Estruturas Metálicas e Mistas: Ano Lectivo 2008/09 Elsa de Sá Caetano

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Estruturas 

Metálicas e Mistas

Ano lectivo 2008/09
por
Elsa de Sá Caetano
Versão 3: 2012/2013
Introdução
Introdução

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 2


Introdução
Introdução

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 3


Introdução
• A construção metálica representa presentemente 5% do mercado da 
construção em Portugal
• Há uma tendência crescente no recurso à construção metálica, que 
se deve
Introdução

‐ a tendências estéticas;
‐ maior conhecimento, qualidade e economia de construção;
‐ formação;
‐ introdução da construção mista aço‐betão

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 4


Programa
1‐ Bases de Projecto
2‐ Materiais
3‐ Classificação das secções transversais segundo o EC3
4‐ Verificação de secções transversais em tracção e flexão. Interacção flexão‐esforço
axial.
5‐ Introdução às ligações aparafusadas. Ligação axial centrada. Ligação excêntrica por 
Programa

corte. Ligações soldadas.
6‐ Tipos de análise previstas pelo EC3. Cálculo global de estruturas. Imperfeições 
geométricas. Efeitos de 2ª ordem. Análise simplificada.
7‐ Estabilidade de barras comprimidas. Resistência à compressão de barras integradas 
em treliças. Resistência à compressão de barras integradas em pórticos.
8‐Encurvadura lateral de barras flectidas Estabilidade de barras submetidas a flexão 
composta.
9‐ Estruturas mistas aço‐betão. Vigas mistas. Dimensionamento da conexão e da 
armadura de reforço. 
10‐Dimensionamento de pilares mistos. 
Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 5
Bibliografia
Elsa Caetano;Estruturas Metálicas e Mistas, transparentes de apoio às aulas teóricas e 
práticas, 2008/09 

Luís Calado; João Santos;Estruturas Mistas de Aço e Betão, IST Press, 2010. ISBN: 978‐972‐
8469‐84‐9  
Bibliografia

Simões Rui; Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas, CMM, 2005. ISBN: 972‐
98376‐6‐1 

EN 1993‐1‐1:2005 (Eurocódigo 3) – Regras gerais e regras para edifícios

EN 1993‐1‐8:2005 (Eurocódigo 3) ‐ Ligações

EN 1994‐1‐1:2004 (Eurocódigo 4) – Estruturas mistas aço‐betão

Regulamento de Segurança e Acções (RSA) 

ESDEP (http://www.esdep.org/members/master/toc.htm)

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 6


Avaliação
2 Trabalhos Práticos:
‐ TP1:Dimensionamento de ligações 7 novembro
‐ TP2: Projeto de estrutura metálica                                15 dezembro
Opcional, classificação: 20 valores (8 valores+ 12 valores)
Avaliação

Obrigatório, Exam (E), classificação: 20 valores

Classificação final: 
‐ 0,1 x A1+ 0,15 x A2+ 0,75 x E , se o estudante entregar os dois trabalhos
‐ 0,1 x A1+ 0,9 x E, se o estudante apenas entregar TP1
‐ 0,15 x A2 + 0,85 x E, se o estudante apenas entregar TP2
‐ E, se o estudante não entregar trabalhos práticos

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 7


Bases de Projecto: Regulamentação
Regulamentação nacional:
• RSA, REAE
Bases de Projecto

Eurocódigos relevantes para o projecto de estruturas 
metálicas/ mistas aço‐betão:
•EC1‐ Acções
–Parte 1.1 Bases de projecto
– Parte 2.1 Densidades, peso‐próprio, acções externas
– Parte 2.2 Acções de incêndio
– Parte 2.3 Acção da neve
– Parte 2.4 Acção do vento

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 8


Bases de Projecto: Regulamentação
Eurocódigos relevantes para o projecto de estruturas metálicas:
•EC3‐ Estruturas de aço
Bases de Projecto

– EN 1993‐1‐1 Regras gerais e regras para edifícios


– EN 1993‐1‐2 Resistência ao fogo
– EN 1993‐1‐8 Ligações metálicas
– ...
– EN1993‐2 Regras gerais e regras para pontes
– EN 1993‐3Torres, mastros e chaminés

•EC4‐ Estruturas mistas aço‐betão
‐ EN 1994‐1‐1 Regras gerais e regras para edifícios
‐ EN 1994‐1‐2 Resistência ao fogo
‐ EN1994‐2 Regras gerais e regras para pontes

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 9


Bases de Projecto: Filosofia de projecto
Estados limites
 últimos, relacionados com a resistência da estrutura
– plastificação
Bases de Projecto

– encurvadura
– derrubamento

 de utilização, relacionados com a função
– deformação
– vibração

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 10


Princípios de dimensionamento
Princípios de dimensionamento
• Definição de estados limite

• Determinação das acções de projecto

• Análise e determinação
– Dos efeitos das acções {E}
– Da resistência de projecto {R}

• Verificação, para cada estado limite de


‐ {R > E}
Aplicando coeficientes de segurança aos 
valores característicos: {Rd > Ed}

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 1 11


Materiais
Materiais

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 2 12


Materiais
Curva tensão‐deformação de um aço estrutural:

1. Tensão de rotura: fu Tensão, 


2. Tensão de cedência: fy
Materiais

3. Rotura
4. Zona de endurecimento
5. “Necking”

A: Tensão aparente (F/A0)


B: Tensão real(F/A)

y u f
Deformação, 
Elsa Caetano EMM‐ Cap. 2 13
Materiais
Outras propriedades:

‐Módulo de elasticidade‐ E=210GPa


Materiais

‐Módulo de distorção‐ G  E  81 000 N / mm²


2(1  )
‐Coeficiente de Poisson: =0.3
‐Coeficiente de dilatação térmica linear: T= 12x10‐6/C
‐Massa volúmica: = 7850kg/m3

Elsa Caetano EMM‐ Cap. 2 14


Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

Em geral, as secções transversais metálicas, laminadas ou


soldadas, são formadas por chapas de pequena espessura
que, por compressão, podem instabilizar localmente, do 
que resulta a redução da capacidade resistente em
compressão ou flexão.

EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 15
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

• O EC3 define quatro classes de secções, tendo por base a 


esbelteza dos elementos constituintes e a distribuição de 
tensões
Externo Externo
Interno Interno

Interno
Alma Alma Interno
Alma

Banzo Banzo Banzo


Secção laminada Secção tubular Secção PRS

EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 16
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

• Classe 1‐ Secções em que se pode formar uma rótula plástica, 


com uma capacidade de rotação superior à mínima exigida
para a utilização de métodos plásticos de análise
• Classe 2‐ Secções em que se pode atingir o momento
plástico, mas que possuem uma capacidade de rotação
limitada
• Classe 3‐ Secções em que a tensão na fibra extrema mais
comprimida pode atingir a tensão de cedência, mas a 
encurvadura local impede que se atinja o momento plástico
• Classe 4‐ Secções em que a encurvadura local impede que se 
atinja a tensão de cedência nas fibras mais comprimidas.

EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 17
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

Classe 1
Moment M
Plastic moment Mpl
Sufficient
on gross section
M pl
fy
Local 1
Buckling

rot
pl 
 1
pl

EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 18
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

Classe 2

Moment
Plastic moment M
Mpl Limited
on gross section
Mpl fy
1
Local
Buckling


1 pl

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 19
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

Classe 3

Moment M
Elastic moment None
Mpl
on gross section
Mpl
Mel
fy
1
Local
Buckling


 1 pl

EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 20
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

Classe 4

Moment
Plastic moment on M None
effective section Mpl
Mpl
Mel fy
1
Local
Buckling


 1
pl

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 21
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

• A tensão crítica (cr ) de uma chapa rectangular 


comprimida uniformemente é dada por
5

k  E  t 
2 2 b
 cr    4
121    b 
2 L Free

Buckling coefficient k
3 Exact
2
k = 0.425 + (b/L)
k é o coeficente de encurvadura
lateral, dependente: 2
-Das condições de apoio da chapa
-Da distribuição de tensões 1
-Das dimensões da chapa 0.425
0 1 2 3 4 5
Plate aspect ratio L/b
EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 22
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

Para que a chapa plastifique, é necessário que cr > fy

Esta condição acontece se b / t < 0,92 (kE / fy )0,5


Nesta fórmula estão consideradas todas as situações
de carregamento e de apoio da chapa
Determina‐se k para cada situação de 
secção e distribuição de tensões

  2 / 1 +1 1>>0 0 0 >   -1

Case I
8,02
Internal 4,0 7,81 7,81+6,29
1,05 + 
element
EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 23
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

k  E  t  2 2

 cr   
Np =
u
fy Class 3 121    b 
2

Class 2
Class 1
1
Euler Buckling Stress

 fy 
0 .5
 b/t 
 p   
  
  cr   28.4 k 
  

0,5 0,6 0,9 1,0  p

EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 24
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 25
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 26
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

• As secções transversais de classe 4 devem ser


substituídas por secções efectivas
• As secções efectivas obtêm‐se das secções iniciais
retirando material nas zonas susceptíveis de instabilizar
• Uma vez formadas as secções efectivas, pode realizar‐se
um cálculo como se de uma secção de classe 3 se
tratasse

EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 27
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais
• As larguras efectivas dos elementos comprimidos são
calculadas através de um factor de redução  definido em
função da esbelteza normalizada da chapa, a qual depende
da distribuição de tensões e das condições fronteira desta
última:
• Elementos em consola comprimidos

   
0 .5
   0 ,188   fy  b/t
 p
 
  p  0.748  p   
  

  
p
2 

   cr   28.4 k
 


 1  p  0.748

• Elementos internos comprimidos


 
 
   0 ,055 ( 3   ) 
 p   p  0.673 e 3    0
  1

  
p
2

EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 28
Classificação das secções transversais
Stress distribution Effective width b eff
Classificação das secções transversais

(compression positive)

beff 1   0:
1
2 b eff =  c

bt bc
  0:
1
beff  bc  c / (1  )
2
beff

   2 / 1 1 0 -1 1    1
Buckling factor k 0,43 0,57 0,85 0,57  0,21  0,07 2
EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 29
Classificação das secções transversais
 
Stress distribution Effective width beff
(compression positive)
Classificação das secções transversais

 = 1:
1 2
b = b - 3t
beff = b
be1 = 0,5 beff
be1 be2
be2 = 0,5 beff
b

1> 
_ 0:
1
2 b = b - 3t
beff = b
2b
be1 = eff
be1 be2 5- 
be2 = beff - be1
b

bc bt  < 0:
1
b = b - 3t
2
beff = bc =  b / (1-  )
be1 = 0,4b eff
be2 = 0,6b eff
be1 be2

b
 =  2 /1 1 1 > > 0 0 0 > > - 1 -1 - 1 > > - 2
82
,
Buckling 4,0 7,81 781 ,  + 978
, - 692 ,  2 23,9 , (1- )2
598
factor k  , +
105

16
Alternatively, for 1
_ _ - 1: k =
[(1+ )2 + 0112
, (1-  )2]0,5 + (1+)

Illustrated as rhs.
For other sections b = d for webs
b= b for internal flange elements (except rhs)
EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 30
Classificação das secções transversais Classificação das secções transversais

EMM‐ Cap. 3
Elsa Caetano 31
Dimensionamento de elementos estruturais Dimensionamento de elementos estruturais

Coeficientes parciais de segurança para


verificação em estados limites últimos:

m0‐ resistência de secções transversais de qualquer classe


(m0=1.0)
m1‐ resistência de elementos em relação a fenómenos de
encurvadura (m1=1.0)
m2‐ resistência à rotura de secções transversais em zonas com
furos de ligação; resistência das ligações (m2=1.25)

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 32
Dimensionamento de elementos estruturais Dimensionamento de elementos estruturais

Secções transversais traccionadas

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 33
Dimensionamento de elementos estruturais Dimensionamento de elementos estruturais

Secções transversais traccionadas

Área = Esforço de cálculo


Resistência do material

É fundamental verificar a
resistência da ligação, que
pode ser condicionante

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 34
Dimensionamento de elementos estruturais Dimensionamento de elementos estruturais

Secções transversais traccionadas


Hipótese: Distribuição uniforme de tensões

NEd<= Nt,rd

Nt,rd = min(Npl,rd, Nu,rd)


Distribuição de tensões em regime elástico fy


EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano Regime plástico 35
Dimensionamento de elementos estruturais Dimensionamento de elementos estruturais

Secções transversais traccionadas


Hipótese: Distribuição uniforme de tensões

NEd
<=1,0 Af y Resistência 
Nt,rd
N pl . Rd  plástica na 

 M0
secção bruta

Nt,rd = min(Npl,rd, Nu,rd)

Anet fu
Nu.Rd  0,9 Resistência 
A-Área da secção bruta
Anet- Área da secção útil
 M2 última na 
secção útil

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 36
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais traccionadas
Determinação da área útil Anet
Secção 1‐1: Anet= Bt – d0t
Secção 2‐2: Anet= Bt – 2d0t + s2t/4p
Diâmetro do furo, d0 1,2

p B

s s
Espessura, t
2 1
EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 37
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais traccionadas
Disposições construtivas
Distância ao bordo na direcção da força: e1≥ 1.2d0
Espaçamento na direcção da força:  p1 ≥ 2.2d0
Distância ao bordo na direcção perpendicular à da força: ,e2 ≥ 1.5d0
Espaçamento na direcção transversal à da força: p2 ≥3d0
Espaçamento máximo: 12t; Espaçamento máximo em elementos
comprimidos: 14t 1,2

p2 B

p1 p1
Elsa Caetano EMM‐ Cap. 4 2 1 38
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais traccionadas
Determinação da área útil Anet em cantoneiras:
e1
d0
2 = 0,4 se p1  2,5 d0 e2
2 = 0,7 se p1  5,0 d0
3 = 0,5 se p1  2,5 d0
3 = 0,7 se p1  5,0 d0
2.0e2  0,5d 0 t fu
Interpolar se 2,5 d0  p1  5,0 d0 1 parafuso N u.Rd 
 M2
e1 p1 e1 p1 p1

 2 A netf u  3A netf u
2 paraf. N u.Rd  3 or mais paraf. N u.Rd 
 M2 EMM‐ Cap. 4  M2
Elsa Caetano 39
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais traccionadas
Determinação da área útil Anet em cantoneiras:

A excentricidade pode
ser desprezada desde
que se defina uma
secção efectiva Ae Cantoneira de abas iguais desiguais
Ae‐ área total da secção transversal

l1

l1 l1

Cantoneira de abas desiguais


Ae- área da cantoneira de abas iguais equivalente
EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 40
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais traccionadas
Notas para o dimensionamento:
• Adopção de esbeltezas máximas de 300, para elementos
principais, e de 400, para elementos secundários
• Resistência da secção é o mínimo dado pelas resistências
plástica da secção bruta, e última da secção útil
• Quando se pretenda efectuar um dimensionamento dúctil,
Npl,rd deve ser inferior a Nu, rd
• A excentricidade associada às ligações deve ser considerada.
Em cantoneiras e barras em T, a excentricidade pode ser
desprezada, desde que se considere uma secção efectiva
reduzida

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 41
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais comprimidas
• As secções de classe 1, 2 e 3 não são afectadas pela encurvadura local
•A resistência de cálculo à compressão Nc,Rd é igual à resistência plástica Npl.Rd

Nc,Rd = Afy /


•As secções de classe 4 instabilizam antes de plastificar, pelo que a resistência
local em compressão é dada por

Nc,Rd = No.Rd = Aefffy /

Aeff : é a área efectiva da secção transversal


NOTA: Em secções de classe 4 submetidas a uma força de compressão aplicada no 
centro de gravidade, é necessário atender às excentricidades resultantes da 
mudança de posição do centro de gravidade da secção eficaz

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 42
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão simples
Hipótese:
• As vigas estão restringidas na direcção transversal e, portanto
não são susceptíveis de instabilizar (encurvadura lateral)
Applied Load F

Fp
MEd
B <= 1,0
F
Mc, rd
 

F
L/2 L/2 Classe 1 ou 2:
Fy A
W pl. f y
Plastic
Mc.Rd = Mpl.Rd =
Elastic-plastic
 M0
F Classe 3:
Wel f y
Mc.Rd = M el.Rd =
Elastic
 M0
Classe 4:
Weff . f y
Mc.Rd = Mo.Rd =
Central deflection
EMM‐ Cap. 5  M1
Elsa Caetano 43
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão simples
Secção útil:
• Ruptura na zona útil só pode ocorrer depois da plastificação
na zona bruta:
A f ,net 0,9 f u Af fy

 M2  M0
Af‐ área do banzo traccionado
Se a expressão for verificada para a totalidade da zona
traccionada (banzo traccionado+ alma), podem desprezar‐se
os furos das ligações na zona traccionada da alma.
Quando esta condição não esteja satisfeita:
Af ,reduzida  0 ,9 Af ,net ( fu / f y )(  M 0 /  M 2 )

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 44
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão simples
Esforço transverso:  max 
3V
2ht

VEd
 1,0  
Vc,Rd h
Cálculo plástico:

Vc .Rd  Vpl .Rd Cross - section Variation of shear


( f y / 3) b
stress
V pl . Rd  Av 
Vhb

 MO 4I

 Vhb h 
Av‐ área de corte tf  max  1 
2I  4b
Secção laminada em I e H, carga paralela à h

alma: 
Vhb

Av= A  2 bt f  t w  2 r  t f  1 . 04 hw t w tw 2I

Cross - section
Variation of shear
stress

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 45
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão simples
Esforço transverso:
Cálculo elástico:

Ed VEd S
1,0  Ed 
fy  3  M0
It

• Quando h w  em almas não reforçadas(com =1,2, S235, S460, e,


 72
tw  =1,0 , se >S460)
hw  k
 31
tw  em almas reforçadas com nervuras de rigidez, é necessária
a verificação à encurvadura lateral
• Podem desprezar‐se os furos na alma se Av ,net / Av  ( fy / fu ) * (  M 2 /  M 0 )
Caso contrário: Av ,eff  Av ,net  ( fu / fy ) * (  M 0 /  M 2 )
EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 46
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão simples
Flexão com esforço transverso:
• Nos casos em que o esforço transverso seja inferior a metade do esforço
transverso plástico resistente, o seu efeito sobre o momento flector
resistente pode ser desprezado, excepto se a resistência da secção for
reduzida pela encurvadura por esforço transverso
VEd  0.5 Vpl ,Rd

• Nos restantes casos, deve considerar‐se um momento reduzido,


considerando para a área de corte uma tensão de cedência reduzida
2
 2VEd 
(1   )  f y    1
,  Vpl ,Rd 
 

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 47
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão simples
Flexão com esforço transverso:
• Para secções transversais em I de banzos iguais e flectidos segundo o eixo
mais forte,
 Aw 
2

 Wpl, y   fy
M y ,V ,Rd 
 4 t w  M y ,V , Rd  M y ,c ,Rd Aw = hw tw
 M0

• Para secções de classe 3, adopta‐se a mesma expressão, mas garante‐se


que M y ,V ,Rd  M y ,c ,Rd com My,c,Rd determinado em regime elástico

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 48
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão composta
Flexão com esforço axial:
• Em secções I ou H de classe 1 ou 2 deverá assegurar‐se que
MEd MN,Rd MN, Rd é o momento plástico resistente 
reduzido pelo esforço axial
0.5 hw  tw  f y
• Se N Ed  min( 0.25 N pl ,Rd ; ) a interacção com o esforço axial é desprezável
 m0
segundo yy e então MNy,Rd= Mpl,y,Rd
M Ny ,Rd  M pl ,y ,Rd
 
1  NEd / N pl ,Rd 

• Caso contrário, 
 1  0 .5 a 
com a  min( Aw / A; 0.5 )

hw  t w  f y
• Se N Ed  a interacção com o esforço axial é desprezável segundo zz e então
 m0
MNz,Rd= Mpl,z,Rd
• Caso contrário  
M Nz ,Rd  M pl ,z ,Rd  1  N Ed / N pl ,Rd  a 2 /(1  a )2 
Ver EC3‐6.2.9 para outros tipos de secções
EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 49
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão composta

Flexão com esforço axial:


• O critério de interacção passa a ser dado por
 
 M Ed ,y   M Ed ,z 
     1
 Ny ,Rd 
M  M Nz ,Rd 

Com  
 2 ;   max 5 N Ed / N pl ,Rd ;1   para secções em I ou H
  2;   2 para secções circulares ocas
1.66
  para secções rectangulares ocas

1  1.13 N Ed / N pl ,Rd 2
• Pode simplificar‐se, utilizando a aproximação seguinte (mais
conservativa)
 M Ed ,y   M Ed ,z   NEd 
      1
 M pl ,y ,Rd   M pl ,z ,Rd   N pl ,Rd 
EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 50
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão composta

Flexão com esforço axial:


• Em secções de classe 3 deverá assegurar‐se que
fy
 x , Ed 
 m0
em que x,Ed representa o valor de cálculo da tensão longitudinal local
actuante devida ao esforço normal e ao momento flector actuante, tendo
em conta, quando necessário, os furos das ligações
N Ed M Ed ,y M Ed ,z
 x , Ed   
A Wel ,y Wel ,z
• Em secções de classe 4,  x , Ed deve ser calculado com base na secção
efectiva. Alternativamente, pode usar‐se (secções de classe 4) o critério
N Ed M y ,Ed  N Ed  e Ny M  N Ed  e Nz
  z ,Ed 1
A eff f y W eff ,y ,min f y W eff ,z ,min f y
 m0  m0  m0

EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 51
Dimensionamento de elementos estruturais Secções transversais em flexão
Verificação em estados limites de utilização:
dmax = d1 + d2 ‐ d0
d0‐ Contra‐flecha no estado não‐carregado
d1‐ Flecha devida às acções permanentes
d2‐ Flecha devida aos valores reduzidos das acções variáveis
Quadro NA–7.1 – Valores recomendados para os limites dos deslocamentos verticais

Limites (ver figura NA–7.1)


Condições
max 2
Coberturas em geral L/200 L/250

Coberturas utilizadas frequentemente por pessoas, para além do pessoal de manutenção L/250 L/300

Pavimentos em geral L/250 L/300

Pavimentos e coberturas que suportem rebocos ou outros acabamentos frágeis ou


L/250 L/350
divisórias não flexíveis

Pavimentos que suportem pilares (a não ser que o deslocamento tenha sido incluído na
L/400 L/500
análise global para o estado limite último)

Quando max possa afectar o aspecto do edifício L/250 -


EMM‐ Cap. 4
Elsa Caetano 52
Dimensionamento de elementos estruturais Conclusões
•O dimensionamento de vigas restringidas lateralmente é condicionado em geral pela
resistência em flexão
•A determinação da resistência em flexão implica a classificação inicial da secção
transversal
•A existência de furações na zona traccionada da viga pode originar uma redução da 
sua capacidade resistente
•A presença de forças de corte de valor inferior a 50% da resistência plástica não
afecta a resistência em flexão
•Em zonas de elevadas forças de corte a resistência em flexão deve ser reduzida de 
forma adequada
•A presença de um esforço axial de valor inferior a25% do esforço plástico resistente
não afecta a capacidade resistente em flexão
•Em zonas de esforço axial significativo, a verificação em flexão composta deve ser 
efectuada através de fórmulas de interacção que dependem da forma  e classe da 
secção transversal
•Em certos problemas o dimensionamento é condicionado pelas deformações

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Elsa Caetano 53

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