Rodolpho Cesar Cardoso de Paula
Rodolpho Cesar Cardoso de Paula
Rodolpho Cesar Cardoso de Paula
Niterói, 2015
1
DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM
EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA
IDOSOS: ESTUDO RETROSPECTIVO
Niterói, 2015.
P 324 Paula, Rodolpho César Cardoso de.
Dimensionamento de pessoal de enfermagem em
instituições de longa permanência para idosos: estudo
retrospectivo. / Rodolpho César Cardoso de Paula. –
Niterói: [s.n.], 2016.
103 f.
CDD 610.73
DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM
EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA
IDOSOS: ESTUDO RETROSPECTIVO
Método: estudo retrospectivo, de análise documental e abordagem quantitativa.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________________
Profa Dra Rosimere Ferreira Santana – UFF – Presidente
________________________________________________________
Prof.a Dra Lilian Prates Belem Behring – UERJ – 1a Examinadora
_________________________________________________________
Prof.a Dra Simone Cruz Machado Ferreira - UFF – 2a Examinadora
_________________________________________________________
Prof.a Dra Maria Terezinha Nóbrega da Silva - UERJ- Suplente
___________________________________________________________
Prof.a Dra. Zenith Rosa Silvino - UFF - Suplente
Niterói, 2015.
DEDICATÓRIA
PAULA, RCC. Sizing of nursing staff in long term care facilities for the elderly: a
retrospective study. Niterói/RJ, 2015. Dissertation (Master’s Degree in Assistance
Nursing) – Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/ Universidade Federal
Fluminense.
Descriptors: Legislation, Nursing; Personnel Downsizing; Health Services for the Aged;
Homes for the Aged; Geriatric Nursing; Nursing Staff
RESUMEN
17
enfermagem e/ou cuidadores de idosos estando responsáveis pelos cuidados integrais a esta
clientela.3
O dimensionamento de pessoal de enfermagem atualmente é considerado pela
fiscalização do COREN/RJ a maior problemática a ser verificada nos atos fiscalizatórios,
principalmente nas ILPIs. O dimensionamento quando em condições desfavoráveis ao
exercício profissional de enfermagem, torna-se o maior fator de grande parte dos problemas
no meio da enfermagem.
Cabe ressaltar que a maioria dos registros de denúncia realizados no Departamento de
Fiscalização do Rio de Janeiro estão associadas ao dimensionamento de pessoal, sendo
evidenciado inclusive por profissionais de enfermagem que atuam nas Instituições de Longa
permanência para idosos.
Existe ainda uma tendência ao atribuir os altos custos da saúde aos gastos com o
quadro de pessoal. Como exemplo temos a redução de custos, que tende a recair sobre a
equipe de enfermagem, ocasionando diminuição do quadro de pessoal, o que repercute na
qualidade da assistência prestada.6
Dessa forma delimita-se como questão de estudo: Qual o dimensionamento de
enfermagem apropriado para Instituição de Longa Permanência para Idosos?
Objetivos Específicos:
• Caracterizar o dimensionamento de pessoal de enfermagem das Instituições de
Longa Permanência para Idosos segundo os Relatórios Circunstanciados da
fiscalização ético profissional do Conselho Regional de Enfermagem;
• Identificar o atendimento às legislações afins ao exercício profissional de
enfermagem e ao cuidado integral a saúde do idoso;
• Propor um cálculo original e viável para assistência de enfermagem em
Instituição de Longa Permanência para Idosos respeitando os preâmbulos da Lei do
exercício profissional de enfermagem.
18
Justificativa
A população idosa é a que mais cresce atualmente no País, e que exige mudanças
socioeconômicas em sua estrutura. Existem mais de 17 milhões de habitantes idosos no
Brasil, que possui destaque entre os países com as dez maiores populações envelhecidas do
mundo. A população brasileira ultrapassa os 180 milhões de habitantes e, destes, mais de 9%
têm 60 anos ou mais. As projeções demográficas para o ano de 2025 indicam uma população
de 32 milhões de idosos, representando quase 15% da população total brasileira. As
estimativas apontam ainda que, de 1990 a 2025, a população idosa crescerá 2,4% ao ano,
contra 1,3% de crescimento anual da população total.7
Com o aumento da população idosa no país, a preocupação em relação ao
cumprimento das normatizações referentes à atenção do idoso se torna crescente. Às ILPI’s,
vem-se multiplicando, em parte pelo aumento do número de idosos e da procura pelos
serviços de atenção integral, e pelas ausências dos cuidados familiares diretos.
No ano de 2010 o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) realizou uma
pesquisa onde localizou 3.548 instituições no Brasil, em que moravam aproximadamente 83 mil
idosos, significando 0,5% da população idosa, sendo estas instituições encontradas em 28% dos
municípios brasileiros. Já em 2011, em uma nova pesquisa realizada pelo IPEA, das 3.548
instituições foram encontrados aproximadamente 100 mil residentes idosos.8
Neste contexto, a Instituição de longa permanência para idosos (ILPI) se configura
como um estabelecimento para atendimento integral institucional, cujo público alvo é
composto por pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, dependentes ou independentes,
que não dispõe de condições para permanecer com a família ou em seu domicílio.9
No artigo 37 do Estatuto do Idoso, definido pela Lei 10.741 de outubro de 2003, é
estabelecido que a pessoa idosa tenha direito a moradia digna, no seio da família natural ou
substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou ainda, em
instituição pública ou privada. Essas instituições são obrigadas a manter padrões de habitação
compatível com as necessidades das pessoas idosas e condizentes com as normas sanitárias,
sob as penas da lei.10
Atualmente as ILPIs funcionam conforme as orientações da portaria SEAS/MPAS
73/2001 do Ministério da Previdência e Assistência Social e pela RDC 283/2005 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Estas estabelecem regras de funcionamento, de organização
física e sanitária e de recursos humanos, segundo o grau de dependência do idoso atendido.
A Portaria 73 do Ministério da Previdência Social além de estabelecer as normas de
funcionamento apresenta em seu escopo um dimensionamento de enfermagem para
19
assistência dos idosos institucionalizados classificados como modalidade assistencial II e III.
As instituições classificadas como modalidade II, não prevê a presença do enfermeiro nas 24
horas para supervisão dos técnicos e auxiliares de enfermagem que são previstos na
assistência 24 horas. Ou seja, ocorre um desentendimento com a Lei 7498/86.
A instituição classificada como modalidade I não prevê a presença de profissionais de
enfermagem nos cuidados dos idosos classificados nesta modalidade, porém os idosos
pertencentes a esta modalidade apresentam riscos e doenças crônicas que necessitam do
acompanhamento de profissionais de saúde.
Na RDC ANVISA 283/2005 não é previsto explicitamente a presença de profissionais
de enfermagem nos cuidados aos idosos institucionalizados, pois os profissionais destinados
ao cuidado são chamados de cuidadores, não se definindo a que categoria profissional o
mesmo pertence.
Na busca por conhecimentos sobre o dimensionamento de enfermagem em instituição
de longa permanência para idosos, observou-se que na literatura nacional e internacional, não
apresenta estudos suficientes sobre o assunto em questão.
Nesse sentido, busca-se o estado da arte acerca da temática. Os termos utilizados para
a busca, foram previamente pesquisados em Descritores em Ciência da Saúde (Decs) da
Biblioteca Virtual da Saúde e consistiram em: “Downsizing Organizacional, Recursos
Humanos de Enfermagem, Instituição de Longa Permanência para Idosos e Enfermagem
Geriátrica” e utilizado palavra chave dimensionamento de enfermagem nos periódicos da
CAPES, realizado os devidos cruzamentos com os descritores acima, no intuito de conhecer o
cenário das ILPIs relacionado ao dimensionamento de enfermagem e a atuação dos
profissionais de enfermagem aos idosos institucionalizados.
As buscas foram realizadas nas bases de dados entre os meses de Agosto de 2014 a
Agosto de 2015, via PubMed/MedLine (Biblioteca Nacional de Medicina Americana);
LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), e na CINAHL
(Cumulative Index to Nursing & Allied Health), EMBASE via portal CAPES. Utilizou-se
também o vocabulário Medical Subject Healdings of U.S National Library of Medicine
(MeSH) em inglês: Personell Downsizing, Nursing Staff, Nursing Home, Home for the Aged
e Nursing Geriatric
Os Critérios de inclusão utilizados foram: artigos originais na integra relacionados ao
estudo e indexados nas bases de dados, com período definido de 2009 a 2015 e disponíveis
20
online nos idiomas português, inglês e espanhol. Utilizou-se também teses e dissertações
relacionadas ao tema.
Já os critérios de exclusão foram: resumos de outras áreas profissionais, anais
apresentados em eventos científicos e artigos relacionados à cuidadores de idosos.
Inicialmente, as buscas não resultaram muitos artigos. Foram realizados vários
cruzamentos com poucos achados, porém com a combinação dos descritores Nursing Staff e
Nursing Homes identificaram-se 5654 artigos nas fontes descritas sem a utilização dos filtros
necessários. Em 20/03/2015 se estipulou os filtros: ano de publicação, revisão por pares,
artigos originais, idioma e tema sendo encontrados 505 artigos. Realizou-se a leitura dos
títulos e resumos observando a relevância desses para a pesquisa e a existência dos critérios
de inclusão em consonância com os objetivos da pesquisa, chegou-se a 33 artigos escolhidos.
Figura 1 - Fluxograma Prisma de obtenção das publicações:
21
Os artigos excluídos para construção deste estudo abordavam a prática do cuidado
realizada pelos cuidadores de idosos nas ILPIs e a condução do enfermeiro na supervisão
desta atividade realizada por estes trabalhadores.
Os artigos escolhidos abordavam a temática, dimensionamento de enfermagem em
instituições hospitalares e a atuação da equipe de enfermagem nas instituições de longa
permanência para idosos.
Os cinco artigos internacionais encontrados na EMBASE discutiam a atuação dos
profissionais enfermeiros na instituição de longa permanência e o quantitativo por meio de
ferramentas de avaliação de qualidade.
Os 24 artigos encontrados na PUBMED abordavam a prevenção de riscos aos idosos
nas ILPIs e os fatores de controle no cuidado do idoso.
Na LILACS foram encontrados muitos artigos relacionados ao dimensionamento de
pessoal de enfermagem nas instituições hospitalares, principalmente nas unidades de
internação, porém tais estudos foram importantes para sedimentar à necessidade do sistema de
classificação dos pacientes para determinação fidedigna do quantitativo de profissionais.
Relevância
Através da análise dos Relatórios Circunstanciados da Fiscalização do COREN-RJ nas
ILPIS busca-se descrever o cenário real destas instituições e o entendimento do cumprimento
das legislações relacionadas ao dimensionamento de pessoal de enfermagem para assistência
segura e de qualidade ao idoso residente nestes serviços.
Deste modo destaca-se a oportunidade de dar visibilidade ao Papel dos Conselhos de
Classe como o do COREN – RJ, já que no uso da Lei 5905/73 que normatiza, fiscaliza e
disciplina a atuação dos profissionais de enfermagem, a Lei 7498/86 e o Decreto 94406/87
que regulamentam Exercício Profissional, a Resolução 374/11, que institui em âmbito
nacional o Manual de Fiscalização, e estabelece que, toda instituição onde exista unidade de
serviço que desenvolva ações de Enfermagem deverá ter enfermeiro durante todo o horário de
funcionamento da unidade, é desse modo, passível de fiscalização pelo COREN-RJ9,10,11
torna-se relevante o desenvolvimento dessa pesquisa.
Enfatiza-se também importância da adesão ao grupo de pesquisa da Universidade
Federal Fluminense (UFF), GESAE, NEPEG na linha: O Cuidado de Enfermagem para os
Grupos Humanos, pois, a Enfermagem brasileira vem marcando presença, expressão social e
22
compromisso com a atenção à saúde da população nos espaços políticos organizacionais de
apoio e fomento a Ciência, Tecnologia e Inovação (C&T&I) em nosso país.
O estudo ainda prevê um novo cálculo de dimensionamento de pessoal de enfermagem
para assistência ao idoso residente nas ILPIs, pois observa as considerações da Lei do
exercício profissional de enfermagem, além de contribuir com a pesquisa sobre o tema, pois
não foram encontrados estudos a cerca do tema.
A determinação de um cálculo específico para a ILPI proporciona aos profissionais de
enfermagem que atuam na assistência ao idoso institucionalizado, um parâmetro no
dimensionamento apropriado e legal ao exercício de enfermagem.
Esta recomendação também pode assegurar que os idosos institucionalizados tenham a
garantia de receber os cuidados de enfermagem por profissionais de enfermagem devidamente
habilitados e legalizados e não por leigos sem formação e responsabilidade civil na condução
das suas ações.
Assim como, proporcionar material científico disponível sobre a temática ainda pouco
explorada na literatura nacional, e de relevante discussão dado o aumento da população idosa
e o exercício legal da profissão de enfermagem.
Já para as pesquisas, o estudo revela a necessidade de continuação das investigações, visto
que em sua missão o conselho pode auxiliar a mudança da realidade posta na enfermagem, e a
pesquisa nestes órgãos pode fundamentar o direcionamento do caminho institucional no alcance
de resultados. Com este estudo, espera-se despertar a busca por outras pesquisas com os
resultados diversos da fiscalização, como também de outros nichos de atuação do
DEFIS/COREN-RJ.
23
2- BASES CONCEITUAIS
A Política Nacional do Idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso,
criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na
sociedade e considera-se idoso, para os efeitos da lei, a pessoa maior de sessenta anos de
idade11, com isto estabelecer condições seguras e satisfatórias para assistência do idoso.
O Estatuto do Idoso define que todo idoso tem o direito a moradia digna, no seio da
família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar,
ou, ainda, em instituição pública ou privada.10
§ 1o A assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será prestada
quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de recursos
financeiros próprios ou da família.
§ 2o Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica obrigada a manter identificação
externa visível, sob pena de interdição, além de atender toda a legislação pertinente.
§ 3o As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a manter padrões de habitação
compatíveis com as necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular e
higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas da lei.
24
Modalidade I - Idosos independentes para Atividades da Vida Diária (AVD), mesmo que
requeiram o uso de algum equipamento de auto-ajuda, isto é, dispositivos tecnológicos que
potencializam a função humana, como por ex., andador, bengala, cadeira de rodas,
adaptações para vestimenta, escrita, leitura, alimentação, higiene, etc.
Modalidade III - Idosos dependentes que requeiram assistência total, no mínimo, em uma
Atividade da Vida Diária (AVD). Necessita de uma equipe interdisciplinar de saúde.3
Grau de Dependência III - idosos com dependência que requeiram assistência em todas
as atividades de autocuidado para a vida diária e ou com comprometimento cognitivo.12
25
das Atividades de Vida Diária. A avaliação da capacidade funcional é relevante e diretamente
associada a indicadores de qualidade de vida do idoso.13
Desta forma tem-se a classificação do idoso para se determinar os cuidados
necessários e o número de profissionais destinados ao cuidado deste idoso. A RDC 283/2005
estipula os cuidados aos cuidadores, não citando nenhum outro profissional em seu escopo
estabelecendo:
Grau de Dependência I: um cuidador para cada 20 idosos, ou fração, com carga horária
de 8 horas/dia;
b) Grau de Dependência II: um cuidador para cada 10 idosos, ou fração, por turno;
c) Grau de Dependência III: um cuidador para cada 6 idosos, ou fração, por turno.12
Porém no item 5.2 desta Resolução que trata do item Saúde, estabelece que as
instituições elaborem a cada 02 anos o plano de atenção integral à saúde dos residentes,
indicando os recursos de saúde disponíveis para cada residente e todos os aspectos de
promoção, proteção e prevenção do idoso.
A RDC 283/2005 é a mais utilizada pelas instituições como norteadora das ações
direcionadas ao funcionamento das ILPIs, que gera grande questionamento sobre a exigência
na adequação do dimensionamento de pessoal de enfermagem, pois o profissional de
enfermagem não é contemplado no texto da Resolução, mesmo existindo a necessidade destes
profissionais pelas atividades que são realizadas diariamente ao cuidado do idoso.
A dependência não é um estado permanente, mas um processo dinâmico, cuja
evolução pode ser modificada, prevenida e/ou reduzida. Tal evolução nesse processo sugere a
existência de serviços qualificados e comprometidos com a assistência ao idoso13.
26
2.2 - A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NAS INSTITUIÇÕES DE
LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS
27
Portanto, salienta-se ações direcionadas aos idosos em ILPI, que se realizadas de modo
sistematizado por um Enfermeiro, inserido nas rotinas institucionais, viabilizaria também a
segurança do paciente, mesmo quando em processo demencial avançado. Esta atitude de
sistematizar possibilita que a ILPI seja beneficiada em seu funcionamento.18
Os gestores das ILPIs consideram os cuidadores de idosos como profissionais
componentes da equipe de enfermagem e de responsabilidade técnica do enfermeiro. Porém a
Lei 7498/86 considera somente profissional de enfermagem o enfermeiro, técnico de
enfermagem, auxiliar de enfermagem e as parteiras.
Os cuidadores de enfermagem que atuam na ILPI, não possuem regulamentação própria
definindo suas atribuições legais. Porém possuem Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO) n0 5162-10 que define seu papel de cuidar de idosos a partir de objetivos estabelecidos
por instituições especializadas ou responsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, alimentação,
higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida. As atribuições
relacionadas à saúde do idoso segundo esta classificação são:19
1. Observar a qualidade do sono;
2. Ajudar nas terapias ocupacionais e físicas;
3. Prestar cuidados especiais a pessoas com limitações e/ou dependência física;
4. Manusear adequadamente o idoso;
5. Observar alterações físicas (manchas, inchaços e ferimentos);
6. Controlar a guarda, horário e ingestão dos medicamentos;
7. Acompanhar o idoso em consultas e atendimento médicos-hospitalar;
8. Relatar orientação médica aos responsáveis;
9. Seguir orientação de profissional da saúde.19
28
tratamento da doença, ou mesmo na prevenção destas, tornam-o um recurso importante e
necessário na atenção à saúde.20
O enfermeiro na assistência em uma ILPI tem como dever assegurar que a enfermagem
seja exercida somente por profissionais legalmente habilitados e inscrito no COREN, segundo
artigo 20 da lei do exercício profissional. Permitir que cuidadores de idosos desempenhe o
papel de profissionais de enfermagem na ILPI, é agir contra os preceitos éticos e legais da
profissão e acima de tudo contribuir para prática do exercício ilegal que é considerada
contravenção legal segundo a lei 3688, artigo 470.21
É nesse sentido a enfermagem se sobressai ao processo farmacológico, devido à
limitação física e psíquica os idosos constituem uma população suscetível a não manter um
cumprimento terapêutico eficiente. E, torna-se importante à presença de enfermeiros nas
ILPIs, já que além de outras funções, este profissional pode avaliar os sinais e sintomas que
surgem na pessoa idosa após o início da ingestão de uma nova medicação, as necessidades de
cada um em particular, assumindo as orientações necessárias para que erros de medicações
sejam evitados.20
Estudos apontam a relevância dos profissionais da saúde para determinar um
diagnóstico precoce em relação à depressão e ao declínio da capacidade funcional em idosos e
estabelecer estratégias para minimizar e manejar os sintomas comportamentais como uma
importante contribuição que a enfermagem pode dar para a geriatria.16 Outro estudo mostra
que os medicamentos mais consumidos são os que atuam no Sistema Nervoso, e que muitos
idosos fazem uso contínuo de medicações psicotrópicas e não tem o seu diagnóstico
definido.20
Os medicamentos administrados de uso prolongado podem concorrer para o
desenvolvimento de ulceras de pressão, como os sedativos, que interferem na mobilização do
idoso, e os hipotensores, que diminuem o fluxo sanguíneo e perfusão tecidual, aumentando a
suscetibilidade do individuo as úlceras por pressão.22 A equipe de enfermagem das ILPIs deve
estar consciente das alterações farmacodinâmicas e farmacocinéticas com o processo do
envelhecimento humano, principalmente aos cuidados efetivos com a pele do idoso diante do
risco da imobilidade e da perda da capacidade funcional.
É importante ter o enfermeiro como gestor e norteador de soluções dos eventos adversos
nas instituições para que possa aprimorar esse quadro que demonstra a falta de assistência e
cuidado ao idoso institucionalizado, muitas vezes já fragilizado. A atuação do enfermeiro
pode reduzir as altas taxas de mortalidade em ILPIs.11 A participação de profissionais da área
29
de saúde pode auxiliar nas limitações da capacidade funcional dos idosos institucionalizados,
almejando a reabilitação precoce e prevenindo a evolução da perda funcional.23 A avaliação
da enfermagem como instrumento facilitador é necessária para a implementação de ações
terapêuticas e avaliativas que visam à melhoria da qualidade de vida do idoso.24
Observa-se que o Enfermeiro e a equipe de enfermagem possuem importante papel na
equipe multidisciplinar na promoção e no cuidado ao idoso institucionalizado, e desta forma
garantir um dimensionamento adequado e os parâmetros legais da atribuição de cada
elemento é fundamental para possibilitar ao idoso institucionalizado o seu direito ao cuidado.
O enfermeiro tem o papel de desenvolver ações de educação continuada para capacitar a
equipe a lidar com as limitações dos idosos e a incentivá-los a prática do autocuidado, pois
resgatar a autonomia do idoso é o principal objetivo da ILPI.25
Apesar de estudos apontarem o papel da equipe de enfermagem nas ILPIs, a RDC
ANVISA 283 de 26 de setembro de 2005 não prevê a presença de profissionais de
enfermagem no seu texto jurídico, porém utiliza como referencial a Portaria 73 de 10 de maio
de 2001 do Ministério da Previdência e Assistência Social que condiciona a presença de
profissionais de enfermagem no cuidado ao idoso de acordo com a modalidade de assistência
das instituições:
Nas instituições classificadas como Modalidade I da Portaria MPAS 73/2001 não é
prevista a presença de profissionais de enfermagem, sendo transferidos os cuidados aos
cuidadores de idosos, pois segundo esta portaria os idosos são independentes para Atividades
da Vida Diária (AVD) mesmo que requeiram o uso de algum equipamento de autoajuda, isto
é, dispositivos tecnológicos que potencializam a função humana, como por ex., andador,
bengala, cadeira de rodas, adaptações para vestimenta, escrita, leitura, alimentação, higiene,
etc.
A RDC ANVISA 283/2005 é a legislação mais utilizada pelas instituições de longa
permanência, que causa um imbróglio na exigência das solicitações relacionadas ao
dimensionamento de pessoal de enfermagem.
A metodologia utilizada pelo Departamento de Fiscalização do Rio de Janeiro é a
Resolução COFEN 293/2004 que considera o grau de complexidade e de dependência dos
cuidados de enfermagem, que também pode ser interpretada pelas AVDs estipulada pela
legislação acima, que estabelece o número de horas para cada modalidade assistencial assim
determinando o número de profissionais de enfermagem para a assistência ao idoso
institucionalizado.
30
Faz-se interessante que os empresários e administradores das ILPIs contratem o
enfermeiro, garantindo, desse modo, aos idosos residentes, um cuidado qualificado. Isso
também proporcionaria à equipe de enfermagem segurança no desenvolvimento de suas ações
e um serviço com competência. Torna-se importante que os órgãos responsáveis pela
legislação de enfermagem, em nível nacional e regional, procurem assegurar aos enfermeiros
a plena atuação nessas instituições para idosos, oferecendo-lhes um novo campo de ação e
condições para melhor desempenho das atividades dos trabalhadores de enfermagem.16
31
2.3 – SISTEMA COFEN/CORENS E A FISCALIZAÇÃO ÉTICO PROFISSIONAL
32
a) Realizar inspeções do exercício profissional na circunscrição do Conselho Regional, de
acordo com o planejamento previamente elaborado;
b) Atender as determinações da coordenação do departamento;
c) Elaborar relatório circunstanciado das verificações, notificações e outros elementos
comprobatórios, integrantes do processo de fiscalização;
d) Apresentar de forma sistemática instrumentos referentes às atividades desenvolvidas;
e) Esclarecer aos profissionais de enfermagem, e sempre que possível, os dirigentes das
instituições de saúde e ensino, a respeito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais;
f) Orientar os profissionais de enfermagem a proceder a sua regularização perante o Conselho
Regional, notificar os que estão em exercício irregular e afastar das atividades de enfermagem
aqueles que estiverem em exercício ilegal;
g) Participar das reuniões com a coordenação do Departamento de Fiscalização, para
apresentação e discussão de relatórios das atividades realizadas e elaboração de novos planos
de trabalhos;
h) Realizar palestras na área de circunscrição do Conselho Regional ou fora dela, quando
designado pela coordenação do Departamento de Fiscalização ou diretoria;
i) Prestar esclarecimentos aos profissionais de enfermagem e atender quando necessário ao
público de modo geral, bem como, aos profissionais convocados ou outros que necessitem de
orientação referente às normatizações do exercício da enfermagem;
j) Auxiliar outros setores dos Conselhos Regionais, quando necessário e/ou solicitado;
k) Integrar comissões, quando designado;
l) Executar outras tarefas, sempre que necessário ou quando solicitado pelo plenário ou
diretoria do Conselho Regional, desde que dentro dos limites de suas atribuições como fiscal
e servidor público;
m) Participar de programas de divulgação do Sistema Cofen/Conselhos Regionais, legislação
e Código de Ética;
n) Atender as solicitações das diversas instituições de saúde, ensino e outras que requeiram
orientações e/ou esclarecimentos pertinentes à fiscalização;
o) Ter conhecimento das correspondências encaminhadas e recebidas no Departamento de
Fiscalização;
p) Propor, programar, promover e executar eventos de caráter esclarecedor sobre as
legislações e outros dispositivos legais que norteiam a Enfermagem;
33
q) Opinar na elaboração do edital do concurso para fiscais, subsidiando de forma direta o
processo de seleção, admissão e capacitação dos mesmos;
r) Realizar inspeções periódicas, sistemáticas, de supervisão e acompanhamento técnico às
subseções;
s) Realizar inspeções de fiscalização do exercício profissional, quando necessário;
t) Participar das reuniões de diretoria e do plenário quando requisitado;
u) Representar os Conselhos Regionais nas diversas atividades, quando solicitado pela
diretoria ou plenário;
v) Apresentar à Diretoria relatório anual das atividades desenvolvidas pelo Departamento de
Fiscalização;
w) Realizar palestras na área de circunscrição do Conselho Regional ou fora dela, quando
convidado;
x) Elaborar programa anual de fiscalização a ser apresentado e aprovado pelo Plenário do
Conselho Regional até 30 de novembro do ano anterior;
y) Acompanhar sistematicamente os processos oriundos da fiscalização encaminhados ao
Departamento Jurídico ou Procuradoria Geral;
z) Orientar a elaboração e a apresentação de denúncias, visando sua respectiva fundamentação
e proceder aos devidos encaminhamentos;
aa) Esclarecer quanto à Certidão de Responsabilidade Técnica – CRT – e Registro de
Empresa – RE –, fornecendo requerimentos específicos;
bb) Apoiar o Enfermeiro Responsável Técnico, quanto à organização do serviço e suas
atividades.
cc) Solicitar da autoridade policial garantia de acesso às dependências de onde ocorrer o
exercício profissional da enfermagem, quando houver impedimentos ou obstáculo da ação de
fiscalização.26
O Departamento de Fiscalização do Conselho Regional do Rio de Janeiro os fiscais
direcionam as ações de fiscalização se norteando em quatro pilares: 1) Legalidade do
Exercício Profissional; 2) Dimensionamento de Pessoal; 3) Sistematização da Assistência de
Enfermagem e 4) Legislações afins.
A legalidade do exercício profissional de enfermagem é descrita na Lei 7498 de 25 de
junho de 1986 no artigo 20 15
Art. 2º - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por
pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com
jurisdição na área onde ocorre o exercício.
34
Parágrafo único - A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico
de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos
graus de habilitação.
35
profissionais de enfermagem nas unidades assistenciais das instituições de saúde e
assemelhados.
Embora esta metodologia tenha maior aplicabilidade ao cenário hospitalar, também é
aplicada aos assemelhados dos serviços de saúde. Nas ILPIs o grau de complexidade pode ser
avaliado pelo grau de dependência do idoso que é medido pelas Atividades de Vida Diária
(AVDs) estipulada pela legislação acima, que estabelece o número de horas para cada
modalidade assistencial assim determinando o número de profissionais de enfermagem para a
assistência ao idoso institucionalizado.
36
2.4 - DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM E A RESOLUÇÃO
COFEN 293/2004
37
Brasil têm divulgado critérios e parâmetros que orientem o planejamento de recursos
humanos em enfermagem nas organizações de saúde.32
As Resoluções COFEN nº189/96 e 293/2004 estabeleceram os primeiros parâmetros
oficiais para o dimensionamento de pessoal de enfermagem nas instituições de saúde e
assemelhados, definindo o quanti-qualitativo mínimo nos diferentes níveis de formação para a
cobertura assistencial.32
A metodologia utilizada pelo Departamento de Fiscalização do Rio de Janeiro é a
Resolução COFEN 293/2004 que tem a finalidade de estabelecer o quantitativo do quadro de
profissionais de enfermagem nas instituições de saúde e nos assemelhados. Esta metodologia
permite realizar o cálculo de dimensionamento de duas maneiras: através da utilização do
número de horas de enfermagem e através do sítio funcional determinando as atividades de
enfermagem realizadas em cada setor.
Nas unidades de leitos de internação é utilizada a metodologia por número de horas de
enfermagem (artigo 40), onde é necessário a determinação do grau de complexidade de
cuidado do paciente assistido (Anexo II), se estabelece:
Pacientes de Cuidados Mínimos - Cliente/paciente estável sob o ponto de vista clínico e de
enfermagem e fisicamente auto-suficiente quanto ao ponto de vista das necessidades
humanas básicas – 3,8 horas de enfermagem.
Pacientes de Cuidados Intermediários – Cliente/paciente estável sob o ponto de vista
clínico e de enfermagem, requerendo avaliações médicas e de enfermagem, com parcial
dependência dos profissionais de enfermagem para atendimento das necessidades humanas
básicas – 5,6 horas de enfermagem.
Pacientes de Cuidados Semi-Intensivos – Cliente/paciente recuperável, sem risco iminente
de morte, passível de instabilidade das funções vitais, requerendo assistência de enfermagem
e médica permanente e especializada – 9,4 horas de enfermagem
Pacientes de Cuidados Intensivos – Cliente/paciente grave e recuperável, com risco
iminente de morte, sujeito a instabilidade das funções vitais, requerendo assistência médica e
de enfermagem permanente e especializada – 17,9 horas de enfermagem.2
§ 90 – Ao cliente com idade superior a 60 anos, sem acompanhante, classificado pelo sistema
de classificação de pacientes com demanda de assistência intermediária ou semi-intensiva
deverá ser acrescido de 0,5 horas de enfermagem especificadas no artigo 40. 2
38
Este acréscimo de horas esta mais associada ao idoso internado em instituições de
saúde, porém como esta Resolução também dispõe sobre os assemelhados dos serviços de
saúde podendo também ter aplicabilidade na ILPI, mas cabe ressaltar que o idoso da ILPI
encontra-se na modalidade de residência e não de internação.
A distribuição percentual dos profissionais de enfermagem é preconizada na mesma
Resolução de acordo com o artigo 50:
39
sofrer alterações nestes valores, caso os índices destinados ao absenteísmos sejam maiores
que o proposto pela Resolução.
Cabe ressaltar que a Resolução COFEN 293/2004 possui o direcionamento de suas
ações ao paciente assistido em unidades de saúde, principalmente as hospitalares, que causa
contestação na sua utilização nos serviços que não são considerados exclusivamente como
serviço de saúde, mesmo tendo todas as características presentes deste serviço. Razão pela
qual a adequação deste instrumento é necessária para contemplar todos os nichos onde a
enfermagem desempenhe seu papel, no intuito de garantir aos profissionais de enfermagem os
preceitos da Lei que os amparam e principalmente aos idosos institucionalizados a assistência
de enfermagem conforme os preâmbulos da Lei.
40
3 - MÉTODO
41
E como critério de exclusão da amostra tem-se: Relatórios Circunstanciados com
ausência de dados referentes à clientela e ao tipo de assistência prestada, pois não seria
possível classificar o idoso para realização do cálculo de dimensionamento.
Este período foi escolhido, pois a partir de 2010 o Departamento de Fiscalização
passou a adotar a elaboração dos Relatórios Circunstanciados após as fiscalizações para
instruir os processos administrativos fiscais e subsidiar o setor jurídico nos trabalhos judiciais
em prol da enfermagem e principalmente da sociedade.
No período de 2010 a 2013 foram realizadas 2650 inspeções fiscalizatórias (1313
inspeções em 2010, 448 inspeções em 2011, 470 inspeções em 2012 e 419 em 2013), sendo
instaurado 1895 processos administrativos de fiscalização (240 processos em 2010, 782
processos em 2011, 424 processos em 2012 e 449 processos em 2013), sendo que destes 159
processos administrativos de fiscalização são referentes a Instituições de Longa Permanência
de Idosos (46 instituições em 2010, 70 instituições em 2011, 19 instituições em 2012 e 23
instituições em 2014).
Dos 159 processos administrativos eleitos para o estudo, 80 processos foram aceitos
(50,3%) por contemplarem as informações necessárias relacionadas ao dimensionamento de
pessoal e ao sistema de classificação do idoso, sendo excluídos 79 processos (49,7%) destes
52 processos foram excluídos por falta de fiscalização (32,7%), 10 processos foram excluídos
por serem repetidos (6,3%), 05 foram excluídos por não serem de instituições de longa
permanência de idosos (3,2%) e 12 processos foram excluídos, pois não foram encontrados
(7,5%).
Dos 52 PADs excluídos por falta de fiscalização, 38 destes foram instaurados por
motivo de pedido de CRT e 14 destes foram instaurados por motivo de denúncia.
42
3.2 Cenário do Estudo
43
As escalas de trabalho dos enfermeiros fiscais seguem os seguintes critérios: diarista
com turnos de seis (6) ou oito (8) horas com descansos de (quinze) 15 e sessenta (60) minutos
respectivamente e, plantonista de doze (12) horas com descanso de sessenta (60) minutos.
44
3.4 Análise dos Dados
A partir dos dados coletados construiu-se um banco de dados que foi analisado pelo
programa SPSS (Statistical Package for the Social Science), versão 22.0 e pelo aplicativo
Microsoft Excel 2007. O Banco de dados construído possui 40 colunas, 81 linhas e variáveis
numéricas e categóricas. A análise descritiva é baseada em distribuições de frequências,
tabelas cruzadas e cálculo de estatísticas descritivas e teve como objetivo sintetizar e
caracterizar o comportamento das variáveis nos distintos subgrupos.
Na Análise Inferencial de Variáveis Qualitativas, a significância de diferenças entre
grupos foram investigadas pelo teste Qui-Quadrado. Entretanto, foram computados mais de
200 testes qui quadrados a procura de relações significativas, mas todos os testes foram
inconclusivos ou não mostraram relações significativas.
Na Análise Inferencial de variáveis quantitativas (número de profissionais, numero de
leitos e variáveis derivadas) mais de dois grupos independentes foram comparados por
abordagem não paramétrica pelo teste Kruskal-Wallis, uma vez que as variáveis não seguia
distribuição normal.
A comparação do dimensionamento previsto pela Resolução 293, pela Portaria 73 e
pelo Dimensionamento Proposto neste Trabalho foi feita de forma pareada pelo teste de
Friedman, uma vez que os dados não seguiram distribuição normal. Quando comparados em
pares o dimensionamento de dois instrumentos, a comparação foi feita pelo teste de
45
Wilcoxon. A normalidade das variáveis quantitativas foi analisada pelos testes de
Kolmogorov-Smirnov e teste de Shapiro–Wilk.
Todas as discussões foram realizadas considerando nível de significância máximo de
5% (0,05), ou seja, adotou-se a seguinte regra de decisão nos testes: rejeição da hipótese nula
sempre que o p-valor associado ao teste fosse menor que 0,05.
46
4 – RESULTADOS
Modalidade I - Idosos independentes para Atividades da Vida Diária (AVD), mesmo que
requeiram o uso de algum equipamento de auto-ajuda, isto é, dispositivos tecnológicos que
potencializam a função humana, como por ex., andador, bengala, cadeira de rodas,
adaptações para vestimenta, escrita, leitura, alimentação, higiene, etc.
Modalidade III - Idosos dependentes que requeiram assistência total, no mínimo, em uma
Atividade da Vida Diária (AVD). Necessita de uma equipe interdisciplinar de saúde.3
Grau de Dependência III - idosos com dependência que requeiram assistência em todas
as atividades de autocuidado para a vida diária e ou com comprometimento cognitivo.12
48
Porém o dimensionamento proposto pela Portaria MPAS 73/2001 para as instituições
de modalidade II não considera o disposto pela Lei 7498 de 25 de junho de 1986, artigo 15:
Enf.
Nm
Enf.
Nm
50
Quadro 2 – Espelho Semanal Padrão com a configuração das atividades. Niterói, 2015
De Seg. à Sexta SFx Sáb. e Dom. SFx Tota ∑
5 2 l SF SF
Modalidade Prof. M T N1 N2 M T N1 N2
Enf. 01 01 01 01 20 01 01 01 01 08 28
II Aux 01 01 01 01 20 01 01 01 01 08 28 56
22 idosos
III Enf. 01 01 01 01 20 01 01 01 01 08 28
20 idosos Aux. 02 02 02 02 40 02 02 02 02 16 56 84
51
Quadro 4 – Demonstração dos períodos de trabalho
53
Quadro 7 - Cálculo dos Sítios Funcionais e determinação das horas de enfermagem.
Modalidade Total de Horas de Total de Horas de Horas de
Assistencial Enfermagem/semana Enfermagem/dia Enfermagem/idoso
(THE/sem) (HE/dia) (HE/idoso)
Tipo de Fórmula Fórmula Fórmula
Modalidade THES=Total de SF(∑) HED=THES/dias da HE/idoso=HED/n0 de
x Período de tempo semana idosos
II THES = 56 x 6 HED = 336 / 7 HE/idoso = 48 / 22
THES = 336 h/semana HED = 48h / dia HE/idoso = 2,2 h/idoso
III THES = 84 x 6 HED = 504 / 7 HE/idoso = 72 / 20
THES = 504 h/semana HED = 72h / dia HE/idoso = 3,6 h/idoso
54
HEP – Horas de Enfermagem por paciente.
SF – Sítio Funcional
THES = Total (∑) de SF. x Período de tempo
THES Mod II = 56 x 6 = 336 h/semana
THES Mod III = 84 x 6 = 504 h/semana
HED = THES / dias da semana
HED = 336 / 7 = 48 horas/dia
HED = 504 / 7 = 72 horas/dia
HEP = HEP / n0 de idosos
HEP = 48 / 22 = 2,18 = 2,2 horas de enfermagem / idoso
HEP = 72 / 20 = 3,6 horas de enfermagem / idoso
Estes novos números de horas a serem aplicados para cada idoso institucionalizado
terminariam por classificar esta clientela em níveis abaixo dos cuidados mínimos, de acordo
com a metodologia de cálculo utilizada para os leitos de internação. Porém, os usuários das
ILPIs, apesar de necessitarem de cuidados específicos, não são considerados como população
hospitalizada, pois quando se fazem necessários cuidados que demandam o uso de
equipamentos específicos e de equipe especializada, o usuário em questão é transferido para
uma unidade hospitalar.
A aplicação destes novos quantitativos horários poderiam determinar, por exemplo, a
classificação de pacientes de cuidados diários de Enfermagem para a modalidade II (grau de
dependência I e II), e de cuidados específicos de Enfermagem para a modalidade III (grau de
dependência III). Dessa maneira, a classificação de pacientes de cuidados mínimos,
intermediários, semi-intensivos e intensivos se restringiria aos ambientes hospitalares.
Desta forma, também admite-se a diminuição de ocorrências éticas durante o exercício,
pois com a presença do enfermeiro garantimos o cumprimento da Lei 7498/86 e Resoluções
COFEN, principalmente, ao que se refere ao Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem – Resolução COFEN 311/2007.35
A modalidade I não foi contemplada nesta metodologia, pois os idosos
institucionalizados nesta modalidade são considerados pela legislação como independentes,
não necessitando de cuidados de profissionais de enfermagem, porém na prática são
evidenciados muitos idosos independentes portadores de doenças crônicas e que fazem uso
frequentes de medicações, sendo estes apontados por estudos também como fatores
55
intrínsecos para queda de idosos nas ILPIs, sendo necessária a avaliação de enfermagem, pois
queda é um indicador de enfermagem na assistência ao idoso institucionalizado.36
O que se percebe nas fiscalizações realizadas em ILPIs, que existe uma classificação
equivocada dos idosos institucionalizados, pois muitos são classificados como grau de
dependência I mesmo não atendendo os requisitos postados nas legislações vigentes.
E ao considerar esta proposta ocorre a necessidade de analisar e se torna viável a
proposição deste cálculo aos órgãos competentes, dado a realidade das Instituições de Longa
Permanência para Idosos fiscalizadas considerando 2,2 horas de enfermagem para idosos grau
de dependência I e II e 3,6 horas de enfermagem para idosos grau de dependência III.
56
4.2 - ANÁLISE DOS DADOS RETROSPECTIVOS
57
Continuação da Tabela 1.
O porte das instituições é bem variado, uma vez que se tem nesta amostra instituições
de 8 a 300 leitos; com taxas de ocupação média de 91,5%, variando de 60% a 100%. O
número de idosos na instituição variou de 6 a 300, com média de 48,1 idosos e desvio padrão
45,5 idosos, demonstrando o quanto é heterogênea a distribuição do número de idosos
atendidos nestas instituições. A variabilidade pode ser vista no Box Plot da Figura 2. O Box
plot mostra que há 06 instituições com número de idosos bem discrepantes das demais.
58
Figura 3: Representação do Números de idosos atendidos nas instituições.
59
A instauração do processo de fiscalização foi motivada tipicamente por ordem do
Ministério Público em 26 instituições (32,5%); 22 dos processos foram motivados por
demandas de CRT (27,5%); 19 processos foram abertos de forma eletiva (23,8%) e 13
processos foram instaurados por denúncia (16,3%). A Tabela 3 mostra estas frequências e a
média e desvio padrão do numero de inspeções em cada subgrupo. O teste de Kruskall Wallis
acusa diferença significativa entre o numero de inspeções das instituições inspecionadas por
diferentes motivos (p-valor=0,040). O número de inspeções nas instituições visitadas por
Denúncia ou Ministério Público é significativamente maior do que o número de inspeções das
instituições visitadas eletivamente ou por CRT.
60
Tabela 4: Distribuição conjunta do Município e motivo de Inspeção das instituições.
Denúncia Ministério Público Eletiva CRT
Município
F % F % F % F %
Rio de Janeiro 11 31,4 1 2,9 7 20,0 16 45,7
Niterói 1 16,7 1 16,7 4 66,7 0 0,0
São Gonçalo 0 0,0 16 94,1 1 5,9 0 0,0
Itaboraí 0 0,0 1 50,0 1 50,0 0 0,0
Nova Friburgo 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 100,0
Rio Bonito 0 0,0 1 100,0 0 0,0 0 0,0
Petrópolis 1 20,0 1 20,0 0 0,0 3 60,0
Paraíba do Sul 0 0,0 1 100,0 0 0,0 0 0,0
Teresópolis 0 0,0 1 100,0 0 0,0 0 0,0
Campos 0 0,0 0 0,0 2 100,0 0 0,0
Itaperuna 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 100,0
Natividade 0 0,0 0 0,0 1 100,0 0 0,0
São Fidelis 0 0,0 0 0,0 1 100,0 0 0,0
São João da Barra 0 0,0 1 100,0 0 0,0 0 0,0
Cabo Frio 0 0,0 0 0,0 1 100,0 0 0,0
Araruama 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 100,0
Magé 0 0,0 1 100,0 0 0,0 0 0,0
Duque de Caxias 0 0,0 0 0,0 1 100,0 0 0,0
Volta Redonda 0 0,0 1 100,0 0 0,0 0 0,0
Global 13 16,3 26 32,5 19 23,8 22 27,5
61
Gonçalo, investigadas por ordem do ministério Público não foi identificada a presença de
profissionais de Enfermagem.
No global, 66,2% das Instituições (53 instituições) tinham cuidadores de idosos; e em
somente uma instituição os cuidadores estavam na escala de enfermagem. A presença de
Enfermeiro nas 24 horas só ocorria em 03 instituições (3,7% do total de casos).
62
(p-valor=0,000), número de técnicos de enfermagem (p-valor=0,000), número de auxiliares de
enfermagem (p-valor=0,0118) das instituições que têm e que não tem o enfermeiro RT.
Comparando o número de enfermeiros, número de técnicos de enfermagem, número de
auxiliares de enfermagem por motivo de inspeção os p-valores são 0,864, 0,264, 0,142.
Conclui-se que, em teros medianos, não há diferença significativa entre o número de técnicos
de enfermagem, número de auxiliares de enfermagem de instituições visitadas por motivos
distintos.
63
A Tabela 7 traz as taxas médias do número de profissionais para cada 10 leitos, entre
as instituições que tem o enfermeiro RT e as que não têm. As taxas revelam quão
desamparados da assistência de enfermagem ficam os idosos nestas instituições. As taxas, em
geral, são ainda menores nas instituições que não possuem enfermeiros RT. Ao comparar as
taxas das instituições que tem ou não tem enfermeiro RT, conclui-se pelo teste de Kruskall
Wallis que não há diferença significativa entre as Técnico por cada 10 Leitos (p-valor=0,176);
Auxiliar por cada 10 Leitos (p-valor=0,3144) e Total de Profissionais por cada 10 Leitos (p-
valor=0,08). Entre as instituições que tem ou não tem enfermeiro RT é significativa apenas a
diferença entre o numero de enfermeiros por leito (p-valor=0,000).
Pelo teste de Kruskall Wallis não há diferença significativa no que se refere ao número
de enfermeiros por leito (p-valor=0,823), número de técnicos de enfermeiros por leito (p-
valor=0,497), número de auxiliares de enfermagem por leito (p-valor=0,254), e total de
profissionais por leito (p-valor=0,724) das instituições inspecionadas por diferentes motivos.
Tabela 7. Taxas médias do número de profissionais por cada 10 leitos ocupados, global e por
motivo de inspeção.
Taxa Média
Motivo Possui
Item
Da Enfermeiro RT
Avaliado Total
Inspeção Não Sim
64
Continuação da Tabela 7.
Enfermeiro por cada 0,00 0,35 0,31
10 Leitos
Técnico por cada 10 2,08 1,64 1,68
Leitos
Eletiva
Auxiliar por cada 10 0,83 0,18 0,25
Leitos
Total de Profissionais 2,91 2,17 2,24
por cada 10 Leitos
Enfermeiro por cada 0,27 0,27
10 Leitos
Técnico por cada 10 1,32 1,32
Leitos
CRT
Auxiliar por cada 10 0,43 0,43
Leitos
Total de Profissionais 2,02 2,02
por cada 10 Leitos
Enfermeiro por cada 0,00 0,35 0,32
10 Leitos
Técnico por cada 10 0,93 1,54 1,49
Global Leitos
Auxiliar por cada 10 0,28 0,32 0,31
Leitos
Total de Profissionais 1,21 2,20 2,13
por cada 10 Leitos
65
Tabela 8: Médias do número de profissionais, entre as instituições que tem o enfermeiro RT e
as que não tem, por município.
Média
de
Média de Média do
Tem enfermeiro Média de Auxiliares
Município Técnicos de Numero de
RT Enfermeiros de
Enfermagem Idosos
Enfermage
m
Não possui
0,0 2,0 0,0 8,0
Enfermeiro RT
Rio de
Possui
Janeiro 1,5 8,8 4,0 58,4
Enfermeiro RT
Total 1,4 8,6 3,9 57,0
Possui
Niterói 1,0 8,2 1,2 38,0
Enfermeiro RT
Não possui
0,0 0,3 0,0 14,7
Enfermeiro RT
São
Possui
Gonçalo 1,5 6,0 1,4 40,8
Enfermeiro RT
Total 1,2 5,0 1,2 36,2
Não possui
0,0 1,0 1,0 6,0
Enfermeiro RT
Itaboraí
Possui
1,0 4,0 0,0 32,0
Enfermeiro RT
Total 0,5 2,5 0,5 19,0
Nova Possui
1,0 0,0 4,0 51,6
Friburgo Enfermeiro RT
Possui
Rio Bonito 1,0 5,0 0,0 70,0
Enfermeiro RT
Possui
Petrópolis 1,0 4,4 0,8 39,5
Enfermeiro RT
Paraíba do Possui
1,0 0,0 4,0 37,0
Sul Enfermeiro RT
Possui
Teresópolis 1,0 4,0 0,0 47,0
Enfermeiro RT
Possui
Campos 2,0 8,5 1,0 77,0
Enfermeiro RT
Possui
Itaperuna 1,0 4,0 0,0 60,5
Enfermeiro RT
Possui
Natividade 1,0 0,0 0,0 37,0
Enfermeiro RT
Possui
São Fidelis 1,0 2,0 0,0 21,0
Enfermeiro RT
São João da Não possui
0,0 2,0 0,0 45,0
Barra Enfermeiro RT
Possui
Cabo Frio 1,0 6,0 0,0 40,0
Enfermeiro RT
66
Continuação da Tabela 8.
Possui
Araruama 1,0 5,0 0,0 25,0
Enfermeiro RT
Possui
Magé 1,0 5,0 1,0 42,0
Enfermeiro RT
Duque de Possui
1,0 4,0 2,0 40,0
Caxias Enfermeiro RT
Volta Possui
1,0 18,0 1,0 105,0
Redonda Enfermeiro RT
Figura 5: Média do Número de Idosos Atendidos nas Instituições do Rio de Janeiro, Niterói e
São Gonçalo.
67
Tabela 9: Taxas médias do número de profissionais por cada 10 leitos, por município.
Média
Média do
de
Total de
Média de Média de Auxiliares
Tem enfermeiro Profissionai
Município Enfermeiros Técnicos por de
RT s de
Por 10 leitos 10 leitos Enfermage
Enfermage
m
m
por 10 leitos
por 10 leitos
Não possui 0,0 2,5 0,0 2,5
Enfermeiro RT
Rio de Possui 0,3 1,5 0,4 2,3
Janeiro Enfermeiro RT
Total 0,3 1,6 0,4 2,3
68
Continuação da Tabela 9.
São João da Não possui 0,0 0,4 0,0 0,4
Barra Enfermeiro RT
Possui 0,3 1,5 0,0 1,8
Cabo Frio
Enfermeiro RT
Possui 0,4 2,0 0,0 2,4
Araruama
Enfermeiro RT
Possui 0,2 1,2 0,2 1,7
Magé
Enfermeiro RT
Duque de Possui 0,3 1,0 0,5 1,8
Caxias Enfermeiro RT
Volta Possui 0,1 1,7 0,1 1,9
Redonda Enfermeiro RT
4
s
o
ti
e 2,9
d e
l
e 0 2,5
d
a 1 2,2 2,3
d a s
it d
ac o2 1,8
n
a r d 1,6
u o a
p p
Q u
a isa c
O
d n
ia io 0,5 0,4 0,4
d ss 0,3 0,3 0,2
é if
M o 0
r
P Enfermeiros Técnicos de Auxiliares de Total de
Enfermagem Enfermagem Profissionais
Rio de Janeiro Niterói São Gonçalo
Figura 6: Média da Quantidade de Profissionais por cada 10 leitos nas Instituições do Rio de
Janeiro, Niterói e São Gonçalo.
69
Tabela 10: Distribuição conjunta da classificação pela instituição dos idosos e a classificação
pela fiscalização.
Classificação pela
Classificação fiscalização no
pela instituição relatório dos Global
dos idosos idosos
Não Sim
Não 5 27 32
% 6,3 33,8 40,0
Sim 1 47 48
% 1,3 58,8 60,0
Global 6 74 80
(%) 7,5 92,5 100
Tabela 11: Distribuição conjunta da classificação pela instituição dos idosos e a classificação
pela fiscalização.
Classificação adotada pela fiscalização
Classificação adotada pela instituição Global
Portaria 73 Resolução 293 Nenhuma
21 21 0 42
Portaria 73
26,3 26,3 0 52,5
0 6 0 6
Outra
0,0 7,5 0 7,5
8 19 5 32
Nenhuma
10,0 23,8 6,3 40,0
29 46 5 80
Global
36,3 57,5 6,3 100
70
Tabela 12: Distribuição conjunta do calculo de dimensionamento pela instituição dos idosos
e pela fiscalização.
Tabela 13: Distribuição conjunta da legislação usada pela instituição dos idosos e pela
fiscalização no dimensionamento de pessoal.
Classificação adotada pela Fiscalização
Classificação adotada pela instituição
Resolução 293 Nenhuma Global
1 0 1
Portaria 73
1,3 0,0 1,3
1 0 1
Resolução 293
1,3 0,0 1,3
66 12 78
Nenhuma
82,5 15,0 97,5
68 12 80
Global
85,0 15,0 100
71
Tabela 14: Distribuição conjunta da Jornada e escala de enfermagem.
Apresenta
Qual a
escala de Qual a escala Frequência
jornada
profissionais de Frequência Percentual
de
de revezamento? (%)
trabalho?
enfermagem?
40 h 12x36h 5 6,3
12x36h 9 11,3
Não 44 h
24x48h 1 1,3
Outra Outra 3 3,8
12x36h 1 1,3
30 12x60h 1 1,3
Outra 1 1,3
12x36h 37 46,3
40 24x48h 1 1,3
Sim
24x72h 1 1,3
12x36h 11 13,8
24x48h 6 7,5
44
24x72h 2 2,5
Outra 1 1,3
72
condições atuais, mas este dimensionamento ainda deixaria a desejar, pois cumpre a lei do
exercício profissional de enfermagem em apenas 37,5% dos casos.
A proposta desta dissertação é fornecer um instrumento que faz o dimensionamento de
pessoal de enfermagem mais apropriado do que a Portaria 73 e a Resolução COFEN 293. A
proposta cumpre a Lei em todos os casos (sendo assim superior à Portaria 73) e com números
significativamente menores de profissionais do que aqueles previstos pela Resolução COFEN
293 (p-valores=0,000 dos testes de Wilcoxon), sendo assim superior à Resolução 293 por ser
mais praticável e possível de ser executado sem lesar os requisitos previstos pela lei do
exercício profissional de enfermagem. As Figuras 6 ilustra a diferença entre os números
médios atuais e o número proposto pela Resolução COFEN 293/2004. A Figura 7 ilustra a
diferença entre os números médios atuais e o número proposto pela Portaria 73 e a Figura 8
ilustra a diferença entre os números atuais e o número proposto pela nova proposta.
73
Tabela 16: Dimensionamento da Quantidade de Técnicos e Auxiliares de enfermagem nas
Instituições.
Aumento p-valor
Quantidade de Téc. e Desvio Percentual Teste de
Média Mediana C.V
Auxiliares Padrão Médio Friedma
Previsto n
Atual 8,9 5,0 13,9 1,6 -
Segundo a Resolução 293 36,4 26 37,4 1,0 420%
0,000
Segundo a Portaria 73 12,0 8 13,0 1,1 73%
Segundo a Nova Proposta 16,1 12 17,2 1,1 122%
Figura 9: Aumento Médio Previsto pela Resolução 293, Portaria 73 e Nova Proposta nas
Quantidades atuais de enfermeiros e Técnicos e Auxiliares das Instituições.
74
A Tabela 17 mostra como ficariam as Taxas de Enfermeiros para cada 10 leitos se os
parâmetros da Resolução COFEN 293/2004, da Portaria MPAS 73 e da Nova Proposta
fossem cumpridos nas instituições. A Figura 9 ilustra bem como seria os melhoramentos
nestes índices, promovidos por estes instrumentos de dimensionamento.
75
Tabela 18: Taxas de Técnico e Auxiliar de enfermagem por cada 10 leitos.
p-valor
Quantidade de
Média Mediana Desvio Padrão C.V Teste de
Técnicos e Auxiliares
Friedman
Atual 1,81 1,52 1,15 0,64
Segundo a Resolução 293 7,45 6,87 1,74 0,23
0,000
Segundo a Portaria 73 2,58 2,36 0,99 0,38
Segundo a Nova Proposta 3,07 3,09 1,05 0,34
76
Figura 12: Total de Profissionais de Enfermagem por cada 10 leitos.
77
4.3 –PRODUTO - PROPOSIÇÃO LEGAL DO CÁLCULO DE DIMENSIONAMENTO
AO SISTEMA COFEN
CONSIDERANDO o artigo 8º, incisos IV, V e XIII; artigo 15, inciso II, III, IV, VIII
e XIV, da Lei nº 5.905/73;
RESOLVE:
Art. 4º- Para efeito de cálculo, devem ser consideradas como horas de Enfermagem,
por leito, nas 24 horas:
- 3,6 horas de Enfermagem, por idoso classificado como grau de dependência III.
§ 3º - Para efeito de cálculo deverá ser observada a cláusula contratual quanto à carga
horária.
Art. 8º - Esta Resolução entra em vigor após sua publicação, revogando as disposições
em contrário.
xxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxx
COREN-xx nº. xxxx COREN-xx nº. xxxxx
Presidente Primeira-Secretária
80
ANEXO I
Nota:1- Foi utilizado os parâmetros recomendados pela Portaria MPAS 73/2001 que
define e garante as normas de funcionamento de serviços de atenção ao idoso no Brasil, que
na instituição de modalidade II possua em sua equipe de profissionais 8h/dia de Enfermeiro e
24h/dia de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem para cada 22 idosos e na instituição de
modalidade III possua em sua equipe de profissionais 24h/dia de Enfermeiro e 48h/dia de
Técnicos e Auxiliares de enfermagem para cada 20 idosos
81
QUADRO 2 – CÁLCULO DE HORAS DE ENFERMAGEM NECESSÁRIAS PARA
ASSISTIR OS IDOSOS NAS 24 HORAS, COM BASE NO GRAU DE DEPENDÊNCIAS.
Notas explicativas:
A – O cálculo para sete dias da semana deve ser realizado para os turnos da manhã (M), tarde
(T) e noite (N = N1/N2), sendo seis horas para os períodos da manhã e tarde e doze horas para
o turno noturno (dois turnos de 6 horas).
B – Ao total apresentado no modelo acima, deverá ser acrescido de 15% como Índice de
Segurança Técnica (IST) sendo que 8,33% são para cobertura de férias. As férias é um dos
componentes da Taxa de ausência por benefícios, e os restantes 6,67% são para cobertura de
absenteísmo.
82
5 – DISCUSSÃO
Ou seja, as ILPIs devem seguir as normativas estabelecidas, mesmo ainda que existam
conflitos entres tais legislações, pois as mesmas são consideradas instituições sanitárias
perante a RDC ANVISA 283/2005. Desta forma, se faz necessário à busca pelas parcerias e
empenho dos órgãos fiscalizadores, para que garanta os direitos e deveres adquiridos pelos
idosos, garantidos no Estatuto do Idoso e o cumprimento das legislações que regulam estes
serviços, o qual confere que as entidades governamentais e não-governamentais de
atendimento ao idoso serem fiscalizadas pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público,
Vigilância Sanitária e outros previstos em Lei.11
Para atender a legislação as instituições analisadas neste estudo deveriam ter um
aumento de 224% de Enfermeiros 73% de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem no seu
quadro de profissionais para atender ao menos a Portaria MPAS 73/2001 que também não
83
atende a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem em 62,5% (50) das instituições
analisadas.
Para atender a Resolução COFEN 293/2004 seria necessário um aumento em média de
1348% de Enfermeiros e 420% Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, sendo muito
discrepante em vista da realidade encontrada. Pois esta metodologia proporciona a presença
do Enfermeiro na assistência e na condução da assistência realizada por Técnicos e Auxiliares
de Enfermagem, além de assegurar o cumprimento da Lei do Exercício de Enfermagem.
Pela nova proposta de cálculo, as instituições deveriam apresentar um aumento em
média de 580% de Enfermeiros e 122% de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, atendendo
a Lei do Exercício de Enfermagem, pois garante a presença do Enfermeiro na condução da
assistência nas 24 horas, além de garantir o índice de segurança técnico previsto na Resolução
COFEN 293/2004.
Cabe ressaltar que a problemática é o déficit acentuado de profissionais de
enfermagem em todas as vertentes legais apresentadas na assistência ao idoso
institucionalizado. De acordo com a análise deste estudo as instituições apresentaram
apresentam uma média de 1,2 Enfermeiro, 6,7 Técnicos de Enfermagem e 2,3 Auxiliares de
Enfermagem para uma média de 48 idosos, ou seja, não existe quantitativo suficiente
principalmente de Enfermeiros para uma assistência adequada e segura aos idosos.
A média dos profissionais existentes nas instituições fiscalizadas não atendem a
Portaria MPAS 73/2001 e principalmente a Lei do Exercício profissional de Enfermagem,
pois não consegue atender a presença do Enfermeiro nas 24 horas. A presença deste
profissional proporciona legalidade da assistência de enfermagem, pois é importante ter este
profissional como o gestor e solucionador dos problemas no intuito de melhorar a assistência
e o cuidado do idoso institucionalizado.16
Estudos mostram que o aumento de profissionais de enfermagem na assistência aos
idosos diminui em 11% a prevalência de úlceras de pressão, associando a outros fatores como
perda de peso, uso de drogas psicóticas e uso de cateteres vesicais.38
Outro estudo também correlacionou ao aumento de profissionais de enfermagem a
uma menor prevalência de úlceras de pressão, menor número de internações hospitalares, a
um menor uso de contenção mecânica, inclusive uma melhor qualidade do resultado pela
equipe de enfermagem aos idosos institucionalizados.39
Desta forma faz-se necessário estipular um cálculo de dimensionamento específico
para a atenção aos idosos em ILPIs, que respeite principalmente as Legislações que regulam
84
os profissionais de enfermagem e as legislações sanitárias para o funcionamento destes
estabelecimentos.
A nova proposta além de atender as exigências da Lei do Exercício Profissional e
Resolução COFEN 293/2004 mantém a mesma metodologia de cálculo, e leva em
consideração a classificação do idoso pelo grau de dependência apresentado, sendo este o
principal fator de determinação do número de profissionais de enfermagem.
O sistema de classificação é entendido como uma forma de determinar o grau de
dependência de um paciente em relação à equipe de Enfermagem, objetiva estabelecer o
tempo despendido no cuidado direto e indireto, bem como o qualitativo de pessoal, para
atender as necessidades biopsicossocioespirituais do paciente.40
A classificação do idoso institucionalizado é um fator determinante para traçar o plano
de cuidados e principalmente para avaliar a modalidade assistencial da instituição asilar. A
RDC ANVISA classifica o idoso pelo grau de dependência em I, II e III, partindo da
independência de cuidados, dependência parcial e dependência total de cuidados. O estudo
mostrou que apenas 48 (60,6%) das instituições possuíam classificação dos idosos
institucionalizados, ou seja, não seguiam as recomendações das legislações que regem os
serviços de ILPI.
Conhecer o grau de dependência das pessoas idosas é necessário para avaliar a sua
capacidade funcional, que é expresso através da realização de atividades de vida diária. A
avaliação da capacidade funcional é relevante e diretamente relacionado com indicadores de
qualidade de vida dos idosos. A execução das atividades de vida diária é considerado um
parâmetro para estabelecer esta avaliação, o qual é usado por profissionais de cuidados de
saúde para avaliar graus de dependência nos idosos institucionalizados. Neste cenário, é
possível compreender avaliação funcional, dentro uma função específica, tal como a avaliação
da capacidade de realizar auto-cuidado e satisfazer as necessidades básicas diárias36. Uma das
atribuições do enfermeiro é a avaliação da capacidade funcional e determinação do grau de
dependência do idoso institucionalizado.
Os relatórios circunstanciados apresentaram a classificação dos idosos pelo fiscal em
74 instituições (92,5%), pois a fiscalização realiza a avaliação do grau de complexidade dos
idosos institucionalizados para a determinação do número de profissionais de enfermagem
necessários para a assistencial. Das 74 instituições 46 (62%) foram classificadas conforme a
Resolução COFEN 293/2004 que no artigo 40 define o grau de complexidade2.
85
Embora o grau de complexidade desta resolução tenha maior aplicabilidade aos
pacientes hospitalizados, sendo sua construção mais voltada ao universo hospitalar. Já as
demais (28 instituições) foram classificadas por grau de dependência que estão relacionados
ao grau de limitação de cada idoso. A RDC Anvisa 283/2005 classifica o idoso como o grau
de dependência.12
O sistema por grau de dependência esta mais relacionada à dependência do cuidado
individual de cada idoso, sendo este o principal objetivo da ILPI, resgatar e preservar a
autonomia do idoso ou realizar o seu cuidado na impossibilidade do mesmo. Em relação às
ILPIs (48 instituições) apresentaram a classificação do idoso conforme a RDC 283/2005 e 32
instituições não possuíam a classificação do idoso, que configura um grande prejuízo na
assistência ao idoso pela ausência de parâmetro de classificação para determinar o cuidado
necessário ao idoso.
O planejamento de pessoal e da carga de trabalho da equipe de enfermagem prevê um
número estimado de profissionais para prestar assistência a um determinado paciente ou
grupo de pacientes. A definição do numero de pacientes atribuído a cada profissional de
enfermagem, enfermeiro ou técnico, torna-se mais acurada quando conhecemos o perfil de
complexidade assistencial ou grau de dependência quanto aos cuidados a serem prestados.41
Determinar o grau de dependência do idoso é imprescindível para a determinação do
número de profissionais de enfermagem necessários para a assistência ao idoso
institucionalizado. A adequação de um instrumento único de cálculo onde seja previsto a
classificação por grau de dependência de acordo com o proposto por este estudo é importante
e necessário para se evitar as lacunas encontradas na assistência do idoso institucionalizado.
Em relação ao dimensionamento de pessoal, a fiscalização somente realizou o
dimensionamento com base na Resolução COFEN em 68 instituições, nas demais não foram
realizados o cálculo de dimensionamento. Já as instituições (78) não apresentaram o cálculo
de dimensionamento, nos dando a entender que o dimensionamento nestas instituições ainda é
realizado pelo método indutivo.
Outro objetivo deste estudo foi também caracterizar as instituições de longa
permanência para idosos fiscalizadas no período de 2010 a 2013 no estado do Rio de Janeiro,
sendo evidenciado que 76,2% das instituições fiscalizadas são de inciativas privada. Um
Estudo realizado no Brasil caracterizou as instituições de longa permanência para idosos
possuir caráter filantrópico em 65,2% dos casos.42 Porém outro estudo aponta que as
instituições criadas entre 2000 a 2009 à maioria possuíam caráter privado (57,6%).43 Ou seja,
86
em virtude do crescimento da população idosa, estes serviços estão cada vez mais necessários,
mudando o cenário que outrora era de instituições mantidas por entidades religiosas para
instituições de caráter privado com fins lucrativos.
O estudo atual mostrou que as instituições são muito heterogêneas em relação ao
número de idosos institucionalizados, apresentando uma variação de 8 a 300 leitos com uma
taxa média de ocupação de 91,5%. A lei 3875 de 24 de junho de 2002 do estado do Rio de
Janeiro dispõe no seu artigo 10 que cada unidade asilar privada localizada no estado do Rio de
Janeiro poderá atender até 60 idosos,44 ou seja, atualmente este estudo aponta que 18
instituições das 80 estão em desacordo com a lei estadual.
A Portaria MPAS 73/2001 recomenda que as instituições classificadas como
modalidade I possuam uma capacidade máxima de 40 idosos, para as instituições classificadas
como modalidade II possuam uma capacidade máxima de 22 idosos e as instituições
classificadas como modalidade III possuam uma capacidade máxima de 20 idosos, porém este
estudo aponta que 70 das 80 instituições estão em desacordo com a Portaria mencionada. A
Resolução RDC ANVISA 283/2005 não estabelece capacidade máxima de residência para
idosos, porém estabelece os requisitos mínimos necessários para os serviços de
institucionalização de idosos.3
Ou seja, existem legislações que tratam do mesmo assunto, mas não chegam a um
consenso, principalmente no que tange ao dimensionamento de pessoal e a capacidade
máxima de idosos.
Em relação ao número de inspeções realizadas refere-se às solicitações notificadas no
ato da fiscalização e a verificação dos saneamentos das irregularidades apontadas e
notificadas, além do planejamento de fiscalização de cada agente fiscalizador do trabalho.
Outro ponto observado foi motivo que gerou o ato fiscalizatório, sendo visualizado um maior
número de inspeções oriundas de solicitações do Ministério Público, principalmente
concentradas no município de São Gonçalo, que nos faz pensar ser uma problemática de
maior interesse deste órgão nesta determinada região.
O Enfermeiro Responsável Técnico é definido segundo a Resolução COFEN 458/2014
como:
Profissional de Enfermagem de nível superior, nos termos da Lei nº 7.498, de 25 de junho de
1986 e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que tem sob sua responsabilidade o
planejamento, organização, direção, coordenação, execução e avaliação dos serviços de
Enfermagem, a quem é concedida, pelo Conselho Regional de Enfermagem, a Anotação de
45
Responsabilidade Técnica.
87
Das 80 instituições fiscalizadas, 06 não possuíam Enfermeiro em seu quadro de
profissionais, mesmo possuindo profissionais de enfermagem de nível médio na assistência
aos idosos em desacordo principalmente com a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem.
Das 74 instituições restantes que possuíam Enfermeiro RT apenas 34 apresentavam a Certidão
de Responsabilidade Técnica (CRT), estando as demais em irregularidade com a Resolução
COFEN 458/2014 pela ausência de tal documentação.
A Certidão de Responsabilidade Técnica não é apenas a concessão de um documento
ao Enfermeiro eleito para o cargo de Responsável Técnico, mas a oficialização de que a
instituição possui um profissional que terá a responsabilidade de seguir os preceitos éticos da
profissão assim como assegurar uma enfermagem livre de danos a sociedade.
Os cuidadores de idosos são trabalhadores que estão inseridos na assistência aos
idosos institucionalizados que possuem atribuições elementares definidas atualmente no
Código de Ocupação Brasileiro (CBO).19 Os idosos institucionalizados requerem assistência
multi profissional nos segmentos social e de saúde. Porém foram encontradas neste estudo 02
instituições que não possuíam profissionais de enfermagem no seu quadro de profissionais
que nos faz pensar que os cuidadores realizavam atividades facultadas à enfermagem, estando
em desacordo com os dispositivos legais sanitários e principalmente com a lei do exercício
profissional de enfermagem.
As instituições que possuíam profissionais de enfermagem e cuidadores de idosos (53
instituições) possuíam um número inferior de profissionais de enfermagem para a assistência
aos idosos, que também nos causa o pensamento se os cuidadores de idosos realizam também
as atividades de enfermagem, em razão da demanda e da sobrecarga de trabalho na rotina
destas instituições.
O Enfermeiro tem o dever legal de impedir que profissionais sem formação de
enfermagem exerçam tais funções e proibido delegar atividades de enfermagem, mesmo sobre
sua supervisão. Desta forma é de suma importância a presença deste profissional em todo o
período de desenvolvimento das ações de enfermagem na assistência ao idoso
institucionalizado.12, 15, 45
Outro ponto observado foi à jornada de trabalho e as escala de revezamento, sendo
observado que a jornada predominante é há de 40 horas, com escala de revezamento 12x36
horas, porém observou-se que as instituições não possui índice de segurança técnico em razão
do dimensionamento deficiente apresentado, não sendo configurada a folga de acúmulo de
88
carga horária e consequentemente esta informação fornecida pelos relatórios circunstanciados
de forma equivocada. Estudo realizado sobre o perfil da enfermagem brasileira mostra que o
setor saúde comporta uma diversidade de jornadas de trabalho que vai desde 12 horas
semanais, 20, 24, 32, 36, 40 até 44 horas.46
Foi observada que algumas instituições trabalhavam com jornadas superiores há 44
horas semanais e com plantões de 24x 48 horas, porém segundo a Constituição Federal de
1988, a jornada de trabalho sofreu novas alterações.
Art. 7º inciso XIII – “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho”.47
89
6 – CONCLUSÃO
90
Esta nova proposta visa garantir uma assistência segura, livre de danos e uma melhor
qualidade de vida aos idosos institucionalizados. Assim sendo, propomos que estudos futuros
sejam realizados pela relevância ao tema, para testar os números de horas encontrados na
prática assistencial na ILPI.
91
REFERÊNCIAS
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11 Brasil. Lei n. 8.842, de 04 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a Política Nacional do Idoso,
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1994. [citado 2005 jul. 17]. Disponível em:
http://www.cfess.org.br/pdf/legislacao_idoso_8842.pdf/
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de caráter social no estado do Rio de Janeiro e dá outras providências. Disponível em
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/12294785/lei-n-3875-de-24-de-junho-de-2002-do-rio-de-
janeiro
95
Apêndice
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Local:
Auxiliares de Enfermagem______
96
( ) Enfermeiros _________ ( ) Técnicos de Enfermagem _________
97
ANEXOS:
98