Manual de Bens Apreendidos 02
Manual de Bens Apreendidos 02
Manual de Bens Apreendidos 02
1ª Edição
Julho / 2020
CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
3 – DESTRUIÇÃO ............................................................................................................... 16
3.1 – CARACTERÍSTICAS DA DESTRUIÇÃO ....................................................... 16
3.2 – FLUXOGRAMA DA DESTRUIÇÃO DE BENS ............................................. 18
3.3 – MODELOS DE DECISÃO DE DESTRUIÇÃO ............................................... 18
3.3.1 – MODELO 1 ....................................................................................................... 18
3.3.2 – MODELO 2 ....................................................................................................... 19
4 – DOAÇÃO ....................................................................................................................... 20
4.1 – CARACTERÍSTICAS DA DOAÇÃO ............................................................... 20
4.2 – FLUXOGRAMA DA DOAÇÃO ........................................................................ 24
4.3 – MODELOS DE DECISÃO DE DOAÇÃO ....................................................... 24
4.3.1 – MODELO 1 ....................................................................................................... 24
4.3.2 – MODELO 2 ....................................................................................................... 25
4.3.3 – MODELO 3 ....................................................................................................... 26
11 – ANEXOS ....................................................................................................................... 53
11.1 - RESOLUÇÃO DO ÓRGÃO ESPECIAL Nº 11/2015 ..................................... 57
11.2 - PROVIMENTO CGJ/CE Nº 23 /2020 ............................................................. 65
11.3 - CONVÊNIO Nº 68/2019 COM O DEPARTAMENTO ESTADUAL DE
TRÂNSITO – DETRAN ............................................................................................... 73
11.4 - TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA Nº 01/2018 COM A SECRETARIA
DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL DO ESTADO DO CEARÁ –
SSPDS .............................................................................................................................. 81
11.5 - RESOLUÇÃO DO ÓRGÃO ESPECIAL Nº 06/2017 ..................................... 87
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APREENDIDOS EM PROCESSOS CRIMINAIS
1 – APRESENTAÇÃO
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2.1 – INTRODUÇÃO
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não poderão ser arquivados enquanto não for dada efetiva destinação ao bem
apreendido, sob pena de responsabilidade funcional”. No mesmo sentido, o
art. 16, parágrafo único, do mesmo normativo, assevera que “As unidades
judiciárias devem adotar providências, para evitar o arquivamento dos autos
antes da efetiva destinação do produto da alienação”.
2.1.5 – Ambas as normas mencionadas no item anterior seguem a diretriz do
art. 6º, parágrafo único, da Resolução nº 63/2008 do CNJ, segundo a qual “As
corregedorias deverão orientar os juízos e adotar medidas administrativas
no sentido de impedir que os autos dos processos ou procedimentos
sejam baixados definitivamente sem prévia destinação final dos bens nele
apreendidos”.
2.1.6 – Neste sentido, a Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Ceará
orienta os juízos com competência criminal a manter regular controle
do acervo de bens apreendidos que se encontram vinculados a processos
criminais, o que deve ser objeto de averiguação desde o início do processo,
ainda em fase de investigação, bem como durante a realização da inspeção
interna anual, oportunidade em que cada unidade deve verificar a situação
do acervo de bens sob sua responsabilidade que se encontra no Depósito
Público ou sob guarda da Polícia Judiciária.
2.1.7 – A CGJ/CE, tanto durante suas inspeções e correições realizadas nas
unidades judiciárias, quanto ao analisar os relatórios de inspeção anual
interna, fiscaliza o cumprimento destas diretivas e observará se os processos
criminais estão sendo arquivados após a destinação dos bens apreendidos,
o que poderá ser objeto de recomendação em caso de não observância das
normas acima apontadas.
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- Nº do Processo de referência;
- Nº do Procedimento de origem (IP, TCO, BO, etc.);
- Órgão de Origem;
- Nome do Indiciado/Autor do Fato;
- Quantidade e natureza do bem;
- Descrição pormenorizada do bem;
- Classificação de valor estimado considerável, quando possível.
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- Destruição;
- Doação;
- Alienação;
- Outras providências previstas em lei e no Manual de Bens Apreendidos
do Conselho Nacional de Justiça – CNJ.
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3 – DESTRUIÇÃO
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3.3.1 – MODELO 1
Vistos etc.
Os autos vieram-me conclusos em face do Ofício Circular nº 71/2019, de
12/08/2019, da Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua, que solicita aos magistrados de
Varas de competência criminal autorização para que o Depósito Público proceda à
destruição, doação ou alienação de bens apreendidos que se encontram armazenados
naquele Setor, nor termos do artigo 12 da Resolução nº 11/2015 do Órgão Especial
do TJCE.
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3.3.2 – MODELO 2
Vistos etc.
Nas fls. ..........., foi proferida sentença que julgou extinta a punibilidade de
Julio César, em razão da sua morte.
Permanecem no depósito deste Juízo, conforme a certidão da fl. ........., uma
faca e uma chave de fenda. Não existe notícia de nenhum requerimento de devolução
dos objetos referidos.
Segundo o art. 19 da Resolução nº 11/2015 do TJCE, “Tratando-se de bem
notariamente imprestavel ou sem valor apreciável, será imediatamente destruído,
mediante termo lavrado pelo Juiz do processo, ou pelo responsável pelo Depósito
Público, onde houver”.
Além disto, o valor dos bens é reduzido e o leilão destes demandaria um
custo muito alto.
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3.3.3 – MODELO 3
Vistos etc.
O acórdão absolutório proferido nos autos, conforme a certidão da fl. ........,
transitou em julgado em .......................
As partes foram intimadas para se manifestarem quanto ao destino a ser
dado ao material apreendido, sob pena de destinação diversa, quedando-se inertes.
Determinada a avaliação, constatou-se tratar de bens com valor inferior a
um salário mínimo.
Ademais, o aparelho celular apreendido encontra-se bloqueado, não sendo
possível a sua formatação para apagar o conteúdo nele existente, o que poderá implicar
em possível violação de dados caso seja determinada a sua doação.
Assim, nos termos do art. 19 da Resolução nº 11/2015 do TJCE, DECRETO O
PERDIMENTO do celular descrito na certidão da fl. ..... e determino a sua destruição.
Intime-se o Ministério Público e a defesa.
Após, oficie-se ao Depósito Público autorizando a destruição dos objetos
relacionados no início deste decisório.
4 – DOAÇÃO
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4.1.6 – O Juízo enviará ofício, por meio dos sistemas Malote Digital ou
SAJADM/CPA, determinando ao Chefe da Seção de Depósito Público que
se proceda à doação do bem. Em se tratando de processo em tramitação no
SAJPG, o juízo poderá encaminhar cópia do processo à fila de trabalho da
Seção de Depósito Público (Setor Técnico), para que esta adote as providências
cabíveis.
4.1.7 – Cabe à entidade beneficiada, em caso de aceitação, retirar o bem às
suas expensas em até 10 dias, mediante termo que será juntado aos autos,
bem como arcar com eventuais débitos e/ou taxas relacionadas ao bem doado.
4.1.8 – O Depósito Público poderá reunir vários bens autorizados para
doação, por um ou mais juízos, formando lotes, como forma de otimizar os
custos de transporte das entidades beneficiadas, visto que, na maioria das
vezes, não compensa a logística de recolhimento de bens de valor individual
desprezível, como um único equipamento eletrônico.
4.1.9 – Na Comarca de Fortaleza, caso o magistrado não determine qual a
entidade será beneficiada, caberá à Coordenadoria de Atividades Judiciais
indicá-la, em sistema de rodízio.
4.1.10 – Caso a entidade escolhida não demonstre interesse, o bem será
destinado à entidade seguinte na ordem de rodízio.
4.1.11 – Não havendo interessados na doação, os bens devem ser destruídos,
mediante termo.
4.1.12 – No caso de apreensão de aparelhos celulares, observar que,
rotineiramente, não se consegue a senha para seu desbloqueio e nem esta é
fornecida pelo investigado, sendo recomendável, nestas hipóteses, a destruição
do aparelho, quando não mais interessar ao processo, pois caso seja doado, o
mesmo pode retornar ao mercado e se, de alguma forma, seu conteúdo for
acessado, os dados privados nele contidos podem ser violados.
4.1.13 – Segundo o art. 18, caput, da Resolução nº 11/2015, havendo apreensão
de bens perecíveis ou facilmente deterioráveis, independentemente do valor,
essa circunstância deverá ser comunicada pelo Supervisor da Unidade Judiciária
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4.3.1 – MODELO 1
Vistos etc.
Compulsando os autos, observo que consta às fls. 442/444 cópia do Ofício
Circular nº 71/2019, oriundo da Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua, solicitando a
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4.3.2 – MODELO 2
Vistos etc.
Trata-se de Ofício Circular nº 71/2019, da lavra da Diretora do Fórum Clóvis
Beviláqua, no qual solicita que este Juízo determine a destinação de bens apreendidos
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4.3.3 – MODELO 3
Vistos etc.
Feito concluso tendo em vista o ofício circular nº 71/2019, da Diretoria do
Fórum Clóvis Beviláqua, para decisão sobre a destinação de bens apreendidos que se
encontram na Seção de Depósito Público da Comarca de Fortaleza, os quais devem
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ser destinados para doação, destruição ou alienação, tudo nos termos do art. 12 da
Resolução do Órgão Especial nº 11/2015.
Tratam, os autos, do TCO nº XXX/2018, instaurado em desfavor de Magno
Silva, pela prática do delito tipificado no Art. 190 da Lei nº 9.279/96.
Segundo consta, o autor do fato estava a comercializar peças de vestuário
falsificadas, tendo sido flagrado após algumas diligências encetadas pela equipe de
inspetores do 33º Distrito Policial, que em cumprimento de ordem de missão proveniente
desta Autoridade Policial, obtiveram a informação de que uma loja localizada no Bairro
Rodolfo Teófilo estaria comercializando calçados da marca Adidas sem o fornecimento
de nota fiscal, sendo que, ao localizarem a loja, o proprietário foi identificado como
sendo o autor do fato e, na ocasião da abordagem, foram apreendidos diversos itens
falsificados de marcas como Nike, Adidas, Louis Vuitton, Gucci, entre outros.
Segundo consta no auto de apresentação e apreensão, foram apreendidos os
seguintes itens:
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5 – ALIENAÇÃO ANTECIPADA
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Vistos etc.
Os autos vieram conclusos para decisão acerca da destinação dos veículos:1
– Porsche Boxster S, ano/modelo ........., conversível, cor ............, placas ..........., chassi
.................; 2 – BMW 325l VB11, ano/modelo ............, cor ........., placas ..........., chassi
................; 3 – Corolla, placas .........., cor ........., ano ........., apreendidos durante a fase
policial, dadas as dificuldades encontradas pela Polícia Federal na guarda do excessivo
número de veículos apreendidos m Inquéritos Policiais, dificuldades estas que foram
noticiadas nos Ofícios n. ............
Decido.
Verifico que nos ofícios referidos, a autoridade policial assim informou:
“[...]sabe-se que a não utilização de veículos automotores por longos períodos
acarreta sérios danos aos mesmos, levando à sua desvalorização, o que inevitavelmente
ocorrerá casos tais veículos permaneçam parados até a destinação final a ser dada
quando da prolação de sentença no feito, já que este órgão policial não dispõe de
estrutura para a manutenção de tais bens em perfeitas condições de funcionamento.”
Como se vê, o pedido de destinação dos veículos que estão sob a guarda da polícia
civil decorre principalmente da necessidade de preservar os valores correspondentes,
já que se encontram sujeitos à depreciação, desvalorização ou descaracterização pelo
tempo, pelo desuso, pela defasagem ou pelo simples envelhecimento.
O Conselho Nacional de Justiça editou a Recomendação n. 30 (publicada
no DOU, Seção 1, em 18/2/2010, p. 124, e no DJ-e n. 31/2010, em 18/2/2010, p. 2-3),
que aconselha aos magistrados com competência criminal, nos autos em que existam
bens apreendidos sujeitos à pena de perdimento, a alienação antecipada de tais bens,
como forma de preservar-lhes o respectivo valor:
“quando se cuide de coisa ou bem apreendido que pela ação do tempo ou qualquer
outra circunstância, independentemente das providências normais de preservação,
venha a sofrer depreciação natural ou provocada, ou que por ela venha a perder
valor em si, venha a ser depreciada como mercadoria, venha a perder a aptidão
funcional ou para o uso adequado, ou que de qualquer modo venha a perder a
equivalência com o valor real na data da apreensão”.
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Vistos etc.
Considerando o teor da decisão de fls. XX/XX, autorizando a alienação
antecipada de bens apreendidos em processo de natureza criminal, que foram realizadas
as avalições, tendo sido as partes e interessados devidamente intimados, e que não há
impugnações pendentes, homologo as avaliações realizadas e determino a realização
de LEILÃO ELETRÔNICO, através do leiloeiro já nomeado, dos seguintes bens
apreendidos: 1 – Porsche Boxster S, ano/modelo ........., conversível, cor ............, placas
..........., chassi .................; 2 – BMW 325l VB11, ano/modelo ............, cor ........., placas
..........., chassi ................; 3 – Corolla, placas .........., cor ........., ano ..........
Intime-se o Leiloeiro nomeado para arrecadar os veículos e para indicar o
período para a realização do leilão, mediante a apresentação de minuta de edital.
Autorizo o Leiloeiro nomeado a proceder com a remoção do bem do local
onde encontra-se depositado, ficando como fiel depositário dos veículos mencionados.
Cientifique-se a autoridade policial depositária dos bens acerca da realização
do leilão, solicitando que apresente os bens apreendidos ao Leiloeiro nomeado para
fins de remoção.
Atendido o disposto acima, expeça-se e publique-se o competente Edital de
Leilão.
Não se concretizando a venda, fica desde já estabelecido o limite de 80%
(setenta e cinco por cento) da avaliação na segunda praça (art. 144-A, § 2º, do CPP).
Deverá o arrematante pagar, no ato da arrematação, a comissão do Leiloeiro
no importe de 5% sobre o valor da arrematação (art. 24 do Decreto nº 21.981, de
19.10.1932), devendo os leilões serem renovados sucessivamente.
Consumado o leilão com êxito, aos arrematantes será expedida carta de
arrematação dos veículos arrematados para fins de registro perante o órgão de trânsito,
recomendando-se a estes que comuniquem este Juízo após o efetivo registro.
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Vistos etc.
O MINISTÉRIO PÚBLICO pede a ALIENAÇÃO CAUTELAR do seguinte
veículo, apreendido nos autos da Ação Penal nº 000000-00.2019.8.06.0001: 1) FIAT
PALIO FIRE, COR PRATA, PLACAS XXX, CHASSI XXX.
Narrou que desde sua apreensão, o referido veículo encontra-se no pátio
da Delegacia, porém sujeito a toda sorte de intempéries e à deterioração normal que
se espera de veículos que não vem sendo utilizados, com desgaste de componentes
e oxidação de peças, além do custo de eventual aluguel de pátio de estacionamento,
tornando-se um verdadeiro estorvo administrativo.
Decido.
O proprietário do bem apreendido é irmão da ré xxx, a qual responde na ação
penal 0000000-00.2019.8.06.0001 por crimes previstos na Lei n. 11.343/2006.
Mencione-se que a operação policial foi resultado de denúncia anônima
recebida pela polícia, a qual dava conta de que a acusada guardava drogas em sua
residência e usaria o carro PALIO FIRE, COR PRATA, PLACAS XXX (objeto do
pleito) para entregar drogas.
Em 23.06.2019 a Autoridade Policial, nos Autos do Inquérito Policial em
epígrafe, apreendeu o veículo PALIO FIRE, COR PRATA, PLACAS XXX, por ser
supostamente utilizado para a prática de crime de tráfico de drogas (transporte de drogas
realizados pela acusada). Desde a data da apreensão o bem se encontra depositado no
pátio da Delegacia do 11º Distrito Policial, conforme se depreende da leitura do auto
de apreensão de fl. 16.
Assiste razão ao parquet, haja vista que o §1° do art. 61 da Lei nº 11.343/2006,
com redação pela novel Lei nº 13.840/2019, estabelece que o Juiz, no prazo de 30 (trinta)
dias contado da comunicação da apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e
quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e
objetos de qualquer natureza utilizados para a prática de crimes de tráfico de drogas,
determinará a alienação antecipada dos bens apreendidos.
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Vistos etc.
Considerando a arrematação em leilão judicial dos bens referentes aos Lotes
n. 1.1 e 1.2 previstos no Edital de Leilão Judicial de fls. XX, e o depósito dos respectivos
lances, juntamente com o depósito das comissões do Leiloeiro (fls. XXX), determino
a expedição das Cartas de Arrematação em favor das Arrematantes Marlene Martins
(CPF n. XXX) e Inocência Augusto (CPF n. XXX).
Expeçam-se ofícios ao DETRAN e Órgãos Fiscais respectivos (art. Art. 144-
A, § 5º do CPP) e ao Depósito onde os bens se encontram localizados dando ciência
das presentes arrematações para os fins legais.
Retirem-se eventuais restrições RENAJUD porventura incluídos por este
Juízo no registro dos veículos.
Expedientes necessários.
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Vistos etc.
Cuidam os autos de pedido formulado pela autoridade policial da 8ª Delegacia
de Homicídios, a qual pleiteia autorização para utilização do carro FIAT/SIENA
TETRAFUEL 1.4, 2013/2014, COR BRANCA, PLACAS XXX0285, RENAVAM 590000000,
CHASSI 9BD197134E000000, apreendido nos autos 0000000-00.2019.8.06.0001.
Instado a se manifestar, o Ministério Público opinou de maneira favorável
ao pleito.
Sucinto relatório. Passo a decidir.
Narram os autos principais que no dia 23 de abril de 2019, durante o período
vespertino, policiais civis realizavam diligências, oportunidade em que no cruzamento
das ruas Zenilo Almada e Olavo Bilac, no bairro Presidente Kennedy, observaram um
veículo Fiat Siena, de placas XXX 0285, de cor branca.
Prontamente, a composição percebeu as atitudes suspeitas dos dois ocupantes
do automóvel, motivo pelo qual procederam com a abordagem e a identificação da
dupla, constatando-se que o condutor do veículo seria Marcos Lopes e o passageiro
Antonio Gomes.
Durante a vistoria do carro, a composição encontrou em seu interior cerca
de 1,9 quilos de maconha, além de uma trouxinha de pó branco, escondido no piso
do automóvel.
Entrevistado na ocasião, Antonio Gomes admitiu aos policiais que a droga
apreendida seria propriedade sua e do flagranteado Marcos Lopes, informando que em
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sua residência localizada na Rua Ronath Sousa Martins, numeral XXX, bairro Cidade
Nova, haveria mais drogas ilícitas.
Diante da informação recebida, a equipe deslocou-se até o endereço
supramencionado, oportunidade em que apreenderam um novo volume de 04 quilos de
maconha na geladeira da casa, além de balança e materiais de embalagem encontrados
no armário da residência.
Desta feita, os suspeitos foram presos em flagrante delito e conduzidos à
Delegacia.
Nesta oportunidade, a autoridade policial da 8ª Delegacia de Homicídios
pleiteia autorização para utilização do carro utilizado para o transporte da quantia de
1,9 quilos de maconha mencionados acima, qual seja, o FIAT/SIENA TETRAFUEL
1.4, 2013/2014, COR BRANCA, PLACAS XXX0285, RENAVAM 590000000, CHASSI
9BD197134E000000, apreendido à fl. 40 dos fólios principais – pedido este que entendo
por acolhê-lo.
Inicialmente, vejamos as disposições do Art. 62, caput, da Lei de Drogas
(nova redação dada pela Lei 13.840/2019).
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Além disso, não é segredo a atual situação dos pátios das Delegacias de Polícia
desta Capital, os quais são descobertos e sujeitos às intempéries, o que acaba por facilitar
a deterioração dos diversos veículos apreendidos, de modo que a gradativa utilização
dos automóveis oriundos das operações policiais se torna ferramenta importante
visando a conservação dos referidos bens.
Entretanto, ante as alterações trazidas pela Lei 13.840/2019 à Lei de Tóxicos,
necessário se faz mencionar que, anteriormente à utilização do veículo requisitado,
existe a necessidade de que o referido bem seja avaliado judicialmente por Oficial de
Justiça (nova redação do Art. 62, § 2º, da Lei de Drogas).
Além disso, outra alteração às regras de utilização dos veículos apreendidos
nas operações relativas à traficância é a periódica avaliação do automóvel requisitado
a ser realizada pelo Órgão responsável, o qual utiliza o bem, dentro de prazo a ser
estabelecido pelo Juiz (nova redação do Art. 62, § 3º, da Lei de Drogas).
Por fim, menciono que eventual deterioração do veículo utilizado será de
responsabilidade da entidade que utilizou o bem, a qual será responsabilizada por
indenizar o detentor ou proprietário do automóvel deteriorado (nova redação do Art.
62, § 6º, da Lei de Drogas).
Diante de todo o exposto, defiro o pedido formulado pela 8ª Delegacia
de Homicídios, autorizando a utilização do veículo FIAT/SIENA TETRAFUEL 1.4,
2013/2014, COR BRANCA, PLACAS XXX0285, RENAVAM 590000000, CHASSI
9BD197134E000000, apreendido nos autos 0000000-00.2019.8.06.0001, ante a
comprovação do interesse público, visando a conservação do referido veículo.
Intime-se à Autoridade Policial para que ratifique o interesse na utilização
do bem acima descrito, nos termos desta decisão, cientificando-a que a 8ª Delegacia
de Homicídios deverá enviar relatório periódico de avaliação do veículo requisitado
a cada 3 meses, e que ficará responsável por eventual deterioração do carro utilizado.
Em caso de ratificação do interesse pela Autoridade Policial, expeça-se
Mandado de Avaliação do veículo FIAT/SIENA TETRAFUEL 1.4, 2013/2014, COR
BRANCA, PLACAS XXX0285, RENAVAM 590000000, CHASSI 9BD197134E000000.
Após o retorno do laudo de avaliação pelo Oficial de Justiça, voltem-me
conclusos.
Expedientes necessários.
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8.9 – O Leiloeiro nomeado deve ser intimado por e-mail, ante a impossibilidade
de intimação pelo portal e-SAJ, devendo realizar a avaliação e remoção do
bem, no prazo de 10 (dez) dias, bem como para apresentar minuta de edital
de leilão, no prazo de 5 (cinco) dias, após efetivada a remoção.
8.10 – Aprovada a minuta apresentada, deverá o Diretor do Fórum providenciar
a publicação do edital de leilão no Diário da Justiça. O edital deve ser publicado
no site do Leiloeiro, pelo menos 5 dias antes do início do período designado
para a realização do leilão.
8.11 – Se fracassado o segundo leilão, o Diretor do Fórum deve, ouvido o MP,
autorizar a doação dos bens à instituição beneficente previamente cadastrada.
Não havendo interessados, o bem pode ser destinado à destruição.
8.12 – Realizado o leilão, havendo arrematante, o Leiloeiro deve encaminhar,
ao Diretor do Fórum, em até 5 (cinco) dias úteis o Auto de Arrematação,
assinado pelo Leiloeiro e pelo arrematante.
8.13 – Consumado o leilão com êxito, os valores obtidos com o lance
vencedor, abatidos os custos para o ressarcimento das despesas de remoção
e conservação previstas no art. 10 da Resolução nº 6/2017 do TJCE, devem ser
depositados na conta do Fundo Especial de Reaparelhamento e Modernização
do Poder Judiciário do Estado do Ceará (FERMOJU), separados do depósito
da comissão do Leiloeiro.
8.14 – Decorrido o prazo para a apuração das situações previstas no art.
903 do CPC, o Diretor do Fórum deve encaminhar, ao Leiloeiro, as cartas
de arrematação e ordens de entrega, cabendo a este convocar os respectivos
arrematantes para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, retirarem os bens
arrematados, às suas expensas. O Leiloeiro deve convocar os arrematantes
para retirarem os bens arrematados, às suas expensas, encaminhando, ao
juízo, comprovante de entrega.
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ANEXOS
RESOLUÇÃO DO ÓRGÃO
ESPECIAL Nº 11/2015
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PROVIMENTO CGJ/CE Nº 23/2020
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APREENDIDOS EM PROCESSOS CRIMINAIS
RESOLVE:
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Art. 1°. Antes de apreciar o recebimento de denúncia ou quando de sua apreciação, o juiz
providenciará a intimação do Ministério Público e, se for o caso, do querelante, para que,
dentre os bens apreendidos, especifique quais devem ser mantidos sob guarda judicial para
a instrução processual ou para as investigações em curso e quais podem ser objeto de
devolução, doação, destruição ou alienação antecipada.
§ 1º. A intimação do Ministério Público para os fins do caput poderá ser feita após
encerrada a audiência de custódia.
§ 2º. O investigado, durante a fase de inquérito, quando de sua citação ou a qualquer
tempo, nos autos da ação penal, deverá ser intimado para os fins do caput, no prazo de 05
(cinco) dias.
§ 3º. Ouvidas as partes, preferencialmente antes do início da instrução, decidirá o juiz
sobre a devolução, doação, destruição ou alienação antecipada dos bens apreendidos, com
fundamento na Resolução nº 11/2015 do Órgão Especial do TJCE e na legislação
correlata.
§ 4º. Antes de decidir pela destinação do bem, caso não haja indicação prévia de
classificação de valor estimado considerável, ou restando dúvida sobre sua pertinência, o
Juiz poderá determinar a avaliação judicial do bem, a cargo de Oficial de Justiça.
§ 5º. Caso entenda pela necessidade de manutenção do bem apreendido por interesse do
processo ou da investigação, deverá o magistrado proferir decisão fundamentada.
66 Corregedoria-Geral da Justiça
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juiz determinará que o leilão seja realizado pelo DETRAN/CE, nos termos do Convênio
de Cooperação Técnica nº 68/2019, celebrado pelo TJCE com Ministério Público, Polícia
Civil e o Departamento Estadual de Trânsito.
Art. 4º. Ao realizar vistoria veicular, deverão ser promovidas ações necessárias junto aos
órgãos de trânsito, de forma a tornar os veículos livres e desembaraçados de quaisquer
ônus para alienação, atentando o avaliador especialmente para a verificação dos seguintes
itens: a) chassi; b) número de motor; c) estrutura veicular; d) confrontação de dados com
as informações do sistema informatizado do DETRAN e/ou INFOSEG; e e) verificação
de débitos, gravames (alienação fiduciárias, ou outro instituto jurídico) e restrições
administrativas e/ou judiciais.
§ 1º. Constatado débito ou outra restrição administrativa, o juiz deverá solicitar ao órgão
de trânsito, à Secretaria de Fazenda ou a outros órgãos e unidades com gerência sobre a
desvinculação de débitos, que seja procedida a baixa anterior à alienação.
§ 2º. Constatado algum gravame (a exemplo de alienação fiduciária, arrendamento
mercantil, entre outros), o juiz deverá solicitar ao órgão de trânsito ou a outros órgãos e
unidades com gerência sobre o assunto, a respectiva baixa, anterior à alienação, mediante
requerimento a ser referendado ao Sistema Nacional de Gravames-SNG.
Art. 6º. Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, devem os autos serem conclusos
para deliberação acerca de eventuais divergências, homologação do valor atribuído e
autorização para remoção e realização do leilão eletrônico dos bens a serem alienados de
forma antecipada.
§ 1º. A decisão será comunicada à autoridade policial responsável pela guarda do bem,
quando este não se encontre recolhido ao Depósito Judicial, e autorizará a sua
disponibilização para remoção pelo Leiloeiro nomeado, em até 10 (dez) dias úteis,
devendo apresentar minuta de edital de leilão, no prazo de 5 (cinco) dias, após efetivada a
remoção.
§ 2º. Deverá constar do edital de leilão que os bens serão vendidos no estado de
conservação em que se encontram, sem garantia, constituindo ônus do interessado
verificar suas condições, antes das datas designadas para a alienação judicial eletrônica.
§ 3º. Aprovada a minuta apresentada, deverá o juiz providenciar a publicação do edital de
leilão no Diário da Justiça.
Art. 7º. Não sendo possível a realização do leilão judicial por meio eletrônico, que
constitui a forma preferencial, será permitida sua realização na modalidade presencial.
§ 1º. O leilão poderá, ainda, ser simultâneo (eletrônico e presencial), cujo endereço será
indicado no edital e a modalidade presencial se dará no último dia do período designado
para o leilão eletrônico, observadas as disposições da Resolução CNJ nº 236, de 13 de
julho de 2016.
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Art. 8º. Não alcançado o valor estipulado na avaliação, será realizado novo leilão, em até
10 (dez) dias contados da realização do primeiro, podendo os bens serem alienados por
valor não inferior a 80% (oitenta por cento) do valor estipulado na avaliação judicial (CPP,
art. 144-A, § 2º), nos casos de crimes comuns, e não inferior a 50% (cinquenta por cento),
nos casos de crimes de tráfico de drogas (Art. 61, § 11, da Lei nº 11.343/06) e 75% (setenta
e cinco por cento), nos casos previstos na legislação que dispõe sobre os crimes de
"lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores (Art. 4º-A, § 3, da Lei nº 9.613/98).
Parágrafo único. Se deserto ou fracassado o leilão, após a sua repetição na forma do
caput, os bens serão destinados à doação ou para destruição, conforme os procedimentos
previstos nos arts. 13 e 14 da Resolução nº 11/2015 do Órgão Especial do TJCE.
Art. 9º. Consumado o leilão com êxito, com o depósito do lance vencedor e da comissão
do Leiloeiro, aos arrematantes será expedida carta de arrematação para fins de registro
perante os órgãos competentes.
§ 1º. No caso da alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à
autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a expedição de
certificado de registro e licenciamento em favor do arrematante, no prazo de 30 (trinta)
dias, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem
prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário (art. 144-A, § 5º, CPP).
Art. 10. No caso de bens apreendidos em processos criminais não destinados a apurar
crime de tóxicos, os valores líquidos apurados com a alienação antecipada, descontados
para tanto os valores para o custo operacional do Leiloeiro, deverão ser revertidos ao
Fundo Especial de Reaparelhamento e Modernização do Poder Judiciário do Estado do
Ceará (FERMOJU), até o julgamento final do processo (Art. 15, caput, da Resolução nº
11/2015 do Órgão Especial do TJCE).
§ 1º. Nos casos referidos no caput, após o trânsito em julgado da sentença onde ocorreu o
perdimento, os valores apurados em alienação judicial, e recolhidos na forma do artigo 9º,
serão revertidos ao Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN, CNPJ 00.394.494/0008-02,
mediante Guia de Recolhimento Unificada – GRU Simples, no Banco do Brasil, Unidade
Favorecida (UG) 200333, Gestão 00001, com o código 20230-4 (receita referente à
Alienação de Bens Apreendidos), juntando-se comprovante nos autos.
§ 2º. Se for acolhido o pedido de restituição do bem após a alienação antecipada, ou na
hipótese de absolvição do acusado em decisão transitada em julgado, o valor apurado com
a venda, com as devidas atualizações correspondentes, será destinado ao requerente.
Art. 11. Os valores auferidos em decorrência de alienação antecipada ou de numerários
apreendidos em processos criminais relacionados ao tráfico de drogas deverão ser
depositados junto à Caixa Econômica Federal, mediante o recolhimento de Guia DJE
(Documento para Depósitos Judiciais ou Extrajudiciais), sob o código de receita n.° 5680
e operação 635 (Art. 62-A, caput, da Lei nº 11.343/06).
§ 1º. Os valores atualmente depositados em contas judiciais, decorrentes de alienação
antecipada ou de apreensão em processos criminais relacionados ao tráfico de drogas
deverão ser transferidos para a Caixa Econômica Federal observando-se a sistemática
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arquivados enquanto não for dada efetiva destinação ao bem apreendido, sob pena de
responsabilidade funcional (Art. 6º, parágrafo único, da Resolução CNJ nº 63/2008 e art.
9º, parágrafo único, da Resolução nº 11/2015 do Órgão Especial do TJCE).
Art. 16. Este provimento entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário, em especial o Provimento nº 09/2017/CGJCE.
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CONVÊNIO Nº 68/2019
COM O DEPARTAMENTO
ESTADUAL DE TRÂNSITO –
DETRAN
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TERMO DE COOPERAÇÃO
TÉCNICA Nº 01/2018 COM A
SECRETARIA DA SEGURANÇA
PÚBLICA E DEFESA SOCIAL DO
ESTADO DO CEARÁ – SSPDS
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ESPECIAL Nº 06/2017
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