A Fraude Do Código Da Vince
A Fraude Do Código Da Vince
A Fraude Do Código Da Vince
úo
Código Oatfinci
• Jesus se casou com Maria Madalena, sua legítim a sucessora e tíder
da igreja primitiva,
• Jesus nunca foi Deus. Trata-se de uma mentira inventada pelo
imperador Constantino no Concilio de Nicéia.
• Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João não ensinam a
verdade sobre Jesus. A igreja teria escondido os verdadeiros
evangelhos escritos pelas seitas gnósticas.
• Leonardo da Vinci manteve essas informações em suas pinturas
mundialmente famosas.
IS B N 85-7 367-879-8
9 7 8 8 5 7 3 6 7 8 7 9 6 >
j S u p e r v is ã o de p ro d u ção
S a n d r a L f.itf .
E ditora filia d a a
G e rên c ia f in a n c e ir a
C â m a r a B r a s ile ir a d o L iv r o S é r g i o L im a
A s s o c ia ç ã o B r a s il e ir a
de E di to res C r is t ã o s G e rê n c ia de c o m u n ic a ç ã o e m a r k e tin g
A s s o c ia ç ã o N a c io n a l ,
S é r g io P a v a r in i
de L iv r a r i a s
G e rê n c ia e d ito r ia l
A s s o c i a ç ã o N a c i o n a l d i;
S o la n g f . M o n a c o
L iv r a r ia s E v a n g é l ic a s
Coordenação editorial
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A cruz d e H itler
Os brados da cruz
10 m entiras sobre Deus
Um m inuto depois dã m orte
©2004, de Erwin I.I'Ixhr
D e pastor p a ra pastor Título do original The
7 razões p ara con fia r na Da Vinci deception ,
edição publicada pela
Bíblia T y n d a le H o u s e P u b lls h e r s ,
A serpente do Paraíso (Wheaton, Illinois, eua)
M A Z IN H O RODRIGUES
A nossos bons amigos, David e Nancy Lagerfeld,
que me alertaram para o fato de alguns leitores de
0 código Da Vinci estarem confundindo lendas com
fatos e superstições com história séria. O compro
misso deles com o Jesus autêntico ajudou outras
pessoas a encontrar o caminho.
Agradeço a Erwin Lutzer por lançar esse petardo
sobre o rematado embuste apresentado em O códi
go Da Vinci. As heresias do gnosticismo dos séculos
II e III estão vivas e em plena forma. Que este livro
possa liquidar com essas heresias em nossos dias.
DR. R. C . S p r o u l
Fundador e presidente do Ligonier Ministries
e autor de Salvo de quê? (Vida)
D r. J a c k G rah am
Pastor da Prestonwood Baptist Church, Plano, Texas
Presidente da Southern Baptist Convention
sumár i o
nofa do autor
O enigma de Jesus 11
pre fá cio
Um breve exame de O código Da Vinci 13
um
O cristianismo, um político e um credo 25
dois
Aquela outra Bíblia 45
três
Jesus, Maria Madalena e a busca pelo
Santo Graal 67
qu a tro
Banidos da Bíblia: por quê? 87
cinco
Uma bem-sucedida busca por Jesus 107
seis
Caminhos discordantes: a igreja
e seus adversários 125
epílogo
Do meu coração para o seu 145
n o t a do a u t o r
0 enigma de Jesus
Um breve exame
de 0 (óêigo Da Vinci
2Ibid ., p. 309.
5Busca da purificação espiritual por meio do flagelo físico.
(N. do T.)
A fraude do código Da Vinci
REVELANDO 0 EMBUSTE
Considerando que O código Da Vinci afirma ser semi-his-
tórico, é importante perguntar: “Esse livro é digno de cré
dito?”. Muitos se perguntam onde Brown cruza a linha en
tre a verdade e a ficção, o fato e a fantasia. Há a possibilida
de de que algum dia, em algum lugar, venhamos a desco
brir que sua versão da história tem credibilidade?
Escrevi este livro na tentativa de responder a essas e a
outras perguntas. Examinaremos temas como o Concilio
de Nicéia, os evangelhos gnósticos, o cânon do Novo Testa
mento e as pinturas de Leonardo da Vinci. Poderia Jesus
não ter passado de um líder inspirado que fundou um mo
vimento religioso? Os gnósticos representam uma forma
primitiva de cristianismo usurpada pelos apóstolos machistas
do Novo Testamento? Ao responder a essas questões, creio
que sua fé será não apenas desafiada, mas fortalecida.
A fraude do código Da Vinci
7P. 135.
Um breve exame de 0 código Da Vinci
3Ibid., p. 134.
A fraude do código Da Vinci
BEM-VINDO AO CONCILIO
Pessoas criadas em um país em que a religião, em grande
medida, é de caráter privado e a diversidade é aceita de
bom grado, podem achar difícil acreditar que, no início do
século IV, as disputas doutrinárias estivessem dividindo o
Império de Constantino. Conta-se que, se você comprasse
um pão no mercado de Constantinopla, poderiam lhe per
guntar se você cria que Deus Filho fora ou não gerado. E,
se perguntasse sobre a qualidade do pão, poderiam dizer-
lhe que o Pai é maior e o Filho, menor.
Contribuindo para essas controvérsias, havia um homem
chamado Ario, que vinha ganhando muitos seguidores ao
0 GRANDE DEBAIE
Mais de trezentos bispos se reuniram em Nicéia a fim de
solucionar as questões sobre cristologia, ou seja, a doutrina
'Ibid., p. 51.
A fraude do código Da Vinci
OS PAIS DA IGREJA
Permita-me apresentar alguém que ansiava morrer por Je
sus. Essa era a atitude de Inácio, bispo de Antioquia, na
Síria. Em 110 d.C., escreveu uma série de cartas a diversas
igrejas enquanto era levado para ser martirizado em Roma.
O ponto central de sua doutrina era a convicção de que
34 Cristo era Deus encarnado. “Há um único Deus que se
manifesta por meio de Cristo Jesus, seu filho .”9 Outra fon
te é ainda mais específica: Inácio fala a respeito de Jesus
como “Filho de M aria e Filho de Deus [...] Jesus Cristo,
nosso Senhor”, e chama a Jesus “Deus encarnado”. Na ver
dade, chega a referir-se a ele como “Cristo Deus” .10 Lembre-
se de que isso foi escrito completos duzentos anos antes do
Concilio de Nicéia!
Dentre outros exemplos, figuram os seguintes:
15http://www. tertullian.org
0 cristianismo, um político e um credo
l6Ibid.
,7Ibid.
A fraude do código Da Vinci
2P. 2 6 1 .
3D avid van BlEMA, T h e lo st G ospels, T im e, 22 dez. 2 0 0 3 ,
p. 56.
A fraude do código Da Vinci
4Ibid., p. 56.
Aquela outra Bíblia
5Ibid., p. 56.
Aquela outra Bíblia
Auloria espúria
Para começo de conversa, nem mesmo o pesquisador mais ^
radicalmente liberal acredita com seriedade que o E vange
lho de Tomé tenha sido escrito pelo Tomé do Novo Testa
mento, ou que o Evangelho d e Filipe tenha sido escrito pelo
1'ilipe do Novo Testamento. Pode-se afirmar o mesmo dos
outros evangelhos gnósticos que ostentam o nome de após
tolos. Como poderemos ver, as datas dos documentos e os
locais em que foram escritos demonstram terem sido não
mais que meramente atribuídos aos apóstolos. Isso tinha por
linalidade emprestar-lhes credibilidade, dando assim a im
pressão de serem uma versão remota do cristianismo.
A igreja primitiva rejeitava completamente qualquer li
vro escrito sob pseudônimo, ou seja, por alguém usando o
nome de um apóstolo a fim de ganhar credibilidade. O
apóstolo Paulo, já a par desses escritos em sua época, escre
veu: “Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo
r à nossa reunião com ele, rogamos a vocês que não se dei
xem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia,
A fraude do código Da Vinci
m m DA HISTÓRIA
Podíamos passar mais tempo examinando os evangelhos
gnósticos; o que não deixaremos de fazer no próximo capí
tulo. Por ora, cabe perguntar: por que há o desejo cada vez
maior de aceitar esses textos? Vivemos na era pós-moderna,
na qual alguns historiadores afirmam que a história já não
deve ser a busca de fatos objetivos, mas, sim, da interpreta
ção desses fatos. A história, dizem eles, devia ser revisada
com o fim de reforçar a auto-estima e promover intenções
politicamente corretas.
Com base nessa mentalidade, a história pode ser molda
da conforme o desejo do indivíduo, a fim de alcançar os
objetivos desejados. Os registros do passado devem ser es
miuçados, editados e modificados para se amoldarem a nossa
época. Esse foi o motivo de um escritor pós-moderno dizer
que devemos fazer a sociedade reagir à “história imaginária
do passado” .11 Em outras palavras, o esforço de descobrir os
fatos deveria ser abandonado a favor de histórias de valor
psicológico.
Em 0 código Da Vinci, sir Leigh Teabing, o especialista
no Graal, diz que “a história sempre é escrita pelos vence
dores. Quando duas culturas entram em conflito, o perde
dor é obliterado, e o vencedor escreve a história — livros
,2P. 273.
13The Gnostic Gospels, The N ew York Times Book R eview, 20
jan. 1980, p. 3.
& fraude do código Da Vinci
CONHEÇA UM HISTORIADOR
Quando abrimos o Novo Testamento, ficamos impressio
nados com a diferença entre ele e os evangelhos gnósticos.
A diferença é, quase literalmente, a existente entre as trevas
e a luz. O escritor Lucas, por exemplo, apresenta a metodo
logia utilizada em seu trabalho histórico. Ele detalhou o que
os historiadores costumavam fazer quando os fatos eram
relevantes.
Ao ler a Bíblia, você descobrirá que a Palavra de Deus
chegou até nós de diversas formas. Algumas vezes Deus fa
lava diretamente com os profetas, revelando coisas que não
tinham como ser conhecidas de outra forma. Outras vezes
ele mesmo escrevia as palavras, como no caso dos Dez M an
damentos. Todavia, Deus também se utilizou de recursos
naturais, como no caso de Lucas, cujo livro foi escrito após
cuidadosa pesquisa.
No parágrafo de abertura, Lucas explica como seu livro
foi escrito:
,6P. 56.
17Time, p. 57.
, 8Ib id .
Aquela outra Bíblia
P. 262.
Jesus, Maria Madalena e a busca pelo Santo Graal
2Ibid., p. 255.
A fraude do código Da Vinci
6P. 475.
Jesus, Maria Madalena e a busca pelo Santo Graal
Nisso ela se voltou e viu Jesus ali, em pé, mas não o reco
nheceu.
Disse ele: “Mulher, por que está chorando? Quem você
está procurando?”
Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: “Se o senhor
o levou embora, diga-me onde o colocou, e eu o levarei”.
Jesus lhe disse: “Maria!” 75
Então, voltando-se para ele, M aria exclamou em
aramaico: “Rabôni!” (que significa “Mestre!”).
Jesus disse: “Não me segure, pois ainda não voltei para
o Pai. Vá, porém, a meus irmãos e diga-lhes: Estou vol
tando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus
de vocês” (Jo 20.14-17).
homem; logo, esse relato indicaria que ela e Jesus eram ca
sados. Mas trata-se sem dúvida de um ato espontâneo de
devoção. Jesus podia, com toda a certeza, ser tocado. Note
que mais tarde, quando as mulheres deixaram o sepulcro,
encontraram-no e “se aproximaram dele, abraçaram-lhe os
pés e o adoraram” (M t 28.9). Evidentemente, M aria não
era a única mulher com permissão para tocar Jesus. Nosso
Salvador não se deixava limitar por costumes culturais, quan
to mais um que impedisse uma mulher de tocar um ho
mem com decência.
M aria, com certeza, amava Jesus profundamente, mas
não há indício algum de um romance entre os dois. Foi
76 deveras uma mulher privilegiada e honrada por atrair a
misericórdia e o carinho do Salvador. E podemos nos rego
zijar pelo fato de serem da mesma forma aceitos todos os
que se achegam a Jesus. Após a ressurreição, M aria desapa
rece das páginas do Novo Testamento, voltando a surgir so
mente séculos mais tarde, na mitologia de ensinos ocultistas
vinculados ao movimento Nova Era.
Concordo que, de uma perspectiva histórica, a igreja fa
lhou em não dar à mulher seu lugar de direito no ministé
rio cristão. No entanto, não podemos aceitar a afirmação
de O código Da Vinci de que “Jesus foi o primeiro feminis
ta”, em virtude do significado que essa expressão assume na
sociedade atual. Jesus realm ente desprezou os tabus cultu
rais que atribuíam posição ignominiosa às mulheres, consi
derando-as cidadãs de segunda classe no Reino de Deus.
Nas Escrituras, as mulheres são iguais aos homens, ainda
que com funções diferentes.
Nao é preciso dizer que aqui não é lugar para debatermos
o papel da mulher na igreja. De qualquer forma, devemos
Jesus, Maria Madalena e a busca pelo Santo Graal
8P. 2 6 3 .
Jesus, M aria Madalena e a busca pelo Santo Graal
n Ibid., p. 479-81.
Jesus, Maria Madalena e a busca pelo Santo Graal
MARIA £ AS LENDAS
The Templar revelation [A revelação dos templários ]12 afirma
que Jesus e Maria eram casados, ou pelo menos parceiros
sexuais. Enquanto escreviam o livro, os autores passearam
por locais consagrados a M aria Madalena no sul da França,
14Ibid., p. 258.
A fraude do código Da Vinci
WS £ 0 CASAMENTO
Seria possível que Jesus tivesse se casado?
Dan Brown afirma que, na época de Jesus, era raro um
homem não ser casado. Além de tudo, sustenta que, por ser
humano, Jesus teria desejado relações sexuais e a compa
nhia de um a mulher. Todavia, isso não prova que Jesus era
casado. Sabemos com certeza que escritores do Novo Testa
mento como Mateus e João, os quais conheciam muito bem
a Jesus, não fazem nenhuma referência a esse casamento.
Ora, se tal casamento tivesse ocorrido, seria com certeza
mencionado.
Poderíamos especular a possibilidade de Jesus ter se casa-
do, um a vez que o casamento é “honrado e imaculado”.
Considerando que era um ser humano, ainda que sem pe
cado, podemos presumir que ele poderia ter se casado. No
entanto, tendo em mente que sua natureza era tanto hu
mana como divina, precisamos adm itir que é impensável
que Jesus, o homem-Deus, pudesse unir-se a uma pecadora
no mais íntimo elo físico possível ao ser humano. Caso tives
se casado, é de supor que teria sido com alguém tão santo
quanto ele, o que limitava suas opções de maneira drástica!
É lógico que algum dia Jesus se casará. Todos ansiamos
por seu futuro casamento. Jesus já está noivo de nós, a
igreja, sua noiva. Ele nao teria se casado na terra, sabendo
que seu casamento vindouro seria no céu. Naquele dia,
nós, juntam ente com M aria M adalena, seremos convida
dos para a ceia do casamento do Cordeiro, onde o casa
mento será consumado. Isso não acontecerá com uma
união física e sexual, mas na mais sagrada e íntim a comu
nhão que se pode conceber. Sim , Jesus se casará. Não com
A fraude do código Da Vinci
’ P. 2 4 8 .
h fraude do código Da Vinci
OS LIVROS BANIDOS
Os livros excluídos da Bíblia eram considerados pela igreja
primitiva pseudepigráficos, ou seja, textos fraudulentos que
os primeiros líderes da igreja consideravam fábulas produ
zidas por imaginações férteis. A história demonstra não ser
incomum o surgimento de lendas em torno de figuras fa
mosas, e não devíamos estranhar o fato de algumas pessoas
criarem superstições infundadas em torno de Jesus. Esses
são os livros que trazem os relatos mencionados há pouco:
narrativas fictícias sobre a infância de Jesus, entendimentos
Banidos da Bíblia: por quê?
0 DESENVOLVIMENTO DO CANON n
A Bíblia é um extraordinário conjunto de 66 livros unidos
em torno de um tema comum. Como uma tapeçaria, eles
tecem juntos a história da redenção provida por Deus para
a raça humana. O fato de esses livros terem sido reunidos,
aprovados e aceitos como a Palavra de Deus já é em si um
milagre da providência divina. Esboçar mais amplamente a
situação nos ajudará a manter os detalhes em perspectiva.
Muitas pessoas presumem que as decisões sobre quais li
vros incluir ou excluir foram tomadas por um concilio ecle
siástico reunido a portas fechadas, a debater os méritos de
cada livro, aceitando uns e rejeitando outros. Outros ima
ginam que esses livros foram reunidos “por acaso”, sem ne-
11hum critério específico que definisse se eram ou não dig
nos de constituir as Escrituras. Outros ainda pensam que as
• lecisoes foram tomadas segundo um sinistro plano de cen
sura, como alega O código Da Vinci.
Antes de tudo, vamos resumir a forma em que os livros
do Antigo Testamento foram reunidos. Isso nos fornecerá
A fraude do código Da Vinci
0 CÂNON £ ENCERRADO
Que dizer então sobre a alegação de que os livros do Novo
Testamento só foram definidos quarenta anos depois do
Concilio de Nicéia, o qual foi realizado em 325 d.C.? É
bem verdade que a lista completa dos 27 livros aceitos apa
rece pela primeira vez na mensagem de Páscoa de Atanásio,
em 367 d.C. No entanto — e isso é muito importante —
naquela altura, esse cânon de 27 livros, com algumas varia
ções, já vinha funcionando como regra na igreja por mais 99
de 250 anos!
Vimos no capítulo 1 que Constantino não decidiu quais
livros seriam incluídos no cânon; na verdade, o assunto do
cânon nem foi abordado no Concilio de Nicéia. Naquela
época, a igreja primitiva lia um cânon de livros já conside
rado Palavra de Deus havia duzentos anos.
No entanto, o que Constantino efetivamente fez foi in
cumbir o historiador Eusébio de Cesaréia de produzir cin
qüenta Bíblias, para serem copiadas em pergaminhos de
boa qualidade, por escribas capacitados, e utilizadas nas igre
jas de Constantinopla. Seria ótimo termos uma lista do ma
terial incluído, para então verificar quais livros do Novo Tes
tamento foram incluídos nessas cópias.
No entanto, ainda que não haja cópias dessas Bíblias,
temos todos os motivos para crer que a lista dos livros in
cluídos no Novo Testamento era a mesma do nosso cânon
atual. E E Bruce, que ocupou durante vinte anos a cátedra
Rylands de Crítica Bíblica e Exegese na Universidade de
A fraude do código Da Vinci
ííb id .) p. 204.
Banidos da Bíblia: por quê?
Uma bem-sucedida
busca por Jesus
MSUS M A R
Talvez nenhum grupo de estudiosos tenha feito mais para
tentar desacreditar o perfil do Jesus apresentado no Novo
2Ibid., p. 3 6 2 -3 .
Uma bem-sucedida busca por Jesus
6Ib id ., p. 2 6 -7 .
A fraude do código Da Vinci
7I b id . , p. 28.
Uma bem-sucedida busca por Jesus
TESTEMUNHO OCULAR
O apóstolo Pedro, sabendo que sua morte se aproximava,
quis deixar para seus leitores o último testemunho sobre a
historicidade de Jesus. Ele escreve: “Considero importante,
enquanto estiver no tabernáculo deste corpo, despertar a
memória de vocês, porque sei que em breve deixarei este
A fraude do código Da Vinci
124
Caminhos discordantes:
a igreja e seus adversários
CRENÇAS PREDOMINANTES
Hoje em dia, é notório que as pessoas procuram conectar-
se ao mundo metafísico. Caminhe por uma livraria e verá
muitas prateleiras dedicadas à busca espiritual. Temos li
vros e programas de televisão que falam sobre cura e espi
ritualidade, autoconhecimento e espiritualidade e, lógico,
sexo e espiritualidade. Existem muitos caminhos, e todos
A frau d e do código Da Vinci
Q UALM JS?
Em geral, podemos dizer o seguinte: os gnósticos acredita
vam que a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus
eram irrelevantes. Acreditavam que esses acontecimentos
não tinham nenhum efeito sobre a nossa salvação. O que
lhes interessava era a presença imediata de Cristo, acessível
AUTO-SALVACÃO
Para os gnósticos também, quando encontramos a Deus,
estamos na verdade encontrando a nós mesmos, pois o co
nhecimento do eu é o conhecimento de Deus. Assim, a te
ologia é na verdade antropologia. O que realmente faze
mos é acender a chama do sagrado existente em cada um
de nós. Deus, independentemente do modo que o definir
mos, seja masculino, seja feminino, é na verdade uma ex
tensão de nós mesmos.
No Evangelho d e Tomé, quando os discípulos perguntam
a Jesus sobre aonde deveriam ir, ele responde: “Há luz no
interior do homem de luz e ele ilumina o mundo inteiro. Se
ele nao brilha, ele é escuridão”.5 Dessa forma, não somos
conduzidos para Cristo, que existe fora de nós como nosso
5Ibid„ p. 120.
Caminhos discordantes: a igreja e seus adversários
6Ibid., p. 122.
7Ibid„ p. 110-1.
A fraude do código Da Vinci
OS GNÓSTICOS ONTEM í T O
Os gnósticos com certeza aprovariam o Parlamento das Reli
giões Mundiais, a que compareci em 1993. No total, cerca
de 6 500 representantes de todas as partes do mundo se
reuniram para discutir a possibilidade de unificação das re
ligiões mundiais. As premissas básicas eram as seguintes:
salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, e
dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie’
(Ef 2.8,9).
Ao fechar este livro, eu o convido a curvar a cabeça di
ante de Cristo — não do Cristo de O código Da Vinci, mas
diante do Cristo do Novo Testamento, que a todos convida
para si, onde há graça e perdão. A um paralítico ele disse
“Filho, os seus pecados estão perdoados” (Mc 2.5), e a uma
mulher imoral ele deu este consolo: “Sua fé a salvou; vá em
paz” (Lc 7.50).
Após sua ressurreição e exaltação aos céus, Jesus afirmou:
“Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Ultimo. Sou Aque
le que Vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o
sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades” (Ap 1.17,18).
Essas são as palavras do Salvador em quem vale a pena
confiar.