TCC - Avaliação de Confiabilidade de Rede de Distribuição
TCC - Avaliação de Confiabilidade de Rede de Distribuição
TCC - Avaliação de Confiabilidade de Rede de Distribuição
BRUNO CENTENARO
GABRIELA FRANCO RIOS CATAPANI
CURITIBA
2017
BRUNO CENTENARO
GABRIELA FRANCO RIOS CATAPANI
CURITIBA
2017
Bruno Centenaro
Gabriela Franco Rios Catapani
Este Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação foi julgado e aprovado como requisito parcial para
a obtenção do Título de Engenheiro Eletricista, do curso de Engenharia Elétrica do Departamento
Acadêmico de Eletrotécnica (DAELT) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
____________________________________
Prof. Emerson Rigoni, Dr.
Coordenador de Curso
Engenharia Elétrica
____________________________________
Profa. Annemarlen Gehrke Castagna, Ma.
Responsável pelos Trabalhos de Conclusão de Curso
de Engenharia Elétrica do DAELT
______________________________________ _____________________________________
Paulo Cicero Fritzen, Dr. Paulo Cicero Fritzen, Dr.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Orientador
______________________________________ _____________________________________
Diego Issicaba, Ph.D. Diego Issicaba, Ph.D.
Universidade Federal de Santa Catarina Universidade Federal de Santa Catarina
Co-Orientador
_____________________________________
Annemarlen Gehrke Castagna, Ma.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
A folha de aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso de Engenharia Elétrica
RESUMO
The power eletrical system needs to operate with safety and quality providing power
with as few interruptions as possible. The relevance of perception of energy availability
motivates predictive reliability studies, especially in the context of distribution systems.
The purpose of this work is to perform the reliability evaluation of a real distribution
system using sequential Monte Carlo simulation method. For that, algorithms were
developed, using the analytical approach and the sequential Monte Carlo method. The
developed algorithms are implemented computationally and applied to a test system,
thus generating reliability indexes. With the validation of the methods and algorithms,
a new application of the sequential Monte Carlo method is done to a real network. The
study results confirm the effectiveness of the approaches and suggest the importance
of the contribution of the information provided by the sequential Monte Carlo method
to the planning of distribution networks.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9
1.1 TEMA................................................................................................................ 9
1.1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA ........................................................................... 10
1.2 PROBLEMA E PREMISSAS ........................................................................... 12
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................... 12
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 12
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 12
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 13
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................... 13
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 15
2.1 CONFIABILIDADE EM SEP............................................................................ 15
2.2 ANÁLISE DE CONFIABILIDADE DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO ................. 16
2.2.1 Métodos Analíticos ...................................................................................... 20
2.2.2 Métodos por Simulação .............................................................................. 22
2.3 MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO ............................................ 22
2.3.1 Método de Monte Carlo Não Sequencial .................................................... 23
2.3.2 Método de Monte Carlo Sequencial ............................................................ 24
2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 25
3 METODOLOGIA ANALÍTICA PARA A AVALIAÇÃO DE CONFIABILIDADE
DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO ............................................................................... 27
3.1 DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA ................................................................. 27
3.2 RESULTADOS NUMÉRICOS ......................................................................... 40
3.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 42
4 METODOLOGIA DE MONTE CARLO SEQUENCIAL PARA A AVALIAÇÃO
DE CONFIABILIDADE DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO .......................................... 44
4.1 DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA ................................................................. 44
4.2 RESULTADOS NUMÉRICOS PARA O CASO TESTE ................................... 47
4.3 REDE REAL ................................................................................................... 49
4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 52
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 53
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 54
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
∑𝑖 𝜆𝑖 𝑁𝑖 𝑖𝑛𝑡.
𝑆𝐴𝐼𝐹𝐼 = [ ] (2)
∑𝑖 𝑁𝑖 𝑎𝑛𝑜
∑𝑖 𝑈𝑖 𝑁𝑖 h
𝑆𝐴𝐼𝐷𝐼 = [ ] (4)
∑𝑖 𝑁𝑖 𝑎𝑛𝑜
18
Este índice mede quanto tempo dura em média uma interrupção para o consumidor.
∑𝑖 𝑈𝑖 𝑁𝑖 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 (7)
𝐶𝐴𝐼𝐷𝐼 = [ ]
∑𝑖 𝜆𝑖 𝑁𝑖 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑟𝑢𝑝çõ𝑒𝑠
∑ 𝑁𝑖 × 8760 − ∑ 𝑈𝑖 𝑁𝑖
𝐴𝑆𝐴𝐼 = × 100 [%] (9)
∑ 𝑁𝑖 × 8760
∑ 𝑈𝑖 𝑁𝑖
𝐴𝑆𝑈𝐼 = 1 − 𝐴𝑆𝐴𝐼 = × 100 [%] (10)
∑ 𝑁𝑖 × 8760
Este índice mede a energia total não fornecida pelo sistema pelo período de um ano.
𝑀𝑊ℎ
𝐸𝑁𝑆 = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑛ã𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 [ ] (11)
𝑎𝑛𝑜
𝑀𝑊ℎ
𝐸𝑁𝑆 = ∑ 𝐿𝑖 𝑈𝑖 [ ] (12)
𝑎𝑛𝑜
Este índice mede a energia não fornecida pelo sistema para um consumidor médio no
período de um ano.
∑ 𝐿𝑎(𝑖) 𝑈𝑖 𝑀𝑊ℎ
𝐴𝐸𝑁𝑆 = [ ] (14)
∑ 𝑁𝑖 𝑐𝑜𝑛𝑠. 𝑎𝑛𝑜
𝑑𝑅(𝑡) (16)
𝑅(𝑡)𝜆(𝑡) = −
𝑑𝑡
𝑡 (17)
𝑅(𝑡) = 𝑒 − ∫0 𝜆(𝑢)𝑑𝑢
21
(18)
𝑅(𝑡) = 𝑒 −𝜆𝑡
indicando que a taxa falha do sistema é dada pela soma das taxas de falha dos
componentes.
O cálculo das taxas de falha para cada ponto consumidor é realizado
utilizando o princípio de sistema funcional em série, onde se especifica que todos os
componentes entre o ponto consumidor e pelo menos uma fonte de energia devem
estar operando adequadamente para que o serviço seja possível. A partir dessas
taxas, demais indicadores são obtidos, conforme descrito detalhadamente no capítulo
a seguir.
√𝑉𝑎𝑟[𝐸[𝐻(𝑿)]]/𝑁𝑠
𝛽= (20)
𝐸̃ [𝐻(𝑿)]
𝑁𝑠
1 (21)
𝐸̃ [𝐻(𝑿)] = ∑ 𝐻(𝑥𝑖 )
𝑁𝑠
𝑖=1
24
𝑁𝑦
1 𝑆𝑖
𝐸̃ [𝐻(𝑿)] = ∑ 𝐻({𝑥𝑛 }𝑛=1 ) (22)
𝑁𝑦
𝑖=1
𝑆𝑖
onde {𝑥𝑛 }𝑛=1 = {𝑥1 , … , 𝑥𝑆𝑖 } é a sequência dos estados do sistema durante o período 𝑖,
𝑆𝑖 é o número de estados do período 𝑖 e 𝑁𝑦 é o número de períodos simulados.
O algoritmo do método de simulação de Monte Carlo sequencial (DOS
SANTOS, 2016) é mostrado a seguir:
taxa de falha em cada ponto do sistema como o somatório das taxas de falha
individuais de cada componente que impacta diretamente na falha do ponto
(BILLINTON; ALLAN, 1984). A equação (23) elucida tal cálculo.
𝑛
(23)
𝜆𝑠 = ∑ 𝜆𝑖
𝑖=1
𝑛
(24)
𝑈𝑠 = ∑ 𝜆 𝑖 × 𝑟 𝑖
𝑖=1
𝑈𝑠 ∑𝑖 𝜆𝑖 𝑟𝑖 (25)
𝑟𝑠 = =
𝜆𝑠 ∑𝑖 𝜆𝑖
Segundo esses conceitos, é possível calcular os índices de confiabilidade do
sistema, conforme equações (1)–(14).
A despeito da simplicidade do equacionamento apresentado, enfatiza-se que
a determinação dos componentes que impactam na falha do ponto é não trivial. Para
fins composição de exemplo e de validação de metodologias, considere o sistema
teste radial representado na Figura 4.
Figura 4 - Rede de distribuição radial com chaves (seccionadoras) e fusíveis em ramais laterais
Comprimento 𝝀 r
Componente
(km) (falhas/ano) (horas)
Seção 1 2 0,2 4
Seção 2 1 0,1 4
Seção 3 3 0,3 4
Seção 4 2 0,2 4
Distribuidor a 1 0,2 2
Distribuidor b 3 0,6 2
Distribuidor c 2 0,4 2
Distribuidor d 1 0,2 2
um sinal de abertura no disjuntor. Como não há pontos em que o sistema possa ser
isolado, as falhas precisam ser reparadas para depois ser religado o disjuntor. Dessa
forma, falhas em qualquer componente devem causar interrupções de serviço em
todos os pontos consumidores. Com base neste raciocínio, os indicadores de
confiabilidade dos pontos de carga são idênticos, e podem ser calculados como
segue:
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐴 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,2 + 0,6 + 0,4 + 0,2 = 2,2
𝑎𝑛𝑜
ℎ
𝑈𝐴 = 0,8 + 0,4 + 1,2 + 0,8 + 0,4 + 1,2 + 0,8 + 0,4 = 6,0
𝑎𝑛𝑜
6,0
𝑟𝐴 = = 2,73 ℎ
2,2
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐴 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,2 = 1,0
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐴 = 0,8 + 0,4 + 1,2 + 0,8 + 0,4 = 3,6
𝑎𝑛𝑜
3,6
𝑟𝐴 = = 3,6 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,0
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐵 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,6 = 1,4
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐵 = 0,8 + 0,4 + 1,2 + 0,8 + 1,2 = 4,4
𝑎𝑛𝑜
4,4
𝑟𝐵 = = 3,14 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,4
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐶 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,4 = 1,2
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐶 = 0,8 + 0,4 + 1,2 + 0,8 + 0,8 = 4,0
𝑎𝑛𝑜
4,0
𝑟𝐶 = = 3,33 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,2
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐷 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,2 = 1,0
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐷 = 0,8 + 0,4 + 1,2 + 0,8 + 0,4 = 3,6
𝑎𝑛𝑜
3,6
𝑟𝐷 = = 3,6 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,0
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐴 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,2 = 1,0
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐴 = 0,8 + 0,05 + 0,15 + 0,1 + 0,4 = 1,5
𝑎𝑛𝑜
1,5
𝑟𝐴 = = 1,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,0
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐵 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,6 = 1,4
𝑎𝑛𝑜
33
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐵 = 0,8 + 0,4 + 0,15 + 0,1 + 1,2 = 2,65
𝑎𝑛𝑜
2,65
𝑟𝐵 = = 1,89 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,4
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐶 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,4 = 1,2
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐶 = 0,8 + 0,4 + 1,2 + 0,1 + 0,8 = 3,3
𝑎𝑛𝑜
3,3
𝑟𝐶 = = 2,75 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,2
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐷 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,2 = 1,0
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐷 = 0,8 + 0,4 + 1,2 + 0,8 + 0,4 = 3,6
𝑎𝑛𝑜
3,6
𝑟𝐷 = = 3,6 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,0
com topologia fracamente malhada têm pontos abertos para que se possam operá-
los como um sistema radial, e em caso de falha uma alimentação alternativa pode
entrar em operação e recuperar parte da carga desconectada. Dessa forma, com
estes pontos abertos, as cargas que ficariam desconectadas podem ser transferidas
para outra parte do sistema. Tal procedimento tem um efeito marcante nos índices de
confiabilidade. Os maiores efeitos aparecem nos pontos de carga mais próximos do
ponto de transferência normalmente aberto e mais longe do ponto de alimentação. Os
índices de ponto de carga para este caso podem ser calculados como segue:
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐴 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,2 = 1,0
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐴 = 0,8 + 0,05 + 0,15 + 0,1 + 0,4 = 1,5
𝑎𝑛𝑜
1,5
𝑟𝐴 = = 1,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,0
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐵 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,6 = 1,4
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐵 = 0,1 + 0,4 + 0,15 + 0,1 + 1,2 = 1,95
𝑎𝑛𝑜
1,95
𝑟𝐵 = = 1,39 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,4
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐶 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,4 = 1,2
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐶 = 0,1 + 0,05 + 1,2 + 0,1 + 0,8 = 2,25
𝑎𝑛𝑜
2,25
𝑟𝐶 = = 1,88 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,2
35
𝑖𝑛𝑡.
𝜆𝐷 = 0,2 + 0,1 + 0,3 + 0,2 + 0,2 = 1,0
𝑎𝑛𝑜
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑈𝐷 = 0,1 + 0,05 + 0,15 + 0,8 + 0,4 = 1,5
𝑎𝑛𝑜
1,5
𝑟𝐷 = = 1,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
1,0
nó terminal.
Para fins de implementação, foi necessária a utilização de uma matriz auxiliar
denominada matriz de alcance na qual cada elemento 𝑅𝑖𝑗 desta matriz é igual a 1 se
a partir do nó da linha i se consegue chegar ao nó da coluna j, independentemente do
número de passos necessários (SPERANDIO, 2008). Trata-se de um instrumento
eficiente, pois possibilita se determinar onde um certo equipamento, seja de manobra
ou proteção, terá influência em uma falha no alimentador.
Considerando o primeiro caso, para cada componente, identifica-se o
instrumento de proteção correspondente e busca-se na matriz de alcance quais são
os nós desconectados caso a falha tenha se originado no componente. A taxa de falha
dos nós é incrementada com a taxa de falha do componente. Similarmente, a
indisponibilidade de cada nó é incrementada com o produto da taxa de falha e tempo
médio de reparo do componente.
O segundo caso é análogo ao primeiro, diferenciando-se apenas pela
consideração de fusíveis como instrumentos de proteção além do disjuntor. Isso
implica que serão modificadas as taxas de falha e consequentemente a
indisponibilidade nos pontos, já que os nós desconectados pelos fusíveis afetam os
distribuidores laterais.
Para o terceiro caso, ao se considerar também as seccionadoras ao longo do
alimentador principal, juntamente com o disjuntor e os fusíveis nos distribuidores
laterais, há de se considerar o impacto da abertura da seccionadora na avaliação. Em
caso de não abertura da seccionadora, o procedimento de cálculo será o mesmo
utilizado no caso anterior. Com a abertura da seccionadora, leva-se em consideração
seu tempo de abertura e isolação para que, através do produto entre este tempo e a
taxa de falha, seja obtida a indisponibilidade dos pontos.
No quarto caso leva-se em conta uma alimentação alternativa. Com isso, é
adicionado ao cálculo da indisponibilidade essa contribuição adicional fornecida pela
conexão de uma alimentação alternativa ao caso anterior. A taxa de falha dos nós
segue sendo incrementada com a taxa de falha do componente.
Com a taxa de falha e indisponibilidade de cada ponto de carga, para cada
caso, calcula-se os indicadores sistêmicos conforme equações (1)-(14). O
pseudocódigo a seguir descreve o algoritmo implementado:
37
1. Leitura de dados;
2. Definir a matriz de alcance para análise dos instrumentos de proteção;
3. Inicializar variáveis vetoriais 𝑼𝒑𝒐𝒏𝒕𝒐 e 𝝀𝒑𝒐𝒏𝒕𝒐 , onde a posição indica a
indisponibilidade e taxa de falha de cada ponto, respectivamente;
4. Definir o caso a ser avaliado;
5. Para cada componente/linha:
- Buscar a taxa de falha 𝜆𝐿𝑇 do componente na matriz de dados;
Se caso 1:
• Buscar protetor na matriz de dados;
• Buscar o vetor de indicadores de barras desconectadas pela falta bd
através da matriz de alcance;
• Buscar o tempo médio de reparo 𝑟𝐿𝑇 do componente na matriz de dados;
• Calcular a indisponibilidade 𝑈𝐿𝑇 = 𝜆𝐿𝑇 × 𝑟𝐿𝑇 , e atualizar indicadores de
ponto como segue:
Se caso 2:
• Buscar protetor na matriz de dados;
• Buscar o vetor de indicadores de barras desconectadas pela falta bd
através da matriz de alcance;
• Buscar o tempo médio de reparo 𝑟𝐿𝑇 do componente na matriz de dados;
• Calcular a indisponibilidade 𝑈𝐿𝑇 = 𝜆𝐿𝑇 × 𝑟𝐿𝑇 , e atualizar indicadores de
ponto como segue:
Se caso 3:
• Buscar protetor na matriz de dados;
• Buscar o vetor de indicadores de barras desconectadas pela falta bd
38
Se caso 4:
• Buscar protetor na matriz de dados;
• Buscar o vetor de barras desconectadas bd pela falta através da matriz
de alcance;
• Se a falha não implica em acionamento da seccionadora e da
alimentação alternativa:
a. Buscar o tempo médio de reparo rLT do componente;
b. Calcular a indisponibilidade 𝑈𝐿𝑇 = 𝜆𝐿𝑇 × 𝑟𝐿𝑇 e atualizar
indicadores de ponto;
Resultados
Resultados
Índice (BILLINTON; Erro [%]
simulação
ALLAN, 1984)
Resultados
Resultados
Índice (BILLINTON; Erro [%]
simulação
ALLAN, 1984)
Resultados
Resultados
Índice (BILLINTON; Erro [%]
simulação
ALLAN, 1984)
Resultados
Resultados
Índice (BILLINTON; Erro [%]
simulação
ALLAN, 1984)
Resultados
Resultados
Índice (BILLINTON; Erro [%]
simulação
ALLAN, 1984)
resultados obtidos pelo método analítico. Por fim, verifica-se a viabilidade da aplicação
do método ao empregá-lo na análise de confiabilidade de uma rede real de uma
distribuidora brasileira.
44
𝑈 = 1 − 𝑒 −𝜆𝑇 (28)
1 (29)
𝑇𝑠𝑢𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 = − × ln 𝑈1
𝜆
1 (30)
𝑇𝑓𝑎𝑙ℎ𝑎 = − × ln 𝑈2
𝜇
𝑁𝑖𝑛𝑡_𝑐𝑜𝑛𝑠 (𝑦𝑘 )
𝑆𝐴𝐼𝐹𝐼(𝑦𝑘 ) =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠
𝐷𝑖𝑛𝑡_𝑐𝑜𝑛𝑠 (𝑦𝑘 )
𝑆𝐴𝐼𝐷𝐼(𝑦𝑘 ) =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠
𝑁𝑦
1
𝐸̃ [𝑆𝐴𝐼𝐹𝐼] = ∑ 𝑆𝐴𝐼𝐹𝐼(𝑦𝑘 )
𝑁𝑦
𝑖=1
𝑁𝑦
1
𝐸̃ [𝑆𝐴𝐼𝐷𝐼] = ∑ 𝑆𝐴𝐼𝐷𝐼(𝑦𝑘 )
𝑁𝑦
𝑖=1
𝑁𝑦
1
𝐸̃ [𝐸𝑁𝑆] = ∑ 𝐸𝑁𝑆(𝑦𝑘 )
𝑁𝑦
𝑖=1
𝑉𝑎𝑟(𝑆𝐴𝐼𝐹𝐼)
𝑉𝑎𝑟(𝐸̃ [𝑆𝐴𝐼𝐹𝐼]) =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠
𝑉𝑎𝑟(𝑆𝐴𝐼𝐷𝐼)
𝑉𝑎𝑟(𝐸̃ [𝑆𝐴𝐼𝐷𝐼]) =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠
𝑉𝑎𝑟(𝐸𝑁𝑆)
𝑉𝑎𝑟(𝐸̃ [𝐸𝑁𝑆]) =
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠
√𝑉𝑎𝑟[𝐸[𝑆𝐴𝐼𝐹𝐼]]/𝑁𝑠
𝛽[𝑆𝐴𝐼𝐹𝐼] =
𝐸̃ [𝑆𝐴𝐼𝐹𝐼]
47
√𝑉𝑎𝑟[𝐸[𝑆𝐴𝐼𝐷𝐼]]/𝑁𝑠
𝛽[𝑆𝐴𝐼𝐷𝐼] =
𝐸̃ [𝑆𝐴𝐼𝐷𝐼]
√𝑉𝑎𝑟[𝐸[𝐸𝑁𝑆]]/𝑁𝑠
𝛽[𝐸𝑁𝑆] =
𝐸̃ [𝐸𝑁𝑆]
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS