O Templo

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I.

HISTORIA DO TEMPLO
A. Do Tabernáculo ao Templo de Salomão
1. O precursor do templo foi o Tabernáculo, a tenda construída
pelos israelitas enquanto acampados no deserto, junto ao
monte Sinai (Êx 25 – 27; 36 – 38; 39.32 – 40.33)
2. Após entrarem na terra prometida de Canaã, conservaram
esse santuário móvel até os tempos do rei Salomao
3. Durante os primeiros anos do reinado deste, ele contratou
milhares de pessoas para trabalharem na construção do
templo do Senhor (1 Rs 5.13-18).
4. No quarto ano do seu reinado, foram postos os alicerces; sete
anos mais tarde, o templo foi terminado ( 1 Rs 6.37,38)
5. O culto ao Senhor, e, especialmente, os sacrifícios oferecidos
a Ele, tinham agora um lugar preciso na cidade de Jerusalém
 Davi preparou = 3.400 toneladas de ouro
 34.000 mil toneladas de prata
 Bronze e ferro em tal abundancia que nem foram pesados
Oferta especial de Davi:
 100 toneladas de ouro de Ofir
 240 toneladas de prata purificada, para cobrir as paredes das casas
(1 Cr 29.1-5)
Oferta dos príncipes: os chefes das famílias/ os chefes das tribos de
Israel/ os capitães de mil/ os de cem e até os administradores da
obra do rei fizeram ofertas voluntarias( 1 Cr 29.6-9)
 170 toneladas de ouro
 10 mil barras de ouro
 340 toneladas de prata
 612 toneladas de bronze
 3.400 toneladas de ferro
Mao de Obra:
 153.600 / 70 mil para levarem as cargas/ 80 mil para talharem as
pedras nas montanhas e 3.600 para dirigirem o trabalho do povo
 30 mil homens divididos em três equipes de 10 mil, que passavam
um mês no Libano e dois meses em casa (1 Rs 5.13-18)
B. Da monarquia a destruição do Templo por Nabucodonosor
1. Durante a monarquia, o templo passou por vários ciclos de
profanação e restauração:
1.1. Foi saqueado por Sisaque do Egito durante o reinado
de Roboão (12.9) e foi restaurado pelo rei Asa (15.8,18).
1.2. Depois doutro período de idolatria e de declínio
espiritual, o rei Josias fez reparos na Casa do Senhor (24.4-
14).
1.3. Posteriormente, o rei Acaz removeu parte dos
ornamentos do templo, enviou-os ao rei da Assiria como
meio de apaziguamento politico e cerrou as portas do
templo (28. 21,24). Seu filho, Ezequias, voltou a abrir,
consertar e purificar o templo (29. 1-19)
1.4. Mas esse foi profanado de novo pelo seu herdeiro,
Manassés (33. 1-7). O neto de Manasses, Josias, foi o ultimo
rei de Judá que fez reparos no templo (34. 1,8-13)
1.5. A idolatria continuou entre seus sucessores, e
finalmente Deus permitiu que o rei Nabucodonosor de
Babilonia destruísse totalmente o templo em 586 a.C (2 Rs
25.13-17; 2 Cr 36.18,19).
C. Da restauração do templo sob a autorização de Ciro a sua
destruição em 70 d.C.,
1. Cinquenta anos mais tarde, o rei Ciro autorizou o regresso dos
judeus de Babilonia para a Palestina e a reconstrução do templo
(Ed 1.1-4).
2. Zorobabel dirigiu as obras da reconstrução (Ed 3.8), mas sob
oposição dos habitantes daquela região (Ed 4.1-4)
3. Depois de uma pausa de dez ou mais anos, o povo foi
autorizado a reiniciar as obras (Ed 4.24 – 5.2), e em breve o
templo foi completado e dedicado (Ed 6. 14-18).
4. No inicio da era do N.T, o rei Herodes investiu muito dinheiro
na ampliação e embelezamento do templo (Jo 2.20).
5. Foi esse templo que Jesus purificou em duas ocasiões (Jo 2.13-
21; Mt21. 12.13)
6. Em 70 d.C., no entanto depois de frequentes rebeliões dos
judeus contra as autoridades romanas, o templo e a cidade de
Jerusalem, foram mais uma vez arrasados, ficando em ruinas.
II. O SIGNIFICADO DO TEMPLO PARA OS ISRAELITAS. Sob muitos
aspectos, o templo tinha o mesmo significado para os israelitas
que a cidade de Jerusalém:
1. Simbolizava a presença e a proteção do Senhor Deus entre o
seu povo (cf.Êx 25.8; 29. 43-46). Quando ele foi dedicado,
Deus desceu do céu e o encheu da sua gloria (2 Cr 7.1,2; cf.Êx
40.34-38), e prometeu que poria o seu nome ali (2Cr
6.20,33). Por isso, quando o povo de Deus queria orar ao
Senhor, podia fazê-lo, voltado em direção ao templo (2 Cr
6.24.,29,32), e Deus o ouviria “desde o seu templo” (Sl 18.6).
2. O templo também representava a redenção de Deus para
com o seu povo. Dois atos importantes tinham lugar ali:
a) Os sacrifícios diários pelo pecado, no altar de bronze, (cf.
Nm 28.1-8); 2 Cr 4.1)
b) O Dia da expiação quando, então, o sumo sacerdote
entrava no lugar santíssimo a fim de aspergir sangue no
propiciatório sobre a arca para expiar os pecados do povo
(Lv 16; 1 Rs 6.19-28; 8.6-9; 1 Cr 28.11). Essas cerimonias
do templo relembravam aos israelitas o alto preço da sua
redenção e reconciliação com Deus
3. Em tempo algum da historia do povo de Deus, houve mais de
uma morada física ou habitação de Deus. Isso demonstra que
há um só Deus – o Senhor Jeová, o Deus dos israelitas,
segundo o concerto.
4. Todavia, o templo não oferecia nenhuma garantia absoluta
da presença de Deus; simbolizava a presença de Deus
somente enquanto o povo rejeitasse todos os demais deuses
e obedecesse a santa lei de Deus.
5. Miqueias, por exemplo, verberava contra os lideres do povo
de Deus, por sua violência e materialismo, os quais ao mesmo
tempo, sentiam-se seguros de que nenhum mal lhe sobreviria
enquanto possuíssem o símbolo da presença de Deus entre
eles: o templo (Mq 3. 9-12); profetizou que Deus os castigaria
com a destruição de Jerusalém e do seu templo mediante a
constante repetição das palavras: “ Templo do Senhor,
templo do Senhor, templo do Senhor este” (Jr 7. 14,15). Deus
até mesmo disse a Jeremias que não adiantava ele orar por
Judá, porque Ele não o atenderia (Jr 7.16). A única esperança
deles era endireitar os seus caminhos (Jr 7.5-7).
6. Jeremias repreendeu os idolatras de Judá, porque se
consolavam mediante a constante repetição das palavras:
“Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é
este” (Jr 7. 2-4,8-12).
III. A IMPORTANCIA DE CONGREGAR
1. O local do congregar sempre foi uma ideia de Deus
a) O tabernáculo – “E farão para mim um santuário, para que eu
possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu mostrar a
você como modelo do tabernáculo e como modelo de todos os
seus moveis, assim mesmo vocês o farão” (Êx 25.8,9)
b) O Templo – “Quando se cumprirem os seus dias e você for para
junto de seus pais, então farei surgir depois de você o seu
descendente, um dos seus filhos, e estabelecerei o seu reino. Este
edificará um templo para mim...” (1 Cr 17.11,12)
2. Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor

O autor do salmo 122 (tradicionalmente atribuído a Davi) inicia o texto


declarando sua satisfação e pleno contentamento com o convite recebido e
prontamente aceito de subir a Jerusalém e participar das celebrações em
louvor e adoração a Deus.
3. O salmo 84 descreve os tabernáculos de Deus como amáveis,
encontrando-se a alma do adorador envolta num desejo tão intenso
de cultuar ao seu Criador que seu estado é descrito como prestes a
desfalecer. O salmista classifica como “bem-aventurados” os que
habitam na casa do Senhor, afirma que “um dia” nos átrios de Deus,
“vale mais que mil” em qualquer outro lugar; e que prefere estar à
porta da casa do seu Deus, “a permanecer nas tendas da
perversidade”.
4. O salmo 42 retrata a angustia do adorador em decorrência do exílio
que lhe fora imposto, estando, assim, longe do templo e privado do
culto a Deus. Seu estado é comparado ao de um animal sedento
prestes a perecer – “Como suspira a corça pelas correntes das águas,
assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede
de Deus, do Deus vivo.” Não poder participar do culto público que
ao Senhor é devido certamente se constitui em uma das maiores
privações que o cristão pode sofrer.
5. Uma lugar amado por Jesus
5.1. Seu primeiro grande ato publico (Jo 2.13-17) e o seu ultimo
(Mt 21.12,13)foram expulsasr do templo aqueles que estavam
pervertendo o seu verdadeiro proposito espiritual (ver Lc 19.45)

5.2. Jesus era assíduo no templo (Mt 26.55)


6. A igreja em Jerusalém estava frequentemente no templo a hora da
oração (At 2.46; 3.1; 5.21,42).
7. Os crentes são aconselhados a não deixarem suas congregações (Hb
10.25)
8. A vida cristã requer comunhão uns com os outros
9. É na igreja que os dons são ministrados
10.A igreja é composta de pessoas que foram chamados por Deus pelo
Espirito Santo para formar o seu corpo

Apesar do ensino bíblico quanto à participação no culto ao Senhor como


dádiva graciosa de Deus e, portanto, digna da mais alta estima e
consideração, com tristeza constatamos que o comportamento de alguns
irmãos durante os momentos de celebração denota desprezo, descaso,
indiferença e desrespeito para com o serviço divino. Não é incomum
observarmos conversas paralelas, risadas e a realização de brincadeiras por
pessoas adultas no transcurso dos atos de adoração ao Senhor.
“Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus” é a solene advertência
do escritor bíblico (Ec 5.1a), pois o ato de culto deve ser realizado com
reverência e santo temor. Certamente o autor inspirado não está ensinando
que a bênção de cultuar a Deus é algo triste, sombrio, enfadonho ou
melancólico. Antes devemos ser fervorosos, participativos, alegres,
dinâmicos sem, contudo, nos portarmos de forma frívola, leviana,
irresponsável e desrespeitosa.
Corrigindo graves distorções quanto ao culto, que comumente eram
praticadas na igreja de Corinto, o apóstolo Paulo determina que “tudo,
porém, seja feito com decência e ordem”.
Nosso comportamento em geral e, de forma peculiar, durante a adoração,
deve ser marcado pela decência e pela ordem.
Alguns procedimentos devem ser adotados objetivando uma adequada e
proveitosa participação no culto público que a Deus é devido:
A) Evite chegar atrasado, pois a pontualidade reflete a importância do
compromisso;
B) Em chegando (excepcionalmente) após o inicio do culto, seja discreto e
silencioso;
C) Não entre durante a leitura da Bíblia e oração; aguarde o término e só
então tome o seu lugar;
D) O celular deve permanecer desligado; os profissionais que necessitam
manter o aparelho funcionando devem usar o “modo silencioso”;
E) Não se envolva em conversas e brincadeiras durante o culto. Sua
atenção deve estar voltada para o ato de adoração;
F) Não traga para o templo alimentos e líquidos (água, suco, refrigerante).
A exceção aplica-se à ingestão de medicamento por parte de pessoas
impossibilitadas ou com dificuldade de locomoção;
G) Evite deslocamento desnecessário;
H) Os pais ou responsáveis devem instruir as crianças quanto à importância
da reverência durante o culto. Jogos e troca de e-mails não são oportunos
durante o momento de adoração;
I) O vestuário deve refletir a sobriedade da ocasião. Alguns trajes que,
oportunos em outros lugares, são incompatíveis para o uso na casa de Deus.
Que nossa participação no culto ao Senhor seja sempre marcada pela
alegria, gratidão, reverência e plena consciência que estamos diante do
Senhor de toda a terra.
“Pois o SENHOR Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda
a terra”.
Rev. Jailto Lima do Nascimento

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