Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade de Odontologia Especialização Endodontia
Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade de Odontologia Especialização Endodontia
Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade de Odontologia Especialização Endodontia
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ESPECIALIZAÇÃO ENDODONTIA
RAFAELA ANDRETTA
Data de Aprovação:
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________________________________________________
Dr. Régis Burmeister dos Santos
Professor titular da disciplina de Endodontia da Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
_____________________________________________________________________________________________________
Ms. Roberta Kochenborger Scarparo
Professora do Curso de Especialização de Endodontia da Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, aos meus pais pelo apoio incansável e pela
dedicação que tiveram por mim em todos os dias da minha vida, por me ensinarem por
meio de palavras, mas principalmente por meio de exemplos a importância da coragem
e dedicação ao que se faz e da persistência em não desistir dos objetivos mesmo em
situações difíceis. Além de me ensinarem o verdadeiro valor dos estudos, algo que não
pode nos ser tirado e que levamos conosco para a vida inteira.
Um agradecimento, mais do que especial, dedico à minha professora orientadora
Elaine Vianna Freitas Fachin que idealizou um trabalho inovador e diferenciado e por
ser mais do que uma simples professora, mas uma amiga em que podemos confidenciar
nossas angústias profissionais e que , sempre, carinhosamente nos aconselha de uma
forma única e inesquecível.
Também quero agradecer exaustivamente a todos os amados professores da
Especialização de Endodontia da UFRGS-FO, Régis Burmeister dos Santos, Roberta
Kochenborger Scarparo, João Ferlini Filho e Fabiana Soares Grecca, pela ajuda na minha
prática clínica e conhecimento científico, mas, principalmente, pelos momentos
agradáveis que passamos juntos e por tornarem a Endodontia uma disciplina
memorável.
É importante ressaltar que este não se tornou um simples trabalho, mas uma fonte de
inúmeras pesquisas e uma fonte segura que me apoio com confiança para minha prática
clínica. Ajudou-me a enriquecer meus conhecimentos científicos além de aprimorar meus
conhecimentos técnicos, pois, de uma forma totalmente distinta pude escrever um trabalho
único e que participei ativamente – na teoria e prática.
RESUMO
The objective of this work is through the scientific background, present clinical
cases with clinical decisions to be taken before an accident or a complication in the
course of endodontic treatment. Certainly, it is important to note that this work includes
some of the many endodontic complications.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES........................................................................................................................... 6
SUMÁRIO ...................................................................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................11
1 CASO CLÍNICO I : TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE DENTE PERMANENTE COM
RIZOGÊNESE INCOMPLETA – NECROSE COM LESÃO .....................................................................12
1.1 DESCRIÇÃO DO CASO: ASPECTOS CLÍNICOS ................................................................................12
1.2 DESCRIÇÃO DO CASO: ASPECTOS CLÍNICOS: DIAGNÓSTICO ....................................................12
1.2.1 Base bibliográfica para: rizogênese incompleta .............................................................................13
1.3 DESCRIÇÃO DO CASO: ASPECTOS TÉCNICOS DE APICIFICAÇÃO E EMBASAMENTO
CIENTÍFICO ..............................................................................................................................................14
1.3.1 Base bibliográfica para: uso do hidróxido de cálcio .......................................................................16
1.4 DESCRIÇÃO DO CASO: ASPECTOS TÉCNICOS DA PERIODICIDADE DAS TROCAS DE
CURATIVO E EMBASAMENTO CIENTÍFICO ........................................................................................17
2 CASO CLÍNICO II: FÍSTULA PERSISTENTE AO TRATAMENTO ENDODÔNTICO – NECROSE
COM LESÃO ................................................................................................................................................22
2.1 DESCRIÇÃO DO CASO: ASPECTOS CLÍNICOS ................................................................................22
2.1.1 Base bibliográfica para: anatomia dos incisivos inferiores .............................................................22
2.2 DESCRIÇÃO DO CASO: DIAGNÓSTICO ...........................................................................................23
2.3 DESCRIÇÃO DO CASO: INÍCIO DA TERAPÊUTICA ........................................................................24
2.3.1 Base bibliográfica: curativo com tricresolformalina antes do preparo químico-mecânico ...............25
2.3.2 Base bibloiográfica: irrigação com hipoclorito de sódio 2,5% ........................................................26
2.4 DESCRIÇÃO DO CASO: CURATIVO DE DEMORA - PÓS-PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO........27
2.4.1 Base bibliográfica: curativo de demora pós-preparo químico-mecânico .........................................27
2.5 DESCRIÇÃO DO CASO: TENTATIVA DE OBTURAÇÃO I ...............................................................29
2.5.1 Base bibliográfica: digluconato de clorexidina 2%.........................................................................29
2.6 DESCRIÇÃO DO CASO: TENTATIVA DE OBTURAÇÃO II ..............................................................30
2.6.1 Base bibliográfica: comprimento de trabalho e retratamento..........................................................31
2.7 DESCRIÇÃO DO CASO: TENTATIVA DE OBTURAÇÃO III .............................................................32
2.8 DESCRIÇÃO DO CASO: OBTURAÇÃO .............................................................................................32
2.8.1 Base bibliográfica: cimento AH Plus ..............................................................................................33
2.9 DESCRIÇÃO DO CASO: FASE DE PROSERVAÇÃO .........................................................................33
3 CASO CLÍNICO III: INSTRUMENTO FRATURADO ...........................................................................36
3.1 DESCRIÇÃO DO CASO: ASPECTOS CLÍNICOS ................................................................................36
3.2 DESCRIÇÃO DO CASO: DIAGNÓSTICO ...........................................................................................36
3.2.1 Base bibliográfica: instrumentos fraturados ...................................................................................36
3.3 DESCRIÇÃO DO CASO: TÉCNICA OPERATÓRIA ............................................................................37
3.3.1 Base bibliográfica: remoção de instrumento fraturado ...................................................................38
3.4 DESCRIÇÃO DO CASO: TÉCNICA OPERATÓRIA - TENTATIVA DE REMOÇÃO DO
INSTRUMENTO FRATURADO ................................................................................................................39
4 CASO CLÍNICO IV – PREPARO DOS CANAIS RADICULARES COM INSTRUMENTO
ROTATÓRIO PRO TAPER .........................................................................................................................42
4.1 DESCRIÇÃO DO CASO: ASPECTOS CLÍNICOS ................................................................................42
4.2 DESCRIÇÃO DO CASO: DIAGNÓSTICO - TÉCNICA OPERATÓRIA ...............................................42
4.2.1 Base bibliográfica: curvaturas radiculares.....................................................................................43
4.2.2 Base bibliográfica – sistema Pro Taper ..........................................................................................44
4.3 DESCRIÇÃO DO CASO: SEQUÊNCIA TÉCNICA ..............................................................................44
4.3.1 Base bibliográfico: técnica da utilização dos instrumentos rotatórios .............................................45
4.4 DESCRIÇÃO DO CASO: SEQUÊNCIA TÉCNICA - CURATIVO DE DEMORA .................................46
4.4.1 Base bibliográfica: uso de pasta de hidróxido de cálcio como curativo de demora ..........................47
4.5 DESCRIÇÃO DO CASO: SEQUÊNCIA TÉCNICA – OBTURAÇÃO ...................................................48
4.5.1 Base bibliográfica: cimento AH Plus e técnica termoplastificável de obturação ..............................49
9
Como especialidade exige, dos que a ela se dedicam, alto grau de conhecimento
das características anatômicas dentais e aperfeiçoamento da habilidade manual para
compensar a inacessibilidade visual que se tem do campo de trabalho. A realização de
um tratamento endodôntico implica uma série de fases que, clinicamente, impõe ao
profissional conhecimentos biológicos básicos, experiência clínica, equipamentos e
instrumental apropriados, caso contrário, o tratamento aparentemente simples pode se
tornar difícil e, muitas vezes, impraticável. (BRAMANTE, M.B. et. al., 2004).
Ilustração 2 Odontometria
Dentes com rizogênese incompleta são descritos como aqueles cujo ápice
radicular, histologicamente, não apresenta a dentina apical revestida por cemento e,
radiograficamente, quando o extremo apical da raiz não atinge o estágio 10 de Nolla, isto
é, ápice radicular completo (NOLLA,1960). Ao erupcionar, os dentes não têm a raiz
totalmente formada, segundo Ford (1996), normalmente ocorre três anos após a
erupção do dente.
14
A técnica utilizada foi a limpeza do canal por terços com a lima 80 que acessava
livremente toda a extensão do canal, realizou-se a desinfecção desta forma, uma vez que,
em 1972, Cvek encontrou que a formação de tecido duro só ocorre após o controle da
infecção. Souza Neto (1996), Ford (1997) e Fachin, Borba & Luisi (1999) também
salientaram a importância da desinfecção do canal radicular para que ocorra a
apicificação. Irrigou-se abundantemente com hipoclorito de sódio a 2,5% pela sua ação
antimicrobiana universalmente recomendada, uma vez que, em necrose pulpar,
bactérias penetram nos túbulos dentinários adjacentes, além disso, a concentração baixa
do hipoclorito de sódio apresenta equilíbrio entre efeito bactericida, estabilidade, ação
solvente orgânica e biocompatibilidade indicada como base de uma terapia
biologicamente aceitável. (FACHIN E V F, HAHN L, PALMINI A L F., 1994).
(STEINER e colab., 1968; HEITHERSAY, 1970; STEINER & VAN HASSEL, 1971; BINNIE &
ROWE, 1973; CVEK, 1974; LIN e colab., 1981; NICHOLLS, 1981; BASRANI, 1983;
HOLLAND e colab., 1983; ANDREASEN, 1984; SCHLAGEL & GIDDON, 1984 ; WEBBER,
1984; SAFAVI e colab.,1985; SAAD, 1988;YATES, 1988; KLEIER & BARR, 1991; PAIVA &
ANTONIAZZI, 1991; TRONSTAD ,1991; LEONARDO e colab., 1993).
Morse, O’Larnic & Yesilsoy (1990) citam que múltiplas consultas com várias
aberturas e limpezas do canal podem perturbar o processo de apicificação. Junto a isso,
Felippe (1999) considera que a renovação constante da pasta impede que o processo de
calcificação ocorra por uma remoção mecânica ou inativação das células blásticas e uma
vez que o hidróxido de cálcio tenha induzido a formação de tecido duro, este processo
ocorre ininterruptamente.
O uso de limas para testar o fechamento apical está de acordo com Gutmann &
Heaton (1981), Yates (1988) e Ford (1997), pois, às vezes, a barreira pode ser fina e
pouco radiopaca, não aparecendo na radiografia. Esta inspeção deve ser sutil para não
forçar a barreira, destruindo-a, assim, foi usado uma lima mais calibrosa sem forçar a
barreira e, uma vez constatada sua presença, uma lima mais fina foi utilizada para
detectar a presença ou não de solução de continuidade. Após nove meses, notou-se a
formação da barreira, mas havia um ponto descontínuo, por isso optamos por deixar
mais trinta dias com o “curativo de demora” previamente a obturação.
Segundo Della Serra, em 1970, essa bifurcação ocorre em 70% dos casos. Após
essa bifurcação, os canais assim formados (vestibular e lingual) se unem novamente,
terminando num único forame. Raramente a separação dos canais é completa podendo,
nestes casos, existir forames separados.
sendo essa porcentagem concordante com os resultados obtidos por outros autores
(BARRET, M.T, 1925; RANKINE-WILSON, R. W.; HENRY, P., 1965; BENJAMIN, K. A. &
DOWSON, J., 1974; VERTUCCI, F, J, 1974; FARACO, D. B.; RIBEIRO, J. C.; MORAES, S. H,
1986). A presença de dois canais radiculares distintos, isto é, com forames separados, foi
observada por De Deus em apenas 3,2% dos casos.
semelhantes entre si, nos terços do canal radicular. Em todos os grupos experimentais
os autores observaram melhor limpeza nos terços cervical e médio e piores resultados
no terço apical.
Logo, o curativo com Calen associada ao PMCC é mais eficaz, pois existe uma
ação neutralizadora da dentina para com íons hidroxila (HAAPASALO et al, 2001) e a
relativa resistência de alguns organismos a certos níveis de alcalinidade faz do hidróxido
de cálcio ineficiente contra alguns microrganismos nos túbulos dentinários, o que
justificaria a adição de algum anti-séptico como o PMCC (SIQUEIRA et al, 1996), uma vez
que a difusão e solubilidade do hidróxido de cálcio são baixas (PORTENIER, I.;
HAAPASALO, H.; RYE, A.; WALTIMO, T.; ORSTAVIK, D.; HAAPASALO, M. 2001).
29
Alguns autores (SIQUEIRA & UZEDA, 1997; ROACH et al., 2001; SUKAWAT &
SRISUWAN, 2002), demonstraram que a associação hidróxido de cálcio com o PMCC é
mais eficaz contra E. faecalis do que o gel de clorexidina isoladamente ou da associação
hidróxido de cálcio com clorexidina. GOMES et al. (2002) relataram que a adição da
glicerina na pasta hidróxido de cálcio/PMCC aumentou a ação antimicrobiana porque a
glicerina auxiliou o PMCC na difusão do hidróxido de cálcio.
Molven et. al., em 1991, tiveram por objetivo avaliar através da MEV, a presença
de microrganismos na porção apical de dentes com necrose pulpar e lesão periapical
crônica, verificando que o “biofilme bacteriano apical” se encontrava na superfície
32
Ilustração 16 Hemograma
Usou-se o motor Driller Endo Pró Torque com o sistema de limas Pro
Taper. O preparo foi seguindo o princípio da técnica coroa-ápice sem pressão,
fazendo-se um movimento de “bicada”, ou seja, introduz e remove. Iniciamos pelo
instrumento S1, pois ele dilata um pouco para receber o desgaste cervical. Após
seguiu-se com o instrumento SX, S2, realizou-se a radiografia odontométrica,
passamos para o instrumento F1, F2 e F3.
sua propriedade quelante, uma vez que os canais estavam atrésicos. O quelante reage
com íons cálcio nos cristais hidroxiapatita, removendo íons cálcio da dentina. (ÇALT, S.;
SERPER, A., 2002).
No entanto, no canal mesial, que no caso deste dente (37) havia apenas
dois canais, não conseguimos instrumentá-lo devido sua total calcificação o que
poderia levar a uma perfuração, portanto optamos por mantê-lo em proservação.
Embora o tratamento endodôntico deva ser encarado mais sob o ponto de vista
cirúrgico, em muitas ocasiões, faz-se necessário o uso de fármacos de ação sistêmica
(LEONARDO e LEAL, 1998; ANDRADE, 1999; RETTORE JÚNIOR, 2000; RALDI et al,
2002), para contornar problemas que podem surgir na sequência do tratamento,
representados por reação inflamatória, dor e infecção, proporcionando maior conforto e
segurança ao paciente.
Rafaela, muita coisa há ainda para aprender e fazer. Sempre haverá...pois essa é
a lei da vida. Como és uma pessoa do bem, tenho certeza que não esquecerás do bem
comum.É na prática da caridade, também, que atingimos as realizações pessoais.
Sucesso. Prosperidade. Paz e bem!
Itapuã, 22 de novembro de 2008.
M.F.F.
6 CASO CLÍNICO VI – RETRATAMENTO
Assim, Aun, C.E.; Gavini, G.; Fachin, E.V.F., em 1998, consideram que a
reintervenção no endodonto ocupa um lugar de destaque na prática odontológica atual e,
ao final de sua execução, deve-se visualizar um tratamento tecnicamente melhor que o
existente, observando-se radiograficamente o limite apical do material obturador em
nível adequado, bem como sua distribuição homogênea e compacta por todo o conduto.
Molven et. al., em 1991, tiveram por objetivo avaliar através da MEV, a presença
de microrganismos na porção apical de dentes cm necrose pulpar e lesão periapical
62
6.4.2 Base bibliográfica: remoção da smear layer com o uso de EDTA 17%
Portanto, Leonardo, M.R., em 2008, sugere que o EDTA seja utilizado como um
auxiliar para alargamento de canais atresiados e/ou calcificados e/ou para a remoção da
“camada residual”, como “toilet” final do preparo biomecânico.
7 CASO CLÍNICO VII – TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM SESSÃO ÚNICA
Por ser um dente com um único canal optamos pela sessão única da
terapia endodôntica.
A polpa dental inflama-se em resposta a um agente agressor que pode (ou não)
estar localizado em sua superfície, como pode (ou não) ser originado por
microrganismos patogênicos. Muitas das alterações pulpares não são de origem
bacteriana, podendo ser causadas por agentes físicos e químicos. (LEONARDO, M.R.,
2008).
grande importância à lesão química do coto endo-periodontal, como uma das causas
mais freqüentes do fracasso da reparação apical.
2. Nas condições de tratamento onde existem dúvidas com relação a uma possível
quebra da cadeia asséptica estaria indicada a solução de hipoclorito de sódio a
0,5% (Dakin) e a 1% que é a solução de Milton (mais indicada atualmente e
descrito por Leonardo M.R., 2008 como sendo o irrigante de escolha nos
casos de biopulpectomia).
aproximadamente, com o objetivo de não traumatizar o coto pulpar, uma vez que, a
região apical e periapical constituem o centro nervoso, vascular e linfático de todo o
periodonto. Assim, quando essa região é traumatizada mecanicamente pelo profissional,
poderão ocorrer reflexos dolorosos ou mesmo, alterações teciduais muitas vezes, de
caráter irreversível. (LEONARDO, M.R. 2008).
1. A maioria das dores pós-obturação, tanto em sessão única como em várias visitas,
ocorreu nas primeiras 24 horas após obturação e diminuiu posteriormente;
Segundo Figini, L. et al., em 2007, relatam que não existe diferença na eficácia do
tratamento de canal em termos de sucesso radiográfico entre sessão única e múltiplas
sessões no tratamento endodôntico. As complicações de curto ou longo prazo também
são semelhantes em termos de freqüência, embora os pacientes submetidos a uma única
sessão podem ter uma freqüência ligeiramente maior de inchaço e são,
significativamente, mais propensos a tomar analgésico.
72
Uma vez que existe íntima relação entre morfologia interna e técnica
endodôntica, o processo de calcificação pulpar deve ser amplamente estudado, nos seus
aspectos biológicos, considerando a histologia do envelhecimento pulpar e nos seus
aspectos patológicos frente à cárie, restaurações, tratamentos conservadores e
traumatismos. (FACHIN, E.V.F; LUISI, S.B; BORBA, G DE., 2002).
Com relação aos aspectos patológicos, foco desta abordagem, a resposta pulpar
frente à cárie, restaurações e traumatismos conservadores se manifesta
radiograficamente pela presença de nódulos, agulhas cálcicas e cornos pulpares
diminuídos ou até completamente fechados. As respostas tardias a estes estímulos
77
Além dos canais calcificados dos dentes 33 e 35, no dente 33, realizamos
uma radiografia para detectar se havia perfuração, frente à destruição que
observávamos radiograficamente, e foi encontrada esta perfuração através de um
pré-curvamento de uma lima número 20 inserida na parede na face mesial do
dente. E foi detectada uma perfuração corono-radicular.
Portanto, os terceiros molares que muitas vezes são extraídos, deveriam ser
preservados especialmente se estiverem bem posicionados no arco. A manutenção de
um terceiro molar em função poderia ser de alguma importância como pilar distal para
uma futura restauração protética. (PLOTINO, G., 2008)
Estudos têm demonstrado que as causas comuns de falha nos dentes tratados
endodonticamente são obturação do canal incompleta e infiltração coronal (INGLE, J.I;
TAINTOR, J.F., 1965; SWANSON, K; MADISON, S., 1987). Os canais radiculares obturados
podem estar incompletos, pois o operador não reconhece suas ramificações ou a
presença desses canais. É imperativo que o dentista tenha um conhecimento profundo
da morfologia do canal radicular para o sucesso do preparo e obturação do sistema de
canal radicular. Muitos autores têm investigado a anatomia dos canais radiculares, mas
poucos estudos têm incluído o terceiro molar. (SIDOW, S. J. ET AL.,2000).
interna que, associada aos conhecimentos teóricos, indicam o tamanho da broca a ser
utilizada na cirurgia de acesso, sua direção, o tamanho do primeiro instrumento a ser
utilizado no interior do canal radicular e, ainda, quais as modificações que devem ser
empregadas para realizar o preparo da cavidade endodôntica, de modo a facilitar a
localização dos canais radiculares. Os terceiros molares podem apresentar-se como um
molar comum, como podem apresentar-se com anatomia completamente irregular.
(PÉCORA, J. D.; SILVA, R. G.; SOUSA NETO, M. D. DE. , 2004).
parte dos terceiros molares, porque a sua carga de trabalho seria composta pelos casos
mais complexos. (SIDOW, S. J. et. al.,2000).
O tratamento endodôntico nem sempre pode ser realizado em uma única sessão.
Nestas situações torna-se necessário o selamento da cavidade de acesso, por meio de um
material restaurador provisório. (CARVALHO ROCHA, M.J; SOARES, I.J., 1988).
ROMOND, C., 1992; NOGUEIRA, A.P.; MCDONALD, N.J., 1990; URANGA, A.; BLUM, J.;
ESBER, S.; PARAHY, E.; PRADO, C., 1999.)
De modo geral, o pólipo pulpar exibe uma superfície que lembra a mucosa bucal
lisa com tonalidade rósea ocupando geralmente toda a área da câmara pulpar e cavidade
cariosa. Já o originado de uma perfuração pode ter aspecto amorado e ocupa apenas
uma parte da câmara pulpar. (BRAMANTE, C.M. et. al., 2004).
Na sessão seguinte, após quatro dias, a paciente apareceu com uma fístula
vestibular. Imediatamente desinfetou-se bem o canal médio-lingual que permitiu
o acesso e deixou-se Calen sem PMCC de curativo nos canais e sobre a perfuração
colocou-se hidróxido de cálcio pró-analisis. Fez-se mais uma tentativa de entrada
no canal mésio-vestibular sem êxito.
Após sete dias a paciente retorna sem dor e sem a fístula. Neste dia foram
possíveis a entrada e instrumentação do terceiro canal mesial (mésio-vestibular),
sendo este canal muito mais curto que os outros dois, pois se deixasse no mesmo
comprimento de trabalho que o mésio-lingual, o médio-lingual sangrava e a
paciente relatava dor forte.
92
Deixou-se mais sete dias com a pasta Calen sem PMCC e pó de hidróxido de
cálcio pró-Analisis sobre a perfuração.
O segundo molar inferior apresenta, na grande maioria das vezes, três canais
radiculares. (LEONARDO, M.R., 2008).
A obturação foi realizada com espaçador bidigital nos canais mesiais, pois
o acesso era muito difícil e por estarem muito próximos não foi possível uma
grande dilatação. A técnica MacSpadden foi utilizada somente no canal distal. O
cimento usado foi o Sealer 26 e o selamento da perfuração foi realizado com MTA
misturado com água destilada e após deixou-se 10 minutos uma bolinha de algoão
umedecida em água destilada para que o MTA tomasse presa.
94
Portanto este trabalho foi realizado com o objetivo de mostrar que os passos
técnicos realizados em um tratamento endodôntico são, todos, apoiados em evidências
científicas a partir da leitura e revisão de literatura de inúmeros trabalhos que
evidenciaram importantes resultados e nos guiaram na prática clínica. Naturalmente,
em todas as complicações, além dos conhecimentos (práticos e científicos) necessários,
exige-se do profissional muita paciência, perseverança e raciocínio na determinação do
melhor caminho a seguir. É importante lembrar que, apesar da experiência do
profissional, nem sempre se consegue a solução ideal para o problema, mas, se o dente
for recuperado parcial ou totalmente e, principalmente, se o paciente se sentir satisfeito
com o que foi feito, o esforço despendido estará compensado, pois fazemos o que
podemos e não o que queremos.
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