ENSACADEIRA
ENSACADEIRA
ENSACADEIRA
FORMIGA – MG
2016
2
FORMIGA – MG
2016
3
BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Evolução da Manutenção ....................................................................... 24
Figura 2 - Classificação da Manutenção ................................................................ 25
Figura 3 - Diagrama de Processo da MCC ............................................................. 30
Figura 4 - Formulário de Documentação do Sistema ............................................. 31
Figura 5 - Sistema de partida de motor por inversor de frequência ........................ 32
Figura 6 - Blocodiagrama controle escalar do CFW09 ........................................... 33
Figura 7 - Sistema de alimentação de água ........................................................... 33
Figura 8 - Diagrama Bloco Funcional de um Condensador de Ar .......................... 34
Figura 9 - Curva P-F ............................................................................................... 37
Figura 10 - Propagação de Falhas ........................................................................... 38
Figura 11 - Padrões de Falha ................................................................................... 39
Figura 12 - Árvore de Falhas .................................................................................... 42
Figura 13 - Diagrama Lógico de Seleção ................................................................. 50
Figura 14 - Árvore Lógica de Decisão ...................................................................... 51
Figura 15 - Determinação dos tipos de manutenção ................................................ 52
Figura 16 - Organograma da Manutenção ............................................................... 55
Figura 17 - Fluxo do processo da Ensacadeira ........................................................ 59
Figura 18 - Fluxograma do Sistema de Abastecimento de Cal................................. 63
Figura 19 - Posição do Aplicador de Sacos .............................................................. 64
Figura 20 - Diagrama Organizacional do MF-01....................................................... 67
Figura 21 - Diagrama Organizacional do MF-02....................................................... 68
Figura 22 - Diagrama Organizacional do MF-03....................................................... 68
Figura 23 - Diagrama Organizacional do MF-04....................................................... 69
Figura 24 - Diagrama Organizacional do MF-05....................................................... 69
Figura 25 - Diagrama Organizacional do MF-06....................................................... 70
Figura 26 - Diagrama Organizacional do MF-07....................................................... 70
Figura 27 - Diagrama Organizacional do MF-06....................................................... 71
Figura 28 - Diagrama Organizacional do MF-09....................................................... 72
Figura 29 - Diagrama Organizacional do MF-10....................................................... 72
Figura 30 - Matriz de correlação dos itens físicos x tipos de falha do MF-09 ........... 79
Figura 31 - Matriz de correlação dos itens físicos x tipos de falha do MF-10 ........... 81
Figura 32 - Matriz de correlação dos itens físicos x tipos de falha do MF-05 ........... 82
8
LISTA DE QUADROS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE EQUAÇÕES
DF – Disponibilidade Física
ERP – Enterprise Resourse Planning
FMEA – Failure Mode and Effects Analysis
FMECA – Failure Mode, Effects and Criticality Analysis
FTA – Fault Tree Analysis
IHM – Interface Homem-Máquina
MCC – Manutenção Centrada na Confiabilidade
MF – Módulo Funcional
PCM – Planejamento e Controle da Manutenção
RPN – Risk Priority Number
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
TMEF – Tempo Médio Entre Falhas
TMPR – Tempo Médio Para Reparo
TPM – Total Productive Maintenance
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 16
2 OBJETIVOS ............................................................................................... 18
2.1 Objetivo Geral............................................................................................. 18
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 18
3 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 19
4 PROBLEMA................................................................................................ 20
5 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 22
5.1 Evolução da Manutenção ........................................................................... 22
5.1.1 Primeira Geração ....................................................................................... 23
5.1.2 Segunda Geração ...................................................................................... 23
5.1.3 Terceira Geração ........................................................................................ 23
5.2 Políticas de Manutenção ............................................................................ 24
5.2.1 Manutenção Corretiva ................................................................................ 25
5.2.1.1 Manutenção Corretiva Planejada ............................................................... 25
5.2.1.2 Manutenção Corretiva Não-planejada ........................................................ 26
5.2.2 Manutenção Preventiva .............................................................................. 26
5.2.3 Manutenção Preditiva ................................................................................. 27
5.2.3.1 Inspeção preditiva ...................................................................................... 27
5.2.3.2 Inspeção funcional ...................................................................................... 28
5.3 Manutenção Centrada na Confiabilidade (MCC) ........................................ 28
5.3.1 Objetivos da MCC ...................................................................................... 29
5.3.2 Aplicações da MCC .................................................................................... 29
5.4 Implementação da Manutenção Centrada na Confiabilidade ..................... 29
5.4.1 Seleção do Sistema e Coleta de Informações ............................................ 31
5.4.1.1 Formulário de Documentação do Sistema.................................................. 31
5.4.1.2 Descrição Textual do Sistema .................................................................... 31
5.4.1.3 Diagrama Esquemático .............................................................................. 32
5.4.1.4 Diagrama de Blocos ................................................................................... 32
5.4.1.5 Diagrama Organizacional ........................................................................... 33
5.4.1.6 Diagramas Funcionais ................................................................................ 34
5.4.1.7 Diagrama de Pareto ................................................................................... 34
13
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
4 PROBLEMA
DF - Ensacadeira 2016
80,00%
70,00%
60,00% 66,89%
59,30%
50,00%
52,82%
40,00%
30,00%
32,25%
20,00%
10,00%
0,00%
Abril Maio Junho Média
5 REFERENCIAL TEÓRICO
Após o final da Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1940 a 1950, onde
os equipamentos industriais eram mais simples e sobredimensionados para suas
aplicações, não existia a manutenção na forma planejada, apenas algumas tarefas
como limpeza e lubrificação de máquinas, as tarefas normalmente eram apenas
corretivas para reparação das falhas (SIQUEIRA, 2005).
Manutenção
Programação Objetivo
Corretiva
Não-programada
Preventiva
Programada Preditiva
Aperiódico Produtiva
Periódico Proativa
Detectiva
ambiente e nem ofereça risco a segurança das pessoas, esta manutenção pode ser
programada posteriormente em um momento ótimo. (SOUZA, 2011).
detectado nesta inspeção alguma falha, será necessária uma ação corretiva para
solucionar a mesma, caso contrário o equipamento continuará em funcionamento.
Para que seja aplicada a inspeção preditiva são exigidos alguns itens como: (i)
existência de um parâmetro relacionado com a evolução da falha; (ii) a possibilidade
de identificação da falha potencial por um parâmetro; (iii) se existe alguma técnica de
medição sem que haja parada do processo; (iv) se há consistência entre o intervalo
da falha potencial e a falha funcional; (v) se o intervalo entre as falhas potencial e
funcional é suficiente para uma manutenção preventiva; (vi) se é prático a monitoração
do item a intervalos inferiores ao de ocorrência das falhas (SIQUEIRA, 2005).
De acordo com Wireman (1998) a MCC tem como objetivo principal reduzir os
custos da manutenção, focalizando as funções mais importantes do sistema, evitando
ou removendo tarefas de manutenção que não são estritamente necessárias.
Siqueira (2005) relata que foram vários benefícios percebidos através da MCC,
principalmente pela indústria elétrica e nuclear, após vários testes a metodologia foi
consolidada e adotada em vários setores produtivos como construção civil, indústria
química, de refino e extração de petróleo, indústrias de gás, instalações de
bombeamento, celulose, papel, siderurgia, alimentação, mineração, transporte e até
hospitais.
Para Siqueira (2005) esta é a primeira etapa, onde tem o objetivo de identificar
e documentar todo o sistema ou processo que será analisado, geralmente é utilizado
como documento de entrada o projeto de engenharia, esta análise inicial promoverá
um melhor entendimento do funcionamento da instalação. A seguir será abordado
algumas das ferramentas mais utilizadas para documentar a identificação e
funcionamento dos sistemas.
Alimentação de
Água
Bombas e
Caixa Superior Caixa Inferior Sistema Elétrico
Tubulações
5.4.2.1 Funções
Esta falha é identificada como uma condição iminente de uma falha funcional,
levando em consideração que muitas falhas não acontecem repentinamente, mas
através de uma evolução ao longo do tempo (MOUBRAY, 1997; XENOS, 2004).
A FIG. 9 ilustra a relação da falha potencial (P) e a falha funcional (F) onde, o
intervalo P-F representa o ponto onde a falha pode ser detectada até sua ocorrência
(MOUBRAY, 2000).
Helicóptero
de Caça
Falha, Efeitos e Criticidade que é utilizado para identificação dos modos de falha
críticos (SIQUEIRA, 2005).
Segundo Lafraia (2001) no FMECA na análise de criticidade é calculado o Risco
que uma falha potencial possa trazer consequências para o sistema, usuários ou ao
meio. No FMECA estes riscos podem ser quantificados pelo conceito do RPN (Risk
Priority Number – Número de Prioridade de Risco), o RPN pode ser calculado através
da Eq. 1.
Deve ser feita uma estimativa das probabilidades de ocorrência das causas da
falha utilizando os dados obtidos de fornecedores, manuais técnicos, históricos de
manutenção, entre outros. A probabilidade de detecção é o índice que representa as
chances de as falhas afetarem o sistema. A severidade dos efeitos representa a
gravidade do efeito da falha para o cliente (LAFRAIA, 2001).
Lafraia (2001) sugere uma escala com ranking de 1 a 10 para a Ocorrência,
Detecção e Severidade, que são apresentados nos QUADROS 2, 3 e 4
respectivamente.
2 1 em 20000
Baixa: Relativamente poucas falhas
3 1 em 4000
4 1 em 1000
6 1 em 80
7 1 em 40
Alta: Falhas repetitivas
8 1 em 20
9 1 em 8
Muito Alta: Falhas quase que inevitáveis
10 1 em 2
Fonte: LAFRAIA, 2001, p. 112. (Adaptado pelo autor)
44
Probabilidade Ranking
3
Alta: Boa chance de determinar a falha
4
5
Moderada: 50% de chance de determinar a falha
6
7
Baixa: Não é provável que a falha seja detectável
8
4
Moderada: A falha ocasiona razoável insatisfação no cliente. O cliente
ficará desconfortável e irritado com a falha. O cliente notará razoável 5
deterioração no desempenho do sistema
6
Alta: Alto grau de insatisfação do cliente. O sistema se torna inoperável. A 7
falha não envolve riscos à segurança operacional ou o descumprimento de
requisitos legais 8
1 1 𝑥− 𝜇 2
𝑓 (𝑥) = 𝑒𝑥𝑝 [− ( ) ] −∞<𝑥 < ∞ (2)
𝜎 √2𝜋 2 𝜎
6,08
6,72
7,36
8,00
β 𝑥 𝑥 𝛽
𝑓 (𝑥) =
𝛿
(𝛿) 𝛽−1 exp [− (𝛿) ] para x > 0, > 0, > 0 (4)
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠
= 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜
(5)
1
𝑇𝑀𝐸𝐹 = (6)
𝜆
5.4.2.9.7 Disponibilidade
𝑇𝑀𝐸𝐹
𝐷= (8)
𝑇𝑀𝐸𝐹+𝑇𝑀𝑃𝑅
5.4.2.9.8 Confiabilidade
Segundo Zaions (2003) esta é a etapa que possibilita a seleção das atividades
de manutenção aplicáveis ao equipamento e que fornecerão um retorno financeiro
frente aos recursos investidos no ativo.
Os efeitos das falhas podem ser avaliados de acordo com a FIG. 14 que ilustra
uma Árvore Lógica de Decisão, que permite classifica-las em: Visível ao operador,
onde podem ter influência na segurança ou meio ambiente, no nível operacional e de
produção, no desempenho econômico; ou ocultas (LAFRAIA, 2001).
51
De acordo com Smith (1993) deve ser feita uma análise detalhada em todo
processo físico e materiais e suas mudanças ao longo do tempo, pois estas afetam
diretamente os modos de falha, onde é realizado toda análise estatística, como por
exemplo a taxa de falhas.
Não há um método específico para análise e decisão da periodicidade das
atividades de manutenção, a própria empresa deve definir o modelo que mais se
aplica a seu processo (SIQUEIRA, 2005).
Para Backlund (2003) a escolha da periodicidade das atividades deve ser
baseada em métodos estatísticos, experiência de especialistas e dados já existentes
da empresa.
54
6 MATERIAL E MÉTODOS
Gerente
Geral
Gerente de
Manutenção
Supervisor Supervisor
PCM
Mecânica Elétrica
Eletricistas
Mecânicos Lubrificadores Inspetores Instrumentista Inspetor
e técnicos
Para a análise dos dados foram utilizados recursos computacionais, dentre eles
o software Microsoft Excel para elaboração do gráfico de Pareto, onde foi possível a
57
7 ANÁLISE E RESULTADOS
A equipe responsável pela realização deste projeto foi formada pela gerência
de manutenção da empresa, um técnico eletrônico, técnico mecânico, instrumentista,
supervisor da manutenção elétrica e apoio do supervisor de produção da área.
Os sacos então são transportados para a paletizadora, que tem a função de organizar
e montar camadas de sacos sobre os paletes, após o palete formado, o mesmo é
transportado por tapetes de rolos para a máquina envolvedora, que envolve o palete
com um filme plástico para proteção do mesmo, o processo chega ao fim e o palete é
disponibilizado para que a empilhadeira possa retira-lo da linha de produção.
ANO 2016
100%
12,00% 17,55%
90% 21,25% 19,38%
80%
70%
60%
50%
88,00% 82,45%
40% 78,75% 80,62%
30%
20%
10%
0%
Abril Maio Junho média
% Corretiva % Preventiva
Outro fator importante observado foi o baixo TMEF (Tempo Médio entre
Falhas), ilustrado pelo GRAF. 8 que nos três meses estudados apresentou uma média
de 1,8 horas para que uma falha ocorra.
61
1,95
1,90
1,90
HORAS DE OPERAÇÃO 1,85
1,80
1,80
1,75 1,77
1,70 1,73
1,65
1,60
Abril Maio Junho Média
materiais que não são utilizados no processo, como pedaços de papel que retornam
do processo e transportar a cal para uma válvula de desvio, que por sua vez direciona
o produto para um silo pulmão que possui dois compartimentos (A e B). A cal é retirada
do silo através de duas válvulas borboleta e dosadas por duas válvulas rotativas, que
transportam a cal para a Ensacadeira rotativa.
O despoeiramento do processo é feito através de um exaustor que remove a
poeira gerada, existem tubulações que estão interligadas em todo o processo, onde
transportam a poeira para um filtro de mangas, essa poeira é acumulada no filtro, o ar
passa pelo exaustor e sai limpo por uma chaminé para a atmosfera, a poeira é
transportada da parte inferior do filtro de mangas por uma rosca transportadora, após
uma válvula rotativa interligada abaixo da rosca direciona a poeira de cal para outra
rosca transportadora de recuperação que leva a cal recuperada novamente para o
elevador de canecas. Também estão interligados vários pontos de captação de cal
provenientes de vazamentos do sistema de transporte nesta rosca de recuperação.
A FIG. 18 ilustra o diagrama de blocos do processo do sistema de
abastecimento de cal.
regulagem de cada tamanho de saco. Também possui uma IHM para controle e
configuração de parâmetros.
Sua descrição é apresentada pelo ANEXO C.
7.4.5 Paletizadora
7.4.6 Envolvedora
semi-camada (ANEXO K); (vi) transportador de correias (ANEXO L); (vii) transportador
de rolos de formação da camada (ANEXO M); (viii) Módulo desloca-camada (ANEXO
N) e, (ix) Mesa de elevação e planos de abertura (ANEXO O). Também foi considerado
um último módulo funcional, que representa os tapetes de rolos finais que estocam os
paletes cheios, sendo o Subsistema de número “X”. As composições dos subsistemas
descritos serão apresentadas no próximo tópico, para uma análise mais simples foram
denominados os subsistemas em módulos funcionais (MF) enumerados
respectivamente.
Para uma melhor análise dos itens críticos do sistema, que são necessários
para a aplicação da metodologia da MCC foram analisados cada subsistema da
paletizadora, que serão apresentados abaixo.
Módulo
Cadenciador/Prensador
Estrutura de Inversor de
Armação
apoio Frequência
Atuadores
Pneumáticos
Rolos de
Motorredutor 1 Fotocélula
transporte
Acionamento
Estrutura de apoio
elétrico
Esteira de acumulação /
transferência
Acionamento
Estrutura de apoio
elétrico
Esteira de
Motorredutor Fotocélula
transporte
Transportador de rolos de
formação da semi-camada
Estrutura de Acionamento
apoio elétrico
Pá de fundo de Roletes de
Motorredutor
semi-camada transporte
Cilindro Pneumático
Transportador de Correias
Polias e
Motorredutores Correias de transporte
acoplamentos
Transportador de
Correias
Estrutura de Acionamento
apoio elétrico
Roletes de
Motorredutores
transporte
Transportador de Correias
Acionamento
Estrutura de apoio
elétrico
Pá deslocadora de
Motorredutor
sacos
Cilindros Pneumáticos
Acionamento
Estrutura de apoio
elétrico
Pás
Plano Mesa de Transportador de
Motorredutores compactadoras
Abrível elevação rolos da mesa
de sacos
Pá de paragem de
palete
Tapetes de Rolos
Atuadores e
Motorredutores Cilindro Pneumático
Sensores
Contar as camadas
Contar os paletes
Fonte: Autor (2016).
Organizar o palete
Armazenar o palete
Fonte: Autor (2016).
Transporte de sacos
Fonte: Autor (2016).
Para a análise dos itens físicos críticos dos subsistemas selecionados para
MCC, foi utilizada a planilha de paradas da máquina paletizadora, foram separados
os três subsistemas escolhidos e feito uma classificação mais detalhada das falhas
por item físico.
78
35% 32%
30%
26%
25%
20%
15% 13%
10% 9%
6%
5% 3% 3% 3%
1% 1% 1%
0%
(v) desregulado, para itens que precisavam de ajuste; (vi) falha no sinal elétrico, para
os itens que apresentavam alguma falha de retorno de sinal elétrico para o sistema
de automação; (vii) ruído anormal; (viii) mal contato, para itens elétricos que não
funcionavam por mal contato; (ix) quebra, para itens que apresentavam qualquer parte
quebrada; (x) sobrecarga, para itens que foram expostos a algum tipo de excesso de
carga no eixo; (xi) solto, para itens que apresentavam alguma parte desconectada e,
(xii) travado, para os itens que apresentaram alguma parte travada.
A FIG. 30 demonstra a matriz de correlação dos Itens físicos críticos X tipos de
falha, construída para o subsistema MF-09.
Tipos de falha
Ruído anormal
Agarramento
Arrebentado
Desregulado
Danificado
Desgaste
Travado
Quebra
Nº Itens Físicos Total
1 Atuador pneumático da pá de paragem 12 10 22
2 Correia de controle do plano abrível 2 15 1 18
3 Sensor de pá de paragem da mesa 1 1 7 9
4 Correias de controle das pás 6 6
5 Roldanas plano abrivel 1 3 4
6 Rolamentos da elevação da mesa 1 1 2
7 Rolos da mesa 1 1 2
8 Travão do motor da mesa 2 2
9 Pás compactadoras 1 1
Atuador do sensor de presença de
10 palete 1 1
Corrente de acionamento dos rolos da
11 mesa 1 1
Total Geral 12 5 1 2 21 9 2 3 13 68
Fonte: Autor (2016).
De acordo com a FIG. 30 pode-se perceber que o defeito que mais se repetiu
neste subsistema foram itens desregulados, seguido de itens travados.
O GRAF. 16 ilustra o percentual de falhas dos itens físicos do subsistema MF-
10 no mesmo período. Estes itens descritos no gráfico foram responsáveis por 24,4%
80
das falhas da paletizadora, o item que mais falhou neste subsistema foram os Rolos
de transporte, seguido pelos Atuadores dos sensores.
60%
53%
50%
40%
29%
30%
20%
8% 8%
10%
2%
0% 0%
0%
Tipos de falha
Desregulado
Mal contato
Sobrecarga
Travado
Nº Itens Físicos Total
1 Rolos de transporte 23 1 2 26
2 Atuadores dos sensores 6 8 14
3 Sensores de presença de palete 4 4
4 Barreiras de segurança 2 2 4
5 Correntes de acionamento dos rolos 1 1
Total Geral 24 1 2 12 8 2 49
Fonte: Autor (2016).
68%
70%
60%
50%
40%
30% 24%
20%
10% 4% 4%
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
0%
Tipos de falha
Arrebentado
Desregulado
Desgaste
Travado
Quebra
Solto
Nº Itens Físicos Total
1 Correias de transmissão 3 11 3 17
2 Roldanas 2 2 2 6
3 Pá de fundo da semi-camada 1 1
4 Rolos de transporte 1 1
Total Geral 3 2 11 2 5 2 25
Fonte: Autor (2016).
Após o estudo dos itens físicos críticos dos subsistemas selecionados, foi
possível identificar os principais tipos de falhas e os pontos que serão concentrados
os esforços para eliminação dos problemas apresentados. No tópico a seguir será
aplicado a ferramenta FTA que permitirá uma visão global das falhas de cada
subsistema.
Nesta etapa foi aplicada a ferramenta FMECA, que possibilitou uma análise
crítica dos modos de falha de cada item físico, seus efeitos no processo e como são
detectados, além de uma análise quantitativa calculada pelo indicador RPN (Número
de Prioridade de Risco) que através deste foi possível a identificação dos itens mais
críticos.
Também foi possível determinar nesta fase qual tarefa de manutenção é
recomendada para corrigir ou evitar cada modo de falha, ou seja, impedir que uma
falha funcional aconteça, identificando as falhas potenciais e criando planos de ação.
Foram utilizados como entradas para esta análise a ferramenta FTA e a análise
dos itens físicos críticos, o indicador RPN foi classificado por cores, onde a cor
vermelha representa os itens críticos, e a cor amarela representa os itens que
necessitam de uma atenção maior. O APÊNDICE E demonstra as planilhas FMECA
elaboradas para os subsistemas em análise.
As planilhas não foram preenchidas completamente pois os novos valores de
severidade, criticidade e detecção para o cálculo do novo RPN serão inseridos após
a implementação da metodologia.
Os resultados da análise FMECA serão úteis para a próxima etapa, a Seleção
das atividades aplicáveis e efetivas.
plano, pois não será necessária a alteração do mesmo devido estes componentes não
apresentarem uma perda significativa no processo.
O QUADRO 9 apresenta as atividades de manutenção para os subsistemas
que não foram selecionados para a MCC.
propostas para os modos de falha podem ser solucionadas pela própria operação da
máquina, por se tratar de tarefas mais simples, já as tarefas restantes são de
responsabilidade da equipe de manutenção.
8 CONCLUSÃO
Cada vez mais a busca por métodos de trabalho mais eficazes e eficientes se
torna comum entre as empresas, que buscam produzir mais e com qualidade,
reduzindo custos. A MCC inicialmente desenvolvida para a indústria aeronáutica, vem
sendo estudada e aplicada em diversos segmentos, por possuir uma metodologia bem
estruturada e focada nas funções dos itens físicos. A elaboração deste trabalho
proporcionou vários ganhos, tanto para o meio acadêmico como fonte de pesquisas
para futuros trabalhos relacionados ao tema, quanto para o estudo de caso realizado
em uma indústria de Calcinação.
No decorrer do desenvolvimento do trabalho foram encontradas poucas fontes
literárias sobre o tema abordado, principalmente publicadas no Brasil, porém vem
crescendo o interesse pelo assunto, devido vários trabalhos e dissertações já
abordarem o tema. A metodologia MCC requer um conhecimento amplo sobre o
contexto operacional do sistema em estudo, seus componentes e suas funções,
requer um histórico de falhas e atividades de manutenção de pelo menos 2 anos, e
ainda grande empenho e disciplina da equipe de implantação da metodologia.
O estudo deste trabalho permitiu identificar detalhadamente cada função dos
itens físicos do sistema e subsistemas da Ensacadeira, através da ferramenta FTA foi
possível definir todos os possíveis modos de falhas para cada item físico do sistema
escolhido, a ferramenta FMECA proporcionou uma análise mais detalhada dos modos
de falha, seus efeitos e suas causas, apresentando através do cálculo do Número de
Prioridade de Risco (RPN) a verificação dos itens físicos críticos, possibilitando ainda
propor algumas atividades para solução das mesmas. As ferramentas de decisão de
tarefas auxiliaram na escolha das atividades mais aplicáveis e efetivas para solução
dos modos de falha ou redução significativa dos mesmos.
O objetivo deste trabalho era propor um plano de manutenção eficaz e mais
eficiente através da metodologia da Manutenção Centrada na Confiabilidade para os
itens físicos críticos da Ensacadeira. Este objetivo foi concluído com êxito, pois foi
possível a elaboração do novo plano de manutenção, sendo possível também o
cumprimento dos objetivos específicos descritos no tópico 2.2.
Verificou-se que durante a realização do estudo de caso várias dificuldades
foram encontradas, a principal delas foi a falta de histórico de falhas e manutenções
realizadas na Ensacadeira, os lançamentos não são feitos diariamente e o nível de
89
REFERÊNCIAS
Frequência
Nº Itens Físicos % Perda
da falha
1 Rolos de transporte 26 53%
2 Atuadores dos sensores 14 29%
3 Sensores de presença de palete 4 8%
4 Barreiras de segurança 4 8%
5 Correntes de acionamento dos rolos 1 2%
Total Geral 49 100%
Fonte: Autor (2016).
94
Produto: Ações
Modo da Efeito da Causa da Meio de Ação
Função Corretivas / Responsável Prazo
Nova
Nova
Nova
RPN
Falha Falha Falha Detecção Tomada
Detecção
Detecção
Severidade
Ocorrência
Severidade
Ocorrência
Nova RPN
Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Infilrot Z40, VENTOMATIC, 2009. (Adaptado pelo autor)
114
Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Ensacadora Geo/Gev Plus, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado
pelo autor)
115
Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Ventosort Cube, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
116
Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
117
Fonte: Manual do usuário e guias de referências – WCRT-200, WULFTEC, 2009. (Adaptado pelo autor)
118
Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
119
Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
120
Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
121
Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
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Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
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Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
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Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
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Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
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Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)
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Fonte: Manual de Uso e Manutenção – Polimat C40, VENTOMATIC, 2010. (Adaptado pelo autor)