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12/03/2023

Objetivos

• Conhecer o conceito da via verde na área da saúde.


• Conhecer a legislação normativa da Via verde trauma.

VIA VERDE TRAUMA • Conhecer os critérios de ativação da via verde trauma


• Conhecer os níveis da rede de trauma e possíveis encaminhamentos
• Conhecer a constituição da equipa de trauma

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António Costa

Estatística Estatística
O trauma representa a 3ª causa de morte nos países industrializados, só superada Distribuição do trauma na Europa:
pelas doenças cardiovasculares e neoplásicas. No entanto é a 1ª causa de morte
entre 1 e 44 anos de idade.
Calcula-se que por cada acidente mortal, existam 3 a 4 indivíduos que vão ficar com 6%
sequelas graves e definitivas como paraplegia, amputação traumática de membro,
deficiências neurológicas, etc. 22% Ac Viação
A cada ano 11 milhões de pessoas ficam com incapacidade temporária e 450.000 Quedas
com incapacidade permanente 55%
Diversos
Em Portugal, a sua prevalência e o seu impacto aconselham o investimento na 17% Agressões
prevenção e no tratamento, seja na fase da abordagem inicial, seja no
acompanhamento e na reabilitação posterior.
Os acidentes rodoviários representam cerca de 2% do PIB nos países desenvolvidos..
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Traumatizado Picos de mortalidade no trauma


Nº mortes

• Trauma – Lesão nos tecidos e órgãos humanos, resultado da


transferência de energia do meio. As lesões são causadas por um tipo 2
de energia que está para além do limite de tolerância do corpo
(tecido) 3
1 HORA
DE
OURO

• Politraumatizado - vítima que apresenta lesões em dois sistemas ou


órgãos, em que pelo menos uma das lesões, ou a sua combinação,
constitua risco vital para o doente
Tempo
MINUTOS DIAS A SEMANAS
SEGUNDOS
A
HORAS
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ATLS 2022

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Picos de mortalidade no trauma Picos de mortalidade no trauma


Nº mortes Nº mortes

2 a:
Devido 2
3 3
1 • Lesão
HORA
DE
cerebral
1 HORA
DE Devido a:
OURO
• Lesão medular alta OURO
• Hematomas cranianos (TCE)
• Lesão cardíaca •Hemopneumotórax
• Lesão da aorta ou outro grande vaso • Fractura do baço
Tempo Tempo

SEGUNDOS
MINUTOS DIAS A SEMANAS SEGUNDOS
MINUTOS • Laceração hepática
DIAS A SEMANAS
A A
HORAS HORAS • Fractura da bacia
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ATLS 2022 ATLS 2022

Picos de mortalidade no trauma Traumatizado


Nº mortes

2
A PRIMEIRA HORA APÓS O ACIDENTE É DE VITAL
3
1 HORA
DE
IMPORTÂNCIA PARA O POLITRAUMATIZADO, SENDO A
POSSIBILIDADE DE SOBREVIVÊNCIA ELEVADA.
OURO

QUANTO MAIS PRECOCEMENTE FOR A VÍTIMA


Devido a: ESTABILIZADA, MAIORES SERÃO AS POSSIBILIDADES DE
RECUPERAÇÃO.
Tempo
MINUTOS DIAS A SEMANAS
Sépsis
•SEGUNDOS A ALGUMAS ESTATÍSTICAS DETERMINAM QUE POR CADA
• Falência HORAS
multiorgânica MINUTO PERDIDO, ESTA TAXA DESCE CERCA DE 1%.
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ATLS 2022

Hora de Ouro (Golden Hour) Metodologia de socorro


• “GOLDEN HOUR” (Hora de Ouro) – é um • A Emergência Médica desenvolveu-se a partir das necessidades da
conceito que deriva de estudos prestação de socorro às vítimas durante os conflitos militares, na
efectuados, que comprovam que os Europa e nos EUA, dando os primeiros passos nos modelos, ainda hoje
doentes que recebem tratamento seguidos: "Scoop and Run" e "Stay and Play".
definitivo, dentro da primeira hora após
o traumatismo, têm uma taxa de
sobrevivência mais elevada do que, os • Durante a segunda metade do séc. XIX, estes modelos foram
que recebem esse tratamento mais adaptados à sociedade civil.
tarde. Este tratamento definitivo
necessita frequentemente de uma
intervenção cirúrgica para controlo de
hemorragias.
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Metodologia de socorro SCOOP AND RUN


• O debate mantêm-se até aos dias de hoje: • “scoop and run” (load and go) dos países Anglo-Saxónicos, socorro
paramedicalizado e a estratégia de extracção e transporte rápidos.
(filosofia de Letterman)
• Segundo o conceito da “Golden hour” os paramédicos tem 10 min
“scoop and run” para efectuar uma rápida estabilização e dar inicio ao transporte

ou

“stay and play”


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SCOOP AND RUN STAY AND PLAY


FACTORES A FAVOR: • “stay and play” Franco-Germânico, defende a medicalização imediata
• Comprovado por alguns estudos em situações de Trauma no local da ocorrência. (Colaboração entre médicos, enfermeiros e
• Parece ter benefícios em trauma, especialmente no trauma penetrante (tórax e técnicos de emergência)
abdómen)

FACTORES CONTRA: Estudos efectuados com traumatizados graves com lesões diversas:
• Formação dos profissionais (< capacidade de decisão)
• Mesmo no trauma desaconselhado nalgumas situações ■ Cerca de 50% morriam antes da chegada ao hospital (“Scoop and run”) .
• Não traz benefícios na emergência por doença súbita
• A remoção e transporte rápido pode ser responsável por lesões irreversíveis / ■ Com a medicalização da emergência pré-hospitalar este número diminuiu para
fatais < 10% (“Stay and Play”)
Sefrin, 2007
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STAY AND PLAY STAY AND PLAY


FACTORES A FAVOR: FACTORES CONTRA:

■ Presença de uma equipa multiprofissional ■ Transferência de responsabilidades, para profissionais com pouca experiência
■ Se não há médico no local, nas situações mais complexas, os cuidados são ■ Falta de articulação e controle entre vários profissionais
prestados por enfermeiros segundo protocolos ■ Custos elevados (?)
■ Considerado por alguns autores um sistema mais avançado ■ Demora excessiva no local da ocorrência com actuações que nem sempre
■ Várias classes com elevada formação beneficiam as vitimas:
■ Possibilita inicio precoce do tratamento ■ Punção / fluidoterapia
■ Elevada qualidade na prestação de cuidados
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Tempos modernos Caso 08:20

“scoop and run” e “stay and play”

- Chamada efetuada para


BV locais.
“play and run” -Feminino, 80 anos que
concilia aspetos vantajosos de ambos métodos (práticas híbridas) vive só.
-Encontrada pelos
“(…) onde a presença de uma equipa médica se torna
aconselhável e indispensável para que os cuidados
familiares pela manhã,
prestados sejam adequados, evitando mortes (…)” caída sobre a lareira.
BELTRÁN, et al 2003 -“Toda queimada” 80%
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STAQ

- Pousaflores – Ansião – Leiria - H Pombal:


- Transporte para H Pombal (31,5 Km) -Observado
- Entrada H Pombal (9:03h) -EADs: RX, ECG, H, B
-8:20h -Realizado penso com Vit A -8:20h
-9:03h - Transferido para H Leiria -H Pombal
- 10:30h -9:03h
- 37,8 Km -10:30h (decisão)
- Entrada H Leiria (11:40h) -H Leiria
-11:40h
-Observado Cirurgia
-EADs: RX, ECG, H, B, T
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- H Pombal: - H Pombal:
-Observado -Observado
-EADs: RX, ECG, H, B -EADs: RX, ECG, H, B
-Realizado penso com Vit A -8:20h -Realizado penso com Vit A -8:20h
- Transferido para H Leiria -H Pombal - Transferido para H Leiria -H Pombal
- 10:30h -9:03h - 10:30h -9:03h
- 37,8 Km -10:30h - 37,8 Km -10:30h
- Entrada H Leiria (11:40h) -H Leiria - Entrada H Leiria (11:40h) -H Leiria
-11:40h -11:40h
-Observado Cirurgia -15:40h
-Observado Cirurgia -15:40h
-EADs: RX, ECG, H, B, T -CHUC CT -EADs: RX, ECG, H, B, T -CHUC CT
- Transferido para CHUC -16:50h - Transferido para CHUC -16:50h
- 15:40h - 15:40h
- 68.9 Km - 68.9 Km
-Entrada CHUC -Entrada CHUC
-CT / ET (16:50h) -CT / ET (16:50h)
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- H Pombal:
-Observado Legislação / Normativas
-EADs: RX, ECG, H, B
-Realizado penso com Vit A -8:20h • Despacho 1947/2016 – cria a comissão nacional do trauma
- Transferido para H Leiria -H Pombal
- 10:30h -9:03h • Despacho n.º 8977/2017 – cria nova comissão do trauma (revoga o
- 37,8 Km -10:30h anterior)
- Entrada H Leiria (11:40h) -H Leiria
-11:40h • Respeitando as competências das ordens profissionais, deve a Comissão promover a
-Observado Cirurgia -15:40h
colaboração nos seus domínios de atuação com as diferentes ordens profissionais,
nomeadamente deve promover a audição obrigatória no âmbito das suas especificidades
-EADs: RX, ECG, H, B, T -CHUC CT técnicas, a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros e a Ordem dos Psicólogos
- Transferido para CHUC -16:50h
- 15:40h -UQ • Circular Normativa nº 07/DQS/DQCO de 31/03/2010 - Organização dos
- 68.9 Km -17:30h Cuidados Hospitalares Urgentes ao Doente Traumatizado
-Entrada CHUC ---------------
-9:10h • NORMA: 012/2022 - Via Verde do Trauma no Adulto
-CT / ET (16:50h)
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-138km
-UQ (17:30h)

Conceito via verde Via verde trauma (NORMA: 012/2022)


• A Via Verde do Trauma (VVT) é parte integrante do Sistema Integrado
• As Vias Verdes são essenciais não só para melhorar as acessibilidades de Emergência Médica (SIEM), utilizando a totalidade dos seus meios,
como para permitir os tratamentos mais eficazes, dado que o fator nomeadamente pré-hospitalar e hospitalar.
tempo, entre o início de sintomas e o diagnóstico/tratamento é
• Todos os pontos da Rede de Trauma fazem parte da VVT.
fundamental para a redução da morbilidade e mortalidade.
• Pressupõe, genericamente, e sem prejuízo das recomendações
• Surgem para colmatar falhas na rede de urgência: constantes do documento “Normas de Boa Prática em Trauma”, da
• Referenciação Competência em Emergência Médica, Ordem dos Médicos, publicado
• Sobrelotação em 2009, os 5 requisitos cumulativos seguintes:
• Resposta tardia • Critérios de activação da Equipa de Trauma (Triagem)
• Existência de equipa de trauma organizada, com coordenador definido
• Registos
• Avaliação primária (realizada em menos de 20 minutos)
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• Avaliação secundária (realizada em menos de 1 hora)

Via verde trauma Via verde trauma


Compete ao Conselho de Administração de cada instituição enquadrada na RT pugnar
Na VVT definem-se como níveis de intervenção da RT diversos pela disponibilização dos recursos necessários à efetiva implementação da VVT:
patamares de atendimento, que devem ser organizados de forma a a) Prever os procedimentos necessários para as instalações, material e equipamento
prever o acesso a capacidade cirúrgica em menos do que 45 minutos de indicados para a abordagem da vítima de trauma, assim como sistematizar a
tempo de trajeto a partir do local de ocorrência: organização dos meios humanos existentes e efetuar o balanço do eventual
recrutamento de recursos humanos requerido, com a promoção da respetiva
a) Pré-Hospitalar (Pré-H); formação específica e adequada;
b) Serviço de Urgência Básico (SUB); b) Disponibilizar o contacto telefónico atualizado dedicado à VVT para conhecimento
de todos os intervenientes;
c) Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico (SUMC); c) Reunir os meios necessários para participar no Registo Nacional de Trauma (RNT),
que engloba o requerido para a VVT;
d) Serviço de Urgência Polivalente (SUP), alguns dos quais poderão ter
Centros de Trauma (CT), o polo mais diferenciado dos diversos d) Os SUMC, SUP/CT devem ainda:
i. Nomear um Médico Coordenador Local da VVT, informando a Comissão Regional do Trauma
níveis. do elemento nomeado;
ii. Assegurar as condições necessárias para a formação específica do Coordenador Local da VVT
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e o cumprimento dos seus deveres e funções.

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Via verde trauma Via verde trauma


• Todos os Serviços de Urgência (SU) da RT devem ter uma Equipa de Trauma (ET) • No SUB, a ET deve:
imediatamente disponível, constituída por um chefe, médico, da ET e diversos • Realizar a avaliação inicial da vítima de trauma;
profissionais de saúde • Avaliar a necessidade de transferência para outro ponto da RT;
• Fazer o transporte imediato ao ponto de RT decidido (em articulação com o
• EQUIPA DE TRAUMA DE UM SERVIÇO DE URGÊNCIA BÁSICO - SUB CODU, preferencialmente em meio de transporte do INEM), fazendo bypass à
• Médico (2 elementos) - Formação em Medicina de Emergência – SAV; Formação rede de referenciação geral, desde que cumpridos os critérios constantes do
Avançada em Trauma. algoritmo de avaliação e referenciação para centro de trauma (Fluxograma);
• Enfermeiro (2 elementos) - Enfermeiros Especialistas em Médico-Cirúrgica, na
área da Pessoa em Situação Crítica ou com Competências Acrescidas em
Emergência Extra-Hospitalar
• Assistente Operacional - Conhecedor da metodologia de trabalho de uma SE,
com formação em SBV e Técnicas de Trauma e imobilização.
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Via verde trauma Via verde trauma – Equipa SUMC


No SUMC e no SUP, a ET deve: 1. Médico Coordenador da ET Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em
Trauma. Competência em Emergência Médica
• Realizar a avaliação inicial da vítima de trauma;
2. Médico de Medicina Interna Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em
• Realizar a avaliação secundária; Trauma. Competência em Emergência Médica
• Avaliar a necessidade de transferência para outro ponto da RT, nos termos do ponto 3. Médico Medicina Intensiva (ou, na sua ausência, Médico com as competências descritas) Formação em
33 da presente Norma (guia de TDC OM); Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em Trauma. Competência em Emergência Médica
4. Médico de Imunohemoterapia Formação e experiência em trauma
• Se necessário, efetuar o transporte ao ponto da RT mais adequado (em articulação
com o CODU), depois da estabilização inicial e as medidas de controlo de dano; 5. Médico Anestesiologista Formação em Medicina de Emergência – SAV; Formação Avançada em Trauma;
Competência em Emergência Médica.
6. Médico Cirurgião Geral Formação em Medicina de Emergência – SAV; Formação Avançada em Trauma;
Competência em Emergência Médica.
7. Médico Ortopedista Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência.
8. Enfermeiro (2 elementos) Enfermeiros Especialistas em Médico-Cirúrgica, na área da Pessoa em Situação
Crítica ou com Competências Acrescidas em Emergência Extra-Hospitalar
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9. Assistente Operacional Conhecedor da metodologia de trabalho de uma SE, com formação em SBV e
Técnicas de Trauma e imobilização.

Via verde trauma – Equipa SUP sem CT Via verde trauma – quipa SUP sem CT
1. Médico Coordenador da ET Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em 9. Médico Radiologista Formação e experiência em trauma
Trauma. Competência em Emergência Médica;
10.Enfermeiro (2 elementos) Enfermeiros Especialistas em Médico-Cirúrgica, na área da
2. Médico de Medicina Interna Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em
Trauma. Competência em Emergência Médica Pessoa em Situação Crítica ou com Competências Acrescidas em Emergência Extra-
Hospitalar
3. Médico de Medicina Intensiva Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em
Trauma. Competência em Emergência Médica 11.Enfermeiro Suplementar (se necessário) Experiência em cuidados de emergência - SAV,
4. Médico Imunohemoterapeuta Formação e experiência em trauma Suporte Avançado de Vida em Trauma
5. Médico Anestesiologista Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em Trauma. 12.Assistente Operacional Conhecedor da metodologia de trabalho de uma SE, com
Competência em Emergência Médica. formação em SBV e Técnicas de Trauma e imobilização
6. Médico-cirurgião Geral Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em Trauma.
Competência em Emergência Médica.
7. Médico Ortopedista Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência
8. Médico Neurocirurgião Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência
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Via verde trauma Via verde trauma – quipa SUP com CT


• No CT, a ET deve ter capacidade para, além de fazer a avaliação inicial e secundária 1. Médico Coordenador da ET Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em
da vítima de trauma, prestar os cuidados com vista ao tratamento definitivo. Trauma. Competência em Emergência Médica;
2. Médico de Medicina Interna Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em
Trauma. Competência em Emergência Médica
3. Médico de Medicina Intensiva Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em
Trauma. Competência em Emergência Médica
4. Médico Pneumologista Experiencia em fibroscopia.
5. Médico Gastroenterologista Experiencia em Endoscopia
6. Médico Cardiologista Experiencia em cardiologia de intervenção
7. Médico Anestesiologista Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em Trauma.
Competência em Emergência Médica.
8. Médico Imunohemoterapeuta Formação e experiência em trauma
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9. Médico de Medicina Fisica e reabilitação

Via verde trauma – quipa SUP com CT Via verde trauma – quipa SUP com CT
10. Médico-cirurgião Geral Formação em Medicina de Emergência - SAV; Formação Avançada em Trauma. 19. Médico Neurocirurgião Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência
Competência em Emergência Médica.
20. Médico Radiologista Formação e experiência em trauma e intervenção de emergência
11. Médico Ortopedista Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência
21. Médico de Neuroradiologia Formação e experiência em trauma e intervenção de emergência
12. Médico de Cirurgia MaxiloFacial Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência
22. Enfermeiro (2 elementos) Enfermeiros Especialistas em Médico-Cirúrgica, na área da Pessoa em Situação
13. Médico de Cirurgia Plástica Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência Crítica ou com Competências Acrescidas em Emergência Extra-Hospitalar
14. Médico de Cirurgia Torácica Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência 23. Enfermeiro Suplementar (se necessário) Enfermeiros Especialistas em Médico-Cirúrgica, na área da
Pessoa em Situação Crítica ou com Competências Acrescidas em Emergência Extra-Hospitalar
15. Médico de Cirurgia Vascular Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência
24. Assistente Operacional Conhecedor da metodologia de trabalho de uma SE, com formação em SBV e
16. Médico de Cirurgia Urologia Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência Técnicas de Trauma e imobilização
17. Médico de Oftalmoçogia Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência
18. Médico de Otorrinolaringologia Formação e experiência em trauma e cirurgia de emergência
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Via verde trauma Via verde trauma


• Todos os Serviços de Urgência (SU) da RT devem ter uma Equipa de Trauma (ET) • O CT deve ser constituído num SUP que disponha de acesso às seguintes valências
imediatamente disponível, constituída por um chefe, médico, da ET e diversos de diagnóstico e tratamento:
profissionais de saúde a) Valências Médicas: Medicina Interna, Medicina Intensiva, Pneumologia com
• Os SUMC, SUP e CT devem ter um Médico Coordenador Local da VVT que assume as Fibroscopia, Gastroenterologia com Endoscopia, Cardiologia com capacidade de
seguintes competências: fazer Intervenção, Pediatria, Imuno-Hemoterapia e Medicina Física e Reabilitação;
a) Promover a implementação local da VVT, escala médica VVT (...) b) Valências Médico-Cirúrgicas: Anestesiologia, Cirurgia Geral, Ortopedia,
Neurocirurgia, Cirurgia Maxilo-Facial, Cirurgia Plástica, Cirurgia Cardio-Torácica,
b) Identificar as necessidades formativas dos vários elementos da ET...; Cirurgia Vascular, Cirurgia Pediátrica, Urologia, Oftalmologia e
c) Promover e participar na formação em VVT ...; Otorrinolaringologia;
d) Promover a realização dos índices de gravidade respeitantes aos casos de c) Enfermagem: Enfermeiros Especialistas em Médico-Cirúrgica na área da Pessoa
trauma major (que ativaram a ET); em Situação Crítica ou com Competências acrescidas em Emergência Extra-
e) Auditar a introdução dos dados referentes aos casos de trauma major ...; Hospitalar;
f) Articular com a Comissão Nacional de Trauma, as Comissões Regionais de d) Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT): Patologia Clínica
Trauma que vierem a ser criadas .... com Toxicologia e Imagiologia (Radiologia e Neurorradiologia) diagnóstica e de
Intervenção;
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e) Sistema de informação integrado no Registo Nacional de Trauma (RNT).

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Via verde trauma - Formação Formação


• Deve ser realizada formação específica e reconhecida com idoneidade conferida
segundo a legislação aplicável e os sistemas de acreditação nacionais e Cursos de abordagem do traumatizado / Curso de competências não técnicas / SAV / inicia dia 14 para AO /SBV
internacionais atendíveis para os intervenientes da ET:
a) Formação avançada em trauma para médicos e enfermeiros;
b) Formação básica em técnicas de trauma e imobilização para outros
profissionais.
• A formação avançada em trauma deve ser apoiada em cursos de trauma
reconhecidos pelas sociedades científicas da área. A formação básica fica à
responsabilidade de cada instituição, delegada no seu coordenador local da VVT, de
acordo com as necessidades institucionais.
• A formação em Suporte Avançado de Vida (SAV) deve ser obrigatória para todos os
médicos e enfermeiros das ET e deve ser apoiada em cursos certificados pelo INEM
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Avaliação e referenciação
para Centro de Trauma Ativação da equipa VVT
Pré-hospitalar Intra-hospitalar
Inter-hospitalar
CODU / INEM / Meios Triagem / outro sector SU

Coordenador ET
✆ contacto direto

Mobiliza meios humanos e técnicos adequados:


• Ativação da ET de acordo com os critérios de gravidade
• Convoca elementos da ET base e considera a inclusão
de elementos da ET alargada, ou consultiva
Ativa código laranja Bloco Operatório
Ativa protocolo de transfusão maciça
Ativa MCDs
Ativa equipa de apoio necessária
Define Líder ET
Informa a ET acerca do doente (AT-MIST)
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CRITÉRIOS DE ATIVAÇÃO DA EQUIPA DE TRAUMA


Frequência Respiratória < 10 ou > 29 Cpm
CRITÉRIOS DE ATIVAÇÃO DA EQUIPA DE TRAUMA
Repercussões
Fisiológicas
da Lesão

SaO2 < 90% com O2 suplementar


PAS < 90 mmHg
Escala de Coma de Glasgow (ECG) < 14 ou queda superior ou igual a 2 pontos desde o acidente 1. Repercussões Fisiológicas da Lesão:
Fratura do crânio com afundamento • Frequência Respiratória < 10 ou > 29 Cpm
Traumatismo vertebro-medular • SaO2 < 90% com O2 suplementar
Anatomia da Lesão

Retalho costal móvel • PAS < 90 mmHg


Fratura de 2 ou + ossos longos (úmero, fémur, tíbia)
• Escala de Coma de Glasgow (ECG) < 14 ou
Fratura instável da bacia queda superior ou igual a 2 pontos desde o
Amputação proximal ao punho e/ou ao tornozelo acidente
Amputação de membro ou parte deste, com potencial para reimplantação (viabilidade do segmento)
Queimaduras Major: 2o Grau > 20% ou 3o Grau > 5% (face, pescoço, tórax circunferenciais, mãos e pés
Queimaduras com inalação
Trauma penetrante: cabeça, pescoço, tórax, abdómen, períneo, proximal ao cotovelo e ou joelho
Mecanismo

Qualquer mecanismo com projeção da vítima


da Lesão

Encarceramento sico ou mecânico (mais de 30 minutos)


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Quedas superiores a 6 metros


Evento Multi-Vítimas (com 5 ou mais vitimas) Enforcamento, submersão ou afogamento

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CRITÉRIOS DE ATIVAÇÃO DA EQUIPA DE TRAUMA CRITÉRIOS DE ATIVAÇÃO DA EQUIPA DE TRAUMA


2. Anatomia da Lesão:
2. Anatomia da Lesão:
• Fratura do crânio com afundamento
• Fratura do crânio com afundamento
• Traumatismo vertebro-medular • Traumatismo vertebro-medular
• Retalho costal móvel • Retalho costal móvel
• Fratura de 2 ou + ossos longos (úmero, fémur, tíbia) • Fratura de 2 ou + ossos longos (úmero, fémur,
tíbia)
• Fratura instável da bacia
• Fratura instável da bacia
• Amputação proximal ao punho e/ou ao tornozelo
• Amputação proximal ao punho e/ou ao tornozelo
• Amputação de membro ou parte deste, com
potencial para reimplantação (viabilidade do • Amputação de membro ou parte deste, com
segmento) potencial para reimplantação (viabilidade do
segmento)
• Queimaduras Major: 2º Grau > 20% ou 3º Grau > 5%
(face, pescoço, tórax circunferenciais, mãos e pés • Queimaduras Major: 2º Grau > 20% ou 3º Grau >
5% (face, pescoço, tórax circunferenciais, mãos e
• Queimaduras com inalação pés
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• Queimaduras com inalação

CRITÉRIOS DE ATIVAÇÃO DA EQUIPA DE TRAUMA Via verde trauma – Equipa base


3. Mecanismo da Lesão:
• Trauma penetrante: cabeça, pescoço, tórax, abdómen,
TL TL – Team Leader – Cirurgião / intensivista
períneo, proximal ao cotovelo e ou joelho A A - Via Aérea – Anestesista ou intensivista
• Qualquer mecanismo com projeção da vitima
• Encarceramento físico ou mecânico (mais de 30 minutos) B B - Via Aérea – Anestesista ou intensivista
• Quedas superiores a 6 metros
• Evento Multi-Vítimas (com 5 ou mais vítimas) Enforcamento,
AB A/B - Enfermeiro
submersão ou afogamento
C
C – Circulação – Cirurgião
C C – Circulação – Enfermeiro
AO Assistente operacional
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Via verde trauma - Equipa Via verde trauma - Equipa


Apresentação:
Briefing I - Identificação
Briefing
S - Situação
TL B - Background (histórico)
A - Avaliação
AO
R - Recomendação
A
Distribuição de funções
AB C
Transmissão de informação:
B C
A - Age
T - Time
M - Mechanism os incident
I - Injuries suspected
S - Signs and symptoms
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T - Treatments

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Via verde trauma - Equipa Via verde trauma - Equipa


Equipa que acompanha o
A

A
doente
T T
Transmite de informação:
B

B
A - Age
The “5-second round” T - Time
Handover: (hands off)
• O paciente está consciente ou inconsciente? M - Mechanism os incident
AB

AB
toda a equipa deve ouvir a
• A via aérea esta permeável? I - Injuries suspected
transmissão de informação da
• A ventilação e oxigenação estão adequadas?
• Há sinais de hemorragia exsanguinante?
equipa que acompanha o S - Signs and symptoms
C

C
• Há deformidades major na cabeça, pescoço, tronco ou membros?
doente (exceto se emergência T - Treatments
com risco vital)
• Verificar temperatura e coloração da pele na pesquisa de pulso
C

C
T T
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AO

AO
Via verde trauma - Equipa Via verde trauma - Equipa
A

A
T
B

B
AB

AB
C

C
C

T
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AO

AO

Via verde trauma - Equipa Abordagem inicial (<20min)

C – Catastrophic haemorrhage control  Controlo de hemorragias severas


A – Airway  Via aérea com controle cervical
B – Breathing  ver, ouvir, sentir e … ventilar adequadamente
C – Circulation  Pulso, Hemorragias, acessos, reposição de volémia (estado hemodinâmico)
D – Disability  Avaliação da Disfunção neurológica
E – Exposure  Exposição total com controle de temperatura e preparação para a
abordagem secundária
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12/03/2023

Avaliação secundária (<60 minutos) Avaliação secundária (<60 minutos)


• Obtenção de história detalhada usando a mnemónica AMPLE (CHAMU)
• Exame físico completo, incluindo todas as regiões corporais: áreas facilmente
F – Full Sinais vitais / Familia / Five intervenções esquecidas como o couro cabeludo, olhos (uso de lentes de contato ou óculos), o
G – Give conforto pescoço, o dorso e o períneo
• Analgesia adequada
H – História / Head-to-toe • Profilaxia antibiótica, se indicada
I – Inspeccionar a região posterior • Profilaxia antitetânica, se indicada
• Análises clínicas complementares dirigidas à situação específica
• Registos de dados que permitem a caracterização da situação (documentação)
• Avaliação da evolução da resposta à terapêutica instituída
• Identificação de problemas e definição de diagnósticos provisórios
• Formulação de um plano de atuação incluindo o tratamento e encaminhamento da
vítima de trauma
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Avaliação secundária (<60 minutos) Via verde trauma - Equipa


Deve ainda decidir-se sobre: Debriefing
Realização de novos/outros exames complementares de diagnóstico
Cirurgia em segundo tempo (pelas razões anteriores ou outras)
TL
Nível de observação / internamento
Avaliação da necessidade de transferência para outro ponto, nível superior, da rede de
urgências. A AO

AB C

B C

• Como se sentiram na equipa?


• O que correu bem?
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• O que podemos melhorar?

Formação Formação
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12/03/2023

ORGANIZAÇÃO DE RECURSOS CONCLUSÕES


• Os cuidados numa situação de • Não podemos esquecer que a sociedade, de um modo geral, espera que os
emergência exigem rapidez, eficiência, profissionais de saúde saibam atuar corretamente em situação de
conhecimento científico e habilidade emergência.
técnica.
• Os profissionais de saúde devem estar preparados para atuar de forma
• É fundamental uma infra-estrutura e
sistematizada e padronizada numa situação de emergência.
equipamentos adequados, e a
realização de um trabalho harmonioso • Organizar material e equipamento;
e sincronizado, pois a atuação em • A formação e atualização permanente é fundamental;
equipa é necessária para se atingir a
• Protocolar atuações em emergência;
recuperação do doente.
• Atuação protocolada • Criar equipas de trauma / emergência competentes
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“Não foram os nossos utentes que nos


escolheram, nós é que escolhemos
cuidar deles”

[email protected]úde.pt
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