Trabalho Contabiliadae Geral

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ÍNDICE

AGRADECIMENTO...........,........................................................................................................I
RESUMO......................................................................................................................................II
ABSTRACT................................................................................................................................III
EPIGRAFE.................................................................................................................................IV
CONCLUSÃO.............................................................................................................................V
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1
1.1 – CONTEXTO............................................................................................................2
1.2 - PROBLEMA................................................................................................................3
1.3 - OBJETIVOS....................................................................................................................3
1.3.1 – Objectivo Geral............................................................................................................3
1.3.3 Objectivos Específicos....................................................................................................3
1.4-JUSTIFICATIVA..............................................................................................................4
1.5 DELIMITAÇÃO................................................................................................................4
2.1.1-Difinição de Conceitos....................................................................................................5
2.1.2 Objectivo de Demonstração dos Fluxos de Caixa............................................................7
2.1.2 Atividades operacionais...................................................................................................7
2.1.3 Atividades de investimento.............................................................................................9
2.1.5 Conceito de caixa e equivalente de caixa.......................................................................11
2.2. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA.............................................................11
2.3. IMPORTÂNCIAS DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA..........................12
2.4. MÉTODOS DE DIVULGAÇÃO........................................................................................13
2.4.1 Método Direto...............................................................................................................13
2.4.2. Método Indireto............................................................................................................14
2.4.3 Vantagens e desvantagens dos métodos de divulgação..................................................15
2.5.1-Estrutura DFC - Método directo....................................................................................17
2.5.2 Estrutura DFC - Método indireto...................................................................................18
1. INTRODUÇÃO

Actividades da empresa que podem ser agrupadas de acordo com a sua natureza e que
podem ser divididas em: operações, investimentos e financiamentos. Todas as
atividades envolvem recursos e, portanto, são conduzidas para a obtenção do lucro.
Para exercer sua função básica, o administrador financeiro deve ter: senso analítico,
capacidade de planejamento e de controle e, principalmente, capacidade de tomar
decisões sobre investimentos e financiamentos mais viáveis para a empresa. O conceito
de equivalência de capitais confunde-se com o conceito de matemática financeira. Por
meio da equivalência de capitais, podemos comparar capitais para diversas datas de
vencimento. Assim sendo, sempre que quisermos comparar diferentes capitais, teremos
que compará-los a uma data, isto é, ou a valor presente e/ou a valor futuro, à mesma
taxa e em condições idênticas.

Risco e retorno são a base sobre a qual são tomadas decisões racionais e inteligentes
sobre os investimentos. De modo geral, “risco” é uma medida da volatilidade ou
incerteza dos retornos, e “retornos” são as receitas esperadas ou fluxos de caixa
antecipados de qualquer investimento. O propósito deste capítulo é levar você a
compreender a transformação do dinheiro no tempo e nos resultados obtidos; e
mensurar os investimentos efetuados pela organização em cenários econômicos

Para isso, torna-se necessário ter visão dos cenários futuros da economia nacional e
mundial. Mais especificamente, o conteúdo deste tema será tratado em função da
distribuição de probabilidade e suas possibilidades de ocorrências favoráveis em relação
às ocorrências possíveis do retorno esperado. Actividades da empresa que podem ser
agrupadas de acordo com a sua natureza e que podem ser divididas em: operações,
investimentos e financiamentos. Todas as atividades envolvem recursos e, portanto, são
conduzidas para a obtenção do lucro. Para exercer sua função básica, o administrador
financeiro deve ter: senso analítico, capacidade de planejamento e de controle e,
principalmente, capacidade de tomar decisões sobre investimentos e financiamentos
mais viáveis para a empresa.

Para isso, torna-se necessário ter visão dos cenários futuros da economia nacional e
mundial. Mais especificamente, o conteúdo deste tema será tratado em função da
distribuição de probabilidade e suas possibilidades de ocorrências favoráveis em relação
às ocorrências possíveis do retorno esperado.
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1.1– CONTEXTO
Segundo Caiado (2000), a Demonstração dos Fluxos de Caixa tem como objectivo
principal a apresentação de informação sobre os recebimentos e os pagamentos de uma
empresa, ocorridos durante um determinado período. Por conseguinte segundo o mesmo
autor, esta Demonstração pode auxiliar os investidores, os credores e outros a aceder a
informações relativas a:
 Capacidade de gerar fluxos de caixa positivos no futuro;
 Capacidade da empresa em solver os compromissos e pagar dividendos;
 Necessidade de recurso ao financiamento externo;
 Relação entre o resultado patenteado nos documentos de prestação de contas e
os fluxos líquidos de caixa originados pelas actividades operacionais, de
investimento e de financiamento;
 Explicação das variações ocorridas na situação financeira entre o início e o final
de um período contabilístico.

Agregam que a DFC tem como objetivo propiciar informações relevantes para seus
usuários sobre os recebimentos e pagamentos em dinheiro de uma entidade, ocorridos
em um determinado período, facilitando assim, a análise da capacidade que a entidade
tem de gerar caixa e equivalente de caixa.
A demonstração dos Fluxos de Caixa, quando usada em conjunto com as demais
demonstrações contábeis, proporciona informações para seus usuários, pois avalia as
mudanças ocorridas nos ativos líquidos da entidade e sua estrutura financeira. Sendo
assim as informações são úteis, pois avalia a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalente de caixa.
A demonstração também pode ser utilizada para fins de comparabilidade de
desempenhos operacionais de diferentes entidades. Na elaboração dos fluxos de caixa
oriundos das atividades operacionais, poderá utilizar dois métodos de divulgação, que
são os métodos direto e indireto.
Sendo assim, a DFC pode ser considerada como uma eficiente ferramenta na análise
financeira da entidade, pois através dela os seus usuários irão avaliar a capacidade que a
entidade possui na geração de caixa e equivalentes de caixa, e auxilia com isso, nas
futuras tomadas de decisões de forma mais correta e coerente, que gerem benefícios
econômicos futuros para entidade.
Com a adoção do fluxo de caixa, tudo o que se faz dentro da entidade poderá ser
projetado, pois a entidade terá uma visão de como suas finanças vão se comportar, e
possibilita o conhecimento das necessidades de recursos e a forma de captação de
recursos.

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1.2- PROBLEMA
Ao levar em consideração a afirmação acima, foi levantada a seguinte pergunta: Quanto
cada atividade discriminada na Demonstração dos Fluxos de Caixa, contribui para
formação do caixa líquido nas empresas.

1.3 - OBJETIVOS
1.3.1 – Objectivo Geral

“O problema também pode ser apresentado em forma de objetivos, o que representa um


passo importante para a operacionalização da pesquisa e para esclarecer resultados
esperados” (GIL, 2010, p. 13).
Diante do problema exposto acima a pesquisa tem como objetivo geral verificar nas
Demonstrações dos Fluxos de Caixa o quanto cada atividade (operacionais, de
investimentos e de financiamento) contribui para formação do caixa líquido.

1.3.3 Objectivos Específicos

a) Definir Fluxo de Caixa;

b) Conceituar os métodos de divulgação da Demonstração dos Fluxos de Caixa;

c) Apresentar o modelo de estruturação da Demonstração dos Fluxos de Caixa;

d) Verificar a representatividade de cada fonte de captação de recursos (operacionais,

de investimento e de financiamento) em cada empresa que publicou a DFC no

período estudado;

e) Eanalisar de forma comparativa como essas fontes evoluíram em relação ao caixa

líquido durante o período estudado.

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1.4-JUSTIFICATIVA
A Demonstração do Fluxo de caixa é uma fonte de informação para usuários que
buscam respostas sobre o andamento da gestão financeira da entidade. Com isso, a DFC
vem se tornando uma ferramenta indispensável junto com as demais demonstrações
contábeis, sendo utilizada como auxílio na análise da situação financeira da entidade.
Sendo assim, a DFC tem como objetivo principal a evidenciação da situação financeira
da entidade (CPC 03 (R2), 2010).

Os fluxos de caixa referentes às atividades operacionais são considerados a principal


fonte de recursos da entidade. É facultada a escolha do método de divulgação da
Demonstração dos Fluxos de caixa.

Dessa forma, a entidade deve analisar qual o método de divulgação mais adequado,
tendo em vista que a DFC é essencial para seus usuários, na análise da capacidade que a
entidade possui para geração de caixa e equivalentes de caixa, bem como suas
necessidades de liquidez.

A relevância da pesquisa para o meio acadêmico se faz ao esclarecer como e qual


atividade mais contribui e impacta a formação do caixa líquido e quais os requisitos
necessários para apresentação da DFC. A pesquisa é pertinente por servir de auxílio
para os usuários das demonstrações contábeis, pois tem como objetivo principal qual
atividade possui maior influência e maior contribuição na formação do caixa líquido da
DFC torna-se importante, por possuir grande influência no processo de tomada de
decisão.

1.5 DELIMITAÇÃO
Este estudo delimita-se a analisar a divulgação da Demonstração dos Fluxos de Caixa,
das empresas.

4
2 .FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO
2.1.1-Difinição de Conceitos

Traz a definição de fluxos de caixa como todas as entradas e saídas de caixa, bem como
todos os equivalentes de caixa, ou seja, representa toda movimentação de dinheiro da
entidade.

“O fluxo de caixa é um relatório que sempre trabalha com informações


atuais. Desta forma pode-se dizer que é um relatório dinâmico que
evidencia de maneira transparente e verdadeira a situação financeira da
entidade (SILVA; NEIVA, 2010)”.

CAIXA: compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. Equivalentes de caixa: são


investimentos financeiros em curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente
convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco
insignificante de alterações de valor.

Fig1-Caixa

FLUXOS DE CAIXA: são influxos (recebimentos, entradas) e exfluxos (pagamentos, saídas)


de caixa e seus equivalentes.

Fig2-Fluxo de Caixa

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ACTIVIDADES OPERACIONAIS: são as principais actividades produtoras de rédito da
entidade e outras actividades que não sejam de investimento ou de financiamento.

Fig 3-Actividade Operacionais

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: são a aquisição e alienação de activos em longo


prazo e de outros investimentos não incluídos em equivalentes de caixa.

Fig 4-Actividade de Investimento

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: são as actividades que têm como consequência


alterações na dimensão e composição do capital próprio contribuído e nos empréstimos obtidos
pela entidade.

Fig4-Actividade de Financiamento

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2.1.2 Objectivo de Demonstração dos Fluxos de Caixa

O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa é de prover informações


relevantes sobre a movimentação de disponibilidades de uma entidade em um
determinado período, que auxilia os usuários das demonstrações contábeis na análise da
capacidade da entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas
necessidades de utilização desses fluxos de caixa (MARTINS et al., 2013).

Fig5-Demonstração Financeira

O fluxo de caixa pode ser considerado como um retrato fiel da situação financeira da
entidade, podendo atualizá-lo diariamente, e proporcionar ao gestor uma transparência
permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da entidade, pois o fluxo de
caixa apresenta tanto o passado como o futuro, permitindo a melhor projeção e evolução
de suas disponibilidades (SILVA; NEIVA, 2010).

“ Enfoca-se ainda que o fluxo de caixa reflita e prevê o que ocorrerá com as
finanças da empresa em um determinado período, sendo que estas
informações auxiliarão o gestor no planejamento e controle das finanças da
empresa (OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2015). A Demonstração dos
Fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do período, classificados
por atividades operacionais, de investimento e de financiamento (CPC 03
(R2), 2010) ”.

Braga e Almeida (2008) explicam que os fluxos de caixa oriundos das atividades
operacionais, de investimento e de financiamento devem ser apresentados de forma
separada;

2.1.2 Atividades operacionais

Os fluxos de caixa das atividades operacionais são as principais atividades geradoras de


receitas da entidade e inclui-se também, outras atividades diferentes dos investimentos e
financiamento (OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2015).

7
Fig6-Actividade Operacionais

Os fluxos operacionais são considerados como indicadores, uma chave da extensão pela
qual, as operações da entidade têm gerado fluxos de caixa suficiente para amortizar
empréstimos, pagar dividendos e juros sobre capital próprio e fazer novos empréstimos
sem recorrer das fontes externas de financiamento e ainda manter a capacidade
operacional da entidade. Normalmente os fluxos de caixa de atividades operacionais
estão relacionados com as transações que constam na Demonstração de Resultado
(DRE) apresenta os seguintes exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades
operacionais:

a) Entrada de caixa pela venda de mercadorias ou prestação de serviços;


b) Entrada de caixa decorrente de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
c) Saída de caixa destinado a pagamento de fornecedores e serviços;
d) Saída de Caixa destinado a pagamentos de empregados ou por conta de
empregados;
e) Entrada ou saída de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidade e
outros benefícios da apólice;
f) Entradas ou saídas de caixa referentes a pagamento ou restituição de impostos
sobre a renda, exceto quando identificado com as atividades de financiamento ou
de investimentos;
g) Entrada ou Saída de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou
destinadas à venda futura.

Os fluxos de caixa derivados das atividades operacionais devem ser apresentados


usando o método direto que divulga os pagamentos e recebimentos operacionais de
acordo com a sua natureza, ou o método indireto com base no lucro ou prejuízo do
período ajustados.

8
2.1.3 Atividades de investimento
Atividades de investimentos são aquelas referentes à aquisição e à venda de ativos em
longo prazo e outros investimentos, desde que não incluídos nos equivalentes de caixa
(OLIVEIRA; PEREZ JR.; SILVA, 2015).

“O fluxo de caixa da atividade de investimento está relacionado com o


aumento e diminuição dos ativos em longo prazo (não circulantes), que
a empresa utiliza para produzir bens ou serviços (MARTINS et al.,
2013)”.

Oliveira, Perez Jr. e Silva (2015) expõem que a divulgação de forma separada dos
fluxos de caixa das atividades de investimento é importante, pois tais fluxos de caixa
representam extensões em que os dispêndios de recursos sejam feitos pela entidade,
assim, gerar resultados e fluxos de caixa no futuro em decorrência de planos de
expansão. Apresenta os seguintes exemplos como fluxos de caixa advindos das
atividades de investimentos:

a) Saídas de caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos


em longo prazo; b) Entradas de caixa referentes à venda de ativo imobilizado,
intangíveis e outros ativos em longo prazo;

b) Entrada ou Saídas de caixa destinada à aquisição de instrumentos patrimoniais


ou instrumentos de dívida e outras entidades e participações societária em joint
ventures (exceto referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa,
ou mantidos para negociação imediata ou futura);

c) Adiantamento ou empréstimos em caixa feito a terceiros (exceto aqueles feitos


por instituição financeira);

d) Entrada de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de


empréstimos concedidos a terceiros (exceto de instituição financeira);

e) Entradas ou Saídas de caixa referentes ao pagamento de contratos futuros, a


termo, de opção e swap, exceto quando mantidos para negociação imediata ou
venda futura, ou quando classificados como atividades de financiamento.

Fig7-Actividade de Investimento

9
2.1.4 Atividades de financiamento
Atividades de financiamentos são aquelas mudanças no capital próprio, sejam no
tamanho ou em sua composição, e no endividamento da entidade, não classificadas
como atividades operacionais. A divulgação separada dos fluxos de caixa oriundos das
atividades de financiamento é importante por ser útil em prever as exigências dos fluxos
de caixa pelos fornecedores de capital à entidade (MARION, 2015).

Os fluxos de caixa das atividades de financiamento estão relacionados com os empréstimos de


credores e investidores da entidade.

Fig8-Actividade de Financiamento

Os fluxos de caixa das atividades de financiamento estão relacionados com os empréstimos de


credores e investidores da entidade (MARTINS et al., 2013). O CPC 03 (R2) (2010, p. 07)
apresenta os seguintes exemplos dos fluxos de caixa oriundos das atividades de financiamento:
a) Entrada de caixa pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;

b) Saída de caixa referente aos pagamentos de investidores para adquirir ou


resgatar ações da entidade;

c) Entrada de caixa recebido pela emissão de debentures, empréstimos, notas


promissórias, outros títulos da dívida, hipotecas e outros empréstimos em curto e
longo prazo;

d) Amortização de empréstimos e financiamentos;

e) Saída de caixa referente aos pagamentos pelo arrendatário para redução do


passivo relativo a arrendamento mercantil financeiro.
A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa de forma mais apropriada ao seu
negócio. A classificação por atividade possibilita que seus usuários avaliem o impacto
de tais atividades sobre a posição financeira da entidade, e a relação entre elas.

Baseado na concepção de Silva e Neiva (2010), o fluxo de caixa é considerado como


um relatório gerencial, que tem como intuito proporcionar informações de toda
movimentação de dinheiro da entidade, a origem de todas as entradas no caixa e todo

10
dinheiro que saiu em um determinado período, sua elaboração auxilia seus gestores nas
tomadas de decisões empresariais e financeiras criando uma estratégia financeira do seu
caixa.

2.1.5 Conceito de caixa e equivalente de caixa


Para fins da Demonstração dos Fluxos de Caixa, o conceito caixa é ampliado a fim de
contemplar investimentos caracterizados como equivalentes de caixa. Isso ocorre
através da gestão básica de qualquer entidade na aplicação tempestiva de suas sobras de
caixa em investimentos de curto prazo (MARTINS et al., 2013).

Desse modo, equivalentes de caixa abrangem todos os investimentos efetuados pela


empresa, que são possíveis de serem resgatados em até três meses, que sejam de
altíssima liquidez. Podem ser classificados como sobras de caixa que são aplicadas no
mercado financeiro, cujas operações sejam de finalidades não especulativas, e com a
possibilidade de serem resgatadas imediatamente, no momento em que a empresa
desejar (RIBEIRO, 2010).

2.2. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

O principal objetivo da Demonstração dos fluxos de caixa é de propiciar informações


relevantes sobre os recebimentos e pagamentos de uma entidade durante um
determinado período, relatando aos seus usuários informações sobre a origem do caixa
gerado e forma em que ele foi consumido (SILVA; NEIVA, 2010).

O fluxo de caixa de uma empresa quando analisado é preciso que se saiba distinguir
uma simples gestão de uma boa gestão de caixa. Em ambas deve ocorrer o equilíbrio
entre entradas e saídas de caixa, porém há inúmeros caminhos para conseguir o
equilíbrio, cada um com uma causa e consequência. Mesmo administradores experientes
têm dificuldades ao analisarem e avaliarem o fluxo de caixa e cometem erros
frequentes, e comprometem a saúde da empresa (MATARAZZO, 2010).

11
2.3. IMPORTÂNCIAS DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE
CAIXA
Os fluxos de caixa são úteis para proporcionarem aos usuários das demonstrações
contábeis uma forma de avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa, equivalente de
caixa, e de averiguar a suas necessidades de utilização desses fluxos de caixa. Para as
decisões econômicas tomadas pelos seus usuários, é necessária a avalição da capacidade
que a entidade possui para gerar caixa e equivalentes de caixa e o grau de certeza de sua
geração (CPC 03 (R2), 2010).

A DFC indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período,
e também demonstra o resultado do seu fluxo financeiro permitindo ao administrador, a
melhora do planejamento financeiro da empresa, pois assim poderá evitar as 22 faltas ou
excessos de caixa, facilitando a melhor visualização das necessidades de caixa. As
informações geradas pelos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas como
indicador do montante, que avalia a época de ocorrência e o grau de certeza dos fluxos
de caixa futuros. São úteis também, para analisar a exatidão das estimativas passadas
dos fluxos de caixa futuros, e examinar a relação entre a lucratividade, fluxos de caixa
líquidos e o impacto das mudanças de preço (CPC 03 (R2), 2010).

Fig9-Demonstração de Fluxo de Caixa

No momento recente, com Martins (2013) esclarecem que as informações


demonstradas na DFC, quando analisada em conjunto com as demais demonstrações
financeiras da entidade, permitem que investidores, credores e demais usuários avaliem:

a) A capacidade que a empresa possui para gerar futuros fluxos líquidos;

12
b) A capacidade que possui para honrar com seus compromissos, pagar dividendos
e retornar empréstimos obtidos;
c) A liquidez, e a flexibilidade financeira da empresa;
d) A taxa de conversão do lucro em caixa;
e) O desempenho operacional de diferentes empresas, por excluir os efeitos de
distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos;
f) O grau de precisão das estimativas passadas de fluxos de caixa futuros;
g) Os efeitos, sobre a situação financeira da empresa, referentes às transações de
investimento e financiamento, etc.

2.4. MÉTODOS DE DIVULGAÇÃO


Na estruturação da DFC, ela deverá ser dividida em três fluxos que são: Atividades
operacionais, Atividades de Investimento e Atividade de financiamento (MARION,
2015). Segundo o CPC 03 (R2) (2010), a entidade deverá apresentar os fluxos de caixa
oriundos das atividades operacionais seguintes:

1. Método direto;
2. Método indireto

2.4.1 Método Direto

O método direto explicita as entradas e saídas brutas de dinheiro das atividades operacionais,
como recebimentos pela venda de produtos e serviços, e pagamento a fornecedores e
empregados. Os saldos finais das operações expressa o volume líquido gerado ou consumido
pelas operações do período (MARTINS et al., 2013).
“Segundo, Oliveira, Perez Jr. e Silva (2015) mencionam que embora o método
direto seja mais trabalhoso devido à quantidade de informações, é mais
simples e elucidativo que o indireto”.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo método direto é considerada como o Fluxo de Caixa
no Sentido Restrito, por seguinte, muitos se refere a ela como o “Verdadeiro Fluxo de Caixa”,
pois ao contrário do Método Indireto nele se 24 evidenciam os pagamentos e recebimentos que
efetivamente influenciaram para variação das disponibilidades do período.

Fig10-Método Directo

13
O método direto exige maior esforço na sua elaboração, pois deverá ser feito todo um
trabalho de segregação das movimentações financeiras, tendo que dispor de um maior
controle para este fim. Posto isso, verifica-se que esse modelo possui um poder de
informativo pedagógico bastante elevado em relação ao método indireto, o que facilita a
compreensão dos usuários externos quanto ao planejamento financeiro da entidade
(MARION, 2015)

2.4.2. Método Indireto


O método indireto também conhecido como método de conciliação, é o responsável
pelo qual os recursos das atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro
líquido ajustados pelas contas de resultado que não afetam o caixa da entidade,
responsável assim, por demonstrar indiretamente o fluxo financeiro, através da
comparação das contas dos Ativos, Passivos e Resultados. O fluxo de caixa pelo método
indireto pode ser denominado no sentido mais amplo (MARION, 2015).

“O método indireto é considerado como uma sequência utilizada na


DOAR, para se obtiver o capital circulante gerado pelas operações. Por
isso, que a grande maioria dos países com a obrigatoriedade da
divulgação da DFC prefere utilizar o método indireto, em razão do
costume adquirido ao elaborar a DOAR, além de ser considerado um
método mais fácil, simples e informatizado (MARTINS et al., 2013)”

Fig10-Método Inirecto

Pelo método indireto, os recursos derivados das operações são apresentados a partir do
lucro líquido do exercício ajustado, já pelo método direto os recursos são derivados das
operações que são apresentados a partir dos recebimentos e pagamentos decorrentes de
operações normais, daquele período (RIBEIRO, 2010).

14
2.4.3 Vantagens e desvantagens dos métodos de divulgação

Metodo Vantagens Desvantagens


A vantagem do método direto é a Como desvantagem do método
facilidade para os usuários avaliar a direto, podemos citar: o custo
solvência da entidade, pois evidencia adicional para classificação dos
todas as origens de recursos e suas recebimentos e pagamentos, e a
Directo aplicações financeiras e de criar falta de conhecimento dos
condições favoráveis para classificação de profissionais das áreas contábeis e
recebimentos e pagamentos, caso esteja financeiras para classificar os
de acordo com critérios técnicos e não recebimentos e pagamentos.
fiscais.

As vantagens apresentadas pelo método Na utilização do método indireto,


indireto é o de apresentar o baixo custo, nota-se como desvantagem o
ao utilizar dois balanços, ou seja, o inicial tempo necessário para gerar as
e o final do período, a demonstração de informações pelo regime de
Indirecto resultados e executar a conciliação do competência para depois convertê-
lucro contábil com o fluxo de caixa la em regime de caixa e quando
operacional mostrando como se compõe a feita uma vez por ano, poderá o
diferença. gestor obter surpresas
desagradáveis.
Fonte: Silva e Neiva (2010), adaptados pelo grupo, 2022

2.4.4-. Tipos de Demonstrações Financeiras


Na perspetiva de Cohen (1996), a análise financeira utiliza
várias fontes de informação capazes de clarificar as rubricas
financeiras da empresa. Apesar de não ser a única, a
contabilidade constitui o conjunto de material mais
sistematizado e mais elaborado que serve de base nas diferentes
fases do diagnóstico financeiro. A existência de uma
contabilidade sistemática das operações efetuadas é obrigatória
por parte de todas as empresas, sendo que esta procede à
elaboração das contas anuais através do balanço, da
demonstração de resultados e respetivos anexos.

A análise financeira é um processo baseado num conjunto de técnicas que tem por fim
avaliar e interpretar a situação económico-financeira da empresa. Esta avaliação e
interpretação centram-se em torno de questões fundamentais para a sobrevivência e
desenvolvimento da empresa, tais como:
a) Equilíbrio Financeiro;
b) Rentabilidade dos Capitais;
c) Crescimento;
d) Risco.

15
Este processo é fundamental para as diferentes partes interessadas na boa gestão da
empresa, nomeadamente gestores, credores, trabalhadores e as suas organizações,
investidores, Estadas e eventualmente clientes.

2.4.5- Demonstração de Resultados


A demonstração de resultados tem por finalidade evidenciar a formação dos resultados
do exercício, quanto ao lucro ou prejuízo, obtido na atividade da empresa, adquirindo
assim um caráter económico. Neves (1996) refere que são dois os tipos de
demonstrações de resultados: (a) demonstração de resultados por natureza, que consiste
na junção dos resultados apurados pela empresa, evidenciando-os em proveitos e custos
segundo a sua natureza; e (b) demonstração de resultados por funções, a qual reúne os
resultados de acordo com as funções empresariais (produção, distribuição,
administrativa e financeira).
1. Margem Bruta de Exploração = Vendas/ CMVMC -1 x 100%
2. Rentabilidade do Capital Próprio = Resultado Líquido/ Capital Próprio
3. Rentabilidade do Ativo = Resultado Operacional/ Ativo
4. Rentabilidade das Vendas Rentabilidade das Vendas = Resultado Líquido/ Vendas

16
2.5 ESTRUTURAS DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE
CAIXA
Na elaboração dos fluxos de caixa das atividades operacionais, pode ser usado o método
direto ou o indireto. Mas recomenda-se a divulgação pelo método direto, mas a forma
de divulgação é facultada (MARTINS 2013).

Para elaboração da DFC, seja pelo método direto ou pelo indireto, os dados deverão ser
coletados dos Balanços do exercício atual e anterior e da DRE do exercício atual além
de consultas em fichas Razão de algumas contas lá contidas (RIBEIRO, 2010).

Ressalta Martins (2013), que o modelo de DFC adotado deverá conter os seguintes
requisitos:

a) Evidenciar as transações de caixa segregadas por atividades operacionais,


atividades de investimento e atividade de financiamento, nessa ordem;

b) Evidenciar separadamente, em notas explicativas, as transações de investimento


e financiamento que afetaram a posição patrimonial da empresa, mas não
impactou de forma direta os fluxos de caixa do período;
c) Conciliar o resultado líquido do período com o caixa líquido gerado ou
consumido nas atividades operacionais.

2.5.1-Estrutura DFC - Método directo


Para elaboração da DFC deverá ser evidenciado os três fluxos existentes, que são:

1. Operacionais;
2. Investimento;
3. Financiamento.

17
QUADRO 1.Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo Método Direto

Fluxos de Caixa das atividades Fluxos de caixa das atividades de Fluxos de caixa das
Operacionais Investimento Atividades de Financiamento
1. Recebimentos de Clientes; 1. Aquisição da controlada X, 1. Recebimento pela
emissão de ações;
líquido do caixa obtido na
2. Pagamentos a fornecedores e
empregados; aquisição (Nota A); 2. Recebimento por
empréstimo em longo
3. Caixa gerado pelas operações; prazo;
2. Compra de ativo imobilizado
4. Juros pagos; (Nota B); 3. Pagamento de passivo
por arrendamento;
5. Imposto de renda e contribuição
sociais pagos; 3. Recebimento pela venda de 4. Dividendos pagos (a);
equipamento;
6. Imposto de renda na fonte 5. Caixa líquido consumido
4. Juros recebidos; pelas atividades de
sobredividendos recebidos;
5. Dividendos recebidos; financiamento.

7. Caixa líquido gerado pelas 6. Caixa líquido consumido pelas a) Aumento líquido de
atividades operacionais. caixa e equivalentes de
atividades de investimento.
caixa;

b) Caixa e equivalentes
de caixa no início do
período (Nota C);

c) Caixa e equivalentes
de caixa no fim do
período (Nota C).

Fonte: NBC TG 03 R2 (2010), adaptado pelo Grupo (2022).

2.5.2 Estrutura DFC - Método indireto

“A evidenciação dos fluxos das atividades operacionais pelo método


indireto inicia-se a partir do Resultado Líquido do exercício (Lucro
ou Prejuízo do período)
(FERRARI, 2014)”.

A elaboração dos fluxos de caixa das atividades operacionais pelo método indireto
consiste basicamente em converter o Lucro ou Prejuízo apurado na demonstração de
resultado (DRE), o qual apurado pelo regime de competência naquele que seria se
apurado pelo regime de caixa.

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QUADRO 2-Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo Método Indireto
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido antes do IR e CSLL;
Ajustes por;
Depreciação;
Perda cambial;
Resultado de equivalência patrimonial;
Despesas de juros;
Aumento nas contas a receber de clientes e outros;
Diminuição nos estoques;
Diminuição nas contas a pagar – fornecedores;
Caixa gerado pelas operações;
Juros pagos;
Imposto de renda e contribuição social pago;
Imposto de renda na fonte sobre dividendos recebidos;
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aquisição da controlada X, líquido do caixa obtido na aquisição (Nota A);
Compra de ativo imobilizado (Nota B);
Recebimento pela venda de equipamento;
Juros recebidos;
Dividendos recebidos;
Caixa líquido consumido pelas atividades de investimento
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimento pela emissão de ações;
Recebimento por empréstimos em longo prazo;
Pagamento de passivo por arrendamento;
Dividendos pagos (a) ;
Caixa líquido consumido pelas atividades de financiamento;
Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa.
Caixa e equivalentes de caixa no início do período (Nota C)
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período (Nota C)

Fonte: NBC TG 03 R2 (2010), adaptado pela autora (2022)

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REFERENCIAS

AZEVEDO, O. R. Comentários às Novas Regras Contábeis Brasileiras. 4. ed., São


Paulo: IOB, 2008;

BM&FBOVESPA. BRAGA, H. R.;

ALMEIDA, M. C. Mudança Contábil na Lei Societária;

BRAGA, H. R.; ALMEIDA, M. C. Mudança Contábil na Lei Societária: lei nº 11.638,


de 28-12-2007. São Paulo: Atlas, 2008.

CFC - Conselho Federal de Contabilidade. NBC TG 03 - Demonstração dos Fluxos de


Caixa, de 07 de outubro de 2010. Aprova a NBC TG 03 (NBC T 3.8) - Demonstração
dos Fluxos de Caixa.

FERRARI, E. L. Análise das Demonstrações Contábeis: inclui as seguintes posições


dos Pronunciamentos Técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis): CPC
00 (R1), CPC 03 (R2), CPC 09, CPC 16 (R1), CPC 21 (R1), CPC 26 (R1), CPC 30
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GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. Ed. São Paulo: Editora Alta S.A.,
2010.

HEERDT, M. L.; LEONEL, V. Metodologia científica e da pesquisa: livro didático. 5.


Ed. Palhoça: Unisul Virtual, 2007.

JUSTI, J.; VIEIRA, T. P. Manual para padronização de trabalhos de graduação e


pósgraduação lato sensu e stricto sensu. Rio Verde: Ed. Unirv, 2016.

MARTINS, E.; GELBCKE, E. R.; SANTOS, A.; IUDÍCIBUS, S. Manual de


Contabilidade Societária – aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas
internacionais e do CPC. 2. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2013.

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