na legislação vigente.

Você vai perceber, ao longo do nosso curso de execução, que, para realizar o pagamento
com OBTV, o recebedor deve incluir previamente no sistema os processos de execução,
contratos (quando tiver) e documentos de liquidação. Feito isso, o recebedor preparará
o pagamento e fará a autorização do Gestor Financeiro e do Ordenador de Despesa.

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O pagamento com OBTV fica disponível no menu “Execução”, conforme mostra a
imagem a seguir:

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu ”Execução” – Pagamento com OBTV.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Para realizar os pagamentos aos fornecedores, o sistema disponibiliza as seguintes


opções para pagamento a fornecedores:

OBTV Transferência Bancária


Para crédito direto na conta do fornecedor.

OBTV Pagamento no Caixa


Para saque em banco mediante identificação.

OBTV Câmbio
Para pagamento em moeda estrangeira.

Ao observar a imagem que apresenta o fluxo operacional da Ordem Bancária de


Transferência, você poderá compreender de forma clara e objetiva como ocorre o
processo de pagamento aos fornecedores por meio do sistema.

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Fluxo operacional.
Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Agora, você vai conhecer um pouco mais sobre os principais tipos de OBTV
existentes no Transferegov.br.

1.1 OBTV – Pagamento a Fornecedor

É o tipo de OBTV mais comum e pode ser utilizado para o pagamento mediante
transferência bancária para a conta corrente do fornecedor ou por meio de pagamento
no caixa (apenas pessoa física, no limite de R$ 1.800,00) na instituição bancária.

A preparação do pagamento com OBTV consiste nas etapas de seleção do Documento


de Liquidação e na informação sobre o valor, se será pago integralmente

Para que o pagamento possa ser preparado, é imprescindível


que o Documento de Liquidação já tenha sido incluído no
Transferegov.br. A escolha da forma de pagamento “Pagamento
no Caixa” (apenas pessoa física, uma única vez, no limite de R$
1.800,00) ou “Transferência Bancária” é feita no momento da
inclusão do Documento de Liquidação.

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Na execução operacional da “OBTV – Pagamento a Fornecedor”, o Transferegov.
br apresenta, na parte inferior da tela, os botões para as seguintes ações: “Salvar
rascunho”, “Concluir Pagamentos” e “Voltar”.

1. Salvar Rascunho
A movimentação financeira ficará
na situação de “Movimentação
Financeira em Elaboração”,
permitindo a alteração dos
dados do pagamento.

2. Concluir Pagamento
A movimentação financeira
ficará na situação de
“Movimentação Financeira
Incluída”, não sendo possível
realizar nenhuma alteração, a
menos que esta seja recusada
pelo gestor financeiro do
convenente/recebedor, fazendo
com que ela retorne para a
situação de “Em Elaboração”.

3. Voltar
Ao clicar nesse botão você
sairá da tela de inclusão
do pagamento.

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Incluir pagamento com OBTV.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

1.1.1 OBTV - Pagamento a Fornecedor - Transferência Bancária

Esse tipo de OBTV é realizado mediante a transferência bancária do recurso a ser pago
ao credor/fornecedor. A conta do fornecedor pode ser de qualquer instituição bancária
dentro do território nacional e deve estar previamente cadastrada no cadastro de
credores do SIAFI.

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Para que seja possível realizar a “OBTV Pagamento a Fornecedor - Transferência
Bancária”, ao incluir o documento de liquidação, selecione a forma de pagamento
como “Transferência Bancária com Crédito em Conta”. Após incluir o Documento de
Liquidação, já é possível preparar a “OBTV Pagamento a Fornecedor - Transferência
Bancária”.

Assim como qualquer OBTV, a movimentação financeira “OBTV


Pagamento a Fornecedor - Transferência Bancária” deve ser
autorizada pelo gestor financeiro e pelo ordenador de despesa
OBTV do recebedor!

1.1.2 OBTV - Pagamento a Fornecedor – Pagamento no Caixa

Essa forma de pagamento por OBTV atende apenas a pessoa física que não possui
conta bancária, até o limite de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).

Esse tipo de OBTV disponibiliza o pagamento diretamente no caixa do banco


(semelhante a uma ordem de pagamento), permitindo ao fornecedor (pessoa física)
realizar o saque do valor, mediante identificação, em qualquer agência do mesmo
banco da conta específica do instrumento.

Para que seja possível realizar a “OBTV Pagamento a Fornecedor - Pagamento no


Caixa” – atendidos os preceitos normativos, ao incluir o documento de liquidação –,
selecione a forma de pagamento como “Pagamento no caixa mediante identificação”.
Após incluir o Documento de Liquidação, será possível preparar o “Pagamento a
Fornecedor na forma Pagamento no Caixa”.

Lembre-se! Esta forma de pagamento aplica-se à pessoa física que não possua
conta bancária. Os pagamentos na forma “Pagamento no caixa” possuem o limite
de R$1.800,00 (mil e oitocentos reais).

O fornecedor pessoa física terá sete dias úteis para retirar o


dinheiro disponibilizado na agência. Caso o fornecedor não
retire o dinheiro, o banco realizará a devolução do pagamento
para o Transferegov.br e todo o procedimento deverá ser realizado
novamente para que o pagamento seja efetuado.

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1.2 OBTV - Câmbio

A “OBTV Câmbio” é utilizada quando o pagamento a um fornecedor exigir remessa


de dinheiro para o exterior em moeda estrangeira.

Essa movimentação financeira é usada apenas em conjunto com o tipo de Documento


de Liquidação “Invoice – Documento Fiscal de Importação (Inscrição Genérica – IG)”.

Para esse tipo de OBTV, o recebedor deve realizar as três etapas detalhadas a seguir.

Etapa 1
Diz respeito à negociação da cotação da moeda
estrangeira, feita com a instituição financeira
e por meio da inclusão do Documento de
Liquidação Invoice. No campo “Valor Bruto
do Documento de Liquidação”, durante a
inclusão do Invoice, deve ser informado o
valor em moeda corrente nacional, que deve
ser igual ao valor total a ser desembolsado,
Fonte: CEPED/UFSC (2023). ou seja, valor do pagamento (já convertido
pela cotação da moeda), acrescido do valor de
todas as taxas envolvidas na transação (valor
da soma dos itens). O campo “Valor Líquido
do Documento de Liquidação” é o resultado
do valor dos itens menos o valor dos tributos.

Etapa 2
Está relacionada à preparação do pagamento
e autorização do gestor financeiro do
recebedor e do ordenador de despesa OBTV.
Fonte: CEPED/UFSC (2023).

Etapa 3
É o momento da complementação dos dados
de câmbio do Documento de Liquidação.
A complementação dos dados de câmbio
do Documento de Liquidação deve ser
realizada após a transação de remessa do
valor para o exterior ter sido concluída.
Os dados a serem complementados são o
número do contrato de câmbio e a inserção
Fonte: CEPED/UFSC (2023). de cópias digitalizadas do contrato de
câmbio e do comprovante de remessa.
recebedor e do ordenador de despesa OBTV.

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A complementação dos dados de câmbio é obrigatória, pois a ausência do número
do contrato, bem como da digitalização do contrato de câmbio e do comprovante
de remessa, impede o envio da prestação de contas para a análise do repassador.

Além dos pagamentos a fornecedores, existem outras operações de pagamento


com OBTV. Existe a OBTV para o convenente, que permite transferir recursos da
conta do instrumento para a conta do recebedor, de modo que seja possível realizar
pagamentos específicos, entre outras operações.

1.3 OBTV para o Convenente

Este tipo de OBTV permite que o recebedor transfira parte dos recursos da conta
corrente do instrumento para uma conta de titularidade dele próprio (que não é a
conta específica do instrumento, mas, sim, da instituição), para que determinados
pagamentos possam ser efetuados.

Os recursos deverão ser mantidos na conta corrente específica do instrumento e somente


poderão ser utilizados para pagamento de despesas constantes do plano de trabalho, nas
hipóteses legais permitidas, de acordo com a política pública a ser executada.

É importante lembrar que, para utilizar esse tipo de OBTV, o


instrumento precisa ter permissão prévia da autoridade máxima
do repassador. Essa permissão é concedida durante a celebração
do instrumento, momento em que também é definido o limite em
reais para este tipo de operação.

A OBTV para o convenente pode ser utilizada para o pagamento de:

• IPVA, IPTU e qualquer outro tributo não retido em documento de liquidação;

• Diárias em moeda estrangeira;

• Nos casos em que o fornecedor/credor pessoa física não tenha conta


bancária e nem acesso à agência bancária;

• Em situações excepcionais existentes em determinados instrumentos.

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A opção “OBTV para o Convenente” também necessita da inclusão do Documento
de Liquidação para preparar o pagamento OBTV.

Para que seja possível realizar a OBTV para o convenente, ao incluir o Documento
de Liquidação selecione o tipo virtual de “Documento de Liquidação OBTV para o
Convenente”, conforme você pode observar na imagem a seguir:

Módulo “Transferências Discricionárias Legais” do Transferegov.br – Menu


“Execução” - Documento de Liquidação - OBTV para o recebedor.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Após selecionar o documento virtual “OBTV para o Convenente”, o número do


Documento de Liquidação será gerado automaticamente pelo Transferegov.br.

Esse número obedecerá a uma ordem sequencial no instrumento, sem a possibilidade


de alteração.

A opção de seleção do tipo “Pagamento OBTV” deverá ser a “Transferência Bancária


com Crédito em Conta”. Após incluir o Documento de Liquidação, será possível
preparar a OBTV para o recebedor.

Caso o instrumento seja celebrado sem a permissão para realizar OBTV para o
convenente, cabe ao recebedor entrar em contato com o repassador e solicitar de
forma justificada essa permissão. O repassador deve analisar o pleito e, estando
de acordo, deve ser autorizado pela autoridade máxima do órgão. Nesse caso, o
repassador deve clicar em “Incluir Permissão OBTV para o Convenente”, incluindo
o documento que fez a autorização, bem como informando o valor limite a ser
utilizado pelo recebedor, conforme destacadona imagem..

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Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais’ do Transferegov.br – Menu
”Execução” - ”Incluir Permissão OBTV para Recebedor“.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Todos os pagamentos realizados com o valor transferido para a


conta do recebedor deverão ser discriminados no Transferegov.
br. Inclusive, este é um dos requisitos para que seja possível
realizar a prestação de contas.

Observe a sequência na imagem a seguir:

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu


”Execução” - Discriminar gastos com OBTV para recebedor.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Importante! Utilizada a OBTV para o convenente (recebedor), este deverá realizar


obrigatoriamente a discriminação dos gastos que foram realizados com os recursos,
comprovando seu devido uso nos termos em que foi autorizado.

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1.4 OBTV - Tributos

Esse tipo de OBTV é utilizado apenas para o pagamento de tributos retidos no


Documento de Liquidação. A OBTV tributos consiste na transferência de recurso
para uma conta de titularidade do próprio recebedor (não podendo ser uma conta de
instrumento), para que o recebedor possa, então, realizar o recolhimento do tributo.

Para realizar a OBTV tributos, o recebedor deve executar os seguintes procedimentos.

Procedimento 1
Incluir o Documento de Liquidação informando o(s) tributo(s) que
será(ão) retido(s).

Procedimento 2
Realizar a preparação do pagamento com OBTV ao fornecedor.

Procedimento 3
Autorizar a movimentação financeira do pagamento.

Procedimento 4
Posteriormente, concluído o pagamento ao fornecedor, preparar e
autorizar a OBTV tributos.

Inicialmente, deve ser incluído o Documento de Liquidação informando o(s)


tributo(s) retido(s). Após a inclusão do Documento de Liquidação com tributo
retido, o recebedor deve realizar a preparação do pagamento do Documento de
Liquidação, autorizá-lo e enviá-lo ao SIAFI.

Somente após o pagamento ter sido autorizado pelo ordenador de despesa


OBTV é que o tributo retido no Documento de Liquidação estará disponível para
a preparação da OBTV tributos, por meio da funcionalidade “Recolher Tributo
com OBTV”, no menu “Execução”. Conforme demonstrado na imagem a seguir.

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Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu
”Execução” - ”Recolher Tributo/ Pagar Contribuição com OBTV“.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Este tipo de OBTV é utilizado apenas para o pagamento dos tributos retidos no
Documento de Liquidação. Os demais tributos, não previstos, deverão ser pagos
por meio da “OBTV para o Convenente” (Ex.: INSS Patronal, IPTU etc.).

Para que a prestação de contas possa ser totalmente realizada, é


necessário que sejam anexados, obrigatoriamente, os comprovantes
do devido recolhimento dos tributos retidos por parte do recebedor,
quando houver.

As movimentações financeiras do tipo “OBTV Aplicação em Poupança” e “OBTV


Devolução de Recursos” não são classificadas como sendo movimentações de
pagamento. Entretanto, são consideradas OBTV, por passarem pelo processo de
aprovação, envio para o SIAFI e retorno para a instituição bancária.

Além dessas movimentações, há também outros procedimentos relacionados à


execução dos instrumentos que são determinantes para o sucesso das ações. Entre
esses procedimentos, destacamos as autorizações de movimentações financeiras,
assunto sobre o qual também falaremos mais à frente.

1.5 OBTV - Aplicação em Poupança

A “OBTV - Aplicação em Poupança” permite que o recebedor realize a aplicação dos


recursos do instrumento em caderneta de poupança de instituição financeira pública
federal, enquanto não empregados na sua finalidade.

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É importante observar essa obrigação assim que os recursos forem depositados na
conta corrente do instrumento, considerando-se a previsão de uso deles e a forma
mais adequada de aplicação de acordo com a norma. Caso a previsão de uso do
recurso seja superior a um mês, é necessária a realização da “OBTV – Aplicação
em Poupança” por meio da opção “Aplicação em Poupança” no menu principal
“Execução”, conforme você pode observar na imagem a seguir:

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu ”Execução” - ”Aplicação em Poupança“.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

1.6 OBTV - Devolução de Recursos

A “OBTV Devolução de Recursos” permite ao recebedor devolver recursos do


instrumento para a Conta Única do Tesouro e/ou para a conta de titularidade
do próprio recebedor (que não é a conta específica do instrumento) durante a
vigência do instrumento.

Esta funcionalidade é utilizada para a devolução de


recursos, por exemplo, no caso de aditivo de supressão
de valor do instrumento ou se o pagamento realizado ao
fornecedor retorne ao banco devido a alguma divergência
de dados bancários, não sendo possível efetivar a
transação, entre outros motivos.

Para realizar a “OBTV de Devolução de Recursos”, você deve utilizar a opção do


menu “Execução”, “Devolução de Recursos”. Conforme a imagem a seguir:

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Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu ”Execução” - ”Devolução de Recurso“.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!

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Referências

BRASIL. Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Transferegov.br,


Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://portal.transferegov.sistema.gov.br/portal/
home. Acesso em: 1 fev. 2023.

BRASIL. Portaria Interministerial nº 424, de 30 de dezembro de 2016. Estabelece


normas para execução do estabelecido no Decreto nº 6.170, de 25 de julho de
2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União
mediante convênios e contratos de repasse, revoga a Portaria Interministerial nº
507/MP/MF/CGU, de 24 de novembro de 2011 e dá outras providências. Brasília,
DF: Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Ministério da Fazenda;
Ministério da Transparência, Fiscalização; Controladoria-geral da União. 2016.
Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/
content/id/20457541/do1-2017-01-02-portaria-interministerial-n-424-de-30-de-
dezembro-de-2016-20457287. Acesso em: 1 fev. 2023.

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Unidade 2: Pagamento OBTV Operacional e Autorização das
Movimentações Financeiras

Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade, você será capaz de incluir operacionalmente um pagamento e


realizar as autorizações da movimentação financeira, tanto pelo gestor financeiro do
convenente como pelo ordenador de despesa OBTV.

A Ordem Bancária da Transferência Voluntária (OBTV) é o último passo para realização


do pagamento ao fornecedor, pois, para efetivar um pagamento, é necessário ter
um processo de execução cadastrado no sistema, juntamente do cadastro dos
credores e da inclusão do contrato administrativo, ao que se segue a inclusão dos
documentos de liquidação e da minuta de pagamento.

Considera-se Ordem Bancária de Transferências Voluntárias (OBTV) como a ordem


bancária de pagamento encaminhada virtualmente pelo Transferegov.br ao
Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI). Mediante autorização do
gestor financeiro e do ordenador de despesa do recebedor, esta ordem bancária de
pagamento, posteriormente, é enviada pelo próprio SIAFI à instituição bancária que
efetuará o crédito na conta corrente do beneficiário final da despesa.

A OBTV somente será concluída depois de ser autorizada pelo gestor financeiro e,
posteriormente, pelo ordenador de despesa OBTV, nesta ordem.

Lembre-se que, para realizar a autorização da movimentação


financeira, um usuário deverá possuir o perfil de gestor financeiro
do convenente, e outro usuário (não são perfis cumulativos) deverá
possuir o perfil de ordenador de despesa OBTV. O último, inclusive,
deve estar vinculado especificamente ao instrumento.

O gestor financeiro do convenente é quem deve realizar a primeira análise em relação


à autorização da movimentação financeira. Ele possui a opção de autorizar ou de
cancelar, e para isso deve usar senha específica em teclado digital, que pode ser
criada a partir do primeiro acesso à aba de autorização de movimentação financeira.

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Caso o gestor financeiro cancele a movimentação financeira, a situação é alterada
para “movimentação financeira cancelada”, deixando de ir para análise e
autorização do ordenador de despesa.

Agora, se a movimentação financeira for autorizada, a situação fica como


“movimentação financeira autorizada pelo gestor financeiro”, e segue para
autorização ou não do ordenador de despesa.

Somente após a autorização e envio do ordenador de despesa ao SIAFI é que a


situação fica como “movimentação financeira concluída”.

Para aprender como incluir operacionalmente um pagamento e como realizar as


autorizações da movimentação financeira, tanto pelo gestor financeiro do convenente
como pelo ordenador de despesa OBTV, assista à videoaula a seguir e aprenda a
incluir o pagamento e realizar as autorizações da movimentação financeira.

Videoaula: Funcionalidade: Pagamento da OBTV

Como você pode perceber, várias informações tramitarão no sistema até que,
finalmente, o recurso esteja disponível e apto a ser liberado.

Que bom que você chegou até aqui! Está na hora de você testar os seus conhecimentos.
Então acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!

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Referências

BRASIL. Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Transferegov.br,


Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://portal.transferegov.sistema.gov.br/portal/
home. Acesso em: 1 fev. 2023.

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Módulo

4 Monitoramento e Avaliação

Neste módulo do curso, você vai aprender a registrar informações de monitoramento


e avaliação da execução do instrumento por meio do menu do módulo de
“Transferências Discricionárias e Legais”, chamado “Acompanhamento e Fiscalização”
pelo perfil repassador. Além disso, você vai conhecer as principais atividades que
podem ser registradas pelo gestor da parceria.

Unidade 1: Monitoramento e Avaliação de um Instrumento

Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade, você será capaz de explicar os aspectos gerais para o
monitoramento e a avaliação de instrumentos executados no módulo de transferências
discricionárias do Transferegov.br.

Você já sabe que, durante a execução de um instrumento, é fundamental o seu devido


monitoramento e avaliação tanto por parte do recebedor como por parte do repassador.

A execução de um instrumento será monitorada e avaliada de forma a garantir a


regularidade dos atos praticados e a plena execução do objeto, sendo que todos os
atos de acompanhamento devem ser registrados no Transferegov.br.

Quando o repassador realiza o acompanhamento da execução, ele deve verificar:

• a comprovação da boa e regular aplicação dos


recursos, na forma da legislação aplicável;

• a compatibilidade entre a execução do


objeto, o que foi estabelecido no Plano de
Trabalho, e os desembolsos e pagamentos,
conforme os cronogramas apresentados;

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• a regularidade das informações registradas pelo recebedor no
Transferegov.br; e

• o cumprimento das metas do Plano de Trabalho nas condições


estabelecidas.

O Transferegov.br possui, no módulo “Transferências Discricionárias e Legais”, um


menu chamado “Acompanhamento e Fiscalização”, dedicado à inclusão de informações
de acompanhamento, tais como os pedidos de esclarecimentos do repassador ao
recebedor e as suas respostas, assim como informações sobre a possibilidade de
realização de relatórios de acompanhamento, sejam físicos ou financeiros, seguidos de
comunicação sobre a realização de vistoria in loco, entre outras atividades.

Cabe ressaltar que existe um aplicativo chamado Fiscalização +Brasil, em que podem
ser, entre outras coisas, gerados relatórios fotográficos de visitas in loco realizadas
durante a execução do instrumento. Clique no botão e confira.

Fiscalização +Brasil

O aplicativo Fiscalização +Brasil possibilita o monitoramento e a fiscalização dos


instrumentos de transferências celebrados pela União com os entes federados,
permitindo mobilidade quanto ao acesso e envio de informações, de forma tecnológica,
e garantindo maior precisão e integridade nas informações.

O aplicativo Fiscalização +Brasil é destinado aos


usuários que possuam os perfis de Fiscais do
órgão repassador e do recebedor.

Para a utilização do aplicativo pelo fiscal do repassador, além de possuir o perfil “Fiscal
do Concedente” no Transferegov.br, ele deve estar vinculado ao instrumento para o
qual foi designado a fazer o acompanhamento e a fiscalização.

Acompanhe a seguir as funcionalidades do aplicativo Fiscalização +Brasil:

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Acesso a informações específicas
sobre instrumentos de transferências
que estão sob a responsabilidade do
usuário e sobre aqueles que necessitam
de vistoria e monitoramento.

Acompanhamento de
informações detalhadas sobre
o instrumento acessado, de
forma gráfica e intuitiva.

Registro de imagens do
instrumento vistoriado, com ou sem
conectividade com a internet, de
forma rápida, fácil e confiável.

Acesso a informações de latitude,


longitude, data e horário do
registro da imagem vinculada
ao instrumento fiscalizado.

A foto tirada pelo fiscal


recebe uma marcação única,
garantindo mais integridade.

Fonte: CEPED/UFSC (2023).

Veja a seguir o que é necessário possuir para operacionalização das funções do


menu “Acompanhamento e Fiscalização”, no caso do:

Repassador
É necessário possuir o perfil “Fiscal do Concedente”, devendo
estar vinculado ao instrumento para o qual está designado a fazer
o acompanhamento e monitoramento por meio de uma das
funcionalidades do Transferegov.br.

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Recebedor
É necessário possuir o perfil “Fiscal do Convenente”, porém sem a
necessidade de vinculação ao instrumento.

Lembre-se que o ato de monitoramento e avaliação ocorre durante toda a fase de


execução (período de vigência) dos instrumentos.

Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!

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Referências

BRASIL. Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Transferegov.br,


Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://portal.transferegov.sistema.gov.br/portal/
home. Acesso em: 1 fev. 2023.

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Unidade 2: Menu: Acompanhamento e Fiscalização

Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade, você será capaz de operacionalizar as funcionalidades de


monitoramento e avaliação presentes no Transferegov.br, como: cadastrar e vincular
fiscais e supervisores; incluir relatório de acompanhamento do termo de fomento ou de
colaboração; incluir pedido de esclarecimento; e demais ações pertinentes.

2.1 Funcionalidades: Cadastrar e Vincular Fiscais (Perfil Repassador)

Agora chegou a hora de conhecer o menu dedicado ao acompanhamento e


fiscalização do Transferegov.br e as suas principais funcionalidades.

De acordo com a disposição normativa, a designação do gestor da parceria é realizada


no momento da celebração e formalização da parceria. Indicado o gestor, no menu
“Acompanhamento e Fiscalização” o repassador deve cadastrá-lo (caso ele ainda
não esteja cadastrado) a partir da opção “Cadastrar” – “Fiscais e Supervisores” e,
posteriormente, vinculá-lo ao instrumento de repasse.

Além do gestor da parceria estar devidamente cadastrado no Transferegov.br e


possuir o perfil de “Fiscal do Concedente”, o seu cadastro e vinculação no menu de
“Acompanhamento e Fiscalização” abre um leque de possibilidades no referido
menu, como a geração de relatório de acompanhamento, agendamento de visita
in loco, solicitação de esclarecimentos, utilização do aplicativo Fiscalização +Brasil,
entre outras possibilidades.

O passo a passo para realizar o cadastro e a vinculação é bem simples, conforme


você verá a seguir

Passo 1
Dentro do instrumento para o qual se pretende fazer a vinculação de
um fiscal, basta acessar a opção “Cadastrar – Fiscais e Supervisores”
no menu “Acompanhamento e Fiscalização”.

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Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu
”Acompanhamento e Fiscalização” - ”Cadastrar Fiscais, Supervisores e Terceiros“.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Passo 2
Digite o CPF do fiscal, clique em “Incluir” e preencha as informações
de cadastro solicitadas pelo sistema, para então clicar em “Salvar”.

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu ”Acompanhamento


e Fiscalização” - ”Cadastrar Fiscais, Supervisores e Terceiros“, incluir fiscal.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Passo 3
O próximo passo é realizar a vinculação do fiscal ao instrumento para
qual ele está designado a fazer o acompanhamento e monitoramento.
Para isso, basta acessar a opção “Vincular – Fiscais, Supervisores e
Terceiros” e clicar em “Vincular novo”.

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu


”Acompanhamento e Fiscalização” - ”Vincular Fiscais, Supervisores“.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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Passo 4
Preencha o CPF, valide-o, preencha as informações solicitadas pelo
sistema e então clicar em “Salvar”.

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu “Acompanhamento


e Fiscalização” - “Vincular Fiscais, Supervisores e Terceiros”, incluir fiscal. Inclusão.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

O cadastramento de um “fiscal” do repassador, função representada pelo gestor


de parceria, no menu de “Acompanhamento e Fiscalização” deve ser realizado
apenas uma vez. Após um primeiro cadastramento, basta fazer a vinculação do
gestor de parceria aos instrumentos para os quais ele tenha sido designado, sem
a necessidade de cadastrá-lo novamente.

Lembre-se que o recebedor não precisa realizar a vinculação da pessoa


responsável pelo monitoramento ao instrumento. Para que este
gestor de parceria atue no Transferegov.br e no aplicativo Fiscalização
+Brasil, basta que ele tenha o perfil de fiscal do convenente.

Agora que você já viu como o repassador vincula o gestor de parceria ao instrumento,
a seguir você conhecerá um pouco mais sobre outras funcionalidades do menu de
“Acompanhamento e Fiscalização”.

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2.2 Funcionalidades: Relatório Convênio – Acompanhamento
(Perfil Repassador)

O gestor da parceria que realiza o monitoramento e avaliação da execução do ins-


trumento, seja técnico ou financeiro, pode gerar o seu relatório de acompanhamen-
to diretamente no Transferegov.br a partir do menu “Acompanhamento e Fiscali-
zação”, na opção “Relatório Convênio - Acompanhamento”.

Atenção! Apesar de o sistema apresentar a nomenclatura “convênio” (no menu),


considera-se que o relatório gerado será relacionado ao instrumento que serve de
objeto de estudo para este curso, ou seja, o termo de fomento ou de colaboração,
conforme o caso. Observe na imagem a seguir:

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu


”Acompanhamento e Fiscalização” - ”Relatório Convênio - Acompanhamento“.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

As informações a serem preenchidas correspondem a diversos parâmetros de


perguntas a serem respondidas pelo gestor de parceria, assim como a observações
a serem incluídas, se necessário, conforme a possibilidade de análise sobre o
andamento da execução do instrumento (percentual já executado etc.), de acordo
com a função do fiscal cadastrado.

Caso se trate de acompanhamento da execução física do instrumento,


aparecerão abas como “Questionário Físico”, “Crono Físico”, “PAD
Físico”, entre outras abas.

Caso se trate do acompanhamento e monitoramento financeiro do


instrumento, aparecerão abas como “Questionário Financeiro”,
“PAD Financeiro”, entre outras abas.

Durante o preenchimento do relatório de acompanhamento, o repassador poderá


incluir, em sua conclusão, eventuais constatações identificadas na execução, bem
como incluir recomendações a serem atendidas/esclarecidas pelo recebedor.

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49
Assista à videoaula a seguir, e veja o passo a passo sobre a inclusão do relatório de
acompanhamento de um instrumento.

Videoaula: Inclusão do Relatório de Acompanhamento do Instrumento

2.3 Funcionalidades: Esclarecimento (Perfis Repassador e Recebedor)

A partir da realização da atividade de monitoramento e avaliação por parte do repassador


podem surgir necessidades de esclarecimentos a serem prestados pelo recebedor.

Ante qualquer descumprimento das obrigações dispostas em relação às


competências e responsabilidades do recebedor, ele poderá ser obrigado a prestar
esclarecimentos ao repassador. É importante seguir as orientações descritas no
normativo referente à política pública a qual está sendo executada.

Recebida a resposta, o repassador vai analisar e dizer se aceita ou se rejeita o


esclarecimento do recebedor. Caso a decisão seja de rejeição, é obrigatório que o
repassador inclua uma justificativa para fundamentar sua posição.

Para que o repassador inclua um pedido de esclarecimento, ele deve acessar a opção
“Esclarecimentos”, no menu de “Acompanhamento e Fiscalização”, conforme
destacado na imagem. É importante seguir essa orientação para garantir que a
solicitação seja feita corretamente e de acordo com o procedimento estabelecido.

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Menu


”Acompanhamento e Fiscalização” - ”Esclarecimentos“.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Aprofunde seus conhecimentos neste passo a passo operacional! Assista à


videoaula sobre a inclusão de esclarecimento pelo repassador e saiba também
como o recebedor pode responder ao esclarecimento.

Videoaula: Inclusão de Esclarecimentos pelo Repassador

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50
2.4 Demais Funcionalidades do Menu: Acompanhamento e
Fiscalização (Perfil Repassador)

Existem ainda outras funcionalidades que podem ser utilizadas pelo gestor de
parceria do repassador. Destacam-se algumas como:

“Agendar” – “Fiscais e Supervisores”


É a possibilidade de realizar o agendamento de visita in loco, caso
ela seja realizada, informando data da visita, quem irá acompanhar o
fiscal do repassador na visita etc.

“Minha Agenda” – “Fiscais e Supervisores”


É a agenda com as visitas in loco programadas e que foram
cadastradas na opção anterior.

“Mensagens de Acompanhamento”
Traz todas as mensagens dos instrumentos ao qual o perfil logado
está vinculado como fiscal.

“Relatório Fotográfico”
São as fotos tiradas com o aplicativo Fiscalização +Brasil e sincronizadas
para o Transferegov.br (as fotos são georreferenciadas).

É importante destacar que todas as informações incluídas pelo gestor de parceria


do repassador em agendamento de visita, relatório de acompanhamento,
esclarecimentos, entre outros documentos, podem ser visualizadas pelo recebedor.

Na opção “Mensagens de Acompanhamento”, elas serão direcionadas ao recebedor


como mensagem de pedido de esclarecimento recebido, respostas efetuadas, entre
outras modalidades de respostas.

Como você pode perceber, várias informações tramitarão no sistema até que,
finalmente, o recurso esteja disponível e apto a ser liberado.

Que bom que você chegou até aqui! Está na hora de você testar os seus conhecimentos.
Então acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!

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51
Referências

BRASIL. Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Transferegov.br,


Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://portal.transferegov.sistema.gov.br/portal/
home. Acesso em: 1 fev. 2023.

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Módulo

5 Relatórios de Execução

Neste módulo você vai aprender o que são os relatórios de execução, como
elaborar e gerar esses relatórios e o fluxo de análise e aprovação tanto pelo
recebedor como pelo repassador.

Unidade 1: Noções Gerais sobre Relatórios de Execução

Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade você será capaz de identificar os tipos de relatórios de execução,
compreendendo como o recebedor inclui e aprova o relatório, além de aprender como o
repassador analisa os relatórios de execução.

Os relatórios de execução marcam o início da prestação de contas, porém pertencem


à etapa de execução por serem pré-requisitos para que a prestação de contas final
seja realizada e enviada para análise do repassador.

Os relatórios de execução devem ser emitidos ao final da vigência


dos instrumentos, conforme a necessidade de caracterização da
execução física e financeira do objeto do instrumento. Contudo, seja
por motivo de desbloqueio de recursos ou de prestações de contas
parciais, há casos em que os relatórios podem ser solicitados pelo
repassador durante a vigência do instrumento, com a finalidade de
caracterização do que está sendo executado durante o período em
questão (o que não isenta o recebedor da emissão de relatórios ao
final do período de vigência do instrumento).

Para que os relatórios de execução sejam gerados e analisados pelo recebedor no


Transferegov.br, é necessário ter um dos perfis abaixo:

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• Gestor de Convênios do Convenente

• Gestor Financeiro do Convenente

• Fiscal do Convenente

E para que o repassador analise e aprove ou realize o pedido de complementação


ou rejeição dos relatórios de execução, é necessário possuir algum dos seguintes
perfis no Transferegov.br:

• Fiscal do Concedente

• Gestor de Convênios do Concedente

• Gestor Financeiro do Concedente.

Na prática, os relatórios de execução marcam o final dos lançamentos de processos de


execução, contratos, documentos de liquidação e pagamentos de responsabilidade do
Gestor Financeiro, sejam referentes ao tempo total da vigência ou a períodos parciais
ao longo da vigência (no último caso, apenas quando solicitado pelo repassador).

1.1 Tipos de Relatórios de Execução

A aba “Relatórios de Execução” pode ser acessada por meio de dois caminhos.

Opção “Relatórios de Execução”


No menu principal “Execução”, na opção “Relatórios de Execução”.

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegovbr –


Menu ”Execução” - opção ”Relatórios de Execução“.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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Opção Execução Recebedor
Na aba “Execução Recebedor”, na subaba “Relatórios de Execução”.

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br –


Aba “Execução Recebedor” – Subaba “Relatórios de Execução”.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Quando você acessar a aba, verá que há o botão “Elaborar novo Relatório”. Após
clicar nesse botão, selecione o tipo de relatório que deseja elaborar. Há diversos tipos
de relatório de execução disponíveis no módulo de “Transferências Discricionárias
e Legais” do Transferegov.br, são eles:

• Beneficiários

• Receita e Despesa do Plano de Trabalho

• Treinados ou Capacitados

• Bens Produzidos ou Construídos

• Bens Adquiridos

• Serviços Contratados

• Bens e Serviços de Obra

• Despesas Administrativas

• Físico do Plano de Trabalho

• Financeiro do Plano de Trabalho

• Bens e Serviços de Contrapartida

• Pagamentos Realizados

• Documento de Liquidação Incluídos

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55
Os relatórios a serem gerados deverão corresponder ao tipo de objeto executado.

Por exemplo, se na execução do instrumento estava


prevista a realização de capacitações, o relatório treinado
ou capacitado deverá ser elaborado. Caso houvesse
serviços a serem prestados, o relatório de serviços
contratados deveria ser gerado, e assim sucessivamente.

Poderão ser gerados diversos tipos de relatórios, conforme a necessidade.


Porém, é importante ressaltar que o relatório Físico do Plano de Trabalho é
obrigatório para que o recebedor consiga realizar a sua prestação de contas e
enviá-la para a análise do repassador.

Independentemente da geração dos relatórios de Pagamentos Realizados e


Financeiro do Plano de Trabalho, quando o instrumento entra em situação de
Aguardando a Prestação de Contas, esses relatórios são gerados automaticamente
pelo Transferegov.br.

Quando o instrumento entra na situação “Aguardando a Prestação


de Contas”, seja pelo fim do prazo de vigência ou pela antecipação
da prestação de contas por cumprimento do objeto, o Transferegov.
br gera automaticamente o relatório Financeiro e de Pagamentos,
independentemente de já ter sido gerado pelo recebedor.

1.2 Inclusão, Envio e Análise de Relatório de Execução

Quando você gera um relatório de execução com o perfil de fiscal do convenente e


o envia para aprovação, ele fica na situação “Em análise pelo recebedor”, pois este
relatório passa por uma dupla análise, interna ao órgão recebedor.

Ou seja, o relatório de execução passa pela análise do fiscal do convenente que o


gerou e incluiu as suas observações (caso necessárias), como também passa pela
análise do repassador, após a sua aprovação pelo usuário com o perfil de gestor de
convênio do convenente ou gestor financeiro do convenente.

Para você aprender a incluir um relatório de execução e realizar uma aprovação


como recebedor, assista à videoaula e aprenda como incluir e aprovar um relatório
de execução pelo perfil do recebedor.

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Videoaula: Inclusão do Relatório de Execução pelo Recebedor

Quando o repassador analisa o relatório de execução, este relatório também passa


por um duplo grau de análise – o usuário com o perfil de fiscal do concedente
procede à sua análise com a inserção de informações resultantes de seu exame.

Já o usuário com o perfil de gestor de convênios do concedente ou gestor financeiro


do concedente procede à análise final, decidindo sobre a aprovação ou rejeição do
relatório, ou mesmo pedindo a retificação do relatório ao recebedor.

Para você aprender a incluir a análise do relatório de execução como repassador,


assista à videoaula e aprenda o passo a passo.

Videoaula: Inclusão da Análise do Relatório de Execução pelo Repassador

Como você pode perceber, várias informações tramitarão no sistema até que,
finalmente, o recurso esteja disponível e apto a ser liberado. Até aqui, você aprendeu
a preparação para execução, passando pelas etapas de:

• regularização da conta bancária;

• vinculação do ordenador de despesa;

• inclusão de um processo de execução; e

• análise e aceite da licitação.

Que bom que você chegou até aqui! Está na hora de você testar os seus conhecimentos.
Então acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!

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Referências

BRASIL. Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Transferegov.br,


Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://portal.transferegov.sistema.gov.br/portal/
home. Acesso em: 1 fev. 2023.

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Módulo

6 Instrumentos Aditivos e de Ajuste

Neste módulo do curso você vai conhecer a operacionalização no Transferegov.br


em relação a possíveis ajustes e inclusão de termos aditivos que podem ocorrer
durante a execução de um instrumento.

Unidade 1: Ajustes e Termos Aditivos

Objetivo de aprendizagem

Ao final desta unidade, você será capaz de compreender como o recebedor realiza os ajustes
do Plano de Trabalho para a análise do repassador. Você também vai aprender os aspectos
gerais sobre o Termo Aditivo e como se dá a solicitação de inclusão do Termo pelo recebedor.

Quando, por qualquer motivo, ocorrer a modificação da forma como as ações de


execução do instrumento foram planejadas, haverá também a necessidade de
registrar as alterações do planejamento das ações de execução no Transferegov.
br. Dentro do prazo de execução, essas alterações podem ser feitas sempre que
necessárias, uma vez atendidas as condições determinadas.

O gestor da parceria deverá cuidar da execução, promovendo as alterações sempre


que necessário, devendo observar o regramento do Art.43, do Decreto 8.726/2016:

Art. 43. O órgão ou a entidade da administração pública federal poderá


autorizar ou propor a alteração do termo de fomento ou de colaboração ou
do plano de trabalho, após, respectivamente, solicitação fundamentada da
organização da sociedade civil ou sua anuência, desde que não haja alteração
de seu objeto, da seguinte forma:

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I. por termo aditivo à parceria para:
a) ampliação de até trinta por cento do valor global;
b) redução do valor global, sem limitação de montante;
c) prorrogação da vigência, observados os limites do art. 21; ou
d) alteração da destinação dos bens remanescentes; ou

II. por certidão de apostilamento, nas demais hipóteses de alteração, tais como:
a) utilização de rendimentos de aplicações financeiras ou de saldos porventura
existentes antes do término da execução da parceria;
b) ajustes da execução do objeto da parceria no plano de trabalho; ou
c) remanejamento de recursos sem a alteração do valor global.

§ 1º Sem prejuízo das alterações previstas no caput, a parceria deverá ser


alterada por certidão de apostilamento, independentemente de anuência da
organização da sociedade civil, para:

I. prorrogação da vigência, antes de seu término, quando o órgão ou a entidade da


administração pública federal tiver dado causa ao atraso na liberação de recursos
financeiros, ficando a prorrogação limitada ao exato período do atraso verificado; ou
II. indicação dos créditos orçamentários de exercícios futuros.

§ 2º O órgão ou a entidade pública deverá se manifestar sobre a solicitação de


que trata o caput no prazo de trinta dias, contado da data de sua apresentação,
ficando o prazo suspenso quando forem solicitados esclarecimentos à
organização da sociedade civil.

§ 3º No caso de término da execução da parceria antes da manifestação sobre


a solicitação de alteração da destinação dos bens remanescentes, a custódia
dos bens permanecerá sob a responsabilidade da organização da sociedade
civil até a decisão do pedido.

Dado o fato de que os processos de ajuste implicam em ações diversas – tanto por
parte do repassador como do recebedor – e podem demandar muito tempo, fica
clara a importância de uma proposta e um Plano de Trabalho bem elaborados, que
permitam a execução do instrumento sem a necessidade de mudanças.

1.1 Ajuste de Plano de Trabalho pelo Recebedor

São permitidos ajustes no Plano de Trabalho nas situações em que não haja a necessidade
de Termo Aditivo. As alterações deverão ser registradas por meio de apostilamento.

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Os ajustes realizados durante a execução do objeto integrarão o
Plano de Trabalho, desde que submetidos e aprovados previamente
pela autoridade competente. Os ajustes que não implicam alteração
do valor, da vigência ou do objeto do instrumento celebrado podem
ser qualificados como ajuste do Plano de Trabalho.

O órgão ou a entidade da administração pública federal poderá autorizar ou propor


a alteração do termo de fomento ou de colaboração ou do Plano de Trabalho, após,
respectivamente, solicitação fundamentada da OSC (via ofício) ou da sua anuência.

O Decreto nº 8.726/2016, no artigo 43, estabelece as seguintes hipóteses de


ajustes por apostilamento:

• utilização de rendimentos de aplicações financeiras ou de saldos


porventura existentes antes do término da execução da parceria;

• ajustes da execução do objeto da parceria no plano de trabalho; ou

• remanejamento de recursos sem a alteração do valor global.

Independentemente de anuência da OSC, a parceria deverá ser alterada por


certidão de apostilamento para:

• prorrogação da vigência, antes de seu término, quando o órgão ou a


entidade da administração pública federal tiver dado causa ao atraso
na liberação de recursos financeiros, ficando a prorrogação limitada ao
exato período do atraso verificado; ou

• indicação dos créditos orçamentários de exercícios futuros.

A solicitação de ajuste realizada pela OSC será registrada por apostilamento pelo
órgão concedente/repassador, de acordo com os seguintes passos:

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Clique na aba “Execução Concedente”:

“Execução Concedente”.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Clique em “Apostilamentos” e em seguida


no botão “Incluir Apostilamentos”:

”Apostilamentos”.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Preencha os dados do apostilamento, inserindo


o número do apostilamento.

“Dados do Apostilamento”.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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Anexe o arquivo:

“Anexar arquivo”.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Preencha os campos de “Objeto da Alteração”,


“Justificativa” e insira Lei nº 13.019/2014 e/ou Decreto
nº 8.726/2016 no campo “Fundamento Legal”:

Objeto da Alteração”, “Justificativa” e “Fundamento Legal”.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Indique o tipo de apostilamento, a ação desejada e anexe o


ofício de solicitação enviado pela OSC e clique em “Salvar”.

“Tipo de Apostilamento”, “Ação Desejada” e “Anexo”.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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63
Após o a realização do apostilamento, os ajustes do Plano de Trabalho seguem
os passos demonstrados na imagem a seguir:

Os principais passos relacionados ao ajuste do Plano de Trabalho.


Fonte: SEGES (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023)

Antes de solicitar um ajuste, o recebedor identifica a necessidade de ajustar o


Plano de Trabalho (seja no Cronograma Físico, no Cronograma de Desembolso
e/ou no Plano de Aplicação Detalhado).

Ao acessar a subaba “Ajustes do Plano de Trabalho” (dentro da aba “Execução


Recebedor”), utilizando o perfil de gestor de convênio do convenente, selecione a
opção “Incluir Solicitação de Ajuste do Plano de Trabalho”, para que o sistema
exiba a tela de solicitação do ajuste, conforme mostra a figura a seguir:

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br –


Aba “Execução Convenente” – Subaba “Ajuste do Plano de Trabalho”.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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Sempre que houver uma figura de exclamação, o sistema apresentará alguma
informação importante. Basta clicar na interrogação para exibir a dica e clicar
novamente para escondê-la.

Enquanto houver uma solicitação de ajuste do Plano de Trabalho sendo


criada ou em análise pelo repassador, não será possível incluir outra.
Além disso, a execução do instrumento ficará bloqueada no sistema.

Quando o repassador analisar as alterações solicitadas, levando em consideração o


que foi pactuado e a justificativa apresentada pelo recebedor sobre a necessidade
de ajuste, ele poderá aprovar a realização de ajuste ou rejeitá-la.

Caso o repassador aprove a realização do ajuste, a situação passará a ser “Autorizado


(aguardando execução do ajuste)”.

Se o ajuste solicitado pelo recebedor envolver o Plano de Aplicação Detalhado, após


a autorização de ajuste, o repassador deverá ir na subaba “Plano de Aplicação
Detalhado” e colocar o(s) respectivo(s) item(ns) em complementação, de modo que
o recebedor consiga realizar as adequações autorizadas.

Assista ao vídeo tutorial com o passo a passo de solicitação de ajuste do Plano


de Trabalho pela OSC.

Videoaula: Solicitação de Ajuste do Plano de Trabalho pelo Recebedor

É a partir desse ponto que os respectivos ajustes no Plano de Trabalho poderão


ser feitos por parte do recebedor, que terá acesso às abas do Plano de Trabalho
escolhidas para realizar as alterações necessárias.
Após a realização de todas as alterações no Plano de Trabalho, ele deverá ser
enviado para análise e aprovação do órgão repassador. O repassador irá analisar se
os ajustes foram realizados e assim realizar a aprovação.

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública


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Assista ao vídeo tutorial com o passo a passo de análise dos ajustes do Plano de
Trabalho pelo repassador.

Videoaula: Análise de Ajuste do Plano de Trabalho pelo Repassador

O repassador vai analisar se os ajustes foram realizados conforme autorizados


para aprovação. Após realizar a aprovação, a situação da solicitação será
alterada para Ajustado e Aprovado.

Caso tenham sido feitas alterações no Plano de Aplicação Detalhado, antes de


fazer a aprovação final do ajuste do Plano de Trabalho o repassador deve registrar
a análise dos itens alterados, a fim de aprová-los ou não.

Assista à videoaula sobre o passo a passo da aprovação do Plano de Trabalho


pelo repassador.

Videoaula: Aprovação de Ajuste do Plano de Trabalho pelo Repassador

1.2 Termo Aditivo

Na medida em que os instrumentos de transferência discricionárias são baseados em


normas vigentes, é preciso que a sua execução observe tanto as cláusulas previstas
no instrumento celebrado como as cláusulas previstas no conjunto de normas que
regem as relações contratuais da administração pública. Por isso, é fundamental
conhecer as vedações gerais aplicáveis a cada caso.

Acima de tudo, é evidente que o instrumento precisa manter a integridade do objeto,


não sendo permitida a sua alteração com base em legislação superveniente, pois a
mudança no objeto pactuado representaria, na verdade, uma nova relação jurídica.

Nos casos em que houver a necessidade de mudanças


pontuais no instrumento que impliquem alteração em
alguma das cláusulas pactuadas, como, por exemplo,
a ampliação do tempo de vigência para conclusão do
objeto, será necessário solicitar ao repassador a
realização de Termo Aditivo (TA).

Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública


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O Termo Aditivo é mais conhecido como TA, e, para realizá-lo, o
instrumento tem que estar assinado, publicado e empenhado. Esta
solicitação poderá ser cumprida pelo recebedor por meio da subaba
“TAs”, dentro da aba “Execução Recebedor”, pelo usuário com o perfil
de gestor de convênios do convenente.

Por meio do termo aditivo, é possível alterar:

• ampliação de até trinta por cento do valor global;

• redução do valor global, sem limitação de montante;

• prorrogação da vigência;

• alteração da destinação dos bens remanescentes.

Atenção! Enquanto houver uma solicitação de TA sendo criada ou em análise pelo


repassador, não será possível incluir outra solicitação de mesmo tipo. Além disso,
a execução do instrumento ficará bloqueada no sistema durante a análise do TA.

Lembre-se que o recebedor inclui apenas a solicitação de TA! O TA propriamente


dito, a ser publicado no Diário Oficial da União, será incluído pelo repassador.

O repassador vai analisar o mérito da solicitação e incluir seu parecer, caso aceite as
alterações solicitadas, ele fará a inclusão do TA no sistema.

Quando isso for feito, ao acessar a aba “TAs” você verá que há um novo TA
cadastrado. O repassador poderá liberar os campos para alteração do Plano
de Trabalho por parte do recebedor ou realizar as alterações por ele mesmo,
conforme você pode ver na imagem a seguir:

Módulo ”Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Ajuste do Termo Aditivo.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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Caso a situação do TA seja “Em ajustes pelo recebedor”, o recebedor poderá
realizar as alterações pactuadas no Plano de Trabalho a partir do perfil de Gestor
de Convênios do Recebedor, nos campos específicos que serão liberados de acordo
com o tipo de TA cadastrado pelo repassador.

Contudo, se os ajustes forem realizados pelo próprio repassador, após fazê-los,


o repassador publicará o TA no Diário Oficial da União e o enviará para o SIAFI
(se necessário), para só então o instrumento voltar à sua execução normal e dar
continuidade aos processos de execução e pagamentos.

Para aprender a incluir uma solicitação de realização de Termo Aditivo pelo


recebedor, veja o passo a passo a seguir,

Na aba “TAs”, clique no botão “Incluir Solicitação de Alteração”,


conforme mostra a figura.

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Ajuste do Termo Aditivo.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

O sistema exibirá alguns dados do instrumento e os campos “Objeto da


Alteração” – que deverá ser preenchido com o detalhamento do que
se pretende alterar no instrumento – e “Justificativa” – que deve ser
utilizado para expor as razões pelas quais há a necessidade da alteração
proposta. Após registrar as informações, clique no botão “Salvar”.

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Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Ajuste do Termo Aditivo.
Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Como é possível observar, diferentemente do ajuste do Plano de Trabalho,


o Termo Aditivo não solicita marcação de abas a serem alteradas, pois
as abas da proposição e os campos passíveis de alteração ficam abertos
para o registro das alterações necessárias, caso o repassador aceite a
solicitação.

Após clicar no botão “Salvar”, o sistema exibirá a mensagem “Solicitação


de alteração cadastrada com sucesso”, e a situação da solicitação será
registrada como “Cadastrada”.

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Ajuste do Termo Aditivo.


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

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Ainda será possível realizar alterações na solicitação, clicando no
botão “Editar”, e excluir a solicitação, clicando no botão “Excluir”.
Será exibido, também, o botão “Enviar para Análise”, que deverá
ser clicado quando todas as informações sobre a solicitação de
alteração estiverem completas.

O sistema exibirá a mensagem de confirmação “Solicitação de


alteração enviada para análise com sucesso”, e a situação
mudará para “Em Análise”. A partir desse momento, você deve
estar atento à resposta do repassador.

Módulo “Transferências Discricionárias e Legais” do Transferegov.br – Ajuste do Termo Aditivo


Fonte: Brasil (2023). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).

Como você pode perceber, várias informações tramitarão no sistema até que,
finalmente, o recurso esteja disponível e apto a ser liberado.

Que bom que você chegou até aqui! Está na hora de você testar os seus conhecimentos.
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Referências

BRASIL. Decreto nº 8.726, de 27 de abril de 2016. Regulamenta a Lei nº 13.019, de 31 de


julho de 2014, para dispor sobre regras e procedimentos do regime jurídico das parcerias
celebradas entre a administração pública federal e as organizações da sociedade civil.
Brasília, DF: Presidência da República. 2016. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/d8726.htm. Acesso em: 1 fev. 2023.

BRASIL. Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime jurídico das


parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em
regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em
termos de fomento ou em acordos de cooperação; define diretrizes para a política
de fomento, de colaboração e de cooperação com organizações da sociedade civil;
e altera as Leis nºs 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999.
(Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015). Brasília, DF: Presidência da República.
2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/
l13019.htm. Acesso em: 1 fev. 2023.

BRASIL. Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Transferegov.br,


Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://portal.transferegov.sistema.gov.br/portal/
home. Acesso em: 1 fev. 2023.

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