Produto-Ajax1 2

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 39

UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O

ENSINO DE TÓPICOS DE
ELETROMAGNETISMO
Ajax Rosas

Produto Educacional
Mestrado em Ensino de Física
Autor:
Ajax Wellington Parente Rosas

Orientador:
Prof. Dr. Eder Nascimento Silva

Capa e Contracapa:
Pedro Fontes

Figura da capa:
Ajax Wellington Parente Rosas

São Luís - MA
2020
© Ajax Wellington Parente Rosas e Eder Nascimento Silva – 2020.
O material apresentado neste documento pode ser reproduzido
livremente desde que citada a fonte. As imagens apresentadas são
de propriedade dos respectivos autores e utilizadas para fins
didáticos. Por favor, contate os autores caso constate que houve
violação de seus direitos autorais. Este documento é veiculado
gratuitamente, sem nenhum tipo de retorno comercial a nenhum
dos autores, e visa apenas a divulgação do conhecimento científico.
APRESENTAÇÃO

Neste trabalho, procuramos mostrar os reflexos e contribuições que a prática


experimental possibilita para os estudantes na construção de uma aprendizagem
significativa. Nesse sentido, a proposta desse projeto possibilita vincular princípios de
funcionamentos de equipamentos do nosso cotidiano aos conteúdos do
Eletromagnetismo.
A proposta dessa Sequência didática é sustentada com a realização de um
levantamento diagnostico, com o objetivo de determinar o nível de conhecimentos
prévios dos alunos em relação ao conteúdo a ser estudado. Num momento seguinte,
propõe-se aos mesmos, realizarem atividades experimentais em sala de aula,
construindo vários experimentos com matérias de baixo custo, como forma de facilitar
a compreensão dos princípios básicos de funcionamento de cada um deles. Para o
fechamento do ciclo, temos a aula expositiva dialogada, para que o aluno a confronte
com o conhecimento adquirido nas etapas anteriores. Essa metodologia visa mostrar
ao aluno que a Física está presente nas atividades do dia a dia.
O manual instrucional está dividido em quatro partes: inicia-se com uma breve
introdução sobre o produto educacional; em seguida, um resumo teórico sobre tópicos
de Eletromagnetismo; na terceira parte, orientações para a construção da sequência
didática, apresentando questionários e roteiros das atividades para aplicação em sala;
e por fim, uma mensagem ao(a) professor(a).
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 6
2 TÓPICOS DE ELETROMAGNETISMO ......................................................... 7
2.1 Apanhado Histórico do Magnetismo .......................................................... 7
2.2 Ações de um campo magnético sobre cargas elétricas ........................... 9
2.3 Força Magnética Sobre uma Corrente ...................................................... 10
2.4 O campo magnético de uma corrente elétrica ......................................... 13
2.5 O campo magnético de uma corrente estacionária ................................. 14
2.6 Campo Magnético em um Solenoide ........................................................ 16
2.7 Fluxo da Indução Eletromagnética ........................................................... 19
3 A SEQUÊNCIA DIDÁTICA ........................................................................... 21
3.1 Primeiro Encontro ...................................................................................... 23
3.2 Segundo Encontro...................................................................................... 25
3.3 Terceiro Encontro ....................................................................................... 26
3.4 Quarto Encontro ......................................................................................... 27
3.5 Quinto Encontro ......................................................................................... 28
3.6 Sexto Encontro ........................................................................................... 29
3.7 Sétimo Encontro ......................................................................................... 31
3.8 Oitavo Encontro .......................................................................................... 33
3.9 Nono Encontro ............................................................................................ 33
3.10 Decimo Encontro ........................................................................................ 35
4 MENSAGEM AO PROFESSOR ................................................................... 36
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 37
6

1 INTRODUÇÃO

O Eletromagnetismo estuda o conjunto de fenômenos relacionados a junção


entre a eletricidade e o magnetismo, e está presente no nosso cotidiano, no avanço
tecnológico, no funcionamento dos mais diversos aparelhos e equipamentos
eletroeletrônicos, nos acontecimentos naturais, entre outros. Apesar dos avanços
educacionais, as muitas aplicações não são muito exploradas no ensino da Física,
onde as aulas, com certa frequência, são conduzidas com uma carga teórica muito
grande, ocasionando um excesso de memorização e a falta de uma aprendizagem
significativa.
Segundo Sales (2012), a vantagem na pesquisa de pequena escala
conduzida pelo professor é que ele conhece a realidade da escola em que leciona,
acompanha o dia a dia dos estudantes, depara-se constantemente com indisciplina,
dificuldade de operacionalização dos objetivos, avaliação continuada, pressão das
turmas lotadas, sobrecarga de trabalho etc. Com o intuito de prover um meio de ensino
ao professor, este material tem o formato de uma Sequência Didática que propõe uma
forma facilitadora do ensino do Eletromagnetismo para que o aluno supere o desanimo
e seja motivado ao querer aprender os conteúdos da Física. Pois, estas dificuldades
são desafios que podem ser superados pelos professores com a inserção em sala de
aula de métodos que proporcione uma aprendizagem significativa. Assim, esse
trabalho apresenta uma proposta de aprendizagem por meio de atividades
experimentais com matérias de baixo custo, como mecanismo facilitador da
aprendizagem para o aprendiz.
As atividades são propostas para serem desenvolvidas em dez encontros com
o objetivo de associar os conteúdos abordados de forma teórica com a prática
experimental para estimular o interesse dos alunos e, assim, contribuir para uma
aprendizagem significativa e crítica no processo ensino aprendizagem.
7

2 TÓPICOS DE ELETROMAGNETISMO

Nesta seção são abordados os conteúdos básicos de Física que estão


relacionados com a sequência didática apresentada neste trabalho. O produto
educacional desenvolvido é direcionado para utilização de uma sequência didática em
turmas do terceiro ano do Ensino Médio, que geralmente, abordam o estudo de
Eletromagnetismo e de Física Moderna, em sua matriz curricular. No período
compreendido da pesquisa, que ocorreu no quarto bimestre do ano de 2018, o
professor trabalhou os conteúdos de Eletromagnetismo. Nesse sentido,
desenvolvemos neste capítulo um breve resumo dos assuntos de Eletromagnetismo
abordados na sequencia didática. Iniciamos fazendo um apanhado histórico que
abrange, desde a descoberta dos primeiros ímãs até os experimentos que indicavam
uma junção da Eletricidade com o Magnetismo. Discutiremos, também, sobre os
campos magnéticos e suas leis e finalizaremos o capítulo explicando o fenômeno da
indução eletromagnética.
O Eletromagnetismo é a denominação que é dada ao conjunto de teorias que
Maxwell1, apoiado em outras descobertas experimentais, desenvolveu e unificou para
explicar a relação mútua existente entre os efeitos elétricos e magnéticos.

2.1 Apanhado Histórico do Magnetismo

Já na Grécia antiga se conheciam as propriedades de um minério de ferro


encontrado na região da Magnésia, a magnetita (Fe 3O4); um pedaço de magnetita é
um ímã permanente, que atrai pequenos fragmentos de ferro (NUSSENZVEIG, 1997).
Entre as utilidades da magnetita, temos o uso das bússolas, que foram usadas pelos
chineses para navegação, em meados do século XII.
Em 1269, o engenheiro francês Pierre de Maricourt descobriu que uma agulha
disposta em várias posições sobre um ímã esférico natural reorienta-se ao longo das

1 James Clerk Maxwell, (1831-1879), foi um matemático e físico teórico escocês. Antes de completar
20 anos, já havia se graduado em Filosofia Natural pela Universidade de Edimburgo. Em 1850, foi para
a Universidade de Cambridge, onde pós graduou-se em Matemática, e começou a se interessar pelas
equações do Eletromagnetismo. Em 1873, publicou o “Tratado sobre Eletricidade e Magnetismo”, que
apresentava pela primeira vez as equações diferenciais parciais que hoje levam seu nome (TORRES,
p. 118, 2016).
8

linhas que passam através de pontos nas extremidades opostas as da esfera. Ele
chamou estes pontos de polos do ímã (TIPLER, 2011). Observaram-se em
experimentos seguintes que, um ímã permanente possui dois polos, que
denominamos de polo norte (N) e polo sul (S) e que, dois ímãs podem se repelir ou
se atrair, conforme a Figura 1.

Figura 1 - Atração e repulsão dos polos de um imã

a) Polos opostos se atraem b) Polos iguais se repelem

Legenda: a) Quando os polos opostos (N e S, ou S e N) de um ímã estão muito


próximos, ocorre atração entre os ímãs. b) Quando os polos iguais (N e N, ou S e
S) de um ímã estão muito próximos, ocorre repulsão entre os ímãs. Fonte: Young;
Freedman, 2015.

Poderíamos, então, pensar em descrever o magnetismo produzido por ímãs


permanentes de forma análoga à eletrostática, introduzindo cargas magnéticas N e S
por analogia com cargas elétricas positivas e negativas (NUSSENZVEIG, 1997). Mas
existe uma importante diferença entre os fenômenos com as cargas elétricas e os
polos magnéticos. Segundo Nussenzveig (1997), polos magnéticos não podem ser
encontrados isoladamente, ou seja, um polo jamais existe sem a presença do outro.
Quando se divide um ímã ao meio, cada metade se comporta como um novo ímã,
possuindo os dois polos.
Em 1600, William Gilbert, publicou um importante tratado sobre magnetismo,
onde observava, pela primeira vez, que a própria Terra atua como um grande ímã
(NUSSENZVEIG, 1997). Ele deduziu, em seu livro “De Magnete” de 1600, que a Terra
possuía polos magnéticos próximos aos polos sul e norte geográficos, ou seja, se
colocássemos uma bússola nas proximidades do nosso planeta, a agulha imantada
se orientaria de tal modo que, no polo sul magnético seria o polo norte geográfico.
Apesar dos esforços de William Gilbert, para encontrar ligações entre o
magnetismo e a eletricidade, essas duas ciências permaneceram isoladas por mais
de dois séculos, até que por volta de 1820, um professor de ciências dinamarquês
chamado Hans Christian Oersted descobriu, durante uma demonstração em sala de
9

aula, que a corrente que flui em um condutor pode defletir a agulha de uma bússola.
(HEWITT, 2015). Com essa evidência, ele contribuiu para que a relação entre os
fenômenos elétricos e magnéticos existia. Com isso, tivemos a junção da eletricidade
com o magnetismo, resultando no começo do estudo do Eletromagnetismo.
Um bom exemplo da relação entre magnetismo e eletricidade é verificado
através do conceito de força. As forças que os ímãs exercem entre si possuem
comportamentos semelhantes às forças elétricas, pois elas também podem atrair ou
repelir sem que necessariamente as partes se toquem, dependendo de quais
extremidades dos ímãs estão mais próximas (HEWITT, 2015). Enquanto as cargas
elétricas são centrais para as forças elétricas, no magnetismo não há cargas
magnéticas isoladas, e sim, funcionando como um dipolo magnético2.

2.2 Ações de um campo magnético sobre cargas elétricas

A experiência mostra que quando temos duas cargas elétricas em repouso,


aparece entre elas, uma força, de natureza elétrica, chamada força eletrostática. Mas
se elas estiverem se movendo, uma carga elétrica exercerá uma força, de natureza
magnética, sobre a outra carga. Assim, uma carga em movimento cria na região em
torno dela um campo magnético, o qual atuará sobre a outra carga, que também está
em movimento, exercendo sobre ela uma força magnética (LUZ, 2013). Esta força
magnética possui uma característica direcional estranha: em qualquer ponto no
espaço, tanto a direção, quanto à magnitude desta força, dependem da direção do
movimento da partícula. Verifica-se que a força é perpendicular ao vetor velocidade v
ao campo magnético. Além disso, a força é proporcional à carga e à componente da
velocidade a esta direção. Este comportamento descreve o que definimos de vetor
campo magnético B. Quando uma partícula de carga q e velocidade v está em uma
região com um campo magnético B, uma força magnética F é exercida na partícula,
dada por:

𝑭𝑴 = 𝑞𝒗 × 𝑩. (1)

2Não existe uma carga ou polo magnético isolado, ou seja, não há nenhuma maneira de dividir o dipolo
magnético em polos separados, portanto, o dipolo é a menor unidade fundamental do magnetismo.
Está é uma diferença entre os dipolos elétricos e magnéticos, uma vez que os dipolos elétricos podem
ser separados em seus elementos constituintes (carga positiva e negativa) (FARIA, 2005, p. 13).
10

Então, a força eletromagnética total numa carga, pode ser escrita como:

𝑭𝑳 = 𝑞(𝑬 + 𝒗 × 𝑩) , (2)

esta é a chamada força de Lorentz3.


No Sistema Internacional a unidade de intensidade do vetor campo magnético
B denomina-se tesla (T), em homenagem ao cientista croata Nikola Tesla. Uma
partícula que tem uma carga de 1,0 coulomb e está em movimento com uma
velocidade de 1,0 metro por segundo perpendicular ao campo magnético de 1,0 tesla
experimenta uma força de 1,0 newton:

𝑁 𝑁
1𝑇 = 1 𝑚 = 1𝐴 .𝑚 . (3)
𝐶 .(𝑠)

Outra unidade para B, derivada do sistema CGS, é o gauss (G), que está
relacionado ao tesla da seguinte maneira:

1 𝐺 = 10−4 𝑇. (4)

2.3 Força Magnética Sobre uma Corrente

Considerando agora, um fio conduzindo uma corrente em um campo


magnético, a lógica básica nos diz que as partículas carregadas devem experimentar
uma força defletora quando estiver na presença de um campo magnético. Se as
partículas carregadas estiverem presas no fio quando a força atuar, logo o próprio fio,
é defletido devido à ação de uma força, conforme a Figura 2.

3Hendrik Lorentz, (1853-1928), foi um físico teórico holandês que desempenhou um papel significativo
no desenvolvimento da teoria do elétron. Para a consideração da força sobre um condutor conduzindo
corrente em uma região de campo magnético perpendicular ao condutor como sendo a força sobre as
partículas responsáveis pela corrente, denomina-se de força de Lorentz (RIBEIRO, 2008, p.22).
11

Figura 2 - Força magnética sobre um fio conduzindo uma corrente

Legenda: Um fio flexível passa entre os polos de um ímã. (a) Quando não há corrente, o fio
não se encurva para nenhum lado. (b) Quando há uma corrente para cima, o fio se encurva
para a direita. (c) Quando há uma corrente para baixo, o fio se encurva para a esquerda.
Fonte: Halliday, 2016.

Se o sentido da corrente for invertido, a força defletora atuará em sentido


contrário. Se a corrente é perpendicular às linhas de campo, a força se tornará mais
intensa. A corrente consiste em partículas carregadas movendo-se com velocidade v
ao longo do fio. Cada carga sente a força transversa, conforme a Equação (1):

𝑭 = 𝑞𝒗 × 𝑩 .
.

A força infinitesimal é dada por

𝒅𝑭 = 𝒅𝒒 𝒗 × 𝑩. (5)

Considerando uma seção dl do fio da Figura 3, onde um fio transportando uma


corrente i faz um ângulo 𝜑 com o campo magnético B.
12

Figura 3 - Força magnética em um segmento de fio

Legenda: Um fio percorrido por uma corrente i faz um ângulo ϕ com um campo magnético ⃗B. O fio tem
um comprimento L e um vetor comprimento ⃗L (na direção da corrente). Uma força magnética ⃗FB = iL
⃗ xB

age sobre o fio. Fonte: Halliday, 2016.

Os elétrons, nesta seção do fio, irão deslocar-se numa velocidade dl/dt,


transportando uma carga dada por

𝑑𝑞 = 𝑖𝑑𝑡. (6)

Substituindo esse valor na Equação (5), temos

𝑑𝒍
𝑑𝑭 = 𝑖𝑑𝑡 ( × 𝑩) ⇒ 𝑑𝑭 = 𝑖𝑑𝒍 × 𝑩. (7)
𝑑𝑡

A força infinitesimal na seção dl pode ser escrita como

𝑑𝐹 = 𝑖𝑑𝑙𝐵𝑠𝑒𝑛𝜑, (8)

na qual 𝜑 é o ângulo entre a direção do segmento do fio idl (direção da corrente) e a


direção do campo magnético B.
E qual seria então, a força magnética sobre o fio inteiro. Nesse caso

𝐅 = ∫ d𝐅 = ∫ i d𝐥 × 𝐁. (9)
fio fio

Se ocorrer o caso do campo magnético B ser uniforme e o fio ter um


comprimento finito, a Equação (9) pode ser resumida a
13

𝑭 = 𝑖 𝑳 × 𝑩. (10)

E se imaginarmos um caminho fechado e o campo magnético B uniforme, a


força que age no circuito é por definição

𝑭 = ∮ 𝑖 𝑑𝒍 × 𝑩 = 0. (11)

É importante observar que a equação que fornece a força magnética no fio,


devido a um movimento de cargas nele contidas, não depende da quantidade de
cargas carregadas por cada uma das partículas.

2.4 O campo magnético de uma corrente elétrica

A partir da observação de Hans Christian Oersted da deflexão de uma bússola


na proximidade de um fio com corrente elétrica, dois físicos franceses, Jean-Baptista
Biot e Félix Savart, foram incentivados a formularem uma equação que permitia
calcular a intensidade do campo magnético gerado em um ponto P a uma distância r
de um elemento de comprimento dl em um fio por onde se passa uma corrente elétrica
i, conforme a Figura 4.

Figura 4 - Campo magnético produzido por um fio retilíneo de comprimento 2a

Legenda: No ponto P, o campo dB ⃗ produzido por cada elemento do condutor possui sentido para dentro

da página, como o campo total B. Fonte: Young & Freedman, 2015.
14

.
Considerando uma carga dq, que se move com uma velocidade v no fio,
então, escreve-se dB usando a expressão

𝜇0 𝑑𝑞 𝒗 × 𝑟̂
𝑑𝑩 = . (12)
4𝜋 𝑟2

Uma carga em movimento no fio define uma corrente, que podemos escrever
como

𝑑𝑞
𝑖= . (13)
𝑑𝑡

Se a carga q tem velocidade v, no intervalo dt, ela vai andar um elemento dl,
que tem a direção do fio. Escrevendo a velocidade como

𝑑𝒍
𝒗= . (14)
𝑑𝑡

E substituindo (13) e (14) em (12), obtemos o campo dB produzido por cargas


em movimento, que é dado pela Equação 15, denominada Lei de Biot-Savart:

𝜇0 𝑖𝑑𝒍 × 𝑟̂
𝑑𝑩 = , (15)
4𝜋 𝑟 2

na qual µ0 é uma constante de proporcionalidade, chamada de constante magnética


(permeabilidade do espaço livre), a qual, por definição, tem o valor

𝜇0 = 4𝜋 𝑥 10−7 𝑇. 𝑚⁄𝐴. (16)

O valor do campo dB é proporcional ao seno do ângulo θ formando entre as


direções dos vetores dl e r. Assim, o campo será máximo se θ = π/2 (perpendicular)
e nulo se θ = 0 (paralelo).

2.5 O campo magnético de uma corrente estacionária


15

Os resultados de Oersted foram apresentados em 1820 numa reunião da


Academia de Ciências da França, em Paris. O jovem físico André Marie Ampère
assistiu a apresentação e, imediatamente após, deu início a uma série de experiências
belíssimas, entre elas, uma que propôs que as correntes elétricas fossem as fontes
de todaos os fenômenos magnéticos, cujo primeiro resultado, anunciado uma semana
depois, dizia respeito à interação magnético entre fios transportando correntes
paralelas. Ampère foi chamado por Maxwell de “o Newton da Eletricidade”
(NUSSENZVEIG, 1997).
Para o cálculo do campo magnético devido a uma distribuição de corrente,
utilizamos a Lei de Biot-Savart. Mas existe uma outra lei, denominada lei de Ampère,
que permite resolver com rapidez e com um esforço consideravelmente menor, o
cálculo de um campo magnético quando a distribuição de corrente elétrica apresenta
um alto grau de simetria.
Então, é possível calcular o campo magnético total associado a qualquer
distribuição de correntes escrevendo o campo magnético elementar dB produzido por
um elemento de corrente idl e somando as contribuições de todos os elementos de
corrente, conforme a Figura 5.

Figura 5 - Aplicação da lei de Ampère, plano da curva vista de cima

Legenda: Quando calculamos a integral de linha do campo magnético em tomo de uma curva
fechada, o resultado equivale a 𝜇0 vezes o total da corrente. Fonte: Young & Freedman, 2015.

A Figura 5 mostra a seção transversal de um fio retilíneo que atravessa o


plano da página perpendicularmente a ele. Cada linha de B é uma curva fechada e
16

sua determinação pode ser feita em termos de sua circuitação, ou seja, fazendo a
integral de linha desse campo num caminho fechado (HALLIDAY, 2016). Então,

∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = ∮ 𝐵 𝑑𝑙 cos 𝜃 . (17)
𝐶 𝐶

Para o caso do campo produzido por um fio, fazemos

𝑑𝑙 cos 𝜃 = 𝑟 𝑑𝜑 , (18)

em que 𝜑 é o ângulo infinitesimal e r é raio local do campo B. Assim,

𝜇0 𝑖 𝜇0 𝑖
∮ 𝐵 𝑑𝑙 cos 𝜃 = ∮ 𝐵 𝑟 𝑑𝜑 = ∫ 𝑟 𝑑𝜑 = ∫ 𝑑𝜑 . (19)
𝐶 𝐶 2𝜋 𝑟 2𝜋

Num caminho fechado, onde 𝜑 = 2𝜋, temos

𝜇0 𝑖
∫ 𝑑𝜑 = 𝜇0 𝑖. (20)
2𝜋 2𝜋

Assim,

∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = 𝜇0 𝑖 . (21)
𝐶

A Equação (21) é chamada de lei de Ampère. A corrente i é a corrente total


envolvida pela curva fechada.

2.6 Campo Magnético em um Solenoide

Uma situação com um alto grau de simetria, em que o uso da lei de Ampére
se mostra útil, é o cálculo do campo magnético criado pela corrente numa longa bobina
de fio enrolado numa espira justa, como mostra a Figura 6. Este tipo de bobina é
denominado de solenoide (HALLIDAY, 2016). Supondo que o solenoide é muito longo,
em comparação com seu diâmetro, as suas linhas de campo internas vão se tornando
mais próximas do paralelo, enquanto que, as suas linhas externas vão se tornando
17

cada vez mais raras. Podemos encontrar a intensidade do campo interno utilizando a
lei de Ampère.

Figura 6 - Seção reta de um trecho de um solenoide percorrido por uma corrente

Legenda: São mostradas apenas as partes traseiras de cinco espiras e as linhas de campo magnético
associadas. As linhas de campo magnético são circulares nas proximidades das espiras. Perto do eixo
do solenoide, as linhas de campo se combinam para produzir um campo magnético paralelo ao eixo.
O fato de as linhas de campo apresentarem um pequeno espaçamento indica que o campo magnético
nessa região é intenso. Do lado de fora do solenoide, as linhas de campo são bem espaçadas, e o
campo é muito mais fraco. Fonte: Halliday, 2016.

Num cilindro longo, as linhas de campo internas serão quase uniformes, para
esse caso, usamos a lei de Ampère com a “curva amperiana retangular abcd”
mostrada na Figura 7.

Figura 7 - Aplicação da lei de Ampere a uma seção de um solenoide ideal percorrido por uma corrente i

Fonte: Halliday, 2016.

Escrevemos a integral de linha de B como a soma de quatro integrais, uma


para cada segmento do percurso. Considerando que o caminho contém N espiras e
usando a lei de Ampère, temos
18

∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = 𝜇0 𝑖 .
𝐶

Então,

𝑏 𝑐 𝑑 𝑎
∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = ∫ 𝑩. 𝑑𝒍 + ∫ 𝑩. 𝑑𝒍 + ∫ 𝑩. 𝑑𝒍 + ∫ 𝑩. 𝑑𝒍. (22)
𝑎 𝑏 𝑐 𝑑

Destas, somente a primeira produz um valor não nulo. A segunda e a quarta


são nulas, pois o campo B é perpendicular às linhas de campo e a terceira percorre o
lado de fora, onde o campo B pode ser desprezado. A integral de linha de B nesta
curva é simplesmente

𝑏
∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = ∫ 𝑩 . 𝑑𝒍 + 0 + 0 + 0 = 𝐵 ℎ. (23)
𝑎

A corrente líquida i englobada pela curva amperiana retangular mostrada na


Figura 7, não é igual a corrente iS do solenoide, pois esse caminho corta mais de uma
espira. Sendo n o número de voltas por unidade de comprimento do solenoide, ou
seja, n = N/h, temos

𝑖 = 𝑖𝑆 (𝑛ℎ). (24)

A lei de Ampère torna-se, então

∮ 𝑩. 𝑑𝒍 = 𝜇0 𝑖 ⇒ 𝐵 ℎ = 𝜇0 𝑖𝑆 𝑛ℎ. (25)
𝐶

Assim,

𝐵 = 𝜇0 𝑖𝑆 𝑛. (26)
19

A Equação (26) vale com boa aproximação para solenoides reais aplicada
somente a pontos internos próximos ao centro da solenoide. Segundo Halliday (2016),
essa Equação é consistente com o fato experimental de que B não depende do
diâmetro ou do comprimento do solenoide e de que B é uma constante sobre a seção
transversal do solenoide. Um solenoide fornece uma forma prática de se obter um
campo magnético uniforme conhecido para fins experimentais.
Uma bobina conduzindo uma corrente elétrica constitui um eletroímã. A
intensidade de um eletroímã pode ser aumentada simplesmente aumentando-se a
corrente que flui pelo dispositivo e o número de espiras em torno do núcleo. Eletroímãs
industriais têm suas intensidades reforçadas pela introdução de um núcleo de ferro no
interior da bobina. Ímãs suficientemente potentes para erguer automóveis são de uso
comum em depósitos de ferro velho.
Os eletroímãs não precisam ter núcleos de ferro. Eletroímãs sem núcleos são
usados no transporte por levitação magnética, ou trem magnético. A construção de
um eletroímã foi o tema da atividade experimental que aconteceu no quarto encontro
da Sequência Didática, enquanto que a construção de um trem magnético foi realizada
no penúltimo encontro.

2.7 Fluxo da Indução Eletromagnética

Como vimos na seção 2.1 desse capítulo, Christian Oersted mostrou, em


1820, a produção de campos magnéticos a partir de correntes elétricas. A partir daí,
a comunidade científica se perguntava: “se produzimos campos magnéticos a partir
de correntes elétricas”, se seria possível mostrar o contrário.
Os físicos Michael Faraday e Joseph Henry descobriram que a corrente
elétrica pode ser produzida em um fio simplesmente movendo-se um ímã para dentro
ou para fora das espiras de uma bobina. Não foi necessário o uso de bateria ou outra
fonte de voltagem – apenas o movimento do ímã em relação à bobina (HEWITT,
2005).
O fenômeno da produção de corrente pela variação do campo magnético em
espiras de fio é denominado de indução eletromagnética, e a corrente elétrica
produzida é chamada de corrente elétrica induzida. Segundo Hewitt (2005), a corrente
é causada, ou induzida, pelo movimento relativo entre um fio e um campo magnético.
A indução da corrente ocorre se o campo magnético de um ímã se move próximo a
20

um condutor estacionário, ou se o condutor move-se em um campo magnético


estacionário.
Quanto maior for o número de espiras do fio que se movem no campo
magnético, maior a corrente induzida, conforme a Figura 8. A indução eletromagnética
foi a ferramenta principal para a produção experimental do trem magnético, proposto
na sequência Didática.

Figura 8 - Indução de uma voltagem pela variação do campo magnético

Fonte: Hewitt, 2005.

A indução eletromagnética é resumida pela lei de Faraday, a qual estabelece


que a corrente induzida em uma bobina seja proporcional ao produto do número de
espiras pela área da seção transversal de cada espira e pela taxa com a qual o campo
magnético varia no interior das espiras.
Para aplicar a lei de Faraday precisamos saber calcular a quantidade de linhas
de campo magnético que atravessa essa espira. Para isso, definimos um fluxo
magnético dado por:

ɸ𝐵 = ∫ 𝑩. 𝑑𝑨. (27)

A unidade de fluxo magnético é a de intensidade de campo magnético


multiplicada pela área, ou seja, o tesla-metro quadrado, que é definida por weber (Wb):

1 𝑊𝑏 = 1 𝑇 . 𝑚2 . (28)
21

A força eletromotriz induzida ε em uma espira se opõe à variação do fluxo, de


modo que, matematicamente, a lei de Faraday pode ser escrita na forma:

𝑑ɸ𝐵
𝜀=− , (29)
𝑑𝑡

onde o sinal negativo indica a oposição a que nos referimos.


Se tivermos o fluxo magnético através de uma bobina de N espiras que sofre
uma variação de tempo, uma força eletromotriz é induzida em cada espira e a força
eletromotriz total é a soma dessas forças eletromotrizes. Se as espiras da bobina
estão muito próximas, o mesmo fluxo magnético ɸB atravessa todas as espiras e a
força eletromotriz total induzida na bobina é dada por:

𝑑ɸ𝐵
𝜀 = −𝑁 . (30)
𝑑𝑡

E assim, encerramos a seção sobre os tópicos de Eletromagnetismo, pois o


intuito deste trabalho é apenas falar sucintamente sobre tais tópicos, deixando um
aprofundamento do assunto para os livros didáticos que melhor definem tais assuntos.
No próximo capítulo, apresentamos a Sequência Didática, fundamentada na teoria da
Aprendizagem Significativa de Ausubel (1980), prosposta neste trabalho.

3 A SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Uma Sequência Didática é uma maneira organizada de proporcionar o ensino


no ambiente escolar através de um conjunto de atividades planejadas e interligadas
22

etapa por etapa, com o objetivo de transformar fenômenos físicos em conteúdos


interessantes, permitindo a construção do conhecimento, inserindo o aluno no
contexto da discussão (ZABALA, 1998). A utilização da Sequência Didática em aulas
experimentais com perspectiva da aprendizagem significativa é uma boa forma de
implementar maneiras diferenciadas de ensino que possibilitem uma melhor
aprendizagem, sendo possível motivar os alunos na busca por perguntas e respostas
sobre o fenômeno abordado. As condições para que essa aprendizagem significativa
ocorra é um questionamento que Moreira (2010, p. 7) faz:

Mas se já sabemos o que é aprendizagem significativa, quais são as


condições para que ocorra e como facilitá-la em sala de aula, o que falta a
nós professores para que possamos promovê-la como uma atividade crítica?
Na verdade, nos falta muito. A começar pela questão da predisposição para
aprender. Como provocá-la? Muito mais do que motivação, o que está em
jogo é a relevância do novo conhecimento para o aluno. Como levá-lo a
perceber como relevante é o conhecimento que queremos que construa?

Assim, o trabalho na escola onde será aplicada esta sequência didática, deve
iniciar com uma conversa com a gestão escolar juntamente com o núcleo pedagógico
para solicitar autorização da aplicação da metodologia, de preferencia com a
assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sobre a realização da
pesquisa. Além disso, o professor deve explicar a finalidade da pesquisa que utiliza
uma proposta de caráter experimental para o ensino e aprendizagem dos alunos.
Esta sequência didática foi proposta como uma estratégia de ensino
diferenciado, por meio de experimentos de baixo custo e investiga alguns tópicos de
Eletromagnetismo (entre eles, a Força magnética, o Campo magnético e a Indução
eletromagnética), com a finalidade de diminuir as dificuldades que os alunos possam
ter em relação a compreensão de alguns conceitos físicos, e pode ser aplicada em
uma turma da 3ª Série do Ensino Médio. Nesse sentido, planejou-se a execução da
sequência didática em dez encontros, com duas aulas destinadas para cada momento
que podem ocorrer no período normal das aulas, seguindo as diretrizes definidas no
plano anual da disciplina Física. Além disso, os encontros podem ser realizados na
própria sala de aula, caso a escola não possua laboratório experimental.
Os conhecimentos prévios formais necessários para o aluno são os conteúdos
da Eletrodinâmica, isto é, o educando já deve ter estudado os conceitos que envolvem
desde corrente elétrica até circuitos elétricos. A organização dos encontros está
dividida de acordo com o Quadro 1:
23

Quadro 1 - Quadro geral para proposta de sequência didática utilizada

Aplicação de questionário para levantar os conhecimentos prévios dos


1º ENCONTRO
alunos sobre Eletromagnetismo.

Realização de atividade experimental investigativa utilizando bússolas e


2º ENCONTRO
ímãs.

Condução de aula expositiva sobre: Ímãs e suas propriedades; Campo


3º ENCONTRO
magnético; Campo magnético terrestre.

4º ENCONTRO Realização de atividade experimental na construção de eletroímãs.

Condução de aula expositiva sobre: Características do campo magnético


5º ENCONTRO
gerado por corrente elétrica.

Realização de uma atividade experimental na construção de um motor


6º ENCONTRO
elétrico simples.

7º ENCONTRO Condução de uma aula expositiva sobre: Força elétrica e Efeito motor.

Condução de aula expositiva sobre: Indução magnética.


8º ENCONTRO
Orientação sobre a construção do experimento “Trem magnético”.

Construção e teste do experimento “Trem magnético”.


9º ENCONTRO Orientação sobre a montagem de mapas conceituais contemplando os
conteúdos físicos trabalhados na sequência didática.

10º ENCONTRO Exposição e apresentação da atividade experimental “Trem magnético”.

3.1 Primeiro Encontro

No primeiro encontro, o professor inicia os trabalhos explicando aos alunos


toda a estrutura da sequência didática, que parte de um questionário diagnóstico até
as aulas experimentais com perspectivas de uma aprendizagem significativa como
forma de implementar maneiras diferenciadas de ensino do Eletromagnetismo.
No primeiro encontro, se explica toda a sistemática da sequência didática que
parte de um questionário diagnóstico até as aulas experimentais com perspectivas de
uma aprendizagem significativa sobre os conteúdos de tópicos de Eletromagnetismo.
Em seguida, aplica-se um questionário diagnóstico cujo objetivo é fazer um
24

levantamento dos conhecimentos prévios dos educandos sobre o Eletromagnetismo.


O questionário diagnóstico pode ser aplicado individualmente, em duplas, em trio ou
em equipes de quatro componentes. No Quadro 2, encontram-se as questões da
avalição diagnóstica dos conhecimentos prévios a serem respondidas pelos
educandos.

Quadro 2 - Avaliação diagnóstica dos conhecimentos prévios

O que é um ímã?
1ª)
.....................................................................................................................................................
.....................................................................

Quais materiais são atraídos por um imã?


2ª) .....................................................................................................................................................
......................................................................

Quais materiais não são atraídos por um ímã?


3ª)
.....................................................................................................................................................
......................................................................

O que é uma bússola?


4ª)
.....................................................................................................................................................
......................................................................

Para que serve uma bússola?


5ª) .....................................................................................................................................................
......................................................................

Por que a agulha de uma bússola aponta sempre para a região do polo norte Geográfico da
Terra?
6ª)
.....................................................................................................................................................
.......................................................................

O que é um campo magnético?


7ª)
.....................................................................................................................................................
.......................................................................

Esse diagnóstico tem como objetivo levantar os conhecimentos prévios dos


alunos, e com isso direcioná-los ao nível dos novos conhecimentos e a metodologia
experimental que serão explorados nas atividades seguintes. Assim, os discentes
podem perceber os aspectos relevantes do ensino e aprendizagem dentro de uma
25

estrutura cognitiva individual. Após o diagnóstico, podem-se trabalhar os conteúdos


iniciais do Eletromagnetismo, que trata dos fenômenos magnéticos. E, a partir do
segundo encontro os alunos já possuirão conhecimento suficiente para as primeiras
atividades experimentais propostas.

3.2 Segundo Encontro

Seguindo com a programação da SD, realiza-se uma atividade experimental


de caráter investigativo intitulado de “Introdução ao Magnetismo”. Para essa atividade,
o professor deve solicitar a formação de equipes que receberão um kit com os
materiais a serem utilizados na atividade. O roteiro a ser seguido é exposto no Quadro
3, como segue.

Quadro 3 - Roteiro de atividade 1

Introdução ao Magnetismo

Objetivo: Construir a ideia de Campo magnético e interação entre campos

Materiais: Bússolas, ímãs, pregos de ferro, moedas de aço, clipes de aço, lacres de alumínio e fios
de cobre.

Procedimentos e Questionário

Coloque a bússola sobre a mesa e movimente-a.

1ª) O que a agulha da bússola apontava?

Utilizando duas bússolas, coloque uma fixa sobre a mesa e movimente a outra em torno da primeira,
mantendo-as sempre bem próximas.

2ª) Uma bússola exerce alguma influência sobre a outra? Como você explica o que foi observado?

Coloque agora um dos ímãs fixo sobre a mesa e movimente a bússola em volta do mesmo.

3ª) Qual o comportamento da agulha da bússola? Qual a explicação para isso?

Você notou diferença no comportamento da agulha nas proximidades dos dois lados do ímã?
4ª)
Que diferença foi essa?

Se há diferença de comportamento entre os lados, dê um nome para cada um deles e


5ª)
identifique-os?
26

Com os dois imãs sobre a mesa, aproxime os extremos dos dois imãs, faça todas as combinações
possíveis.

6ª) Qual a conclusão que você pode tirar do comportamento observado?

Com um kit formado por um ímã, 3 clips de aço, uma moeda de 10 centavos de real, 3 lacres de
latinha de refrigerante de alumínio, 2 pedaços de fio de cobre e 2 pregos de ferro, aproxime o imã
de cada um dos objetos.

7ª) Quais objetos foram atraídos pelo ímã?

8ª) Qual a conclusão que você pode tirar desse comportamento observado?

O objetivo dessa atividade é construir uma ideia de como ocorre a interação


dentro de um campo magnético utilizando a prática investigativa. Esse tipo de
atividade favorece o processo de ensino e aprendizagem, pois aproxima o cotidiano
do aluno à investigação cientifica. E, pode aguçar o interesse dos alunos aos
conteúdos do Eletromagnetismo proposto porque a execução dos experimentos
conduz os mesmos a uma reflexão mais aprofundada do fenômeno magnetismo
(SEREIA, 2010).
Ao final dos experimentos, o professor deve comunicar que no próximo
encontro os conteúdos referentes a essa atividade serão abordados de forma teórica
e dialogada, e que podem ser pesquisados no livro didático adotado, livros da
biblioteca da escola ou em sites da internet.

3.3 Terceiro Encontro

No terceiro encontro, o professor deve ministrar uma aula expositiva e


dialogada sobre o conteúdo “Campo Magnético”, para explicar o surgimento do
magnetismo, as características dos ímãs e como se dá a atuação de um campo
magnético. A aula deve ser ministrada sempre relacionando as questões abordadas
nos questionários propostos anteriormente para aprofundamento do conteúdo
estudado pelo aluno, assim, o mesmo ancora os conhecimentos adquiridos durante
os experimentos ao novo conhecimento.
Em seguida, o professor pode promover uma roda de discussão para que os
estudantes possam comentar seus pontos de vista em relação ao conteúdo e forma
27

de ministração do mesmo, além de expor suas opiniões sobre a proposta inicial da


sequência didática. Ao final do encontro, o professor apresenta a proposta do próximo
encontro, sugerindo uma pesquisa sobre os eletroímãs, tema do próximo encontro.

3.4 Quarto Encontro

A programação da SD segue com a realização de uma atividade experimental


investigativa com o título de “Produzindo um eletroímã caseiro”. O roteiro foi elaborado
com a colaboração da seção “Atividade prática”, do livro adotado pela escola, Física
para o Ensino Médio (YAMAMOTO; FUKE, 2016). O professor deve solicitar que
equipes sejam formadas, e em seguida faça a entrega dos materiais a serem utilizados
no experimento. Essa tarefa tem como finalidade a observação do campo magnético
de um solenoide percorrido por uma corrente elétrica, como mostra a Figura 9.

Figura 9 - Eletroímã caseiro

Fonte: Disponível em: <http://grupo5-3c.blogspot.com/2011/03/relatorio-eletroima.html>.

O objetivo dessa experiência é levar o estudante a observar o que acontece


com o campo magnético quando um fio condutor em forma de um solenoide é
percorrido por uma corrente elétrica. E, quais os elementos influenciam na intensidade
com que o eletroímã atrai os utensílios metálicos. O roteiro da atividade encontra-se
no Quadro 4, como segue.

Quadro 4 - Roteiro de Atividade 2

Produzindo um Eletroímã Caseiro

Objetivo: Confeccionar um eletroímã simples em sala de aula.


28

Materiais

Fio condutor de cobre esmaltado; pilha grande comum de 9,0 V; prego de aço grande; lixa; clipes,
tachinhas e outros objetos metálicos susceptíveis à atração magnética.

Procedimentos

1. Para fazer o solenoide, enrole o fio condutor em torno do prego feito de aço. Deve-se deixar livre
duas pontas do fio condutor de aproximadamente 10 cm de comprimento, para a conexão com a
pilha.

2. Lixem as duas extremidades do fio.

3. Ligue as extremidades do fio aos polos da pilha.

4. Aproxime o eletroímã de pequenos objetos metálicos com pesos e tamanhos diferentes para
observar a intensidade da força de atração.

5. Aumente o número de espiras (voltas no fio) e observe se o campo magnético aumentou ou


diminuiu de intensidade.

6. Retire o prego do interior do eletroímã e repita os procedimentos acima, comparando a sua força
de atração com a do eletroímã completo.

Questionário

1ª) O número de voltas dadas no fio da bobina afeta a intensidade com que ele atrai os objetos
metálicos?

2ª) Com o prego no interior da bobina, o que acontece com a intensidade da atração?

3ª) Este é o instrumento básico para muitos dispositivos eletromagnéticos, por exemplo, a
campainha. Com base no que foi descrito nesta atividade, você pode descrever o seu
funcionamento?

(4ª) Quais as aplicações práticas dos eletroímãs?

3.5 Quinto Encontro

Seguindo a programação da sequência didática, no quinto encontro, o


docente deve ministrar uma aula expositiva e dialogada sobre o tema “Campo
magnético gerado por corrente elétrica”, explicando o comportamento magnético em
um condutor retilíneo, em um condutor circular e no interior de um solenoide. Nesse
encontro, deve-se da ênfase ao experimento de Oersted, mostrando a interação entre
campo elétrico e campo magnético, e também como as linhas de campo são formadas
no interior de uma espira. Em seguida, o professor promove uma roda de discussão
29

pedindo aos alunos que comentem sobre a montagem do experimento do eletroímã e


que analisem as respostas dadas nos questionamentos do roteiro da referida
atividade, e exponham as dúvidas a respeito do conteúdo. Ao final do encontro, o
professor apresenta a proposta da próxima aula, sugerindo uma pesquisa sobre
Motores elétricos simples, que faz parte do próximo encontro da SD.

3.6 Sexto Encontro

No sexto encontro da SD, é realizada outra atividade experimental


investigativa cujo título é: “Construindo um motor elétrico simples”. O roteiro foi
elaborado com a colaboração da seção “Atividade Prática”, do livro adotado pela
escola, “Física para o Ensino Médio” (YAMAMOTO; FUKE, 2016), e do canal do
Youtube “Manual do mundo”3. O professor deve solicitar que sejam formadas equipes,
e, em seguida, é realizada a entrega dos materiais a serem utilizados no experimento.
Os três experimentos a serem realizados pelas equipes são ilustrados na Figura 10.

Figura 10 - Ilustrações dos experimentos do encontro 6

Fonte: a) e b) Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/35699813/motor-de-faraday-


finalizado-relatorio>. c) Disponível em: <http://www.imas-neodimio.com/news/Motor-M-nimo-67.html>.

3 Disponível em: <https://manualdomundo.uol.com.br/2014/09/como-fazer-motor-eletrico-com-ima/>.


30

A confecção dos três motores elétricos simples distintos pode ser escolhida
de forma aleatória ou através de sorteio, isso fica a cargo do professor. O roteiro para
realização das três atividades ilustradas na Figura 10, encontra-se no Quadro 5.

Quadro 5 - Roteiro da atividade 3

Produzindo um Motor Elétrico Simples

Objetivo: Confeccionar três motores elétricos simples em sala de aula.

Material motor a Material motor b Material motor c

Fio de cobre esmaltado, pilha Fio de cobre esmaltado, pilha Fio de cobre esmaltado, pilha
comum de 1,5 V, ímã de comum de 1,5 V, pincel comum de 1,5 V, ímã de
neodímio e parafuso simples de atômico, ímãs de neodímio. autofalante, clips metálicos;
rosca. fita isolante; lixa, suporte de
madeira.

Procedimento motor a Procedimento motor b Procedimento motor c

- Coloque o ímã de neodímio na - Com o fio de cobre, faça 5 - Construa uma bobina com o
cabeça do parafuso; voltas em espiral envolta do fio de cobre, enrolando de 5 a
pincel atômico; 10 voltas em torno da pilha,
- Encoste a ponta do parafuso no deixando duas pontas livres;
terminal positivo (saliência) da - Em um dos lados da espiral,
pilha. Não se preocupe, o ímã faça um círculo, de base reta, - Monte os suportes da bobina
manterá o parafuso “grudado” na de tamanho em que o ímã usando os clipes metálicos;
pilha e não cairá; consiga passar livremente;
- Anexe os suportes à pilha,
- Encoste uma extremidade do fio - No outro lado, faça um usando a fita isolante;
no terminal negativo da pilha e o gancho virado para dentro da
mantenha nessa posição, espiral; - Lixe as pontas da bobina;
pressionando com o dedo;
- Junte a pilha com os ímãs de -Apoie a bobina nos suportes;
- Encoste levemente a outra neodímio;
extremidade do fio à lateral do ímã - Coloque o ímã próximo da
de neodímio e veja o que - Coloque a pilha com os ímãs bobina;
acontece. dentro da espiral;
- Dê um impulso inicial na
- Solte a espiral que irá girar bobina para dar a partida.
em volta da pilha.

Discussão das equipes

Equipe a Como podemos variar a velocidade de giro do parafuso?

Equipe b Como podemos variar a velocidade de giro da espiral?

Equipe c Como podemos variar a velocidade de giro da bobina?


31

O objetivo dessa experiência é direcionar o estudante a observar o que


acontece com o campo magnético quando uma corrente elétrica circula numa espira.
Ou seja, observar a indução do campo magnético ao converter energia elétrica em
energia mecânica, que é a função principal de um motor elétrico.

3.7 Sétimo Encontro

O sétimo encontro inicia-se com o professor ministrando uma aula expositiva


sobre o conteúdo Força magnética, que relaciona a investigação realizada no
experimento do motor elétrico com a teoria que explica o funcionamento de alguns
eletrodomésticos. Nesta aula, explica-se a atuação da força magnética sobre um
corpo eletrizado e sobre um condutor retilíneo, além de abordar o efeito de rotação
produzido pela ação de uma força magnética. Em seguida, o professor fará
intermediação em uma roda de discussão para que os discentes possam comentar
sobre as dificuldades que encontraram na confecção dos experimentos realizados.
Depois de esclarecer todas as dúvidas, o professor coordenará a formação
das equipes que farão a demonstração experimental da atividade de produção de um
trem magnético e entregará o roteiro dessa atividade. Esta, ocorrerá no nono
encontro, e será a única que os alunos estarão responsáveis pela obtenção dos
materiais utilizados, com exceção dos ímãs de neodímio, que deverão ser cedidos
pelo professor. A Figura 11, ilustra os materiais que serão usados no experimento.
32

Figura 11 - Ilustração do procedimento do experimento do trem magnético

Legenda: a) Pilha com os dois ímãs de neodímio em seus polos que funcionará como o trem magnético
no protótipo experimental; b) Corresponde a representação do funcionamento do protótipo
experimental; c) Constitui o protótipo do trem magnético. Fonte: a) Adaptado de <
http://www.apoioescolar24horas.com.br/salaaula/estudos/quimica/465_pilhas/exp01.htm>. b)
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=p7sdTq7WdlM>.

O roteiro desse experimento foi elaborado com a colaboração do “Manual para


a construção de experimentos sobre Eletromagnetismo” de Monteiro e Silva (2018) e
do canal do Youtube “Manual do mundo”. O roteiro e procedimento encontram-se no
Quadro 6, a seguir.

Quadro 6 - Roteiro da atividade 4

Produzindo um Trem Magnético

Objetivo: Confeccionar um trem magnético.

Materiais

Pilha AAA alcalina; 2 ímãs de neodímio; rolo de estanho de 1mm de espessura; marcador de texto
para modelar o estanho; maquete para visualização de todo o conjunto espacial do experimento.

Procedimentos

1. Enrole o estanho em volta do marcador de texto, onde as voltas têm de estar o mais junto possível
uma da outra.

2. Defina a polaridade dos ímãs, marcando-as para identificação.

3. Conecte os ímãs aos polos da pilha, conforme a figura abaixo.


33

4. Coloque o conjunto, formado pela pilha e os ímãs, dentro do túnel helicoidal de estanho e dê um
pequeno impulso para iniciar o movimento.

5. O conjunto (pilha e ímãs) se moverá dentro do túnel, que passará a sofre uma força magnética no
mesmo sentido do movimento.

Discussão

Explique o princípio de funcionamento desse experimento.

3.8 Oitavo Encontro

No oitavo encontro, aborda-se o tema da Indução magnética, através de uma


aula expositiva e dialogada, para explicar a geração de corrente elétrica por
fenômenos eletromagnéticos, e como a voltagem é induzida com o movimento de um
ímã próximo a um condutor estacionário. Explica-se também, nessa aula, que a
indução eletromagnética está presente no nosso cotidiano, através de barreiras
eletrônicas de trânsito, nos carros híbridos, em detectores de metais e nos scanners
e leitores óticos. O final da aula deverá ser destinado para sanar todas as dúvidas
sobre a montagem do experimento do trem magnético caseiro, que deverá está em
fase final de construção.

3.9 Nono Encontro

No penúltimo encontro, deve ocorrer a exposição da atividade experimental


com o título de “Produzindo um trem magnético”. A Figura 12, ilustra como será o
experimento depois de pronto e em funcionamento.
34

Figura 12 - Protótipo do trem magnético em funcionamento

Trem magnético
em
funcionamento

A atividade consistirá no desenvolvimento do movimento de um sistema


formado por uma pilha AAA adicionada a dois ímãs de neodímio no interior de uma
espiral feita de estanho (ver Figura 12). O sistema é um protótipo que imita um trem
magnético cujo movimento ocorrerá dentro do circuito projetado com a espiral de
estanho. Neste experimento os alunos observarão que a pilha AAA com os ímãs de
neodímio em seus polos se movimenta sem tocar o “trilho” (espiral de estanho), dando
a impressão de que ele está flutuando. O protótipo simula o princípio de
funcionamento dos trens maglev, de alta velocidade, que se movimentam utilizando
esse sistema magnético, sem rodas, eixos ou transmissão mecânica.
Para este encontro, as equipes também deverão preparar uma maquete
representando o visual de uma região com cidades por onde o trem deverá circular.
Considerando que as equipes chegarão para a aula com as maquetes prontas para a
exposição, o professor poderá permitir a visitação de professores e alunos de outras
35

turmas da escola. Cada equipe deverá adotar um método próprio de apresentação


das informações aos convidados e responder as dúvidas que, por ventura, venham a
ser perguntadas.
No final do encontro, o professor deverá relembrar aos alunos que, na próxima
aula estará recebendo os mapas conceituais, representando graficamente as relações
significativas entre os conteúdos abordados ao longo da sequência didática.

3.10 Decimo Encontro

No último encontro da sequência didática, acontecerá a entrega dos mapas


conceituais produzidas pelos discentes, que deverão conter estruturas relacionando
os conceitos físicos estudados. O professor conduzirá mais uma rodada de discussão
para que os alunos comentem sobre seus mapas conceituais, falem sobre as
dificuldades encontradas para construções dos experimentos propostos, sempre
oferecendo oportunidades para uma participação ativa por meios de dúvidas e
perguntas relevantes, além de solicitar que avaliem toda a metodologia aplicada nesse
projeto. Por fim, deverá ser pedido aos estudantes que comentem sobre o grau de
satisfação em participar desse trabalho.
36

4 MENSAGEM AO PROFESSOR

Prezado(a) professor(a),

Esse manual instrucional foi elaborado com a intenção de ser utilizado por
qualquer professor(a) de Física do Ensino Médio que queira incorporar em suas aulas
uma Sequência Didática que contenha o uso de práticas experimentais para o ensino
de tópicos de Eletromagnetismo. O referido material é fruto de um produto educacional
referente à conclusão do curso do Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física
(MNPEF), ofertado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), cuja dissertação
foi intitulada “Tópicos de Eletromagnetismo Abordados em uma Sequência Didática
Experimental para uma Aprendizagem Significativa no Ensino Médio”. Nessa
dissertação, em especial, a seção sobre a construção da sequência didática,
encontra-se descrito como foi elaborado e aplicado o produto educacional, detalhando
cada encontro.
Assim, espera-se que este trabalho possa ser proveitoso ao(a) professor(a)
em seu cotidiano profissional e contribua para que o processo de ensino e
aprendizagem seja incentivado e promova uma prática investigativa dos conceitos
físicos do Eletromagnetismo.

Bom trabalho professor(a)!!


37

REFERÊNCIAS

AUSUBEL. D.P.; NOVAK, J.D.; HANESIAN, H. Psicologia Educacional. Rio de


Janeiro: Interamericana Ltda, 1980

BONJORNO, J. R.; et al. Física: Eletromagnetismo e Física Moderna. v. 3. 2. Ed. São


Paulo: FTD. 2013.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Ministério da


Educação. Brasília, 2017.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino médio. Brasília: MEC


1998.

COLA DA WEB. Disponível em: <https://www.coladaweb.com/fisica/fisica-


geral/magnetismo>. Acesso em: 23/11/2019.

FARIA, R. N.; LIMA, L. F. C. P. Introdução ao magnetismo dos materiais. São


Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.

FREIRE, P. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: Saberes necessários à prática


educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

HALLIDAY, D., RESNICK, R. e WALKER, J. Fundamentos de Física:


Eletromagnetismo. Volume 3. 10. ed. Rio de Janeiro: Editora LTC. 2016.

HEWWIT. P. G. Física conceitual. 12 ed. Porto Alegre: Bookman Editora. 2015.

LUZ, A. M. R.; ÁLVARES, B. A. Física – Contexto & Aplicação. São Paulo: Scipione.
2014.

MESOATOMIC. Disponível em: <http://www.mesoatomic.com/pt-


br/fisica/eletromagnetismo /eletromagnetismo/forca-magnetica>. Acesso em:
10/05/2018.

MONTEIRO, H. R.; SILVA, A. O. D. Manual para a Construção de Experimentos


sobre Eletromagnetismo. Sorocaba: UFSCar. 2018.
38

MOREIRA, M. A. e MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: A teoria de David


Ausubel. São Paulo: Editora Moraes, 1982.

MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. Artigo publicado


pelo Instituto de Física da UFGRS. 2010.

NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de Física Básica. v. 3, 1 ed. São Paulo:


Edgard Blucher, 1997.

RIBEIRO, J. E. A. Sobre a força de Lorentz, os conceitos de campos e a essência


do eletromagnetismo clássico. Dissertação (Mestrado), USP, 2008.

SALES, F. H. S.; OLIVEIRA, R. M. S.; PONTES, L. R. S. Experimentos de Física


Fáceis de Fazer: Uma Conversa com o Professor de Ensino Médio. São Luís: Unigraf,
2012.

SEREIA, D. A. O. e PIRANHA M. M. Aulas práticas investigativas: uma experiência


no ensino fundamental para a formação de alunos participativos. Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Cie
ncias/Artigos/aulas_prat_investig.pdf>. Acesso em: 10/10/2018.

THENORIO, I. Manual do Mundo. Canal do Youtube:


<https://www.youtube.com/user/iberethenorio>. Acesso em: 18/09/2018.

TIPLER, P. A. e MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros. v. 2. 6. ed. Rio


de Janeiro: Editora LTC, 2011.

YAMAMOTO, K., FUKE, L. F. Física para o Ensino Médio. V. 3. 4. Ed. São Paulo:
Editora Saraiva. 2016.

YOUNG, H. D. & FREEDMAN, R. A. Física III: Eletromagnetismo. 14 ed. São Paulo:


Pearson Education do Brasil, 2015.

ZABALA, A. A prática Educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Artmed Editora, 1998.
Ajax Wellington Parente Rosas
Email: [email protected]
Professor de Física e autor deste e-book

UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA O


ENSINO DE TÓPICOS DE
ELETROMAGNETISMO

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades


para a sua produção ou a sua construção” (Paulo Freire).

Você também pode gostar