TCC - 4 ETAPA Final Vanusio

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GRUPO SER EDUCACIONAL


UNINASSAU
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FISICA
VANUSIO DE SOUZA BARBOSA
01361652

A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA ATENÇÃO À OBESIDADE INFANTIL

Campo Verde/MT
2023
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VANUSIO DE SOUZA BARBOSA

A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA ATENÇÃO À OBESIDADE INFANTIL

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de


graduação em LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO FISICA “UNINASSAU”, como
requisito parcial para aprovação na disciplina
de Trabalho de Conclusão de Curso I.

Campo Verde/MT
2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA ...........................................................................................................................5
1.1.2 Delimitação do Tema .................................................................................................6
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................................6
1.3 JUSTIFICATIVA..........................................................................................................7
2 OBJETIVOS.....................................................................................................................7
2.1 Objetivo Geral...............................................................................................................7
2.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................8
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................8
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................13
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO..........................................................................14
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA......................................................................................15
4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS...........................................................15
CRONOGRAMA.............................................................................................................15
REFERÊNCIAS...............................................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO

A obesidade é definida pela World Health Organization (WHO) como um acúmulo


anormal ou excessivo de gordura corporal que pode prejudicar a saúde (WHO, 2020). Trata-se
de uma das doenças que, no decorrer dos anos, acomete pessoas em todo o mundo, tornando-
se um dos maiores problemas de saúde pública. Ainda, a obesidade vem surgindo em uma das
primeiras fases do desenvolvimento humano, a infância. Quanto à obesidade infantil, essa,
pode ocasionar severas consequências à saúde, caso não seja tratada precocemente. Segundo,
Aragão (2017), a prevenção da obesidade e, consequentemente, das suas implicações, pode
interferir diretamente na qualidade de vida dessas crianças.
Para amenizar essa problemática iniciada em grande parte dos indivíduos na infância,
as aulas de educação física podem, por meio dos jogos e brincadeiras, oferecer atividades
prazerosas, dinâmicas que auxiliam o desenvolvimento psicomotor da criança.
Nesse contexto, Teixeira e Destro (2010), ressaltam que já está claro que a educação
física se tornou um dos poucos espaços onde a atividade física é praticada na infância e que as
escolas são os locais onde as crianças têm a oportunidade de se beneficiar indistintamente. A
partir de atividades orientadas por profissionais graduados, vislumbram oportunidades de
aconselhamento mais informado, não só sobre atividade física, mas, também, sobre temas
relacionados à saúde geral e seus cuidados
A Organização Mundial da Saúde (OMS), vem sinalizando há muito tempo de forma
veemente a respeito dos riscos da obesidade infantil, no qual já se tornou uma epidemia não
só no Brasil, mas a nível mundial, sendo que esses fatores estão associados a globalização e
ao progresso do país que reduziu seus níveis de desnutrição, no entanto vem aumentando
consideravelmente a obesidade infantil.
Afirmam que os professores de Educação Física por estarem próximos aos alunos,
podem influenciar de forma significativa as mudanças de comportamentos dos alunos, sendo a
escola o espaço ideal para levantamentos de dados sobre obesidade e possíveis intervenções
necessárias no controle da enfermidade. Estudos indicam que são muitos os benefícios da
atividade física regular, uma vez que podem contribuir de forma significativa com a
prevenção de doenças metabólicas, e na promoção da saúde de forma geral, mantendo as
capacidades funcionais como força, resistência, velocidade, flexibilidade além de manter os
níveis de IMC recomendados pelas autoridades no assunto.
Com base em evidências, diversos fatores de riscos estão associados à obesidade
infantil, entre eles estão os distúrbios psicológicos, hipertensão, câncer, alterações no perfil
lipídico, hiperglicemia, síndromes de resistência à insulina, por consequência a diabetes,
perturbações do sono e no humor, dificuldades de relacionamentos sociais, e ainda problemas
de mobilidade no deslocamento, com limitações articulares, Com base em evidências,
diversos fatores de riscos estão associados à obesidade infantil, entre eles estão os distúrbios
psicológicos, hipertensão, câncer, alterações no perfil lipídico, hiperglicemia, síndromes de
resistência à insulina, por consequência a diabetes, perturbações do sono e no humor,
dificuldades de relacionamentos sociais, e ainda problemas de mobilidade no deslocamento,
com limitações articulares.
Outro fator que parecesse contribuir com a obesidade são as megatendências de
comunicação e informações, sendo que os jogos eletrônicos e redes sociais parecem ser
determinantes para redução dos níveis de atividade física como correr, brincar, jogar futebol,
a baixo dos parâmetros recomendados pela OMS, bem como ainda os tabletes, computadores
e celulares parecem ser determinantes na redução nos níveis de atividade física, influenciado
na qualidade de vida dessa população. Conforme Reis et al., (2011), o projeto de lei n. º
3.695/2005 sugere que as cantinas escolares deveriam ter profissionais com qualificação em
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nutrição, oferecendo alimentação com redução de sal e açúcar nas cantinas, além de alimentos
com menor quantidade de gorduras destinados a população infantil e juvenil.
O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, elaborada através
de coleta de dados em artigos científicos, livros, revistas e 10 monografias publicados no
período de 2000 a 2022, em bases de dados como: Pubmed, Medline, Scielo e a biblioteca
virtual Periódicos Capes, possibilitando a seleção de materiais com informações relevantes ao
tema, sob o ponto de vista de vários autores, usando estratégias de busca que contenha mas
palavras-chave “obesidade infantil”, “educação física”, “sedentarismo”, “jogos e brincadeiras

1.1 TEMA

OBESIDADE INFANTIL

 A obesidade é uma doença multifatorial de alto grau de complexidade, sendo difícil


seu controle e prevenção. Deve ser encarada e tratada como uma patologia que se desenvolve
por diferentes fatores de risco mórbidos, sendo associada ao aumento do índice de
mortalidade. No Brasil, a obesidade está presente nas diferentes faixas econômicas,
principalmente nas faixas de classe mais alta. A classe socioeconômica influencia a obesidade
por meio da educação, da renda e da ocupação, resultando em padrões comportamentais
específicos que afetam ingestão calórica, gasto energético e taxa de metabolismo.
  A obesidade infantil torna-se um sério problema de saúde pública, que vem
aumentando em todas as camadas sociais da população. Prevenir a obesidade infantil significa
diminuir de uma forma racional à incidência de doenças crônico-degenerativas. Na sociedade,
a escola é um local importante onde esse trabalho de prevenção pode ser realizado, através de
atividades interdisciplinares que foquem nos conhecimentos sobre saúde, com estímulos para
a prática de exercícios físicos fora da escola e melhoria dos hábitos alimentares.
A escola é sugerida como o local mais apropriado para as intervenções relacionadas à
saúde, já que é o local mais acessível para crianças e adolescentes, como sugerem Marques e
Gaya (1999). Os autores afirmam que a escola e a educação física escolar devem oferecer
uma educação voltada para a saúde, já que se identificam com interesses relacionados à saúde
pública.  A escola é a porta de entrada para encorajar o aumento da atividade física na vida
diária e estimular o exercício físico regular na vida de uma criança e, por isso, o professor de
educação física tem a responsabilidade de além de apresentar os fundamentos esportivos a
uma criança ou adolescente, mostrar a importância do exercício físico em sua vida como uma
forma de prevenção dá os conhecimentos apresentados na disciplina são restritos aos esportes
tradicionais como voleibol, futebol e basquete, sendo o esporte tratado como conteúdo
principal da disciplina. Outros conteúdos são desenvolvidos e apresentados sem qualquer
sistematização ao longo do ano letivo (ROSÁRIO e DARIDO, 2005). Essa problemática
amplia a preocupação quanto ao nível de aptidão física e quantidade de exercício físico que as
crianças brasileiras praticam, visto que a Educação Física escolar não pode ser considerada
uma prática regular de exercício físico. Obesidade e outras doenças (HALLAL, 2010).
Devemos entender que existem diferenças metodológicas entre os estudos citados. Porém,
todos demonstram que a inatividade física está presente na atual vida diária de crianças no
Brasil. Para Mello, Meyer e Luft (2004), a criança e ao adolescente tendem a ficar obesos
quando inativos, e a própria obesidade poderá fazê-los ainda mais inativos. O que se observa é
que as crianças com uma qualidade nutricional melhor têm mais disposição para realizar
atividades físicas em relação às crianças obesas. A partir das considerações apresentadas nos
parágrafos acima podemos sugerir, mais uma vez, que a praticar regular de exercício físico é
fundamental na prevenção da obesidade, e deve ser estimulada nas aulas de Educação Física
com apoio de outras disciplinas.
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Várias são as ferramentas disponíveis ao profissional de Educação Física para avaliar as


condições antropométricas relacionadas à saúde da população. Peso e altura são referências
utilizadas para verificar e acompanhar o desenvolvimento infantil, Essa poderia ser uma das
ferramentas utilizadas pelos professores para incluírem conceitos de saúde nos conteúdo da
Educação Física escolar. Entendemos que a responsabilidade de trabalhar com esse tema não
está só ligada à área da Educação Física, e sim a um trabalho multidisciplinar.

1.1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Busca com este tema mostrar para as pessoas a importância de uma boa alimentação e
da presente consciência das pessoas em relação a ela. O tema A Educação Física Escolar na
Atenção à Obesidade Infantil visa esclarecer a doença enfocando suas características causas
e consequências.
Por sua vez a obesidade infantil é preocupante, visto que é preciso mudar os hábitos
alimentares dentro e fora da escola. O estilo de vida das crianças hoje é bastante sedentário,
quase não fazem atividades físicas, enquanto que antigamente as crianças faziam suas
brincadeiras a maioria delas fora de casa. Filhos de pais obesos apresentam riscos ainda
maiores do que crianças que não tem. As doenças que antes apareciam somente na vida adulta
hoje começam a aparecer na infância por consequência do mau estilo de vida que as crianças
levam desde pequenas.
Oque levou a escolha do tema?
O que nos chamou a atenção, além dos problemas de saúde que afeta as crianças
obesas, e também de grande importância para nos estudantes de psicologia ter um
conhecimento sobre a saúde mental dessas crianças nessa fase, além do lado emocional que
pode ser comprometido. Há risco de depressão, de baixa confiança e de bullying. E isso
justamente no momento em que a personalidade da criança está sendo formada, o que pode
gerar um comprometimento profundo e duradouro.

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO

Nesta temática, o presente estudo busca responder ao problema: De que forma as


práticas da Educação Física Escolar poderão contribuir na prevenção da obesidade infantil?
Será que discutir somente o ganho de peso resolve o problema? As pessoas não
precisariam repensar seus conceitos acerca da obesidade? A sociedade não deveria
desenvolver um olhar mais crítico com relação ao tema da obesidade?
Através da aplicação de exercícios físicos durante o período escolar é possível
promover uma sensibilização dos discentes quanto à importância dos cuidados corporais,
como ter uma alimentação adequada, praticar exercícios físicos e manter a harmonia
psicofísica. É possível, através desta estratégia, garantir mais saúde e qualidade de vida
para os pequenos.
Portanto, consideramos que a escola exerce um papel importantíssimo para o
desenvolvimento de ações preventivas, sobretudo uma preocupação em discutir os aspectos
sociais, culturais e psicológicos dos alunos, propondo despertar um olhar mais crítico acerca
da obesidade nos diferentes contextos. Os parâmetros curriculares Nacionais (PCN)
mencionam que o Ensino de saúde tem sido um desafio para a educação.
Algumas questões nos vêm à mente: a integração e articulação permanente da educação
e da saúde são capazes de mudar ó modo como ás crianças obesas são vistas? Os aspectos
objetivos da obesidade são discutidos ou estimula a discuti-los? É possível perceber que não
existe uma preocupação em desenvolver uma crítica sobre a descriminação vivida por alunos
e alunas qualificados/as ou obesos/as.
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1.3 JUSTIFICATIVA

O tema foi escolhido em decorrência ao crescimento da obesidade entre as crianças e


das consequências que podem ser causadas futuramente. A obesidade infantil é considerada
como um dos mais sérios desafios de saúde pública do século XXI, como prevenir a
obesidade? na educação física como estratégia de prevenção e tratamento no controle da
obesidade infantil. Intensificar a promover a importância da atividade física na prevenção da
obesidade infantil, levando em conta os aspectos nutricionais, vivenciais e físicos
desenvolvidos na aula de educação física. A obesidade é uma das doenças crônicas não
transmissíveis mais comuns na infância, com tendência de se prolongar até a vida adulta,
tornando precoce o surgimento de outras doenças à ela associadas, tais como hipertensão
arterial, dislipidemia, diabetes tipo 2, entre outros fatores de risco cardiometabólico.
A prevalência de excesso de peso tem aumentado em todas as faixas etárias no Brasil, a
exemplo do que acontece ao redor do mundo. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares
demonstram que a proporção de crianças obesas quadruplicou nos últimos 20 anos, e a de
adolescentes triplicou no mesmo período.
A pesquisa em foco tem como fundamento a acepção das atividades físicas, sua
colocação em prática e sua concepção teórica no âmbito escolar como preenchimento do
tempo ocioso dos alunos com jogos e brincadeiras que contribuem para uma vida mais
saudável, possibilitando um desenvolvimento físico, psíquico, emocional e social. Os
exercícios físicos, principalmente os coletivos, beneficiam a socialização e os aspectos
psicológicos para uma plena convivência social.
Uma criança ativa consegue se prevenir de doenças crônicas mais facilmente;
doenças estas que atingem o ser humano cada vez mais cedo. A família, a escola e a
sociedade possuem um papel primordial na busca pela qualidade de vida e da saúde das
crianças, sendo agentes interventores e direcionadores das ações infantis.
Vários estudos têm demonstrado que a obesidade é uma doença multifatorial, que
apresenta grande relação com a dinâmica familiar, assim, o sucesso de programas de
prevenção e tratamento depende essencialmente do envolvimento da família e da escola. Para
tanto, o primeiro passo é o reconhecimento dos pais quanto ao estado nutricional dos filhos,
identificando o excesso de peso como risco para a saúde.

2 OBJETIVOS

Orientar os pais /responsáveis e crianças sobre os riscos, causas e tratamento da


obesidades infantil.
Conscientizar o educando da necessidade de mudanças comportamentais inadequadas a
fim de evitar-se sobrepeso, obesidade e demais consequências desta, através da reeducação de
hábitos alimentares e estímulo à prática de uma atividade física que lhe seja prazerosa,
objetivando uma maior qualidade de vida.

2.1 OBJETIVO GERAL


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Demonstrar através da literatura que as atividades lúdicas contribuem para a redução da


obesidade infantil no ambiente escolar. E compreender a importância da Educação Física
escolar como fator de prevenção contra a obesidade infantil.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar hábitos alimentares inadequados vivenciados pelo educando em seu dia a dia;
- Oportunizar mudanças destes hábitos inadequados através de um trabalho de reeducação
alimentar;
-Conscientizar familiares através de material pedagógico;
-Verificar peso, altura e IMC antes e depois da intervenção nutricional;
-Conscientização da necessidade de se praticar uma atividade física prazerosa a fim de que se
desfrute dos benefícios biopsicossociais que ela proporciona;
- identificar as principais causas da obesidade infantil;
- reconhecer a importância da escola, da família e da sociedade em geral na
conscientização e no combate deste problema.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 CONCEITO DE OBESIDADE

Define-se obesidade como o acúmulo excessivo de gordura em uma área específica ou


em todo o corpo. É uma doença de etiologia complexa e multifatorial, envolvendo a interação
de fatores fisiológicos, comportamentais e sociais. Um indivíduo é considerado obeso quando
a quantidade de gordura em relação ao peso corporal é igual ou superior a 30% nas mulheres e
25%noshomens, enquanto a obesidade grave é caracterizada por mais de 40%degordura
corporal nas mulheres e 35% nos homens (FARIAS, 2007).
A obesidade é uma condição clínica definida como o depósito exacerbado de gordura
no corpo, o que causa danos à saúde. É uma doença hereditária com múltiplas causas, onde
incidem fatores ambientais, psicossociais, culturais, alimentares, genéticos, hormonais e
metabólicos. “É a acumulação de gordura para além da necessária ao equilíbrio funcional e
morfológico do organismo saudável.” 
A grande quantidade de tecido adiposo durante as primeiras fases de vida envolve
hábitos alimentares inadequados, propensão genética, etnia, aspectos psicológicos e
condição econômica. Relevante ressaltar que 95% dos casos de obesidade possuem como
causa preponderante fatores externos; os demais 5% de situações é que são atribuídas a
alterações hormonais e carga genética. Dessa forma, um estilo de vida adequado é o melhor
método preventivo para o combate à obesidade, seja na infância ou na vida adulta.  
A obesidade é a consequência da ingestão de energia de forma excessiva. Este
consumo exagerado pode começar durante os primeiros anos de vida, sendo determinado
por influências culturais e hábitos familiares. Uma pessoa é considerada obesa quando está
20% acima de seu peso ideal. A obesidade pode ser dividida entre quatro grupos:
a) Obesidade tipo I, caracterizada pelo excesso de massa gorda total sem nenhuma
concentração particular de gordura numa certa região corporal; b) Obesidade tipo II,
caracterizada pelo excesso de gordura subcutânea na região abdominal e do tronco
(androide); c) Obesidade tipo III, caracterizada pelo excesso de gordura víscero-abdominal;
d) Obesidade tipo IV, caracterizada pelo excesso de gordura glúteo-femural (ginóide).  
Nas décadas passadas a desnutrição era determinada como o problema alimentar
mais relevante nos países em desenvolvimento; e, em contrapartida, a obesidade era
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característica de pessoas que estavam em países desenvolvidos. Este cenário mudou, sendo
o Brasil um país em desenvolvimento e que já possui índices alarmantes de obesidade
infantil. Antes as pessoas de cada país eram caracterizadas como unidades homogêneas; no
atual cenário, há a fórmula mista tanto do excesso de peso quanto do déficit nutricional.
A obesidade se tornou uma doença através do aumento da quantidade de obesos,
ligando ao comodismo, os fatores ambientais e genéticos entre os adultos. O crescimento da
prevalência de obesidade está relacionado pelo aumento da ingestão calórica nos últimos
séculos (COUTINHO, 2007).
Antigamente a imagem de uma pessoa com sobrepeso era vista como uma pessoa
bonita e saudável. Alguns pintores famosos em alguns de seus quadros retratavam homens e
mulheres com pesos, diferente do que hoje em dia é visto como adequado.
A prevalência da obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos
últimos 50 anos vem aumentando, deixando de ser uma questão de padrão de beleza e saúde,
para constituir-se em um risco a longo prazo, ocasionando doenças. Os números em crianças e
adolescentes são maiores em relação aos adultos (FILHO, 2004).
Na faixa etária das crianças entre 4 a 10 anos, elas possuem uma vida ativa e possui
habilidades motoras para que possa explorar o meio que vive. Contudo, o mundo atual e com
o avanço da tecnologia e a comodidade vêm, cada dia que passa, contribuindo para o
sedentarismo, deixando de realizar atividades físicas que são importantes para o
desenvolvimento motor e perda de peso (NEVES et al., 2010). Pode-se definir a obesidade
como um grupo heterogêneo de inúmeras causas, não sendo uma desordem singular, mas um
fenótipo de obesidade (FRANCISCHI et al., 2000).
A Obesidade segundo o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, é um acúmulo de
energia sob uma forma de massa adiposa. O Índice de Massa Corporal (IMC) é o método mais
fácil e confiável, pois indica a gordura corporal e possíveis complicações secundárias
(VENÂNCIO, 2012).
Um dos métodos mais utilizados por ser prático, mundialmente aplicado, e barato, é a
antropometria, além de ter uma aceitação da população. Peso, sexo, idade, altura é uma das
informações básicas podendo vir a ser combinadas por duas ou mais. Já o IMC em adultos e
adolescentes é bem mais usado do que em crianças, pois são avaliados com o índice
peso/altura. Esses valores são de referência pela OMS (ABRANTES et al., 2002).
As consequências para a saúde associadas à obesidade dependem não só da quantidade
de gordura em excesso. De facto, os indivíduos obesos com excesso de depósitos de gordura
intra-abdominal têm risco aumentado de consequências adversas da obesidade, sendo mesmo
este um fator de risco independente para elas (Zhu, 2002)
Uma vez que o IMC permite, duma forma rápida e simples, dizer se um indivíduo
adulto tem baixo peso, peso normal ou excesso de peso, foi adoptado internacionalmente para
classificar a obesidade (OMS, 2000)
A determinação da circunferência da cintura (determinada a meia distância entre o
limite inferior do rebordo costal e a crista ilíaca superior) consiste num método simples e
prático de identificar os pacientes com risco, uma vez que se correlaciona com a distribuição
corporal de gordura e com as comorbilidades associadas (Zhu et al, 2002; Klein et al,2007),
incluindo o risco de morte (Pischon et ali, 2008).

3.1.2 OBESIDADE INFANTIL E SUAS CAUSAS

Apesar das pesquisas existentes sobre a origem e o desenvolvimento da obesidade em


algumas pessoas, diferentemente de outras, ainda é difícil determinar como cada pessoa
desenvolve a obesidade. Segundo Romero e Zanesco (2006), é difícil determinar a etiologiada
obesidade, devido às suas características multifatoriais, ou seja, sua ocorrência é resultado de
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vários fatores, individuais ou relacionados, como comportamento, cultura, genética, fatores


fisiológicos e psicológicos.
Pode-se afirmar que a obesidade infantil depende de dois fatores. O primeiro é o fator
genético (endógeno), formado pelo conjunto de genes herdados através dos pais. Mesmo
que os genitores não sejam obesos, sua prole pode carregar esta carga genética. Quanto
menos idade tiver e mais pesada for a criança, terá uma maior probabilidade de ter estas
especificidades genéticas. 
O segundo aspecto é a influência do meio ambiente (fator exógeno). As crianças que
ficam muito em casa, atentas a TV e videogames, vivem na verdade uma vida sedentária, o
que contribui muito para a obesidade infantil. Além do mais, o estilo de vida e os fatores
nutricionais, como escolha dos alimentos, bem como quantidades e frequência que são
ingeridos, são os aspectos mais determinantes para o quadro da obesidade infantil.
Conforme diversos estudos na área, atualmente são evidentes o baixo consumo de verduras,
legumes e frutas e o aumento no consumo de açúcar refinado e refrigerante. A substituição
de refeições balanceadas por lanches rápidos, com valores nutricionais inadequados agrava
muito também este quadro.
Os padrões de nutrição da população estão cada vez mais mostrando as características
erradas, com excesso de gordura e açúcar, e o exercício está se tornando mais raro (BRASIL,
2014).
Fatores internos associados à obesidade incluem genética quando há pré disposição para
ganho de peso e metabolismo quando o corpo trabalha mais devagar.
Fatores externos incluem tipos de alimentos, sua preparação e modo de comer, além de
fatores psicológicos, como problemas emocionais que levam a criança a comer mais como
mecanismo compensatório.
A inatividade física e o estilo de vida de uma criança também são muito importantes para
definir a ocorrência ou ausência de obesidade. Quando o gasto de energia é menor que o
consumo, ocorre acúmulo, o que leva a o sobre peso e à obesidade.

3.1.3 PREVENÇÃO DA OBESIDADE EM CRIANÇAS

A prevenção da obesidade é, sem dúvida, a melhor maneira de manter as crianças


saudáveis, com desenvolvimento físico adequado e desenvolvimento mental equilibrado. A
prevenção, o tratamento e o controle da obesidade têm sido o maior desafio para
pesquisadores e profissionais de saúde, porque o acúmulo de gordura no corpo está associado
a várias doenças. Devido à relação direta entre dieta e atividade física com a prevenção,
tratamento e controle da obesidade e doenças relacionadas, os especialistas em nutrição e
educação física devem necessariamente participar de grupos multidisciplinares para
prescrever e monitorar em fases preventivas e medicamentos. A prevenção da obesidade em
crianças e adolescentes começa no período intrauterino. Acredita-se que, quando as mulheres
grávidas se tornam excessivamente acima do peso, elas têm maior probabilidade de ter um
filho com tendência a ser obeso (BALABAN E SILVA, 2004).
A mãe deve tomar as medidas necessárias para garantir que o ganho de peso durante a
gravidez esteja em um nível considerado normal. Essas medidas incluem uma dieta
equilibrada com frutas, legumes, fibras e cereais, além de exercícios leves, como caminhadas
curtas. Após o parto, a amamentação, além de fortalecer o sistema imunológico da criança e
criar laços emocionais com a mãe, também funciona como um meio de prevenir a obesidade.
Quando o bebê cresce, a alimentação começa com outros alimentos além do leite da mãe.
É importante que, nesta fase, a dieta já seja cautelosa e equilibrada, contendo frutas, laticínios,
muitos líquidos, pouca gordura e pouco sal. O desenvolvimento do hábito de se alimentar de
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forma saudável é um processo que envolve muitos fatores, levando em consideração a


predisposição inata das crianças a alimentos doces e salgados.
Além de garantir a saúde e o bom desenvolvimento da criança, cuidar da alimentação e
do exercício, impedir que a criança seja obesa, exclui a possibilidade de a criança ser motivo
de brincadeira ou exclusão devido ao seu peso, como afirmou Barbosa (2004), crianças obesas
não são selecionadas ou escolhidas por último por colegas durante as aulas. As campanhas de
pesquisa e conscientização pública consumiram muitos recursos financeiros, mas a epidemia
de obesidade continua a aumentar e tem melhores perspectivas a curto e médio prazo. Isso é
exacerbado pelo fato de que a obesidade deixou de ser comum apenas em adultos e idosos,
tornando-se bastante presente entre crianças e adolescentes (SANTOS et al, 2007).

3.2 As Aulas de Educação Física para Prevenção, Conscientização e Auxílio no Combate


da Obesidade na infância

Os alarmantes índices de obesidade infantil registrados no Brasil demonstram como


é importante a prevenção do sobrepeso, sendo a escola o local considerado ideal para
realizar as intervenções necessárias, principalmente através da Educação Física. Como
disciplina que se caracteriza por promover a saúde, os profissionais devem atuar como
impulsionadores de seus alunos, para que sempre adotem um estilo de vida ativo. A prática
regular de exercícios físicos durante a fase escolar incentiva a adoção de hábitos saudáveis
durante toda vida. 
A escola é protagonista na prevenção e no tratamento da obesidade infantil, visto
que as crianças passam a maior parte de seu dia nos centros de ensino. Dessa forma, deve
constar na grade curricular a educação alimentar, além de serem oferecidos lanches
saudáveis dentro da escola e um grande incentivo à prática de exercícios físicos.
Conhecer o quanto a prática de atividades físicas é importante para a saúde é
extremamente necessário, visto que muitas crianças optam por assistir televisão e brincar
com jogos eletrônicos do que correr, pular, jogar bola. A inatividade física durante a
infância é muito prejudicial. Fatores como a insegurança pública e a violência existente na
sociedade moderna colaboram muito para agravar este quadro. 
Neste contexto, a Educação Física escolar tornou-se um dos poucos lugares para as
crianças praticarem atividades físicas, tendo a oportunidade de se beneficiar das vantagens
de ter uma atividade direcionada por um profissional apto, possuindo assessoramento não
somente durante a atividade proposta, mas de temas relacionados à saúde em geral.  
Os métodos de prevenção e combate ao sobrepeso e à obesidade devem ser
iniciados em idade escolar, sendo mantidos nos anos posteriores para que sejam eficazes.
Há que se ter um esforço maior para que as práticas sejam adotadas pelos alunos,
principalmente até os dez anos, pois neste momento são despertados o interesse e o
entendimento sobre hábitos saudáveis. 
Durante as aulas de Educação Física, a estimulação das crianças com sobrepeso
para praticar atividades é potencializada se houver preferência por atividades não
competitivas, pois geralmente nestas as crianças obesas são excluídas. 
Atualmente, a Educação Física escolar encontra-se negligenciada. Os alunos, por
vezes, não possuem interesse em realizar movimentos, aprendendo pouco ou nada sobre
seu corpo e os cuidados que deve ter com ele. A aptidão física deve ser entendida como o
envolvimento do indivíduo através das práticas físicas ministradas, seja dança, esportes,
ginástica ou jogos. 
Os professores de educação física são muitas vezes compreendidos como
coadjuvantes, sendo pessoas que estão ali apenas para entreter os alunos. É preciso que este
profissional seja valorizado, incorporando uma nova postura frente ao sistema educacional,
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onde adotam em suas aulas metas voltadas à promoção da saúde, desenvolvendo e


organizando experiências que coloquem os educandos em situações nas quais vejam a
importância de adotar um estilo de vida saudável.  
A principal meta dos programas de educação para a saúde através da educação
física escolar é proporcionar fundamentação teórica e prática que possa levar os educandos
a incorporarem conhecimentos, de tal forma que os credencie a praticar atividade física
relacionada à saúde não apenas durante a infância, mas também, futuramente na idade
adulta. Informações sobre a relação da atividade física com as doenças crônico-
degenerativas e incentivos mais ostensivos sobre a prática regular de atividades físicas
devem estar entre as prioridades nas aulas de Educação Física escolar, ao lado da
construção do conhecimento e desenvolvimento psicomotor. 
Segundo Santos (2007), a recomendação para a educação física nas escolas é priorizar
a atividade física mais vigorosa comên fase no desenvolvimento psicomotor, com o objetivo
principal de aplicar essas atividades por pelo menos 30 minutos, colocando atividades de
menor intensidade no início e/ou no final da aula. Dada a magnitude do problema da
obesidade infantil, percebe-se que um currículo aplicado apenas na aula, não seria suficiente
para levar a uma redução substancial da doença, devendo, portanto, trabalhar de forma
interdisciplinar, buscando auxílio de outras disciplinas escolares (Ciências, Português,
Matemática) (TEIXEIRA; DESTRO, 2010). Considera-se que os professores de educação
física têm conhecimento e habilidade para promover alternativas para conscientizar que juntos
podem prevenir a obesidade infantil (MATTOS; NEIRA, 2005).

3.3 Jogos E Brincadeiras na Minimização da Obesidade infantil

Segundo Awad (2006), lúdico significa brincar. Nessa brincadeira, estão incluídos
jogos, brinquedos, entretenimento e performances temáticas, assim como a prática de
atividades lúdicas, objetivos e ações no mundo ao seu redor. Segundo Santos, o jogo é
necessário para todos em qualquer fase da vida.
Cruz apud Awad (2006), defende que a prática de atividades lúdicas não deve ser vista
apenas como diversão, pois as atividades lúdicas contribuem para a aprendizagem,
desenvolvimento pessoal, social e cultural, além de uma boa saúde física e mental. Maluf
(2003), destacou que o brincar proporciona a exploração de novos conhecimentos,
desenvolvendo habilidades de forma natural e prazerosa. É uma das necessidades básicas das
crianças e é essencial para um bom desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo.
Por outro lado, Machado (2003), apontou que brincar também é raciocínio, descoberta,
perseverança e persistência, aprender a perder, perceber que haverá mais oportunidades de
ganhar, trabalhar duro, ter paciência e não desistir facilmente.
Awad (2006), defende que os jogos e brincadeiras devem ser incentivados no
ambiente escolar para que possam ser estendidas à vivência familiar da criança, em busca da
possibilidade de viver a infância plena, olhando para o que mais valorizam, que é o “brincar”
e, ao mesmo tempo, contribuir para manter um corpo saudável e equilibrado em termos de
porcentagem de gordura. Observa-se que a escola pode representar um espaço importante para
a prática de hábitos lúdico-atividade física, pois as crianças passam a maior parte do tempo na
escola e, portanto, podem praticar, brincar e movimentar-se fisicamente.
Conforme observado por Bergman et al (2005), a escola é o ponto de partida para a
prevenção da obesidade infantil. No entanto, a bandeira deve ser levantada por todos os
membros da escola. Além disso, os pais precisam estar cientes da importância do brincar e da
atividade física no desenvolvimento de cidadãos mais ativos e saudáveis.

3.4 O Papel do Professor de Educação Física Escolar no combate à Obesidade


13

A educação física, assim como outras disciplinas escolares, faz parte do processo
educativo do desenvolvimento infantil, portanto, a sala de aula deve proporcionar alegria e
bem-estar para criar uma melhor qualidade de vida.
A educação física é um momento para enfatizar os benefícios de uma vida ativa, pois é
um dos poucos ambientes onde as crianças praticam atividade física sob orientação
profissional. Para as crianças, a atividade física possui grande importância, porque o primeiro
contato que eles têm é na escola, portanto, é importante que o professor de educação física
seja qualificado e receba o treinamento necessário para incentivar a participação nas aulas, e
isso chama a atenção da criança para que o primeiro impacto traumático não ocorra cause
desapontamento, mas é uma classe que se sente desafiada e satisfeita com a realização,
deixando o desejo de sempre ter mais.
E nesse estado de acomodação de uma criança obesa, surge o papel de um professor de
educação física, que deve utilizar em suas aulas métodos que chamem a atenção do aluno e o
façam sentir-se em movimento, que ele perca a sensação de estar engajado na atividade física,
comece a se lembrar de que é uma atividade prazerosa que estimula ainda mais a necessidade
de ser ativo e adquirir conhecimento.
O professor de educação física deve ter uma posição crítica em relação a uma criança
obesa durante as aulas, pois envolve não apenas os exercícios, mas também a necessidade de
promover a interação com outros colegas, pois, como explicado acima, uma das
consequências da obesidade é exclusão social, como resultado da qual a criança sofre apelidos
pejorativos e é excluída da vida com outros colegas e, portanto, afasta-se de todos.
Portanto, o papel do professor de educação física não é apenas incentivar a prática de
exercícios físicos, mas também planejar as aulas, estimular a interação entre os alunos e
promover a prática de exercícios físicos com consciência de sua necessidade, sempre informar
os alunos sobre a necessidade de mudança e manter uma alimentação saudável, pois uma
criança que recebe esse tipo de orientação de exercícios na escola, os distribui para todos os
familiares e colegas de classe, promovendo a divulgação das informações iniciadas no
ambiente escolar.
É importante destacar que o professor de educação física, além de visar o
desenvolvimento motor e o controle da gordura corporal, também deve buscar a integração
entre os alunos, contribuindo assim para o desenvolvimento cultural e social das crianças
envolvidas na atividade física.

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente estudo apresentado se trata de uma revisão bibliográfica de artigos e/ou


trabalhos científicos. Para a realização da pesquisa, foram procurados artigos e trabalhos
científicos produzidos no período de 2006 até 2022, em duas bases de dados bibliográficas:
Google Acadêmico e Scielo.
Colocado em vista que o tema é “A importância da educação física escolar na prevenção
da obesidade infantil”, foram utilizadas palavras chaves diversas, como exemplo: obesidade
infantil, educação física escolar, obesidade infantil e a educação física escolar e prevenção da
obesidade infantil na educação física escolar.
Para essa pesquisa, foi utilizada uma leitura exploratória de artigos, livros científicos,
revistas, monografias, trabalhos e teses relacionados a importância da educação física escolar
na prevenção da 6 obesidade infantil nos anos iniciais do ensino fundamental, assim trazendo
a amplitude no determinado assunto.
Esse tipo de pesquisa envolve levantamento bibliográfico e análise de exemplos para
estimular a compreensão do tema (GIL, 2009). Além disso, essa pesquisa também envolve a
14

pesquisa seletiva, descritiva explicativa. A pesquisa descritiva apresenta características de


determinada população relacionando-a entre variáveis (GIL, 2009). Ainda de acordo com Gil
(2009), a explicativa visa identificar os fatores determinantes ou contribuintes para a
ocorrência do fenômeno.
Segundo Gehardt e Silveira (2009), a pesquisa exploratória tem como objetivo promover
maior ligação com a problemática, tornando-a mais explícita ou a construir hipóteses. A
pesquisa descritiva tem como principal objetivo a descrição das características de determinada
população ou fenômeno, ou então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Como
principal característica é a utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados sendo elas
questionários e/ou observações sistemáticas
A metodologia utilizada na pesquisa foi a revisão de literatura, com busca de artigos
publicados em bases on-line de dados científicos. A coleta de dados web-bibliográfica,
realizada entre março e outubro de 2022, foi norteada por artigos publicados entre 2006 e
2022; sendo fundamentada pelas palavras-chave: obesidade infantil, desenvolvimento
infantil, saúde durante a infância, qualidade de vida da criança e educação física escolar.
Para chegar aos resultados esperados, através da pesquisa em apreço, são analisados e
discutidos estudos que abordam variados aspectos essenciais da obesidade infantil; bem
como o papel da escola, do professor e da sociedade na disseminação dos exercícios físicos
e de um estilo de vida saudável.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO


O atual estudo é uma revisão de literatura referente à educação física escolar na atenção
à obesidade infantil, a fim de mostrar de forma clara como é possível a prevenção da
obesidade infantil, alertando a população e profissionais da educação, que essa epidemia tem
como ser consideravelmente minimizada através de trabalhos na área da educação física na
escola, propondo um bom desenvolvimento da saúde das criança.
Utilizando-se de uma busca bibliográfica através de métodos de pesquisa como:
exploratória, seletiva e descritiva e analítica.
Obesidade infantil:
Os riscos da obesidade infantil
Quais as principais causas da obesidade infantil
Como evitar a obesidade infantil?
Obesidade infantil tornou-se atualmente a doença nutricional mais prevalente em países
desenvolvidos, sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde um dos maiores
problemas de Saúde Pública no Mundo.
Ela é considerada uma doença crônica não transmissível, definida pelo acúmulo de
gordura corporal que provoca alterações no corpo humano e com origem em causas
multifatoriais, gerando impactos em diversas condições da vida humana, e, mais amplamente,
na sociedade. Grande parte dos adolescentes obesos adquire a obesidade durante a infância,
mais especificamente antes dos cinco anos de idade, tornando-se então adultos obesos, sendo
maior a relação quanto maior a severidade de obesidade. Dessa forma, o objetivo desse
trabalho é identificar a percepção dos estudantes sobre a obesidade, a fim de sensibilizar e
contribuir com questionamentos e reflexões relacionando ao tratamento de pessoas com
sobrepeso/obesidade.
Trata-se de um projeto de intervenção, cujas atividades envolveram palestras, análise de
documentários, produção de material e exposição. Os resultados obtidos com o projeto
mostraram-se positivos visto que houve o interesse por parte dos participantes pela construção
de uma alimentação saudável, exercícios físicos e os benefícios dos mesmos para uma
qualidade de vida maior
15

4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Pesquisa feita em uma escola pública, na qual foi escolhido uma sala de aula com a
quantidade de 30 alunos 6 a 8 anos de idade 10 era obesos. Foram todos entrevistados a
maioria tinha uma alimentação errada e também não praticara exercícios, orientamos os pais a
alimentação de seus filhos tanto em casa como no ambiente escolar e ainda do estilo a pratica
de atividades físicas.
Na escola é um local importante onde um trabalho de prevenção à obesidade pode ser
realizado, pois crianças e adolescentes fazem pelo menos uma refeição nas escolas, o que
possibilita um trabalho de reeducação nutricional aliado ao incentivo à atividade física.

4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS


Instrumento de Universo pesquisado Finalidade do Instrumento
coleta de dados
10 Adolescentes todos estudantes. A finalidade da entrevista e
Entrevista orientar todos como ter uma
alimentação saudável e também
praticar atividades física, com
isso pode ter uma vida de menos
risco e mais saudável e fora da
obesidade.
Observação Escolas, área de lazer e academia. Ensinar o certo para ter uma boa
Direta ou do avaliação ao praticar e alimentar.
participantes
Informações com profissional, Ajudar a ter um comportamento
Documentos realização de palestra e artigos, certo e seguir suas regrinhas
livros e pesquisa na internet. para ter uma vida equilibrada

Dados Palestra sobre obesidade infantil Passar conhecimento para todos


Arquivados escolar que querem aprenderem.

5. CRONOGRAMA
Março Abril Maio Junho
Redação do X X X
Capítulo 1
Redação do X X
Capítulo 2
Redação do X X
Capítulo 3
16

Introdução X

Conclusão X

Revisão do X X
Conteúdo
Revisão X
Metodológica
Revisão X
Ortográfica
Preparação X
para defesa
Defesa X

6. PLANO PROVISÓRIO DA MONOGRAFIA

A Educação Física Escolar possui um importante papel no desenvolvimento da criança


como um agente de promoção de hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis. O professor
de Educação Física pode transformar a vida das crianças, prestando assistência, hábitos de
atividades físicas, acompanhando o físico, conscientizando os alunos sobre a importância da
prática de atividades físicas que não apenas previnam a obesidade, como também lhe
proporcionem prazer e bem-estar, motivação e autoconfiança.
A escola é o lugar onde os discentes podem viver a cultura corporal, desenvolvendo
suas habilidades em correr, saltar, pular, habilidades estas que são de suma importância no
desenvolvimento infantil.
As crianças e os adolescentes passam a maior parte do seu dia na escola. Assim, a
Educação Física Escolar torna-se um elo entre os alunos e a prática de exercícios físicos.
Alguns autores afirmam que “a escola tem sido reconhecida como a instituição em melhor
posição para estimular e atender as necessidades de prática de atividade física dos jovens”.
Embora a Educação Física esteja presente nas escolas, vale ressaltar que nem todos os
alunos participam das atividades, alguns simplesmente não gostam das práticas, outros têm
vergonha das suas características físicas, alguns deles têm alguma deficiência física ou estão
acima do peso.
A infância trata-se de um período de vida em transformação, pode acarretar o
aparecimento de alguns transtornos, dentre ele os que afetam o comportamento alimentar que
se trata de respostas comportamentais na maneira de como o indivíduo se alimenta, que pode
estar relacionado aos padrões de vida, condições sociais, culturais entre outras, o que interfere
diretamente no estado nutricional de cada um (GONÇALVES et al., 2013).
Em se tratando da obesidade, Souza (2006, p. 7), diz que “a obesidade é um grupo de
condições crônicas caracterizadas pelo excesso de gordura corporal, atribuídas a um
desequilíbrio energético, de origem multifatorial”. Entre as origens da obesidade estão o mau
hábito alimentar, lesão hipotalâmica, fatores genéticos, hiper nutrição infantil, inatividade
física (sedentarismo) e fatores ambientais. Além disso, a obesidade pode desencadear outras
doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças coronarianas, arteriosclerose,
entre outras (GUYTON; HALL, 2002; COUTINHO, 2007).
Os dados sobre obesidade infantil são tão alarmantes que a Organização Mundial da
Saúde estima que em 2025 o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões
(OMS, 2019).
17

A partir dessas informações sobre a Educação Física Escolar Na Atenção À


Obesidade Infantil, no decorrer dessa revisão de literatura foram abordadas as principais
causas da obesidade, a importância e os benefícios das práticas de atividades físicas. Sendo
assim a proposta desse estudo será responder a seguinte problemáticas: Qual a importância da
prática de atividades físicas na prevenção da obesidade infantil? De que forma as práticas da
Educação Física Escolar poderão contribuir na prevenção da obesidade infantil?
A importância deste estudo sobre a obesidade infantil nos revela uma série de fatores:
crianças apresentando doenças que antes eram vistas em adultos e crescendo despreocupadas
com a saúde. Prevenir a obesidade infantil significa diminuir, de uma forma racional, a
incidência de doenças crônicas e degenerativas.
Os hábitos bons ou ruins começam primeiramente em casa e isso nos mostra que deve
haver uma relação entre os pais, a escola e o profissional de Educação Física; assim o
tornando parceiro com os pais de crianças obesas ou fazendo a prevenção. A promoção da
atividade física pode produzir hábitos mais saudáveis na população escolar, reduzindo o risco
para a obesidade.
Para a realização deste trabalho foram utilizados a pesquisa bibliográfica e o método
qualitativo. Para Gil (2002, p. 44), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de
materiais já elaborados, constituído principalmente de artigos científicos e livros. A pesquisa
qualitativa se preocupa com a compreensão de um grupo social e da organização e não com a
representatividade numérica. Os pesquisadores que usam a abordagem qualitativa defendem
um modelo de pesquisa para todas as ciências (GOLDENBERG, 1997, p. 34).
Para a busca dos materiais bibliográficos foi feito o levantamento de artigos realizados
nos últimos 6 anos, nos bancos de dados: Google Acadêmico, Google e Scielo, com finalidade
de identificar bibliografias pertinentes ao assunto. Foram encontrados 30 artigos, sendo eles
de 2002 até 2022, para a seleção dos mesmos foram usadas palavras-chave como: Educação
Física, obesidade, obesidade infantil, atividade física. Também foram observados os títulos e
resumos, para assim serem realizadas a triagem. Os critérios de inclusão foram os artigos que
abordassem os assuntos relacionados à obesidade infantil e à importância do professor de
Educação Física na redução da obesidade. Ao final da triagem, a exclusão dos artigos se deu
porque não se tratavam da obesidade nas escolas, eram escritos em outra língua ou eram
voltados para a área da nutrição.
A obesidade infantil é um grande problema de saúde pública, que eleva os índices
de morbidade e mortalidade entre as crianças. A pesquisa em foco possui como objetivo
compreender a importância da Educação Física escolar como fator de prevenção contra a
obesidade infantil. É homogêneo entre os autores que os fatores sedentarismo e má
alimentação são determinantes para a manutenção da obesidade. Minimizar o tempo em
frente à televisão e escolher comidas saudáveis são condutas que auxiliam na perda do peso
excedente.
Demonstrar para as crianças o lado positivo de um estilo de vida saudável é papel
dos pais e da escola. Durante as aulas de Educação Física deve ser proporcionada à criança
o contato com variadas de atividades, devidamente monitoradas por um profissional da
área, desenvolvendo diversos aspectos psicomotores. É importante que a escola desenvolva
um trabalho junto às crianças, para que aprendam a escolher bem seus alimentos, pautando-
se pelo seu valor nutricional.
A obesidade infantil é um problema de saúde pública que cresce cada vez mais no
Brasil, eleva os gastos públicos, coloca em foco doenças crônico-degenerativas que
anteriormente não eram detectadas em crianças, bem como acarreta diversos transtornos
psicossociais como a ansiedade e a depressão.
Através deste estudo, foram delineados diversos posicionamentos sobre o combate e
a prevenção da obesidade, sendo pensamento homogêneo entre os autores que o confronto
18

dos fatores sedentarismo e má alimentação é a melhor solução. Diminuir o tempo em frente


à televisão e aos jogos eletrônicos, bem como escolher lanches saudáveis ao invés de  fast-
foods, são condutas que auxiliam na perda do peso excedente.
Conscientizar as crianças sobre as vantagens de um estilo de vida saudável é papel
dos pais, que atuam juntamente com a escola. Nos centros de ensino, deve ser
proporcionada à criança a prática de atividades físicas, devidamente monitorada por um
profissional da área, e, caso possível, diversificada para que se tenha toda a amplitude de
movimento, desenvolvendo várias áreas psicomotoras. Além da parte prática, é importante
que a escola desenvolva um trabalho junto às crianças, de forma que aprendam a escolher
bem seus alimentos, pautando-se pelo seu valor nutricional.
A criança ao entender os valores de uma vida saudável torna-se um adulto também
preocupado em preservar sua saúde, sendo um grande modificador dos hábitos de toda
família. A obesidade é um mal que deve ser combatido, em conjunto com toda sociedade.

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19. Greenspan FS, Gardner DG. Endocrinologia básica e clínica. Mc Graw Hill.2006;
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20. Leão LSCS, Araujo LMB, Moraes LTLP. Prevalência de obesidade em escolares de
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25. Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa:
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