ENDO Manual Puc 2014
ENDO Manual Puc 2014
ENDO Manual Puc 2014
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
DISCIPLINAS DE ENDODONTIA
MANUAL ENDODONTIA I e II
20 semestre de 2014
Grão-Chanceler
Arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Reitor
Prof. Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães
DISCIPLINA DE ENDODONTIA I
Coordenação: Profª. Maria Rita Lopes da Silva de Freitas
DISCIPLINA DE ENDODONTIA II
Coordenação: Profa. Ana Maria Abras da Fonseca
CORPO DOCENTE
Profª. Ana Maria Abras da Fonseca
Prof. José Antônio Valle Fróes
Profª. Maria Rita Lopes da Silva de Freitas
Prof. Nelson Ferreira de Figueiredo
Prof. Eduardo Nunes
Prof. Frank Ferreira Silveira
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Disciplina da Graduação
5. Pré-Clínico
5.1 Radiografia de estudo
5.2 Topografia e anatomia da cavidade pulpar
5.3 Preparo intracoronário
5.4 Localização dos canais radiculares
5.5 Irrigação do Sistema de Canais Radiculares
5.6 Exploração do canal radicular
5.7 Limpeza e formatação do Sistema de Canais Radiculares
5.8 Obturação do Sistema de Canais Radiculares
8. Organização do Material
9. Lista de Material
1. INTRODUÇÃO
Este Manual foi criado para auxiliar os alunos das Disciplinas de Endodontia I e II,
do Curso de Odontologia do Departamento de Odontologia da PUC Minas, a
aplicar a metodologia prática, orientar as condutas técnicas utilizadas durante as
etapas de pré-clínico e de atendimento de pacientes, desenvolver a sensibilidade
tátil como habilidade fundamental, uma vez que a terapia endodôntica exige dos
seus praticantes refinado tato e uso delicado dos instrumentos, para produzir os
melhores resultados.
Esperamos que todo este material apresentado seja útil a todos os usuários.
2. DISCIPLINA DE GRADUAÇAO
3.1 ENDODONTIA I
Disciplina: ENDODONTIA I
Período: 5o
Carga Horária:
Métodos Didáticos
Aula teórica expositiva.
Aula pré-clínica (laboratorial).
Aula prática (atendimento de pacientes).
Elaboração de relatórios diários das atividades práticas de pré-clínica e de clinica
com atendimento de pacientes.
Discussão de casos clínicos.
Atividade interdisciplinar com a Microbiologia na avaliação microbiológica dos
canais radiculares de pacientes atendidos na Clínica de Endodontia.
Unidades de Ensino
Unidade I
1. Topografia da cavidade pulpar e periápice
1.1 Topografia da cavidade pulpar.
1.2 Evolução da cavidade pulpar.
1.3 Características gerais da cavidade pulpar.
1.4 Estudo anatômico da cavidade pulpar de cada dente: Incisivo central, lateral, canino e
pré-molares superiores e inferiores.
1.5 Alterações e variações da anatomia pulpar e radicular.
2. Topografia do periápice
2.1 Ápice radicular: Zona crítica apical.
2.2 Ligamento periodontal apical.
2.3 Osso alveolar apical.
5. Desinfecção e esterilização.
6. Listagem de equipamentos.
3. Medicação Intracanal
3.1 Introdução.
3.2 Classificação química.
3.3 Utilização.
3.4 Limitações e contra-indicações.
1. A polpa dental.
1.1 Funções.
1.2 Células da polpa.
1.3 Componentes extracelulares.
1.4 Vasos sangüíneos.
1.5 Inervação.
2. Alterações pulpares.
2.1 Etiologia.
2.2 Inflamação.
2.3 Classificação das alterações pulpares.
2.4 Diagnóstico.
2.5 Tratamento.
Observação:
3.2 ENDODONTIA II
DISCIPLINA: ENDODONTIA II
Período: 6o
Carga Horária:
Métodos Didáticos
Aula teórica expositiva.
Aula pré-clínica (laboratorial).
Aula prática (atendimento de pacientes).
Elaboração de relatórios diários das atividades práticas de pré-clínica e de clinica
com atendimento de pacientes.
Discussão de casos clínicos.
Atividade interdisciplinar com a Microbiologia na avaliação microbiológica dos
canais radiculares de pacientes atendidos na Clínica de Endodontia.
Unidades de Ensino
Unidade I - Topografia da cavidade pulpar e periápice de molares
1. Introdução e Classificação.
2. Diagnóstico.
3. Tratamento.
1. Introdução e etiologia.
2. Mecanismo de ação.
3. Classificação e diagnóstico.
4. Tratamento.
1. Apexigênese.
2. Apexificação.
Observação:
14. Retornos de pacientes deverão ser registrados pelo aluno na agenda (papeleta) da
triagem e no cartão de consulta, como RA (reabilitação em andamento), RP
(reabilitação parcial) e RC (reabilitação concluída).
15. Pacientes que não tenham registro de retorno serão substituídos por outro, que
deverá ser atendido obrigatoriamente.
16. É de plena responsabilidade do aluno a posse, a organização e a integridade do
conjunto de instrumentos necessários ao atendimento do paciente.
17. O aluno deverá dispor na clínica de todo o material solicitado pela Disciplina e o
instrumental indicado na Lista de Materiais.
18.O aluno que descumprir o item anterior prejudicará sua avaliação.
19. De cada etapa clínica anterior ao atendimento do paciente o aluno fará um relatório
que deverá ser levado para a clínica para eventuais consultas.
20. Solicite ao seu professor orientador para assinar os documentos necessários.
21. A falta de paciente para atendimento não é motivo para dispensa do aluno. Nesse
caso, ele deverá colaborar com os colegas ou trabalhar com dentes extraídos.
22. É vedado o atendimento aos pacientes com o material incompleto, desorganizado,
sujo, não estéril ou a combinação dessas condições.
23. A não observância pelo aluno do item anterior ou de quaisquer exigências do Manual
de Infecção Cruzada em Odontologia: Prevenção e Controle, da DOPUCMINAS, expõe
o aluno à advertência por escrito pelo professor responsável.
24. As normas do Manual de Infecção Cruzada em Odontologia: Prevenção e Controle, da
DOPUCMINAS deverão ser rigorosamente cumpridas em todos os procedimentos
clínicos. Semanalmente, a coordenação da disciplina receberá da CME o relatório de
controle de movimento de entradas e saídas dos materiais de cada aluno.
25. Preencher sem luvas as fichas clínicas de identificação e questionários de saúde.
26. Calçar as luvas descartáveis de procedimento somente no momento da realização
dos exames clínicos intra e extra-orais.
27. Usar sobreluvas plásticas para manusear qualquer material de consumo ou objetos
durante o atendimento clínico.
28. Utilizar sobreluvas plásticas para a realização das tomadas radiográficas.
29. Descartar agulhas usadas bem como qualquer material perfuro-cortante (limas, e
brocas eliminadas do uso) exclusivamente no recipiente próprio existente na clínica.
30. Será obrigatório o avental de plástico para proteção das roupas do paciente.
31. Retirar de seus recipientes todo o material necessário para o trabalho antes do
atendimento.
32. Pastas, bolsas, maletas e objetos assemelhados deverão ficar embaixo da bancada.
33. Solicitar atendimento técnico para reparo de falhas, defeitos de equipamento ou
dispositivos auxiliares através da atendente.
34. Solicitar com clareza para as atendentes os materiais de consumo nas quantidades
certas (IRM, cones de guta-percha, hipoclorito, etc.), necessários para cada
atendimento.
35. Consumir estritamente os materiais necessários ao seu trabalho.
36. Desperdício de materiais expõe o aluno à advertência pelo professor responsável.
37.Verificar com seu professor o modo de usar e manuseio de materiais, equipamentos e
dispositivos que você não conheça. A correta utilização e manuseio de materiais,
equipamentos e dispositivos integram o processo de aprendizado.
ESTERILIZAÇÃO
A distribuição do material estéril pela CME será feita de acordo com critérios
estabelecidos pela Comissão de Controle de Infecção do Departamento de Odontologia
da PUC Minas. Materiais para expurgo deverão ser entregues pelo aluno à CME
conforme protocolo determinado pela mesma Comissão.
a) ACONDICIONAMENTO DO INSTRUMENTAL
Sugerimos o empacotamento dos materiais em pacotes diferenciados de instrumental
clínico (conforme tabela divulgada no Expurgo) e de Endodontia, conforme abaixo:
VIDRO CONTEÚDO
1 Limas K # 06, 08 e 10 – 21mm – 3 de cada
1 Limas K # 06, 08, 10 e 15 – 25 mm – 3 de cada
1 Limas K # 10 e 15 – 31 mm – 2 de cada
1 Limas K # 15 – 40 – 1ª. série – 25 mm
1 Limas K # 45 – 80 – 2ª. série – 25 mm
1 Limas K # 15 – 40 – 1ª. Série – 31 mm
1 Limas K # 45 – 80 – 2ª. Série – 31 mm
1 Limas H # 15 – 40 – 1ª. Série – 25 mm
1 Limas H # 45 – 80 – 2ª. série – 25 mm
1 Brocas A.R. # 1557, Endo Z, B.R. # 2, 4 e 6
1 Brocas GG # 2, 3, 4 – 2 de cada e lentulo # 1 e 2 – 1 de cada
1 Espaçador digital # A, B e C – 1 de cada
5. TREINAMENTO PRÉ-CLÍNICO
Apresentação
5.1 Radiografia de estudo
5.2 Topografia e anatomia da cavidade pulpar
5.3 Preparo intracoronário
5.4 Localização dos canais radiculares
5.5 Irrigação do sistema de canais radiculares
5.6 Exploração do canal radicular
5.7 Limpeza e Formatação do Sistema de Canais Radiculares
5.8 Obturação do Sistema de Canais Radiculares
PRÉ-SELEÇÃO
a) Posicione, com o auxílio de uma cera utilidade, de 3 a 4 dentes em um único filme radiográfico para
adultos, com suas faces vestibulares voltadas para os raios X (procure orientações complementares
com seu professor).
b) Procure agora escolher os dentes com o auxílio do exame radiográfico verificando:
I – que os dentes estejam completamente formados;
II – que seus canais estejam visíveis radiograficamente, mas que não sejam excessivamente volumosos;
III – que os dentes representem as classes de canais (Classe I e Classe II segundo De Deus) trabalhadas
na Disciplina.
c) Procure não selecionar dentes incompletamente formados, dentes com os canais visivelmente
obstruídos, dentes com coroas muito destruídas e dentes com menos de 20 mm de comprimento.
Mandíbula:
Incisivo central
Incisivo lateral
Canino
Primeiro pré-molar
Segundo pré-molar
Primeiro molar
Segundo molar
Variações
Rx
(Desenho adaptado de material fornecido pelo Prof. Quintiliano Diniz De Deus, aos
participantes de seus cursos pré-clínicos, realizados no Instituto Professor De Deus).
(Desenho adaptado de material fornecido pelo Prof. Quintiliano Diniz De Deus, aos
participantes de seus cursos pré-clínicos, realizados no Instituto Professor De Deus).
Obturação do SCR
Rx
(Desenho adaptado de material fornecido pelo Prof. Quintiliano Diniz De Deus, aos
participantes de seus cursos pré-clínicos, realizados no Instituto Professor De Deus).
6.2- ANESTESIA
A anestesia local é um dos importantes componentes dos tempos operatórios do
tratamento endodôntico. É necessária durante o tratamento e, sobretudo nos casos
em que a polpa apresenta vitalidade. Em casos de desconforto causado pela
aposição do grampo para dique de borracha, pode-se aplicar a anestesia infiltrativa
nas papilas gengivais.
7. TÉCNICAS DE INSTRUMENTAÇÃO
Irrigação
1) Acesso coronário
2) Localização das entradas dos CRs
3) Pré-alargamento
Esvaziamento inicial
Lima K #15, #20, #25 (sem forçar) – M.O. sem stroke - Irrigação
Lima H #15, #20 – máximo 2/3 CDR - Irrigação
5) Preparo Apical
Lima K #15 ________ CT
Irrigação + recapitulação lima K #10 (M1) _______ CPC
Lima K # 20________ CT
Irrigação + recapitulação lima K #10 (M1) _______ CPC
Lima K #25 (M2) ____ CT
Irrigação + recapitulação lima K #10 (M1) _______ CPC
7) Refinamento
Lima K # 25 - M2 ________ CT
Lima K # 10 - M1 ________ CPC
Irrigação
8. ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
GG 2, 3, 4
Tamborel H 20 H 15
Sonda endodôntica
Espelho bucal
Pinça algodão
Colher de dentina longa Tamborel
com as
Seringa anestesia
Limas
Seringa descartável 5 ml
Sugador endodôntico
Hollemback n.3
Lima K # M1 e M2 Espaçadores
Espelho
Pinça para cone
Tesoura reta
Hollemback
Tamborel
Kit alternativo: 1/20, 2/22, 2/3, 4/duplo
Espátula flexível
Alicate perfurador
Pinça porta grampo
Espátulas flexível e biângulo
Placa de vidro
9. LISTAS DE MATERIAIS
RELATÓRIO PRÉ-CLÍNICO
Nome:
Professor: Período:
N0 Dente:
Tipo de Dente: Classe:
Técnica de Instrumentação:
Data de término da Instrumentação:
Solução Irrigadora utilizada:
Remoção da Smear layer: Não Sim
Técnica de Obturação:
Cone de guta-percha utilizado:
Cimento Obturador:
Data da Obturação:
OBSERVAÇÕES:
CT = CPC – 0,5 mm
Assim, CT = 22,0 mm – 0,5 mm
CT = 21,5mm
CT = CPC – 0,5 mm
Assim, CT = 23,5 mm – 0,5 mm
CT = 23,0 mm
CT = CPC – 0,5 mm
Assim, CT = 22,0 mm – 0,5 mm
CT = 20,0 mm
ENDODONTIA:
SIGNIFICADO DE ABREVIATURAS E SIGLAS IMPORTANTES
# Número
% Porcentagem
Ca(OH)2 PA Hidróxido de Cálcio Pró Análise
CDR Comprimento do Dente na Radiografia
CPC Comprimento de Patência do Canal
CR Canal Radicular
CT Comprimento de Trabalho
CTP Comprimento de Trabalho Provisório
DL Disto Lingual
DV Disto Vestibular
EDTA Ácido Etileno Diamino Tetracético
GG Gates Glidden
Lima H Lima Hedströem
Lima K Lima tipo Kerr
M1 Lima de Memória 1
M2 Lima de Memória 2
ML Mésio Lingual
Mm Milímetro
MO Movimentos Oscilatórios
MV Mésio Vestibular
NaOCl Hipoclorito de Sódio
Ref Referência
Rx Radiografia
SCR Sistema de Canais Radiculares
Bibliografia Básica
COHEN, S. & HARGREAVES, K. Caminhos da Polpa. 9. ed., Mosby, 2007.
LOPES, H. P., SIQUEIRA JR, J. F. Endodontia: biologia e técnica. 3. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
COHEN,S., BURNS, R. C. Caminhos da Polpa. 7.ed. Mosby: Year Book,. 2000.
DE DEUS, Q. D. Endodontia. 5.ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1992.
ESTRELA, Carlos. Ciência endodôntica. São Paulo: Artes Médicas, 2004. 2v.
ESTRELA, C., FIGUEIREDO. J. A. P. Endodontia: princípios biológicos e
mecânicos. São Paulo: Artes Médicas, 1999.
ANDREASEN & ANDREASEN. Texto e atlas colorido de traumatismo dental. 3.
ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
Bibliografia Complementar
ANDREASEN, J. O, ANDREASEN, F. M. Traumatismo Dentário: soluções
clínicas. São Paulo: Panamericana, 1991.
CARDOSO, R. J. A., GONÇALVES E. A . N. Endodontia – Trauma. São Paulo:
Artes Médicas, 2002..
FIGUEIREDO. J. A. P. Endodontia: princípios biológicos e mecânicos. São
Paulo: Artes Médicas,1999.
INGLE, J. I., BAKLAND, L. K. Endodontics. 4.ed. Baltimore: Williams & Wilkins,
1994.
MELO, L. L. Traumatismo alvéolo-dentário. 1ed. São Paulo: Artes Médicas: EAP-
APCD, 1998.
SIQUEIRA JR. J. F. Tratamento das infecções endodônticas. 1.ed. Rio de
Janeiro: MEDSI, 1997.
TROWBRIDGE, H. O, EMLING, R. C. Inflamação: Uma revisão do processo. 4.
ed. São Paulo: Quintessence, 1996.
WALTON, R. E., TORABINEJAD, M. Princípios e prática em endodontia. 1. ed.
Livraria Santos e Editora Ltda., 1997.
WEINE FRANKLIN S. Tratamento endodôntico. 5. ed. Livraria Santos e Editora
Ltda.