Muros de Suporte Aula Maio 2023
Muros de Suporte Aula Maio 2023
Muros de Suporte Aula Maio 2023
1. DEFINIÇÃO E TERMINOLOGIA
Contenções são elementos ou
estruturas destinados a contrapor-se a
impulsos ou tensões geradas em maciço
cuja condição de equilíbrio foi alterada
por algum tipo de escavação, corte ou
aterro.
Existem vários tipos de conteções,
entre os quais os muros de suporte.
Muros de suporte são estruturas
corridas de contenção de parede vertical
ou quase vertical, apoiadas numa
fundação superficial ou profunda. Podem
ser construídos em alvenaria (tijolos ou
pedras) ou em betão (simples ou
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armado), ou ainda, de elementos
especiais.
Os muros de suporte podem ser de
vários tipos: gravidade (construídos de
alvenaria, betão, gabiões ou pneus), de
flexão (com ou sem contraforte) e com ou
sem tirantes.
crista
Terrapleno ou
corpo reaterro
tardoz
base
fundaçao dente
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2. TIPOS DE MUROS
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menos frequente, principalmente em
muros com maior altura (Figura 2).
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dos gabiões são: comprimento de 2m e
secção transversal quadrada com 1m de
aresta. No caso de muros de grande
altura, gabiões mais baixos (altura =
0,5m), que apresentam maior rigidez e
resistência, devem ser posicionados nas
camadas inferiores, onde as tensões de
compressão são mais significativas. Para
muros muito longos, gabiões com
comprimento de até 4m podem ser
utilizados para agilizar a construção. A
a) b)
6
c)
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longitudinalmente, cujo espaço interno é
preenchido com material granular grosso.
São estruturas capazes de se acomodar
a assntamentos das fundações e
funcionam como muros de gravidade.
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Fig.7. Outro exemplo de muro de contenção com sacos de
solo-cimento
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apresentam como vantagens o reuso de
pneus descartados e a flexibilidade.
Não se recomenda a construção de
muros de solo-pneus para contenção de
terrenos que sirvam de suporte a obras
civis pouco deformáveis, tais como
estruturas de fundações ou ferrovias, pois
o muro de solo-pneus é uma estrutura
flexível, sendo as deformações
horizontais e verticais ser superiores às
usuais em muros de peso de alvenaria ou
betão.
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Fig. 8. Muro de pneus
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Para muros com alturas superiores a 5
m, é conveniente a utilização de
contrafortes (ou nervuras), para aumentar
a estabilidade contra o tombamento
(Figura 10). Tratando-se de laje de base
interna, ou seja, sob o reaterro, os
contrafortes devem ser adequadamente
armados para resistir a esforços de
tracção. No caso de laje externa ao
reaterro, os contrafortes trabalham à
compressão. Esta configuração é menos
usual, pois acarreta perda de espaço útil
a jusante da estrutura de contenção. Os
contrafortes são em geral espaçados de
cerca de 70% da altura do muro.
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a)
b)
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a) Muro ancorado na base
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c) Muro ancorado (atirantado) em diversos níveis
3. INFLUÊNCIA DA ÁGUA
Grande parte dos acidentes
envolvendo muros de suporte está
relacionada ao acúmulo de água no
maciço. A existência de uma linha freática
no maciço é altamente desfavorável,
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aumentando substancialmente o impulso
total. O acúmulo de água, por deficiência
de drenagem, pode duplicar o impulso
actuante.
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incidem na superfície do talude,
considerando-se não só a área da região
estudada como toda a bacia de captação.
Diversos dispositivos (valetas
transversais, valetas longitudinais de
descida (escada), dissipadores de
energia, caixas colectoras etc.) podem
ser seleccionados para o projecto,
dependendo da natureza da área
(ocupação densa, com vegetação etc.),
das condições geométricas do talude, do
tipo de material (solo/rocha).
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(a) Canalete transversal (b) Canalete longitudinal (c) caixa de passagem
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(a) cobertura vegetal
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trincheiras drenantes longitudinais,
drenos internos de estruturas de
contenção, filtros granulares e geo-
drenos) têm como função controlar as
magnitudes de pressões de água e/ou
captar fluxos que ocorrem no interior dos
taludes. Estes sistemas tendem a causar
rebaixamento do nível piezométrico,
sendo o volume de água que flui através
dos drenos directamente proporcional ao
coeficiente de permeabilidade e ao
gradiente hidráulico. Com o rebaixamento
do nível piezométrico, o gradiente
hidráulico diminui e o fluxo então vai se
reduzindo progressivamente até se
restabelecer uma condição de regime
permanente
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Fig. 14. Redes de fluxo em muros
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Fig. 15. Sistemas de Drenagem – dreno inclinado
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Fig. 16- Sistemas de drenagem- dreno vertical
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b) Pormenor de tubo de drenagem (barbacã)
4. ESTABILIDADE DE MUROS DE
SUPORTE
4.1. Pré-dimesionamento
Na verificação de um muro de suporte,
seja qual for a sua secção, devem ser
investigadas as seguintes condições de
estabilidade: tombamento, deslizamento
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da base, capacidade de carga da
fundação e rotura global, como indica a
Figura 18.
O projecto é conduzido assumindo-se
um pré-dimensionamento (atribuição de
dimensões) e, em seguida, verificando-
se as condições de estabilidade.
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Durante a compactação do reaterro
surgem esforços horizontais adicionais
associados à acção dos equipamentos de
compactação.
Os impulsos resultantes podem ser
superiores aos calculados pelas teorias
de impulso activo. Há vários estudos
que têm sido feitos sobre isso.
E
av E FStomb = W.x1 + Eav.x2 ≥ 1,5.
a
W Eah. y1
E
x ah
1 y
x 1
2
A O B
Figura 19. Segurança contra o tombamento
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Fsdesl.=(Ep+S)/Ea≥K desl (=1,5)
W Ea
Ep
S
B
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4.5. Capacidade de Carga da Fundação
A capacidade de carga consiste na
verificação da segurança contra a rotura
e deformações excessivas do terreno de
fundação. A análise geralmente considera
o muro rígido e a distribuição de tensões
linear ao longo da base.
Se a resultante das forças actuantes
no muro se localizar no núcleo central da
base do muro, o diagrama de pressões
no solo será aproximadamente
trapezoidal. O terreno estará submetido
apenas a tensões de compressão.
A Figura 26 apresenta os esforços
actuantes na base do muro. A distribuição
de pressões verticais na base do muro
apresenta uma forma trapezoidal e esta
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distribuição não uniforme é devida à
acção combinada do peso W e do
Impulso E sobre o muro. As equações de
equilíbrio serão:
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Deve garantir-se que a base esteja
submetida a tensões de compressão (σmin
≥ 0); a resultante deve estar localizada no
terço central; ou seja, e ≤ B/6 , para
evitar pressões de tracção na base do
muro.
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será triangular e limitada apenas à
compressão.
Caso qualquer uma das condições não
seja obedecida, as tensões na base
deverão ser recalculadas com a nova
dimensão da base do muro,pois ocorreria
a situação verificada na figura 27 .
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4.7. Segurança contra a Rotura Global
A verificação de um sistema de
contenção quanto à sua segurança em
relação à estabilidade geral consiste na
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verificação de um mecanismo de rotura
global do maciço. Neste caso, a estrutura
de contenção é considerada como um
elemento interno à massa de solo, que se
pode deslocar como um corpo rígido.
Normalmente essa verificação consiste
em se garantir um coeficiente de
segurança adequado à rotação de uma
massa de solo que se desloca ao longo
de uma superfície cilíndrica.
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