Fichamento 2-1

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Fichamento 2

Referência: KALLAS, Marília Brandão Lemos de Morais. O sujeito contemporâneo, o


mundo virtual e a psicanálise. Reverso, Belo Horizonte, Jun. 2016.

Título do Texto

O sujeito contemporâneo, o mundo virtual e a psicanálise

Objetivo do texto

A autora vai abordar com viés psicanalítico, como as mudanças do mundo, e principalmente
o mundo virtual, traz novos modos e meios de mal estar, que devem ser tratados pela
psicanálise. Portanto, sobre essa ótica, ela diz que é necessário uma mudança na clínica
psicanalítica, para abordar essas questões.

Conceitos chaves

A autora vai falar sobre várias coisas, como o sujeito contemporâneo, o mundo virtual e o
mal estar, mas vai focar nos novos sintomas que vem dessas coisas e dessa mudança, pois
mudam nosso modo de ser e estar no mundo. A partir disso, ela perpassa por como se tem
o pensamento e a linguagem na atualidade, que se tem um empobrecimento ao ser falada,
sem um real sentido, e sim só jogado fora,e fala por fim, ela fala da pulsão de morte, da
angústia e do trauma

Principais informações do texto

Primeiramente ela fala em como a subjetividade nossa é influenciada por essas mudanças
e essa nova ótica. Ela também fala do nosso modus vivendi, que foi influenciado pelo
mundo virtual.
Outro aspecto a ser considerado, é que a Internet e as redes sociais permitiram a exposição
de pensamentos, bons ou não, perversos ou fantasiosos e até mesmo sobre a morte.
Assim, os meios sociais é um estímulo psicótico para o sujeito, pois opera de jeito
imprevisível.
Em relação aos nosso desejos, a Internet pode tornar-nos viciantes, pois não existe uma
espera, ou uma modulação para chegar ao desejo, ele é imediato, além de ser um meio de
evasão da realidade, assim evitando coisas ou situações desagradáveis. Assim, o mundo
virtual possibilita a pessoa a criar um avatar, seja em um jogo, uma rede social ou até um
site de namoro, que o permite se distanciar da sua noção do EU.

A autora depois postula que esse imediato tira as cadeias verticais de controle, pois
passando a esta todos em uma mesma posição horizontal, onde as pessoas são entregues
aos seus próprios desejos e intensidades.
Segundo Birman, o mal-estar é caracterizado por três tópicas: o corpo, a ação e as
intensidades.
O corpo é onde o mal-estar se expressa, a ação diz respeito à nossa compulsão, seja por
Internet, violência, sexo ou jogos e por fim a intensidade, que são os excessos que
impulsionam a ação, que quando não é alcançada, gera uma angústia.
O texto também fala em um empobrecimento da linguagem, onde simplesmente falamos, ou
postamos coisas que sentimos na Internet, mas não necessariamente colocamos sentido
naquilo, o que é fálico.

Portanto, os "novos sintomas" são uma expressão mais direta das pulsões, ao contrário do
sintoma clássico, que seria disfarçado de desejo.

Conclusões do autor

Para o autor, a psicanálise atual não se torna menos efetiva ou ultrapassada, mas tem sim
uma necessidade de fazer uma releitura clínica do trauma e da pulsão de morte.
Para o autor, se o psicanalítico atual, se basear só no conflito psíquico e no recalque, não
será possível tratar o sujeito contemporâneo, pois o psicanalítico teve estar atento e aberto
a comportamentos, tons de voz, gestos e até os olhares. Assim, o autor conclui dizendo que
devemos tratar os sujeitos contemporâneos com uma psicanálise embasada voltada pro
mundo de hoje, dirigindo nosso olhar para a cultura e o que ela produz.

Conclusões pessoais

Foi incrível, é um texto que eu acho que todo mundo deveria ler, pois me proporcionou um
olhar sobre mim mesmo, ao ser um desses, além de observar o mundo atual e ver como
alguns sujeitos vão além, assim realmente sendo necessário uma mudança de olhar para o
entendermos. Assim, o texto me mostrou também como o modo que vivemos, e o que a
Internet nos proporciona, mudou alguns conceitos nossos, como o desejo que passa a ser
viciante e a nossa linguagem, que passa a ser defasada, e entre outras coisas que foram
interessantes. Portanto, foi enriquecedor para minha formação, pois me permite passar a
olhar outros aspectos do sujeito para os tratar.

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