Seminario Gastrosquise e Onfalocele

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 19

GASTROSQUISE

E
ONFALOCELE
GASTROSQUISE E ONFALOCELE
Quem está apresentando?

Douglas Evelin Luanna Lucca

Professora: Vanessa Bibas


Definição
Gastrosquise: é um defeito da parede abdominal localizado à
direita e lateralmente ao cordão umbilical intacto. As estruturas
evisceradas não são cobertas por saco peritoneal.
Definição
Definição
Onfalocele: é uma alteração da parede abdominal em que as
vísceras saem por meio da base do cordão umbilical, herniando
para dentro de um saco (âmnio e peritônio).
Epidemiologia
Onfalocele e gastrosquise: 1:3.000 nascidos vivos
Estudos mais recentes demonstram que a gastrosquise é mais comum do que a
onfalocele, especialmente pela diminuição da idade materna
Predisposição sexual:
–Gastrosquise: 1:1
–Onfalocele: meninos – 1,5-2:1
Prematuridade:
–Gastrosquise: 50-65%
–Onfalocele: 10-15%
Fatores de risco (gastrosquise):
–Idade materna < 20 anos
–Primípara
–Abuso de drogas (tabaco, álcool, cocaína)
–Aspirina, ibuprofeno, pseudoefedrina, acetaminofeno
Anomalias congênitas associadas
Gastrosquise: somente 15% dos pacientes apresentam alguma malformação,
sendo que, destes, três quartos dos casos são malformações intestinais;
entre elas, estenose, atresia e perfuração intestinal, geralmente
consequência da isquemia mesentérica provocada pelo estrangulamento,
tração e volvo do mesentério. É importante lembrar que esses pacientes
apresentam vícios de não rotação intestinal.
• Estenose intestinal é o estreitamento parcial ou total do intestino que impede ou dificulta a progressão
do conteúdo através do mesmo.
• Atresia intestinal é o termo utilizado quando existe um bloqueio total ou a ausência de continuidade em
algum local do intestino
• Isquemia mesentérica aguda consiste na interrupção do fluxo sanguíneo intestinal secundário a
embolia, trombose ou estado de baixo fluxo.
• Volvo quando o intestino dá voltas ao redor dele mesmo, causando uma interrupção do fluxo sanguíneo
e consequente necrose das alças intestinais.
Anomalias congênitas associadas
Onfalocele: esses pacientes apresentam uma maior associação com
malformações, podendo chegar até mais de 50% dos casos. Podem ser
estruturais ou cromossômicas. Entre as estruturais, as mais frequentes são
as cardiovasculares (20%), mas existem também as de tubo neural,
divertículo de Meckel e musculoesqueléticas. Já as cromossômicas são
responsáveis por 15-20%, sendo as mais frequentes: trissomias 13, 15, 18,
21; síndrome de Beckwith-Wiedemann; pentalogia de Cantrell; extrofia de
cloaca.

• O divertículo de Meckel é uma protuberância semelhante a uma pequena bolsa que sai da parede do
intestino delgado e que está presente em algumas crianças desde o nascimento
Ecografia pré-natal
Ecografia pré-natal. Após a 13º semana gestacional, é possível visualizar o
defeito da parede abdominal. Também é importante para verificar os
possíveis defeitos estruturais associados. É indicado manter-se um
acompanhamento ecográfico.

Existe a recomendação de que pacientes que têm o diagnóstico pré-natal


devem ser encaminhados ainda in utero para um especialista.
Tipo de nascimento
Apesar da tendência de submeter à cesariana as gestantes cujo diagnóstico
pré-natal indica a presença de malformação da parede abdominal anterior,
só deve ser evitado o parto vaginal nas pacientes com indicações obstétricas
para isso:

Onfalocele com fígado extracorpóreo e gastrosquise com complicações.


Tratamento cirúrgico Gastrosquise
Geralmente consegue-se fechamento primário. Pode-se aumentar o defeito aponeurótico
para facilitar a entrada das alças intestinais. Utiliza-se o streching, que é a distensão da
parede abdominal para aumentar o tamanho da cavidade abdominal e permitir a redução
do conteúdo exteriorizado.
O uso de enemas com solução fisiológica via retal esvazia o conteúdo do cólon e facilita a
redução. Após fechamento da parede abdominal, são avaliadas as condições clínicas do
RN, como restrição da ventilação, perfusão dos membros inferiores e medida da pressão
intra-abdominal. Se a última estiver < 18 mmHg, pode-se realizar o fechamento primário
do defeito da parede abdominal. Quando não se consegue atingir esses parâmetros,
lança-se mão do tratamento estagiado com silo. O silo corresponde a uma tela de silicone
fixada na aponeurose envolvendo as alças, que serão gradualmente reduzidas na UTI
neonatal, com posterior fechamento da cavidade abdominal.
Tratamento cirúrgico Onfalocele
Quando temos um defeito pequeno ou médio, normalmente o fechamento primário é
possível, como na gastrosquise, sendo necessário remover previamente o saco que
recobre as alças. Os defeitos maiores que não puderem ser corrigidos com fechamento
primário podem ser tratados com silo ou fechamento estadiado, que corresponde ao
fechamento da pele sem fechamento da aponeurose abdominal, criando uma hérnia
ventral, postergando-se o fechamento da cavidade abdominal para 6-12 meses. Nos RNs
que estão hemodinamicamente instáveis para se submeterem à anestesia e correção
cirúrgica, pode-se usar a sulfadiazina de prata no saco para produzir uma epitelização
deste, sendo possível o fechamento posterior. Essa técnica está em desuso.
Serosite é um termo genérico que
indica inflamação das membranas dos
órgãos internos e os sintomas
dependem da localização.
Cuidados de Enfermagem
O cuidado de enfermagem para essas condições envolve principalmente manter a
estabilidade do recém-nascido e prevenir complicações. Aqui estão alguns cuidados
específicos que podem ser necessários:

1) Monitorar sinais vitais - é importante monitorar a temperatura, frequência cardíaca,


frequência respiratória e pressão arterial do recém-nascido para detectar quaisquer
sinais de instabilidade.

2) Controle da dor - o recém-nascido pode sentir dor devido à exposição de órgãos


abdominais ou durante a realização de procedimentos, como curativos e trocas de
fraldas. Portanto, é importante controlar a dor com medicação, se necessário.
Cuidados de Enfermagem
3) 3)Cuidados com a ferida - a ferida cirúrgica deve ser mantida limpa e seca, e o
curativo deve ser trocado regularmente. É importante observar sinais de infecção,
como vermelhidão, inchaço e secreção.

4) Alimentação - em alguns casos, pode ser necessário alimentar o recém-nascido por


via intravenosa ou por sonda nasogástrica para evitar a sobrecarga de órgãos
abdominais e promover a cicatrização da ferida.

5) Monitoramento da função intestinal - em alguns casos, o recém-nascido pode


apresentar problemas com a digestão e absorção de nutrientes. Portanto, é
importante monitorar a função intestinal e fornecer suporte nutricional adequado.
Cuidados de Enfermagem
6) Prevenção de complicações - é importante prevenir complicações, como infecção,
perfuração intestinal, obstrução intestinal e hérnia.

7) Suporte emocional - o diagnóstico de gastrosquise ou onfalocele pode ser estressante


para os pais. Portanto, é importante fornecer suporte emocional e informação sobre a
condição e o tratamento.

Você também pode gostar