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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


CURSO: ENGENHARIA CIVIL

PROJECTO DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS PARA CONTER AS


INUNDAÇÕES NO BAIRRO DA CHOTA, CIDADE DA BEIRA

ERNESTO LOURENÇO PEDRO

BRIRA

2022
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
CURSO: ENGENHARIA CIVIL

PROJECTO DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS PARA CONTER AS


INUNDAÇÕES NO BAIRRO DA CHOTA, CIDADE DA BEIRA

ERNESTO LOURENÇO PEDRO

Projeto de pesquisa apresentado à


Faculdade de Ciências e Tecnologia
como requisito parcial à obtenção do
grau de licenciatura em Engenharia
Civil

BRIRA

2022
Índice

1. Introdução..................................................................................................................4

2. Justificativa................................................................................................................4

2.1. Delimitação.........................................................................................................5

2.2. Viabilidade..........................................................................................................5

3. Problematização.........................................................................................................5

3.1. Problema de pesquisa..........................................................................................5

3.2. Hipóteses.............................................................................................................6

4. Objectivos..................................................................................................................7

4.1. Objectivo geral....................................................................................................7

4.2. Objectivos específicos........................................................................................7

5. Revisão bibliográfica.................................................................................................7

6. Metodologia.............................................................................................................14

6.1. Estrutura do trabalho.........................................................................................14

6.2. Cronograma das actividades.............................................................................15

7. Referências bibliográficas........................................................................................16
1. Introdução

Drenagem, é um termo usado para designar às instalações destinadas a escoar o excesso


de água quer seja em cidades, em zonas rurais ou em pavimentos por meio de canais
topograficamente bem definidos ou não.

A falta de um sistema de drenagem urbano de águas pluviais ou a ineficiência de um já


existente, ocasiona sérios problemas para a sociedade, para o ambiente e para a
economia, através de alagamentos, prejuízos de bens materiais, destruição de
pavimentos, erosões, deslizamentos e doenças por veiculação hídrica.

O método tradicional de drenagem de águas pluviais em áreas urbanas, seguindo a


política de saneamento do início do século XX, consiste em captar e afastar a água da
maneira mais rápida possível da fonte geradora de escoamento com sistemas de
drenagem eficientes, que visam minimizar a proliferação de doenças (TUCCI, et al
2012)

O tema da presente pesquisa é proposto decorrente de um problema real e identificado


pelo pesquisador, que tem afetado direta ou indiretamente a qualidade de vida de muitos
cidadãos que habitam no bairro da Chota, Cidade da Beira. As precipitações
pluviométricas intensas acarretam enchentes neste ponto, o que dificulta a vida dos
moradores visto que a sua livre circulação encontra-se prejudicada devido a acumulação
de água.

Posto isto, propõe-se o problema, na expectativa de se desenvolver uma pesquisa


exaustiva na busca de soluções a partir de bibliografias que contenham os principais
conceitos e os elementos necessários para a elaboração de um projeto básico de
drenagem de águas pluviais.

2. Justificativa

São claros os danos causados pelo mau funcionamento ou pela não existência de um
sistema de drenagem pluvial, uma vez que estes afectam negativamente o meio
ambiente. Com o efeito do processo de urbanização de uma determinada bacia o
escoamento superficial sofre mudanças, causando assim maiores vazamentos.
As inundações geram muitos prejuízos a população: prejuízos económicos, casas
interditadas, perda de móveis, alimentos, objectos, proliferação de doenças, etc; elas
podem esconder buracos e depressões, que elevam os riscos de acidentes a população,
além de a corrente de água gerar riscos de vidas por afogamento.

Com o grande índice de precipitações e crescimento urbano, o bairro da Chota começa a


sofrer com diversos problemas de drenagem de agua pluvial e necessita urgentemente
de um planeamento urbanístico para o escoamento das águas pluviais. Infelizmente,
ainda não há evidencias de criação de um Plano de Drenagem Urbana alternativo por
parte do município.

A justificativa ao desenvolvimento desse projecto está ligada a importância de se ter um


sistema de drenagem eficiente, com capacidade de escoamento de chuvas excepcionais.

2.1. Delimitação

O estudo tratará de analisar as possíveis soluções de drenagem de águas pluviais com o


intuito de evitar as cheias urbanas no bairro da Chota e consequentemente ajudar a
melhorar a vida dos moradores desta zona em tempos de chuvas intensas.

2.2. Viabilidade

Este estudo justifica-se viável dada a existência de materiais e equipamentos necessários


para o estudo em questão. A não existência de métodos ou procedimentos inéditos para
o estudo permite-se que a pesquisa seja sustentada recorrendo aos laboratórios da
instituição de ensino onde o projeto será apresentado ou a laboratórios que tenham
parceria com a instituição, de modo a serem realizadas pequenas análises ou ensaios.

3. Problematização
3.1. Problema de pesquisa

Com o crescimento das cidades e a densificação da população, o desenvolvimento


proporcional das infraestruturas urbanas, torna-se extremamente necessário.
A urbanização e desenvolvimento das cidades, elevaram a qualidade de vida da
sociedade em muitos aspectos, porém, trouxe também alguns problemas, principalmente
em relação ao Meio Ambiente, mais especificamente, interferências no Sistema de
Recursos Hídricos.

Com o aumento das superfícies urbanizadas (o que acarreta grande elevação no índice
de impermeabilização do solo; ausência ou ineficiência das tubulações implantadas; a
desordenada ocupação de áreas sujeitas à inundação e de fundos de vale, onde em
muitos casos os cursos da água foram desconsiderados), são gerados vários problemas
de drenagem.

Surge com isso a seguinte preocupação: qual é a solução segura e eficiente para a
resolução do problema de drenagem de águas pluviais no bairro da Chota, Cidade
da Beira?

Sendo assim, este projecto vem propor uma solução ao problema de drenagem de águas
pluviais através de um sistema que teria o papel de colectar e conduzir a água pluvial,
evitar alagamentos, oferecer segurança aos pedestres e motoristas e evitar ou reduzir
danos.

3.2. Hipóteses

Decorrente do problema de pesquisa as seguintes hipóteses nortearão o


desenvolvimento da investigação aqui proposta:

Se época chuvosa com elevado índice pluviométrico tem ocorrido com muita
frequência, então maior probabilidade de nesses o bairro ficar alagado devido a grandes
vazões que são a consequência da deficiente infiltração da água no subsolo.
4. Objectivos
4.1. Objectivo geral

Analisar o sistema de drenagem urbana das águas pluviais do bairro de Chota e propor
uma solução adequada ao problema existente.

4.2. Objectivos específicos

 Fazer a revisão bibliográfica das obras de drenagem de águas pluviais;

 Identificar as características hidrológicas e os dados sobre inundações;

 Indicar as deficiências para uma eficiente drenagem da água das chuvas;

 Dimensionar um sistema de drenagem, de modo a combater as enchentes.

5. Revisão bibliográfica

Inundações

De uma forma geral, as inundações são fenômenos naturais que ocorrem periodicamente
nos cursos de água devido a chuvas de magnitude elevada. As enchentes em áreas
urbanas podem ser decorrentes destas chuvas intensas de largo período de retorno; ou
devido ao transbordamento de cursos de água provocados por mudanças no equilíbrio
do ciclo hidrológico em regiões a montante das áreas urbanas.

No período em que ocorrem precipitações sobre a bacia hidrográfica, a vazão aumenta


de instante a instante até atingir um ponto máximo, decrescendo em seguida, de modo
mais lento. Este acréscimo na descarga por certo período de tempo denomina-se cheia
ou enchente.

A acção do homem, pode intensificar as inundações devido às alterações no solo da


bacia hidrográfica, como o desmatamento, o desnudamento, a urbanização e a
consequente impermeabilização do solo, tornando-se fenômeno inconveniente quando a
planície inundada é ocupada por atividades humanas incompatíveis com a invasão das
águas.
O estudo da ocorrência de chuvas intensas é útil na busca de soluções apropriadas aos
problemas de enchentes, entretanto, é por intermédio do estudo dos processos
hidrológicos que se definem as ações concretas.

Tucci e Bertoni (2003) consideram dois tipos de inundações: inundações de áreas


ribeirinhas e as inundações devido à urbanização, ambas podem ocorrer isoladamente
ou de forma integrada em áreas urbanas.

As inundações ribeirinhas ocorrem quando as margens de um rio, arroio ou córrego se


tornam alagadas. É normalmente causada pela ocorrência de uma chuva forte ou
prolongada, que produz um evento de cheia, cuja vazão supera a capacidade de
escoamento da calha do rio, arroio ou córrego, sendo mais comuns em grandes bacias
hidrográficas e, em geral, é um processo natural.

Já as inundações devido à urbanização são processos diretamente relacionados com as


atividades antrópicas realizadas nas áreas urbanas. Esse tipo de inundação acontece à
medida que a população impermeabiliza o solo, o que diminui sua infiltração e,
portanto, acelera o escoamento, aumentando a vazão nos condutos e dificultando assim,
a drenagem do local (Tucci e Bertoni, 2003).

Medidas de controlo das inundações

Para o controlo das inundações, Canholi (2005) falou de duas medidas: as medidas não
estruturais e as estruturais.

Medidas não estruturais

São medidas de carácter preventivo e corretivo, executadas através da implementação


de diretrizes de cariz legislativo ou institucional.

As medidas não estruturais incluem normas e regulamentos que disciplinam a ocupação


e o uso do solo, bem como estratégias de consciencialização da população, por meio da
educação ambiental (ações educativas), para observação e cumprimento de tais normas
e regulamentos. Estas são extremamente importantes na temática da mitigação dos
riscos de cheia na medida em que são um elemento fulcral para a limitação e controlo
do uso do solo nas áreas potencialmente afetadas, bem como a redução dos danos
(Araújo, 2013 apud Lourenço, 2014).

As medidas não estruturais, geralmente, possuem menores custos quando comparadas


com as medidas estruturais. Em termos de utilização, as medidas não estruturais podem ser
divididas em:

 Acções de regulamentação do uso e ocupação do solo;


 Educação ambiental dirigida ao controle da poluição difusa, erosão e lixo;
 Sistemas de alerta e previsão de enchentes;
 Planeamento do uso do solo;
 Planos de emergência;
 Ações de informação e sensibilização públicas, entre outros;
 Zoneamento de áreas inundáveis;
 Sistemas de seguros;
 Proteção económica para as perdas resultantes de inundações; entre outros.

Medidas estruturais

Medidas estruturais, como o próprio nome indica, implicam a projeção e construção de


estruturas para conter, reter ou melhorar a condução do escoamento, com vista à
redução do risco de cheia. Por outras palavras, são aquelas que envolvem soluções
físicas de engenharia, nomeadamente obras de engenharia hidráulica, implantadas para
atenuar os impactos causados pelas cheias

Geralmente apresentam custos elevados, não significando isto que devam ser evitadas.
Em termos rigorosos, o controlo do risco de inundação deve conjugar medidas
estruturais e não estruturais.

As medidas estruturais “compreendem as obras de engenharia que se caracterizam por


serem intensivas e extensivas. Fazem parte das intensivas obras como as de aceleração
do escoamento, de retardamento do fluxo, de desvio do escoamento (...), e das
extensivas, como dispositivos disseminados na bacia, recomposição da cobertura
vegetal e medidas de controle da erosão do solo” (CANHOLI, 2014).
Drenagem urbana de águas pluviais

Para Philippi Jr. (2005) citado por Bezzerra et al (2016), drenagem de águas pluviais
urbanas é o conjunto de atividades de infraestrutura e instalações operacionais de
transporte, de detenção ou de retenção das águas da chuva para o amortecimento de
vazões de cheias.

Toda água proveniente de precipitações e escoada é entendida como um escoamento,


que pode ser enquadrado como natural – quando não se tem alterações antropológicas e
seguem fluxos por vias já existentes como canais de rios e vegetações – ou ainda
artificial, como exemplo, as canalizações edificadas e sistematizadas.

O escoamento pluvial pode ser diferenciado em superficial, subsuperficial ou


subterrâneo. É entendido como escoamento superficial aquele que acontece na
superfície terrestre - no solo das bacias e em seus canais; o subsuperficial acontece logo
abaixo da superfície na altura das raízes; já o subterrâneo é compreendido como o fluxo
que ocorre nos aquíferos, onde o solo se encontra saturado (Villela e Mattos 1975).

Por muito tempo a drenagem urbana foi realizada de maneira a esgotar rapidamente as
águas de montante para jusante numa concepção higienista com origem na Europa
(SILVEIRA, 1998).

A ausência de sistemas de drenagem eficientes afeta à saúde pública por trazer à tona
doenças de veiculação hídrica bem como perdas econômicas decorrentes das
inundações. A importância de tais sistemas talvez não seja clara, contudo são peças
fundamentais no planejamento urbano e são responsáveis pela sustentabilidade do
ambiente urbano frente às adversidades da natureza. Tanto a ausência como a
ineficiência dos sistemas de drenagem urbana geram o aumento excessivo do volume de
escoamento superficial, podendo ainda ser agravado pela expansão urbana. Este
aumento do volume de escoamento superficial promove as enchentes que por
consequência trazem consigo enormes prejuízos (Costa e Filho, 2012).

Pode afirmar-se que a drenagem pluvial urbana não é só uma necessidade, mas uma
prioridade por estar diretamente ligada à qualidade de vida e à segurança de pessoas e
bens (Marque et al., 2013 apud Lourenço 2014).
Efeitos da urbanização na drenagem

Segundo Tucci (1995) o deslocamento da população da área rural para a área urbana nas
regiões desenvolvidas de uma forma geral está relacionado com a oportunidade de
trabalho e melhoria na qualidade da educação, saúde e cultura, são esses os responsáveis
pelo êxodo rural. Os efeitos do processo de crescente populacional são: maior densidade
de residências, indústrias e comércios, resultando uma crescente impermeabilização das
áreas ocupadas. A ausência do planeamento urbano na grande maioria das cidades traz
inúmeros problemas para a população que nelas residem, em decorrência dos impactos
da urbanização sobre o meio ambiente.

O comportamento do escoamento superficial direto sofre alterações substanciais em


decorrência do processo de urbanização de uma bacia, principalmente como
consequência da impermeabilização da superfície, o que produz maiores picos e vazões
(Neto, s.d.).

De acordo com o mesmo autor, o desenvolvimento urbano desordenado, causa


assoreamento em canais e galerias diminuindo assim a capacidade dos canais de
drenagem de conduzir o excesso da água.

Nem sempre que as inundações urbanas são consequência directa da urbanização. Mas
para Tucci (1995), com a impermeabilização do solo causada pelo desenvolvimento
urbano, a parcela da água que infiltrava passa a aumentar o escoamento superficial.

A urbanização provoca a impermeabilização do solo, reduzindo a infiltração, o


escoamento subterrâneo e o tempo de concentração da bacia. Com isso, em poucos
minutos após uma chuva, aparecem os primeiros sinais de alagamento (SARABIA,
2013).

Os problemas que dizem respeito ao controle de inundações são decorrentes da elevação


dos picos das cheias, ocasionada tanto pela intensificação do volume do escoamento
superficial direto (causado pelo aumento da densidade das construções, e consequente
impermeabilização da superfície), como pela diminuição dos tempos de concentração e
de recessão. Esta diminuição é também oriunda do acréscimo na velocidade de
escoamento devido à alteração do sistema de drenagem existente, exigida por este
aumento da densidade de construções (Neto, s.d).
A urbanização elimina os pontos de detenção natural existentes, diminuindo a
rugosidade da bacia. Os pequenos canais existentes na configuração natural são
substituídos pela tubulação de drenagem. A falta de compatibilidade entre o urbanismo
e a drenagem pluvial faz com que muitas cidades tenham problemas críticos de
inundações internas, agravamento de enchentes e níveis de poluição nos corpos
receptores.

Para Tucci (2001) o termo drenagem urbana é entendido como conjunto de medidas que
tenham por objetivo minimizar os riscos a que as populações estão sujeitas, diminuir os
prejuízos causados por inundações, possibilitando o desenvolvimento urbano de forma
harmônica e sustentável.

O sistema de drenagem com o manejo de águas pluviais trará importantes benefícios,


como melhores condições de tráfego de pessoas e veículos, favorecimento à saúde e ao
meio ambiente, redução de custo de manutenção das vias e etc. (PORTO, 1995).

O sistema de drenagem tem uma particularidade: o escoamento de águas pluviais


sempre ocorrerá independentemente de existir ou não sistema de drenagem adequado. A
qualidade desse sistema é que determinará se os benefícios ou prejuízos à população
serão maiores ou menores.

Sistemas drenagem urbana

O sistema de drenagem urbana é constituído por uma série de medidas que visam a
minimizar os riscos a que estão expostas as populações, diminuindo os prejuízos
causados pelas inundações e possibilitando o desenvolvimento urbano de forma
harmônica, articulada e ambientalmente sustentável.

Os sistemas de drenagem são classificados como de microdrenagem e de


macrodrenagem.

Microdrenagem

A microdrenagem é definida pelo sistema de condutos pluviais ou canais nos


loteamentos ou na rede primária urbana. Este tipo de sistema de drenagem é projetado
para atender a drenagem de precipitações com risco moderado (Tucci et al, 1995).
Para Tucci (2005), a microdrenagem relaciona‐se a áreas onde o escoamento natural não
é bem definido e, portanto, acaba sendo determinado pela ocupação do solo. Em áreas
urbanas é essencialmente definida pelo traçado das ruas.

A rede de drenagem é constituída de condutores pluviais, bocas-de-lobo, poços de visita, meios-


fios, sarjetas, que coletam a água e a transportam para a macrodrenagem.

Ao elaborar um projeto de microdrenagem é necessário realizar um levantamento topográfico,


planta geral da bacia contribuinte, planta plani-altimétrica, locação das redes existentes,
verificar o uso e o tipo de ocupação dos lotes e os dados relativos ao curso receptor (Tucci et al,
1995).

Para Botelho (1998 apud Andrade, 2009), o planejamento das redes de drenagem deve
considerar as seguintes características: percurso de maior declividade, minimizando as
escavações; declividade que proporcione uma velocidade na tubulação, dentro de uma
faixa adequada; passar por ruas nas quais a execução seja menos onerosa.

Macrodrenagem

Compete a ela, o escoamento final das águas do escoamento superficial, além da água captada
pelo sistema da microdrenagem.

A rede física da macrodrenagem é um escoadouro natural, ela sempre existiu, independente da


realização de obras específicas de drenagem e da localização da área urbana. Além disso, esse
sistema capta as águas oriundas de regiões onde não existe a microdrenagem (FRENDRICH et
al. 1997).

A macrodrenagem abrange áreas superiores a 4 km² ou 400 ha, sendo que esses valores
não devem ser tomados como absolutos porque a malha urbana pode possuir as mais
diferentes configurações. Este tipo de sistema deve ser projetado para acomodar
precipitações superiores às da microdrenagem com riscos de acordo com os prejuízos
humanos e materiais potenciais.

Justino (2004) afirma que as obras de macrodrenagem procuram melhorar as condições


de escoamento para minimizar os problemas de erosão, assoreamento e inundações ao
longo dos principais canais. As partes constituintes da macrodrenagem são: canais
naturais ou artificiais; galerias de grande porte; estruturas artificiais; obras de proteção
contra erosão; outros componentes (vias marginais e faixa de servidão).

Além dos mecanismos resignados a captar e transportar as águas pluviais, outros


mecanismos de drenagem destinam-se ao armazenamento das mesmas. O
armazenamento, em certas condições, pode reduzir, sensivelmente, o custo total das
obras de drenagem (Justino, 2004).

6. Metodologia

Para obter os resultados e respostas acerca da problematização apresentada neste


trabalho, será feita a análise dum caso de estudo através da pesquisa explicativa e
análise de dados obtidos por ensaios laboratoriais.

O estudo deste trabalho será fundamentado através de bibliografias de autores que darão
base teórica e auxiliarão na definição e construção dos conceitos discutidos nesta
análise. Deste modo recorrer-se-á concomitantemente a estudos em fontes
secundárias como trabalhos académicos, artigos, livros e afins.

Também, conforme mencionado, depois da revisão bibliográfica serão realizadas visitas


de campo ao objecto de estudo e ensaios laboratoriais de modo a caracterizar em todos
os sentidos o objecto de estudo. Assim sendo, o trabalho transcorrerá a partir do método
conceitual-analítico, visto que utilizará conceitos e ideias de outros autores, semelhantes
com os objectivos do presente trabalho, para a construção de uma análise científica
sobre o objecto de estudo.

As referências sobre a drenagem de águas pluviais, sob algumas características que


serão apresentadas neste trabalho, não apresentam previsões irreversíveis, já que as
possibilidades de análise são várias quando se trata do assunto em questão.

6.1. Estrutura do trabalho


Para facilitar a compressão, este trabalho será apresentado em 2 capítulos, conforme
descrito a seguir.
No primeiro Capítulo, será feita a revisão bibliografica, destacando estudos relevantes
que dão embasamento teórico ao trabalho.
Finalmente, no Capítulo II, será feito o estudo de caso que resultará na solucao para o
problema em questao, determinando as caracteristicas que o sistema de coleta pluvial
deverá assumir, bem como as restrições a serem impostas para garantir o seu bom
estado até o fim da sua vida útil.

6.2. Cronograma das actividades


A previsão de realização das atividades da presente pesquisa está indica no cronograma
abaixo:

Atividades/Mês Abril Maio Junho


Leitura sistemática
X
(Levantamento Bibliográfico)
Coleta dos Dados X  
Sistematização do material
X   
coletado (Tabulação dos Dados)
Analise e Interpretação dos
  X  
Resultados
Redação da Monografia   X   

Submissão da Monografia     X 
7. Referências bibliográficas

[1] CANHOLI, Aluísio Pardo – Drenagem urbana e controle de enchentes. 2ª Edição


Ampliada e Atualizada. São Paulo: Oficina de Textos, 2014.

[2] FILHO, Frederico C. M. M.; COSTA, Alfredo R. - Sistemática de cálculo para o


dimensionamento de galerias de águas pluviais: uma abordagem alternativa.
REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil, Nº 4, Volume 1, UFG, 2012.

[3] IBEAS – Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais. DRENAGEM URBANA DE


ÁGUAS PLUVIAIS: CENÁRIO ATUAL DO SISTEMA DA CIDADE DE
ASSÚ/RN. VII Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental Campina Grande/PB – 21 a
24/11/2016.

[4] LOURENÇO, Rossana Ramos de Abreu. Sistemas Urbanos de Drenagem


Sustentáveis. Coimbra, 2014.

[5] MUNICÍPIO DE TOLEDO. MANUAL DE DRENAGEM URBANA. Volume I,


Versão 1.0, Volume I – Agosto 2017.

[6] NETO, Antônio Cardoso. Sistemas Urbanos de Drenagem. Apostila de drenagem


urbana.

[7] TUCCI, Carlos E. M.- INUNDAÇÕES E DRENAGEM URBANA.

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