Aula 02 Usg Ur

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Sistema Urinário

• Retroperitoneais
• Forma de feijão
• Simétricos em forma e tamanho
Cápsula fibrosa
• O parênquima renal é envolto por uma forte cápsula fibrosa que se desprende
facilmente no rim saudável. Veias que se ramificam desde a veia renal, ao nível
do hilo renal, formam um plexo característico na capsula renal - as veias
capsulares (no gato).
Rins
Rim
Rim
Rim
Bexiga
Cortes
• Sagital mediano ou longitudinal
o Ao longo do maior eixo do órgão
o Divide o órgão em 2 lados
Cortes
• Transversal
o Perpendicular ao maior eixo do órgão
o Divide o órgão em cranial e caudal
Cortes
• Coronal ou dorsal
o Paralelo ao maior eixo do corpo
VARREDURA
TOPOGRAFIA
• RIM ESQUERDO: Faz contato cranialmente com o estômago na curvatura maior,
com o baço e com o lobo esquerdo do pâncreas, e medialmente faz contato com
a glândula adrenal esquerda. É menos aderido à parede dorsal do abdome,
portanto, sua posição é mais variável que a do rim direito.
• RIM DIREITO: Extremidade cranial em contato com a fossa renal do lobo caudato
hepático. A borda medial apresenta contato mediocranial com a glândula adrenal
direita e ventralmente com a porção descendente do duodeno e ao lobo direito
do pâncreas.
• Em cães, o rim esquerdo é mais visualizável em função da posição mais caudal se
comparada à posição cranial, sob os últimos pares do gradil costal, do rim direito,
o que exige certa destreza do ultrassonografista em obter janela acústica
apropriada .
TOPOGRAFIA
GLOMÉRULO RENAL
ECOGENICIDADE
• Em um exame ultrassonográfico de abdome, é importante ter conhecimento da relação
de ecogenicidade entre rim, fígado e baço, pois desvios nessa relação indicam alterações
morfofisiológicas em um ou alguns desses órgãos.
• A ecogenicidade comparativa é ferramenta importante na avaliação renal.
• A região medular renal possui menor ecogenicidade em relação a região cortical, que por
sua vez, apresenta ecogenicidade ligeiramente menor quando comparado ao
parênquima hepático, sendo o tecido esplênico o de maior ecogenicidade dentre eles.

• BAÇO

• PARÊNQUIMA HEPÁTICO

• MEDULAR RENAL
• CORTICAL RENAL
ECOGENICIDADE

Comparação das ecogenicidades normais do rim com o fígado e com o baço. (A)
Ecogenicidade do rim direito (RD) levemente inferior à do fígado (F). (B) Córtex renal
esquerda (RE) apresentando ecogenicidade menor que a do baço.
ECOGENICIDADE

Inversão de ecogenicidades. O córtex renal (CR)


apresenta-se mais ecogênico que o tecido
esplênico (B). Tal condição pode representar uma
alteração da normalidade. Fonte: Hospital
Veterinário Escola de Pequenos Animais (HVET) da
Universidade de Brasília (UnB).
ECOGENICIDADE x ARQUITETURA

Rim esquerdo (RE) em um felino sem alterações


ultrassonográficas.
Três regiões podem ser identificadas:
• Complexo ecogênico central, mais ecogênico (PR);
• Região medular (MR), a menos ecogênica das três
• Cortical (CR), mais ecogênica que a medula, porém
menos que o complexo ecogênico central.
Fonte: Hospital Veterinário Escola de Pequenos
Animais (HVET) da Universidade de Brasília (UnB)
ECOGENICIDADE x ARQUITETURA
• Região central hiperecoica, denominada de complexo ecogênico central
correspondente à pelve renal e a gordura peripélvica.
• Região hipoecoica em volta da pelve constituída de túbulos coletores que
corresponde à medula.
• Região externa a esta que apresenta maior concentração celular, formada pelos
glomérulos e por isso, de maior ecogenicidade, correspondendo ao córtex
renal.
• Nas imagens ultrassonográficas renais de arquitetura interna normal, um limite
entre as porções cortical e medular, denominada junção ou difinição
corticomedular, evidenciando uma relação de 1:1 de espessura para as regiões
do córtex e da medula renal (relação corticomedular)
ARQUITETURA x PLANOS DE CORTE
ESTRUTURA INTERNA
• Imagem de um rim felino saudável. Na
imagem “a” em plano sagital e imagem “b”
em plano transversal.
(1) cortéx
(2) zona medular
(3) seio renal
• A pelve renal normalmente não é visualizada
• Zona medular é hipoecoica quando
comparada com o córtex, o qual usualmente
é hipo ou isoecoico quando comparado ao
fígado e tipicamente hipoecoico em
comparação ao baço
Ultrassonografia contrastada
• O exame ultrassonográfico contrastado é uma técnica funcional de exame de
imagem que permite uma avaliação não invasiva da perfusão tecidual
• Essa é uma técnica mais especializada que envolve o uso de agentes de contraste
• compostos por microbolhas cheias de gás e encapsuladas.
• Essas microbolhas altamente refletivas aumentam substancialmente o contraste entre os
tecidos do parênquima e seus vasos
• Essa técnica, na maioria das vezes, requer repetidas injeções de contraste
o Múltiplas lesões
o Movimento do paciente
Ultrassonografia contrastada
O que avaliar na USG?
RINS
• Topografia (habitual)
• Simetria
• Contornos (definidos/regulares)
• Relação e definição corticomedular (preservadas)
• Ecogenicidade e ecotextura
• Evidências de processo obstrutivo
RCM: 1:1
cortical
medular
RCM: Relação corticomedular
• O rim possui uma parte mais externa, onde ocorre a filtração do sangue,
chamada de córtex renal.
• Na parte mais interna, a medula renal, a urina é coletada e em seguida
encaminhada para o ureter, para ser eliminada.
• Existe uma proporção entre córtex e medula (1:1)
• Quando existe um afilamento do córtex renal, fala-se que ocorre uma
perda da relação corticomedular.
DCM: Definição corticomedular
• O quanto consigo distinguir entre a cortical e a medular.
• Boa definição Shih-tzu, 1 ano e 6 meses, macho

• Perda de definição
Shih-tzu, 1 ano e 6 meses, macho
VESÍCULA URINÁRIA
TOPOGRAFIA
• Vísceras abdominais do cão após a remoção do
omento maior.
1, Fígado;
2, estômago;
3, baço;
4, intestino delgado;
5, bexiga urinária.
TOPOGRAFIA
TOPOGRAFIA
VESÍCULA URINÁRIA
Uretra
O que avaliar na USG?
VESÍCULA URINÁRIA
• Repleção (adequada, diminuída ou exagerada)
• Conteúdo (anecogênico)
• Espessura da parede
• Evidências de processo obstrutivo

o Espessura da parede
Bexiga repleta = até 0,5 © Bexiga repleta = 0,13 a 0,17 cm (G)
Bexiga vazia = 0,1-0,2 cm © Bexiga vazia = 0,25 cm (G)
VESÍCULA URINÁRIA
VESÍCULA URINÁRIA
Cistite
Cistite + Pielectasia
Cistite crônica
Cistite
Cistite
Infarto renal
Urolitíase
Urolitíase
Cisto renal
Fel, PCB, macho, 1 ano
• Histórico: Disúria, seguida de anúria
Fel, PCB, macho, 1 ano
Fel, PCB, macho, 1 ano
Fel, PCB, macho, 1 ano
Fel, PCB, macho, 1 ano
Fel, PCB, macho, 1 ano
Laudo...
VESÍCULA URINÁRIA: Com repleção líquida exagerada, preenchida por conteúdo anecogênico,
aparentemente homogêneo, com inúmeras imagens ecogênicas em suspensão e deposição
(debris/celularidade). Parede ecogênica, homogênea, normoespessa, medindo aproximadamente
0,16 cm, sem evidências de alterações sonográficas.
------ Imagens compatíveis com cistite moderada. Foi evidenciada ectasia (dilatação) em uretra
proximal, se estendendo até aonde foi possível visualizar (limitação do método de diagnostico),
medindo aproximadamente 0,47 cm. Não foi observado cálculo no trajeto uretral.
Laudo...
RINS: Em topografia habitual, simétricos, medindo aproximadamente 4,33 cm (RE)
e 4,13 cm (RD), contornos definidos e discretamente irregulares, cortical espessada
e discretamente hiperecogênica, definição corticomedular preservadas, e
ecotextura sem evidências de alterações sonográficas. Foi visualizada
bilateralmente dilatação da pelve, mais evidente em rim direito, medindo
aproximadamente 0,40 cm (pelve esquerda) e 0,61 cm (pelve direita). Observou-se
dilatação à jusante, em ureteres, medindo aproximadamente 0,25 cm (ureter
esquerdo) e 0,46 cm (ureter direito). Não foi observado, momento do exame,
cálculo no trajeto ureteral. ------ Imagens compatíveis com pielonefrite moderadas
bilateralmente e pielectasia/hidronefrose inicial à direita.
Estas alterações sugerem processo obstrutivo total. Vale ressaltar que durante a
ultrassonografia o animal apresentou algia (dor)
abdominal moderada e movimento de micção sem sucesso. Sugiro a critério
clínico, terapêutica de urgência.
Neoplasia
Dioctophyma renale
No rim direito de um cão observa-se espessamento da cápsula fibrosa e acentuada atrofia do
parênquima renal (aspecto cístico) associados a exemplares de Dioctophyma renale.
Na cavidade abdominal de um cão observa-se acentuada peritonite caracterizada por hiperemia da
serosa, filamentos de fibrina aderidos na serosa dos órgãos associado a exemplares de Dioctophyma
renale livres na cavidade. Nota-se a hiperemia do peritônio e a maior concentração dos parasitos
próximo ao fígado.
Dioctophyma renale
Na cavidade abdominal de um cão com dioctofimose observa-se peritonite granulomatosa difusa
acentuada com omento maior espessado e marrom-enegrecido. Notam-se pequenos nódulos em
meio à gordura do omento
Ultrassonografia do abdome de cadela em
plano transversal
Notam-se múltiplas estruturas com morfologia característica de Dioctophyma renale em rim direito
(cabeça de seta). As estruturas são cilíndricas com parede hiperecóica e centro hipoecóico, envoltas
por cápsula fibrosa. Observam-se estruturas semelhantes livres na cavidade abdominal (seta)
Poodle, fêmea
Felino, macho
Nefropatia crônica
Nefropatia crônica
RINS: Em topografia habitual, simétricos, medindo aproximadamente 6,52 cm (RE) e 7,10 cm (RD).
Rim esquerdo com contornos definidos e moderadamente irregulares, apresentando perda de
arquitetura e heterogêneo. Rim direito com contornos definidos e regulares, relação corticomedular
preservada e discreta perda de definição corticomedular, ecogenicidade e ecotextura sem evidências
de alterações sonográficas. --- Imagens sugestivas de formação a esclarecer (rim esquerdo) e
nefropatia (rim direito). Sugiro correlação com exames complementares e definição
diagnóstica histopatológica.
Cistocentese
• A cistocentese é um procedimento muito utilizado na rotina da clínica
de pequenos animais.
• Procedimento de coleta de urina, com o uso de uma seringa e agulha
fina, onde coloca-se a agulha diretamente na bexiga do paciente.
• Entre os métodos de coleta de urina, este é o mais asséptico, sendo o
mais indicado para o cultivo microbiológico.
• Guiado por ultrassonografia – avaliar contraindicações
Cistocentese
Cistocentese
• Entretanto, esta técnica apresenta alguns riscos, como hemorragia
iatrogênica, contaminação da amostra e da cavidade abdominal
• A agulha deve ser inserida em um ângulo de 45o sobre a linha média
em cadelas, gatos e gatas e lateral ao prepúcio em cães. Recomenda-
se o uso de agulha 22G
Contraindicações da cistocentese:
• Neoplasia ou suspeita (risco de disseminação turmora no trajeto da
urina)
• Cistite enfisematosa
• Repleção diminuída ou acentuadamente repleta
*Cistocentese de alívio em casos de obstrução
• Paciente extremamente agitados

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