O Corpo Na Mulher Vitima de Violencia Doméstica
O Corpo Na Mulher Vitima de Violencia Doméstica
O Corpo Na Mulher Vitima de Violencia Doméstica
Recibido: 28-02-2019
Aceptado: 08-05-2019
Resumo
A violência doméstica contra as mulheres é uma realidade demasiado presente na sociedade
contemporânea, sabendo-se muito pouco sobre todo o processo e, sobretudo, sobre as vítimas. É
uma problemática de particular complexidade, por contar com múltiplos intervenientes, mas
também pelas diferentes perspetivas teóricas que se podem adotar na sua compreensão. Neste artigo,
fazemos uma revisão sobre a fenomenologia do corpo da mulher vítima de violência, considerando
o corpo físico e psíquico, discutindo os processos de embodiment da violência e do trauma.
Tentamos compreender como o corpo se coloca numa situação de agressão, e de que forma isso
compromete o comportamento e a saúde da vítima, ou como podemos fazer do corpo uma
ferramenta de empoderamento da mulher agredida.
Palavras-chave: Violência doméstica, corpo, embodiment, body-ownership, mulher,
fenomenologia, empoderamento.
Abstract
Domestic violence against women is a major reality in our present society, although our scares
knowledge about all the process and, mostly, about the victims. It is quite a complex issue, because
of its many characters, but also because there are a range of different theoretical perspectives for its
comprehension. In this paper, we reviewed knowledge about phenomenology of the body,
particularly the body of female victims of violence, taking in account the physical and psychic body,
discussing the embodiment of violence and trauma. We try to understand how the body behaves in
an aggressive situation, and how it compromises the battered woman behavior and health, or even
how we can make from the body an empowerment resource.
Keywords: Domestic violence, body, embodiment, body-ownership, woman, phenomenology,
empowerment.
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1. Introdução
2. O corpo fenomenológico
Contrariamente à teoria cartesiana que fazia crer uma divisão concreta entre o corpo e a
mente, o filósofo Espinosa sugeriu uma perspetiva unificadora, segundo a qual todos os
acontecimentos corporais são também mentais e todos os acontecimentos mentais são também
corporais, quer na saúde, quer na doença (Damásio, 2009). Os campos da psicossomática e das
terapias de integração mente-corpo não deixam espaço para dúvidas sobre a interdependência entre
os acontecimentos corporais e mentais, colocando de parte a ideia de uma hierarquia entre eles, ou
superioridade de uns em detrimento de outros. O conhecimento atual permite-nos acrescentar ainda,
que o corpo é mais do que um mero mediador da identidade e da existência, sendo ele próprio
criador de movimento e ação, e de expressão do mundo interno na realidade externa. O corpo recebe
e processa o exterior, o interior e os afetos, nos seus esquemas internos que estão em constante
construção desde o nascimento até à morte. Essa constante construção é possível porque temos a
capacidade de aprender: a neuroplasticidade permite que aprendamos continuamente novos saberes
e fazeres, enquanto o corpo assimila novas formas de se mover, de se sentir, e de se fazer expressar
nas diferentes fases da vida de cada um de nós. No entanto, o tempo (cronológico) é apenas um dos
fatores que influencia a construção do nosso corpo, que tem por base a sua funcionalidade e o seu
significado. Poderíamos abordar muitos outros fatores (e.g. doenças mentais e físicas, contexto
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3. Embodiment
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2014). O psicanalista Daniel Stern, nos seus trabalhos sobre padrões relacionais implícitos, defende
que aprendemos o “como estar com alguém” em função de esquemas internos e externos de relação,
integrados especialmente em idades precoces através da vivência de experiências partilhadas com
outros (Biscaia, 2011).
Nós aprendemos a estar numa relação através das relações em que vamos estando, com
prazer ou desprazer, significado ou indiferença, flexibilidade ou rigidez, construindo desde muito
cedo no corpo e no inconsciente a nossa forma de relação. Fuchs defende ainda que estes aspetos
impregnados na nossa memória corporal influenciam ativamente “as relações circulares entre as
possibilidades de ação afetivas, a ressonância corporal e as respostas emocionais dadas a uma
determinada situação” (Fuchs e Koch, 2014: 16).
O mesmo autor exemplifica a importância dessas relações circulares e do embodimentna
idade adulta, com casos em que se verifica uma patologia das emoções e do comportamento, como
na melancolia -o corpo perde a sua leveza, fluidez e até mobilidade, passando a ser um corpo
pesado, pouco flexível e que resiste à vontade da pessoa -, ou nos estados depressivos - a própria
vontade, fome, líbido e ambição se vêm reduzidas… como que castrando ações onde o corpo
poderia obter satisfação e prazer. Em resultado desta perda de ações, nota-se uma diminuição da
imaginação daquilo que pode ser possível, como se a pessoa deixasse de conseguir sonhar, de
conseguir delinear planos ou objetivos, presa ao pouco que o corpo consegue fazer no presente
(Fuchs, 2005).
De facto, o corpo real e o corpo imaginário são imagem um do outro, sendo que a relação
com o corpo imaginário parece determinar a relação com o corpo real fazendo-se, para isso, valer da
atividade onírica quer noturna, quer diurna (Sami-Ali, 1984).O corpo é assim necessário até para o
sonho, para imaginar o Eu futuro e para sentir o tempo e o espaço, pois como escreve Merleau-
Ponty, o corpo é mais do que um fragmento do espaço, não havendo a noção de espaço para o
indivíduo se este não tiver um corpo (Merleau-Ponty, 1962).
Todo este conhecimento de autores de referência da psicanálise, da psicossomática e da
filosofia conjuga-se com os recentes avanços das neurociências para os quais o autor António
Damásio e os seus colaboradores têm contribuído de forma robusta. As investigações sobre a
consciência e a regulação das sensações corporais internas e das emoções (corpo real e corpo
imaginário), tornou evidente que estas têm de facto influência no comportamento do indivíduo e na
tomada de decisões.
Ao desenvolver a sua Hipótese dos Marcadores Somáticos, Damásio verificou que as
consequências, positivas ou negativas, de cada uma das nossas ações vão sendo associadas a estados
viscerais e sensações internas, correspondentes a determinadas emoções (desencadeadas a nível
neuroquímico, endócrino, elétrico e motor), e que influenciam as decisões futuras sempre que surgir
a hipótese de voltar a desempenhar essa mesma ação, positiva ou negativa, incentivando-a ou
funcionando como sinal de alarme, respetivamente (Damásio, 1996).
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Sendo a linguagem uma produção humana, também ela carrega em si e expressa o corpo de
quem escreve e da sociedade em que é produzida, pelo que se torna curioso reparar que os poetas
escrevem sobretudo sobre mulheres, enquanto os filósofos escrevem sobretudo sobre homens,
notando-se nas palavras e nos atos de todos que o corpo feminino é singular mas vulnerável, talvez
não na sua força e vitalidade mas no seu significado pessoal e social.
Homem e mulher têm surgido ao longo da história e da filosofia como dois polos de um
mesmo ser, carregando demasiadas vezes o “destino” de que um polo deve ser melhor do que o
outro, dominar, enfrentar e ultrapassar o outro (Ferreira, 2014). Verificamos esta polarização entre
seres singulares, distantes no espaço e no tempo, mas também num contexto que deveria ser o da
cooperação: o contexto relacional, principalmente o das relações amorosas. Paralelamente, essa
necessidade de dominar, enfrentar e ultrapassar o outro (de se assumir como o polo mais forte)
constitui uma das bases da violência: a violência contra o próprio, contra o outro, contra os outros,
contra o objeto ou contra o sistema, a violência do Eu contra o não-Eu… A violência concretiza
uma expressão de medos e inseguranças, que pretendem, de forma imediata ou prolongada, diminuir
o adversário, fragilizá-lo, fazer com que deixe de existir.
O Homem, em comparação com outros animais, objetos ou sistemas, pode considerar-se um
dos adversários mais completos e complexos, pelas diferentes dimensões que o compõem – física,
emocional, cognitiva, social – que tornam emergentes diferentes tipos de violência como ataque a
cada uma dessas dimensões, isoladamente ou como um todo. Devemos relembrar, no entanto, que
sendo o corpo e a mente uma só unidade que fazem do Homem um ser holístico, qualquer um dos
tipos de violência atinge indiretamente todas as dimensões que o constituem, incluindo o corpo
físico, o corpo psíquico e o corpo social do indivíduo.
Tentando compreender o fenómeno específico da violência doméstica em casais
heterossexuais, o autor Selgas começa por propor a sua perspetiva de um corpo de género, como
alternativa integradoradas três principais visões do embodiment do género: a biomédica, baseada em
diferenças nos órgãos sexuais; a sociocultural, que defende um corpo regulado por impressões
culturais; e a vivencial, em que o embodiment de género se constrói ao longo da experiência do
corpo (Selgas, 2014).
Esta investigação sobre o processo de construção de um corpo identificado a um determinado
género é de considerável pertinência para o estudo da violência, particularmente da violência
doméstica, para que possamos abrir a discussão sobre o que estará mais relacionado com as atitudes
de vitimização e de agressividade. Serão as diferenças de género, ou diferenças de identidade e
caráter que pesam na adoção de uma postura de agressor ou de vítima? Ou serão diferenças na
incorporação desse género, físico, sexual, emocional e cultural? Selgas admite que, quer o corpo de
género, quer o comportamento ativo/passivo perante a vida podem, isoladamente ou em ação
conjunta, ajudar a compreender a maior ou menor predisposição para a agressividade ou vitimização
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de um indivíduo. Mas seria diminuto ficar apenas por essa formulação, pelo que o autor descreve
diferentes formas de passividade no corpo feminino e no masculino, e diferentes formas de
violência no homem e na mulher, sugerindo, em linha com o pensamento fenomenológico do
filósofo Michel Henry, que a violência entre o casal possa ter início numa quebra da identidade
(identity breakdown) de um dos membros (Selgas, 2014; Mogollón, 2017). O que é curioso verificar
aqui, é que enquanto essa fragilização da identidade provoca na mulher uma quebra na sua
capacidade de agir, no homem parece desencadear uma necessidade de afirmar a masculinidade.
Homens e mulheres adotam por isso posturas comportamentais e corporais distintas perante a
sua identidade agredida, que não são necessariamente mais ou menos conscientes, apenas parecem
fazer parte da memória corporal de cada um: os homens agressores projetam o seu corpo para cima
e para a frente, para ultrapassar e confrontar, enquanto as mulheres baixam o seu corpo, encolhem-
no, como numa tentativa de ocupar menos espaço, ser menos visível (Selgas, 2014).
Nenhuma destas posturas é pensada, acontece quando é o corpo que lidera, que reage, e
depende da forma como cada pessoa adota ou rejeita o corpo de género, descrito por Selgas (2014),
não sendo por isso uma “receita” que esclarece todos os casos.O comportamento da mulher não
deve, no entanto, ser tido completamente como um sinal de passividade ou submissão, mas sim
como uma atitude de autoproteção. Para muitas mulheres, agir contra um parceiro violento
representa um perigo, quer para si quer para filhos, pais, amigos, ou seja, para qualquer pessoa,
animal ou coisa que constitua as suas bases de estabilidade psicológica ou social.
Neste contexto da violência e do trauma decorrente da violência, podemos então falar numa
fragilidade do corpo (físico e psíquico) paralela a uma fragilidade da identidade, como diversos
autores têm vindo a identificar (Ataria, 2018; Chiu, Chang e Hui, 2017; Moradie Huang, 2008).
A violência doméstica, nas suas variadas formas, ataca não apenas o corpo físico, mas
também o milieu onde este vive, ou seja, as pessoas, crenças e projetos em que a mulher vive,
agredindo não apenas a sua capacidade de fazer, mas também de ser. A violência acaba por atingir o
corpo e o significado desse mesmo corpo.
Esse ataque ao corpo, especialmente nas formas de violência física e sexual,
independentemente de desencadear um processo traumático clínico ou não, parece fazer com que o
corpo perca a sua capacidade de linguagem, de expressão e, em último caso, de contra-ataque. Em
concordância com o que diz Selgas (2014), a mulher vitimizada pode tender a adotar uma postura de
defesa, em que se submete e rebaixa, mas podemos também verificar dois outros mecanismos em
vítimas de violência continuada: por um lado uma quase cooperação com o comportamento do
agressor e afastamento de quem se interpõe e, por outro lado, a criação de uma imagem ilusória de
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beleza intocada, como se ao colocar sobre si uma “segunda pele” de roupa e cuidados de beleza
irrepreensíveis, tornasse a sua pele interior, verdadeira e fragilizada, invisível aos outros e, por isso,
menos presente.
Estas ações de autoproteção, do corpo e da identidade, acrescem o seu valor se tivermos em
conta as ideias de autores como Merleau-Ponty (1962) e Mensch (2008), que referem que o
embodiment1, se reconhece essencialmente pela capacidade de dizer “eu posso” ou “eu consigo”.
Claramente os autores apropriam-se destas expressões no contexto das ações corporais, como “eu
consigo conduzir” ou “eu posso levantar-me e ir embora”, mas podemos considerar que,
particularmente nas mulheres vítimas de violência doméstica, há como que uma quebra da sua
unidade psicocorporal, como se os verbos “conseguir” e “poder” tivessem sido retirados (pela ação
dos agressores), incapacitando a mulher de agir sobre si, sobre o mundo e sobre o outro, e de fazer
cumprir as suas vontades. Ficam sobretudo sem autonomia. Como se um corpo que não é sentido
(adormecido, anestesiado, mascarado) fosse incapaz de sentir o mundo e de agir sobre ele.
São cada vez mais evidentes os sinais de alterações no corpo de vítimas de violência
doméstica, que podem passar por um “adormecimento” sensorial (menor sensibilidade
interoceptiva) e afetivo, consequências próprias da depressão (apatia, desinteresse, inércia, tristeza,
perda de líbido) e do stress pós-traumático (bloqueio, confusão, insónias, pesadelos, hipervigilância)
(Tsur et al., 2018; Bennice, Resick, Mechanic e Astin, 2003; Van der Kolk, 2014). Dados
epidemiológicos indicam uma prevalência considerável de sintomas de depressão, ansiedade, stress
pós-traumático, alterações do comportamento alimentar, abuso de substâncias e despersonalização
entre mulheres vítimas de violência doméstica, sendo que a intensidade e duração da violência, bem
como a violência sexual parecem ser agravantes na cronicidade desses sintomas (Gorde, Helfrich e
Finlayson, 2004; Bennice, Resick, Mechanic e Astin, 2003). Embora a depressão por um lado, e a
ansiedade e o stress pós-traumático por outro, possam parecer condições opostas, todas se
evidenciam numa incapacitação da vítima para sentir e controlar o seu corpo e as suas emoções.
Em casos extremos comoaqueles de violência sexual, o próprio self corporal e o autoconceito
se tornam mais flexíveis, menos coesos e menos seus (Mensch, 2008; Selgas, 2014; Chiu, Chang e
Hui, 2017). Como se quanto mais magoado estiver o corpo (entenda-se o corpo físico e psíquico, a
identidade psicocorporal), mais difícil seja a superação da violência e da ambiguidade da relação
amorosa, e a tomada de decisão por um rumo diferente. Faltando o corpo, falta a casa, falta o abrigo
para uma identidade que se quer forte e segura em qualquer processo de recuperação e de luta por
um amor melhor.
1
Mensch (2008) faz também uma revisão do trabalho de Merleau-Ponty utilizando apenas o termo
embodiment. No entanto, em 1962 sabemos que Merleau-Ponty se referia essencialmente à corporeidade.
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Os autores Davidson e Gervais (2015) assinalam uma tendência das mulheres vítimas de
violência sexual para se auto-objetificarem, ou seja, para adotarem para si a perspetiva de uma
terceira pessoa que considera que apenas a sua aparência física e competência sexual definem a sua
identidade, não valorizando as suas capacidades intelectuais, o bem-estar e os seus pensamentos
como fazendo parte da sua personalidade.
Em concordância, Reis (2011) afirma que as significações de relações e do papel do outro na
nossa vida, se constroem conforme as contingências vividas pelo corpo no mundo, pelo que ter um
corpo que é objeto e não sujeito, pode colocar a mulher numa posição mais vulnerável à violência e
a comportamentos de risco.
Perante tudo isto, podemos afirmar que a volição, a vontade de agir de forma diferente (ou de
agir, de todo) é bem mais complexa do que apenas dar ordens ao corpo para se mover, para se
proteger ou para fugir. Mas ser mais do que isso não significa que esse não seja um ponto crucial. O
que constatamos é exatamente o contrário; é possível que uma melhor consciência corporal (no
sentido de perceber os sinais corporais e de os utilizar assertivamente na regulação emocional e
comportamental), possa ajudar a vítima a ganhar consciência do lugar que ocupa na relação abusiva,
e a mobilizar os recursos necessários (e.g., força interior) para edificação da resiliência e do poder.
Afirma-se, também, que reconhecer o seu corpo como sujeito, como um corpo com
identidade, coesão e integridade, pode ser um passo para se reconhecer a si própria como alguém
distinto do agressor, como alguém que pode viver fora ou para além da relação amorosa e que, ao
contrário do que muitas mulheres vítimas de violência doméstica creem, a sua competência para a
vida, para a funcionalidade e para a autorrealização, não pode ser agredida por ninguém sob
pretexto de sentimento algum.
6. Conclusão
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Com estas preocupações em mente, os profissionais de saúde, de ação social e judicial falam
frequentemente do ciclo da violência, como se todos os intervenientes se fechassem em si mesmos e
apenas permitissem (apenas vissem, ouvissem, sentissem) a ação dos que entram no ciclo e o
perpetuam… Mas e se houver agentes de mudança „adormecidos‟ nesse ciclo, como a resiliência ou
o corpo? E se o corpo da mulher vítima de violência pudesse ser como um cavalo de Tróia, onde
podemos „esconder‟ (integrar) recursos saudáveis de adaptação e reação à violência para serem
utilizados perante um ataque onde a submissão parece ser a resposta esperada pelo agressor? As
terapias de integração mente-corpo, como o ioga, as arteterapias, a meditação e a psicomotricidade
podem abrir uma nova janela de oportunidades de intervenção neste grupo de pessoas, com
profissionais capacitados para promover o bem-estar no corpo, a autoestima, a consciência corporal,
fazendo a sua relação com as emoções, os pensamentos, os sentimentos e a capacidade de fazer
diferente, no seu tempo, e no seu espaço.
Com este trabalho de revisão pensamos poder abrir a discussão à importância de fazer do
corpo um sujeito (em oposição a “objeto”), diretamente implicado no empoderamento e na
resiliência da mulher e, especialmente, da mulher vítima de violência doméstica.
BIBLIOGRAFIA
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