O Que É A Retificação Da Coluna
O Que É A Retificação Da Coluna
O Que É A Retificação Da Coluna
Para sustentar aproximadamente dois quintos do peso corporal, a coluna não é reta,
ela possui suaves curvas que se formam durante o desenvolvimento, reação do
corpo contra a ação da gravidade. São elas:
1. Lordoses: Cervical e Lombar
2. Cifoses: Torácica e Sacral
Esse desequilíbrio pode ocorrer por diferentes motivos, entre eles fatores
hereditários, hábitos diários e laborais, vícios posturais e encurtamento muscular ou
alteração de força dos músculos envolvidos com a estrutura da coluna.
O tamanho das vértebras que compõem a coluna aumenta de cima para baixo. Elas
precisam ser maiores embaixo, pois absorvem mais impacto nessa região. O corpo
vertebral está localizado à frente na coluna e suporta a maior parte do peso corporal,
já os processos posteriores regulam os movimentos.
Peça chave para absorção do impacto são os discos intervertebrais, que em função
das suas características teciduais amortecem o impacto gerado.
Até aí está fácil e habitual. Mas a coluna não é somente ossos, ela é composta, ainda,
por ligamentos, tendões, nervos (que passam pelo canal vertebral) e músculos. E são
os músculos que nos interessam, porque é com eles que a intervenção do Pilates
tem maior ação. Mais adiante vamos conversar sobre isso.
Os ligamentos são responsáveis, assim como em qualquer outra articulação, por dar
estabilidade. Atuam em conjunto com os músculos para isso. Os nervos que passam
pelo canal vertebral estão dispostos em um feixe, oriundo do cérebro para formar o
sistema nervoso central.
Antes de encerrarmos essa revisão anatômica, vamos ainda relembrar que a função
da coluna, além de sustentar o tronco, é de proteger os nervos e a medula, que
passam pelo canal vertebral, auxiliar na locomoção e dar flexibilidade e mobilidade
ao tronco.
E é essa última função que vai ter maior relação com os problemas que abordaremos
a seguir.
Mobilidade Cervical
O SIM: Em decúbito dorsal, percebendo o apoio da região occipital, das escápulas e
do cóccix no chão, membros inferiores com joelhos e quadril flexionados, pés
apoiados no chão e ombros relaxados. O paciente irá “arrastar” a cabeça levando o
queixo para cima (direção do teto), estendendo a cervical, na inspiração e para baixo
(direção do peito) na expiração, flexionando-a, sem tirá-la do apoio, simulando o
movimento do “sim”.
Mobilidade Torácica
CAT STRETCH: Em quatro apoios, o paciente fará o movimento do exercício
CatStretch, mas, ao invés de mobilizar a coluna lombar, ele tentará mobilizar a
porção torácica. Então, ao inspirar ele levará o peito para direção do chão,
aproximando as escápulas ao estender a coluna, e ao expirar, ele levará a coluna
torácica para o teto, aproximando as escápulas flexionando a coluna.
Mobilidade Lombar
BÁSCULA: Em decúbito dorsal, com os joelhos e quadril flexionados, coluna neutra,
membros superiores ao longo do corpo. Ao inspirar o paciente fará a retroversão da
pelve, tirando o cóccix do chão, e ao expirar fará anteroversão apoiando o cóccix no
chão e tirando a lombar do apoio.
DICA: A nossa sugestão é de iniciar com dez repetições de cada exercício e, conforme
percebemos que nosso paciente já está dominando o movimento, podemos
aumentar a dificuldade dele, mudando a posição para execução do exercício ou
inserindo acessórios. Essa sequência pode, inclusive, ser passada como “tema de
casa” para os praticantes.
Shoulder Bridge
1. Roll Up
2. Roll Over
3. Monkey
4. Half Roll Back
5. Mermaid
A dor no ombro é uma situação tão comum, que até 70% das pessoas terão
este tipo de dor ao menos uma vez ao longo das suas vidas. Entre as várias
causas possíveis de dor no ombro, a bursite do ombro, também chamada de
bursite subacromial é uma das mais comuns.
Bursite é o nome que damos à inflamação da bursa, também conhecida como
bolsa sinovial, que é uma pequena bolsa cheia de líquido que age como um
amortecedor, diminuindo o atrito entre músculos, tendões e ossos ao redor das
articulações.
TRATAMENTO
O tratamento inicial da bursite subacromial consiste em repouso, aplicação de
gelo local e controle da dor com analgésicos e anti-inflamatórios.
Após o controle da dor, a fisioterapia pode ser indicada, para que o paciente
restabeleça sua força muscular e amplitude dos movimento do ombro.
Nos raros casos de bursite crônica que não respondem a nenhum tipo de
tratamento, a cirurgia para remoção da bursa pode ser a solução.
Em toda aula o professor pede ao aluno que “contraia o abdômen”, que
“sugue o umbigo”, que “sinta a barriga achatar” e que “não deixe a
barriga estufar”, mas afinal, pra que servem os músculos abdominais ?
Por que precisamos mantê-los contraídos ? O que eles fazem ?
Os músculos abdominais tem como principal função proteger as
vísceras e promover uma pressão interna que auxilia em diversas
necessidades fisiológicas. Mas a parte mais interessante a todos é
a estética, quando se vê um abdome “chapado” ou “em tanquinho”.
A musculatura abdominal serve para realizar alguns movimentos de
tronco, estabilizar a coluna enquanto a pelve e os membros se movem.
Por essa função estabilizadora da coluna, precisamos manter o
abdômen contraído durante os exercícios para não sobrecarregar e
tensionar a região lombar . Dessa forma, com uma boa ação dos
músculos abdominais temos uma melhora da postura.
O Pilates trabalha intensamente com o Core ativado de forma integrada
com os movimentos, através da respiração. O trabalho realizado com a
técnica faz com que o músculo transverso do abdômen (responsável
pela sustentação da coluna) e o assoalho pélvico (responsável pela
elevação dos órgãos) sejam estimulados. No Pilates, a região é
chamada de “Power House” – casa de força!
CONDROMALÁCIA PATELAR
A Condromalácia patelar consiste em uma patologia degenerativa da
cartilagem patelar e dos côndilos femorais correspondentes. Trata-se de
uma espécie de amolecimento desta cartilagem pelo atrito incorreto
contra os côndilos do fêmur. Ocorre um desconforto e dor ao redor ou
atrás da patela. Já o termo mais genérico, síndrome da dor patelo-
femural, se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os
sintomas ainda podem ser completamente revertidos.
Sintomas da Condromalácia patelar
Os principais sinais da patologia são:
– Inchaço por baixo da rótula do joelho;
– Dor constante no meio do joelho;
– Dor durante uma corrida, ao descer ou subir escadas e ao ficar muito
tempo sentado.
A condromalácia patelar pode ser classificada em quatro níveis distintos,
daí a necessidade de um tratamento o mais breve possível para que a
cartilagem não fique inteiramente desgastada, culminando em sua perda
total.
GRAU I : amolecimento da cartilagem e edemas
GRAU II : fragmentação e fissura da cartilagem em uma área menor ou
igual à proximadamente 1,5 cm
GRAU III: fragmentação e fissura da cartilagem em uma área maior ou
igual à aproximadamente 1,5 cm
GRAU IV: erosão ou perda da cartilagem articular com exposição do
osso subcondral
Tratamento:
Não há um protocolo rígido de tratamento. É importante analisar o grau
da lesão adquirida e se direcionar às causas, sempre tentando
reequilibrar o alinhamento da patela, inicialmente através de tratamento
fisioterapêutico.
A Fisioterapia pode auxiliar, especialmente, no fortalecimento de alguns
músculos e de exercícios que enfatizam o alongamento. Músculos fortes
permitem que o joelho tenha boa estabilidade, além de tornar atividades
muito exigentes para o joelho, relativamente, mais leves. O treinamento
de força também fortalece a cartilagem, deixando-a mais resistente aos
possíveis desgastes. Mas esse tratamento fisioterapêutico deve ser
sempre baseado numa avaliação detalhada de todos os fatores que
podem estar relacionados ao desenvolvimento da condromalácia,
podendo associar a métodos analgésicos e antiinflamatórios. Em casos
graves muitas vezes é necessário tratamento cirúrgico.
DESVIOS POSTURAIS
Na postura padrão, a coluna é composta por quatro curvaturas
(regiões cervical, torácica, lombar e sacral) que se distribuem de
forma ideal para sustentar o peso, permitir a locomoção e o bom
funcionamento dos órgãos respiratórios, equilibrar a cabeça, proteger
a medula espinal. Em outras palavras, postura correta é quando o
eixo da coluna vertebral encontra-se em harmonia com o corpo;
permitindo assim que a coluna exerça suas funções com a máxima
eficácia. No entanto, desvio de coluna é uma alteração que ocorre no
alinhamento da coluna vertebral, e que, dessa forma, provoca um
esforço e uma sobrecarga maior sobre as articulações, o que altera a
eficiência das funções.
Quem tem problemas de coluna nem sempre pode praticar alguns exercícios
físicos. Mas uma atividade recomendada é o Pilates, método de treinamento
indicado para qualquer pessoa. “O exercício pode ser praticado tanto por quem
quer fortalecer a musculatura, tem sérios problemas de coluna ou até um atleta
de alto nível. A técnica consegue, com seus equipamentos e atendimento
personalizado, promover melhora em pacientes.
Não há como mensurar a quantidade de sessões em que os desvios poderão ser
corrigidos. “Temos que analisar a gravidade do desvio, o tempo que está
instalado no corpo, a quantidade de sessões realizadas por semana e como o
corpo reage ao tratamento, entre outras questões. É necessário praticar uma
atividade física sempre, e no caso do Pilates, não há dúvida, pois o treinamento é
personalizado e individualizado”.
Para Lordose
Fortalecer principalmente:
Abdômen
Para Cifose
Fortalecer costas
Para Escoliose
Como esse desvio pode ocorrer tanto na coluna lombar quanto na torácica é
necessário saber exatamente onde está o desvio para realizar os exercícios.
Para uma coluna saudável é necessário cuidar dos hábitos, como praticar
exercícios físicos, fazer alongamento, cuidar da postura, desde a infância. Trata-
se de uma questão de base cultural que visa prevenir desvios de coluna quando
causados, principalmente, por maus hábitos posturais.