Aula 4 ABBA
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MATERIAIS BÁSICOS
Como sabemos, as abelhas sem ferrão também misturam resinas e cera, mas
produzem com essa mistura uma variedade de derivados que vai além da própolis
“clássica”. Elas eventualmente também usam as resinas puras, para vedação ou para
defesa, fato que não é observado entre as Apis.
COMPOSTOS
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Cerume: mistura da cera branca (pura) com resinas vegetais em uma propor-
ção em que a cera predomina. Sua cor varia de acordo com a quantidade e com o tipo
de resina utilizada na mistura. Produzido por todas as espécies de abelhas sem ferrão,
é material constituinte das principais estruturas dinâmicas de uma colônia: potes de
alimento, favos de cria e invólucro.
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Entrada de uma colônia de Uruçu-Boi (Melipona fuliginosa) ornamentada com sementes
Entrada de colônias das abelhas Munduri (Melipona asilvai) e Jandaíra (Melipona subnitida) em árvores
de Umburana na Caatinga
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Uma colônia de abelhas sem ferrão é constituída por dois elementos principais,
o ninho e os potes de alimento, e por elementos auxiliares, como o invólucro, o
batume, a entrada e o túnel de ingresso.
O aspecto geral do ninho das abelhas sem ferrão varia entre as espécies. Na
maioria dos casos é formado por células agrupadas, formando favos horizontais, e em
algumas espécies é organizado em cachos, quando as células são esparsas e
conectadas entre si por pequenos pilares de cerume.
Os favos e os cachos são for- mados pelo conjunto das células de cria. Em cada
célula de cria a rainha deposita um ovo que dá origem a uma nova abelha.
Os ovos são alojados nessas células com uma porção de alimento (mistura de
mel, pólen e secreções das operárias) suficiente para a alimentação durante todo o
período de desenvolvimento.
1 - em construção;
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Favos de cria horizontais, com células agrupadas, da abelha Uruçu- Amarela (Melipona mondury)
Abelha mesoamericana Saci Xic (em Maya) - Frieseomelitta nigra: células de cria unidas por pilares
formando um “cacho”
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Potes de pólen de Uruçu-Nordestina – Melipona scutellaris
Uma colônia de abelhas sem ferrão é conectada com o ambiente exterior atra-
vés de uma “porta” de entrada. Associada a mecanismos de proteção e orienta- ção
das abelhas, a entrada pode ser construída com geoprópolis, barro, cerume ou cera
pura. Sua aparência é específica para cada tipo de abelha e, portanto, apresenta-se na
natureza em uma variedade de formas diretamente proporcional à diversidade de
espécies.
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batume superior costuma ser compacto para evitar a infiltração de água, enquanto o
inferior é crivado, ou seja, possui inúmeros orifícios que permitem o escoamento da
água em caso de infiltração. Os orifícios também auxiliam na ven- tilação da colônia.
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superpopulação de uma colônia, e está associada à um contexto de generosa oferta de
alimento (pólen e néctar) no meio ambiente.
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do ovo; 12 a 16 dias de desenvolvimento larval; e 18 à 22 dias de amadurecimento da
pupa. Nessa média, o período de desenvolvimento costuma ser um pouco mais longo
para os machos e um pouco mais curto para as rainhas virgens. Nos Trigonini a
variação entre as espécies é maior.
Depois de sair das células (emersão), as abelhas sem ferrão vivem em média
50-55 dias. As rainhas, entretanto, depois de serem fecundadas e tornarem-se rainhas
poedeiras, vivem em média de 1 a 3 anos.
Fonte: Abelhas Nativas sem Ferrão - Manual Tecnológico – Jerônimo Villas Boas