4 - Apostila III - Prova Brasil - VERSÃO ALUNO
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Tópico V e VI
9º ANO
TÓPICO V
RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO.
D16 – IDENTIFICAR EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM TEXTOS VARIADOS.
Leia o texto. Leia o texto.
Disponível em:
Disponível em: <http://pabloportfolio.files.wordpress.com/2008/07/snoopy-2.jpg>.
<http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira115.htm>. Acesso Acesso em: 20 set. 09.
em: 26 jun. 2010.
QUESTÃO 03. (SAEPE)
QUESTÃO 01. (SAEPE)
O humor desse texto está centrado no último quadrinho,
Esse texto é engraçado, porque a menina
porque
(A) ansiava por encontrar um pipoqueiro conhecido.
(A) Lino dá outro sentido à fala do amigo.
(B) arrependeu-se de ter beijado o sapo.
(B) Lino e seu amigo desistem de discutir o assunto.
(C) considerava-se madura demais para acreditar em
(C) Lino está desatento à pergunta do amigo.
príncipes.
(D) o amigo demonstra impaciência com Lino.
(D) esperava que a surpresa fosse algo ligado à comida.
Leia o texto. Leia o texto.
Anedotinha Pônei glutão
Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí, cansou de Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né?
andar, sentou-se numa cadeira belíssima que estava no centro Algumas, no entanto, exageram nos doces, frituras e
da sala. guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, de 4 anos de
Veio o guarda: idade.
– Meu filho, não pode sentar nesta cadeira, não. Esta A única diferença é que Magic não é uma criança, mas sim
cadeira é de Pedro I. um pônei. Magic é viciado em comer macarrão instantâneo! O
E o Juquinha: vício começou quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou
– Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto! um macarrão instantâneo de frango com cogumelos e deixou o
pote no chão para esfriar.
ZIRALDO. Mais anedotinhas do bichinho da maçã. p.
7-8. Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A partir daquele
dia, o vício só aumentou. Outro vício que o pequeno pônei
QUESTÃO 02. (SAEPE) sustenta é tomar suco de laranja.
O humor desse texto está na Disponível em:
(A) atitude de Juquinha. <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-
(B) descrição da cadeira. glutao>. Acesso em: 4 jan. 2012.
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QUESTÃO 08. (SAEPE) Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim,
Nesse texto, há um traço de humor no trecho: deixemos em todos os lugares este recado simples e vago: –
(A) ―Levantei-me, corri a pegar o giz,...‖. Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
(B) ―Ele me olhou agradecido, o rosto cansado.‖. Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e
(C) ―É o que dá a gente querer ser legal.‖. perguntar: – Ele está? – alguém dará o nosso recado sem
(D) ―Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto.‖. endereço. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
Leia o texto.
morte vier, o recado será o mesmo: – Ele disse que ia tomar
um cafezinho...
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar
um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão: – Ele foi
tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí...
Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos
assim. A vida é complicada demais.
Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita
palavra. O melhor é não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós teremos
saído há uns cinco minutos para tomar um café. Vamos, vamos
tomar um cafezinho.
BRAGA, Rubem. Disponível em:
<http://www.velhosamigos.com.br/AutoresCelebres/Rubem%20Bra
ga/Rubem%20Braga1.html>. Acesso em: 17 fev. 2012.
Leia o texto. – Não tenho certeza, mas acho que era o Mendelssohn. Ou
Mendelssohn ou a Marcha fúnebre? Não, era Mendelssohn
mesmo.
– Mendelssohn, Mendelssohn... Acho que não conheço.
Canta alguma coisa dele aí.
– Ah, não posso, minha filha. Era o que o órgão tocava em
todos os casamentos no meu tempo.
– O nosso não vai ter órgão, é claro.
– Ah, não.
– Não. Um amigo do Varum tem um sintetizador eletrônico
e ele vai tocar na cerimônia. O Padre Juca já deixou. Só que
esse Mendelssohn, não sei não...
– É claro que no sintetizador não fica bem...
– Quem sabe alguma coisa do Queen...
– Quem?
– O Queen.
– Não é a Queen?
– Não. O Queen. É o nome de um conjunto, papai.
– Ah, certo. O Queen. No sintetizador.
– Acho que vai ser o maior barato!
– Só o sintetizador ou...
– Não. Claro que precisa ter uma guitarra elétrica, um baixo
Disponível em: <http://frasesilustradas.wordpress.com>
elétrico...
Acesso em: 10 maio 2010. – Claro. Quer dizer tudo bem tradicional.
– Isso.
QUESTÃO 12. (PAEBES) VERÍSSIMO, Luís Fernando. O casamento. In: Para
Nesse texto, há ironia na correlação entre gostar de ler. SP: Ática, 1994.
(A) o país – alguma coisa.
(B) descuidou – tratar. QUESTÃO 14. (SPAECE)
(C) meio ambiente – ambiente inteiro. O trecho que apresenta uma ironia é:
(D) se quiser – vai ter. (A) ―– Eu quero ter um casamento tradicional, papai.‖.
(B) ―– Quem sabe alguma coisa do Queen...‖.
Leia o texto. (C) ―Não. Claro que precisa ter uma guitarra elétrica,...‖.
(D) ―Claro. Quer dizer tudo bem tradicional.‖.
Leia o texto.
(http://www.sedur.ba.gov.br/arquivo_charges/charge.05.06.2007.html)
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Leia o texto. ―Claro que não! Vocês sabem fiar, tecer, costurar... Mas
não sabem empunhar uma espada e enfrentar o inimigo no
campo de batalha!‖.
―Pois vou lhe provar que está enganado!‖, a filha mais
velha declarou, ferida em seus brios. Depois de vestir uma
reluzente armadura, foi até o estábulo e escolheu um fogoso
cavalo de pelagem prateada e olhos faiscantes. Montou-o,
decidida e partiu.
O velho rei, que era mágico, transformou-se num grande
lobo cinzento e se escondeu sob a ponte por onde sua filha ia
Fonte: ZIRALDO. Menino Maluquinho.
passar. Quando a moça se aproximou, toda garbosa em seu
Disponível em: belo cavalo, o lobo saltou para a ponte, arreganhando os dentes
<http://www.meninomaluquinho.com.br/PaginaTirinha/>. e soltando um uivo assustador. Foi o bastante para arrepiar
Acesso em: out. 2008.
carreira a todo o galope.
QUESTÃO 29. (SARESP) Valendo-se de seus poderes mágicos, o rei num instante
No segundo quadrinho, o ponto de interrogação indica que a voltou ao palácio e esperou. Quando a filha chegou, ofegante
menina e apavorada, abraçou-a com carinho e disse: ―Obrigado pelo
(A) ficou alegre com que o Maluquinho falou. esforço, querida, mas mosca não produz mel‖.
(B) ficou com raiva do que o Maluquinho disse.
PHILIP, Neil. In: A volta ao mundo em 52 histórias. São
(C) quer dar uma opinião sobre a fala de Maluquinho. Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998, p. 94. Fragmento.
(D) quer saber o que Maluquinho quis dizer.
QUESTÃO 31. (SADEAM)
Leia o texto. No trecho ―Como poderia assegurar a paz de seu povo?‖, o
Lorotas de pescador sinal de interrogação denota
(Velha anedotinha) (A) desânimo.
João e José dois velhos amigos que gostavam de pescar, (B) medo.
comparavam suas proezas esportivas, como sempre um (C) raiva.
procurando superar o outro. (D) surpresa.
— Outro dia eu pesquei um bagre — disse João —, e nem Leia o texto.
queira saber, era o maior bagre que olhos mortais já viram.
Pesava pelo menos duzentos quilos. Pico da Neblina, Monte Pascoal, Dedo de Deus, Pico das
— Isso não é nada - respondeu José. — Outro dia eu estava Agulhas Negras... São muitos os nomes das montanhas. Estas
pescando, e adivinhe o que veio pendurado no meu anzol? que citamos são apenas uma amostra das mais famosas que
Uma lâmpada de navio, com uma data gravada nela: A.D. estão espalhadas pelo Brasil.
1392l Imagine só: cem anos antes da descoberta da América Os nomes dados aos elementos da paisagem tinham função
por Cristóvão Colombo. semelhante à de um mapa: serviam para indicar rotas de caça,
E não é só isso: dentro da lâmpada havia uma luz, e ela de água, de tipos de alimentos ou mesmo de abrigos referentes
ainda estava acesa! aos lugares por onde precisariam tornar a passar.
João olhou para a cara de José e ficou calado por um FARIA, Antonio Paulo. Ciência Hoje. 2 ed, n. 180, p. 07,
jul. 2007. Fragmento.
momento. Mas logo sorriu e disse:
— Olhe aqui, José, vamos entrar num acordo. Eu abato 198 QUESTÃO 32. (SAERJ)
quilos do meu bagre. E você apaga a luz da sua lâmpada, está Na primeira linha, as reticências (...) foram usadas para
bem? (A) citar uma montanha que é a mais famosa de todas.
BELINKY, Tatiana. Mentiras... e mentiras. São Paulo: (B) destacar algumas montanhas que o autor prefere.
Companhia das letrinhas, 2004. (C) indicar que há outras montanhas além daquelas citadas.
QUESTÃO 30. (SADEAM) (D) iniciar uma explicação ao leitor sobre as montanhas.
No trecho ―... e ela ainda estava acesa!‖, a exclamação sugere Leia o texto.
(A) coragem.
(B) emoção.
(C) respeito.
(D) valorização.
Leia o texto.
O príncipe dragão
Era uma vez um imperador que vivia conquistando países
alheios. A cada conquista, ele obrigava o rei derrotado a lhe
enviar um de seus filhos para servi-lo durante dez anos. Esse
era o preço da paz.
Um velho soberano resistiu por muito tempo aos exércitos
do imperador, mas também acabou se rendendo. Só que tinha
três filhas e nenhum varão. Como poderia assegurar a paz de
seu povo?
Vendo-o caminhar de um lado para o outro, as princesas
lhe perguntaram a causa de tamanha aflição.
O rei lhes contou tudo, concluindo com um suspiro:
―Ah, se eu tivesse um filho homem!‖. ―Somos mulheres, mas
não somos inúteis!‖, elas protestaram.
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Leia o texto.
Quero um brinquedo
[...] No Natal eu sinto uma dor mansa, saudade da infância
que não volta mais. Saudade do meu pai, armando o quebra-
cabeça com a gente... Saudade das tardes na praça das três
paineiras, carretilha na mão, pés no chão, papagaio no céu.
Saudade dos piões zunindo no ar e girando na terra...
A saudade me levou a abrir a porta do armário dos
brinquedos velhos. Lá estão todos eles, do jeito como os
deixei: silenciosos, eternos, fora do tempo. São como eram.
Brinquedos não envelhecem. Acordam do seu sono e me
olham espantados, ao notar as marcas do tempo no meu rosto.
E zombam de mim, com uma acusação: ―Bem feito! Esqueceu
da gente, parou de brincar, envelheceu de repente!‖ Mas logo
se apressaram a me consolar, vendo a minha tristeza: ―Mas pra
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Disponível em: <http://multirinhas.blogspot.com/2009/06/hagar
escapulido – o padre ele já tinha visto que era o formigão da
frente, o maior de todos, andando posudo.
QUESTÃO 56. (SAEMS)
Isso aconteceu numa manhã de muita chuva em que ele
O destaque dado à palavra ―formal‖, associado à expressão
ficara no quentinho das cobertas com preguiça de se levantar,
facial de Helga, sugere
virado para o outro canto, observando as formigas descendo
(A) histeria.
em fila na parede. Tinha um rachado ali perto por causa da
(B) ódio.
chuva, era de lá que elas saíam, a casa delas.
(C) reprovação.
Toda manhã aquela chuva sem parar, pingando na lata
(D) sofrimento.
velha lá fora no jardim, barulhinho gostoso que ele ficava
ouvindo, enrolado no cobertor, olhando as formigas e Leia o texto.
conversando com elas, o quarto meio escuro, tudo escuro de A melhor amiga do homem
chuva. Diogo Schelp
A conversa ficava interessante quando ele lembrava de Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga.
perguntar uma porção de coisas e elas também perguntavam A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada
pra ele. (Conversavam baixinho para os outros não escutarem.) de contribuir para a degradação do ambiente e para o
[...] aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de
Uma tarde entrou no quarto e viu a mancha de cimento cabeças de gado existentes no mundo quase metade das
novo na parede, brutal, incompreensível. emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa.
– Pra que que o senhor fez isso? Pra que o senhor fez assim Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um
com minhas formigas? espaço precioso para a agricultura.
O pai não entendia, e o menino chorando, chorando. O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e
VILELA, Luiz. Contos da infância e da adolescência. 2. carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um
ed. São Paulo: Ática, 2002. Fragmento.
planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia
QUESTÃO 54. (SAEMS) por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa
Nesse texto, a repetição ―... chorando, chorando.‖, (ℓ. 17) espécie. ―Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso
sugere cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode
(A) atitude fingida. levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na
(B) anúncio de rebeldia. base da construção da humanidade e, por que não, de seu
(C) progressão da tristeza. futuro‖, diz o veterinário José Fernando Garcia, da
(D) sinal de fraqueza. Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
Leia o texto. A vaca tem um papel econômico crucial até onde é
Vinícius de Moraes considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia
―Dizem, na minha família, que eu cantei antes de falar. E doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma
havia uma cançãozinha que eu repetia e que tinha um leve tema Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne
de sons. Fui criado no mundo da música, minha mãe e minha bovina, escreveu: ―A mãe vaca, depois de morta, é tão útil
avó tocavam piano, eu me lembro de como me machucavam quanto viva‖. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência
aquelas valsas antigas. Meu pai também tocava violão, cresci foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por
ouvindo música. Depois a poesia fez o resto.‖ encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies
Disponível em: americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. ―Esse
<http://www.aomestre.com.br/liv/autores/vinicius_ estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte,
moraes.htm>. Acesso em: 14 mar. 2010.
uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma
QUESTÃO 55. (SAEMS) de hambúrguer‖, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom
Nesse texto, a expressão ―... cresci ouvindo música. Depois a bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca
poesia fez o resto.‖ sugere que Vinícius tussa a humanidade deixará de ser onívora.
(A) destacou-se no cenário musical e poético. Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.
(B) abandonou a música e se dedicou à poesia. QUESTÃO 57. (SAEMS)
(C) foi criado com a avó, que declamava belas poesias. O autor usa a parte pelo todo para se referir à vaca em:
(D) foi uma criança famosa, pois cantou antes de falar.
(A) ―Acusam-se as chifrudas...‖.
Leia o texto. (B) ―...homem e vaca são unha e carne‖.
(C) ―...o papel dos bovinos...‖.
(D) ―...animal sagrado.‖.
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manutenção, que entrou com seu corpo todo no armário para QUESTÃO 64. (SAVEAL)
―fuçar‖ e abriu um segundo ―dilúvio‖ na outra parte do móvel, A expressão ―Eles não resolvem nada.‖, presente na fala do
terminando de molhar as roupas que ainda estavam secas. O guarda-civil, significa que
homem ainda ―agarrou‖ minhas roupas (peças íntimas, (A) o guarda-civil quer doar o aparelho.
inclusive) a seu peito, causando cômico constrangimento. A (B) o guarda-civil está muito chateado.
troca de quarto e o envio das roupas à lavanderia foram feitos. (C) a empresa quer vender outro celular.
Passado um tempo, uma moça apareceu com uma caixinha de (D) o guarda-civil quer comprar outro celular.
cookies. Fiquei decepcionado.
Leia o texto.
Glayton Roriz, Brasília, DF
Disponível em: Transgênicos
<http://viajeaqui.abril.com.br/vt/materias/vt_materia_451 Organismos transgênicos, ou geneticamente modificados,
746.shtml.>. Acesso em 05/05/09.
são aqueles que tiveram genes estranhos inseridos em seu
QUESTÃO 62. (PAEBES) código genético. Estes genes diferentes são capazes de
Em relação à água no armário, a repetição da palavra determinar características, por exemplo: uma laranja
―dilúvio‖, ao longo desse texto, sugere que o hóspede transgênica pode ser maior ou mais doce do que as
(A) exagerou o problema. convencionais, dependendo da modificação genética
(B) ironizou o problema realizada.
(C) ridicularizou o problema. Com essa tecnologia, os cientistas podem inserir genes de
(D) tirou partido do problema. porcos em seres humanos, ou genes de vírus ou bactérias em
Leia o texto. milho e outros alimentos.
A raposa e a cegonha Os países da Europa têm rejeitado produtos transgênicos.
Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar. Querendo Ambientalistas apontam alguns riscos em relação ao consumo
pregar uma peça na outra, serviu sopa num prato raso. Claro desse tipo de alimento.
que a raposa tomou toda a sua sopa sem o menor problema, Não é possível, ainda, avaliar os efeitos dos transgênicos
mas a pobre cegonha com seu bico comprido mal pôde tomar na saúde do consumidor e no meio ambiente, mas existem
uma gota. O resultado foi que a cegonha voltou para casa fortes indícios de que eles sejam prejudiciais.
morrendo de fome. A raposa fingiu que estava preocupada, Médicos, cientistas e ambientalistas apresentam opiniões
perguntou se a sopa não estava do gosto da cegonha, mas a divergentes sobre o tema. Porém, enquanto o risco dos
cegonha não disse nada. Quando foi embora, agradeceu muito transgênicos não é cientificamente comprovado, os produtos
a gentileza da raposa e disse que fazia questão de retribuir o continuam nas prateleiras dos supermercados pelo mundo.
jantar no dia seguinte. No Brasil, este tipo de alimento geneticamente modificado
Assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços ainda é proibido.
de fome, curiosa para ver as delícias que a outra ia servir. O Ongs se uniram para lançar a campanha ―Por Um Brasil
jantar veio para a mesa numa jarra alta, de gargalo estreito, Livre de Transgênicos‖. Estas organizações não
onde a cegonha podia beber sem o menor problema. A raposa, governamentais se mostram preocupadas com as
amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa consequências que o uso dos transgênicos pode trazer para a
que escorriam pelo lado de fora da jarra. Ela aprendeu muito saúde humana, para o meio-ambiente e para a economia do
bem a lição. Enquanto ia andando para casa, faminta, pensava: Brasil.
―Não posso reclamar da cegonha. Ela me tratou mal, mas fui Disponível em:
http://www.clickestudante.com/transgenicos.ht
grosseira com ela primeiro‖. ml.
MORAL: Trate os outros, tal como deseja ser tratado.
QUESTÃO 65. (SAVEAL)
(ASH, Russel e HIGTON, Bernard. Fábulas de Esopo. São
Paulo: Cia das Letrinhas, 1994.) ―No Brasil, este tipo de alimento geneticamente modificado
ainda é proibido.‖ A palavra em negrito no trecho pode ser
QUESTÃO 63. (SAVEAL)
interpretada como
A cegonha ―disse que fazia questão de retribuir o jantar no dia
(A) a possibilidade de futura liberação para consumo de
seguinte‖. Qual o sentido da palavra retribuir nesse contexto?
alimento geneticamente modificado.
(A) Demonstrar gentileza.
(B) a impossibilidade de futura liberação para consumo de
(B) Fazer algo em agradecimento.
alimento geneticamente modificado.
(C) Realizar uma homenagem.
(C) há liberação para consumo, no Brasil, de produtos
(D) Vingar-se da mesma forma.
geneticamente modificados.
Leia o texto. (D) há liberação para consumo, em parte, dos produtos
Defeito no celular irrita usuário geneticamente modificados.
Quero resolver um problema com a empresa X. Meu
aparelho desbloqueia sozinho e faz com que eu perca alguns
créditos. A pedido deles, ligo para a empresa, mas de nada
adianta. Eles não resolvem nada. O máximo que consigo é
passar de uma atendente para outra e ficar escutando a música
de espera. A cada uma delas tenho que explicar todo o
problema novamente. Estou chateado, pois o celular
desbloqueia sozinho e quando vejo está discando. Estou tão
insatisfeito que quero doar o aparelho. Em uma das ligações, a
central de atendimento me transferiu para a central de vendas
e tentaram me convencer a comprar um novo aparelho.
(E.L.P., guarda-civil, Capital, SP)
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Observe: ―— E agora, com vocês, Ar-qui-bal-do, o maior Belém do Pará onde as avenidas se chamam Estradas:
mágico do mundo!‖ Estrada de São Jerônimo
Estrada de Nazaré (...)
QUESTÃO 73. (SARESP) BANDEIRA, Manuel. Os melhores poemas de Manuel
A palavra grifada foi dividida em sílabas para Bandeira. Seleção Francisco de Assis Barbosa. São Paulo:
(A) imitar o modo como o apresentador fala em circo. Global.1984.p.78.
(B) explicar direito como se pronuncia o nome Arquibaldo. QUESTÃO 75. (SARESP)
(C) criar uma dúvida sobre os poderes do mágico. As palavras ―Bembelelém, Belém‖, com repetição de sons
(D) indicar que a mágica será muito perigosa. semelhantes sugerem
Leia o texto. (A) brincadeira com palavras.
(B) evocação do repicar de sinos.
(C) homenagem a Belém do Pará.
(D) leveza da estrutura do poema.
Leia o texto.
A melhor amiga do homem
Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga.
A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada
de contribuir para a degradação do ambiente e para o
aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de
cabeças de gado existentes no mundo quase metade das
emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa.
Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um
espaço precioso para a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e
carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um
planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia
por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa
espécie. ―Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso
cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode
levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na
base da construção da humanidade e, por que não, de seu
futuro‖, diz o veterinário José Fernando Garcia, da
Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é
considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia
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TÓPICO VI
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
D13 – IDENTIFICAR AS MARCAS LINGUÍSTICAS QUE EVIDENCIAM O LOCUTOR E O
INTERLOCUTOR DE UM TEXTO.
Leia o texto. senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está
O homem que entrou pelo cano passando por aqui todos os dias?
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio – O senhor promete que não ―espia‖? – quis saber a
incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, velhinha.
com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali – Juro – respondeu o fiscal.
ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma – É lambreta.
seção que terminava em torneira.
Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. QUESTÃO 80. (PROVA BRASIL)
O cano por dentro não era interessante. Esse texto é engraçado porque
No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma (A) o policial estava desconfiado da velhinha.
criança brincava. (B) o objeto contrabandeado era a lambreta.
Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa (C) a velhinha tinha poucos dentes na boca.
pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E (D) a velhinha carregava um saco de areia.
a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo
Leia o texto.
interessada. Ela gritou: ―Mamãe, tem um homem dentro da
pia‖. Domingão
Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo
cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto. da noite, melhorei e resolvei bater um fio para o Zeca.
— E ai, cara? Vamos ao cinema?
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas.
São Paulo: Global, 1988, p. 89.
— Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo....
— Eu também tava, cara. Mas já estou melhor!
QUESTÃO 79. (PROVA BRASIL) E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior
Na frase ―Mamãe, tem um homem dentro da pia.‖, o verbo
mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha começado.
empregado representa, no contexto, uma marca de:
Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para
(A) registro oral formal.
a próxima sessão.
(B) registro oral informal. Saímos de lá, comentando:
(C) falar regional.
— Que filme massa!
(D) falar caipira.
— Maneiro mesmo!
Leia o texto. Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados
A velha Contrabandista pro Zeca. Afinal, segunda-feira é de trampo e eu detesto
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar de
Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com novo para eu agitar um pouco mais.
um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo CAVÉQUIA. Márcia Paganini. In:
malandro velho – começou a desconfiar da velhinha. http://ensinocomalegria.blogspot.com
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o QUESTÃO 81. ( )
fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então Os dois personagens que conversam nesse texto são
o fiscal perguntou assim pra ela: (A) adultos
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo (B) crianças
dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse (C) idosos
saco? (D) jovens.
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam
e mais os outros, que ela adquirira no odontologista, e Leia o texto.
respondeu: Olá querida!
– É areia! [...] Todo mundo que tem um irmão ou uma irmã sabe que é
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha normal rolar discussão. O problema é que, quando isso
passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro acontece, quem está por perto acaba tendo que interferir. Você,
daquele maldito saco. [...] assim como qualquer pessoa, não gosta de levar bronca e, por
Diz que foi aí que o fiscal se chateou: isso, acaba se sentindo muito injustiçada. Mas é claro que seus
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta pais amam vocês duas e só querem que vivam em paz. Então
anos de serviço. converse com eles e peça ajuda, dizendo que sua irmã precisa
Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me respeitar as suas coisas. Mais uma dica: não dê tanta
tira da cabeça que a senhora é contrabandista. importância às provocações da sua irmãzinha. Talvez ela mude
– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia de comportamento, quando perceber que não conseguiu mais
tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: irritar você.
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não Vitch. São Paulo: Abril, ed. 88, 2009.
dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a
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9º ANO
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QUESTÃO 86. ( ) Leia o texto.
Assinale a alternativa que indica quem escreveu e quem Bom conselho
recebeu a carta. Composição: Chico Buarque
(A) Edgard e Drácula. Ouça um bom conselho
(B) Lenora e Watson. Que eu lhe dou de graça
(C) Edgard e Lenora. Inútil dormir que a dor não passa
(D) Drácula e Watson. Espere sentado
Leia o texto. Ou você se cansa
Fico Assim Sem Você Está provado, quem espera nunca alcança
Claudinho e Buchecha Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
http://letras.terra.com.br
QUESTÃO 88. ( )
O verso que pode ilustrar que o eu poético se dirige a alguém
que tem intimidade é
(A) ―Venha, meu amigo‖
(B) ‖ Corro atrás do tempo‖
(C) ― Vim de não sei onde‖
(D) ― Eu semeio o vento‖
Leia o texto.
A Máquina
Lúcia Carvalho
Morreu uma tia minha. Ela morava sozinha, não tinha
filhos. A família toda foi até lá, num final de semana, separar
e dividir as coisas dela para esvaziar a casa. Móvel, roupa de
cama, louça, quadro, livro, tudo espalhado pelo chão, uma
tremenda confusão.
Foi quando ouvi meus filhos me chamarem.
– Mãe! Maiê!
– Faaala.
Eles apareceram, esbaforidos.
– Mãe. A gente achou uma coisa incríível. Se ninguém
quiser, essa coisa pode ficar para a gente? Hein?
– Depende. Que é?
Eles falavam juntos, animadíssimos.
Fonte: http://letras.terra.com.br/claudinho-e-buchecha
– Ééé... uma máquina, mãe.
QUESTÃO 87. ( ) – É só uma máquina meio velha.
Os versos que indicam o uso da linguagem informal, – É, mas funciona, está ótima!
caracterizando a proximidade entre os interlocutores, são Minha filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma
(A) (...) ―Circo sem palhaço, explicação melhor.
Namoro sem abraço‖ (...) – Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um...
(B) (...) ―Sou eu assim sem você teclado de computador, sabe só o teclado? Só o lugar que
Tô louco pra te ver chegar escreve?
Tô louco pra te ter nas mãos‖ – Sei.
(C) (...) ―Retomar o pedaço – Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora,
Que falta no meu coração‖ (...) ligada nesse teclado, mas assim, ligada direto. Sem fio. Bem,
(D) (...) ―Eu não existo longe você a gente vai, digita, digita...
E a solidão é o meu pior castigo‖ (...) Ela ia se animando, os olhos brilhando.
Por quê? Por quê?‖ – ... e a máquina imprime direto na folha de papel que a
gente coloca ali mesmo! É muuuuito legal! Direto, na mesma
hora, eu juro!
Ela jurava? Fiquei muda. Eu que jurava que não sabia o
que falar diante dessa explicação de uma máquina de escrever,
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dada por uma menina de 12 anos. Ela nem aí comigo. Leia o texto.
Continuava. Terra seca
– ... entendeu como é, ô mãe? A gente, zupt, escreve e Ary Barroso
imprime, até dá para ver a impressão tipo na hora, e não precisa O nêgo tá, moiado de suó
essa coisa chatérrima de entrar no computador, ligaaar, esperar Trabáia, trabáia, nêgo / Trabáia, trabáia nêgo (refrão)
hoooras, entrar no Word, de escrever olhando na tela e sóóó As mãos do nêgo tá que é calo só
depois mandar para a impressora, não tem esse monte de Trabáia, trabáia nêgo
máquina tuuudo ligada uma na outra, não tem que ter até Ai ―meu sinhô‖nêgo tá véio
estabilizador, não precisa comprar cartucho caro, nada, nada, Não aguenta essa terra tão dura, tão seca, poeirenta...
mãe! É muuuito legal. E nem precisa colocar na tomada
O nêgo pede licença prá falá
funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora.
O nêgo não pode mais trabaiá
– Nossa, filha...
Quando o nêgo chegou por aqui
(Coleção novo diálogo – Língua Portuguesa – São Paulo – FTD, 2007.) Era mais vivo e ligeiro que o saci
QUESTÃO 89. ( ) Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim
Encontramos o registro da linguagem informal em Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim
(A) ―Morreu uma tia minha.‖ Mas o tempo passou
(B) ―Eles apareceram esbaforidos.‖ Essa terra secou ...ô ô
(C) ―Ela nem aí comigo.‖ A velhice chegou e o brinquedo quebrou ....
(D) ―E nem precisa colocar na tomada.‖ Sinhô, nêgo véio tem pena de ter-se acabado
Leia o texto. Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado
Com a fúria de um vendaval cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/terra-seca.html
Em uma certa manhã acordei entediada. Estava em minhas
QUESTÃO 91. ( )
férias escolares do mês de julho. Não pudera viajar. Fui ao
O traço da linguagem informal utilizada pelos escravos está
portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de
indicado no seguinte trecho:
uma feira livre.
(A) ―Não aguenta esta terra tão dura, tão seca, poeirenta. ‖
Não tinha nada para fazer e isso estava me matando de
(B) ―O nêgo não pode mais trabaiá.‖
aborrecimento.
(C) ―Era mais vivo e ligeiro do que o saci.‖
Embora soubesse que uma feira livre não constitui
(D) ―estes campos sem fim‖.
exatamente o melhor divertimento do qual um ser humano
pode dispor, fui andando, a passos lentos, em direção àquelas Leia o texto.
barracas. Não esperava ver nada de original, ou mesmo
interessante. Como é triste o tédio! Logo que me aproximei, vi Prezado senhor,
uma senhora alta, extremamente gorda, discutindo com um A primeira coisa que me vem à cabeça para lhe dizer hoje
feirante. não é muito original...
O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão No entanto, se estas palavras pecam pela falta de
acalmar a nervosa senhora. Não sei por que brigavam, mas sei originalidade, não pecam pela falta de sinceridade: Feliz
o que vi: a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda Aniversário!
(monstruosa), erguia seus enormes braços e, com os punhos O meu sentimento mais puro é para que você possa
cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com realizar, nos anos vindouros, todos os seus projetos mais caros
medo de que ela destruísse a barraca (e talvez o próprio e preciosos, pois isso é o mínimo que uma pessoa justa e
homem) devido à sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se honesta como você merece.
empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais Saiba que eu me sinto muito privilegiada por ser
vermelha, assim como os tomates ou até mais. subordinada a alguém tão bom e sensível, que não se vale de
De repente, no auge de sua ira, avançou contra o homem já hierarquia para humilhar ou ser arrogante com os outros
atemorizado e, tropeçando em alguns tomates podres que profissionais.
estavam no chão, caiu, tombou, mergulhou, esborrachou-se no Por tudo isso que você é, receba os meus mais sinceros
asfalto, para o divertimento do pequeno público que, assim votos de felicidade e o meu desejo de que o seu dia de
como eu, assistiu àquela cena incomum. aniversário transcorra em paz e alegria.
Um Abraço.
http://lportuguesa.malha.net/content/view/27/1/
Rosângela
QUESTÃO 90. ( ) QUESTÃO 92. (SAEPE)
Dos fragmentos abaixo, aquele que exemplifica o narrador- Nesse texto, os interlocutores são:
personagem da narrativa é (A) Chefe e funcionária.
(A) ―Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a (B) Namorado e namorada.
movimentação de uma feira livre‖. (C) Pai e filho.
(B) ―O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão (D) Professor e aluno.
acalmar a nervosa senhora‖.
(C) ―a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda
(monstruosa), erguia seus enormes braços e, com os
punhos cerrados, gritava contra o feirante.‖
(D) ―Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente
e ficando cada vez mais vermelha, assim como os
tomates ou até mais.‖
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Leia o texto. Leia trecho adaptado de um bate-papo pela internet, retirado
de uma das salas do UOL.
Gata fala para MOÇO: NAO QUERO TC PQ VC PIZOU
NA BOLA
André fala para Todos: Alguém q tc?
EU MESMO fala para apaixonado: QUEM E VC
Gata fala para nóis: ACHO QUE APARENCIA NAO
EMPORTA
EU MESMO fala para Gata: eai gata ta afim de tc
Gata fala para apaixonado: OI QTOS ANOS
QUESTÃO 95. (SARESP)
Com base no diálogo transcrito da sala de bate-papo, é correto
afirmar que a linguagem utilizada
(A) incorre em erros relativos à escrita das palavras, mas
mantém um nível de linguagem elevado, sem gírias.
(B) diverge em alguns aspectos das normas ortográficas, mas
é eficiente para a comunicação dos participantes do bate-
papo.
(C) recorre, com muita frequência, à utilização de siglas e
abreviações, sem que haja violação das normas
ortográficas.
(D) impossibilita que todas as pessoas consigam estabelecer
BILAC, Olavo, Soneto XIII. In: Via láctea.São Paulo:
Abril Educação, 1980, p. 18. uma comunicação eficiente e clara numa sala de bate--
papo como essa.
QUESTÃO 93. (SARESP)
O poeta conversa diretamente com o leitor no seguinte verso: Leia o texto.
(A) ―Ora (direis) ouvir estrelas!‖ Pássaro contra a vidraça
(B) ―E abro as janelas, pálido de espanto Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia Zilah com
(C) ―E conversamos toda a noite,‖ outros olhos. Ela não era só do bem, a tia viúva e sozinha que
(D) ―Inda as procuro pelo céu deserto.‖ tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-mais-
velha!
Leia o texto. Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi
Um mundo de coisas para ler ela quem me contou toda a sua viagem pela Europa... Eu fazia
Na próxima década, a massa de informação que circula no uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo tão
mundo dobrará de volume a cada oitenta dias. Pelo menos é o legal, um barato mesmo.
que dizem os especialistas. Reduzir o tempo gasto nessa leitura Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da
toda não é má ideia. Mas seria possível? Madame Tussaud, que era uma francesa que viveu na época da
―Não conheço estudos que indiquem isso‖, afirma o Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e se
neuroftalmologista Paulo Imamura da Universidade Federal de inspirava em personagens célebres que eram levados para a
São Paulo. Jorge Roberto Pagura, neurocirurgião do hospital guilhotina em praça pública. Depois ela mudou para a
paulista Albert Einsten, discorda. Inglaterra, e ficou famosa por lá. E hoje existe em Londres um
―Atividades cerebrais podem ser adestradas‖, afirma. O museu de cera com o seu nome, que tem imagens de
fato é que pouco se sabe sobre a fisiologia da leitura. personagens famosos do mundo inteiro em tamanho natural.
Para a diretora da Faculdade de Educação da Universidade Foi tão gozado quando a tia Zilah também contou que,
Federal do Rio de Janeiro, Marlene Carvalho, a técnica quando ela ia saindo do museu, perguntou pra uma mulher
funciona para jornais, relatórios e processos. Mas não para fardada onde era a saída. E todo mundo caiu na gargalhada,
textos literários. O cineasta americano Woody Allen pensa do porque tinha perguntado pra uma figura de cera que era
mesmo modo. Criou até uma piada sobre o assunto: ―Fiz um sensacional de tão perfeita, parecia mesmo uma policial.
curso de leitura dinâmica e consegui ler o romance Guerra e
NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São
Paz, de Leon Tolstoi em apenas 15 minutos! É sobre a Rússia.‖ Paulo: Moderna, 1992.
(UM MUNDO de coisas para ler. Revista QUESTÃO 96. (SADEAM)
Superinteressante, v.112, p.64, 1997. CD-ROM.
Fragmento) Nesse texto, palavras como ―legal‖, ―barato‖, ―vidrado‖,
QUESTÃO 94. (SARESP) ―gozado‖ evidenciam um falante que também usa
No artigo, o autor reproduz a fala dos especialistas consultados (A) expressões de gíria.
com a intenção de (B) expressões regionais.
(A) elogiar os entrevistados. (C) linguagem culta.
(B) evidenciar a polêmica referente ao tema tratado. (D) linguagem técnica.
(C) mostrar erudição.
(D) enfatizar a velocidade da leitura.
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Leia o texto.
Quanto vai restar da floresta?
No fim do ano passado, cientistas do Brasil e dos Estados
Unidos fizeram uma previsão que deixou muita gente de
cabelo em pé: quase metade da Amazônia poderia sumir nos
próximos 20 anos, devido a um projeto de asfaltar estradas,
canalizar rios e construir linhas de força e tubulações de gás na
floresta.
O governo, que é responsável pela preservação da
Amazônia e pelas obras, acusou os cientistas de terem errado
a conta e estarem fazendo tempestade em copo d’água.
Você deve estar pensando, no final das contas, se a floresta
está em perigo. A resposta é: se nada for feito, está.
Fonte: Cláudio Ângelo, Folha de São Paulo, São Paulo, 10/02/2001.
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