EMPREENDEDORISMO
EMPREENDEDORISMO
EMPREENDEDORISMO
1 - Histórico do
Empreendedorismo
Idade Média : neste período o termo empreendedor foi utilizado para defi- nir aquele que
gerenciava grandes projetos de produção. Esse indivíduo nãoassumia grandes riscos, e apenas
gerenciava os projetos, utilizando os recur-sos disponíveis, geralmente provenientes do governo do
país.
Século XVII : nessa época o empreendedor estabelecia um acordo contratu-al com o governo
para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Comogeralmente os preços eram prefixados,
qualquer lucro ou prejuízo era exclusi- vo do empreendedor. Richard Cantillon, importante
escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos como um dos criadores do
termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreende-dor (aquele
que assumia riscos) do capitalista (aquele que fornecia o capital).
Séculos XIX e XX : no final do século XIX e início do século XX, os empreen- dedores foram
frequentemente confundidos com os gerentes ou administra- dores (o que ocorre até os dias
atuais), sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico, como aqueles que
organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações
desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista.
“O Brasil está sentado em cima de uma das maiores riquezas naturais do mun- do, ainda
relativamente pouco exploradas: o potencial empreendedor dos brasileiros”, diz o especialista
canadense Louis Jacques Filion, que vem traba- lhando na Divulgação do empreendedorismo em
nosso país há mais de umadécada. A cultura do Brasil é a do empreendedor espontâneo. Que
está em toda parte, bastando-se um estímulo para que brote, floresça e dê seus frutos(FILION
apud DOLABELA, 1999a).
Conforme Dolabela (1999a, p. 12) “na formação de empreendedores, o fun- damental é preparar
as pessoas para agir e pensar por conta própria, com criatividade, liderança e visão de futuro,
para inovar e ocupar o seu espaço nomercado de trabalho, transformando esse ato também em
prazer e emoção”.
As ações recentes nesta área têm sido desenvolvidas no Brasil. Seguem alguns exemplos
(DORNELAS, 2001):
• os diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasi- leiras para o ensino do
empreendedorismo. É o caso de Santa Catari-na, com o programa Engenheiro Empreendedor,
que capacita alunos de graduação em engenharia de todo país. Destacam-se o programa
REUNE, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), de difusão do empreendedorismo nas
escolas de ensino superior do país, presente em mais de duzentas instituições brasileiras;
Apesar dos diversos cursos, programas e outras atitudes de incentivo, faltam ainda políticas
duradouras dirigidas à consolidação do empreendedorismo, como alternativa à falta de
emprego, no intuito de respaldar todo movimento advindo da iniciativa privada e de entidades
não-governamentais, que estão fazendo a sua parte.
Outro fator dependerá dos próprios brasileiros, desmistificar e quebrar o para-digma cultural de
não valorização de homens e mulheres de sucesso que têm construído esse país e gerando
riquezas, sendo eles grandes empreendedo- res, os quais dificilmente são reconhecidos ou
admirados. Pelo contrário, sãovistos como pessoas de sorte ou que venceram por outros meios
alheios à sua competência. A semente inicial foi jogada, agora basta regá-la para que no futuro
se tenha um pomar cheio de frutos (DORNELAS, 2001).
O povo brasileiro segundo Senge (2004) é um dos mais otimistas do mundo,isto pode ser um
fator relevante para que haja mudança em relação à mentali-dade, visando uma confiança e a
disposição de experimentar e aprender. Entre- tanto o excesso de otimismo pode levar a uma
concepção errônea da realidadeatual gerando atitudes precipitadas no confronto com problemas
complexos ealtamente interdependentes.
Como resultado pode-se ter a obtenção de solu- ções paliativas e à negligência com relação às
causas mais profundas dos pro- blemas. A solução encontrada seria o equilíbrio do entusiasmo
com a paciên-cia, do otimismo com o desenvolvimento da inteligência coletiva.
Por outro lado, o capitalismo de risco, fundamental elemento de financiamen- to das empresas
emergentes, ainda não é uma atividade econômica atraente, estando restrito a poucas iniciativas.
As políticas públicas, extremamente desfavoráveis às PME (pequenas médias empresas), aliadas
à inexistência de linhas eficazes de financiamento e à alta carga tributária, são fortes inibidores do
nascimento e do crescimento de empresas.
Curiosidade
Quem se lembra de Gould hoje? Mas todas as vezes que nós acendemos uma
lâmpada elétrica, utilizamos uma usina de luz eforça, pensamos no toca-discos e no
projetor de filmes, nósreverenciamos o espírito inovador e persistente de Thomas
Edison. ELE FOI UM EMPREENDEDOR.
Thomas Edison foi um grande inventor. Criou o multiplex telegráfico, a máqui-na de fita perfurada
(uma variação do telégrafo) e desenvolveu outras inova- ções em telegrafia. Mas houve uma
alteração na política econômica dos Esta- dos Unidos. Um financista americano, chamado Jay
Gould , em 1870, comprou o sistema de telegrafia e assim ficou estabelecido o monopólio da
indús-tria. O que fez Edison?
Resolveu dirigir os seus esforços de criação para outro ramo, transformando a sua visão em
realidade.
Ser empreendedor significa, acima de tudo, a capacidade de realizar coisas novas, pôr em
prática idéias próprias. Alguns estudiosos do comportamento humano, como por exemplo, o
americano David Mc Clelland diz que as pesso- as podem ser psicologicamente divididas em dois
grupos:
• Um grupo menor que, se desafiado por uma oportunidade, se dispõea trabalhar duramente
até concretizar o desafio e fazer com que ascoisas aconteçam.
• O outro grupo, que é formado por uma maioria, não costuma resolveros seus desafios dessa
forma.
A base da análise deste autor diz que um grupo, o dos empreendedores, é essencialmente
automotivado, enquanto o outro grupo não tem esta caracte-rística.
No ano de 2000, o Brasil participou pela primeira vez de uma pesquisa voltada para a avaliação do
nível de empreendedorismo no país, somando-se a uma iniciativa pioneira, realizada por um
consórcio de universidades e instituições de pesquisas de mais de vinte países. Coordenado em
nível internacional pela London Business School da Inglaterra e pelo Babson College dos Estados
Uni-dos, o projeto, denominado Global Entrepreneurship Monitor (GEM) visava avaliar, de forma
comparativa entre os países, o impacto da atividade empre-endedora no produto interno bruto
e na geração de empregos, bem como identificar os principais fatores que restringem ou
mobilizam a ação empreen-dedora. O GEM apresenta como principal medida a Taxa de Atividade
Empre-endedora (TAE), que indica a proporção de empreendedores na população adulta. O
projeto GEM chegou ao Brasil por iniciativa da Secretaria de Ciênciae Tecnologia do Estado do
Paraná, e encontra-se instalado na sede do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade -
IBQP/PR.
Os resultados da pesquisa realizada em 21 países (Argentina, Austrália, Bélgi- ca, Brasil, Canadá,
Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Índia, Israel, Irlanda, Itália, Japão, Coréia do Sul,
Noruega, Singapura, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos) entre os meses de maio e
agosto do 2000, apontou o Brasil como o primeiro país do mundo em iniciativa empreendedora.
Na época da pesquisa, 1 em cada 8 brasileiros estava iniciando um negócio. Nos Estados Unidos,
uma pessoa em cada dez estava começando um empreendimento, um em cada 12 na Austrália,
uma em 25 na Alemanha, uma em cada 50 na Suéciae na Finlândia, e uma em 100 no Japão. De
acordo com os estudos realizados, muitos brasileiros estão achando mais vantagem montar o
próprio negócio doque procurar emprego em firmas e empresas de terceiros. Mas os dados da
pesquisa mostraram que 47% das empresas que surgem no país acabam fechando dentro de
42 meses, percentagem apenas inferior à Coréia e aos Estados Unidos. O brasileiro tem
potencial para abrir seu próprio negócio, mas não tem estrutura e apoio financeiro para mantê-lo
no mercado. Existem tam-bém os casos de pessoas que estão sempre empreendendo, como não
conse- guem se profissionalizar em uma área, fecham o negócio e mudam para outra. Na pesquisa
realizada em 2002, que contou com a participação de 37 países, o Brasil apresentou uma TAE de
13,5% (para cada 1 brasileiro 12 estavam empreendendo), ocupando a sétima posição no
ranking de países empreende- dores. Houve uma redução na TAE em relação ao ano 2000, mas
considera-se que o nível de empreendedorismo se mantém estável. O declínio de pontos reflete
a persistência a um quadro adverso da economia brasileira.
"Um indivíduo que identifica oportunidades e para explo-rá-la toma iniciativa de reunir, organizar
ou administrar recursos na forma de uma empresa autônoma, assumindo uma quantidade
significativa de risco associado com aparticipação acionária nesta empresa, comprometendo-se
pessoalmente com o resultado".
Apesar do pouco tempo, o Brasil apresenta ações que visam desenvolver um dos maiores programas
de ensino de empreendedorismo e potencializa o país peran- te o mundo nesse milênio. Dornelas
(2001, p. 25 e 26) cita alguns exemplos:
1. Os programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas Empresas de Softwa- re, Informação e
Serviço), que apóiam atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino da
disciplina em universidades e ageração de novas empresas de software (start-ups).
3. Diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasileiras para o ensino do
empreendedorismo. É o caso de Santa Catarina, com programa Engenheiro Empreendedor,
que capacita alunos de graduação em engenharia de todo o país. Destaca-se também o programa
REUNE, da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), de difusão do empreendedo- rismo nas
escolas de ensino superior do país, presente em mais de duzentas instituições brasileiras.
Essas iniciativas são de suma importância para os empreendedores brasileiros que apesar dos
percalços são fundamentais para a economia do país. No entanto, é necessário que ações
governamentais resgatem o avanço proveni- ente da iniciativa privada e de entidades não-
governamentais, valorizem a capacidade empreendedora dos brasileiros e solucionem os
problemas apon-tados no relatório Global Monitor (GEM) - Monitor Global do Empreendedo-
rismo, organizado pela Babson College, EUA, e London School of Business, Inglaterra, e
realizado em 29 países, apontou os seguintes resultados para oBrasil em 2001 (BRITTO; WEVER,
2003, p.20 e 21):
• O Brasil possui um nível relativamente alto de atividade empreende-dora: para cada 100 adultos,
14,2 são empreendedores, colocando-oem quinto lugar do mundo. No entanto, 41% deles estão
envolvidos por necessidade e não por oportunidade;
• As mulheres brasileiras são bastante empreendedoras: a produção éde 38%, a maior entre os 29
países participantes do levantamento;
• A intervenção governamental possui duas facetas: tem diminuído, mas ainda se manifesta como
um fardo burocrático;
• A disponibilidade de capital no Brasil se ampliou. Mas muitos empre-endedores brasileiros
ainda percebem o capital como algo difícil ecustoso de se obter. Para piorar, os programas de
financiamento exis- tentes não são bem divulgados;
• A falta de tradição e o difícil acesso aos investimentos continuam a ser principais impedimentos à
atividade empreendedora, o brasileiro não tem o hábito de fazer planos para o longo prazo,
devido à conjuntura econômica do país. Nos países desenvolvidos, é perfeitamente comum o
financiamento de imóveis, com planos que levam de dez a trinta anos para serem liquidados.
Existe uma necessidade urgente de estimular as práticas de investimentos;
Para Filion (apud Dolabela, 1999a), a literatura a respeito da definição sobre empreendedorismo
Para Dolabela (1999a, p. 29), o termo empreendedorismo é uma livre tradu-ção que se faz da
palavra entrepreneurship, designando uma área de grande abrangência e trata de outros temas, além
da criação de empresas:
Em todos os casos, atualmente o empreendedor interno é um dos mais impor-tantes recursos das
empresas de alta competitividade. Ao alcançar determina- do nível de estabilidade, uma
organização pode perder ou ver reduzido o seu potencial empreendedor, entendido como a
capacidade de inovar através da recriação e reinvenção dos processos e técnicas que a
permitem encontrar novos mercados e novos produtos.
• Entender o ambiente
• Ser visionário e flexível
• Criar opções administrativas
• Estimular o trabalho em equipe
• Incentivar a discussão aberta
• Construir uma coalizão de defensores
• Persistir
“Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando o tempo e os esforços
necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as
conseqüentes recompensas da satis- fação e independência econômica e pessoal” (HISRICH, 2004,
p. 29).
Drucker (1992) analisa o empreendedor como aquele que pratica a inovação sistematicamente.
O empreendedor busca as fontes de inovação e cria opor-tunidades. Para o autor, o significado
da palavra empreendedorismo está associado àquela pessoa que pratica uma empreitada
laboriosa e difícil.
A decisão de se tornar um empreendedor pode surgir por acaso, mas isso apenas
aparentemente. Essa decisão ocorre devido a fatores externos, ambi-entes sociais, a aptidões
pessoais ou um somatório de todos esses fatores, que são críticos para o surgimento e o
crescimento de uma nova empresa. O pro- cesso empreendedor inicia-se quando um evento
gerador desses fatores pos- sibilita o início de um novo negócio.
Essa definição ressalta quatro aspectos básicos de ser um empreendedor. Primeiro envolve
processo de criação, que tem valor para o empreendedor evalor para o público para o qual foi
desenvolvida. Segundo, o processo empre- endedor exige a dedicação do tempo e do esforço
necessários para criação eoperacionalização de algo novo. Assumir riscos; sejam eles financeiros,
psico- lógicos e sociais; é o terceiro aspecto do empreendedorismo. Finalmente temos o quarto
e último aspecto, o qual, envolve as recompensas e retornos (satisfação pessoal, econômica) pelo
fato de ser um empreendedor.
Fatores ambientais e pessoais
O centro das pesquisas sobre empreendedorismo objetiva o estudo do ser humano e dos
comportamentos que podem levar ao sucesso. Por isto, noensino de empreendedorismo, o
ser é mais importante do que o saber.
Curiosidade
Dornelas (2001,) expõe alguns dos legados deixados pelo empreendedorismo no mundo. A seguir
algumas invenções e conquistas do século XX:
Hoje, como Shumpeter (1934 apud DOLABELA, 1999a) havia afirmado o empreendedorismo
traz consigo a capacidade de desencadear o crescimento econômico. Isto significa que, através da
atividade empreendedora é possívelque se tenha à iniciativa de liderar e coordenar o esforço no
sentido, do indiví-duo ou comunidade, alcançar o crescimento econômico.
A teoria visionária de Fillion ajuda-nos a entender como se forma uma idéia de empresa e quais
são os elementos que a sustentam. A importância dos estu-dos de Fillion decorre do fato de que,
além de conceituar com simplicidade eprofundidade o que é o empreendedor, ele se preocupa
com seu sistema de atividades, estudando como o empreendedor desenvolve seu trabalho. Com
Fillion, a definição do empreendedor ganha foro próprio e distancia-se dolugar-comum dos
perfis traçados por outros pesquisadores, que não chegam a distinguir claramente o
empreendedor de personagens de sucesso em outras áreas, como política, religião, atividades
públicas, etc.
A sua definição – “um empreendedor é uma pessoa que imagina, desen- volve e realiza
visões” – e a teoria que a sustenta constituem o principal fun- damento da metodologia aqui
descrita, a que chamamos Oficina do Empreen-dedor. Assim, ela é a luz que irá guiar o processo de
aprendizado do aluno.
A visão, para Filion, é “uma imagem, projetada no futuro, do lugar que sequer ver ocupado
pelos seus produtos no mercado, assim como a ima- gem projetada do tipo de
organização necessária para consegui-lo”.
Filion identificou alguns elementos que funcionam como suporte à formação da visão. São:
conceito de si, energia, liderança, compreensão de um setor, relações. Ele fala ainda do espaço
de si, conceito importante no aproveita- mento do potencial do empreendedor.
• Energia – é influenciada pelo conceito de si e pelos valores que vão determinar o quanto
dispomos a investir em determinado momento. Écom base na energia que o empreendedor terá
fôlego para compreen-der um setor, desenvolver uma visão, estabelecer as relações necessári-as,
aprofundar-se nas características do produto ou serviço e dedicar-sea organização. (Dolabela, 1999).
• Compreensão do setor - Abrir uma empresa sem conhecer o setor émais aventura do
que empreendedorismo. Compreender um setorsignifica saber como são estruturadas e como
funcionam as empresasque atuam naquele ambiente, como os negócios se processam, quemsão
os clientes, como se comportam e qual seu potencial, pontos for-tes e fracos da concorrência,
fatores críticos de sucesso, vantagens competitivas, possíveis reações diante da entrada de novas
empresas no mercado. Conhecer a tecnologia envolvida, quais as tendências a curto e longo
prazo, qual a sensibilidade do setor em relação a oscila- ções econômicas, as políticas de
exportação, quais as barreiras à entra-da, qual a lucratividade. É indispensável também conhecer os
fornece- dores dos insumos essenciais, as necessidades de recursos humanos e formas ideais de
sua contratação e desenvolvimento. Na economia globalizada deve-se saber o que acontece no
mundo, ameaças e opor- tunidades apresentadas, tendências tecnológicas, funcionamento do
mercado concorrencial. (Dolabela, 1999)
PLANEJAR
• Relações – a primeira motivação para empreender decorre das rela- ções familiares –
relações primárias. Ao iniciar seu processo visionário, o empreendedor irá partir em busca de
relações que possam contribuir para o aprimoramento e a realização de sua visão. Os
empreendedorescomeçam a perceber suas relações como produtos sociais dos quais precisam
para melhorar, desenvolver, implementar sua visão. Existem também as relações secundarias –
amizades e terciarias – cursos, via-gens, feiras, congressos, etc. (Dolabela, 1999)
Ser empreendedor não é somente uma questão de acúmulo de conhecimen- tos, mas a
introjeção de valores, atitudes, comportamentos, formas de per- cepção do mundo e de si
mesmo voltados para atividades em que o risco, a capacidade de inovar, perseverar e de conviver
com a incerteza são elementos indispensáveis. (DOLABELA, 1999, p.44).
O empreendedor, dizia o francês J. B. SAY (apud Drucker, 1987) por volta de1800, “transfere
recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais
elevada e de maior rendimento”. Entre- tanto a definição de SAY não diz quem é esse
“empreendedor”. Desde então, há muita confusão sobre a definição de empreendedor e
empreendimento.
A tendência mais recente observada na discussão das variáveis psicológicas que afetam o
comportamento empreendedor é dar maior ênfase às compe- tências do que aos traços da
personalidade. McClelland serve-se de uma defi- nição bastante ampla e pragmática de
“competência”, definição que com- preende qualquer coisa que seja empiricamente
mensurável e estatisticamente deixe prever resultados, mantendo-se a estrutura de
oportunidadecomo constante. Conseqüentemente, em seu estudo mais recente McClel- land
procura identificar o que fazem e como pensam os empreendedores bem sucedidos, procurando
estabelecer um ponto de partida para detectar e refor-çar tais competências em outros indivíduos.
Resumo
Nesta aula vimos que se faz necessário cada vez mais, destacar a importância da criação de novos
empreendimentos, as pequenas e médias empresas são responsáveis pelas taxas crescentes de
empregos, de inovação tecnológica,de participação no PIB, de exportação.
A pequena empresa surge em função da existência de nichos mercadológi- cos, ou seja, lacunas
de necessidades não atendidas pelas grandes empresas epela produção de massa. Por isto, seu
nascimento está intimamente ligado àcriatividade: o empreendedor tem que perceber o mercado
de forma diferen-ciada, ver o que os demais não percebem. Na unidade a seguir trabalharemos as
características de um empreendedor.
3 - Características
Empreendedoras
Existe uma grande pergunta que muitos pesquisadores se fazem: quais são as características dos
empreendedores de sucesso? Eles tem algo diferente das outras pessoas? Para Filion, apud
Dolabela (1999), acredita que as característi- cas variam de acordo com as atividades que o
empreendedor executa em uma dada época ou em função da etapa de crescimento da empresa.
Para Drucker (1987) qualquer indivíduo que tenha à frente uma decisão a tomar pode
aprender a ser um empreendedor., Tornar-se um empreendedor éter um comportamento e não
um traço de personalidade, pois suas bases e aprendizados são conceitos e teorias, não a intuição.
• Ser visionário: ter a visão de como será o futuro para o seu negócio, econseguir implementar seus
sonhos.
• Saber tomar decisões: saber tomar a decisão certa na hora certa, prin- cipalmente em momentos
difíceis, implementando rapidamente suas decisões, sendo isso um fator indispensável para o seu
sucesso.
• Fazer a diferença: transformar idéias em algo concreto e saber agre- gar valor aos serviços e
produtos colocados no mercado.
• Explorar o máximo de oportunidades: para os empreendedores os grandes negócios são
gerados através das idéias que todos conse- guem ver, mas não enxergam algo prático para
torná-las em oportuni- dades, pois um bom empreendedor é aquele que inova e consegue
identificar uma oportunidade no mercado, sendo um indivíduo curio- so, identificador e atento às
informações.
• Determinação e dinamismo: são características essenciais o compro-metimento, superação de
adversidades, ultrapassar obstáculo, incon-formismo com a rotina e fazer acontecer.
• Dedicação: dedicação de 100% de seu tempo ao seu negócio, ser um trabalhador exemplar,
mesmo quando encontrar obstáculos pela fren- te, ter energia para continuar,, ser incansável e
louco pelo trabalho.
• Otimismo e paixão pelo que faz: adorar o trabalho que realiza, terpaixão é o combustível
para manter animação e autodeterminação, isso faz com que venda cada vez mais seus
produtos e serviços. O otimismo faz com que o empreendedor tenha visão de seu sucesso enão
do fracasso.
• Independência e direção do destino: querer ser dono do próprio negó- cio, ser independente,
determinar seus próprios passos, ser patrão egerar empregos.
• Ficar rico: o verdadeiro empreendedor acredita que esse fator não sejao principal, e sim o sucesso,
e o dinheiro por conseqüência.
• Ser líderes e formadores de equipe: saber que para obter sucesso precisa de uma equipe
competente, tendo assim um senso de lideran- ça incomum, recrutar as melhores cabeças e
conseguir montar um time, sabendo valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los.
• Bem relacionamento: saber construir uma rede de contatos, comclientes,
fornecedores e a sociedade.
• Organizados: alocar recursos materiais, tecnológicos, humanos efinanceiros, sando
para o melhor desempenho de sua empresa.
4.1 Planejamento
Nos capítulos anteriores estu- damos o histórico do
empreen- dedorismo, as características do
empreendedor e as tendências do
empreendedorismo. O obje-tivo deste capítulo, é que
você consiga identificar as principais características
de um plano de negócios bem como os seus
principais objetivos e também conheça modelos que
possam ser aplicados em cada realidade. Estamos
quase concluindo parte de nossa jornada. Vamos em
frente!
Imagine que você queira comprar a sua casa ou mesmo construir o seu próprio empreendimento é
preciso primeiramente fazer um planejamento, certo?
O planejamento não é uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O plane jamento é um
instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e ações serão necessários hoje, para
merecermos um futuro. O produto final do pla nejamento não é a informação: é sempre o
trabalho.
Ainda que ninguém desenvolva uma atividade sem ter um objetivo em mente, deixar claro esses
objetivos através da condução de um processo de Planeja- mento coerente, bem feito, passo a passo
e por escrito tem como vantagens (DORNELAS, 2001);
Portanto vamos conhecer agora as principais funções que um verdadeiro empreendedor deve ser
preocupar:
1. Planejar onde se deseja chegar e decidir o que será feito para se chegar ao lugar desejado;
frustrações no futuro);
• Estimular a reflexão e o debate a respeito do propósito e dos objetivosdo Empreendimento;
• Ter um registro do que se pensa hoje, criando uma base para a tomadade decisões no futuro;
• Fazer com que o grupo tenha uma postura ativa em relação ao seu negócio. A idéia não é
que o grupo se prenda ao seu Planejamento, mas sim que defina o que deve ser feito
prioritariamente.
4.2 Plano de Negócios
Como citado anteriormente, antes de elaborar um Plano deNegócios é preciso saber o que deseja
fazer, qual será o seu negócio, é necessário ter uma “idéia”.
• A descrição do Empreendimento;
• A forma como trabalhamos (como gera renda e quais os gastos envol-vidos nesse processo);
• E o que pretendemos para o seu futuro.
O Plano de Negócios também é utilizado para apresentar o Empreendimento para outros grupos
interessados em conhecê-lo, seja para fazer empréstimos e financiamentos, seja para firmar
parcerias. A maioria dos planos de negóciosresume-se a textos editados a modelos pré-determinados
e que não convencem ao próprio empreendedor. Como esperar que convençam a um investidor,
bancos, potenciais parceiros, fornecedores, ou a própria empresa internamente?
Por isso, lembre-se de que o maior usuário do seu plano é você mesmo. Alguns exemplos dos públicos
alvos de um plano de negócios são:
• Bancos e outras instituições financeiras, que querem saber o quão sério é o Empreendimento
para o qual eles estão emprestando dinheiro, avaliando, assim, a probabilidade de que esses “dêem
um calote”ou “quebrem”;
• Patrocinadores, que querem saber se os recursos doados para o grupo vão ser bem utilizados;
• Parceiros, que, além de seriedade, buscam elementos em comum entre eles mesmos e o
Empreendimento.
• Todo plano de negócios deve ser elaborado e utilizado seguindo algu-mas regras básicas, mas
que não são estáticas e que permitem ao empreendedor utilizar a sua criatividade ou o bom senso,
enfatizando um ou outro aspecto que mais interessa ao público alvo do plano de negócios em
questão. No caso das empresas que já se encontram em funcionamento, ele deve não apenas mostrar
a empresa aonde se quer chegar ou situação futura, mas também aonde a empresa está no
momento, mostrando os valores de seus reais indicadores de desempenho.
IMPORTANTE: O plano de negócios é uma ferramenta dinâmica e que deve ser atualizado
constantemente, pois o ato de planejar é dinâmico e correspon-de a um processo cíclico.
Devemos discernir que tipo de plano deve optar, pois há profissionais queorientam você fazer
um plano específico (resumido) voltado para obter finan- ciamento, onde se destaca a
potencialidade, rentabilidade e retorno financei- ro do negócio e dá pouco ou quase nenhum
destaque para a operacionalida-de do negócio.
Esta observação é importante, pois se você quer um plano para te ajudar no dia-a-dia, deve compor
um plano mais abrangente, com detalhes e base de suporte, que sempre devem ser colocados em
destaque no apêndice, por exemplo: Fundamentação teórica, entrevistas, gráficos, análises
(produtos, serviços, mercado, atratividade), balanço patrimonial, demonstrativo de resul-tado, fluxo
de caixa, planilha de custos e receitas estimados, fluxo de investi- mentos e financiamentos,
resultado de pesquisas, documentos afins, etc.
Apresentamos a seguir, a estrutura de um plano de negócios. Não existe uma estrutura rígida ou
específica, porém cada plano de negócios deve possuir um número mínimo de seções as quais
proporcionam um entendimento completo do negócio. Estas seções são organizadas de forma a
manter uma seqüên- cia lógica que permita a qualquer leitor do plano a entender como a empresa é
organizada, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estra- tégia de marketing e sua
situação financeira.
Para quem está começando, um plano de negócios vai ajudar a identificar se o negócio escolhido é
consistente ou apenas um modismo onde as oportunida-des são passageiras.
Um plano de negócios bem estruturado pode ajudar você definir qual cami- nho a seguir quando
se defrontar com problemas potenciais e de estrutura organizacional e, principalmente quando sua
empresa requer financiamento de capital de giro.
IMPORTANTE: Um plano bem definido tem que no mínimo três partes bási- cas: conceito,
ambiente e financeiro do empreendimento.
• Conceito de negócio: É onde você descreve de forma consistente de como funciona a sua atividade,
a estrutura, seus produtos ou serviços e como você planeja levar seu empreendimento a obter sucesso.
• Ambiente: É onde você descreve e analisa os clientes potenciais, onde eles estão o que eles fazem,
compram, assim por diante. Aqui você também analisa o ambiente interno da sua empresa. Com
esta análisevocê se posicionará frente aos competidores, clientes e fornecedores.
• Financeiro: Aqui contém a potencialidade financeira do seu negócio, onde está definida fonte de
receita, custos, fluxo de caixa, análise derentabilidade, indicadores de desempenho, aplicações de
recursos, fontes de recursos, etc. Neste item é importante que você tenha deta-lhes em planilha
eletrônica.
1. Capa
2. Sumário Executivo
3. Descrição do Negócio
4. Definição Estratégica
5. Análise de Mercado
6. Plano de Marketing
7. Fatores Financeiros
Capa
A primeira página de seu Plano de Negócios será a capa. Ela serve como apágina de título e deve
conter as seguintes informações:
O sumário executivo, segundo SEBRAE 2007, é um resumo do Plano deNegócio. Não se trata
de uma introdução ou justificativa e, sim, de um sumá-rio contendo seus pontos mais importantes.
Nele irá constar:
IMPORTANTE: É preciso lembrar que o Sumário Executivo é a principal seção de seu Plano de Negócios
e deve expressar uma síntese do que será apresenta-do na seqüência, preparando o leitor e atraindo
o mesmo para uma leituracom mais atenção e interesse (DORNELAS, 2001).
Embora o Sumário Executivo apareça no início do Plano de Negócios, deve ser o último a ser escrito
durante a elaboração do plano. É muito melhor escrever uma síntese depois de se preparar o texto
básico. Por isso saiba que o sumário executivo não deve ter mais que duas páginas ao se tratar de um
plano de negó-cios completo ou no máximo uma página em um plano de negócios resumido. Por isso
é fundamental ser objetivo ao elaborar um sumário executivo.
Nesta etapa do plano na qual vamos apresentar um breve resumo da organi-zação do negócio.
Como por exemplo, a sua história, seu status atual e suas projeções futuras para a implantação do
novo negócio ou o desenvolvimentodo que já existe.
Para isso é preciso descrever as características do produto ou serviço e dizer como você pode
beneficiar o cliente. Identifique o que você espera conseguirem três ou cinco anos.
Segundo Dornelas (2001) a descrição legal da empresa deve conter os seguin- tes itens:
Nome da empresa: O nome da empresa deve estar registrado legalmente antes da abertura do
negócio.
A elaboração das estratégias do Negócio pode ser dividida em etapas, confor-me mostra a figura 1
abaixo.
Ambiente Externo
de
Estratégia
Negócio
objetivos
Ambiente
Controle
Para a elaboração das estratégias de um negócio deve-se discutir qual é a razão de ser da
empresa. E para permanecer competitivo, a empresa precisa encontrar a sua razão de competir,
deve ter sonhos e uma vontade arraigadapor dias melhores.
Por isso, é fundamental que a empresa tenha Visão, ou seja, uma imagem compartilhada do que
a empresa aspira.
Já a missão é a forma como a empresa e seus colaboradores realizam o sonho, conduzem os negócios
para o atingir a visão, buscando identificar as necessi- dades dos clientes alinhadas com as
singularidades que a empresa possui eque lhe permita conquistar e manter clientes, respeitando
os seus próprios valores.
A partir da visão e missão da empresa pode-se estabelecer ações que serão implementadas,
analisadas e acompanhadas visando atingir os objeti-vos e metas estipulados. Para isso, elabora-
se uma estratégia corporativa. Oplano de negócios de uma empresa deve contemplar de forma
objetiva essaformulação estratégica da empresa.
Como sugestão vocês poderão utilizar os passos abaixo para definir a Visão da empresa:
• "Ser a Melhor... nos serviços aos nossos clientes, garantindo sua pazde espírito e enriquecendo
sua qualidade de vida através de nossa parceria na gestão dos riscos que eles enfrentam." The Allstate
Corpo- ration (Empresa de Seguros);
• "Nosso negócio é preservar e melhorar a vida humana. Todas a nossasações devem ser avaliadas
com base em nosso sucesso em lograr esseobjetivo." Merck, Inc. (Indústria Farmacêutica)
• "Garantir que nossos clientes sempre voltem em busca de boa comi-da, serviço atencioso e clima
agradável." The Applewood Café (Pe-queno Restaurante);
• "Mudar o mundo através da tecnologia." Apple Computer, Inc.(Indústria de
Computadores)
Disponível em: http://www.planodenegocios.com.br/ dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=27
A Missão deve ser vaga o bastante para não restringir as possibilidades de atuação e específica o
bastante para dar um foco para o trabalho do grupo. Arestrição deve ser o suficiente para possibilitar a
Análise de Mercado.
1. Benefício externo: é a contribuição que o grupo espera dar para a socie- dade. Qual
necessidade das pessoas o grupo vai atender? No exemplo acima, “atender as necessidades de
alimentação do ser humano” é o Bene-fício Externo do grupo.
3. Caminho: é o que exatamente o grupo irá fazer para gerar o benefícioexterno e interno, que
tipo de produto ou serviço ele irá oferecer. “Produ- tos saborosos e saudáveis” é o Caminho da empresa
no exemplo.
A missão também dá base para as decisões do grupo. Logo, no exemplo, a empresa de alimentação
não escolheria por vender um produto muito gordu-roso (não saudável) ou que não gerasse renda para
seus proprietários.
Antes de partir para a difícil, mas importante, tarefa de declaração da missãode sua empresa, procure
responder, segundo Dornelas (2001), às seguintes perguntas:
Esta é uma das partes mais importantes do Plano de Negócios. Portanto fique atento de como realizar
esta etapa. Algumas características pontuais do empreendimento e de como ele se vê dentro de
tal mercado são pontos já abordados, em termos gerais, dentro da Missão. Na Análise de
Mercadovamos tratar deste assunto de forma mais específica, buscando conhecer todos aqueles que
participam do mercado em questão.
a) Análise do setor;
b) Segmento de Mercado;
c) Análise SWOT do produto ou serviço;
d) Análise da Concorrência.
a) Análise do Setor
b) Segmento de Mercado
O segundo passo é conhecer quem são os clientes e qual o grupo que preten- de conquistar.
Para uma análise inicial, segundo Dornelas (2001) procure responder àsseguintes questões:
É observado por Dornelas (2001) que um segmento de mercado é um conjunto de clientes que tem
necessidades e desejos em comum. Ao agrupar clientes semelhantes, você pode satisfazer suas
necessidades específicas de forma mais eficaz. Quanto mais recursos e opções esses clientes
demandam, mais razões você tem para dividi-los em grupos. A figura abaixo apresenta uma
formaesquemática de como definir o segmento de mercado para seu produto/serviço.
Recursos
Geografia
Serviços Perfil
Preço Estilo de Vida
Entrega
Benefícios
especiais
Para se fazer a análise swot é preciso conhecer melhor o próprio negócio e oambiente que o cerca.
O termo está em inglês e se refere à análise do ambien- te interno (Pontos Fortes e Fracos) e externo
(oportunidades e ameaças) do Empreendimento, explicados abaixo. Para isso é importante realizar
primeira-mente a análise do Ambiente Interno, ou seja, analisar os pontos internos do grupo, os que
estão sob controle e que podem favorecer ou prejudicar o seu desempenho.
• Pontos Fortes: aspectos que favorecem o bom funcionamento dogrupo. O grupo é bom em
fazer o quê? Um exemplo de Ponto Forte seria o bom conhecimento das necessidades e vontades
dos Segmen- tos de Mercado;
Já a análise do ambiente externo é composto por todas as instituições e aspec- tos da sociedade que
de alguma forma se relacionam com o Empreendimen-to, mas que ele não pode controlar como, por
exemplo, a Legislação Sanitária.
• Ameaças são os aspectos externos que podem prejudicar o desempe nho do Empreendimento,
por exemplo, podemos considerar as Barreiras de Entrada como ameaças.
d) Análise da Concorrência
Segundo o SEBRAE você pode aprender lições importantes observando a atuação da concorrência.
Procure identificar quem são seus principais concor-rentes. A partir daí, visite-os e examine suas boas
práticas e deficiências.
Lembre-se de que concorrentes são aquelas empresas que atuam no mesmo ramo de atividade que
você e que buscam satisfazer as necessidades dos seus clientes.
É uma parte muito importante em um plano de negócios, pois é nesta etapa que você deverá
descrever os principais itens que serão fabricados, vendidos ou os serviços que serão prestados.
Informe quais as linhas de produtos, especificando detalhes como tamanho, modelo, cor, sabores,
embalagem, apresentação, rótulo, marca, etc. Se neces- sário, fotografe os produtos e coloque as fotos
como documentação de apoioao final do seu plano de negócio. Para empresas de serviço, informe
quais serviços serão prestados, suas características e as garantias oferecidas.
Lembre-se de que a qualidade do produto é aquela que o consumidor enxer-ga. Quando decidir
melhorar um produto ou um serviço, pense sempre sob oponto de vista do cliente (SEBRAE, SC).
Para fazermos um plano de marketing é preciso conhecer os 4 P´s: Produto, Preço, Ponto de
Venda e Promoção.
a) Produto
b) Preço
O preço é uma ferramenta efetiva de marketing, pois afeta a demanda, influ-encia a imagem do
produto e pode ajudar a atingir o seu mercado alvo. Ao considerar o preço a ser praticado é
importante saber que o preço não deve ser baseado na produção mais alguma margem, como
geralmente se faz. O preço depende do valor do seu produto do ponto de vista do consumidor. O
preço segundo Dornelas (2001) está relacionado ao benefício percebido peloconsumidor.
Faça as seguintes perguntas:
b) Ponto de Venda
O Ponto de venda é muito importante em um plano de negócios sendo que nesta etapa é preciso
observar onde o grupo irá vender seus produtos ou servi- ços. Para escolher seu Ponto-de-Venda, o
grupo precisa considerar onde seus clientes costumam comprar. Lembre-se de que o Ponto-de-
Venda transmite fortemente a imagem do grupo, assim como o Produto e o Preço.
O Ponto-de-Venda não precisa necessariamente ser um lugar. O grupo pode pensar em algum
sistema de entrega de produtos.
c) Promoção
Promoção é toda ação que tem como objetivo apresentar, informar, conven- cer ou lembrar os
clientes de comprar os seus produtos ou serviços e não osdos concorrentes. A promoção é um
estímulo ao marketing utilizada paragerar demanda do produto ou serviço. O propósito da
promoção é poderdizer ao público que você tem aquele produto ou serviço que satisfaz a
demanda do consumidor. A seguir, estão relacionadas algumas estratégias que segundo o SEBRAE
(SC) você poderá utilizar:
Por isso é muito importante que o investimento total seja formado pelos:
• Investimentos fixos: todos os bens que você deve comprar para que seu negócio possa
funcionar de maneira apropriada.