Sistema Urinrio

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Apostila de Anatomia e Fisiologia Humana Sistema Urinrio- Prof.

Raphael Garcia

Sistema Urinrio
Introduo
O sistema urinrio uma das 4 vias excretoras do nosso corpo. As demais so: O
intestino grosso, a pele e os pulmes.

Esse sistema consiste de 2 rins, que produzem a urina, 2 ureteres que conduzem
a urina bexiga e a uretra que descarrega o contedo da bexiga.

O sistema urinrio controla a concentrao de substncias no sangue, mantendo,


assim, a homeostase dos lquidos corporais.

Morfologia e localizao
Os rins so rgos pares em formato de feijes com cerca de 11 cm de
comprimento, de 115 a 170 g de peso, situados na parte posterior da cavidade
abdominal, atrs do peritnio, sobre a musculatura da parede posterior do abdome.

Seu plo superior est ao nvel da 12 vrtebra torcica e o inferior ao nvel da 3


lombar.

O rim direito em geral mais baixo que o esquerdo em virtude de seu


relacionamento com o fgado.

Ambos movem-se ligeiramente, empurrados pelo diafragma, durante a


respirao.

v. Cava inferior

Rim Esquerdo
Rim Direito

a. Aorta descendente

Bexiga

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Estruturas externas
Cada rim recoberto por uma fina membrana de tecido fibroso chamado cpsula
fibrosa.

Sua borda lateral convexa, enquanto que a borda medial cncava.

Na face medial, em uma regio chamada Hilo renal, o local por onde entram e
saem os vasos sanguneos, linfticos, nervos renais e a pelve renal. A pelve a poro
coletora superior expandida do ureter.

No plo superior de cada rim esto localizadas as glndulas supra-renais.

Glndulas Supra-renais

a. Renal

Hilo Renal v. Renal

Ureteres
Estruturas internas
O rim possui internamente uma rea central escurecida chamada medula e uma
rea perifrica mais clara chamada crtex renal.

A medula formada por 8 a 12 pirmides renais cujos pices convergem em


projees conhecidas como papilas que por sua vez so recebidas por cavidades da
pelve chamadas clices.

O crtex uma camada perifrica que vai da cpsula base das pirmides
cruzando os espaos entre elas em regies chamadas colunas renais.

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Pirmide renal

Vascularizao
A artria renal, que se origina da a. aorta descendente seguimento abdominal, d
origem as artrias lobares, geralmente uma para cada pirmide, que por sua vez, origina
as artrias interlobares.

As interlobares vo at o limite do crtex com a pirmide, onde se ramificam em


artrias arqueadas que formam um arco na base da pirmide.

Arterolas aferentes penetram na rede capilar do glomrulo e uma arterola


eferente deixa cada glomrulo e se ramifica para formar a rede capilar em torno dos
tbulos do crtex e da medula.

Anatomia microscpica
A unidade funcional dos rins chamada Nfron. Cada rim possui cerca de 1
milho de nfrons formados por um corpsculo renal e um tbulo.

O corpsculo renal consiste de um glomrulo um novelo de capilares


derivados da arterola aferente contido na cpsula glomerular ou cpsula de bowman.

Os capilares do glomrulo se unem para formar a arterola eferente que sai de


cada glomrulo. Portanto, estes capilares do glomrulo esto situados entre 2 arterolas.

Estendendo-se da cpsula glomerular h um longo tbulo formado por um


tbulo contornado proximal, uma ala de Henle e um tbulo contornado distal que se
abre dentro do tbulo coletor.

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A urina eliminada no pice da pirmide renal, onde cai nos clices menores,
passando aos clices maiores e subsequentemente pelve renal e ento desce para os
ureteres.
Cpsula fibrosa

Glomrulo

Tbulo contornado
Crtex renal
distal

Tbulo contornado
proximal

Medula renal

Ala de Henle Tbulo coletor

Clice menor

Regenerao do rim
Quando um rim removido, o rgo oposto de expande devido ao aumento do
tamanho dos nfrons e no da quantidade deles.

Apenas 25% da massa renal total so necessrios para sobrevivncia de um


indivduo.

O tecido epitelial cbico encontrado nos tbulos renais pode se regenerar aps
uma leso, mas o nfron inteiro no.

Transplante de rim
Os transplantes com maiores ndices de sucesso (80 a 90%) ocorrem entre
parentes ntimos, porm o uso de drogas para evitar a rejeio do novo rgo no
dispensado.

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Transplantes entre gmeos idnticos tm grandes possibilidades de sucesso, e


podem permanecer por vrios anos, mas o que deve ser observado que a doena que
ocasionou a leso no rim original pode afetar o rim transplantado e o paciente mesmo
sem rejeio ao novo rgo, morre em recorrncia da doena.

Outro problema que ocorre em transplantes renais o tempo de transporte e a


temperatura de conservao. Temperaturas abaixo de zero propiciam melhor
conservao do que acima de zero, porm, nenhum rgo pode ser totalmente congelado
e permanecer vivo.

O ponto de congelamento do rim foi estipulado em -6 C sem que ele realmente


congelasse, permanecendo em estado mole para ser transplantado.

Composio da urina
A urina composta de 96% de gua, na qual, sais, toxinas, hormnios e produtos
do metabolismo de protenas esto dissolvidos.

uma soluo aquosa e complexa de substncias orgnicas e inorgnicas.

O volume dirio de produo de aproximadamente 1.500 cm.

Formao e excreo da urina


Existem 2 processos pelo qual o sangue filtrado e a urina produzida.

1. Filtragem glomerular (urina primitiva).

2. Filtragem tubular (reabsoro e secreo).

Ambos os processos fornecem mecanismos para conservao ou eliminao de


substncias de acordo com a demanda corporal. Desta forma substncias
nutricionalmentes valiosas so reabsorvidas e metablitos so eliminados, a fim de se
manter os nveis normais de lquidos corporais.

Filtragem glomerular
O glomrulo, no processo de filtragem, funciona como uma membrana
semipermevel, onde um filtrado semelhante ao plasma, porm sem as protenas
plasmticas, passa atravs da cpsula glomerular (bowman).

Neste estgio a membrana glomerular permite a passagem (reabsoro),


essencialmente de gua e alguns constituintes dissolvidos do plasma, exceto as
protenas.

O sangue chega ao glomrulo atravs de uma arterola aferente. Posteriormente,


os capilares glomerulares se unem para formar uma arterola eferente, por onde o
sangue sai em direo rede tubular.

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A passagem do sangue dos capilares para a cpsula de bowman se d por


transporte passivo, semelhante difuso, ou seja, por diferenas de presso.

Cerca de 1.200ml de sangue, contendo 650 ml de plasma, passam atravs do rim


por minuto.

Filtragem tubular
A composio final da urina determinada muito mais pela reabsoro do que
pela secreo. Este processo tanto ativo quanto passivo.

Algumas substncias reabsorvidas pelo processo ativo so: Sdio, Clcio,


Fosfato, Sulfato, glicose, aminocidos, cido rico. A maior parte desta reabsoro
ocorre nos tbulos proximais (logo aps a cpsula de bowman).

O transporte ativo de ons Na responsvel pela maior parte do consumo de O2


dos rins.

Este processo no s recupera grande parte do sdio perdido temporariamente


pelo glomrulo, mas, pelo seu efeito eltrico, leva reabsoro de ons cloro que
acompanham os de Na.

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A reabsoro de Na tambm fator determinante na reabsoro de gua por


osmose, visto que o Na representa cerca de 90% do soluto nos lquidos corporais.

A reabsoro de aminocidos e glicose se d a partir dos tbulos proximais,


porm quando a concentrao srica de glicose est muito elevada, satura o sistema de
reabsoro e toda glicose em excesso aparece na urina.

A uria, substncia mais abundante na urina, passivamente reabsorvida pela


diferena de concentrao decorrente da reabsoro de gua. Contudo, visto que a gua
mais absorvida, a concentrao de uria na urina cerca de 60 a 70 vezes maior do
que no plasma sanguneo.

Alterao na concentrao da urina


O rim capaz de produzir urina tanto mais concentrada quanto mais diluda.

Quando h perda excessiva de lquido, a glndula hipfise estimulada a liberar


o hormnio antidiurtico (ADH). Este hormnio aumenta em muito a permeabilidade
dos tbulos coletores gua formando uma urina mais concentrada.

Quando o influxo de gua elevado, o ADH no secretado e uma urina mais


diluda formada.

Anlise da urina
O volume normal de urina eliminada por dia de cerca de 1litro a 1,5 litros,
sendo menor no vero e maior no inverno. Um adulto urina em mdia de 5 a 9 vezes
diariamente e o volume de urina a cada vez de 100 a 300ml.

Uma anlise bem realizada na urina indicar uma possvel doena renal,
fornecer um instrumento para acompanhar a progresso da doena e ainda dar uma
avaliao imediata da funo renal.

Ureteres
So 2 tubos (1 de cada rim) de aproximadamente 25 a 30 cm de comprimento
que funcionam no transporte da urina dos rins at a parte posterior da bexiga.

Cada um comea a partir dos clices que se unem em 2 ou 3 tubos curtos que
posteriormente se juntam para formar a pelve renal em forma de funil. So compostos
de camadas, a tnica fibrosa externa, a camada mdia muscular e a mucosa interna.

Existem 3 reas de estreitamento da luz dos ureteres onde frequentemente se


alojam os clculos: A juno do ureter com a pelve, na passagem pela artria ilaca e na
ligao com a bexiga.

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Bexiga urinria
A bexiga est situada na parte posterior da snfise pbica e est coberta
parcialmente pelo peritnio.

Basicamente consiste de 2 partes uma pequena rea triangular, perto da


entrada, chamada trgono vesical, onde desembocam os ureteres e a uretra e o msculo
detrusor da urina que forma a parte principal da bexiga chamada de corpo.

A parede da bexiga composta de 4 tnicas: Mucosa, submucosa, muscular e


serosa (de dentro para fora).

Mico
A bexiga serve como reservatrio de urina e gradualmente se enche tornando-se
distendida. Nesse estado de distenso a camada muscular se contrai aumentando a
presso interna da bexiga.

A capacidade mdia da bexiga de cerca de 300 a 350 ml. Quando a presso


atinge 18 cm de H2O, os receptores de estiramento e tenso indicam a vontade de
urinar. O controle voluntrio pode ser exercido at 100 cm de H2O ou cerca de 700 ml,
quando ento, por mecanismo de proteo, comea a mico involuntria.

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Uretra
A uretra do homem um tubo estreito, musculomembranoso, que se estende da
bexiga at o stio externo da uretra, com aproximadamente 20 cm de comprimento, e se
divide em 3 pores: Prosttica, membranosa e esponjosa. Sua parede consiste de 3
camadas: Mucosa, submucosa e muscular.

A uretra serve como poro distal do trato urinrio para eliminao da urina do
corpo. Adicionalmente, a uretra do homem serve como parte terminal do trato
reprodutor, servindo como via de passagem do lquido seminal.

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