Fiicha 2 D. F e Sua Analise Actualizada 27.08.24
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As demonstrações financeiras
Para Ribeiro (2003) as demonstrações financeiras são relatórios ou quadros técnicos que
contêm dados extraídos dos livros, registos e documentos que compõem o sistema
contabilístico de uma entidade.
É importante que os utilizadores consigam distinguir informação que seja preparada a partir
das NCRF de outra informação que possa ser útil aos utentes mas não seja objecto desses
requisitos.
De acordo com a NCRF 1 (p.8), os elementos que se seguem, devem ser sempre referenciados
de forma relevante e repetidas, para facilitar a compreensão da informação apresentada:
a) “O nome da entidade que relata ou outros meios de identificação, e qualquer alteração nessa
informação desde a data do balanço anterior;
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b) Se as demonstrações financeiras abrangem a entidade individual ou um grupo de entidades;
c) A data do balanço ou o período abrangido pelas demonstrações financeiras, conforme o que
for apropriado para esse componente das demonstrações financeiras;
e) O nível de arredondamento, que não pode exceder o milhar de unidades da moeda referida
em
O mesmo documento (NCRF1) no seu parágrafo 9 alíneas a) e b), vem estabelecer o período
em que as demonstrações financeiras devem ser apresentadas, ou seja, o período de relato: “as
demonstrações financeiras devem ser apresentadas pelo menos anualmente. Quando se altera
a data do balanço de uma entidade e as demonstrações financeiras anuais sejam apresentadas
para um período mais longo ou mais curto do que um ano, a entidade deve divulgar, além do
período abrangido pelas demonstrações financeiras:
Existem dois pressupostos subjacentes à elaboração das demonstrações financeiras, que são:
Regime do acréscimo (periodização económica): “os efeitos das transações e de outros
acontecimentos são reconhecidos quando eles ocorram e não quando caixa ou equivalentes de
caixa sejam recebidos ou pagos, isto é, os registos são efetuados não com base no caixa mas
sim com base na ocorrência das transações. Sendo assim, informa-se aos utentes não apenas as
transações passadas envolvendo o pagamento e o recebimento de caixa mas também das
obrigações de pagamento no futuro e de recursos que representem caixa a ser recebida no futuro
que seja mais útil aos utilizadores na tomada de decisões económicas”.
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Objetivos e importância das demonstrações financeiras
De acordo com Silva e Souza (2011, p. 68) “as demonstrações financeiras são utilizadas pela
gestão da entidade para prestar contas e levar informações sobre o aspeto económico-financeiro
aos acionistas, credores, governo e outros interessados.
As DFʼs apresentam informações úteis que revelam suas operações durante um determinado
período de tempo, e quando analisadas facilitam a detenção dos pontos fortes e fracos
encontrados na realização da sua atividade quer operacional ou não operacional.
✓ Ativos,
✓ Passivos, e
✓ Capital Próprio (CP),
✓ Rendimentos (réditos e ganhos) e
✓ Gastos (gastos e perdas),
✓ Demonstração das Alterações no Capital Próprio (DACP),
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✓ Fluxos de Caixa.
Outras definições
Rendimentos: são aumentos nos benefícios económicos durante o período
contabilístico na forma de influxos ou aumentos de ativos ou diminuições de passivos
que resultem em aumentos no capital próprio, que não sejam os relacionados com as
contribuições dos participantes no capital próprio.
Os Gastos (gastos e perdas): são diminuições nos benefícios económicos durante o período
contabilístico na forma de exfluxos ou deperecimentos de ativos na incorrência de passivos que
resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam relacionadas com distribuições aos
participantes no capital próprio.
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Importância das demonstrações financeiras
Todos eles necessitam de informação para os ajudar a determinar se devem comprar, deter
ou vender.
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informação a fim de regularem as atividades das entidades, determinar as políticas de
tributação e como base para estatísticas do rendimento nacional e outras semelhantes.
Público: As entidades afetam o público de diversos modos. Por exemplo, podem dar uma
contribuição substancial à economia local de muitas maneiras incluindo o número de pessoas
que empregam e patrocinar comércio dos fornecedores locais.
Relevância: Para ser útil, a informação tem de ser relevante para a tomada de decisões dos
utentes. A informação tem a qualidade da relevância quando influencia as decisões económicas
dos utentes ao ajudá-los a avaliar os acontecimentos passados, presentes ou futuros ou
confirmar, ou corrigir, as suas avaliações passadas.
Fiabilidade: Para que seja útil, a informação também deve ser fiável. A informação tem a
qualidade da fiabilidade quando estiver isenta de erros materiais e de preconceitos, e os utentes
dela possam depender ao representar fidedignamente o que ela ou pretende representar ou pode
razoavelmente esperar -se que represente.
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Um conjunto completo de demonstrações financeiras inclui: balanço; demonstração dos
resultados (DR); demonstração das alterações no capital próprio (DACP); demonstração dos
fluxos de caixa (DFC); e anexos.
O balanço é como uma fotografia da entidade. A partir desta ferramenta os gestores podem
aceder a informações úteis à sua atividade e a partir daí passam a ter uma ideia mais ampla dos
meios monetários disponíveis, do estado das suas dívidas e das suas fontes de financiamento.
Segundo Neves (2000) o balanço de uma entidade retrata três ideias cruciais:
É de notar que o balanço é constituído por bens e direitos que compõem o ativo, as obrigações
que constituem o passivo e a situação líquida correspondente ao capital próprio. O capital
próprio e o passivo representam as origens de capital e o ativo as devidas aplicações.
De acordo com as normas uma entidade deve apresentar ativos correntes e não correntes, e
passivos correntes e não correntes, como classificações separadas na face do balanço.
Os elementos que não se enquadram neste âmbito podem ser considerados como ativo não
corrente. A norma determina que um elemento deve ser considerado como passivo
corrente quando:
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• Se espere que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
• Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
• Deva ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço; ou
• A entidade não tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo
durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
2-Demonstração dos resultados: A demonstração dos resultados também pode ser chamada de
demonstração dos resultados do período.
Segundo Gitman (2010, p. 102) “fornece um resumo financeiro dos resultados operacionais da
entidade durante um período específico de tempo, sendo mais comum o período que vai até 31
de Dezembro de cada ano”.
Para Kuster e Nogacz (2002) esta demonstração “é um instrumento que permite ao gestor
monitorar a evolução do equilíbrio ou desequilíbrio entre a entrada e saída de dinheiro durante
um determinado período, possibilitando a adoção antecipada de medidas que venham assegurar
a disponibilidade de recursos para o suprimento das necessidades de caixa”.
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Para estes autores “toda a atividade realizada por uma entidade resume-se na entrada e saída
de dinheiro e é nesse jogo de entra e sai que o Fluxo de Caixa é importante, uma vez que ajuda-
nos a perceber antecipadamente quando vão faltar ou sobrar recursos”.
3- Proporcionando deste modo informação que termite determinar o impacto dessas atividades
na posição financeira da entidade e quantias de caixa e seus equivalentes.
Segundo Almeida et al. (2010) este documento contabilístico auxilia os stakeholders a obter
informações concernentes à: necessidade de recurso ao financiamento externo; capacidade de
gerar fluxos de caixa positivos no futuro; relação entre o resultado patenteado nos documentos
de prestação de contas e os fluxos líquidos de caixa originados pelas atividades operacionais,
de investimento e de financiamento; capacidade da empresa em solver os compromissos e
pagar dividendos; explicação das variações ocorridas na situação financeira entre o início e o
final de um período contabilístico.
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A demonstração dos fluxos de caixa podia ser apresentada pelo método direto e/ou pelo
método indireto, mas o SNC veio determinar que os fluxos de caixa das atividades
operacionais sejam relatados pelo método direto.
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