Teorias Da Antropologia
Teorias Da Antropologia
Teorias Da Antropologia
Franz Boas (“Os objetivos da etnologia” - 1888; “Raça, Língua e Cultura” - 1940). Margaret
Mead (“Sexo e temperamento em três sociedades primitivas” - 1935). Ruth Benedict (“Padrões
de cultura” - 1934; “O Crisântemo e a espada” - 1946). Busca das regras estruturantes das
culturas presentes na mente humana.
A antropologia é uma ciência vinculada às ciências sociais que visa entender a formação da
humanidade, por seus vários aspectos (culturais, físicos e históricos), no mundo.
A partir do século XIX, com a necessidade de compreender-se outras culturas e povos de fora
do eixo europeu por uma questão relacionada a um novo movimento colonialista daquele
tempo, os pensadores debruçaram-se sobre os aspectos das diferentes formações humanas.
Nesse sentido, a antropologia estabeleceu-se como uma ciência inciada sobre bases
equivocadas, mas que se fortaleceu ao longo do século XX como capaz de compreender as
formações humanas.
Antecedentes históricos
De acordo com Barreto (2012), a antropologia tem como objecto de estudo o homem como
ser biológico, cultural e social. Dividida em áreas, a Antropologia tanto se dedica aos aspectos
genéticos e biológicos do homem, quanto ao desenvolvimento das sociedades humanas,
tornando-se ela a ciência que estuda as culturas do homem.
Evolucionismo social
Segundo XAVIER (2009), diz que a teoria evolucionista da antropologia predominou no início
da jornada da Antropologia como ciência. A principal característica desta teoria assenta-se na
sistematização do conhecimento das sociedades “primitivas”, de primeira origem, dos
primeiros tempos.
Entendemos assim, que esta teoria se preocupa em conhecer as sociedades desde os seus
primórdios da sua existência.
Nesta teoria explica-se que eram tidas como estágios inferiores do desenvolvimento alcançado
pelas sociedades “civilizadas”, avançadas nos planos técnico, social e científico: todas as
formas de organização das condições materiais e culturais dos homens passariam,
necessariamente, dos estágios primitivos civilizados.
Esta teoria conceituou três estágios da evolução da humanidade, segundo Morgan: selvageria,
barbárie e civilização.
XAVIER (2009), aponta ainda que a partir dessa teoria surgiu o etnocentrismo que é um
conceito que considera as normas e valores sociais e culturais da própria sociedade ou cultura
como base de avaliação e julgamento de todas as demais culturas e sociedades.
Difusionismo
Para esta teoria, a cultura é algo que se pode expandir de uma região para outra, de uma
sociedade para outra, assim como de um povo para outro povo. Um exemplo prático dessa
difusão é a globalização que é um fenómeno já conhecido por muitas pessoas. A pergunta seria
de que maneira a globalização expande as culturas? Numa tentativa de responder a nossa
pergunta é por exemplo as novelas brasileiras, mexicanas, etc., que são transmitidas nas
televisões moçambicanas, transmitem a sua cultura para as pessoas moçambicanas que vêm as
novelas. As pessoas que vêm as novelas podem imitar a cultura da novela e colocar tudo em
prática.
Para concordar com o que dissemos acima, XAVIER (2009), diz que nessa teoria, os povos
tomam de empréstimo aspectos culturais fundamentais de outros e os adaptam às suas
particularidades, o que provoca a evolução da cultura e explica a diversidade das manifestações
culturais. Portanto, a teoria difusionista da antropologia, explica que os grupos humanos
distintos absorvem “aspectos culturais” de um outro grupo, como uma tendência humana.
Fazem parte da escola americana os seguintes expoentes: Fritz Grabner, Friedrich Ratzel, Léo
Frobénius, Wilhelm Schimidt;
Na escola inglesa temos: Elliot Smith, J. Perry e W. R. R. Rivers. Esta escola ficou conhecida
pelo nome de hiperdifusionista pelo facto de alguns dos seus expoentes levantarem a hipótese
de que todas as invenções do homem tê origem na civilização egípcia.
De acordo com XAVIER (2009), diz que essa teoria antropológica pesquisa de modo especial
a identificação dos padrões culturais. Ela procura as normalizações do desenvolvimento das
culturas.
Franz Boas (1858-1942) citado por XAVIER (2009), foi o principal expoente dessa escola. Ele
desenvolveu um intenso trabalho de campo. Se detinha no detalhe dos detalhes para fazer uma
transcrição meticulosa da realidade.
Essa escola defende que as culturas de maneira geral, são diversas, mas têm características
comuns, padrões culturais. Esses padrões são resultados do agrupamento de complexos
culturais. O padrão é assim para esta teoria uma norma regularizadora que estabelece os valores
de aceitação e rejeição, dentro de uma determinada cultura. Ruth Benedict (1989, p.60) citado
por XAVIER (2009), é um dos principais expoentes dessa escola refere que:
Esta elaboração da cultura num padrão coerente não se pode ignorar como se fosse um
pormenor sem importância. O conjunto, como a ciência está a afirmar insistentemente em
muitos campos, não é apenas a soma de todas as suas partes, mas o resultado de um único
arranjo e única inter-relação das partes, de que resultou uma nova identidade (…).
O culturalismo exerceu influência no campo das Ciências Sociais do Brasil. Gilberto Freire foi
um dos discípulos de Franz Boas e parte considerável da sua abordagem da cultura brasileira
teve como inspiração as teorias desenvolvidas pelo pesquisador alemão, radicado nos Estados
Unidos.
Funcionalismo
De acordo com XAVIER (2009), a teoria funcionalista dá enfase ao estudo das instituições,
formas de organizações sociais e culturais e das suas funções para a manutenção do conjunto
cultural, da totalidade da cultura de um determinado povo.
Estruturalismo
Segundo a autora (idem), esta teoria o seu expoente é o Francês Claude Lévi-Strauss. Ele
pesquisou os princípios da organização da mente humana. Seu objectivo foi estudar as regras
estruturantes das culturas presentes na mente humana.
Considerações finais
Referências