Aula 2

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23/02/2023, 17:24 UNINTER

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
AULA 2

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23/02/2023, 17:24 UNINTER

CONVERSA
  INICIAL
Profª Margarete Terezinha de Andrade Costa
Nesta aula, conversaremos a respeito das formas de comunicação na sociedade e a lógica do discurso. Veremos, também, a importância da

leitura e sua compreensão, o papel da interpretação textual. Além disso, daremos ênfase aos diferentes níveis e técnicas de leitura.

Nosso objetivo é que, ao final desta aula, você seja capaz de reconhecer as diferentes formas de melhorar sua comunicação em suas relações

com os outros, refletir sobre a organização lógica do discurso, relacionar a leitura com a ampliação de seus conhecimentos e identificar os

diferentes níveis de leitura utilizando diferentes técnicas.

E, para isso, desejamos bons estudos!

TEMA 1 – COMUNICAÇÃO EM SOCIEDADE

Somos seres que vivemos em sociedade e nos relacionamos com diferentes pessoas, desta forma, precisamos nos fazer entender e

compreender os outros, e isso se dá por meio da comunicação social. O termo “comunicação social” pode ser considerado como redundante, visto

que para se comunicar precisamos estar nos relacionando socialmente.

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A comunicação, como já visto, é um processo de troca de informações por meio de um sistema simbólico; com o seu uso nos relacionamos
dentro e fora de nossos lares. Aí chegamos no nosso objetivo maior: a comunicação no ambiente de trabalho.

Precisamos ter clareza que no ambiente laboral a produção e transmissão de informações causam impactos que afetam diretamente nossa vida

em nossos afazeres. Assim, devemos sempre buscar uma eficácia na comunicação, e isso só se dá por meio de muito esforço, estudo, atenção e,

principalmente, dedicação.

A comunicação com visão mais humana tende a ter mais vantagens e superar mais facilmente os problemas. Da mesma forma, o incentivo à
expressão e participação de todos resulta em um maior engajamento e comprometimento. De tal modo, é necessário conhecer e dominar algumas

características da comunicação eficaz.

Veja alguns tópicos que a caracteriza:

Em que:

clareza – comunicações claras e específicas, sem “enrolação”;

consistência – comunicações com informações suficientes para serem entendidas;

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continuidade – comunicações sem interrupções, finalizadas;

frequência – comunicações constantes entre os diversos segmentos; e

rapidez – comunicações sem demora, em tempo real.

Desta forma, entendemos que a comunicação melhora quando é clara e objetiva, quando dispõe de informações completas para serem

entendidas, quando não é interrompida antes de ser finalizada, quando é uma constante nas relações e acontece sem demora.

Quem consegue atingir estas características, além de ser um bom comunicador, demonstra aspectos como autoconfiança, transparência,

respeito ao silenciar-se no momento oportuno, seriedade, responsabilidade, o que reflete os pontos fundamentais de um excelente profissional.

1.1 ATITUDES COMUNICACIONAIS

É possível desenvolver técnicas de comunicação pessoais que nos favoreçam nos relacionamentos familiares e profissionais. A mais importante

delas é ser claro; transmitir uma mensagem de forma objetiva e simples garante um entendimento maior do que estamos passando. Isso não

significa superficialidade, mas, sim, uma organização de pensamentos de modo que o seu interlocutor acompanhe seus processos e entenda o que

você está repassando. Se for necessário utilizar um vocabulário mais específico, explique os termos técnicos para ser o mais compreensivo possível.

Aqui entra um outro item bastante importante que é a concisão. Isto é, expressar uma ideia sendo o mais objetivo possível, evitando repetições
desnecessárias não sendo prolixo, o que acabando tornando a comunicação enfadonha. O ideal é dizer de forma direta, calma e pausada, dando

foco no que é importante e essencial na mensagem.

Para garantir que você seja compreendido é sempre interessante retificar, junto ao interlocutor, as ideias principais; assim, perguntar sobre o

que estão falando, pedir que repita o que foi dito ou dar tempo para que este questione ou reafirme a mensagem realizada. Além de garantir uma

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melhor comunicação, você está chamando atenção para sua fala e dando espaço para ouvir o outro, afinal, comunicar é trocar informações, e não
somente repassá-las.

Fique atento a sua linguagem não verbal, lembre-se que você pode estar falando alguma coisa, mas seu corpo, seus gestos, suas expressões
podem estar mostrando outras. Preste atenção também no comportamento de seu interlocutor, ele demonstra se está acompanhando, gostando,

concordando ou não com sua mensagem; coloque-se no lugar dele, se assim o fizer, conseguirá compreender a melhor forma de adequação da

mensagem repassada.

Se a comunicação puder ser programada, como em uma reunião, apresentação ou participação de uma equipe, o ideal é preparar itens para

serem abordados, não significa decorar uma fala, mas organizá-la para se ter mais segurança. Pensar nos prós e contras de cada proposição a ser

discutida, definir uma posição e ser flexível para ouvir novas e diferentes ideias. Afinal, ser espontâneo, estar preparado, conhecer o assunto

previamente fazem parte e são muito importantes na assertividade comunicativa.

Um ponto relevante é que toda comunicação tem uma intencionalidade, às vezes explícita e claramente reconhecida, outras, e essa é mais
preocupante, ela é implícita. Muitas vezes dizemos algo, mas na realidade a mensagem é outra ou está “escondida” entre termos, palavras, gestos

ou expressões. Assim, é necessário aprender a prestar atenção no que e como é dito algo. Isso, tanto na emissão quanto na recepção de uma

mensagem. Desta forma, a limpidez e empatia são importantes, isso ultrapassa os simbolismos e metáforas utilizadas. De tal modo, buscar entender

o porquê de uma comunicação e procurar compreender sua essência é fundamental.

A comunicação acontece em diferentes situações, em níveis. Esses estão interligados e cada um engloba o outro conferindo qualidades e

características.

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Veja cada uma delas:

comunicação interpessoal – dá-se entre duas ou mais pessoas frente a frente, é distinguida pela informalidade e pela flexibilidade;

comunicação grupal – desenvolve-se em pequenos grupos, é muito semelhante à comunicação interpessoal;

comunicação organizacional - ocorre no contexto de uma organização; e


comunicação de massas – atinge muitas pessoas ao mesmo tempo.

Dentro de uma organização há outros níveis internos, eles são:

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Fonte: elaborado com base em Kunsch, 2003.

Os fluxos mais comunicativos são: descendentes, ascendentes e transversais. São diferentes as comunicações dentro de uma organização para

as mais variadas direções.

Cabe a você perceber os diferentes níveis e se adaptar a cada situação, posicionando-se de forma a ser um elo comunicativo, recebendo,
entendendo, repassando quando necessário suas essências da melhor forma possível. Aqui cabe um item fundamental: a ética.

1.2 ÉTICA NA COMUNICAÇÃO

A comunicação é uma das mais importantes ferramentas dentro de uma organização. E como todo processo, tem várias faces e,

principalmente, intencionalidade, como já visto. Para praticar uma comunicação da melhor forma, devemos cuidar dos seus elementos éticos. Eles

são intimamente necessários para um relacionamento saudável e evolutivo.


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Precisamos considerar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 18 de setembro de 2020 e tem como finalidade
salvaguardar a privacidade e proteger as pessoas físicas naturais, os titulares dos dados, quanto ao uso de seus dados. Privacidade aqui significa

sigilo, ligado diretamente à censura, honestidade e ética, ou seja, respeito à essência das normas, valores, prescrições e exortações existentes em

toda realidade social.

O sucesso de uma organização está diretamente relacionado com o sistema de comunicação por ela utilizado. As relações, tanto na realização

de atividades internas e externas quanto à manutenção de dados só são possíveis por meio da comunicação.

Dentro de uma postura ética social, precisamos estabelecer diretrizes respeitosas sobre as temáticas voltadas aos direitos e dignidade humana,

a igualdade de direitos, o reconhecimento e valorização das diferenças e diversidade e a sustentabilidade socioambiental. Toda e qualquer postura

ou opinião contrária a estas diretrizes devem ser evitadas.

A comunicação nas organizações exige confiabilidade e empenho, pois tende passar informações, tomadas de decisões válidas e amplia

relacionamentos que agregam e coordenam diferentes setores.

Algumas vezes, temos hábitos que ultrapassam os limites de convivência e, para evitá-los, precisamos nos monitorar em relação à alguma

atitude impensada que podemos realizar. Um comentário, uma reclamação realizada inconsciente pode provocar desordem e o perigo de sermos

vistos negativamente.

Considerando que a comunicação verbal é tipicamente humana, deve-se ponderar que esta sofre influências pessoais (individualidade,

motivação, perspectivas, objetivos pessoais) e ambientais (cultura, atmosfera de trabalho).

Isso não quer dizer que não devamos ser autênticos, todavia, o cuidado com o outro e com a manipulação de informações é básico na nossa

formação com bons profissionais.

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Devemos lembrar que comunicação é poder, e podemos ter a capacidade de transformar situações desagradáveis em possibilidades de

crescimento pessoal. Isso exige um exercício que muitas vezes não é fácil.

Analisar uma situação de forma racional, medindo as diferentes opiniões e situações, modela nossa personalidade de forma a sermos mais
assertivos. E, ao mesmo tempo, criar um ambiente favorável para o desenvolvimento do grupo. O melhor é buscar valorizar as habilidades

individuais, criar valores positivos e desenvolver uma comunicação que contribua na busca da resolução de problema, de sua superação, é

imprescindível para se construir uma sociedade com bases éticas.

Créditos: Krakenimages.com/ Shutterstock.

TEMA 2 – A LÓGICA E O DISCURSO

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A lógica é uma operação intelectual que tem como cerne a determinação do que é verdadeiro ou não por meio de regras racionais para a

obtenção do conhecimento. Ela tem embasamentos filosóficos que lidam com as formas de pensar relacionadas à dedução, indução, hipóteses,
inferências, entre outras, todas ligadas diretamente com a comunicação.

2.1 LÓGICA

No discurso, a lógica tem sua preocupação voltada para a validade formal lógica mais do que a veracidade dos enunciados. Desta forma, se

uma oração apresenta sentido dado pela sua forma, sua estrutura, ela segue um padrão formal correto e sua lógica é válida.

Entrando um pouco no universo da filosofia temos Aristóteles (384 EAC e 322 AEC), que elaborou princípios de validação do conhecimento,

eles são:

princípio da identidade – enuncia a identidade dos seres e coisas, um cachorro é um cachorro e não pode ser outra coisa;

princípio da contradição – alguma coisa não pode ser outra, isto é, um cachorro não é um gato; e

princípio do terceiro excluído – algo é ou não é, não podendo ser outra coisa, um cachorro é um cachorro, não pode ser um gato.

Tais princípios estão postos aqui didaticamente e por isso de forma simplista, mas servem para confirmar verdades absolutas. E confirmam a

veracidade de uma proposição (sugestão).

Outro termo interessante são os silogismos. Eles são estruturas frasais dedutivas que nos levam a uma conclusão. Sua composição se dá por
premissas (maior e menor) e uma conclusão. Veja o exemplo claro de um silogismo.

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Observe a relação entre as ideias das frases:

Percebeu a relação entre pensamentos logicamente encadeados? Isso é denominado de raciocínio. Ele é um exercício da razão responsável

pelo entendimento dos fatos, a elaboração de juízos e da formulação de ideias, e assim a construção do conhecimento.

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Uma boa argumentação é construída com o exercício do raciocínio. Ao se organizar um discurso que tenha algum tipo de negociação, ponto

de vista, objetivos, disputas, discussão; é fundamental a reflexão com clareza sobre o assunto a ser colocado, analisando suas certezas e os pontos
que são fracos.

Da mesma forma quando recebemos uma informação, lida ou ouvida, temos que fazer uma análise lógica dela; entender sua construção, seus

processos, analisar o emissor, o contexto, as ditas verdades e inverdades sobre a temática antes de aceitar ou refutar a ideia. Este exercício torna o

ato de ouvir e de ler muito interessante, pois por mais enfadonho que seja, estamos exercitando o raciocínio e com isso ficando “mais inteligentes”.
Podemos verificar com isso se vence quem tem os melhores argumentos ou quem tem razão. Somos analistas de ideias e argumentos, pensando de

forma mais organizada.

Na argumentação usamos várias técnicas, entre elas a demonstração. Ela é uma forma de organização das operações lógicas para se chegar a

uma conclusão. As reflexões têm base na articulação de ideias e fatos, na apresentação de argumentos, conclusões dos raciocínios e finalização de

um todo coerente.

A demonstração pode ser direta ou indireta. Na direta, os argumentos voltam-se para provar que uma ideia é verdadeira e as demais falsas; na

indireta, demonstra-se a ideia falsa como contrária à certa. Argumentar é apresentar provas ou razões que comungam com a ideia proposta, a fim

de concluir sua validade.

2.2 DISCURSO LÓGICO

Todo discurso tem sua lógica, algumas simplistas, superficiais e com base em senso comum; outras mais elaboradas, com embasamento,

fundamentação comprovada e mais próximo de uma verdade. Devemos conhecer suas construções para entender melhor os meios comunicativos

que vivenciamos.

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O processo de pensamento no qual os conhecimentos são organizados e produzem novos conhecimentos resulta do raciocínio que se faz

sobre os diferentes discursos. O raciocínio pode ser indutivo ou dedutivo.

O raciocínio dedutivo parte de um pressuposto universal, inteligível pelo qual se chega a um menos universal. Como a frase a seguir:

os seres humanos aprendem o tempo todo / você é um ser humano / logo, você aprende o tempo todo.

Observe que a primeira premissa é universal, a segunda é particular e assim se chegou a uma conclusão.

O raciocínio indutivo funciona ao contrário, a primeira premissa é algo particular, e assim não se garante uma verdade. Observe o exemplo:

você não consegue aprender alemão / seus amigos também não / portanto ninguém consegue aprender alemão.

Conseguiu perceber que este último exemplo não é verdadeiro, porém está construído dentro de uma lógica coerente. O raciocínio indutivo

fornece dados resultantes da observação diferentemente da dedução, que se pauta em conhecimentos estabelecidos.

Cabe aqui refletir que muitas vezes acreditamos que vivemos a verdade, e que nós estamos corretos não dando espaço para novas

considerações. Todavia, este é um processo indutivo, partiu de uma opinião sua. Assim, na comunicação, ouvir o outro é um grande passo para

ampliar nossos conhecimentos, e isso mostra que o pensamento humano é inesgotável e admite duas fases: uma quando se tem e a outra quando

se adquire o conhecimento.

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Créditos:Krakenimages.com/ Shutterstock.

TEMA 3 – LEITURA E COMPREENSÃO

O que é ler? A pergunta parece simples, mas requer uma ampla análise. Vejamos, nós lemos o mundo o tempo todo. Quando acordamos,

olhamo-nos no espelho e fazemos uma avaliação do que vemos, “lemos” nossa imagem. Ao sair na rua vemos placas, sinais, luzes, cartazes,

manchetes de jornais, todos com uma determinada mensagem para ser “lida” por nós. Algumas não nos interessam, outras nos chamam a atenção,
fazemos a leitura delas conforme nosso empenho ou necessidade, a maioria delas passa até despercebida por nós.

Veja o que Paulo Freire, educador, pedagogista e filósofo brasileiro fala sobre leitura:

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“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não

pode prescindir da continuidade da leitura daquele (A palavra que eu digo sai do

mundo que estou lendo, mas a palavra que sai do mundo que eu estou lendo vai
além dele). [...] Se for capaz de escrever minha palavra estarei, de certa forma,

transformando o mundo. O ato de ler o mundo implica uma leitura dentro e fora de
mim. Implica na relação que eu tenho com esse mundo.” (Freire, 1981)

Créditos: DigiMagix/Shutterstock.

Desta forma “lemos” e compreendemos o que nos interessa ou o que precisamos, muitas vezes até sem entender plenamente o que está sendo

transmitido. Assim, podemos dizer que ler é recolher informações que nos são apresentadas. Elas podem ser transmitidas de várias maneiras além

do texto escrito. Mas vamos no deter na mensagem escrita.

3.1 LEITURA

O que você gosta de ler?

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Créditos: Iconic Bestiary/ Shutterstock.

Agora, analise estas questões:

Qual a relação entre leitura e comunicação?

Nós compreendemos tudo o que lemos?

Qual o melhor texto para ler?


Você gosta de ler?

Ler para quê?

Créditos: Anja W/ Shutterstock.

Como responder estas questões?

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Eu costumo dizer: “Só não gosta de ler quem não leu o que gosta”.

Pode parecer simplista, mas ninguém sente prazer em ler algo que não gosta...

Assim, quem não gosta de ler deve procurar alguma coisa que lhe chame a atenção,
um assunto que lhe agrade.

Créditos: Roman Samborskyi/ Shutterstock.

3.2 COMPREENSÃO TEXTUAL

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Créditos: Elena Kharichkina/ Shutterstock.

Leitura e compreensão textual não são sinônimos, por sinal, são processos distintos e complementares. A leitura está mais voltada ao processo

mecânico de decodificação de letras, já a compreensão exige um empenho intelectual. Estas diferenças remetem ao início da formação escolar que

cria o debate entre alfabetização e letramento. Veja o que Magda Becker Soares diz sobre estes termos:

Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita.

Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma criança letrada (tomando este adjetivo no campo semântico de letramento e de letrar, e

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não com o sentido que tem tradicionalmente na língua, este dicionarizado) é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e

de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias. (Soares, 2011)

A alfabetização está relacionada à decodificação. Compreender ao entendimento, o letramento. É importante ressaltar que tais processos são

complementares e indissociáveis.

Chegamos assim à seguinte esquematização:

O leitor tem uma visão de mundo e está inserido em determinado contexto geográfico, histórico e social. Ele é alfabetizado e letrado. A leitura

pode se dar em relação ao texto propriamente dito ou ao seu contexto. O texto apresenta a visão de mundo do autor que também se encontra em

um determinado contexto histórico, geográfico, político, social etc.

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O ato da leitura vai além de olhar o texto, decodificar e entender o que se quer dizer. Veja o que afirma Galliano:

Não basta ser alfabetizado para realmente saber ler. Há leitores que deixam os olhos passarem pelas palavras, enquanto sua mente voa por esferas distantes.

Esses leem apenas com os olhos. Só percebem que não leram quando chegam ao fim de uma página, um capítulo ou um livro. Então devem recomeçar tudo
de novo porque de fato não aprenderam a ler. É preciso ler, mas, também é preciso saber ler. Não adianta orgulhar-se que leu um livro rapidamente em

algumas dezenas de minutos, se ao terminar a leitura é incapaz de dizer sobre o que acabou de ler. (Galliano, 1986, p. 70)

A leitura é, desta forma, realizada em diferentes níveis. Podemos dizer que há três etapas prováveis de leitura de um texto:

Entendimento – entender é reconhecer o que o autor quis dizer, é o entrosamento do leitor com o autor. O leitor percebe a intenção do autor.

Interpretação – quando interpreta, o leitor consegue explicar o que o texto quer dizer, ele vai além das palavras, faz uma leitura mais ampla.

Compreensão – o leitor estabelece significados ao texto, assumindo o papel de coautor e atingindo o conhecimento.

Veja como funciona lendo o seguinte texto:

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Créditos: Krakenimages.com/ Shutterstock.

Todo o seu “esforço!” voltou-se para entender o que o texto queria dizer, você ficou no nível do entendimento. Ao ler, você foi decodificando
as palavras e fez associações. O texto original é assim:

O processo de aprendizagem na alfabetização de adultos está envolvido na prática de ler, de interpretar o que leem, de escrever, de contar, de aumentar os

conhecimentos que já têm e de conhecer o que ainda não conhecem, para melhor interpretar o que acontece na nossa realidade (Freire, 1992, p. 48).

Mais uma vez você usou somente o entendimento. Vamos avançar. Você leu duas vezes o texto para entender, em seguida buscou informações
mais precisas, você interpretou o texto. Sabe por quê? Porque o texto estava dentro de um contexto interessante.

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Porém, o texto não exige mais do que isso, sua compreensão não foi utilizada. Você sabe que é somente um exercício, “uma brincadeira”. A

interpretação foi somente para decodificar o texto e entender o que o autor quis dizer, não passa disto.

E se fosse um texto para uma prova, um concurso ou para uma entrevista de emprego? Sua leitura ficaria assim, somente com o entendimento

e interpretação?

Claro que não, estes textos (gêneros) exigem uma ação conscienciosa sobre o exercício da leitura, por meio desta leitura você deve aprender e

apreender, pensar, discutir, ir além do texto. Neste momento você deve compreender o que leu.

"A compreensão de um texto não é algo que se recebe de presente. Exige trabalho paciente de quem por ele se sente problematizado" (Freire,

1978, p. 1).

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Créditos: Dean Drobot/ Shutterstock.

TEMA 4 – O PAPEL DA INTERPRETAÇÃO E DA LEITURA

Vamos ver qual a relação entre a leitura e o processo de comunicação. Quando se lê não se está sozinho, sabe por quê? Porque a leitura é

considerada uma prática social, isto é, o leitor é um ser ativo, não é alguém que somente recebe informações. Ele interpreta o mundo a partir de sua

interação à leitura, isso se dá porque ao ler ele emprega os valores que possui e o conhecimento que tem, além disso, a leitura está relacionada

com o tempo e o contexto no qual está inserida.

Isso quer dizer que ler é uma atividade complexa, que abrange capacidades cognitivas e linguísticas como a decodificação e compreensão.

Vejamos cada um destes itens já vistos: decodificação e compreensão.

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 A compreensão da leitura depende de três competências básicas:

Linguística: conhecimento de como funciona o idioma. Análise sintática, codificação semântica, vocabulário, domínio de mecanismos de
coesão, uso das convenções ortográficas e pontuação.

Enciclopédica: conhecimento de mundo. Ele é individual, ilimitado e é constituído por meio das interações comunicativas com os outros.

Comunicativa: conhecimentos dos diferentes gêneros textuais e suas formas de produção e uso social.

De acordo com Sanchez (2002), a compreensão de um texto passa também por tipos ou níveis de atividade mental.

Processos de caráter local – ler o texto e entender o significado de cada uma das palavras; interpretar o significado das orações, o que dá

lugar a ideias ou proposições simples; não perder o fio do que se lê. São as partes do texto.

Processos de caráter global: identificar o tema global de um texto, saber do que trata (ou ao menos do que não trata), qual é o sentido geral

ou que moral apresenta; extrair a(s) ideia(s) global(is).

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Observe que, para que haja a compreensão do texto, há a necessidade das inferências (isto é, deduções), as quais conectam as informações

explícitas do texto com os conhecimentos implícitos do leitor ou do contexto. As inferências são o cerne do entendimento do leitor.

Assim, para entender um texto, o leitor precisa fazer as inferências (deduções, relações) tanto no interior do texto (letras, palavras, sentenças)

quanto exteriores (conhecimento de mundo). Porém, uma pergunta importante fica no ar!

4.1 LEITURA E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Afinal, o que é texto?

Leia as imagens a seguir:

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Texto 1 Texto 2 Texto 3 Texto 4

Créditos: AnnHirna/ Shutterstock, Janine Passos/ Shutterstock, Nikolayenko Yekaterina/ Shutterstock e Felipecbit/ Shutterstock.

Qual dos exemplos seria texto para você?

Veja que “Textum” = significa tecido, ou seja, trata-se de uma trama na qual se devem

enredar as palavras.
Ele é uma unidade linguística com sentido.

Tem uma estrutura organizada.

Comunicação de ideias.

Crédito: dastagir/Shutterstock.

Podemos definir texto da seguinte forma: texto é qualquer forma de interagir com o outro que tenha sentido. Pode ser por palavras escritas ou
faladas denominadas de verbal, pode ser não verbal, isto é, sem o uso de palavras, por desenhos, imagens, gestos, sons etc.

Veja as definições de texto que Kock e Travaglia (1989) trazem:

Texto = uma unidade linguística concreta (perceptível pela visão ou audição), que é tomada pelos usuários da língua (falante, escritor/ ouvinte,

leitor), em uma situação de interação comunicativa, como uma unidade de sentido e preenchendo uma função comunicativa reconhecível e

reconhecida, independentemente da sua extensão.

Agora é fácil saber o que é um texto. Qual das imagens você considera um texto?

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Você deve ter observado que somente o texto de número três não é um texto, mesmo tendo formato, espaçamento e usar letras, ele não tem

significado para nós. Diferente do exemplo três e quatro que, mesmo não tendo palavras, nós entendemos o sentido. Eles trazem uma significação,
e podem ser considerados textos.

Vamos adiante: o que é textualidade?

Textualidade é o que faz um texto ser um texto, isto é, é a forma de organizar um texto para fazê-lo ser entendido pelo outro.

Na realidade são requisitos para que um texto seja entendido pelo outro, estes requisitos são divididos em fatores linguísticos e

extralinguísticos.

Veja o quadro:

Coesão – ligação entre as palavras do texto formando uma sequência. Elementos que estabelecem elos que ligam as ideias no texto.

Coerência – acontece quando as partes do texto se encaixam. Quando não há ideias destoantes, contraditórias ou desconexas no texto.

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Intertextualidade – quando o texto apresenta implícita ou explicitamente outro texto em seu corpo.

Intencionalidade – são as intenções, explícitas ou implícitas, existentes na linguagem dos interlocutores que participam de uma situação
comunicativa.

Aceitabilidade – quando o leitor intuitivamente compreende e entende o que foi escrito.

Informatividade – qualidade das informações contidas num texto: por que, para quê e para quem se escreve.

Situacionalidade – adequar um texto a uma situação, ao contexto.

Sintetizando, compreender é relacionar conhecimentos, experiências e ações de maneira interativa e negociada.

4.2 LER, PARA QUÊ?

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Créditos: Krakenimages.com/Shutterstock.

Claro que a finalidade da leitura depende de vários fatores. Mas é interessante pensar sobre o assunto.

  A leitura amplia os conhecimentos gerais e ajuda a aumentar nosso vocabulário. Ela, ao nos envolver, expande as relações lógicas dos

significados das palavras com o contexto da temática. Também nos faz ser mais criteriosos com as escolhas do que lemos, cada leitura nos torna

mais preparado para novas leituras também para o estudo, trabalho e para a vida.

Claro que ao ler estamos exercitando a imaginação e consequentemente a criatividade, isso nos ajuda a compreender melhor as coisas e

aprimora nosso processo comunicativo escrito e oral.

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A finalidade da leitura depende do objetivo que se quer atingir, também varia de acordo com o gênero que se está lendo. Vamos destacar

algumas finalidades entre várias.

Conhecimento – a leitura é fonte de informação diversa, ampla e infinita.

Lazer – ler é um divertimento simples, fácil de carregar.

Cultural – por meio da leitura conhecemos outras culturas.

Reflexão – lendo aprendemos a pensar e conhecer o pensamento dos outros.

Vocabulário – ao ler aumentamos o nosso vocabulário e entendemos os dos outros.

Criatividade – lendo exercitamos nossa imaginação e criação.

Compreensão – quando lemos, compreendemos o que acontece no mundo (dos outros) e no nosso próprio.

Podemos concluir que o mais importante é o hábito. Depois de começar a ler, gostando ou não, o importante é persistir. Seria uma “ginástica”

cerebral, um esporte intelectual, assim a atitude de sempre estar com um texto por perto, na mão, impera para a formação de um leitor

competente. As vantagens destes exercícios são muitas, entre elas a compreensão de um mundo mais amplo, um ritmo diferente de entendimento,

mais concentração, maior flexibilidade intelectual, criticidade ampliada e criatividade estimulada.

Nossa, é muita coisa! Veja o que diz Magda Soares sobre ler:

Ler, verbo transitivo, é um processo complexo e multifacetado: depende da natureza, do tipo, do gênero que se lê, e depende do objetivo que se tem ao ler.

Não se lê um editorial da mesma maneira e com os mesmos objetivos que se lê a crônica de Veríssimo no mesmo jornal; não se lê um poema de Drummond
da mesma maneira e com os mesmos objetivos com que se lê a entrevista do político; não se lê um manual de instalação de um aparelho de som da mesma

forma e com os mesmos objetivos com que se lê o último livro de Saramago. Só para dar alguns exemplos. (Soares, 2007, p. 1)

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Para reforçar mais a ideia, veja o que Paulo Freire diz em seu texto de 2004: “Considerações em torno do ato de estudar”, no qual demonstra
cinco maneiras imprescindíveis a quem lê:

Assumir seu papel de sujeito ativo, e não passivo em face do texto.

Manter uma postura curiosa em face do mundo, dos textos e das relações que mantêm com os outros.

Colocar-se a par da bibliografia pertinente ao tema ou ao objeto de sua inquietude.

Assumir uma posição de diálogo com o autor do texto.

Apresentar a humildade necessária para o estudo.

Ser humilde, de acordo com Paulo Freire, não significa aceitar todas as informações do texto, mas respeitar quem o escreveu.

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Créditos: NeonShot/ Shutterstock.

TEMA 5 – LEITURA

Vamos começar este tema lendo o que Suassuna (1998, p. 46) escreveu:

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“não importa apenas o que se diz, mas o modo como se diz

aquilo que se diz, determinado, além de outros fatores, pelas

imagens que os interlocutores fazem de si, do outro, do


referente etc.”

Créditos: Helissa Grundemann/ Shutterstock.

“Eu não tenho o hábito da leitura. Eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento. Eu leio com prazer,

leio com alegria” (Suassuna, 1998, p. 46).

5.1 DIFERENTES NÍVEIS DE LEITURA

Vamos demonstrar os níveis de profundidade da leitura, a composição dos textos, a fim de estabelecer relação entre leituras, assuntos e

conhecimentos na busca de uma formação sólida e eficiente.

Vários são os níveis de leitura de um texto. Veja o esquema:

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A leitura superficial, também chamada de elementar, como o próprio nome diz, está voltada à decodificação do texto, isto é, o significado
literal das palavras, frases e parágrafos.

É o nível mais básico da leitura e está voltado ao que está explicitamente colocado. Ela não exige um envolvimento intelectual e emocional
entre o leitor e o texto. Ela é rápida e não requer entendimento complexo. Ela é usada em leituras de títulos de jornais, folhetos, revistas, comerciais,

livros de imagens e frases curtas.

A leitura intermediária ou de inspeção exige uma leitura mais atenta, pede um pouco mais de atenção, há entendimento do contexto e os
valores do sujeito são definidos. Há uma apreciação do texto, o leitor gosta ou não gosta dele, mas não há envolvimento total com o texto.

Ela acontece, por exemplo, quando vamos à biblioteca à procura de alguma informação e lemos títulos e subtítulos de jornais; as legendas das

imagens; citações, resumos, sinopses.

A leitura profunda ou analítica é aquela que faz a interpretação, o leitor lê a pluralidade de significados oportunizados pelo texto. Vai buscar

significados implícitos, que vão além do texto. Ela é realizada por um leitor que já está envolvido com a leitura, ele conhece o contexto e “lê” o que
o autor quer dizer compreendendo a estrutura do texto, fazendo conexões com outros saberes que possui. Ele elabora uma opinião fundamentada

sobre o texto e seu conteúdo.

Ela acontece quando identificamos e classificamos o assunto do texto com um todo, quando esquematizamos suas partes, entendemos qual a

problemática do texto e como ele foi resolvido ou não. Exigindo, assim, mais conhecimento sobre o assunto do que o oferecido pelo texto.

Há também uma quarta etapa, conseguida somente por leitores experientes.

A leitura sintópica é efetivada quando o leitor compara a obra que está lendo com outras já lidas. Acontece com os leitores ávidos que leem

vários livros sobre um mesmo assunto, podendo, assim, compará-los. Desta forma, o leitor pode construir uma teoria sobre o assunto de forma

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fundamentada.

A leitura sintópica é o acrescimento de experiências do leitor com as dos escritores, tornando-o um especialista sobre determinado assunto.

Fazendo as devidas inferências, podemos sintetizar que o caminho de leitura parte uma superficialidade, seguindo de uma intermediação e

chegando ao aprofundamento maior até se chegar à relação entre diferentes leituras. Devemos considerar para tal o nível sensorial, emocional e

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racional, pois, como seres humanos, estamos inseridos em contextos complexos. E estes determinam nossos fazeres, até mesmo os literários.

5.2 TÉCNICAS DE LEITURA

Os procedimentos de leitura são estratégias, técnicas ou métodos que facilitam o processo de compreensão do texto.

Veja algumas estratégias de leitura:

Estratégia de seleção – o leitor presta atenção somente aos itens úteis para a compreensão do texto.

Estratégia de antecipação – o leitor faz previsões e suposições das informações que o texto traz. Tanto na decodificação das palavras quanto
nas palavras inteiras e significados.

Estratégia de inferências – o leitor faz “adivinhações” com base em pistas dadas pelo texto, inferências é ler algo que não está escrito.

Estratégia de verificação – o leitor confirma a eficácia das outras estratégias usadas.

Em relação à construção de sentido de um texto, as estratégias são ações mentais que o leitor usa para ampliar seu entendimento do lido. Elas

são constituídas pelo leitor por meio do exercício da leitura.

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As estratégias podem ser cognitivas ou metacognitivas:

cognitivas – operações inconscientes do leitor; e

metacognitivas – operações conscientes do leitor.

Capacidade de o leitor conhecer o próprio conhecimento: refletir, planejar, regular a atuação inteligente.

Nas estratégias metacognitivas, o leitor tem controle sobre a leitura, ele lê e entende a finalidade da leitura. Assim, ele focaliza a atenção nos
pontos importantes e acompanha a compreensão textual.

Desta forma, o leitor ativo é aquele que constrói uma estrutura do texto lido, faz inferências e consegue recontar a leitura com suas próprias

palavras.

Analise um pouco mais sobre inferências: é possível antecipar uma informação antes mesmo de uma leitura. Chamamos este fenômeno de

inferência ou antecipação. As inferências são as conexões que o leitor faz ao texto que não estão expressas objetivamente.
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A relação entre o texto, o leitor e o contexto são as variáveis que determinam as inferências propostas.

Inferências lógicas: baseadas nas relações lógicas existentes entre as hipóteses e submetidas aos valores-verdade. Podem ser dedutivas,

indutivas ou condicionais.

Inferências analógico-semânticas: baseadas no texto, nos conhecimentos lexicais e nas relações semânticas. Podem ocorrer por identificação

referencial, por generalização, por associações, por analogia e por composições ou decomposições.

Inferências pragmático-culturais: baseadas nos conhecimentos, experiências, crenças e ideologias individuais. Podem ser conversacionais,

experienciais, avaliativas e cognitivo-culturais.

Inferências de base textual: lógicas (dedutivas, indutivas, condicionais), sintáticas e semânticas (associativas, generalizadoras, correferências).

Inferências de base contextual: pragmáticas (intencionais, conversacionais, avaliativas), práticas (experienciais) e cognitivas (esquemáticas,

analógicas e composicionais).

Inferências sem base textual: falseamentos e extrapolações infundadas.

Marcuschi (1985; 1989) valoriza a relação entre o universo do leitor e do autor para a compreensão textual. Ele coloca que a compreensão

textual vai além dos fenômenos linguísticos como leitor, gênero textual ou forma do texto. Ele afirma que há influências pragmáticas, cognitivas, de

interesses, entre outras. Veja a representação a seguir:

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Objetivo superordinário: a inferência é um objetivo que determina uma ação intencional do agente.

Objetivo ou ação subordinada: a inferência é um objetivo, plano ou ação que especifica como a intenção de um agente é realizada.

Antecedente causal: a inferência refere-se ao elo causal (ponte) entre a oração explícita sendo compreendida e o contexto da passagem

prévia.

Consequente causal: a inferência diz respeito a um elo causal previsto, desdobrando-se da oração explícita sendo compreendida. Esta inclui

eventos físicos e novos planos dos agentes, mas não emoções.

Emoção do personagem: a inferência é uma emoção experienciada por um personagem em resposta à ação ou evento sendo compreendido.

Estado: a inferência é um estado que vem da estrutura do tempo na trama da história, que não é ligado de maneira causal ao episódio da

trama. Este inclui características dos personagens, propriedades dos objetos e relacionamentos espaciais entre entidades físicas (Ferreira; Dias,

2004).

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Marcuschi (1985) coloca que a atividade inferencial não pode ser tida como mecanismos espontâneo e natural. Ele é intencional e
complementa a leitura textual.

Mesmo havendo enganos ou confusões na compreensão o leitor deve buscar as pistas deixadas pelo escritor. Dessa forma, o escritor imagina o
que o leitor pode presumir e o leitor vai formulando hipóteses sobre a leitura que fará.

Os procedimentos de leitura variam de leitor para leitor, uma vez que nem todos assimilam da mesma maneira. Veja algumas estratégias

usadas e escolha a que melhor se encaixa com seu perfil.

Antecipação das informações: antes de começar a ler o texto propriamente dito, imaginar o que estará escrito ou como o autor desenvolverá

o tema, assim durante a leitura você pode ir verificando se “acertou” ou não.

Ler em voz alta: na leitura em voz alta você precisa concentrar-se e é mais difícil distrair-se, e por ser mais lenta dá tempo de pensar o que

está sendo lido. A leitura em voz alta exige o correto uso de pontuação e isso esclarece a leitura.

Apresentação de pensamentos: é interessante verbalizar ou mesmo anotar o pensamento a respeito da leitura. Este exercício fortalece a

seleção e memorização de informações importantes do texto.

Marcar as ideias principais do texto: ao identificar os elementos mais importantes do texto, o leitor relaciona-se com ele e volta-se à sua

análise.

Reprodução espacial do texto: imaginar cenas, personagens, fatos espacialmente, até com movimentos e cores, materializam a leitura, dando

a ela um maior entendimento, inclusive pedindo releituras em casos mais complexos.

Sintetizar: após ler um texto, artigo ou livro, é interessante repassar mentalmente o que foi lido, isso reforça o aprendizado da leitura.

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Leitura como interação

Segundo Ziraldo, “Ler é mais importante que estudar”. Claro que o autor não minimizou o estudo, mas disse que se alguém não sabe ler, não

saberia estudar.   

“Ler é mais importante


que estudar.”

Ziraldo

Créditos: betto rodrigues/ Shutterstock.

Quem não sabe realmente ler também se afasta de uma interação muito interessante: a social. Quando o leitor se apropria do sentido e da

função do texto está, ao mesmo tempo, interagindo com as práticas sociais em que esse está fundamentado.

Isto quer dizer que a produção de um texto expressa todo o social de seu autor, de seu contexto de construção e, ao ler, o leitor interage com

esta situação. A leitura é, neste ponto de vista, uma interconexão entre as diferentes convenções sociais entre escritores, leitores e membros da
comunidade discursiva.

Veja o que pensa Bakthin, estudioso da área: “o ouvinte, ao perceber e compreender o significado (linguístico) do discurso, ocupa

simultaneamente em relação a ele uma ativa posição responsiva: concorda ou discorda dele (total ou parcialmente), completa-o, aplica-o, prepara-

se para usá-lo [...]” (Bakthin, 2003, p. 271).

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Os leitores, quanto interagem com o texto, são ativos. Eles podem mudar o entendimento do texto, acrescentar novas ideias, desenvolver
teorias distintas da apresentada, relacionar com outras ideias, comparar, discordar, enfim, relacionar-se com o texto.

Orlandi (1996, p. 9) afirma que a interação não se dá entre o leitor e o texto, mas entre sujeitos. O escritor dirige seu texto para um leitor
imaginário (virtual), e quando o texto chega à mão de um leitor real acontece a interação, muitas vezes até conflituosa, entre o escrito + leitor

imaginário + leitor real.

Esta relação mostra que a leitura de um texto está pautada em todos os elementos (sociais, ideológicos, temporais, espaciais, psicológicos,
filosóficos...) que envolvem tanto o escrito quanto o leitor.

Assim, para que você seja um leitor ativo, você precisa interagir com o texto e com o universo literário. Esta experiência fará você se conectar

com o mundo por outros, seja um comunicador eficiente, obtenha boas ideias de suas leituras e as use para modificar o seu mundo para melhor.

Etapas de leitura

As etapas de leitura estão relacionadas diretamente aos níveis de leitura em que o leitor se insere. Vejamos então quais os níveis de leitura:

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A fase elementar está relacionada à alfabetização. É a passagem de reconhecimento dos códigos simbólicos para suas representações.

Você já passou da fase elementar, não lê apenas decodificando o texto, sem buscar outras informações. Para superar esta fase, é necessário

muito exercício de leitura. Leitura silenciosa, oral, coletiva, enfim, todo o exercício feito no ensino fundamental.

A leitura averiguativa, exploratória ou preliminar, tem a função de “garimpar” textos em busca de determinadas informações. Ela é muito

comum em livrarias ou bancas de revistas, onde a gente procura por um texto. Veja algumas formas de sua realização:

Leitura da capa:

Título – tem relação com o que você gosta ou procura?

Autor – você conhece ou já ouviu falar dele?

Edição – quanto mais edições houver, mais lido o livro foi.

Verso do livro

Há um resumo da obra?

Há recomendações de outros autores, revistas ou editoras?

Verso da folha de rosto

Ficha catalográfica – aqui você encontra todos os dados necessários para referendar o livro se ele for ser usado em pesquisas científicas ou

acadêmicas.

As palavras-chaves mostram as ideias principais trabalhadas no texto.

Índice ou sumário

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Traz a relação dos capítulos com títulos e subtítulos que a obra apresenta; você pode rastrear o que deseja ou interessa.

Introdução

O leitor identifica o conteúdo, a organização e o objetivo do autor no texto.

Orelha do livro

Normalmente os livros trazem uma dobra na capa na qual se apresenta uma breve história do autor e da obra.
Algumas vezes há uma resenha da obra feita por um autor importante.

Bibliografia

Obras com cunho científico trazem a relação de obras utilizadas para a escrita do livro.

Algumas referências podem ser úteis para suas pesquisas e estudos.

Você pode conhecer a linha utilizada pelo autor para escrever seu texto.

Apêndices ou anexos

São dados pesquisados para a realização da obra, que podem ajudar você a decidir pela leitura ou não do livro.

Estética

Folheie o livro e dê uma olhada na formatação dele, às vezes o tamanho da letra, cor do papel, distribuição das imagens podem ajudá-lo a

escolher ou não a obra.

A leitura analítica, por sua vez, também tem fases:

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Com este primeiro contato com o texto, você já pode ter várias informações importantes para o início da leitura. Agora podemos passar para a
primeira leitura do texto. Também chamada de leitura superficial, preliminar:

Tente entender a totalidade do texto. Leia o primeiro capítulo ou parte sem interromper. Desconsidere as palavras que você não conheça,
marque palavras ou frases que te trazem dúvidas para pesquisa em outra leitura. Não se preocupe com notas de rodapé. Não se preocupe com

figuras de palavras. Analise rapidamente quadros, tabelas e imagens. Ao terminar, identifique o conteúdo principal, os aspectos mais importantes.

Leitura seletiva indagatória – utilizada para buscar uma determinada informação como uma palavra no dicionário, um nome em uma lista, um
autor em uma referência.

Leitura analítica propriamente dita e a análise dos elementos do texto:

Esclareça palavras desconhecidas, use um dicionário. Conheça o contexto do acontecimento dos fatos: época, local, posição social e política.

Hierarquize em ordem de importância as colocações do autor.

Ideias do autor – compreenda a mensagem do autor, identifique a tese do autor sobre o tema, esclareça a linha de pensamento (doutrina) do

autor, analise a posição do autor, esclareça fatos históricos, sociais, regionais e outros.

Estrutura do texto – identifique ideias primárias e secundárias. Identifique a tipologia textual: narração, descrição ou dissertação. Veja qual é o

gênero textual: romance, artigos, receitas. Verifique se há coerência da argumentação, veja qual a originalidade do tratamento do tema, avalie a

profundidade da análise que o autor faz.

Leitor – qual sua posição diante do tema? Sintetize as ideias do autor. Interprete as ideias do autor.

Leitura Sintópica ou Comparativa

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A leitura sintópica ou comparativa se dá após interpretação do texto pelo leitor. Considerando-se que o leitor já tem uma visão global do tema,
ele terá condições de relacionar as afirmações do autor com outras ideias dentro de um contexto cultural mais abrangente. Daí há o que se chama

de pensamento reflexivo ou crítico a respeito do assunto lido. Podendo o leitor tomar uma posição de forma bastante tranquila, pois é sustentado

em argumentos fundamentados teoricamente.

Acreditamos que não seja preciso ressaltar a importância do local onde estamos quando lemos. Se você estiver cansado e resolver ler na cama,

por exemplo, é quase certeza que esta leitura vai virar um belo “soninho”.

O leitor ativo está sempre envolvido com textos de diferentes gêneros: jornalísticos, literários, acadêmicos, documentais, entre outros. Este

aprendizado ajuda o leitor a entrosar-se com diferentes códigos e significados, ampliando sua percepção leitora. Sua leitura não é passiva, de

aceitação, mas sim de coleta e análise de informações que vão ter sua essência analisada e reelaborada, formando uma consistência e sentido

próprio.

Esta maturidade leitora é conseguida de forma progressiva. Veja o esquema que se segue:

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5.3 TÉCNICAS DE LEITURA

As técnicas são maneiras de realizar alguma atividade buscando melhorar a forma ou maneira de sua realização. No caso da leitura, devemos

buscar aprimorar este exercício tão importante na formação cidadã. Assim, melhorar a leitura significa melhorar a decodificação e entendimento e

compreensão do texto. Em relação à decodificação, há algumas “dicas”:

leia o texto usando uma guia – o dedo, uma caneta, régua ou similar, isso ajuda a não se perder entre linhas; e
a leitura em voz alta volta-se para a sonorização das palavras, fazendo a leitura ficar mais demorada e mais voltada à decodificação que o

entendimento.

Em relação ao entendimento e compreensão, as dicas são: preste atenção, tome nota, marque partes importantes.

Veja como:

Sublinhar
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Ao ler um texto, é interessante sublinhar as ideias principais que ele aponta. Algumas pessoas sublinham quase tudo, já vimos páginas inteiras
de livros sublinhadas. Isso pode atrapalhar mais do que ajudar a leitura. Veja alguns passos que podem ajudá-lo na leitura de textos.

Leia o texto ou parte dele para obter uma geral do assunto.


Busque e esclareça as palavras ou termos desconhecidos.

Releia agora buscando as ideias principais de cada parágrafo.

Fique atento aos conectivos (conjunções, artigos, preposições).


Sublinhe as ideias principais e os conectivos que as ligam.

Faça uma linha vertical, à margem do texto, nas ideias mais expressivas.

Faça comentários à margem que o ajudaram a entender o texto mais tarde.

Releia o que foi sublinhado e veja se há sentido.

Reconte o texto usando somente as ideias sublinhadas.

A ideia e criar um método que sirva para você e o ajude a retomar as ideias de um texto lido. Desenvolva o que lhe ajuda mais. Veja o que diz
Ruiz: “cada um pode adotar uma simbologia arbitrária e pessoal para sublinhar e fazer anotações à margem do texto. Basta que a simbologia

adotada mantenha uma significação bem definida e constante” (Ruiz, 1990, p. 40).

O texto ficaria mais ou menos assim:

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Créditos: Sohel Parvez Haque/ Shutterstock e Janos Levente/ Shutterstock.

Se você quiser, pode criar algo mais criativo ou colorido. O importante é que a técnica o ajude e melhore seu desempenho.

Esquematizar

Outro passo importante na leitura é a esquematização. Esquema é uma representação gráfica ou simbólica, isto é, você vai representar o texto
por meio de desenhos, mapas, imagens ou figuras. Ele só poderá ser criado depois da leitura do texto e da identificação das ideias principais do

texto, relacionando-as entre si. Também é possível fazer relações com outros textos ou contextos.

Os esquemas devem ser fiéis ao texto original, eles não são interpretações ou comentários do texto. Eles devem, também, ter uma estrutura

coerente e ser funcionais. Nada adianta um esquema todo rebuscado que não se possa entender depois. Lembre-se que esta técnica é para ajudar,

e não para complicar a leitura. Desta forma, cada pessoa terá uma forma especial de criar os seus esquemas, claro que eles podem ser

compartilhados e discutidos, mas não há regras rígidas para sua confecção.

Veja um modelo de esquema interessante:

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Resumir

Resumir é diminuir, é reescrever em menor número de palavras as ideias do texto. Você deve primeiro ler o texto, marcar as ideias principais e

depois reescrever com suas próprias palavras o mesmo texto. Use as técnicas de sublinhar e esquematizar apresentada anteriormente que vão

ajudar muito nesta prática.

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Créditos: Rawpixel.com/ Shutterstock.

Atente que resumo não pede sua opinião sobre o texto, mas a visão do autor.

Cabe aqui colocar que, como cada pessoa é única, você precisa descobrir qual é a melhor forma para você ler os diferentes textos, verifique se

você entende melhor fazendo esquemas, resumindo, desenhando. Descubra como seu cérebro trabalha em relação à leitura. Assim você tirará

melhor proveito deste exercício tão complexo e importante para aquisição dos conhecimentos.

Créditos: Wayhome Studio/ Shutterstock.

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FINALIZANDO

Chegamos ao final desta aula. Esperamos que tenha gostado de estudar sobre as formas de comunicação na sociedade e a importância de
fazer bom uso dela. Do mesmo modo, a importância de relacionar a lógica ao discurso e verificar o quanto a gente sempre tem que aprender é

básico para nossa constante formação; para isso, nada melhor que uma boa leitura, aliás, nada melhor que saber ler bem e tirar o maior proveito

deste exercício inigualável para exercitar nosso cérebro e enchê-lo de boas ideias.

Esperamos que tenha aproveitado bem esta aula!

REFERÊNCIAS

FERREIRA, S. P. A.; DIAS, M. da G. B. B. A leitura, a produção de sentidos e o processo inferencial. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 3, p.

439-448, set./dez. 2004. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/pe/a/k4YrXnTw96BYSpSpvrJ9vLL/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 29 ago. 2021.

FREIRE, P. Abertura do Congresso Brasileiro de Leitura. Campinas, novembro de 1981.

FREIRE, P. A importância do ato de ler. 42. ed. São Paulo: Cortez, 1992.

FREIRE, P. Considerações em torno do ato de estudar. In: FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

1978.GALLIANO, A. G. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986.

MARCUSCHI, L. A. Leitura como processo inferencial num universo cultural cognitivo. [S. l.]: Leitura, Teoria e Prática, 1985.

MARCUSCHI, L. A. (1989). O processo inferencial na compreensão de textos. Relatório Final apresentado ao CNPq. Programa de Pós-graduação

em Letras e Linguística, Universidade Federal de Pernambuco, Recife. In: Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 3, p. 439-448, set./dez. 2004.

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ORLANDI, E. P. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas, SP: Pontes, 1996.

SOARES, M. Alfabetização e letramento. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2011.

SOARES, M. Ler, verbo transitivo. Tudo sobre leitura, 18 maio 2007. Disponível em: <http://tudosobreleitura.blogspot.com/2011/07/ler-verbo-
transitivo.html>. Acesso em: 3 nov. 2021.

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